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2023

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE


ÁGUEDA

LICENCIATURA EM ELETRÓNIA E MECÂNICA INDUSTRIAL

PROJETO TÉMATICO EM PROGRAMAÇÃO APLICADA

PROJETO IV – VOLTÍMETRO

PRIMEIRA PARTE DO TRABALHO

PROJEÇÃO E CONSTRUÇÃO DO VOLTÍMETRO

Grupo II:
André Filipe Sereno Vicente
(n.º 113242)
Bárbara Braga Couto DOCENTE ORIENTADOR:
(n.º 112767) PROF. JOSÉ OLIVEIRA
Diogo Manuel Soares Da Silva
(n.º 92541)
Filipe Miguel Santos Martins
(n.º 102012) DATA DE ENTREGA:
Marco Manuel Da Silva Pereira 17/01/2023
(n.º 102135)
Raphael Leite Mascarenhas
(n.º 112868)
2023

Agradecimentos

A realização do relatório deste projeto não seria possível sem o contributo de todos os
envolvidos, então neste capítulo tenciona-se agradecer os respetivos intervenientes.

Gostaríamos então, de passar a agradecer:

Ao nosso orientador e professor José Manuel Oliveira, por nos dotar dos conhecimentos nas
várias áreas da eletrónica, que foram imperativos para a realização do projeto;

Ao professor Válter Silva, pela sua disponibilidade e apoio no esclarecimento das nossas
dúvidas relativamente à programação do projeto;

A todos os docentes, por todos os conselhos e conhecimentos, que de forma direta e indireta
contribuíram positivamente para o desenvolvimento do projeto.

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Resumo

No contexto da Licenciatura em Eletrónica e Mecânica Industrial, foi-nos proposto a


realização de um projeto temático em Programação Aplicada, sendo este realizado no primeiro
semestre do ano letivo 22/23. Portanto, com base nesse tema, a primeira parte do projeto
resumiu-se em construir um voltímetro, com base em programação e usando o componente
Arduíno. O desenvolvimento do relatório foi estruturado recorrendo ao layout de diversos
trabalhos e dissertações encontrados na internet e comtempla 5 tópicos principais: Introdução,
Enquadramento Teórico, Processos Executados, Análise e Demonstração do Projeto e
Conclusão. Com a realização deste projeto é possível concluir que o instrumento de medição
construído é importante a nível da indústria, e que existem muitos projetos a realizar com ajuda
do Arduíno.

Palavras-chave: voltímetro; resistências; projeto; tensão; Kirchhoff; Thévenin; Arduíno…

II
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Índice
Agradecimentos ........................................................................................................................... I

Resumo .......................................................................................................................................II

Índice ........................................................................................................................................ III

Introdução................................................................................................................................... 5

Enquadramento teórico .............................................................................................................. 6

__Voltímetro .............................................................................................................................. 6
Voltímetros Analógicos ................................................................................................................... 6

Voltímetros Digitais ......................................................................................................................... 7

__Componentes .......................................................................................................................... 7
Arduíno UNO ................................................................................................................................... 7

Placa de Ensaios .............................................................................................................................. 8

Resistências ..................................................................................................................................... 8

Potenciómetro................................................................................................................................. 9

Leds.................................................................................................................................................. 9

Díodo 1n4007 .................................................................................................................................. 9

Botão Seletor ................................................................................................................................. 10

Display LCD com modulo I2C ......................................................................................................... 10

Programas utilizados & Programação em C ............................................................................ 11


EasyEDA ......................................................................................................................................... 11

Fritzing ........................................................................................................................................... 11

Multisim......................................................................................................................................... 11

Arduíno IDE, o software ................................................................................................................ 12

Linguagem em C ............................................................................................................................ 12

Processos Executados ............................................................................................................... 13

__Critérios de avaliação ........................................................................................................... 13

__Divisores de Tensão ............................................................................................................. 13

__Esquema Elétrico.................................................................................................................. 16

III
2023

__Programação ......................................................................................................................... 18
Void Setup ..................................................................................................................................... 18

Void loop ....................................................................................................................................... 19

Função Leitura ............................................................................................................................... 22

Função Média ................................................................................................................................ 23

Função Alternada .......................................................................................................................... 26

Função Média Alternada ............................................................................................................... 28

Função Leds ................................................................................................................................... 30

Função Display............................................................................................................................... 32

Análise e Demonstração do Projeto ......................................................................................... 35

__Testes em DC ....................................................................................................................... 36

__Testes em AC ....................................................................................................................... 37

__Caracterização dos Pinos ...................................................................................................... 38

__Esquema Gráfico do Resultado Final ................................................................................... 39

Conclusões ............................................................................................................................... 40

Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 41

Anexos ...................................................................................................................................... 42

IV
Introdução
A licenciatura em eletrónica e mecânica industrial é baseada num modelo que sugere que em
todos os semestres os alunos tenham um projeto com algumas disciplinas associadas. Neste
primeiro projeto designado através do modulo temático de programação aplicada, tendo como
disciplinas associadas AP e CE, foi nos encaminhado a construção de um “voltímetro” com
auxílio de um professor orientador, Prof. José Oliveira. Para a sua realização, utilizamos fontes
como o Google Académico e Reservatórios que permitem realizar buscas avançadas e encontrar
informação fidedigna sobre o tema em causa.

As principais intenções deste projeto são:

 Desenvolver e estruturar um voltímetro;

 Resolver problemas através da aplicação dos fundamentos adquiridos nas disciplinas


associadas;

 Preparar nos para sermos autónomos, críticos e criativos, individualmente e


essencialmente em grupo.

Este trabalho irá ser estruturado em cinco partes – Introdução, em torno dos objetivos do
relatório; Enquadramento teórico, que abordará os conceitos e noções sobre o equipamento a
produzir, respetivos componentes, e programas utilizados; Processos Executados, que discutirá
e explicará os métodos utilizados para estruturar e construir o nosso projeto; Analise &
Demonstração do Projeto, indicaremos passo a passo como usufruir das capacidades do projeto,
cuidados a ter, analise de dados consoante valor teóricos e práticos com multímetro e ainda
respetivas melhorias; e por fim, uma breve conclusão sobre o respetivo projeto, referencias
bibliográficas sobre algumas fontes de apoio e ainda os anexos existentes.

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Enquadramento teórico
Os instrumentos elétricos de medida são abusivamente utilizados pela indústria, de modo a
obter valores de várias grandezas, que estão envolvidas num circuito elétrico. Estes
equipamentos podem ser classificados de várias formas, de acordo com os aspetos
considerados, como por exemplo, quanto a grandeza a medir – Amperímetro (corrente);
Wattímetro (potencia ativa); Ohmímetro (resistências); …, ou a sua forma de apresentação de
resultados – Analógicos ou Digitais.

Durante este capítulo demonstraremos conceitos e noções básicas sobre alguns dos
componentes utilizados, daremos uma introdução ao instrumento que pretendemos construir,
de maneira a elucidar algumas questões adquiridas sobre o mesmo, e ainda será apresentado
o programa utilizado e a sua respetiva programação.

Voltímetro

O voltímetro é um instrumento que mede a tensão (ou a diferença de potencial entre dois
pontos) em um circuito elétrico, cujo a unidade de medida é o volt, que teve sua origem em
consideração ao físico e químico Alessandro Volta (1745-1827). Este equipamento pode ter
dois tipos de leitura, tensão em corrente continua (DC) ou tensão em corrente alternada (AC).

Voltímetros Analógicos

Eles estão em decadência, embora ainda sejam usados como um indicador rápido da
magnitude ou variação de uma tensão medida. Eles geralmente consistem em um
miliamperímetro em série com uma resistência. No entanto, esta resistência é da ordem de
alguns kΩ, muito menor que a resistência interna de um voltímetro digital, usualmente igual
a 10 MΩ. Devido a esse motivo, os voltímetros analógicos interferem mais nos circuitos nos
quais são introduzidos do que os voltímetros digitais. Existem dois tipos de voltímetros
analógicos: os magnetoelétricos, que são compostos por um
miliamperímetro magnetoelétrico muito sensível, em serie
com uma resistência adicional de alto valor e para medir AC
é necessário aplicar uma ponte retificadora; e os
ferroelétricos é basicamente composta do mesmo género,
mas com um miliamperímetro ferroelétrico, e estes permitem
medir valores eficazes de tensões (mas de baixa frequência
<1kHz). Figura 1- Voltímetro Analógico

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Voltímetros Digitais

Frequentemente o mais utilizado na indústria, o voltímetro digital ao contrário do analógico


elimina o erro de paralaxe, com aproximação a medição mediante a escala adequada. Este
equipamento também pode ter recursos adicionais, como deteção de valor de pico, valor
efetivo real (RMS). Para não falsificar a medição, estes equipamentos possuem uma
resistência elétrica interna elevada, de forma que corrente que passa no ramal onde se está a
analisar seja desprezável.

De modo a obter as medições, é utilizado um conversor


analógico-digital (ADC), um dispositivo eletrônico capaz de
converter uma entrada de tensão analógica em um valor
binário. O sinal analógico que varia continuamente com o
tempo é conectado à entrada do dispositivo e amostrado a uma
taxa fixa, resultando em um sinal digital na saída do
Figura 2 - Voltímetro Digital
dispositivo.

Componentes

No decorrer deste subcapítulo iremos demonstrar e explicitar os componentes escolhidos


para a concretização do projeto, sendo esta uma das fases mais cautelosa e rigorosa, para
determinar o sucesso do mesmo.

Arduíno UNO

O Arduíno Uno é uma pequena placa programável composta por um microcontrolador


ATmega328P, que pode ser conectada a um computador e programado com facilidade através
do software grátis fornecido pela empresa Arduíno ®, o Arduíno IDE.

No entanto, o Arduíno não se baseia só no


microcontrolador, e contem em sua disposição 14 pinos de
entrada/saída digitais (dos quais 6 podem ser utilizados como
saídas PWM), 6 entradas analógicas, um ceramic resonator
de 16 MHz, uma ligação USB, uma tomada de alimentação,
um ICSP header e um botão de reset.
Figura 3 - Arduíno Uno

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O microcontrolador ATmega328P, que comumente é encontrado como processador nos


Arduíno oferece alta performance e consome pouca energia, e por não estar soldado na placa
o mesmo pode ser trocado, caso necessário. O ATmega328P tem também uma EEPROM que
é uma memória que não se apaga caso não haja energia.

Placa de Ensaios

A placa de ensaios é constituída por orifícios e


conexões condutoras utilizada para a montagem de
projetos que se encontram em estado inicial. A
grande vantagem desta placa para a montagem de
circuitos elétricos é a fácil inserção de
componentes uma vez que não é necessária a solda
através de contatos metálicos que interligam
eletricamente os componentes inseridos na sua Figura 4 - Placa de Ensaio
parte inferior.

Resistências

Este componente elétrico tem o intuito de limitar ou regular (próximo conceito) o fluxo de
corrente elétrica em um circuito, e ainda pode ser usado para fornecer uma tensão especifica
a um dispositivo ativo, como um transístor.

Existem várias maneiras e formas de fabricar este componente, sendo o tipo mais comum
em dispositivos e sistemas elétricos e o utilizado em contexto de projeto, o composto de
carbono. O carbono granulado fino (grafite) é misturado com argila e endurecido, e
dependendo da proporção do carbono existe a variação da resistência, quanto maior a
quantidade menor resistência.

Para distinguir as resistências, no cálculo e


dimensionamento (processo abordado noutro
tópico), é necessário recorrer ao código de
cores. Na sua constituição, as resistências
podem conter 4 ou mais faixas que em junção
identificam o valor delas, sempre obedecendo
a regras de leitura.
Figura 5 – Representação das Faixas

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Potenciómetro

O potenciómetro é um componente eletrónico que nos circuitos cria


uma limitação para o fluxo de corrente elétrica que passa por ele, e essa
limitação pode ser ajustada manualmente, atenuando ou ampliando o
sinal. Normalmente são utilizados em: circuitos de calibração e de
precisão de fontes de tensão, controle do volume de rádios e controle de
brilho.
Figura 6 - Potenciómetro

Leds

O led é um díodo semicondutor que quando está sujeito a energia emite luz de espetro
reduzido, podendo ser visível ou não visível. A luz é monocromática e é produzida pelas
interações energéticas dos eletrões. Um led deve ser ligado de forma correta isto é positivo
para o ânodo e negativo para cátodo. Estes estão disponíveis em várias cores vermelho,
laranja, verde, amarelo, azul e branco. A cor da luz emitida depende do material semicondutor
e não pela cor da cápsula plástica.

Figura 7 - Leds

Díodo 1n4007

O díodo semicondutor é considerado um dispositivo eletrónico de silício ou germânio,


ambos elementos químicos, que serve para trancar um circuito ou retificar a corrente elétrica,
com o objetivo de obter corrente contínua através
de corrente alternada com capacidade até 1000V de
pico de tensão.

Figura 8 - Díodo 1n4007

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Botão Seletor

Um botão comum, tem como função ligar ou desligar algo. O botão possui uma entrada e uma
saída e seu funcionamento é muito simples, consiste em abrir ou fechar um determinado
circuito, de forma que o circuito deve estar fechado para trabalhar e aberto para não trabalhar.

Um botão seletor não é diferente, seu funcionamento é


basicamente o mesmo de um botão comum com apenas uma
diferença, ele possui mais de uma saída. O que isso quer
dizer? O botão seletor, como seu nome sugere, seleciona qual
circuito será alimentado. Ao selecionar o circuito que será
alimentado, este é fechado, recebendo alimentação enquanto
os outros circuitos são abertos e ficando inutilizados.
Figura 9 - Botão Seletor

Display LCD com modulo I2C

O LCD 1602 é um Liquid-Crystal Display, o que significa basicamente que funciona com
cristais líquidos combinados com polarizadores que com uma luz de fundo, neste caso uma
luz azul, cria uma imagem.

O nome 1602 vem do facto que este display apresenta 16 colunas, cada uma com espaço
para 2 caracteres. O display pode apresentar no máximo 32 caracteres ao mesmo tempo, cada
pixel tem um tamanho de 5 por 8, ou seja, um caracter tem 40 pixéis. O que em suma significa
que temos 1280 pixéis á nossa disposição.

Como para programarmos apenas o display precisamos de ocupar 9 portas, decidimos


utilizar um módulo I2C que reduz para apenas 4 portas.

O módulo I2C foi desenvolvido pela


Philips visando conectar diversos
dispositivos utilizando apenas as portas
SDA e SCL (Serial Data e Serial Clock).
A ideia principal é definir um endereço
hexadecimal para cada dispositivo e no
momento de comunicação, somente o
Figura 10 - LCD com módulo I2C
dispositivo solicitado responderá.

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Programas utilizados & Programação em C

De modo a elucidar possíveis questões, neste subtópico explicaremos os programas e a


respetiva linguagem utilizada ao longo do projeto. Iniciaremos por abordar os softwares
utilizados, como por exemplo, o fornecido pela Arduíno ®, o Arduíno IDE, e em seguida a
linguagem em C indicando a sua história e algumas vantagens.

EasyEDA

A ferramenta EasyEDA traz uma proposta muito interessante, integra todo


o ecossistema de desenvolvimento de circuitos online baseado no seu
diagrama esquemático, simulação digital de circuitos eletrónicos, roteamento
de PCB, pode exportar arquivos gerber, e até mesmo fazer PCB’s através do Figura 11 -
EasyEDA
próprio sistema.

Em um ambiente colaborativo, os projetos desenvolvidos ficam à disposição de todos da


comunidade, podendo ser "copiados" e modificados. Existe também a possibilidade de
desenvolver projetos privados.

Fritzing

Fritzing é uma iniciativa de software open-source para auxiliar


no desenvolvimento de protótipos de eletrónica em geral. Assim
como o Arduíno, Fritzing é indicado para qualquer um que tenha
Figura 12 - fritzing
interesse em computação física e prototipagem. Com ele
podemos “construir” o protótipo de forma fácil e agradável em uma protoboard virtual e depois
alterar o modo de visualização para o diagrama esquemático e até mesmo o layout da placa de
circuito impresso.

Multisim

O Multisim é um ambiente de simulação SPICE padrão da indústria e software de projeto de


circuitos para o ensino e pesquisa de eletrónica digital, analógica e de potência.

O Multisim integra a simulação SPICE, padrão da indústria com um ambiente esquemático e


interativo para visualizar e analisar instantaneamente o comportamento de circuitos eletrónicos.
Ao acrescentar a poderosa simulação e análise de circuitos ao fluxo do projeto, o Multisim
ajuda projetistas a reduzir as iterações dos protótipos de placas de circuito impresso e
economizar seus custos de desenvolvimento.

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Arduíno IDE, o software

A plataforma Arduíno IDE é um software que junta tudo o que é preciso


para programar todas as placas da Arduíno ®, este software é
disponibilizado de forma gratuita no site da marca. Devido à simplicidade,
funcionalidade e custo do software, o ambiente Arduíno tem vindo cada
vez mais a se destacar na criação de projetos, a nível educativo e até mesmo Figura 13 - Arduíno®

para pequenos projetos individuais

Linguagem em C

Criada em 1972 pelo cientista da computação Dennis Ritchie, a linguagem C foi derivada de
duas outras linguagens: BCPL e Algol 68. Embora se acredite que seu único propósito fosse ser
um sistema de linguagem de programação para o desenvolvimento de novas versões do sistema
operacional Unix, hoje ele é utilizado nos mais diversos tipos de projetos.

Devido às suas inúmeras vantagens, a linguagem C continua sendo uma das linguagens mais
populares no mercado de programação. Uma das grandes vantagens dessa linguagem é a
capacidade de gerar código rápido, ou seja, baixo tempo de execução. Além disso, a
programação é bastante simplificada devido à estrutura simples e flexível do C.

Finalmente, a popularidade da linguagem C influenciou diretamente a estrutura e a sintaxe de


outras linguagens, como C++, Objective C e C#.

Qual a diferença entre linguagem C e C++?

A linguagem C++ é orientada a objetos, enquanto a linguagem


C é orientada a procedimentos. Apesar de muito parecida com
a linguagem C, a linguagem C++ pode ser considerada mais
adaptável.
Figura 14 - C vs. C++

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Processos Executados
Ao longo deste capítulo serão indicados os principais processos executados para a
concretização do projeto. Inicialmente expondo os critérios de avaliação criados por nós após
sugestão do professor orientador e finalizando com a programação, em que será explicitado e
analisado o código por partes.

Critérios de avaliação

Um critério de avaliação é uma ferramenta de pontuação que pode ser usada para avaliar o
trabalho. Ao criar um critério, divide-se o trabalho em partes, fornecendo uma descrição mais
clara das características do trabalho associadas a cada parte, em diferentes níveis de habilidade.

Os critérios de avaliação que surgiram de uma decisão unanime foram:

 Disponibilidade / Cooperação;
 Atitude Crítica e Criativa;
 Autonomia (Desenvolvimento Pessoal);
 Raciocínio e Resolução de Problemas;
 Interesse/Empenho;

Resumidamente, os critérios de avaliação proporcionaram-nos uma maior organização dos


nossos esforços a fim de atender aos requisitos do projeto.

Divisores de Tensão

Um divisor de tensão consiste na associação de duas


resistências em série com a finalidade de a tensão de
saída seja menor e/ou limitada a uma certa tensão e é
usualmente usado nos voltímetros para determinar a
tensão existente às pontas de prova.

Entre a tensão de entrada e a massa será a entrada de


tensão, ou seja, seria estes dois terminais que iríamos
colocar no circuito que queremos analisar, podendo dizer Figura 15 - Divisor de Tensão

que o Vin e o GND são as nossas pontas de prova.

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A fórmula usada para calcular o VOUT, é 𝑉𝑜𝑢𝑡 = 𝑉𝑖𝑛 ∗ 𝑅2/(𝑅1 + 𝑅2) , porém na nossa
aplicação o que pretendíamos era saber os valores de resistência R1 e R2 de modo a obtermos
os pretendidos 5V no VOUT, pois todos os divisores resistivos seriam ligados as portas
analógicas do Arduíno e estas apenas admitem 5V como tensão máxima, consoante as diferentes
escalas de tensão pretendidas, 5V, 12V e 24V.

Resolvendo a fórmula em ordem a VIN obtemos a seguinte fórmula:

𝑉𝑖𝑛 = (𝑉𝑜𝑢𝑡/𝑅2)/(𝑅1 + 𝑅2) , a partir daí conseguimos calcular o nosso VIN à qual o
divisor resistivo é aplicado consoante a escala nele escolhido.

Primeiramente foi feito um divisor resistivo para conseguir ler valores até aos 55V com R1 =
100KΩ e R2 = 10KΩ e com os testes conseguimos medir valores com tensões perto dos 50V,
porém havia um erro de leitura de cerca de 1%, algo não admissível. Durante todos testes
realizados, os valores obtidos foram comparados com um multímetro RMS para determinar
qual o desvio existente entre leituras. Durante as reuniões foi sugerido o uso de escalas para
poder diminuir o erro bem como, também usar resistências na ordem dos Megaohms para que
a corrente que nelas atravessasse fosse a mínima possível de modo a não influenciar o circuito
que estivesse a ser analisado.

Após alguns cálculos feitos para obter pelo menos 3 divisores resistivos obtivemos para a
escala de 24V e 12V.

(24V) R1 = 4.7MΩ; R2 = 1.2MΩ || R1 = 6.8MΩ; R2 = 1.8MΩ || R1 = 8.2MΩ; R2 = 2.2MΩ


(12V) R1 = 3.9MΩ; R2 = 2.7MΩ || R1 = 1.5MΩ; R2 = 1MΩ || R1 = 910KΩ; R2 = 620KΩ

Ao aplicarmos cada caso de divisor resistivo a uma tensão obtivemos valores aproximados ao
valor medido por um multímetro, porém dos 3 possíveis divisores para cada escala, o que tinha
R1 = 6.8MΩ; R2 = 1.8MΩ (na escala de 24V) e R1 = 1.5MΩ; R2 = 1MΩ (na escala de 12V)
foram os que apresentaram melhor aproximação de resultados, tendo um desvio de centésimas
face ao multímetro usado nos testes anteriores.
Adotámos também um divisor resistivo para a escala de 5V com a finalidade de apenas de
proteger contra picos de tensão que possam existir, sendo que o valor das resistências são R1 =
220Ω; R2 = 2.2MΩ, deste modo obtemos na mesma os 5V no VOUT e conseguimos oferecer
uma proteção à porta Analógica.

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Os cálculos que nos permitiram verificar que obteríamos os 5V no VOUT para todas as escalas
foram os seguintes:
1.8𝑀 Concluímos que para analisar qualquer
𝑉𝑜𝑢𝑡 𝑑𝑒 24𝑉 = 24 ∗
6.8𝑀 + 1.8𝑀
circuito para descobrir tensões é sempre
= 5,023𝑉
melhor utilizar resistências na ordem dos
1𝑀
𝑉𝑜𝑢𝑡 𝑑𝑒 12𝑉 = 12 ∗ = 4,8𝑉 MΩ devido à dissipação mínima de corrente
1.5𝑀 + 1𝑀
2.2𝑀 que por elas atravessa, não perturbando o
𝑉𝑜𝑢𝑡 𝑑𝑒 5𝑉 = 5 ∗ = 4,9𝑉
220 + 2.2𝑀 circuito em análise.

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Esquema Elétrico

Após reunirmos os componentes necessários para a evolução do projeto, e de intender como


funcionam, procedemos à elaboração de um esquema elétrico, que consiste em uma
representação gráfica, cujo objetivo é nos fornecer como vantagens: informações uteis para
analisar e organizar o circuito, a facilidade de construção e ainda nos ajuda na localização de
possíveis avarias.

Em seguida é exposto o esquema de ligações do projeto (figura 16) elaborado com a ajuda do
programa EasyEDA, e procederemos com a explicação do mesmo.

Figura 16 - Esquema Elétrico

Na ilustração do esquema é percetível que o foco é o Arduíno, por assumir uma posição
central e todos os componentes serem colocados em função deste. Os componentes a que nos
referimos podem ser classificados consoante a sua função, de entrada ou saída, e consoante o
tipo de dados, variável ou do tipo digital.

Quando o projeto está em funcionamento, independentemente da escala, ocorre uma sucessão


de tarefas entre os componentes, que é compreensível no fluxograma void loop.

No botão seletor bipolar entram dois tipos de tensões, as de medição e as de comando. O polo
da tensão de comando utiliza os canais do intervalo 1 a 4, e é alimentado pelos 5V do Arduíno,
e o polo a avaliar utiliza as faixas de 7 a 10, sendo sustentado pela tensão disponível na zona a
avaliar.

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O voltímetro possui várias escalas para avaliar o sinal de entrada, tomemos como exemplo a
escala de 5V. O botão rotativo assume uma posição em que os polos estão nas posições 1 e 7,
o que corresponde às portas 9 e A0 respetivamente, a porta 9 tem o seu estado influenciado pela
tensão de comando, e obrigatoriamente as outras portas digitais 10, 11 e 12, que recebem tensão
de comando, estarão sem sinal. O mesmo acontece para as portas analógicas que recebem tensão
a avaliar, A0 recebe sinal e as outras portas A1, A2 e A3 obrigatoriamente estarão a 0.

Para cada uma das escalas foram dimensionados divisores de tensão, de modo que o sinal que
vai para o Arduíno seja retirado aos terminais da última resistência, e o sinal nunca será maior
que 5V, tensão máxima suportada pelas portas analógicas.

O projeto faz a leitura de sinais influenciados por dois tipos de corrente, AC e DC. Para
conseguir medir um sinal AC em segurança, é necessário acrescentar um díodo 1n4007 á
entrada do divisor, para retificar a onda e assim só a parte positiva será transmitida. O objetivo
desta técnica é evitar problemas na ADC porque esta só suporta tensões entre 0V a 5V.

Uma vez que o microcontrolador recebeu o sinal, este precisa de ser testado e exposto. O
Arduíno recebe na entrada das portas analógicas, um sinal proveniente dos terminais da segunda
resistência, mas o objetivo é expor o valor de tensão que passa em todo o divisor, tal objetivo é
conseguido através da programação, explicado no subtópico referente.

A exposição do valor que chega às portas analógicas é feita de duas maneiras, com o uso de
uma escala de leds e um display. Os componentes visados incluem-se nas saídas do sistema e a
alimentação é feita de duas formas.

Os LEDs são conectados a portas digitais definidas como saídas, que alimentam os LEDs.
Dependendo da intensidade do sinal, mais ou menos LEDs acendem, quanto mais próximo o
sinal de entrada estiver do limite de 5V suportado pela porta, mais LEDs vermelhos acendem.
Se o valor do sinal for 5V, o LED verde acenderá. Cada porta digital possui uma resistência de
220Ω para proteger os díodos, como no divisor de tensão até 5V para proteger as portas
analógicas.

O display é alimentado diretamente pelos 5V do Arduíno e as informações sobre o sinal são


feitas através das saídas de dados nas portas analógicas A4 e A5.

Existe um ponto GND para onde todas as massas são direcionadas, do fim dos divisores de
tensão, leds e display.

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Programação

Neste capítulo procedemos à explicação do programa com recurso a fluxogramas e a partes


de código necessárias para ajudar na compreensão da informação. Dividimos este capítulo em
subtópicos correspondentes ao void setup, void loop e às funções que o programa possui. Antes
de explicarmos estes ciclos, podemos ver as funções utilizadas no início do programa, para
facilitar a organização do código.

Aqui é notável ver o tipo de funções utilizadas, separadas por dois tipos. As funções medição,
média, alternada e média_alternada retornam dados do tipo float, porque retiramos delas dados
que precisamos, e as funções, leds e display, do tipo void, não retornam dados e justificamos o
uso destas para situações em que queremos fazer os componentes à saída realizarem uma
determinada ação ou um conjunto de ações.

Figura 17 – Identificação de Funções

Os dois ciclos essenciais para o funcionamento de qualquer programa no Arduíno são o Void
Setup e Void Loop, cada um deles tem as suas características, clarificadas em seguida.

Void Setup

Este ciclo só se realiza uma vez, quando executado o programa e serve


essencialmente para indicar a configuração das portas digitais. Nestas
portas, existem duas configurações possíveis, entradas e saídas.
Iniciamos a instrução com pinMode (porta, estado), o estado será INPUT
ou OUTPUT, todas as entradas correspondem aos canais do botão
rotativo e todas as saídas correspondem aos leds da escala. Neste ciclo
também definimos a velocidade de funcionamento do monitor serial,
9600ms, e é feita a iniciação do display, através da instrução lcd.init().

Figura 18 - Fluxograma
Void Setup

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Void loop

O que difere este ciclo de todos os outros é a particularidade de ser executado em loop, até o
sistema ser desligado. Neste ciclo é onde todas as funções do programa são chamadas para fazer
os componentes funcionarem, tendo em conta o estado atribuído no void setup.

No início do ciclo, a primeira etapa a surgir é a declaração de variáveis, essenciais para


obtermos, das funções, dados ou ações que pretendemos. Aqui há dois de variáveis, int, do tipo
inteiro, e float, que incluem valores com parte decimal.

Nas variáveis do tipo int temos as seguintes declarações:

❖ Porta – Indica qual porta analógica está a ser usada, informação necessária para
as funções leitura e display terem dados de entrada;
❖ Dimensão – Contem o valor referente ao tamanho do vetor que guarda a
quantidade de leituras na função média do sinal DC;
❖ Contador – Apenas guarda o valor do início do ciclo que faz as leituras para
descobrir o máximo do sinal AC;
❖ Fim – Contem o valor da quantidade de leituras feita na função que descobre o
máximo do sinal AC, e media do sinal AC.
Nas variáveis do tipo float temos as seguintes declarações:

 ValorVOUT – Guarda o valor que chega na porta analógica, correspondente ao


meio do divisor resistivo;

 ValorVIN – Guarda o valor convertido da porta analógica, correspondente ao


início do divisor resistivo;

 Ra e Rb – Guarda os valores das duas resistências utilizadas em cada divisor


resistivo, sendo R1 e R2 do divisor respetivamente;

 Pico – Guarda o valor máximo da onda no sinal AC;

 Eficaz – Guarda o valor eficaz da onda no sinal AC.

Figura 19 - Variáveis declaradas

19
2023

Seguidamente temos o conjunto de instruções onde ocorre a sucessão de tarefas no sistema.


As quatro escalas possíveis de utilizar estão divididas por ciclos, uma vez dentro de um
determinado ciclo, o programa só executa a sucessão de tarefas para expor o valor que vem da
porta correspondente à escala.

Usando como base a escala de 12V, para compreender o funcionamento delas todas, à entrada
de cada ciclo, existe uma instrução de condição, em que o programa garante que apenas a escala
a avaliar tem o botão de comando para lá posicionado, ou seja, sendo o comando de leitura,
digitalRead(porta), e os dois estados possíveis de obter HIGH, igual a 1, e LOW, igual a 0,
apenas a porta 9 poderá ter valor 1.

Figura 20 - Comando if

O comando que indica que a porta está a 1, também permite a entrada dentro do ciclo. O while
é um ciclo que é realizado enquanto a sua condição for positiva, estando digitalhead (9) == 1,
o programa corre dentro dessa escala.
Figura 21 - Comando while

Dentro do ciclo ocorre a atribuição do valor da porta, na escala


até 12V seria porta=2, e são atribuídos os valores do divisor às resistências, para efetuar as
conversões nas funções em seguida, RA= 1.5 MΩ e RB= 1MΩ. De notar que na escala até 5V
a porta analógica aguenta o valor da escala, por isso não atribuímos valores a RA e RB aqui.

Em seguida chamamos a função média com os dados necessários. A função devolverá o valor
Vout através de passagem por parâmetros, e retomará o valor VIN, sendo este o valor exposto
nas escalas 12V e 24V.

Para análise podemos expor ambos os valores no monitor serial. No display, função chamada
em seguida, só precisamos de expor no LCD o valor que pretendemos analisar, na escala de
12V e 24V será o VIN, e na escala 5V o VOUT.

No fim dos ciclos é chamada a função


Leds, onde usamos o valor VOUT, porque
como dito anteriormente, a escala varia tendo
em conta o limite da porta.

Figura 22 - Função Média

20
2023

Existem algumas diferenças na escala que lê sinal em AC. Nesta ocorre a atribuição do valor
à porta e resistências, mas a função chamada é a função que faz a media do sinal AC. O display
expõe o valor eficaz, como acontece em todos os voltímetros digitais.
Expomos o fluxograma correspondente ao Void Loop.

Figura 23 - Fluxograma Void Loop

21
2023

Função Leitura

A função leitura é sempre usada através de recursividade noutras funções. As variáveis de


entrada são:

▪ Vout – encarregue de guardar o valor que chega à porta;

▪ Número – carrega o valor correspondente à porta analógica.

Dentro do ciclo da função existe uma linha onde é feita a leitura e conversão do valor que
chega à porta. Através do comando analogRead(número), se quisermos obter valores para a
escala até 12V, por exemplo, número teria valor igual a um, isto porque a porta utilizada é A1.

As portas analógicas apenas emitem valores entre 0 e 1023, esse valor precisa de ser
convertido para a escala analógica que medimos. Efetuamos os seguintes cálculos e atribuímos
casas decimais a todos os números porque o valor resultante é do tipo float e valores inteiros
precisam de ser desse tipo na equação.

𝑉𝑜𝑢𝑡 = ((𝑎𝑛𝑎𝑙𝑜𝑔𝑅𝑒𝑎𝑑(𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜)) × 5) ÷ 1023,0

Por fim é retornado o valor Vout. A explicação de sucessão de tarefas pode ser compreendida
com o fluxograma exposto em seguida.

Figura 24 - Fluxograma Função Leitura

22
2023

Função Média

A função média executa, durante um intervalo de tempo, um conjunto de medições, e no fim


faz e media e converte para o valor Vin. A função necessita dos seguintes dados de entrada:

o Max array – Guarda o valor que indica a quantidade de medições realizadas;

o R1 e R2 – Guarda o resultado do Vout, obtido na função, e é a referência utilizada para


indicar o endereço de uma variável no void loop, lá será antecedida por (&) obrigatoriamente;

o X - Aqui é guardada a informação referente à porta, dado necessário na recursividade


da função da leitura.

Dentro da função precisam ser declaradas variáveis, essenciais no seu funcionamento, serão
indicadas a seguir.

Variáveis do tipo int:

✓ Incremento – Usado para contar o número de repetições num ciclo.

Variáveis do tipo float:

➢ Soma – Guarda o valor da soma das medições;

➢ ResultadoVin – Guarda o valor da conversão do resultado VOUT;

➢ VetorVout[max_array] – Vetor que guarda quantidade de medições, podemos visualizar


que aqui é usado max_array, ou seja, a quantidade de leituras é igual ao tamanho do
vetor.

Variáveis do tipo unsigned int, são estas, início, fim e tempo. A particularidade deste tipo é
guardar dados com valor dentro do intervalo 0 a 65535. As variáveis mencionadas permitem
avaliar o tempo que o programa demora a executar a função. Utilizamos o comando millis(),
que indica em milissegundos o tempo que o Arduíno está. Esta propriedade é um relógio, com
ciclos de 0 a 55000. Aproveitamos para obter o tempo inicial algures dentro desse ciclo, e o
tempo final, seguindo a mesma lógica, e teremos o valor que a execução da função demorou.

O cálculo é mencionado em seguida:

𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 𝑓𝑖𝑚 − 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜

23
2023

Na execução de instruções a função começa por guardar o valor inicial. De seguida, entra num
ciclo for para realizar as medições. No ciclo o incremento é igualado a 0, e enquanto a condição
ser verdadeira, (incremento < max_array), é somado uma unidade ao incremento, até ser igual
ao valor de 300. Dentro do ciclo, a função medida usa como recurso a função de leitura, para
obter dados da porta, e a cada medição adiciona o valor a uma coordenada do vetor, durante o
processo, o valor é atribuído à coordenada, e é somado na variável soma.

Depois de realizadas todas as medições, é feita a media através do cálculo exposto em seguida:

𝑠𝑜𝑚𝑎
∗ 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑠𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑉𝑂𝑈𝑇 =
max _𝑎𝑟𝑟𝑎𝑦

O valor estão em Vout, logo são guardados em *resultadoVOUT, em seguida é feito o cálculo
especificado no tópico de divisores resistivos para obter o valor VIN, e atribuirmos à variável
resultado VIN.

Por fim a função guarda de tempo final, e o cálculo do tempo e retorna o resultado VIN. Na
página seguinte expomos o fluxograma correspondente à função.

24
2023

Figura 25 - Função Média

25
2023

Função Alternada
O objetivo da função alternada passa por descobrir a área da onda sinusoidal, proveniente
da escala AC. Para tal ser possível os dados de entrada são os seguintes:

❖ Incremento – Variável usada na contagem de ciclos;

❖ Valor – Guarda o valor das leituras, variável utilizada no recurso da função leitura;

❖ Máximo – Variável que guarda o valor de pico;

❖ R1 e R2 – Guardam o valor das resistências do divisor;

❖ X – Guarda o valor correspondente à porta analógica.

Figura 26 - Identificação da Função Alternada

No início da função a variável máxima e igualada a 0, esta instrução é necessária para


garantir sempre que a função é chamada, ela pode descobrir um novo pico.

Segue-se o ciclo while, onde são realizadas as leituras do sinal. A sua escolha deve-se
porque este é mais rápido que o ciclo for. Enquanto a condição (incremento < limite) for
verdadeira, são repetidas as instruções dentro do ciclo, isto é, enquanto o incremento for menor
que 200.

Em cada medição é feita a recursividade da função leitura, o funcionamento é parecido com


a função média, atribui-se uma variável para retirar os dados e indicar a porta. Logo a seguir
surge uma condição caso o valor seja maior que o valor armazenado no máximo, este é atribuído
à variável máxima.

Figura 27 - Armazenamento

No fim de concluído o ciclo, é feito um cálculo que converte o valor máximo,


correspondente à posição Vout, para ser correspondente à posição Vin. Por último a função
retorna o máximo.

Figura 28 - Retorno de Valores

26
2023

De seguida é exposto o fluxograma que contribui para perceber a explicação.

Figura 29 - Fluxograma da Função Alternada

27
2023

Função Média Alternada

Esta função faz a média de vários picos, obtidos na função alternada. Os dados de entrada são
os seguintes:

❖ Incremento – variável utilizada para fazer os ciclos;

❖ Limite – Guarda o valor que indica a quantidade de picos medidos;

❖ *resultado pico – Guarda a informação do valor de pico, apos a media, no respetivo


endereço;

❖ Resultado eficaz – Guarda o valor eficaz, obtido a partir do valor de pico;

❖ R1 e R2 – Guarda os valores que correspondem às resistências do divisor resistivo;

❖ X – Guarda o valor da porta.

Figura 30 - Identificação da Função Média Alternada

Dentro desta função são definidas variáveis, essenciais para realizar as instruções, todas do
tipo float, são estas:

- Valor – Variável necessária para, durante o recurso a função alternada, esta


recursividade da função leitora também, para obter dados da porta analógica;

- Extremo – Guarda o valor de pico, para o recurso à função alternada;

- Soma – Guarda a soma de todos os valores de pico.

A primeira instrução é a realização de um ciclo for, que faz a leitura de vários picos. Enquanto
a condição de (incremento < limite) for positiva, ou seja, menor do que 150 leituras, é
acrescentada uma unidade ao incremento.

Dentro do ciclo existem duas instruções, uma permite fazer a recursividade à função alternada,
para descobrir o pico. Logo depois é feita a soma do valor obtido, a variável soma.

Figura 31- Comando for

28
2023

Com a soma dos 150 picos obtida, é feita a média com recurso a equação logo a seguir, e o
valor é atribuído ao endereço.

Sucede-se a instrução onde obtemos o valor eficaz, através do valor de pico. Para isso
precisamos de perceber qual cálculo necessário de realizar, exposto em seguida bem como a
localização dos valores na onda.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑖𝑐𝑜 ÷ √2

Por fim a função retorna o resultado do valor eficaz. Em seguida expomos o fluxograma
correspondente.

Figura 32 - Fluxograma da função Média Alternada

29
2023

Função Leds

Esta função permite que seja acesa uma escala de leds, consoante o sinal que chega à porta
analógica e a distância que tem do limite. É necessário apenas a variável, dados, na entrada,
porque recebe o valor indicativo do valor VOUT, confirmando novamente que é este que
controla a escala. Na zona de definição de variáveis apenas definimos uma do tipo int,
lâmpadas, usada no switch case.

Primeiramente é feita uma triagem do sinal que chega à função, para isso ser possível existem
várias instruções de condição, se for inferior a 0 o programa assumirá a parte else do if, em que
todos os leds vermelhos estão apagados.

Quando o sinal é maior que 0 este enquadra-se nas instruções que indicam os casos do switch
case. Ao se constatar que o sinal está num intervalo, por exemplo, dados iguais a 2.5, entrará
na condição (dados >=2 && dados <3), nela, a variável lâmpadas assume o valor 3 e é
encaminhada para o caso do switch case, acendendo 3 leds. Os intervalos possíveis são opostos
em seguida.

• (dados<1);

• (dados>=1 && dados<2);

• (dados>=2 && dados<3);

• (dados>=3 && dados < 4.8);

• (dados>=4.8).

Na parte else, correspondente a 0, e nos casos correspondentes a intervalos de tensão até ao


valor máximo 5, é garantido qual o estado dos leds pretendido para cada um deles, com o
objetivo de evitar leds que se mantenham acesos durante o variar da escala.

Os leds são saídas, e como tal, necessitam de um comando para mudar o estado deles,
digitalWrite (porta, estado). A variável porta indica a porta digital, definida como saída, onde
se situa o led, e a variável estado, assume dois estados, HIGH, equivalente a 1 e alimenta os
leds, e LOW, equivalente a 0 e corta a alimentação dos leds.

Disponibilizamos o fluxograma que ajuda na explicação da função.

30
2023

Figura 33 - Fluxograma da Função Leds

31
2023

Função Display

A função display controla o ecrã LCD, as variáveis de entrada são as seguintes:

• Caso tensão – Usa o valor atribuído à porta para indicar a escala onde o voltímetro está;
• Sinal tensão – disponibiliza o valor do sinal que queremos expor.

A programação é adaptada às dimensões da área disponível do ecrã. Existem várias maneiras


de programar o display, a escolhida neste projeto é inserção de uma livraria para programar o
display com o módulo I2C. A colocação é feita logo no início do programa, zona destinada à
colocação de ficheiros na fase de compilação. Disponibilizamos a imagem onde aparece a
livraria e a definição de dimensões.

Figura 34 - Chamada da Biblioteca

Também existe uma lista de comandos, usada para controlar LCD, permite-nos perceber todas
as ações possíveis de realizar. Todos os comandos usados para controlar o display, são
antecedidos pela palavra lcd, semelhante ao que acontece com o monitor serial, exemplo,
lcd.print() e serial.print(), ambos são usados para inserir texto.

Explicamos agora a sucessão de ações quando a função é chamada. Primeiro necessitamos de


ligar o brilho no ecrã, isso é feito com lcd.setBacklight(). No estado há duas opções possíveis,
HIGH, brilho ligado, LOW, brilho desligado. Seguidamente colocamos o cursor na posição que
queremos escrever, parte que é influenciada pelas dimensões do diplay. O nosso possui duas
coordenadas, 0.0 e 0.1, que tem em conta dois eixos, 0 e 1. A coordenada 0.0 é encarregue de
indicar a escala, e a coordenada 0.1, encarregue de indicar o valor da leitura.

Antes de inserir texto, devemos proceder à limpeza do ecrã nas zonas de texto, para isso
realizamos o seguinte processo.

Figura 35 - Códigos do Lcd

32
2023

Depois posicionamos o cursor para a coordenada 0.0, logo a seguir sucedem-se um conjunto
de condições, e o caso tensão, permite que o programa entre dentro do ciclo, posterior a cada
uma delas, executando a sucessão de tarefas referente à escala.

Damos como exemplo a escala até 5V, o caso tem terá valor 3, logo enquadra-se no ciclo
sucedido pela condição if(caso_tensao==3).

Uma vez dentro do ciclo, o display imprime a escala, posiciona o cursor para a coordenada
0.1, e imprime o sinal de tensão a avaliar.

Figura 36 - Comando if

Colocamos agora em ilustração o fluxograma que auxilia na explicação.

33
2023

Figura 37 - Fluxograma da Função Display

34
2023

Análise e Demonstração do Projeto


Aqui abordaremos as várias etapas envolvidas na conceção do projeto voltímetro. A primeira
etapa envolveu a colocação dos componentes na placa branca, a sua constituição seria a
mencionada na imagem gráfica disponibilizada.

Figura 38 - Esquema Gráfico feito no Fritzing

Podemos confirmar onde os terminais dos componentes iam encaixar na placa branca e
Arduíno, com o objetivo de comprovar que todos funcionavam como pretendido. Testes
realizados:

❖ Comprovar que o botão rotativo conseguia direcionar os 5V para a porta digital, e


tensão, proveniente dos pontos a medir, para a porta analógica, correspondentes à escala
a avaliar. Isto garantindo que apenas as portas, analógica ou digital, selecionadas
estariam a receber dados;

❖ Comprovar que os divisores resistivos na prática conseguiam proteger o Arduíno,


garantindo que os valores da escala eram possíveis de medir, respeitando a tensão
máxima na porta;

35
2023

❖ Constatar que o díodo conseguia retificar o sinal sinusoidal, para só passarem sinais
positivos e não danificar a ADC;

❖ Confirmar que a variação do sinal que chegava ao botão rotativo, com a ajuda de um
potenciómetro, era possível, e se era percetível na escala leds;

❖ Garantir que a terra era a mesma em todos os circuitos;

❖ Dimensionar as resistências que protegiam os leds.

A vantagem dos voltímetros digitais, face aos analógicos, é a facilidade de visualização dos
dados e precisão num intervalo de tempo. Com esta definição em mente, foram realizados testes
que incidiram em várias quantidades de medida, para avaliar o tempo demorado, e a diferença
do valor, face ao esperado na teoria, também medido com um voltímetro.

Testes em DC

A quantidade de medições é possível de alterar no programa, os resultados podem ser


visualizados nas tabelas expostas em seguida.

Testes da média de valores, comparação com o valor pretendido:

Tabela 1 - Média de valores

Teste de tempo demorado na recolha e média de leituras, em milissegundos:

Tabela 2 - Tempo Demorado

A necessidade dos testes deve-se ao facto de, no intervalo das medições, poderem ocorrer
oscilações inesperadas que influenciam no valor final da média.

Após a realização dos ensaios, foi possível comprovar que até 400 medições o valor não oscila
muito, no entanto, considerou-se que o tempo demorado ideal ocorre nas 300 medições, porque
o tempo demorado é menor e a discrepância em milivolts é menor.

36
2023

Outro ensaio possível de realizar, é, tendo em conta o mesmo valor de referência, avaliar a
precisão das escalas.

Tabela 3 - Precisão das Escalas

Testes em AC

O projeto possui uma escala dimensionada para suportar valores de pico até 10V, para avaliar
a sua fidelidade, foram realizados testes com tensões de pico a pico diferentes. Procedeu-se à
comparação dos valores medidos no Arduíno, osciloscópio e voltímetro T-RMS.

Os instrumentos de medida realizaram medições num circuito composto pelo gerador de


sinais e duas resistências com valores de 10kΩ. As quedas de tensão são simétricas, por isso,
teoricamente Vin terá o valor máximo de tensão no circuito, e Vout terá metade. Os valores
obtidos podem ser consultados nas tabelas em seguida.

Vin do divisor Vout do divisor


5V AC PP Eficaz Pico Eficaz Pico
Arduino 1,58 2,23 0,93 1,32
Osciloscópio 1,76 2,48 0,82 1,28
Multímetro T-RMS 1,7 0,84
Tabela 4 - Valores 5v AC PP

Vin do divisor Vout do divisor


10V AC PP Eficaz Pico Eficaz Pico
Arduino 3,139 4,44 1,704 2,41
Osciloscópio 3,6 5,15 1,83 2,6
Multímetro T-RMS 3,55 1,76
Tabela 5 - Valores 10v AC PP

Vin do divisor Vout do divisor


19,2V AC PP Eficaz Pico Eficaz Pico
Arduino 5,61 7,93 2,898 4,1
Osciloscópio 6,59 9,6 3,26 4,6
Multímetro T-RMS 6,36 3,17
Tabela 6 - Valores 20v AC PP

37
2023

Nos testes realizados podemos comprovar que os valores obtidos no Arduíno começam a ficar
mais distantes do valor pretendido a partir de tensões superiores a 5V pico a pico. Tal fenómeno
pode ser explicado com a queda de tensão gerada no díodo.

O voltímetro T-RMS e o osciloscópio possuem uma melhor capacidade de precisão, uma das
diferenças entre o voltímetro e o nosso projeto está no cálculo realizado, o cálculo para
descobrir T-RMS é exposto em seguida.

1
𝑇. 𝑅𝑀𝑆 = √ ∫ 𝑇[𝑓(𝑡)2 𝑑𝑡]
𝑇

Caracterização dos Pinos

Em seguida disponibilizamos um quadro onde é possível confirmar a caracterização dos


pinos.

Pinos Funções
RST
3,3V
5V Alimentação do display, botão rotativo
GND Terra dos divisores
VIN
A0 Divisor, escala até 20 pico a pico
A1 Divisor, escala até 24V
A2 Divisor, escala até 12V
A3 Divisor, escala até 24V
A4
A5
0
1
2 led vermelho 5V
3 led vermelho 5V
4 led vermelho 5V
5 led vermelho 5V
6 led vermelho 5V
7 led verde 5V
8 comando de divisor até 5V
9 comando de divisor até 12V
10 comando de divisor até 24V
11 comando de divisor AC até 20pp
12
13
Tabela 7 - Caracterização dos Pinos

38
2023

Esquema Gráfico do Resultado Final

Com a garantia que todos os testes estavam realizados e após confirmar o posicionamento
correto dos componentes o circuito foi passado para uma placa PCB. O esquema utilizado na
conceção foi realizado no programa Fritzing, em seguida expomos as imagens do esquema e do
resultado final.

Figura 39 - Resultado Final ↑


& Parte Inferior ↓

Figura 40 - Esquema Gráfico da Placa Perfurada

39
2023

Conclusões

[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14]

40
2023

Referências Bibliográficas
[1] “circuitos elétricos - Infopédia.” https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$circuitos-
eletricos (accessed Jan. 15, 2023).
[2] “Voltímetro - frwiki.wiki.” https://pt.frwiki.wiki/wiki/Voltmètre (accessed Jan. 15,
2023).
[3] “electromagnetism - How does a voltmeter determine voltage? - Electrical Engineering
Stack Exchange.” https://electronics.stackexchange.com/questions/621015/how-does-a-
voltmeter-determine-voltage (accessed Jan. 15, 2023).
[4] “Voltímetro com Arduino: como montar, programar e calibrar.” https://br-
arduino.org/2015/06/voltimetro-com-arduino-como-montar-programar-e-calibrar.html
(accessed Jan. 15, 2023).
[5] “PLACA ARDUÍNO E SUAS FUNCIONALIDADES ARTE, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA,” Accessed: Jan. 15, 2023. [Online]. Available:
www.arduino.cc/en/main/.
[6] “Voltímetro Digital - BHS Eletrônica.” https://www.bhseletronica.com.br/voltimetro-
digital.php (accessed Jan. 15, 2023).
[7] “voltímetro - Infopédia.” https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$voltimetro (accessed
Jan. 15, 2023).
[8] “Root Mean Square Formula-Learn Formula to Find Root Mean Square Value.”
https://www.cuemath.com/root-mean-square-formula/ (accessed Jan. 15, 2023).
[9] “Transformador isolador, para que serve e como funciona?”
https://www.mundodaeletrica.com.br/transformador-isolador-para-que-serve-como-
funciona/ (accessed Jan. 15, 2023).
[10] “2634482 (1).pdf.” .
[11] “ATmega328P 8-bit AVR Microcontroller with 32K Bytes In-System Programmable
Flash DATASHEET.”
[12] “UNO R3 | Arduino Documentation | Arduino Documentation.”
https://docs.arduino.cc/hardware/uno-rev3 (accessed Jan. 14, 2023).
[13] L. H. Day, T. Robson, P. Machado, and L. Ramos, “Conhecendo o Fritzing (parte 1)
v.1.0 julho/2013,” Accessed: Jan. 14, 2023. [Online]. Available: http://www.fh-
potsdam.de/.
[14] “Conheça o EasyEDA - Simulador de circuitos on-line - Embarcados.”
https://embarcados.com.br/easyeda/ (accessed Jan. 14, 2023).

41
2023

Anexos

42
2023

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE


ÁGUEDA

LICENCIATURA EM ELETRÓNIA E MECÂNICA INDUSTRIAL

PROJETO TÉMATICO EM PROGRAMAÇÃO APLICADA

PROJETO IV – VOLTÍMETRO

SEGUNDA PARTE DO TRABALHO

CONFIRMAÇÃO DAS LEIS DE KIRCHHOFF


& EQUIVALENTE DE THÉVENIN

Grupo II:
André Filipe Sereno Vicente
(n.º 113242)
Bárbara Braga Couto DOCENTE ORIENTADOR:
(n.º 112767) PROF. JOSÉ OLIVEIRA
Diogo Manuel Soares Da Silva
(n.º 92541)
Filipe Miguel Santos Martins
(n.º 102012) DATA DE ENTREGA:
Marco Manuel Da Silva Pereira 17/01/2023
(n.º 102135)
Raphael Leite Mascarenhas
(n.º 112868)
2023

Resumo
No contexto da Licenciatura em Eletrónica e Mecânica Industrial, foi-nos proposto a
realização de um projeto temático em Programação Aplicada, sendo este realizado no primeiro
semestre do ano letivo 22/23. Portanto, com base nesse tema, a primeira parte do projeto
resumiu-se em construir um voltímetro (características do voltímetro), e a segunda parte seguiu
um rumo idêntico, abordando um circuito para aplicar medições com o voltímetro e o respetivo
dimensionamento do circuito. O desenvolvimento do relatório foi estruturado recorrendo ao
layout de diversos trabalhos e dissertações encontrados na internet e comtempla 4 tópicos
principais: Introdução, Enquadramento, Desenvolvimento e Conclusão. (Com a realização
deste trabalho é possível concluir que a aplicação de um método de avaliação de riscos, neste
caso o método de William T. Fine, ajuda a manter ou melhorar a segurança e saúde dos
trabalhadores nas empresas.)

Palavras-chave: segurança; William T. Fine; saúde; riscos; método.


2023

Índice
Veneficar formatações de índices e páginas
2023

Introdução
Esta segunda etapa do relatório faz parte do projeto temático sobre programação aplicada que
foi realizado no primeiro semestre do curso de Eletrônica e Mecânica Industrial. O objetivo
deste trabalho é demonstrar e exibir a aplicação das leis de Kirchhoff e do equivalente de
Thevenin em um determinado circuito. Para conseguir isso, será necessário determinar
analiticamente todas as correntes e tensões presentes no circuito, que serão então comparadas
com as medições feitas pelo Arduíno, simuladores e instrumentos de laboratório, permitindo
assim uma análise dos dados obtidos. A prova equivalente do Thevenin será obtida usando o
mesmo método, onde a resistência e a tensão de Thevenin serão determinadas analiticamente e
posteriormente verificadas pelo simulador e testes práticos.

Esta segunda parte do projeto está organizada em diferentes fases:

❖ Primeira fase: Breve visão geral do trabalho atribuído e descrição dos materiais
utilizados.

❖ Segunda fase: Aplicação da análise nodal e análise das medidas obtidas analiticamente,
com simulador de medidas, instrumentos laboratoriais e o Arduíno. Estudo dos erros
teóricos e práticos nas medidas. Verificação do equivalente de Thevenin.

❖ Terceira Fase: Conclusões e Referências Bibliográficas.

(fazer um breve resumo que utilizamos o projeto para fazer leituras)

3
2023

Enquadramento Teórico
Um circuito elétrico consiste num conjunto de componentes elétricos ou eletrónicos através
dos quais pode circular corrente elétrica. Geralmente estes circuitos tendem a ter em sua
composição: um gerador que funciona como fonte de energia; um ou mais recetores que
transformam ou transferem a energia transferida até eles e fios condutores de ligação que são
os elos dos vários constituintes.

Resumidamente neste enquadramento teórico serão apresentados conceitos e noções sobre


alguns dos componentes, desprezando os já explicitados no relatório do primeiro trabalho, e
será apresentado o simulador utilizado, o MultisimLive.

Componentes

Para analisar o circuito do segundo trabalho foi necessário a utilização de alguns componentes
presentes no laboratório e também de alguns adquiridos através do armazém da ESTGA.
Durante este subcapítulo apresentaremos os seguintes equipamentos: a fonte de alimentação
DC e o multímetro digital.

Fonte de alimentação DC

A fonte de alimentação DC (do termo original em inglês Direct Current) na bancada é um


dispositivo que transforma a corrente alternada de uma rede de distribuição normal em corrente
contínua. As fontes utilizadas nesta prática são fontes de tensão variável, ou seja, a tensão
terminal pode variar de 0 V a várias dezenas de volts. A tensão desejada pode ser ajustada no
painel frontal da fonte de alimentação e pode ser utilizada em circuitos simplesmente
conectando cabos aos terminais de saída da fonte de alimentação, que são identificados como
positivo (maior potencial) e negativo (menor potencial).

Transformador Isolado

A função básica de um transformador é fazer com que a energia que lhe chega tenha todas as
características necessárias para funcionar de maneira totalmente adequada um aparelho ou
componente.

Nos transformadores isoladores existem dois enrolamentos, o primário e o secundário e no


caso do transformador isolador, ele consegue manter no enrolamento secundário a mesma
tensão que vem do enrolamento primário, ou seja, se o enrolamento primário recebe uma tensão
de 127V, no enrolamento secundário também vamos ter 127V.

4
2023

Este transformador é muito utilizado em circuitos eletrónicos porque através de um


isolamento físico, ele consegue isolar a tensão entre os enrolamentos, reduzindo bastante a
quantidade de ruídos no isolamento secundário, algo que é muito importante na eletrónica.

Multímetro Digital

Um multímetro digital é um instrumento de teste usado para medir dois ou mais valores
elétricos, ou seja, tensão (volts), corrente (amperes) e resistência (ohms). É uma ferramenta de
diagnóstico padrão para técnicos em ambientes elétricos/eletrônicos industriais. Os multímetros
digitais há muito substituíram os medidores analógicos baseados em agulhas porque podem
medir melhor, com mais confiabilidade e com maior resistência. No presente trabalho, utilizou
se o multímetro para medir resistências, as tensões e correntes presentes no circuito real e no
respetivo equivalente de Thévenin.

Leis de Kirchhoff
As leis de Kirchhoff é um método de análise de circuitos elétricos utilizado para encontrar as
intensidades das correntes em circuitos que não podem ser simplificados. Constituídas por um
conjunto de regras, elas foram formuladas em 1985 pelo físico alemão Gustav Robert
Kirchhoff, quando era estudante na universidade de Königsberg.

A primeira Lei de Kirchhoff é chamada é Lei dos Nodos e se aplica a pontos no circuito onde
a corrente elétrica se divide. Ou seja, na junção entre três ou mais condutores (nodos). Já a
segunda denomina se de Lei das Malhas, e é utilizada nos caminhos fechados de um circuito,
ou quais são chamados de malhas.

Aplicação da Análise Nodal

A abordagem correta a um circuito aplicando a análise nodal baseia-se em realizar os


seguintes passos:

1. Identificar e enumerar os nodos;


2. Escolher o nodo de referência (qualquer um pode ser nodo de referência, porém existem
duas regras de escolha: o terminal negativo da fonte de tensão ou corrente que alimenta
o circuito, ou o nodo conectado ao maior número de ramificações;)
3. Arbitrar o sentido a utilizar, devido as correntes que saem e que entram;
4. Escrever as equações das correntes para os nodos em questão.

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Com fim de adquirir os cálculos das correntes e tensões do circuito, decidimos utilizar o
método acima explicado para comprovar as Leis de Kirchhoff.

O circuito exposto pelos professores orientadores, a modo de iniciarmos o segundo trabalho


foi o da figura abaixo apresentada, onde já se pode verificar todos os nodos existentes, o nodo
de referência e o sentido arbitrado pelo grupo.

Como se pode verificar na figura, o sentido arbitrado faz com que as correntes que entram no
nodo são de origem positiva e as que saem são negativas. Após termos abordado os primeiros
três passos da análise nodal, surge agora o último e não menos importante, a apresentação das
equações para cada nodo, porém serão dadas algumas explicações antes.

Para esta análise nodal tomámos em conta que tanto a fonte de 24V, como a resistência de
100 ohm, estão ligadas no vazio, considerando assim que estes componentes não diferenciam
nenhum valor no circuito. Dito isto podemos dizer que o nodo apresentado pelo número um,
passa a ser um simples fio pois a corrente que entra será igual a que irá sair, e podemos
prosseguir com a apresentação dos cálculos do nodo dois.

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Nos cálculos apresentados ao lado podemos


∑ = + I1 − I2 − I3
verificar que inicialmente, achamos a tensão i
presente no nodo dois, usando uma das leis de −VN2 + 10 VN2 VN2
− − =0
Kirchhoff que consiste que o somatório das 27 10 12

correntes é zero. Durante os cálculos 20(−VN2 + 10) − 54VN2 − 45VN2 = 0

simplificamos resistências, R1 e R4 em serie, −20VN2 + 200 − 54VN2 − 45VN2 = 0

surgindo R1/4 com 27 ohm, e as R3 e R6, −119VN2 + 200 = 0

também em serie, dando 12 ohm. 200


VN2 = ; VN2 ≈ 1.68067 V
119

Conhecendo a tensão presente no nodo dois, podemos prosseguir com os cálculos das
correntes, através da lei de Ohm e comprovar que o respetivo somatório é igual a zero. Nos
seguintes cálculos iremos considerar que a corrente I1 é a que vem das resistências R1 e R4, I2
vai para a R2 e a I3 a que dirige se para a serie de R3 com R6.

𝑉1 − 𝑉𝑁2 10 − 1.681 8.319


𝐼1 = → → → 0.308 𝐴 𝑉𝑅1/4 = 27 ∗ 0.308 → 8.316 𝑉
𝑅1 + 𝑅4 2 + 25 27
𝑉𝑁2 1.681 1.681 𝑉𝑅2 = 10 ∗ 0.168 → 1.68 𝑉
𝐼2 = → → → 0.168 𝐴
𝑅2 10 10 𝑉𝑅3/6 = 12 ∗ 0.140 → 1.68𝑉 𝑉
𝑉𝑁2 1.681 1.681
𝐼3 = → → → 0.140 𝐴
𝑅3 + 𝑅6 2 + 10 12

Posteriormente recorremos ao simulador para confirmar os valores obtidos (tensão e


corrente), anteriormente através das leis de Kirchhoff, através de condições ideais do nosso
circuito original.

Na ilustração apresentada no lado direito


podemos retirar dados que confirmam os
valores calculados por nós, comprovando
assim as leis de Kirchhoff. No entanto, para
cumprir com os objetivos do segundo
trabalho, foi necessário montar o circuito
original numa placa branca, tendo como
sugestão do professor orientador a verificação
de sobreaquecimentos.

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Para elucidar a questão do sobreaquecimento nas resistências, procedemos com cálculos da


respetiva potência dissipada, tomando com formula principal 𝑃 = 𝑅 ∗ 𝐼 2 .

𝑃𝑅1 = 𝑅1 ∗ 𝐼12 → 2 ∗ 0.3082 → 0.190 𝑊 Com estas contas podemos afirmar que
duas resistências estão em sobreaquecimento
𝑃𝑅4 = 𝑅4 ∗ 𝐼12 → 25 ∗ 0.3082 → 2.372 𝑊 sendo estas a R4 e a R2, pois dissipam uma
potencia superior a máxima de segurança,
𝑃𝑅2 = 𝑅2 ∗ 𝐼22 → 10 ∗ 0.1682 → 0.282 𝑊
que é ¼ W. Para contornar este erro decidiu
𝑃𝑅6 = 𝑅6 ∗ 𝐼32 → 10 ∗ 0.1402 → 0.196 𝑊 se aplicar um fator de multiplicação, e o
escolhido foi x100.
𝑃𝑅3 = 𝑅3 ∗ 𝐼32 → 2 ∗ 0.1402 → 0.039 𝑊

Como certas resistências apresentadas não são normalizadas, usamos resistências em paralelo
ou em serie, para obtermos valores mais aproximados do circuito pretendido, podendo ver na
seguinte ilustração.
1
R1//R2 → → 200𝛺
1 1
220 + 2200

R4+R5//R6+R7

1
→ → 2485𝛺
1 1
+
4700 + 270 4700 + 270

1
R9//R10 → → 200𝛺
1 1
+
220 2200

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Contudo como as resistências tem uma tolerância ainda grande, torna se impossível obter
valores como os apresentados em condições ideias no simulador, por isso após montarmos o
circuito na placa branca surgiu-nos o seguinte circuito apresentada na figura x.

Possuindo todos os cálculos e as simulações realizadas, partimos para as comparações de


valores em que decidimos utilizar a plataforma Excel, para fazer tabelas com os respetivos
valores de cada circuito anteriormente, o original, o fatorizado e o pratico.

Circuito Original
Resistencia (Ω) Tensão (V) Corrente (A) Potência (W)
R1 2Ω 0,616 V 0,308 A 0,190 W
R2 10 Ω 1,68 V 0,168 A 0,282 W
R3 2Ω 0,28 V 0,14 A 0,039 W
R4 25 Ω 7,7 V 0,308 A 2,372 W
R5 100 Ω
R6 10 Ω 1,4 V 0,14 A 0,196 W

Circuito Fatorizado
Resistencia (Ω) Tensão (V) Corrente (A) Potência (W)
R1 200 Ω 0,616 V 0,00308 A 0,00190 W
R2 1000 Ω 1,68 V 0,00168 A 0,00282 W
R3 200 Ω 0,28 V 0,0014 A 0,00039 W
R4 2500 Ω 7,7 V 0,00308 A 0,02372 W
R5 10000 Ω
R6 1000 Ω 1,4 V 0,0014 A 0,00196 W

Circuito pratico tirar valores segunda-feira. e criar tabela e dar uma pequena conclusão

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Equivalente Thévenin
O Teorema de Thévenin possibilita a compreensão de um circuito complexo num circuito
equivalente com uma fonte de tensão (VTH) em série com uma resistência (RTH). Na ilustração
abaixo podemos comprovar a afirmação indicada acima.

Em homenagem a Léon Charles Thévenin, chamamos essa configuração de Equivalente de


Thévenin, é útil começar de um certo ponto reduzindo um circuito maior a um circuito
equivalente com apenas dois componentes, por exemplo, você quer saber grandezas elétricas
como tensão, corrente ou potência.

O equivalente de Thévenin pode ser formulado através de duas etapas:


• Determine a resistência de Thévenin, também conhecida como resistência equivalente.
Essa resistência é vista a partir do ponto onde se deseja reduzir o circuito, nesse caso a
fonte de tensão está em curto e a fonte de corrente está em circuito aberto;
• Determine a tensão de circuito aberto no ponto onde você deseja reduzir o circuito.

Foi proposto realizar o equivalente de Thévenin aos


terminais da resistência de 25Ω deste circuito e
posteriormente comprovar os valores na prática,
com base nos cálculos efetuados.
Devido à potência dissipada de cada resistência não
ultrapassar o 1/4W, tanto os cálculos como a
execução deste projeto tiveram um fator de
multiplicação de x100 de modo a concretizar o
desejado, abordado no tópico passado.

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Aplicação do equivalente de Thévenin

Analisando circuito podemos perceber que


apenas o terminal negativo da fonte de 24V se
encontra ligado ao circuito, estando o terminal
positivo em vazio evitando o fornecimento de
tensão. Como esta não influência o circuito
podemos desprezá-la, sendo que a mesma coisa
acontece com a resistência de 10KΩ, estando esta
em circuito aberto não há passagem de corrente e
consequentemente esta também não interfere o
esquema.

Podemos perceber que é possível simplificar o circuito


utilizando técnicas de associação de resistências, pelo que
se poderá comprovar após substituirmos as fontes de
tensão por um curto-circuito para descobrir a RTH.
Após substituirmos a fonte, associámos as resistências
do ramo mais abaixo em série, resultando numa REQ de
1.2kΩ, pois em série as resistências adicionam-se
algebricamente, verificando-se na ilustração x.

Com essa REQ no circuito, podemos ainda associar com


resistências de 1.2KΩ pois estas encontram-se em paralelo,
então resulta:

𝑅1∗𝑅2 1𝑘∗1.2𝑘
REQ = 𝑅1+𝑅2 = = 545.45Ω
1𝑘+1.2𝑘

Finalizando, associamos as resistências em série que estão aos terminais da resistência de


2.5KΩ, resultando:
REQ = 200 + 545.45 = 745.45Ω

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Voltando a implementar a fonte no circuito e com a REQ final obtivemos o equivalente de


Thévenin seguinte:

Foi também calculada a corrente que se encontra aos


terminais da resistência para comprovar na prática se o
obtido é coerente com o calculado.

Para tal substituímos a resistência por um fio de forma


a comprovar a ISC (corrente de curto-circuito). Já obtida
anteriormente a RTH e sabendo que a nossa VTH é a
tensão em circuito aberto, logo VTH = 10V obtivemos:

10
ISC = 745.45 = 13,42mA

Confirmação de Resistência de Thévenin

Para comprovarmos que a nossa RTH se mantém inalterada ao mudar de resistência de carga
procedemos aos seguintes cálculos teóricos e práticos:

Substituindo por RL = 10KΩ ↓


Grandezas medidas na prática:

VTH = 10,02V || REQ = RTH = 735Ω || RCIR = 10,6KΩ || RL = 9880Ω || I = 0,94mA

10.02
Cálculo da resistência do circuito com tensão → RCIRCTENS = = 10659,6Ω
0.00094
Cálculo da resistência imposta pela fonte → RFONTE = RCIRCTENS - RCIR = ↓
→ 10659,6 – 10600 = 59Ω
Confirmar valor medido com cálculos: ↓
→ RTH = RCIRCTENS – RFONTE – RL = 10659 – 59 – 9880 = 720Ω;
→ RTH (Medido com Ohmímetro) = 735Ω

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Substituindo por RL = 2,5KΩ ↓


Grandezas medidas na prática:
VTH = 10,02V || REQ = RTH = 735Ω || RCIR = 3190Ω || RL = 2450Ω || I =3mA

10.02
Cálculo da resistência do circuito com tensão → RCIRCTENS = = 3340Ω
0.003
Cálculo da resistência imposta pela fonte → RFONTE = RCIRCTENS - RCIR = ↓
→ 3340 – 3190 = 148Ω
Confirmar valor medido com cálculos: ↓
→ RTH = RCIRCTENS – RFONTE – RL = 3340 – 148 – 2450 = 742Ω
→ RTH (Medido com Ohmímetro) = 735Ω

Através dos cálculos efetuados podemos concluir que independentemente de alterarmos a


nossa resistência de carga a nossa resistência de Thévenin permanece com o mesmo valor, com
esta análise prática pudemos também averiguar que não trabalhando com fontes ideais de tensão
estas oferecem uma resistência ao circuito em análise.

Comparações e Leituras com o Projeto

Com cálculos e resultados teóricos comprovados, aplicámos o nosso voltímetro a 4 pontos do


circuito de modo podermos comparar valores entre escalas e com um multímetro True-RMS.

Os valores apresentados em seguida foram


tirados primeiramente com as duas fontes
ligadas em tomadas com a mesma terra (tabela
x), significando isto que ambos os negativos das
fontes fariam curto-circuito através da
instalação terra do edifício, e posteriormente
com tomadas isoladas por meio de um
transformador de isolamento (tabela x).

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Medições S/ Terra Isolado


Ponto
Instrumento 1 2 3 4
Multímetro 9,36 V 2.12 V 1.62 V 0.269 V
Arduíno 5V 2.14 V 1.64 V 0.26 V
Arduíno 12V 9.45 V 2.1 V 1.61 V 0.246 V
Arduíno 24V 9.6 V 2.12 V 1.63 V 0.235 V

Medições C/ Terra Isolado


Ponto
Instrumento 1 2 3 4
Multímetro 9.43 V 2.12 V 1.68 V 0.273 V
Arduíno 5V 2.15 V 1.688 V 0.266 V
Arduíno 12V 9.32 V 2.101 V 1.665 V 0.252 V
Arduíno 24V 9.54 V 2.12 V 1.683 V 0.237 V

Ponto A Tabela Multisim está separada


1 2 3 4 porque esta não tem distinção de
Multisim 9.38 V 2.11 V 1.689 V 0.281 V terra.

Com estas tabelas podemos comprovar que os cálculos feitos encontram se corretos, e que o
projeto estruturado e construído, está a fornecer informações corretas quando o comparamos
com um multímetro True-RMS. A dispersão mínima que existe na comparação com os valores
simulados, é devido a tolerâncias e condições não ideais.

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Conclusões
Ao longo do processo de conclusão deste projeto, foi possível aprender e aplicar técnicas e
fundamentos das unidades curriculares relacionadas com o projeto.

Durante o cálculo das correntes e tensões do circuito, foi necessário multiplicar as resistências
por 100, pois as resistências de laboratório não dissipavam energia suficiente. Embora isso
tenha mudado o valor das correntes do circuito, não alterou as características de tensão do
circuito.

Como parte do segundo objetivo do projeto, foi necessário verificar o equivalente de Thevenin
nos terminais da resistência 25Ω. Portanto, uma transformação delta-estrela foi realizada para
simplificar o circuito e calcular a resistência da Thevenin, que mais tarde foi confirmada pelo
simulador.

A potência transferida para a carga é máxima quando o valor de sua resistência é igual ao valor
da resistência de Thevenin.

Foi necessário implementar um divisor de tensão com um fator de 7x, a fim de permitir que o
Arduíno lesse as quantidades elétricas desejadas. O divisor de tensão reduz a tensão na entrada
do Arduíno. Da mesma forma, uma resistência de derivação foi usada para permitir a medição
da corrente na resistência que está sendo medida, colocando-a em série com ela.

Finalmente, os erros de medição foram calculados usando gráficos de dispersão para reduzir os
erros de leitura no Arduíno.

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Referências Bibliográficas

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Anexos

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