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Eletrônica Industrial
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132
Eletrônica Industrial
6E
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Índice

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Apresentação...........................................................................................................................8

Lição 1 – Osciladores, Conversores AD e Sensores

os
Introdução................................................................................................................................9

eit
1. Conceito de Oscilador . ................................................................................................9
2. Osciladores com Elementos Ativos ............................................................................9

dir
3. Osciladores com Dispositivos de Resistência Negativa . ........................................10
3.1 Oscilador de Relaxação........................................................................................10

os
3.2 Oscilador Hartley..................................................................................................11

os
3.3 Oscilador Colpitts.................................................................................................11
3.4 Oscilador por Deslocamento de Fase .................................................................11

od
4. Multivibrador Astável................................................................................................12

st
5. Conversores A/D.........................................................................................................12
5.1 Delta Sigma (∆Σ) . ................................................................................................13
do
5.2 Conversores SAR .................................................................................................14
5.3 Conversores Pipeline............................................................................................14
rva

6. Sensores ......................................................................................................................15
se

6.1 Sensores de Posição .............................................................................................15


6.2 Sensores de Temperatura ....................................................................................16
Re

6.3 Sensores de Pressão .............................................................................................16


6.4 Sensores de Umidade e Líquidos .......................................................................17
a.

6.5 Sensores de Luz ...................................................................................................17


ad

6.6 Outros ...................................................................................................................18


Exercícios Propostos.............................................................................................................19
riz
uto

Lição 2 – Conversores D/A


Introdução..............................................................................................................................21
oa

1. Conversor D/A.............................................................................................................21
1.1 Funcionamento ....................................................................................................22

2. Conversor A/D com Amplificador Operacional.......................................................24


3. Conversor D/A com Rede R-2R.................................................................................27
pia

3.1 Funcionamento.....................................................................................................28
4. Conversor D/A com Rede R-2R,

Amplificador Operacional e Chave Analógica.........................................................33


5. Conversores Delta-Sigma (∆Σ)..................................................................................34
6. Conversores Current Steering....................................................................................35
Exercícios Propostos.............................................................................................................37

Lição 3 – Tiristores
Introdução..............................................................................................................................39
1. Conceito de Tiristores.................................................................................................39
2. Os SCRs........................................................................................................................40
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3. Os TRIACs...................................................................................................................41
4. QUADRAC...................................................................................................................43
5. SUS..............................................................................................................................43
6. SBS...............................................................................................................................44
7. DIAC............................................................................................................................44
8. PUT..............................................................................................................................44
9. SIDAC..........................................................................................................................45
10. Opto-Disparadores...................................................................................................45

.
11. Aplicações na Indústria............................................................................................47

ai s
Exercícios Propostos.............................................................................................................48

tor
Lição 4 - Circuitos de Disparo
Introdução..............................................................................................................................51

au
1. Osciladores de Relaxação no Disparo de Tiristores.................................................51
2. Controles de Fase........................................................................................................52

os
3. Controles Monofásicos e Trifásicos...........................................................................54

eit
4. Disparo com Transformador de Pulso......................................................................55
5. Quadrantes de Operação dos TRIACs.......................................................................56

dir
6. EMI...............................................................................................................................56
7. Snubbers......................................................................................................................57

os
8. Aplicações na Indústria..............................................................................................57

os
Exercícios Propostos.............................................................................................................59

od
Lição 5 – Amplificadores Operacionais
Introdução..............................................................................................................................61

st
1. Conceito de Amplificadores Operacionais................................................................61
do
2. Características.............................................................................................................62
3. Alimentação de um Amplificador Operacional........................................................63
rva

4. Rejeição em Modo Comum.........................................................................................65


5. Configurações..............................................................................................................65
se

6. Aplicações Práticas.....................................................................................................66
Re

7. Circuito Comparador..................................................................................................68
8. Tipos.............................................................................................................................70
a.

9. Rail-to-Rail..................................................................................................................71
ad

Exercícios Propostos.............................................................................................................73
riz

Lição 6 - Circuito Integrado 555


Introdução..............................................................................................................................75
uto

1. O Circuito Básico do 555............................................................................................75


2. Características.............................................................................................................76
oa

3. Configuração................................................................................................................76
3.1 Configuração Monoestável...................................................................................76

3.2 Configuração Astável............................................................................................77


pia

4. Ciclo Ativo...................................................................................................................79
5. Modulação...................................................................................................................79

6. Reciclagem...................................................................................................................80
7. Detector de Ausência de Pulsos.................................................................................81
8. Aplicações Industriais................................................................................................81
Exercícios Propostos.............................................................................................................83

Lição 7 – Controle Lógico Programável (CLP)


Introdução..............................................................................................................................85
1. Histórico .....................................................................................................................85
2. Conceito ......................................................................................................................86
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3. Hardware.....................................................................................................................87
3.1 Fonte de Alimentação...........................................................................................87
3.2 CPU........................................................................................................................88
3.3 Interfaces de Entrada e Saída (I/O)....................................................................88
3.4 Entradas Digitais . ...............................................................................................89
3.5 Saídas Analógicas . ..............................................................................................89
3.6 Saídas Digitais......................................................................................................90
3.7 Calculando a Resolução de Conversor A/D de um CLP . .................................91

.
4. Software.......................................................................................................................92

ai s
4.1 Bloco da Organização ..........................................................................................92

tor
4.2 Bloco de Programa . .............................................................................................92
4.3 Bloco de Funções .................................................................................................92

au
4.4 Bloco de Dados......................................................................................................92
4.5 Bloco de Passos ....................................................................................................92

os
5. Operação do CLP .......................................................................................................92
5.1 Entradas e Saídas.................................................................................................95

eit
6. Exemplo de Aplicação ...............................................................................................95

dir
7. Norma IEC61131-3 ....................................................................................................96
Exercícios Propostos.............................................................................................................97

os
Lição 7 - Inversores de Freqüência

os
Introdução..............................................................................................................................99
1. Conceito de Inversor de Freqüência..........................................................................99

od
2. Funcionamento..........................................................................................................100

st
2.1 Seção Retificadora..............................................................................................100
2.2 Seção Inversora ou Inversor..............................................................................100
do
2.3 Bloco de Controle................................................................................................101
rva

2.4 Bloco de Proteção contra Surtos.......................................................................101


2.5 Proteção Interna.................................................................................................101
se

2.6 Driver...................................................................................................................101
2.7 Auto-Boost..........................................................................................................101
Re

2.8 Painel de Programação.......................................................................................101


2.9 Controles Externos (I/O)....................................................................................102
a.

2.10 Circuito de Controle.........................................................................................102


ad

3. Chaveamento.............................................................................................................102
riz

4. Variação de Freqüência............................................................................................103
5. Inversores Escalares e Vetoriais..............................................................................103
uto

6. Instalação de Inversores...........................................................................................104
7. Parametrização.........................................................................................................104
oa

7.1 Parâmetro P009...................................................................................................105


7.2 Parâmetro P084...................................................................................................105

7.3 Parâmetro P083...................................................................................................105


7.4 Parâmetro P003...................................................................................................105
pia

7.5 Parâmetro P013 .................................................................................................105


7.6 Parâmetro P031...................................................................................................105

7.7 Parâmetro P002...................................................................................................105


7.8 Parâmetro P003 .................................................................................................106
7.9 Parâmetro P076...................................................................................................106
Exercícios Propostos...........................................................................................................107

Respostas dos Exercícios Propostos..................................................................................109

Bibliografia..........................................................................................................................110
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Apresentação

.
ai s
tor
au
Continuando com nosso estudo da eletrônica passaremos a abordar
a Eletrônica Industrial.

os
A eletrônica só começou a ser utilizada na indústria há poucas dé-

eit
cadas. Até então, grande parte do maquinário era eletromecânico. As

dir
válvulas termoiônicas eram a base dos circuitos eletrônicos.

os
Sua aplicação na indústria era restrita pois, apesar de suas enormes
vantagens, demandavam grande consumo de energia elétrica. As válvu-

os
las, para estas aplicações, eram especiais e, portanto, de custo elevado.

od
As válvulas comuns não serviam para realizar a função de chave ele-

st
trônica, o que os SCR’s e os TRIAC’s fazem com a maior facilidade.
do
Com o aparecimento, a melhoria e a confiabilidade dos semicondu-
rva

tores a eletrônica passou a ser utilizada cada vez mais nas empresas.
Esta prática propiciou uma melhoria considerável na performance das
se

máquinas, aumentando a produção, melhorando a qualidade e reduzindo


Re

os riscos de acidentes de trabalho.


a.

Analisaremos os semicondutores especiais (SCR’s, TRIAC’s, tran-


ad

sistores de unijunção, etc.). Estudaremos alguns circuitos integrados


bastante utilizados nos circuitos eletrônicos industriais, além de inver-
riz

sores de freqüência e CLP.


uto

Bom estudo!
oa

pia

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lição

Osciladores, Conversores AD
1

.
ai s
e Sensores

tor
Introdução utilizados de forma correta e ter seus defeitos

au
diagnosticados.
Existem configurações de circuitos in-

os
dispensáveis às aplicações industriais. São Nessa lição de nosso curso vamos justa-

eit
circuitos básicos presentes numa infinidade mente tratar desses dispositivos que tornam
as máquinas industriais inteligentes, e que

dir
de equipamentos, que precisam ser conhecidos
profundamente pelo profissional da área. estão presentes em todas as indústrias e pro-

os
cessos que necessitem de um grau elevado de
Num primeiro grupo destacamos os oscila- automação.

os
dores que são circuitos que geram sinais com

od
determinadas características. Esses circuitos 1. Conceito de Oscilador
são a base de equipamentos como inversores

st
de freqüência, conversores DC/DC e DC/AC, A finalidade de um oscilador é gerar um
do
inversores, geradores de alta tensão, bases sinal que tenha uma determinada forma de
de tempos para instrumentação e controle e onda e freqüência a partir da energia forne-
rva

muito mais. cida por uma fonte de corrente contínua, ou


se

uma fonte alimentada por corrente alternada


Apesar de as configurações utilizadas de freqüência e forma de onda diferente da-
Re

pelos osciladores nas aplicações industriais quela que se deseja obter.


serem as mesmas de qualquer outra aplica-
a.

ção eletrônica, os circuitos usados devem ter Existem diversas configurações que po-
ad

características diferenciadas, principalmente dem ser empregadas para gerar esses sinais e,
riz

em termos de potência. portanto, funcionar como osciladores. Essas


uto

configurações normalmente recebem nomes


Num segundo grupo destacamos os con- de acordo com a sua arquitetura, ou o nome
oa

versores analógicos para digital e digital para de seu criador.


analógico (os conversores A/D e D/A) que são

a base da instrumentação e controle dos equi- De um modo geral podemos dividir os


pamentos industriais modernos. osciladores em duas grandes categorias: com
pia

elementos ativos e com dispositivos de resis-


Finalmente, temos os sensores que fazem tência negativa.


parte de todos os processos industriais, co-
lhendo as informações que os equipamentos de 2. Osciladores com Elementos Ativos
automação e controle precisam para funcio-
nar. Mais uma vez destacamos a importância Osciladores com elementos ativos são am-
de conhecer o princípio de funcionamento plificadores dotados de um sistema de realimen-
desses dispositivos para que eles possam ser tação positiva, conforme mostra a figura 1.

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3.1 Oscilador de Relaxação

O oscilador de relaxação é um circuito


que tem como elemento básico um disposi-
tivo de resistência negativa. Podemos tomar
como exemplo o oscilador que faz uso de uma
lâmpada néon (figura 3).

.
ai s
Figura 1

tor
Nesses circuitos, parte do sinal de saída é
aplicada à entrada, e novamente amplificada

au
num processo de realimentação que determi-

os
na a freqüência e a forma de onda do sinal
gerado. Observe que nesse tipo de circuito a Figura 3

eit
condição fundamental para manter as osci-

dir
lações é que o ganho da etapa amplificadora Nesse circuito, o capacitor C é carregado
seja maior do que 1. através do resistor R até que seja atingida a

os
tensão de disparo da lâmpada neon. Quando
isso ocorre, a lâmpada conduz intensamente,
3. Osciladores com Dispositivos

os
provocando a descarga parcial do capacitor.
de Resistência Negativa

od
A descarga vai até o ponto em que a
st
Osciladores com dispositivos de resis- lâmpada deixa de conduzir. Nesse ponto,
do
tência negativa são osciladores em que um um novo ciclo de carga é iniciado e um novo
dispositivo que tenha uma curva de dispa-
rva

pulso produzido.
ro (figura 2) seja utilizado como elemento
básico­.
se

A figura 4 mostra a forma de onda


produzida por este circuito, normalmente
Re

utilizado na produção de pulsos e formas


a.

de onda dente de serra de freqüências re-


ad

lativamente baixas. A freqüência do sinal


produzido depende da constante de tempo
riz

do circuito RC.
uto
oa

Figura 2

pia

Nesses circuitos osciladores, quando o


dispositivo dispara, um pequeno aumento

da tensão produz uma queda na corrente,


contrariando a Lei de Ohm, e representando
uma resistência negativa.
Figura 4
Vamos analisar detalhadamente alguns
exemplos de osciladores e suas aplicações
industriais.

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Em lugar da lâmpada neon, outros dis- Os osciladores Hartley geram sinais se-
positivos comuns de resistência negativa noidais numa faixa de freqüências que vai
como os transistores unijunção, diacs, sidacs, de algumas dezenas de Hertz até mais de 30
SCRs e outros podem ser empregados como MHz. Inversores de freqüência, conversores,
elementos ativos. inversores de alta tensão, geradores de áudio
e RF utilizam este tipo de circuito.
3.2 Oscilador Hartley

.
3.3 Oscilador Colpitts

ai s
Os osciladores Hartley utilizam elemen-

tor
tos ativos (amplificadores) que podem ser O oscilador Colpitts também é um circui-
transistores, válvulas, circuitos integrados, to que utiliza um elemento ativo como rede

au
etc., e uma rede de realimentação. Na figura de realimentação. Neste tipo de oscilador,

os
5 temos a configuração básica de um oscila- ao invés da realimentação ser feita por uma
dor Hartley. bobina com derivação, é feita através de um

eit
divisor capacitivo (figura 6).

dir
os
os
od
st
do
rva

Figura 5
se

Nesse circuito a bobina L e o capacitor C


Re

Figura 6
determinam a freqüência de operação do osci-
lador. A bobina tem dois setores: o setor liga-
a.

do como carga do circuito e o setor que forma A bobina e o circuito capacitivo em para-
ad

um sistema de realimentação positiva. lelo determinam sua freqüência de operação.


riz

O sinal gerado é senoidal e pode variar entre


uto

Esse sistema aplica parte do sinal gerado algumas centenas de Hertz até mais de 30
de volta ao circuito amplificador, mas com MHz. As aplicações básicas são as mesmas
oa

sua fase invertida, que é condição necessária dos osciladores Hartley.


para se obter uma realimentação positiva

numa configuração onde o elemento ativo 3.4 Oscilador por


inverte o sinal. Deslocamento de Fase
pia

No oscilador por deslocamento de fase


O sinal de saída pode ser retirado do também temos um elemento ativo (amplifica-
próprio elemento ativo, por exemplo, o cole- dor) e uma rede de realimentação. A diferença
tor do transistor ou de uma segunda bobina dos demais está no fato de que essa rede de
enrolada sobre L. realimentação é do tipo RC, ou seja, formada
por resistores e capacitores (figura 7).

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.
ai s
Figura 8

tor
Nela temos dois transistores que não en-

au
Figura 7
contram um estado estável de condução. Com

os
isso eles ficam constantemente passando do
Cada conjunto formado por um resistor e estado do corte à saturação, mas de forma

eit
um capacitor proporciona um deslocamento alternada.

dir
de fase no sinal de 60 graus. Isso significa
que, com três redes RC (três capacitores e três A velocidade com que essa transição de

os
resistores) temos um deslocamento de fase de estado ocorre, depende dos valores de R e
180 graus. Dessa forma, o sinal aplicado na C no circuito tomado como exemplo. Isso

os
entrada tem a fase invertida em relação ao significa que o multivibrador astável gera

od
sinal retirado para a realimentação, condição sinais retangulares.
necessária à obtenção das oscilações.
st
A faixa de freqüências dos osciladores
do
A constante de tempo RC do circuito de desse tipo vai de menos de 1 Hz até mais
rva

realimentação determina a freqüência desse de 20 MHz dependendo dos componentes


tipo de oscilador. empregados.
se

Os osciladores por deslocamento de fase Circuitos utilizando válvulas, transisto-


Re

produzem sinais senoidais de freqüências re- res de efeito de campo e até mesmo ampli-
a.

lativamente baixas. Sua faixa de freqüências ficadores operacionais podem ser utilizados
ad

vai de alguns Hertz até no máximo algumas em multivibradores astáveis.


dezenas de Kilohertz.
riz

5. Conversores A/D
uto

4. Multivibrador Astável
Os sinais obtidos na saída de uma gran-
oa

Uma configuração muito encontrada em de quantidade de sensores de uso industrial


aplicações eletrônicas, tanto nos circuitos são analógicos. São correntes ou tensões que

digitais como na geração geral de formas de variam linearmente dentro de uma faixa de
onda é o multivibrador astável.
pia

valores.

Podemos tomar a configuração básica No entanto, muitos circuitos de controle


com transistores para analisar o seu princí- são digitais, caso dos CLPs, microprocessa-
pio de funcionamento. Essa configuração é dores e mesmo as entradas das portas para-
mostrada na figura 8. lelas dos computadores.

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Isso implica na necessidade de converter O número de bits utilizado para repre-


um sinal analógico (uma tensão ou corrente) sentar esse valor determina a resolução do
para uma forma digital (um determinado conversor. Veja que é como se tivéssemos
número de bits ou bytes) que represente o uma escada onde de um lado os valores são
valor dessa grandeza. contínuos e do outro obtemos “degraus” cuja
altura depende do número de bits que temos
Para essa finalidade são utilizados circui- para representá-los.

.
ai s
tos denominados conversores analógicos-para-
digitais, conversores A/D ou simplesmente Se tivermos poucos bits disponíveis, os

tor
ADC. degraus serão mais altos e a resolução será
menor. Dois valores de entrada muito próxi-

au
Existem diversas formas de fazer a con- mos serão representados pelo mesmo número

os
versão de sinais analógicos para a forma binário na saída.
digital, e o modo como cada circuito funciona

eit
determina a sua gama de aplicações, precisão Os conversores A/D utilizados nas apli-

dir
e outras características importantes desses cações industriais têm resoluções de 8 a 12
dispositivos. bits tipicamente.

os
Na figura 9 temos o princípio geral de Veja que um conversor A/D que tenha

os
funcionamento de um conversor analógico- uma resolução de 8 bits terá 256 valores di-

od
para-digital. ferentes para representar, ou seja, a “escada”
de conversão terá 256 degraus. Um conversor
st
com maior número de bits tem maior reso-
do
lução e, portanto, proporciona leituras mais
precisas de uma grandeza analógica.
rva
se

O valor 256 vem de 28, onde o expoente


8 é o número de “degraus” ou bits de reso-
Re

lução.
a.

Diversas são as configurações utilizadas


ad

para fazer a conversão de sinais da forma


riz

Figura 9
analógica para digital. Vamos ver algumas.
uto

Na entrada desse circuito encontramos 5.1 Delta-Sigma (∆Σ)


oa

uma etapa que faz amostragens do sinal em


determinados intervalos de tempo. Denomi- Num ADC Delta-Sigma o sinal de entrada é

namos “taxa de amostragem” a freqüência sobreamostrado por um modulador, numa taxa


com que esse procedimento é realizado pelo de amostragem muito alta. Depois, esse sinal
pia

circuito. é filtrado e decimado de modo a produzir um


fluxo de dados de alta resolução através de um


O valor analógico obtido na amostragem filtro digital que opera numa velocidade menor.
é então convertido para um valor correspon- Na figura 10 temos um diagrama de blocos que
dente na forma digital. representa esse tipo de conversor de dados.

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O conversor SAR opera da mesma forma


que uma balança de pratos. Num lado é colo-
cado um peso desconhecido enquanto no outro
são colocados pesos conhecidos um a um até
que se encontre o ponto de equilíbrio. O peso
é calculado pela simples contagem dos pesos
que foram colocados até se obter o equilíbrio.

.
ai s
Na figura 11 temos um diagrama de blocos que
representa esse tipo de arquitetura.

tor
au
os
Figura 10

eit
Os conversores Delta-Sigma podem
apresentar uma precisão muito alta sendo

dir
ideais para converter sinais analógicos que

os
vão desde correntes contínuas até sinais de
alguns Megahertz. A arquitetura Delta-Sig-

os
ma permite que haja uma relação contínua Figura 11

od
entre velocidade, resolução e consumo de po-
tência, tornando-a extremamente flexível. No conversor SAR o sinal é o peso desco-
st
nhecido que é amostrado e retido. Essa tensão
do
Como esses conversores fazem uma so- é comparada sucessivamente com tensões
breamostragem das entradas, eles podem conhecidas até que se obtenha o resultado.
rva

também realizar as filtragens anti-falsea-


se

mento no domínio digital. 5.3 Conversores Pipeline


Re

Dentre as aplicações típicas para os O ADC Pipeline consiste em “n” etapas


ADCs Delta-Sigma podemos citar as que idênticas cascateadas, conforme mostra o
a.

envolvem o controle de processos industriais, diagrama de blocos da figura 12.


ad

instrumentação analítica e de teste, instru-


riz

mentação médica e áudio digital.


uto

5.2 Conversores SAR V0


oa

SAR significa Sucessive-Approximation


Register ou registrador de aproximações


sucessivas. Os ADCs SAR são os preferidos
pia

quando se procura uma arquitetura com mé-


dia para alta resolução, além de velocidades

médias de amostragem.

A faixa de resoluções de um ADC SAR


é de 8 a 16 bits com velocidades típicas me-
nores que 10 MSPS (milhões de amostragens
por segundo).
Figura 12
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A saída digital de cada etapa é combina- Vamos analisar seus princípios de funcio­
da de modo a produzir os bits paralelos de namento.
saída. Dessa forma um valor digitalizado se
torna disponível a cada ciclo do clock. 6.1 Sensores de Posição
O processo de combinação dos dados Existem diversos tipos de sensores capa-
internamente requer um intervalo digital ou zes de determinar a posição de uma parte me-

.
“latência de dados”, que é designado nor-

ai s
cânica de uma máquina. O primeiro deles é o
malmente por “pipeline delay” ou latência “sensor de fim de curso” ou “chave de fim de

tor
de dados. curso”. Trata-se de uma chave ou interruptor
que desliga ou comuta um circuito quando

au
Na maioria das aplicações esse valor não
é uma limitação para o projeto, podendo ser uma parte mecânica de uma máquina chega

os
expresso na forma de um número de clocks, a uma determinada posição.
e é constante.

eit
Num atuador (figura 13), um sensor desse

dir
Uma característica importante dessa ar- tipo desliga ou reverte o movimento de um
quitetura, que permite um alto desempenho motor.

os
em altas freqüências, é a entrada diferencial
de sinais.

os
od
A configuração de entrada diferencial

st
resulta numa faixa dinâmica ótima já que
ela distingue menores amplitudes de sinais
do
e tem uma redução de harmônicas de todas Figura 13
rva

as ordens. Além disso, esses ADCs utilizam


Um outro tipo de sensor, muito usado em
alimentação simples de +5 V até – 1,8V.
máquinas industriais é o sensor magnético de
se

proximidade. Quando uma parte mecânica


Re

6. Sensores de uma máquina se aproxima desse sensor


ele é ativado enviando um sinal de comando
a.

O controle de determinados processos a um circuito. Na figura 14 temos a aparência


ad

industriais depende de informações obtidas desse tipo de sensor.


riz

através de sensores. Na prática, os equipa-


mentos eletrônicos utilizados na indústria
uto

trabalham com diversos tipos de grandezas


físicas que precisam ser medidas. Assim,
oa

para cada tipo de grandeza e para cada tipo


de aplicação existem sensores específicos que

os profissionais devem conhecer.


pia

Os principais tipos de sensores visam


Figura 14
medir as seguintes grandezas físicas:
• posição e presença Os tipos comuns utilizam bobinas senso-
• temperatura res, mas em alguns casos podemos encontrar
• pressão sensores de efeito Hall.
• umidade
• luz Para sensoriar a posição de uma peça
• outros rotativa ou medir sua velocidade de rota-
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ção temos os encoders. Os encoders ópticos, o


C
que são os mais comuns, possuem um disco
transparente codificado com áreas escuras,
de modo a fornecer uma indicação digital
da posição ou velocidade de rotação de uma
máquina. A figura 15 apresenta um exemplo
de sensor desse tipo.

.
ai s
Temperatura
(oC)

tor
Figura 17

au
Os PTCs, por outro lado, são resistores

os
com coeficiente positivo de temperatura, ou
seja, sua resistência aumenta com a elevação

eit
da temperatura.

dir
Figura 15 Também funcionam como bons sensores

os
de temperaturas, numa faixa entre algumas
dezenas de graus centígrados abaixo de zero

os
6.2 Sensores de Temperatura até pouco mais de 100oC, os diodos e os tran-

od
sistores comuns.
Para sensoriar a temperatura existem
diversos tipos de sensores. Um dos tipos mais
st
6.3 Sensores de Pressão
do
comuns encontrados nas máquinas industriais
é o par termoelétrico ou termopar (figura 16).
rva

Existem diversas formas de se sensoriar a


pressão numa máquina industrial. Na figura
se

18 temos exemplos de sensores capacitivos e


Re

indutivos de pressão.
a) Capacitivo
a.
ad
riz

Figura 16
uto

Quando as duas partes metálicas desse


oa

sensor estão em temperaturas diferentes,


aparece entre elas uma tensão proporcio- b) Indutivo

nal à diferença de temperaturas. Como são


utilizados metais de altos pontos de fusão
pia

nesses sensores, eles são indicados à medida


de temperaturas muito altas.

Outros tipos de sensores indicados para Figura 18


a medida de temperaturas mais baixas são os
NTCs e os PTCs. Os NTCs são resistores com No primeiro caso, a distância entre as ar-
coeficiente negativo de temperatura. Confor- maduras de um capacitor depende da pressão
me mostra a figura 17, a resistência que eles mecânica que é exercida sobre um elemento
apresentam diminui com a temperatura. ligado a uma mola. Quanto mais próximas
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estiverem as armaduras do capacitor, maior


será sua capacitância. Temos então um cir-
cuito que converte essa capacitância num
sinal analógico ou digital para os elementos
de controle da máquina.

No segundo caso, o sistema mecânico Figura 20

.
Esse sensor é um par de fios com as pon-

ai s
movimenta o núcleo de uma bobina de modo
que sua indutância passa a depender da pres- tas descascadas. Com o toque do líquido, que

tor
são exercida pelo sistema. Um circuito inter- conduz uma certa corrente, a presença do
no converte então o sinal, normalmente uma mesmo pode ser detectada.

au
freqüência que depende da indutância da
Variações desse sensor podem ser obtidas

os
bobina, numa saída analógica ou digital.
acoplando-se bóias a um sistema de reed-

eit
Um outro tipo de sensor é o que faz uso switches para sensoriar o nível de líquido

dir
de materiais semicondutores, conforme es- num reservatório (figura 21).
trutura mostrada na figura 19.

os
os
od
Material

st
semicondutor
Líquido
do
Bóia
rva

Figura 19
se

Nesse tipo de sensor, a pressão que o dia­


Re

Figura 21
fragma transmite através de uma agulha a
a.

um elemento semicondutor determina a sua À medida que o nível líquido sobe, os


condutividade. Temos assim a circulação de
ad

sensores vão sendo acionados seqüencial-


uma corrente que depende da pressão exer- mente fornecendo uma indicação a um cir-
riz

cida sobre o diafragma. cuito externo de controle.


uto

6.4 Sensores de Umidade e Líquidos Existem também sensores semiconduto-


oa

res que permitem medir a umidade relativa


Existem diversas formas de sensoriar a com boa precisão.

umidade num determinado meio. Podemos


nos basear na mudança de condutividade de 6.5 Sensores de Luz
pia

materiais que absorvem a umidade, como na


própria presença de um líquido que conduza Para sensoriamento de luz existem di-
a corrente. versos dispositivos eletrônicos que podem
ser empregados. Podemos citar alguns
Na figura 20 temos um exemplo de sensor exemplos:
muito comum no controle de líquidos (não
inflamáveis) de um reservatório. • LDRs: são sensores bastante sensíveis mas
de resposta lenta. Sua resistência depende
da intensidade de luz incidente.

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• Foto-diodos: são sensíveis e rápidos.


• Foto-transistores: são sensíveis e rápidos.
• Foto-células: fornecem uma tensão proporcional à intensidade
de luz incidente. São sensíveis e rápidas.

6.6 Outros

.
ai s
Além dos sensores estudados, podemos encontrar diversos

tor
outros nas máquinas de uso industrial, tais como:

au
6.6.1 Sensores de Gases

os
Feitos à base de semicondutores, são sensores cujas caracte-

eit
rísticas dependem da presença de oxigênio e gases inflamáveis
na atmosfera. São utilizados em automóveis para controle de

dir
combustão e emissão de gases (sonda lâmbda). Câmaras de ioni-

os
zação também servem para detectar fumaça e outros gases num
determinado ambiente.

os
6.6.2 Sensores de Vibrações

od
st
Sensores piezoelétricos e mesmo microfones podem ser utili-
do
zados para sensoriar as vibrações de uma máquina.
rva

6.6.3 Sensores de Carga


se

São sensores eletro-mecânicos ou eletrônicos que detectam


Re

quando uma determinada parte de uma máquina está fazendo


um esforço anormal.
a.
ad
riz
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Qual dos seguintes osciladores não utiliza um elemento de resistência negativa?

au
( ) a) Oscilador de relaxação com sidac;
( ) b) Oscilador com lâmpada néon;

os
( ) c) Oscilador por deslocamento de fase;

eit
( ) d) Oscilador com SCR;
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

dir
os
2 - Num oscilador Hartley a freqüência de operação é determinada por quais
elementos do circuito?

os
( ) a) Pelo transistor ou outro elemento ativo;
( ) b) Pelo circuito LC de carga;

od
( ) c) Pela rede de realimentação;

st
( ) d) Pela tensão de alimentação; do
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.
rva

3 - Qual deve ser o ganho do elemento ativo de um oscilador para que as oscila-
ções ocorram?
se

( ) a) menor que 1;
Re

( ) b) 1;
( ) c) maior que 1;
a.

( ) d) negativo;
ad

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


riz

4 - Qual é a defasagem introduzida por uma rede RC num circuito oscilador por
uto

deslocamento de fase?
oa

( ) a) 0 grau;
( ) b) 60 graus;

( ) c) 90 graus;
( ) d) 180 graus;
pia

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


5 - Quantos “degraus” de definição tem um conversor analógico-para-digital de


4 bits?
( ) a) 4;
( ) b) 8;
( ) c) 16;
( ) d) 256;
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - Para eliminar as transições rápidas na conversão de valores digitalizados em


seqüência num conversor digital-para-analógico, que tipo de circuito deve
ser utilizado?
( ) a) Um filtro;
( ) b) Uma rede R/2R;
( ) c) Um circuito de amostragem e retenção;
( ) d) Um DSP;

.
ai s
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

tor
7 - Um encoder óptico é um sensor para que tipo de grandeza física?
( ) a) Temperatura;

au
( ) b) Pressão;

os
( ) c) Posição/velocidade;
( ) d) Umidade;

eit
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

dir
8 - Desejando que uma parte móvel de uma máquina, que execute um movimento

os
linear, pare numa certa posição, qual é o tipo de sensor mais indicado?
( ) a) Encoder óptico;

os
( ) b) Sensor de pressão;

od
( ) c) Termopar;
( ) d) Chave de fim de curso;
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.
st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

pia

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lição

.
ai s
Conversor D/A

tor
Introdução

au
Nos sistemas digitais freqüentemente ocorre a necessidade

os
de se converter uma informação digital em analógica ou vice-

eit
versa, portanto, esse processo de conversão trabalha com sinais

dir
analógicos e digitais.

os
Entende-se por sinal analógico aquele que varia continuamen-
te desde uma tensão mínima até uma tensão máxima, passando

os
por todos os valores intermediários. O sinal digital é aquele que

od
tem apenas dois níveis: mínimo (0) ou máximo (1).

st
Os circuitos que fazem a conversão desses sinais são chamados
do
de conversor digital/analógico (conversor D/A, tema desta lição)
e conversor analógico/digital (conversor A/D).
rva
se

1. Conversor D/A
Re

O circuito conversor D/A é utilizado para converter um sinal


a.

digital em um sinal analógico. Uma informação digital é, normal-


ad

mente, apresentada em código binário e, a partir desse, faz-se a


conversão para uma saída analógica. A figura 22 ilustra a função
riz

de um conversor D/A.
uto

A
oa

Entradas B Conversor Saída


binárias C D/A analógica

D
pia

Figura 22

O circuito básico de um conversor D/A é formado por uma rede


de resistores e um amplificador de soma como mostra o diagrama
de blocos da figura 23.

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A
B
Entradas Rede de Amplificador Saída
binárias C
resistores de soma analógica
D

Figura 23

.
ai s
Uma rede de resistores é constituída por diodos, que evitam o
retorno da corrente; e resistores, que têm a função de somadores

tor
de níveis (figura 24).

au
A 5.375Ω

os
R

eit
B 10.750Ω
2R

dir
Vs
C 21.500Ω
4R

os
Saída
D 43.000Ω analógica

os
8R

od
RL = 10Ω

st
do
Figura 24 - A entrada A é o bit mais significativo.
rva
se

1.1 Funcionamento
Re

Para compreender melhor o funcionamento do circuito, vamos


a.

aplicar os níveis lógicos às suas entradas: 5Vcc é nível lógico 1;


ad

0Vcc é nível lógico 0.


riz

A aplicação dos níveis lógicos pode apresentar as seguintes


uto

condições:
oa

1ª condição) Se tivermos nível 0 em todas as entradas, a tensão Vs


sobre RL será 0V.


pia

2ª condição) Se a entrada A tiver nível lógico 1 e as outras entradas


tiverem nível lógico 0, teremos:

Vs = (Vcc - 0,7) . R = 4,3 . 10 = 7,98 mV


R + RL 5.385

Vs ≅ 8mV

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O valor de RL que é somado a R pode ser desconsiderado pois


RL é muito menor que R e praticamente não fará diferença no valor
final. Veja a seguir o mesmo cálculo, desconsiderando RL.

Vs = (Vcc - 0,7) . RL = 4,3 . 10 = 8 mV


R 5.375

.
ai s
3ª condição) Se a entrada B tiver nível lógico 1 e as outras entradas
apresentarem nível lógico 0, Vs será:

tor
Vs = (Vcc - 0,7) . RL = 4,3 . 10 = 4 mV

au
2R 10.750

os
4ª condição) Se a entrada C tiver nível lógico 1 e as outras entradas

eit
apresentarem nível lógico 0, Vs será:

dir
Vs = (Vcc - 0,7) . RL = 4,3 . 10 = 2 mV

os
4R 21.500

os
5ª condição) Se a entrada D estiver em nível lógico 1 e as outras

od
entradas apresentarem nível lógico 0, Vs será:

Vs = (Vcc - 0,7) . RL = 4,3 . 10 = 1 mV


st
do
8R 43.000
rva

Pelas cinco condições apresentadas é possível perceber que a


se

tensão foi proporcional ao peso de cada bit, ou seja: 1, 2, 4 ou 8


vezes 1mV.
Re

Vamos analisar agora uma condição em que mais de uma


a.

entrada assume valor 1. Se, por exemplo, os níveis lógicos forem


ad

A B C D
1010, Vs será:
riz

Vs = (Vcc - 0,7) . RL + (Vcc - 0,7) . RL


uto

R 4R
oa

Vs = (5 - 0,7) . 10 + (5 - 0,7) . 10

5.375 21.500
pia

Vs = 4,3 . 10 + 4,3 . 10

5.375 21.500

Vs = 43 + 43
5.375 21.500

Vs = 0,008 + 0,002 = 0,01V

Vs = 10mV
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A tabela-verdade a seguir mostra os valores de tensão de saída


VR para cada entrada:

Entrada Vs
A B C D (mV)
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1

.
ai s
0 0 1 0 2
0 0 1 1 3

tor
0 1 0 0 4

au
0 1 0 1 5
0 1 1 0 6

os
0 1 1 1 7
1 0 0 0 8

eit
1 0 0 1 9

dir
1 0 1 0 10
1 0 1 1 11

os
1 1 0 0 12
1 1 0 1 13

os
1 1 1 0 14

od
1 1 1 1 15

st
O circuito mostrado tem a desvantagem de apresentar um
do
baixo nível de tensão na saída. Para solucionar esse inconveniente,
rva

pode-se montar um circuito com amplificadores operacionais cuja


função é amplificar os sinais de saída.
se

2. Conversor A/D com Amplificador Operacional


Re

O amplificador somador de um circuito operacional utiliza


a.

um amplificador inversor construído a partir de um amplificador


ad

operacional.
riz
uto

A figura 25 mostra um circuito básico de um amplificador


inversor que utiliza um amplificador operacional.
oa

R2

R1
pia

ei -
Vs = - R2 . ei
R1

+
Vs

Figura 25

O ganho do amplificador no circuito da figura é determinado


pela relação R2/R1, e é uma inversão de fase de 180o entre a en-
trada e a saída.

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O circuito somador de tensão com amplificador operacional é


mostrado na figura 26.
V1 RA
Rs
V2 RB

V3 RC

.
+

ai s
V4 Rn
- Vs

tor
au
Figura 26

os
Neste circuito, a tensão de saída pode ser calculada pela ex-

eit
pressão dada a seguir.

dir
Vs = - Rs . V1 + Rs . V2 + Rs . V3 + ... + Rs . Vn

os
RA RB RC Rn

os
A figura 27 mostra um conversor digital-analógico (D/A) que

od
utiliza um amplificador operacional, que é uma aplicação do cir-
cuito somador.
st
do
Entradas binárias
rva

Amplificador de soma
A B C D
Rs
se

R 2R 4R 8R
Re

+
-
Saída
a.

Rede de resistores + Vs
analógica
ad

-
riz
uto

Figura 27

Vs = - Rs . VA + Rs . VB + Rs . VC + Rs . VD
oa

R 2R 4R 8R

Como VA, VB, VC e VD podem assumir dois valores (0 ou 1),


pia

os valores dos resitores são múltiplos do valor R. Assim, podemos


escrever a expressão da seguinte maneira:

Vs = - Rs . V . A + B + C + D
R 1  2 4 8

Onde:
V é a tensão de nível 1;
A, B, C e D são os bits do código binário.
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Para melhor compreensão do funcionamento do conversor,


exemplificaremos um circuito com valores numéricos para a con-
versão de sinais digitais para analógicos.
Entradas binárias
Amplificador de soma
A B C D
Rs
R 2R 4R 8R

.
ai s
5V 5kΩ 10kΩ 20kΩ 40kΩ +

tor
-
Rede de resistores + Vs Saída

au
- analógica

os
eit
Figura 28

dir
ABCD

os
Quando as entradas forem: 0001

os
Vs = - Rs . V . A + B + C + D

od
R 1 2 4 8

Vs = - 8.000 . 5 . 1
st
do
5.000 8
rva

Vs = - 8.000 . 5 . 1
5.000 . 8
se
Re

Vs = - 40.000 = - 1V
40.000
a.
ad

Suponhamos que todas as entradas estejam em nível 1. O valor


riz

de Vs então será:
uto

Vs = - 8.000 . 5 . 1 + 1 + 1 + 1
oa

5.000 1 2 4 8

Vs = - 8.000 . 5 . 8 + 4 + 2 + 1
5.000 8
pia

Vs = - 8.000 . 5 . 15

5.000 8

Vs = - 8.000 . 5 . 15 = - 15V
5.000 . 8

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A tabela-verdade do circuito conversor digital-analógico com


amplificador operacional é:

Entradas Saídas
A B C D Vs
0 0 0 0 0
0 0 0 1 -1

.
ai s
0 0 1 0 -2
0 0 1 1 -3

tor
0 1 0 0 -4

au
0 1 0 1 -5
0 1 1 0 -6

os
0 1 1 1 -7
1 0 0 0 -8

eit
1 0 0 1 -9

dir
1 0 1 0 - 10
1 0 1 1 - 11

os
1 1 0 0 - 12
1 1 0 1 - 13

os
1 1 1 0 - 14

od
1 1 1 1 - 15

st
do
O mesmo circuito pode ser montado como no exemplo da
figura 29, com a utilização de portas lógicas AND (E) fazendo o
rva

papel das chaves.


se

8kΩ
Re
a.

5kΩ +
ad

A
-
10kΩ
riz

B
+ - Vs
uto

C 20kΩ
oa

D 40kΩ

Figura 29

3. Conversor D/A com Rede R-2R


pia

O conversor D/A com rede R-2R é constituído por uma rede


de resistores e um amplificador somador. Esse circuito também é
conhecido como conversor D/A do tipo escada.

A função da rede de resistores R-2R é a mesma das demais


redes, ou seja, ela fornece um nível de tensão ponderado de acordo
com os níveis lógicos ligados em sua entrada.

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Na rede de resistores R-2R somente dois Aplicando a lei de Ohm, obtemos:


valores de resistores são utilizados, sendo
um o dobro do outro, não necessitando de Vs = I . R
resistores de precisão.
I= Vcc = Vcc
Veja na figura 30 o esquema do circuito de 2R + R 3R
um conversor D/A que utiliza a rede R-2R.

.
Vs = Vcc . R = Vcc

ai s
R R R
3R 3

tor
Vs Quando apenas a entrada B estiver em

au
2R 2R 2R 2R 2R 2R
nível lógico 1, o circuito ficará assim:

os
ABCD

eit
0 10 0 R R R
A B C D

dir
Figura 30 VS
2R 2R 2R 2R 2R 2R

os
0 0 1 0
3.1 Funcionamento D

os
C B A

od
Na condição inicial será aplicado o nível
Vcc
lógico 1 na entrada A, que é o bit mais signi-
ficativo. As demais entradas ficam em nível
st Figura 33
do
0. O circuito será o mostrado na figura 31.
O circuito equivalente simplificado será:
rva

ABCD
1 00 0 + Vcc
se

R R R
Re

2R
VS
2R 2R 2R 2R 2R 2R Vs 2R 2R R
a.

1 R
0 0 0
ad

D C B A 2R
B
R VS
riz

Vcc
Vcc
uto

Figura 31
Figura 34
oa

Para calcular a tensão V s , primeiro


simplificamos a malha que está dentro do Para calcular a tensão Vs empregamos a

retângulo tracejado, assim: seguinte fórmula:


pia

D Vcc Vcc . R = Vcc . R = Vcc


VS Vs = 2R + R 3R 3 = Vcc . 1

2R 2R 2R 2R 2 2 2 3 2

A Vs = Vcc
R
VS 6
Vcc

Quando apenas a entrada C estiver em


Figura 32
nível lógico 1, o circuito será:

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ABCD
0 01 0
R R R

Vs’
2R 2R 2R 2R 2R 2R Vs

.
ai s
D C B A

tor
Vcc

au
Figura 35
O circuito equivalente simplificado será:

os
eit
C Vcc

dir
VS’

os
2R 2R 2R 2R

os
a

od
C

st
R Vs’ = Vcc
Vcc do 3
rva
se

Figura 36
Re

Para calcular a tensão Vs’ teremos:


a.
ad

Vs’ = I . R
riz

I= Vcc = Vcc
uto

2R + R 3R
oa

Vs’ = Vcc . R

3R
pia

Vs’ = Vcc
3

A partir de Vs’ pode-se calcular Vs.

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R
R R

Vs 2R R
Vs’
2R 2R 2R Vs’
Vs’
2
R Vs’

.
4

ai s
tor
Figura 37

au
Observe que, no circuito, apenas os dois resistores em paralelo

os
foram simplificados. É sobre eles que a tensão Vs recai. Partindo

eit
da tensão Vs é possível concluir que a tensão VR = Vs’.

dir
Vs = Vcc

os
4 3

os
Vcc

od
Vs = 3
4
st
do
Vs = Vcc . 1
3 4
rva
se

Vs = Vcc
12
Re

Quando a entrada D estiver em nível lógico 1, o circuito será:


a.
ad

R R R R
riz
uto

Vcc Vcc
2R 2R Vcc 2R 2R Vcc 2R 2R
6 12
oa

3 12
2

pia

Vcc
D

Figura 38

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O circuito simplificado equivalente será:

2R 2R 2R Va Va = Vcc
3

.
ai s
tor
Vcc

au
Figura 39

os
Va = I . R

eit
dir
I= Vcc = Vcc
2R + R 3R

os
Va = Vcc . R = Vcc

os
3R 3

od
Ao observar o circuito no retângulo tracejado da figura 38,
nota-se que sua simplicidade resulta em:
st
do
R R
rva

a b
se

Figura 40
Re

A tensão no ponto “b” seria a metade da tensão no ponto “a”.


a.
ad

Vb = Va
riz

2
uto

Va = Vcc
oa

3

Vcc
Vb = 3 = Vcc . 1
pia

2 3 2

Vb = Vcc
6

O circuito equivalente nos pontos B, C e D será sempre igual


ao apresentado na figura 40, isto é, dois resistores de igual valor
em série. Isso faz com que a tensão do ponto seguinte seja a metade
do ponto antecedente.
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Com isso, é possível calcular a tensão Vs de saída do ponto D,


que é a menor.
Vb = Vcc
6

Vcc
Vc = Vb = 6 = Vcc . 1

.
ai s
2 2 6 2

tor
Vc = Vcc
12

au
os
Vcc
Vd = Vc = 12 = Vcc . 1

eit
2 2 12 2

dir
Vd = Vcc

os
24

os
Obs.: em todos os casos a impedância das entradas é igual a 3R.

od
Nos casos aqui apresentados, a tensão de saída Vs terá uma
proporcionalidade em relação ao bit alimentado.
st
do
A B C D
1000 Vs = Vcc = 1 . Vcc
rva

3 3
se

Vs = Vcc = 1 . Vcc
Re

A B C D
0100 6 6
a.

Vs = Vcc = 1 . Vcc
ad

A B C D
0010
12 12
riz
uto

A B C D
Vs = Vcc = 1
0001
24 24
oa

Assim:

Vs = 1 . Vcc . A + 1 . Vcc . B + 1 . Vcc . C + 1 . Vcc . D


pia

3 6 12 24

Colocando Vcc em evidência, temos:

Vs = Vcc . 1 . A + 1 . B +1 . C + 1 .D
3 6 12 24

Onde A, B, C e D são os níveis lógicos 0 ou 1 das entradas.

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Se tivermos, por exemplo, 1111 nas entradas A, B, C e D e Vcc


for 6V, teremos:

Vs = 6 . 1 . A + 1 . B + 1 . C + 1 . D
3 6 12 24

Vs = 6 . 1 . 1 + 1 .1+ 1 .1+ 1 .1

.
ai s
3 6 12 24

tor
Vs = 6 . 1 + 1 + 1 + 1
3 6 12 24

au
Vs = 6 . 8 + 4 + 2 + 1

os
24

eit
Vs = 6 . 15

dir
24

os
Vs = 90 = 3,75 V

os
24

od
4. Conversor D/A com Rede R-2R, st
do
Amplificador Operacional e Chave Analógica
rva

A figura 41 mostra um circuito conversor digital/analógico


se

com rede R-2R que utiliza um amplificador operacional e chave


Re

analógica.
a.
ad

VS
Rs
riz

R R R 2R
-
uto

+
VS’
oa

2R 2R 2R

2R 2R
pia

Chaves analógicas
- V ref
D C B A

Figura 41

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Neste circuito é possível calcular o ganho do amplificador


operacional por meio da seguinte relação:

G = Rs
3R

A tensão Vs’ pode ser calculada por meio da expressão:

.
ai s
Vs’ = -Vs . Rs

tor
3R

au
Para calcular Vs temos:

os
Vs = Vref . 1 . A + 1 . B + 1 . C + 1 . D

eit
3 6 12 24

dir
Substituindo Vs em Vs’, teremos:

os
Vs’ = - Vref . 1 . A + 1 . B + 1 . C + 1 . D . Rs

os
3 6 12 24 3R

od
5. Conversor Delta-Sigma (∆Σ) st
do
rva

Os DACs Delta-Sigma incluem uma interface serial, regis-


tradores de controle, modulador, capacitor comutado e um clock
se

para o modulador e filtro. Na figura 42 mostramos o diagrama de


Re

blocos de um conversor desse tipo.


a.
ad
riz
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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.
ai s
tor
au
os
eit
dir
os
os
od
st
do
Esses conversores possuem alta resolução além de exigirem
pouca energia, o que os torna ideais para o controle em laço fecha-
rva

do nas aplicações de controle industrial, equipamento de teste e


medida de alta resolução, equipamentos alimentados por bateria e
se

sistemas isolados. A rede R-2R de resistores é o principal elemento


Re

dessa arquitetura.
a.

6. Conversor Current Steering


ad
riz

A maioria dos conversores digitais-para-analógicos modernos


uto

são fabricados em processos CMOS Submicron ou BiCMOS. Esses


Anotações e Dicas
oa

pia

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conversores conseguem alcançar taxas de conversão de 500 MSPS


e resoluções de 14, ou mesmo 16 bits.

Para se conseguir tais velocidades e resoluções, tais DACs em-


pregam uma arquitetura cujo nome em inglês é Current Steering
ou direcionamento de corrente. Na figura 43 temos um diagrama
de blocos desse tipo de conversor.

.
ai s
tor
au
os
eit
dir
os
Figura 43

os
od
Um decodificador interno endereça a cada chave quando ela
deve ou não fornecer corrente, cada vez que o DAC é atualizado.
st
Direcionando as correntes de todas as fontes, ao se somarem sobre
do
uma carga, elas formam o sinal analógico de saída.
rva

Para que o desempenho seja o melhor, o ideal é que a tensão


se

sobre a carga seja a menor possível, de modo a se obter maior


lineari­dade do conversor.
Re
a.
ad
riz
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Qual será o valor da tensão de saída do circuito abaixo, caso tenhamos ní-

au
veis B e C em 1.

os
A 5.375Ω
R

eit
10.750Ω

dir
B 2R
Vs

os
C 21.500Ω
4R
Saída

os
D 43.000Ω analógica
8R

od
st
RL = 10Ω
do
rva

A entrada A é o bit mais significativo.


se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

2 - Qual será o valor da tensão de saída (Vs) do circuito da questão anterior,


caso tenhamos níveis B e D em 1.

pia

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3 - Qual será o valor da tensão de saída (Vs) do circuito abaixo, caso tenha
nível B em 1 e as demais entradas em zero.
8kΩ

5kΩ +
A
-

.
ai s
B
+ - Vs

tor
C

au
D

os
eit
dir
os
os
od
st
do
4 - No circuito da questão anterior, por que colocamos as quatro entradas das
rva

portas E(And) com nível 1?


se
Re
a.
ad
riz
uto

5- Existe alguma vantagem no uso de redes R-2R em conversores D/A?


oa

( ) a) Não existe vantagem.


( ) b) A rede R-2R é inferior ao conversor D/A básico.

( ) c) Os resistores da rede R-2R são todos de precisão.


( ) d) Utilizamos apenas dois valores de resistores que não são de precisão.
pia

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


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lição

.
ai s
Tiristores

tor
Introdução Nesta lição você vai conhecer a família

au
dos tiristores, sendo apresentado aos seus
No controle de dispositivos de alta po- integrantes, e a partir disso, aprenderá a usar

os
tência alimentados pela rede de energia ou a cada um dos elementos. Suas características,

eit
partir de corrente alternada de inversores são limitações e cuidados no seu uso serão abor-
dados com cuidado.

dir
usados dispositivos semicondutores especiais.
Esses dispositivos, formados basicamente por

os
estruturas de quatro camadas pertencem à 1. Conceito de Tiristores
família dos tiristores.

os
Os tiristores formam uma família de dis-
Encontramos tiristores controlando car-

od
positivos semicondutores cuja estrutura apre-
gas resistivas de alta potência como lâmpadas senta quatro camadas alternadas de materiais
st
e elementos de aquecimento em estufas, fornos semicondutores. O nome tiristor deriva do
do
e outras aplicações industriais, assim como componente equivalente de tecnologia mais
controlando cargas indutivas como motores, antiga que é a válvula Tiratron.
rva

transformadores inversores, solenóides e mui-


tos outros dispositivos semelhantes.
se

Essa válvula, cujo símbolo é mostrado na


figura 44, era usada como elemento de disparo
Re

Os elementos que formam esta família


diferenciada de dispositivos semicondutores no controle de cargas de potência, exatamente
a mesma função de seu equivalente de estado
a.

possuem características elétricas específicas


sólido.
ad

que precisam ser conhecidas pelo profissional


que vai usá-lo.
riz

Ânodo
uto

Da mesma forma, os circuitos em que eles


aparecem possuem configurações diferentes Válvula Tiratron
oa

Gate
dos circuitos tradicionais que usam transis-
tores e outros elementos semelhantes. Cátodo

Isso implica na necessidade de uma tec- Figura 44


pia

nologia de interfaceamento dos dois tipos de


circuito que leva a condições especiais críticas

Assim, a estrutura de quatro camadas


que o profissional deve conhecer. Pequenos permite elaborar dispositivos com curvas
deslizes no projeto, ou mesmo manutenção dotadas de características de disparo acen-
dessas interfaces podem causar problemas de tuadas, como a mostrada na figura 45, que os
funcionamento e até mesmo levar a perigos torna apropriados para o controle de cargas
para a integridade dos componentes. de potência.

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O SCR tem a estrutura de quatro cama-


Ânodo
das (figura 47) e equivale a dois transistores
P complementares ligados de modo que um
N
realimente o outro.
Estrutura de
Gate P 4 camadas Ânodo Ânodo
N
P

.
ai s
Cátodo N
Figura 45 Gate P Gate

tor
Os tiristores são, portanto, dispositivos N

au
capazes de conduzir correntes muito intensas, Cátodo Cátodo
podem ser disparados com facilidade e rapi-

os
Figura 47
dez e além disso admitem uma polarização

eit
inversa com tensões muito altas. Estas carac- Para entender como funciona o SCR
terísticas o tornam ideal para controlar cargas vamos imaginá-lo em sua configuração equi-

dir
em circuitos de corrente alternada. valente ligado a uma carga e a uma fonte de
alimentação (figura 48).

os
Na indústria os dispositivos da família

os
dos tiristores ocupam uma posição de des- + Vcc
taque, aparecendo no controle de motores

od
de corrente alternada, em inversores de Carga

st
freqüência, fontes chaveadas, em controles do Excitação
de solenóide e de cargas resistivas, como
Tensão de
explicamos na introdução.
rva

disparo
Realimentação
Como tudo isso é possível é o que entende-
se

remos ao estudar cada um dos dispositivos que


Re

formam a importante família dos tiristores.


Figura 48
a.

2. Os SCRs Quando não há sinal algum aplicado à


ad

sua comporta, os dois transistores permane-


riz

SCR significa Silicon Controlled Recti­ cem no corte e a carga não é percorrida por
uto

fier ou Diodo Controlado de Silício. Trata-se corrente alguma. O SCR está desligado.
de um dispositivo da família dos tiristores
oa

que tem o símbolo, aspectos e curva carac- Aplicando uma tensão positiva na com-
terística mostrada na figura 46. porta, que corresponde à base do transistor

NPN, este transistor conduz e, com isso, apa-


Corrente rece uma corrente na base do transistor PNP
pia

A de modo a levá-lo também à condução.


Vbo
Vb A condução do transistor PNP realimen-
G ta o transistor NPN e os dois componentes
Tensão
são levados rapidamente a um estado de
C saturação, fluindo uma corrente pelo cir-
Símbolo Aspecto
Curva cuito de carga. Veja que, mesmo se o breve
do SCR
característica pulso de tensão que iniciou a condução de-
Figura 46 saparecer, os dois transistores continuam se
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realimentando e a carga continua recebendo para que ele dispare. Normalmente está
alimentação. entre 0,7 e 2 V para os tipos comuns.
d) Corrente de disparo: é a corrente que deve
Para desligar o SCR é preciso que a ali-
circular pela comporta do SCR para que
mentação seja desligada por um breve instan-
ele entre no estado de plena condução.
te, ou ainda que o ânodo seja ­curto­­circuitado
Pode variar entre 0,1 mA para os tipos
ao cátodo para que a corrente se reduza a zero
muito sensíveis e 200 mA ou mais para os

.
ai s
por um instante.
tipos maiores.

tor
Veja que, como o símbolo sugere, o SCR
Os SCRs são dotados de recursos que
se comporta como um diodo, conduzindo a

au
permitem sua montagem em radiadores de
corrente num único sentido. Assim, num cir-
calor. Observa-se que, quando um SCR está

os
cuito de corrente alternada ele se comporta
conduzindo a corrente, há uma queda de
como um controle de meia onda.

eit
tensão da ordem de 2 V entre seu ânodo e cá-
todo. Multiplicando esta tensão pela corrente

dir
Para uma aplicação de onda completa pre-
temos a potência que está sendo convertida
cisamos usar uma ponte de diodos ou dois SCRs
em calor naquele instante.

os
em oposição, conforme mostra a figura 49.

os
3. Os TRIACs

od
Ponte
Os TRIACs são dispositivos semicondu-

st
Carga tores capazes de controlar correntes intensas
em ambos os sentidos. Na figura 50 temos
do
a estrutura, símbolo, curva característi-
rva

SCR
SCR ca e aparência dos tipos mais comuns de
2 SCR TRIACs.
se

1
Corrente
Re

G MT1
Figura 49 MT2
N P N ON
a.

Vbo
ad

N Vbo
As principais especificações dos SCRs são: G
riz

MT1 Tensão
P
a) Corrente máxima entre ânodo e cátodo: é Símbolo
uto

ON OFF
a máxima corrente que o dispositivo pode
controlar, estando normalmente entre 1 e MT2
oa

Estrutura
1.000 ampères para os tipos encontrados Característica
nas aplicações industriais.

b) Tensão inversa máxima: é a tensão máxi-


pia

ma que pode aparecer entre o ânodo e o


Aspectos
cátodo do SCR quando ele está ligado. É

a tensão máxima da rede em que ele pode Figura 50


funcionar. Encontramos tipos com tensões
que variam entre 50 V e 2.000 V. Podemos analisar um TRIAC como dois
SCRs ligados em oposição, conforme mostra
c) Tensão de disparo: é a tensão positiva que a figura 51.
precisa ser aplicada à comporta do SCR

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MT2 b) Corrente máxima: é a máxima intensida-


de de corrente que pode fluir pelo TRIAC
quando ele está disparado. É a corrente
máxima que ele pode controlar. Valores
que podem variar de 2 a 2.000 ampères são
comuns.
MT1

.
c) Tensão de disparo: é a tensão mínima que

ai s
Figura 51 precisa ser aplicada à comporta do TRIAC

tor
Isso significa que, ao aplicarmos uma tensão para que ele dispare. Esta tensão está
de disparo na comporta de um TRIAC ele dis- tipicamente entre 1 e 3 V dependendo do

au
para conduzindo a corrente nos dois sentidos. tipo.
Assim, se ligarmos um TRIAC em série com

os
d) Corrente de disparo: trata-se da corrente
uma carga num circuito de corrente alternada, que precisa circular pela comporta quando

eit
conforme mostra a figura 52, a corrente que flui a tensão de disparo é estabelecida para

dir
pela carga será alternada também. que o TRIAC passe de seu estado de não-
condução para plena condução. Para os

os
TRIACS comuns essa corrente varia entre
20 e 500 mA, dependendo de seu tamanho

os
Carga (corrente máxima conduzida).

od
TRIAC num
controle de MT2

st
corrente alternada
Da mesma forma que no caso dos SCRs,
os TRIACs apresentam uma queda de tensão
do
MT1 ao conduzir, a qual determina a potência
rva

G que eles dissipam. Multiplicando a queda de


Figura 52 tensão pela corrente obtemos a potência.
se
Re

Nas aplicações industriais em que as


Os TRIACs são muito usados no controle cargas devem ser comutadas rapidamente,
de cargas que estejam alimentadas direta-
a.

uma característica de grande importância


mente pela rede de corrente alternada em
ad

para os SCRs e TRIACs é a sua velocidade


vista dessa sua capacidade de trabalhar de resposta, ou seja, a taxa que a corrente
riz

com os seus dois semiciclos, ou com o ciclo conduzida cresce no disparo.


uto

completo da alimentação.
Essa velocidade de crescimento é dada
oa

Nas aplicações práticas o TRIAC é ligado pelo que denominamos di/dt, ou seja, pela
em série com a carga a ser controlada e o variação instantânea da corrente em função

sinal de controle aplicado à sua comporta. do tempo, no disparo.


pia

As principais características dos TRIACs Assim, se ao disparar a corrente 1 mi-


são as seguintes: lionésimo de segundo para aumentar de 0 a


1 A, dizemos que o di/dt desse componente
a) Tensão máxima entre terminais (MT1 e MT2):
(SCR ou TRIAC) é de 1 A/µs.
é a tensão máxima que pode ser mantida
entre os terminais principais do TRIAC
Quanto maior o di/dt de um tiristor, mais
quando ele está desligado. É a tensão máxi-
rápido ele será na comutação. Nas aplicações
ma da rede de energia em que ele funciona
rápidas como em inversores de freqüência,
(valor de pico). Os tipos comuns possuem
fontes chaveadas e outros, é muito impor-
tensões máximas entre 50 V e 1.000 V.
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tante observar o di/dt do tiristor que está Seu funcionamento é o seguinte: o circui-
sendo usado. to RC variável, no qual temos um potenciô-
metro de ajuste, atrasa a tensão no capacitor
4. QUADRAC quando ele se carrega num semiciclo da
corrente alternada de entrada. Assim, o
Uma variação importante dos TRIACs instante em que o elemento de disparo atua
é a que denominamos QUADRAC. Trata-se (no caso, um DIAC), é determinado pelo

.
ajuste do potenciômetro. Se ele dispara no

ai s
de um dispositivo semicondutor que já re-
úne num mesmo invólucro um TRIAC e um início do semiciclo, o TRIAC conduz logo e

tor
elemento de disparo que será estudado mais praticamente todo o semiciclo passa para a
adiante, denominado DIAC. carga: temos a potência máxima.

au
Se o ajuste é feito de forma tal que o

os
Na figura 53 temos o símbolo adotado
para representar o QUADRAC e o aspecto disparo ocorra no final do semiciclo, apenas

eit
dos tipos mais comuns, de média potência. uma pequena parcela dele passa para a car-
ga e com isso temos a potência mínima. Po-

dir
MT2 demos então ajustar o potenciômetro para

os
ter qualquer parcela do semiciclo passando
para a carga e com isso a potência aplicada

os
(figura 55).

od
G

MT1 st Tensão de
do
Aspecto
entrada
Símbolo
rva

Figura 53
Disparo no
se

Uma aplicação prática dos QUADRACs, início do


e também dos TRIACs juntamente com os semiciclo
Re

DIACs, é o controle de potência por variação Disparo no


do ângulo de fase mostrado na figura 54.
a.

final do
semiciclo
ad

Carga
riz

Figura 55
P1
uto

Temperatura de elementos de aqueci-


R
TRIAC mento, brilho de lâmpadas e velocidade de
oa

R1 motores podem ser controlados precisamente


com este circuito.


pia

C
DIAC 5. SUS

Figura 54 Os Silicon Unilateral Switches ou Cha-


Este circuito é encontrado em eletrodomés- ves Unilaterais de Silício são dispositivos
ticos como chuveiros, aquecedores, torneiras da família dos tiristores que se destinam ao
elétricas e em equipamentos industriais como disparo de SCRs.
estufas, aquecedores, etc. Quando este circuito
é usado no controle de intensidades de luz ele Na figura 56 temos o símbolo e a curva
recebe o nome genérico de Dimmer. característica deste dispositivo que, confor-

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me o nome sugere, conduz a corrente num curva característica e símbolo mostrados na


único sentido ao disparar. figura 58.
Corrente Corrente

Ânodo A2

Gate Disparo
Tensão

.
ai s
Tensão
Cátodo
Disparo
A1

tor
SUS Disparo
DIAC

au
Figura 56

Figura 58

os
O SUS tem um terminal que permite
programar a tensão de disparo numa faixa

eit
tipicamente entre 10 e 27 V. Suas características são semelhantes ao

dir
SBS e mesmo à antiga lâmpada neon, mas a
6. SBS tensão de disparo fixa, está tipicamente entre

os
18 e 40 V para os tipos comuns.
O Silicon Bilateral Switch ou Chave

os
Bilateral de Silício é um dispositivo com ca- Os DIACs possuem velocidade de ação

od
racterísticas semelhantes ao SUS, mas que, muito rápida sendo, por este motivo, usados
nos casos em que se deseja acelerar o disparo
st
quando disparado, pode conduzir a corrente
nos dois sentidos. O seu símbolo e curva ca- do dispositivo. Nos controles de potência
do
racterística são mostrados na figura 57. ligados à rede de energia, como o que estuda-
mos anteriormente, eles proporcionam uma
rva

Corrente comutação muito rápida quando a tensão de


se

disparo é atingida.
A2
Re

Disparo
Gate 8. PUT
a.

Tensão
ad

A1 PUT significa Programmable Unijunc­


SBS Disparo tion Transistor ou Transistor Programável
riz

Unijunção. Trata-se de um dispositivo da


uto

Figura 57 família dos tiristores também destinado ao


disparo de SCRs e TRIACs.
oa

A tensão típica de disparo do SUS está Na figura 59 temos o símbolo adotado


entre 10 e 30 V. para representar este componente e o seu


aspecto típico.
pia

Como o SBS pode, ao disparar, conduzir


Ânodo
a corrente em ambos os sentidos, ele é utili-
(A) A
zado no disparo de TRIACs enquanto o SUS Gate
(G)
é usado no disparo de SCRs. G

Cátodo K
7. DIAC (K) Aspecto
PUT

Os DIACs são dispositivos semiconduto- Figura 59


res usados no disparo de TRIACs e possuem
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Conforme podemos ver, apesar de se tra- Tensão


tar de um “transistor”, seu símbolo lembra
mais um diodo ou um SCR com um terminal A1
- 120 V + 120 V
de comporta ligado ao ânodo. - 240 V + 240 V

Tensão
Este transistor ou elemento de disparo A2
conduz intensamente quando uma tensão SIDAC Aspecto

.
ai s
entre seus terminais de ânodo e cátodo atinge
um determinado valor. Este valor, conforme

tor
mostra a figura 60, pode ser programado por Figura 61
uma rede resistiva ligada à comporta. Os SIDACs comuns disparam com altas

au
tensões tipicamente entre 50 e 240 V, sendo
+
os tipos mais comuns os de 120 e 240 V, que

os
R
R1 quando o disparo ocorre podem conduzir

eit
PUT intensamente a corrente.

dir
C
R2 Os SIDACs podem ser usados em duas
configurações típicas que são mostradas na

os
figura 62.

os
Osciladores de relaxação com PUT +V

od
Figura 60 R

Ainda que possam ser encontrados em st


C Lâmpada
do
algumas aplicações industriais, os PUTs não
rva

são componentes muito comuns em nossos


dias.
se

Carga
Re

Existem circuitos integrados que reúnem a) Oscilador b) Redutor de consumo


funções equivalentes que podem ser usados Figura 62
a.

no disparo de SCRs e TRIACs de maneira


ad

igualmente eficiente. Na primeira, o SIDAC funciona como


um oscilador de relaxação de alta-potência,
riz

podendo alimentar transformadores de alta


9. SIDAC
uto

tensão, disparar flashes de sinalização de xe-


nônio e em outras aplicações semelhantes.
SIDAC significa Silicon Diode for Alterna­
oa

ting Current ou Diodo de Silício para Corrente Na segunda, ligado em série com uma

Alternada. Trata-se de um dos co­m­po­nentes carga, o SIDAC proporciona um recurso de


mais recentes da família dos Tiristores, sendo segurança e redução de consumo, cortando
pia

indicado para o disparo de diversos tipos de os semiciclos da alimentação.


circuito com alta tensão.

10. Opto-Disparadores
A figura 61 mostra o símbolo adotado
para representar um SIDAC e o seu aspecto, Os elementos finais da família dos tiristores
assim como sua curva característica. são os circuitos integrados ópticos que utilizam
em seu interior elementos disparadores.

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O mais utilizado nas aplicações indus- O MOC3010 é indicado para aplicações


triais, por motivos de comodidade e segurança, na rede de 110 V enquanto que o MOC3020
é o opto-disparador com DIAC ou opto-aco- para a rede de 220 V. Esses componentes,
plador com DIAC, mostrado na figura 63. cuja pinagem e circuito equivalentes são
mostrados na figura 64, possuem algumas
Receptor variações (3009, 3011, 3012, 3021, 3022, 3023)
que se diferenciam apenas pela corrente no

.
ai s
LED para a excitação.

tor
1 5

au
4 3
Emissor 2 6 5 2

os
6 1
Figura 63

eit
Aspecto
3 NC 4

dir
Nesse componente, um LED infraver- Circuito
melho atua diretamente sobre um DIAC equivalente

os
disparando em presença de sua radiação.
Isso significa que o emissor (LED) e o sensor Figura 64

os
(DIAC) estão isolados eletricamente.

od
Conforme podemos ver, esses componen-
O circuito de disparo pode então ficar
tes possuem opto-diacs que são disparados
st
totalmente isolado do circuito de potência
diretamente pela luz emitida pelo LED
usando TRIAC ou outro dispositivo de potên-
do
infravermelho. O MOC3010 precisa de uma
cia da mesma família. A tensão de isolamento
corrente de 8 mA para produzir o disparo
rva

típica desses dispositivos é de 7.000 volts.


(os de números mais altos são mais sensíveis,
se

Dois opto-acopladores especialmen- chegando a 3 mA para o MOC3012). Para o


te indicados para aplicações industriais MOC3020 a corrente é 15 mA (o 3021 tem
Re

como disparadores comutando diretamente uma corrente de 8 mA).


TRIACs de alta potência são os MOC3010 e
a.

MOC3020.
ad
riz
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Para o MOC3010 e para o MOC3020


temos o circuito típico para cargas não in-
dutivas (figura 65).

Carga
1 5

Controle

.
ai s
2 6
Figura 67

tor
TRIAC Uma outra configuração que encontra-
Figura 65 mos nas aplicações industriais é a que faz

au
uso de transformadores de disparo, conforme
mostra a figura 68.

os
11. Aplicações na Indústria

eit
Transformador de Carga

dir
Os semicondutores da família dos ti- disparo
ristores, juntamente com outros disposi-

os
tivos de potência tais como IGBTs, Power Circuito
MOSFETs consistem em elementos ideais de

os
disparo
para o controle de dispositivos que operem

od
com baixas e médias freqüências e altas
correntes.

st
do Figura 68
Além do controle de potência tradicional
Nesta configuração, os elementos geradores
com atraso de fase usando TRIACs, encon-
rva

dos pulsos que são aplicados ao transformador


tramos diversas outras configurações que o
podem ser dos mais diversos tipos. Um tipo co-
se

aluno deve conhecer e que também utilizam


mum de configuração usada para esta aplicação
SCRs.
Re

é a que faz uso de transistores unijunção.


Começamos por analisar um sistema de Finalmente, temos na figura 69 um reti-
a.

controle de circuitos trifásicos usando SCR ficador trifásico que faz uso de três SCRs.
ad

que é uma configuração bastante comum nas


riz

Transformador
aplicações industriais. O circuito básico é trifásico
uto

mostrado na figura 66. SCR1


D1
oa

+
D2 SCR2

R
pia

S D3 SCR3
T

- Carga
Figura 66 Figura 69
Os SCRs são disparados seqüencialmen-
te, de acordo com a fase das tensões obtidas
Os impulsos aplicados aos SCRs devem
dos enrolamentos do transformador e a cor-
ser defasados de 120 graus (figura 67).
rente é aplicada à carga.
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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Um SCR conduz a corrente de que modo?

au
( ) a) Num único sentido, como um diodo.
( ) b) Nos dois sentidos, como um resistor.

os
( ) c) De maneira alternada, dependendo do tipo.

eit
( ) d) Entre a comporta e o ânodo.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

dir
os
2 - Qual é a potência dissipada por um SCR onde a queda de tensão é de 2 V ao
conduzir uma corrente de 10 A?

os
( ) a) 5 W
( ) b) 10 W

od
( ) c) 20 W

st
( ) d) 200 W do
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.
rva

3 - Um TRIAC para controlar uma carga num circuito de corrente alternada deve
ser ligado de que forma?
se

( ) a) Em paralelo.
Re

( ) b) Em série.
( ) c) Com a carga conectada ao gate.
a.

( ) d) Com a carga entre MT1 e a comporta.


ad

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


riz

4 - O fator di/dt de um tiristor define:


uto

( ) a) sua capacidade máxima de condução;


oa

( ) b) a corrente necessária ao disparo;


( ) c) a dissipação máxima;

( ) d) a velocidade com que ele liga;


( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.
pia

5 - Qual dos seguintes componentes não é usado no disparo de um TRIAC?


( ) a) Lâmpada néon.
( ) b) SUS.
( ) c) DIAC.
( ) d) SBS.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - De que modo é possível programar a tensão de disparo de um PUT?


( ) a) Aumentando o valor da tensão entre ânodo e cátodo.
( ) b) Ligando uma rede RC na sua comporta.
( ) c) Alterando a tensão de alimentação.
( ) d) Ligando um divisor de tensão na sua comporta.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

.
ai s
7 - Qual dos seguintes componentes não pode ser usado num oscilador de relaxa-
ção?

tor
( ) a) Lâmpada néon.
( ) b) SIDAC.

au
( ) c) DIAC.

os
( ) d) TRIAC.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

eit
dir
8 - O elemento emissor de um opto-diac é:
( ) a) uma lâmpada néon;

os
( ) b) um LED infravermelho;
( ) c) um oscilador de relaxação;

os
( ) d) um foto-transistor;

od
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.

st
9 - Qual deve ser a separação entre os pontos de condução dos SCRs num sistema
do
de controle trifásico?
( ) a) 90 graus.
rva

( ) b) 120 graus.
se

( ) c) 180 graus.
( ) d) 270 graus.
Re

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


a.
ad
riz
uto
oa

pia

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lição

.
ai s
Circuitos de Disparo

tor
Introdução 1. Osciladores de Relaxação

au
no Disparo de Tiristores
Já analisamos o princípio de funciona-

os
mento de diversos dispositivos semicondutores A tecnologia mais comum usada no dispa-

eit
usados no controle de potência. ro de tiristores é a que faz uso de osciladores

dir
de relaxação.
Os tiristores aparecem hoje numa infini-

os
dade de aplicações industriais que vão desde o A primeira configuração a ser estudada
controle direto das máquinas até de elementos é a que faz uso de uma lâmpada neon e que,

os
secundários como os que fazem seu abasteci- por suas características de simplicidade, é

od
mento, que controlam o movimento das peças encontrada nas aplicações comuns de menor
manuseadas e muito mais. custo, em controles de potência, por exemplo.
Esses componentes, entretanto, não ope- st
Na figura 70 mostramos esta configuração.
do
ram sozinhos. Além dos próprios circuitos de
rva

+
controle, existem elementos que fazem o seu Lâmpada
disparo, o que é fundamental para o interfa- R Neon
se

SCR
ceamento entre eles.
Re

Nesta lição vamos tratar das principais C


a.

tecnologias usadas no disparo dos circuitos


ad

que fazem uso de componentes da família dos Figura 70


tiristores.
riz

Numa primeira aplicação, o capacitor


uto

Analisaremos as principais configurações


encontradas nas aplicações comuns e na in- carrega-se através do resistor até ser atingida
oa

dústria. a tensão de disparo da lâmpada. Quando a


lâmpada dispara, sua resistência cai e a des-

O aluno verá que estas tecnologias não carga do capacitor ocorre através do terminal
só utilizam os elementos de potência como de comporta do elemento tiristor (um SCR,
pia

SCRs e TRIACs, como também os elementos por exemplo).


da mesma família que possuem características

de disparo e, portanto, operam em conjunto. Quando a descarga do capacitor atinge


a tensão de manutenção da lâmpada, ela
Nesta categoria também vamos incluir desliga e com isso temos um novo ciclo de
elementos de outras famílias como os tran- carga. As formas de onda dente de serra no
sistores bipolares comuns, os transistores capacitor e pulsos no tiristor são mostradas
unijunção e mesmo alguns sensores. na figura 71.

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É comum encontrarmos nestes circuitos


Tensão de disparo transformadores de disparo com taxas de en-
rolamento de 1:1. Trata-se, portanto, de um
Tensão de manipulação transformador de isolamento que tem a van-
0V tagem de isolar o circuito de controle de baixa
tensão do circuito de carga, que nor­­mal­­­­­mente
Pulsos opera com altas tensões.

.
no tiristor

ai s
Figura 71 Mais adiante, na figura 88, temos um

tor
Uma variação deste circuito será anali- exemplo de circuito prático que usa este tipo
sada no item controles de fase. de transformador, mas com um oscilador de

au
relaxação que tanto pode usar um diac como
A lâmpada neon, entretanto não é o único

os
uma lâmpada neon.
elemento que pode funcionar num oscilador

eit
de relaxação. Qualquer dispositivo que pos- 2. Controles de Fase

dir
sua uma curva característica com resistência
negativa pode ser usado nesta aplicação, e Uma outra forma de circuitos de disparo

os
existem diversos deles. é encontrada nos controles de potência que
operam variando a fase do sinal aplicado à

os
Um primeiro a ser analisado é o tran- carga, e do qual já falamos na lição em que

od
sistor unijunção que pode ser usado para tratamos dos tiristores.
produzir pulsos de disparo para tiristores na

st
configuração mostrada na figura 72. Tensão do
da rede
+
rva

R R1 Disparo do
se

meio do
SCR semiciclo
Re

C
Disparo do
a.

R2 final do
ad

Descarga semiciclo
riz

Figura 72 Figura 73
uto

O princípio de funcionamento deste Estes circuitos produzem pulsos de dis-


oa

oscilador é exatamente o mesmo que vimos paro em diversos pontos da tensão senoidal
para a lâmpada neon: o capacitor se carrega que deve ser aplicada à carga, conforme

através do resistor até a tensão de disparo. A mostra a figura 73.


descarga do capacitor através do dispositivo
pia

produz um pulso agudo para a comporta do Quando o pulso de disparo é aplicado no


início de um semiciclo, o semiciclo inteiro

tiristor.
praticamente é aplicado à carga e temos a
Nesta configuração é comum o uso de condição de máxima potência.
transformadores de disparo. Estes transfor-
madores são enrolados em núcleos de ferrite Quando aplicamos o pulso de disparo no
e têm por função obter uma corrente mais meio do semiciclo, apenas metade do semi-
intensa sob condições de baixa impedância, ciclo é conduzida para a carga e a potência
o que acelera o disparo do tiristor. fica reduzida também à metade.
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Finalmente, se aplicarmos o pulso no


Tensão
final do semiciclo, apenas uma parcela muito na rede
pequena da potência é aplicada à carga.
Disparo
Se ajustarmos o ângulo de disparo do
no início
tiristor dentro do semiciclo podemos con-
trolar com precisão a potência aplicada a

.
ai s
uma carga. Disparo
no final

tor
Existem diversas técnicas para se fazer Figura 75
isso, começando com a mais simples, que

au
é a que faz uso de uma lâmpada neon. Um A parcela do semiciclo conduzido vai
determinar a potência aplicada ao circuito

os
circuito que serve para ilustrar como isso
funciona é mostrado na figura 74. de carga. Podemos então controlar a potên-

eit
cia na carga simplesmente modificando a
Carga constante de tempo do circuito através do

dir
P1 potenciômetro.

os
R
Da mesma forma que usamos a lâmpada

os
R1 neon, podemos usar outros componentes de
disparo como o DIAC, SUS, SBS, etc. Na

od
SCR
C NEON figura 76 temos um exemplo de circuito em

st
que é utilizado um DIAC para o disparo de
do
Figura 119a um TRIAC, numa configuração que já estu-
damos na lição que trata de tiristores.
rva

Observe que este circuito, inicialmente


tomado como exemplo, por usar um SCR,
Carga
se

conduz apenas metade dos semiciclos, o que


Re

significa que os semiciclos negativos mos- P1 TRIAC


trados na figura 73 não passam. Conforme R
DIAC
a.

veremos mais adiante, na forma de onda R1


ad

deste circuito teremos apenas pulsos posi-


tivos na carga.
riz

C
uto

Neste circuito, o capacitor carrega-se


Figura 76
através da rede resistiva R até que a tensão de
oa

disparo seja atingida. A constante de tempo do Veja que os circuitos deste tipo apre-
circuito deve ser calculada para que isso ocor- sentam alguns inconvenientes que devem

ra dentro do semiciclo da corrente alternada, ser levados em conta no seu uso. O primeiro
qualquer que seja o ajuste do potenciômetro.
pia

está no fato de que não conseguimos chegar


exatamente aos 100% da potência aplicada

Quando a tensão de disparo é atingida, a à carga, assim, o rendimento prático de um


lâmpada neon conduz e com isso o tiristor é con­trole de potência deste tipo é menor que
ligado conduzindo pelo restante do semiciclo 100%. Para aplicações práticas o rendimento
da corrente alternada. pode chegar aos 96%.

Na figura 75 mostramos o que ocorre


Outro ponto importante a ser considera-
no circuito com dois ângulos de condução
do é que a comutação muito rápida do tiris-
ajustados no potenciômetro.
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tor no momento em que ele liga pode causar ao circuito de carga. Para um motor de alta
problemas de comutação de cargas indutivas. potência, o ângulo de condução de cada SCR
Conforme veremos, isso pode tanto dar origem vai determinar sua potência ou velocidade.
a instabilidades como gerar interferências.
Os ângulos de condução de cada SCR são
Também devemos considerar que existe defasados de 120 graus (figura 78).
uma queda de tensão no tiristor que faz com

.
ai s
que ele se aqueça, havendo com isso uma SCR1 SCR2 SCR3 SCR1 SCR2
certa perda da energia no circuito.

tor
Ângulos
3. Controles Monofásicos e

au
0 120 240 360 de fase

Trifásicos Figura 78

os
Uma outra aplicação importante num

eit
Nas aplicações domésticas e de baixa controle trifásico é a mostrada na figura 79.
potência predominam os circuitos monofá-

dir
sicos. Para estes, apenas um tiristor (SCR ou
TRIAC) é suficiente para a operação.

os
Transformador
trifásico

os
Lembramos que os SRCs são controles de
meia onda, o que significa que para controlar

od
uma carga em onda completa, precisamos

st
agregar pontes de diodos ou outros recursos. do
Os controles de potência que vimos até
rva

agora são todos monofásicos e encontrados


em muitas aplicações. Eles servem perfei-
se

M
tamente para que possamos entender como
Re

funcionam seus circuitos de disparo.


a.

Campo
No caso das aplicações trifásicas, os SCRs
ad

são os componentes mais usados, servindo para


riz

comutar uma das fases da alimentação, confor- Figura 79


me mostra a aplicação típica da figura 77.
uto

Nesta aplicação temos uma ponte de


SCRs que atua como um retificador trifásico
oa

A B C
SCR 1 alimentando um motor de corrente contínua.
SCR 2 SCR 3
Observe que o controle do ângulo de condu-

Linha
Carga
ção dos SCRs vai determinar a tensão média
pia

trifásica aplicada ao motor e ao mesmo tempo temos


dois outros SCRs que controlam a corrente

na bobina de campo do mesmo motor. Os dois


D1 D2 D3
SCRs que atuam sobre a bobina de campo
permitem inverter sua polaridade e com isso
Figura 77
o sentido de rotação do motor.

Nesta aplicação, cada SCR controla o ân- Com a configuração indicada temos a
gulo de uma das fases de modo que no total eles retificação de meia onda, o que não leva o
possam determinar a potência final aplicada circuito ao seu melhor rendimento. Usando
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uma ponte de SCRs podemos elaborar um conversor-inversor do


sentido de rotação a partir de alimentação trifásica (figura 80).

.
ai s
tor
au
M

os
eit
dir
os
os
Figura 80

od
Veja que, neste caso, a bobina de campo do motor de corrente

st
contínua é alimentada por uma corrente de sentido único, deter-
minado pelo diodo retificador.
do
rva

Da mesma forma que nas pontes H, muito usadas em motores de


corrente contínua de pequena potência, a seqüência de acionamento
se

dos seis SCRs é que vai determinar o sentido de rotação do motor.


Re

Para esta seqüência existem situações proibidas. Veja que dois


SCRs do mesmo ramo em série não podem ser ativados ao mesmo
a.

tempo, pois isso colocaria o circuito em curto.


ad
riz

Uma característica importante deste tipo de circuito de disparo


e controle trifásico está na possibilidade de obter uma inversão
uto

de direção muito rápida para um motor.


oa

4. Disparo com Transformador de Pulso


Uma forma muito comum de se disparar tiristores é através


pia

de circuitos isolados por um transformador de pulsos, conforme


mostra a figura 81.

SCR
1:1

Disparo
Transformador
de pulsos
Figura 81
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Estes transformadores possibilitam o Quadrante 1  o triac conduz pulsos positivos


disparo rápido do tiristor, com a produção de disparados por corrente positiva de gate.
intensidades de corrente de acordo com suas
Quadrante 2  o triac conduz pulsos positivos
características. Mas, as vantagens principais
disparados por corrente negativa de gate.
destes transformadores estão no isolamento
e no casamento de impedâncias. De fato, Quadrante 3  o triac conduz pulsos negativos
além dos enrolamentos estarem isolados, disparados por corrente negativa de gate.

.
ai s
permitindo que o circuito de disparo seja to- Quadrante 4  o triac conduz pulsos negativos
talmente independente da carga controlada, disparados por corrente positiva de gate.

tor
temos a possibilidade do pulso aplicado ao
tiristor ter características que se adaptam

au
Nos quadrantes 1 e 3 temos a maior sen-
melhor ao seu disparo. sibilidade do TRIAC.

os
5. Quadrantes de

eit
6. EMI
Operação dos TRIACs

dir
A comutação rápida dos SCRs e TRIACs,
Conforme mostra a figura 82, os TRIACs principalmente quando controlam cargas

os
podem operar de quatro formas diferentes, indutivas, gera interferência eletromagné-
as quais dependem do modo como seu dis-

os
tica (EMI) e interferência na faixa de rádio
paro é feito. freqüências (RFI).

od
+ VMT2

st
Equipamentos de comunicação que
do
operam junto a circuitos comutados por ti-
ristores podem sofrer interferências intensas
rva

(2) (1)
numa faixa que se estende dos 100 kHz até
- VG + VG(gate)
mais de 30 MHz.
se
Re

(3) (4)
Este fato faz com que devam ser toma-
das precauções especiais para evitar que
a.

- VMT2 essas interferências sejam irradiadas ou se


ad

propaguem pela própria rede de energia que


riz

Figura 82 alimenta o circuito.


uto

Quadrante VMT2 VG No primeiro caso temos o uso de blinda-


(1) + + gens aterradas. Para o segundo caso podem
oa

(2) + - ser usados filtros LC intercalados entre o


(3) - - circuito interferente e a rede de energia e o


(4) - + circuito interferido e a rede (figura 84).
pia

L

MT2
C C Aparelho
interferente ou
Rede
interferido
MT1 C C
Gate

Figura 83 L
Figura 84
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Veja que, este tipo de filtro impede a pro- zero” ou “zero crossing switch” se adotarmos
pagação da interferência via rede de energia, o nome em inglês.
mas não da interferência irradiada. Assim,
o profissional que se vê diante de um pro- Este circuito liga um TRIAC quando a ten-
blema causado por circuitos de comutação são da rede de energia passa por zero ou depois
com tiristores deve, antes de optar por uma de um certo tempo que pode ser programado
solução, verificar de que modo a interferên- por elementos externos como uma rede RC.

.
ai s
cia se propaga.
Na figura 86 temos um exemplo de aplica-

tor
7. Snubbers ção de uma chave de passagem por zero, em
torno da qual se realiza um controle de tem-

au
Além da interferência causada pela comu- peratura de uso industrial com um TRIAC.

os
tação rápida dos tiristores temos ainda um outro
problema que ocorre com cargas indutivas.

eit
10 kΩ
Elemento de
2W

dir
A comutação de uma carga fortemente aquecimento 5
2
indutiva pode gerar transientes que atingem

os
tensões que, segundo se verifica, podem su- 14 4
120 V CA 5059
Rb
perar os 3.000 volts em alguns casos. 100 µF TRIAC

os
60 Hz
13 7 9 10 11

od
Para evitar que esta alta tensão inversa NTC

st
gerada no desligamento de uma carga indutiva
cause problema ao tiristor são usados circuitos do Figura 86
amortecedores ou snubbers (figura 85).
A finalidade deste circuito é manter cons-
rva

Carga tante a temperatura de um elemento de aque-


se

indutiva cimento através da potência aplicada a ele.


Re

O elemento sensor usado no circuito é


TRIAC 47 Ω um NTC, e o ajuste do ponto de disparo que
a.

ou SCR Snubber determina a potência aplicada ao elemento


ad

100 nF
de aquecimento e sua temperatura é feito
riz

através de um trimpot.
Figura 85
uto

Outra aplicação importante de um


Estes circuitos amortecem os picos de TRIAC é mostrada na figura 87 que mostra
oa

alta tensão gerados na comutação, evitando um sistema de partida usando este tiristor.
a queima dos Triacs ou SCRs.

Enrolamento
8. Aplicações na Indústria
pia

de partida M

Os tiristores associados aos circuitos de dis-


paro encontram uma vasta gama de aplicações


C
industriais. Conforme vimos, temos desde os
Transformador
controles de potência para motores de todos os 4,7kΩ
de corrente
tipos até os sistemas inversores e retificadores.
Um tipo de aplicação bastante usada na R 1 µF
indústria é a que faz uso de um circuito dis-
parador denominado “chave de passagem por Figura 87
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Observe que existe um transformador de corrente que dispa-


ra o TRIAC de modo que ele alimente o enrolamento de partida
quando o motor é energizado.

Quando o motor adquire velocidade suficiente, e reduzindo sua


carga com a conseqüente diminuição da corrente no transformador
de corrente, o TRIAC desliga.

.
ai s
Terminamos esta lição com um circuito de disparo de Tiristores

tor
que é encontrado tanto em aplicações de consumo, como industriais.
Trata-se de um oscilador de relaxação com SCR que produz alta

au
tensão a partir da descarga do capacitor num transformador.

os
Este circuito é mostrado na figura 88 e pode ser usado tanto

eit
para alimentar flashes de xenônio para fotografia e sinalização,

dir
como para gerar altas tensões em máquinas industriais, filtros
eletrostáticos, cercas eletrificadas, sistemas de ignição de auto-

os
móveis e muitos outros.

os
1 kΩ
X1

od
250 a
600 V 1 MΩ

T1
st
do
100 µF
rva

220 nF
se

100 V DIAC ou
Re

NEON
0V SCR
a.

Figura 88
ad
riz

Nesta aplicação o capacitor carrega-se através do resistor e


uto

do diodo com a alta tensão que tanto pode vir da rede de energia
como de um inversor.
oa

Quando a tensão de disparo do elemento usado para esta fina-


lidade é atingida, o SCR dispara e através dele ocorre a descarga


do capacitor.
pia

Esta descarga induz uma alta tensão no transformador que


tanto pode ser usada para fazer a ignição de uma lâmpada de
xenônio como pode ser usada para eletrificação, produção de
campos estáticos, etc.

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Qual dos elementos citados não funciona num oscilador de relaxação?

au
( ) a) Lâmpada neon.
( ) b) Diodo retificador.

os
( ) c) Transistor Unijunção.

eit
( ) d) DIAC.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

dir
os
2 - Um controle de potência por fase atua:
( ) a) controlando a corrente na carga;

os
( ) b) como um reostato;
( ) c) modulando pulsos;

od
( ) d) controlando o ângulo de disparo de um tiristor;

st
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores. do
3 - Com o disparo do elemento de controle no final de um semiciclo, um controle
rva

de potência aplica na carga:


( ) a) maior potência;
se

( ) b) menor potência;
Re

( ) c) nada podemos afirmar;


( ) d) depende da freqüência da rede de energia;
a.

( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.


ad
riz

4 - A maior potência num controle com TRIAC é aplicada à carga quando:


( ) a) a resistência do potenciômetro é máxima;
uto

( ) b) a resistência do potenciômetro está num ponto intermediário;


oa

( ) c) a resistência do potenciômetro é mínima;


( ) d) o capacitor tem valor máximo;

( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.


pia

5 - Qual dos seguintes componentes não é usado num sistema retificador?


( ) a) SCR.

( ) b) Diodo de silício.
( ) c) Válvula Tiratron.
( ) d) TRIAC.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - Para evitar que ocorra EMI por irradiação num circuito controlado por um
tiristor o que devemos fazer?
( ) a) Blindar o circuito e aterrar a blindagem.
( ) b) Usar um circuito snubber.
( ) c) Diminuir a freqüência de operação.
( ) d) Trocar o tiristor.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

.
ai s
7 - Qual é a finalidade de um circuito snubber?

tor
( ) a) Reduzir a EMI.
( ) b) Proteger o tiristor na comutação de cargas indutivas.

au
( ) c) Acelerar a comutação.

os
( ) d) Reduzir a sensibilidade ao disparo.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

eit
dir
os
os
od
st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

pia

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lição

.
ai s
Amplificadores Operacionais

tor
Introdução Nela o aluno vai se familiarizar com as con-

au
figurações básicas dos amplificadores operacio-
Criados originalmente para realizar nais, entender suas características, conhecer as

os
operações matemáticas e lógicas em compu- principais configurações e ainda ter uma idéia

eit
tadores analógicos, os amplificadores opera- dos principais tipos que são encontrados no
seu dia-a-dia como profissional de projeto ou

dir
cionais se mostraram úteis numa infinidade
de aplicações. manutenção de máquinas industriais.

os
Em especial na eletrônica industrial, os Tamanha é a importância do amplificador

os
amplificadores operacionais são usados como operacional que hoje em dia estão disponí-
veis na forma de circuitos integrados mais de

od
elementos de interfaceamento entre sensores
e circuitos de controle, além de outras aplica- 100.000 tipos diferentes.

st
ções importantes. do
1. Conceito de
Assim, num curso de eletrônica industrial, Amplificadores Operacionais
rva

um destaque especial deve ser dado aos am-


se

plificadores operacionais. Encontrados numa Um amplificador operacional consiste ba-


infinidade de configurações, com caracterís-
Re

sicamente num amplificador dotado de duas


ticas que atendem às mais diversas finalida- entradas (uma inversora e outra não-inverso-
des, os amplificadores operacionais podem
a.

ra) e uma saída (figura 89).


ser considerados o “coração” da eletrônica
ad

analógica. Entrada
riz

inversora -
Saída
uto

Todo profissional da eletrônica que tra- Entrada não +


balhe com eletrônica de potência, instrumen- inversora
oa

tação, controle ou aquisição de dados vai se Figura 89


deparar em muitos momentos com amplifica-

dores operacionais. Quando aplicamos o sinal na entrada não


inversora (+) o sinal é amplificado aparecendo
pia

É preciso, portanto, conhecer o princípio na saída com a mesma fase do sinal de entra-

de funcionamento deste tipo de circuito, suas da. Quando aplicamos um sinal na entrada
características e suas aplicações. Esta é a fina- inversora (-), ele aparece na saída com a fase
lidade da lição que apresentamos agora. invertida. A figura 90 mostra o que ocorre.

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2. Características
REF
-
Os amplificadores operacionais ideais
+ têm como características principais:
• impedância de entrada infinita;
Entrada Saída
• impedância de saída nula;

.
ai s
- • ganho de potência e de tensão infinito;

tor
+ • faixa passante infinita.
REF

au
Figura 90 Na prática, conforme salientamos, um
amplificador operacional possui limitações

os
Internamente um amplificador operacio­
que devem ser consideradas quando o usamos

eit
nal é formado por um amplificador diferen-
em qualquer projeto. Assim, o ganho típico
cial de entrada e circuitos amplificadores
de tensão de um amplificador operacional,

dir
que terminam numa etapa de saída em classe
quando opera com sinais de baixas freqüên-
B. Na figura 91 temos um circuito típico de

os
cias, não é infinito podendo chegar a 100.000
um amplificador operacional comum onde
vezes.
podemos ver as diversas etapas.

os
+ +

od
+ Como a faixa passante de um amplifica-
dor real não é infinita, temos também limita-

st
ções em relação ao modo como ele amplifica
Saída
do
as diferenças de freqüências. Desta forma, à
medida que a freqüência do sinal aumenta,
rva

o ganho cai, chegando a ponto de não con-


se

Ent. seguir mais amplificar, ou seja, seu ganho


+ passa a ser menor que 1 (figura 92).
Re

- Ganho (dB)
a.

Ent. 100
ad

80
riz

60
Figura 91
uto

40
Esta mesma configuração pode ter as 20
mais diversas variações, dependendo das
oa

0 1M
características que desejamos para o compo- Freqüência
1 10 100 1 k 10 k 100 k

nente. O que mais influi na topologia usada é


Figura 92
a velocidade, impedância de entrada e capa-
pia

cidade de fornecer sinais de saída que variem Isso significa que, quando falamos no ganho
na maior faixa possível de amplitudes. de um amplificador operacional nos referimos

ao produto ganho x faixa passante (em inglês:


Um amplificador operacional ideal pos- Gain Bandwidth Product ou BW). Assim,
sui algumas características importantes que quando falamos que o produto ganho x faixa
devem ser levadas em conta quando o estu- passante de um amplificador operacional,
damos. Evidentemente, são características como o conhecido 741 é 1 MHz, isso signifi-
teóricas, já que na prática nenhum amplifi- ca que em 1 MHz seu ganho cai a um valor
cador é ideal. unitário. Trata-se, portanto, da freqüência

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máxima do sinal que teoricamente ele pode


amplificar. Acima desta freqüência o ganho +V +V
é menor que 1 e ele não amplifica mais os -
sinais. V/2
V/2 +
Outro ponto a ser considerado é que a 0V
Saída
impedância de entrada dos amplificadores Figura 94

.
ai s
operacionais reais não é infinita, ainda que
Assim, a tensão de saída quando um dos
seja muito alta. Para amplificadores opera-
sinais é aplicado à entrada oscila entre dois

tor
cionais que usam transistores de efeito de
valores positivos, sem a necessidade de usar
campo na entrada ela pode chegar a centenas

au
uma fonte simétrica.
de gigaohms, o quê, para efeitos práticos,

os
pode ser considerado infinito.
Como o ganho de um amplificador opera-

eit
cional é muito grande, ele satura facilmente
Na prática também a impedância de saí-
com os sinais de entrada. Assim, a curva de

dir
da não é zero, mas tem valores pequenos, da
transferência característica de um ampli-
ordem de dezenas ou centenas de ohms para
ficador operacional com ganho 10.000 é a

os
os amplificadores operacionais comuns.
mostrada na figura 95.

os
3. Alimentação de um Saída

od
Amplificador Operacional

st
10
Nas aplicações comuns os amplificadores
do
operacionais utilizam fontes de alimentação - 2 mV - 1 mV 2 mV
rva

Entrada
simétricas, como a mostrada na figura 93. 1 mV
se

+V - 10
Re

-
0V Figura 95
a.

+
Conforme podemos ver, esse amplificador
ad

-V
operacional tomado com exemplo já satura
riz

Figura 93 com um sinal de apenas 1 mV de entrada.


uto

Para evitar que a saturação ocorra e que


Isso significa que a tensão de saída as- possamos trabalhar com sinais de freqüên-
oa

sume valores positivos e negativos em torno cias mais altas, temos de controlar o ganho
de uma referência de zero volt, em função

do amplificador operacional. Reduzindo


da tensão do sinal de entrada. Entretanto, seu ganho, aumentamos sua impedância de
pia

é possível trabalhar com um amplificador entrada e a faixa passante, além de melho-


operacional sem a necessidade de uma fonte rarmos outras características desse dispo-

simétrica. Como o que se amplifica é a dife- sitivo.


rença de tensões entre as entradas, confor-
me mostra a figura 94, basta fixar uma das Os amplificadores amplificam a dife-
entradas como referência. rença entre as tensões de entrada, ou seja, a

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tensão de saída é dada pelo produto de seu Uma forma de alimentar um amplifica-
ganho pela diferença das tensões aplicadas à dor operacional usando uma fonte simples
entrada, considerando-se sua polaridade. é a que faz uso de um divisor de tensão que
cria um “terra virtual” (figura 98).
Por este motivo, para que a tensão de saí­
+ V/2
da possa ser positiva ou negativa, conforme
R1
a diferença entre as tensões dos sinais de -

.
ai s
entrada seja positiva ou negativa, os am- 0V V
plificadores operacionais exigem o uso de +

tor
R2
fontes especiais.
- V/2

au
R1 = R2
Para operação satisfatória os amplifica- Figura 98

os
dores precisam de uma fonte de duas tensões,
ou seja, uma fonte simétrica, conforme mos-

eit
tra a figura 96. Assim, conforme mostra a figura 99, o
sinal de saída dependendo se a entrada é

dir
+V
+V positiva ou negativa, vai oscilar entre o valor
+

os
0 de referência dado por metade da tensão de
-V V alimentação ou V/2.

os
0V Entrada -
+
+

od
+ Saída V
V V

st
0 /2
0V do
-V 0
-
rva

Figura 96 Entrada Saída

Com uma fonte simétrica a tensão de


se

Figura 99
saí­da do operacional oscilará entre valores Os resistores usados neste divisor são
Re

positivos e negativos conforme a diferença iguais e seus valores variam tipicamente en-
entre as tensões aplicadas à entrada seja tre 1 kΩ e 100 kΩ, dependendo da impedân-
a.

positiva ou negativa. cia de entrada do amplificador operacional


ad

usado.
riz

Na prática, é comum que uma das entra-


das seja colocada no potencial de 0 V, que Outra forma de se obter este terra virtual é
uto

serve de referência e o sinal a ser amplificado com a utilização de diodos zeners em lugar dos
seja aplicado à outra entrada (figura 97). resistores, conforme mostra a figura 100.
oa

Entrada -
R
pia

Referência
Entrada de entrada E Z1 +
+ Saída -
(-) S 0V V

0V E +
(+) Z2
Figura 97 R
O ganho e demais características dessa
configuração assim como de outras serão Figura 100
estudados mais adiante.

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4. Rejeição em Modo Comum 5. Configurações


Também chamado de offset, conforme Conforme vimos, nas condições normais
vimos, o amplificador operacional amplifi- de operação de um amplificador operacional
ca a diferença entre as tensões aplicadas às os sinais que são aplicados nas entradas apa-
duas entradas. Assim, temos duas condições recem amplificados na saída, segundo uma
importantes a serem consideradas: curva de transferência (figura 102).

.
ai s
• Se não houver qualquer tensão nas entradas, Saída (V)
Saturação

tor
ou seja, o circuito de entrada estiver aberto,
a tensão de saída deve ser zero volt ou o va-

au
lor médio entre 0 e a tensão de alimentação, Faixa linear
para um terra virtual (figura 98).

os
Entrada
• Igualmente, se as tensões aplicadas às (V)

eit
entradas forem iguais, como a diferença

dir
entre elas é nula, a tensão de saída deve
continuar sendo zero ou metade da tensão Saturação

os
de alimentação (figura 101). Figura 102
Por esta curva observamos que o alto

os
Sem sinal V1 - ganho­ do amplificador faz com que ele sature
Saída

od
ou rapidamente, e a faixa de sinais de entrada
V1 = V2 V2 + 0V
com que ele pode trabalhar fica limitada a
Figura 101 st
valores muito baixos de tensão.
do
rva

Na prática, entretanto, isso não ocorre. Na prática podemos limitar ou contro-


Quando as tensões de entrada são iguais, o lar o ganho de um amplificador operacional
se

amplificador apresenta pequenas fugas de através de um circuito de realimentação ne-


gativa, conforme o mostrado na figura 103.
Re

seu comportamento e não consegue se manter


com a saída no ponto indicado. Em outras
a.

palavras, ele não consegue rejeitar os sinais R2


R1
ad

na condição de modo comum. +


-
Entrada
riz

Vs
Modo comum, no caso, refere-se ao sinal +
uto

-
que é aplicado ao mesmo tempo nas duas 0V
entradas, ou seja, que tem a mesma intensi-
oa

Figura 103
dade nas duas entradas e por isso deve ser
cancelado. O ganho para esta configuração será

dado por:
pia

Um parâmetro muito importante nos


G= R2
amplificadores operacionais é a sua capa- R1

cidade de rejeitar sinais em modo comum.


Em inglês esse parâmetro é dado pelas suas A impedância de entrada será R1.
iniciais CMRR ou Common Mode Rejection
Ratio, e é expresso em dB. Veja que este circuito está na configu-
ração inversora e que o sinal de saída oscila
Para um bom amplificador operacional, entre 0 V e as tensões negativa e positiva de
a rejeição em modo comum deve ser superior alimentação.
a 100 dB.
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Para uma configuração não inversora, muito baixa. Isso significa que, mesmo sem
devemos ligar o amplificador operacional termos ganho de tensão, o ganho de potência
(figura 104). é elevado (a corrente de entrada é baixa e a
corrente de saída alta).
+
+
Entrada Vs
-
O resultado é que nesta configuração, além
- R1 de termos um bom ganho de potência, levamos

.
ai s
o amplificador à sua capacidade máxima de
operação em termos de faixa passante.

tor
R2

O seguidor de tensão é muito usado para

au
Figura 104 fazer o casamento de impedâncias entre circui-

os
tos, possibilitando que um transdutor de alta
O ganho nesta configuração será dado impedância não seja “carregado” pelo circuito

eit
por: amplificador, afetando sua linearidade.

dir
G = (R1 + R2)
R2 6. Aplicações Práticas

os
A impedância de entrada, neste caso Na prática, os amplificadores operacio-

os
será a impedância do dispositivo sem rea- nais podem contar com diversos recursos

od
limentação multiplicada pela relação entre adicionais além dos simples terminais de
o ganho sem realimentação e o ganho nesta

st
entrada, saída e alimentação. Um destes
configuração: recursos é a compensação de offset (figura
do
Zin = Go . Zin0 106).
rva

G +V
-
Onde:
se

Saída
Zin: é a impedância de entrada em ohms; +
Re

G: é o ganho com realimentação;


Go: é o ganho sem realimentação; 10 kΩ
a.

Ajuste de offset
Zin0: é a impedância de entrada do -V
ad

dispositivo sem realimentação em ohms. Figura 106


riz

Uma configuração de extrema utilidade


uto

O que ocorre é que os amplificadores


que emprega os amplificadores operacionais
operacionais não são perfeitos e pequenas
oa

é a do “seguidor de tensão”. A figura 105


fugas internas podem afetar a saída de tal
mostra que, no seguidor de tensão, ligamos
forma que, na ausência de sinais de entrada

a saída à entrada inversora, de modo a ob-


ou em operação em modo comum, a saída não
termos um ganho unitário.
pia

vá a zero ou ao ponto médio da alimentação


como se espera.

-
Saída Para ajustar a saída do amplificador na
Entrada + ausência de sinal, temos o recurso do ajuste
Seguidor de tensão de offset ou Offset Null, normalmente feito
Figura 105 por um trimpot.
Nesta configuração a impedância de en- Para operação com corrente alternada
trada é muito alta e a impedância de saída é podemos utilizar capacitores de acoplamento
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e desacoplamento dos sinais, conforme mos- Os transistores usados vão depender da


tra a figura 107. potência que se deseja na saída.
R3
Outra aplicação prática de um amplifi-
cador operacional é mostrada na figura 109,
C1 +
R1 que mostra um amplificador logarítmico.
C2

.
Entrada Saída

ai s
R2 -

tor
10 µF
Figura 107

au
+V
-
Neste caso, mantêm-se os cálculos de Entrada 10 kΩ

os
+ Saída
ganho e impedâncias. Na prática, o que se -V

eit
deve considerar é que os valores dos capa- 4,7 kΩ
citores escolhidos devem representar uma

dir
impedância suficientemente baixa na faixa
Figura 109

os
de freqüências de operação para que não
influam no desempenho do circuito. Os diodos usados no circuito de reali-

os
mentação se comportam como resistores não

od
Os amplificadores operacionais são dispo- lineares, ou seja, resistores cuja resistência
sitivos de baixa potência em sua maioria, ainda depende da tensão que seja aplicada a eles.

st
que existam tipos que possuam internamente Isso significa que o circuito indicado passa
do
etapas de alta potência como o LM12 da Na- a ter um ganho que depende da intensidade
tional. Os amplificadores comuns não podem do sinal de entrada.
rva

fornecer ou drenar correntes que vão além


Com sinais de entrada muito fracos a
se

de algumas dezenas de miliampères.


realimentação é menor e os diodos se com-
Re

Assim, nas aplicações práticas pode ser portam como resistores de valores elevados.
necessário utilizar etapas amplificadoras de O resultado é que temos um ganho maior do
a.

modo a tanto baixar a impedância de saída amplificador.


ad

como obter-se correntes muito maiores. Na


riz

figura 108 temos um exemplo de etapa de Com sinais de entrada intensos, a tensão
de realimentação aumenta e os diodos con-
uto

saída de potência usando transistores com-


plementares. duzem mais, se comportando como resistores
oa

de menor valor. O resultado é que o ganho


+V do amplificador diminui.

NPN Em outras palavras o amplificador indi-


pia

Entrada +
Saída
cado tem ganho elevado para sinais fracos e
ganho menor para sinais intensos.

-
Seguidor de
tensão de PNP O elevado ganho dos amplificadores
potência -V operacionais permite também que eles sejam
usados como osciladores. Basta realimentar o
R sinal de forma apropriada para que o circuito
entre em oscilação (realimentação positiva).
Figura 108
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Podemos fazer esta realimentação com redes RC, duplos T,


circuitos de deslocamento de fase, etc.

Uma configuração de osciladores de uso muito comum, usando um


amplificador operacional, é o oscilador de relaxação (figura 110).
R

.
ai s
+V
-

tor
C
+
-V 100 kΩ

au
os
100 kΩ

eit
Figura 110

dir
Este circuito produz um sinal de saída aproximadamente

os
retangular com um ciclo ativo de 50% e um sinal triangular na
junção do capacitor com o resistor. A freqüência máxima que ele

os
pode gerar está determinada pelas características do amplificador

od
operacional usado.

st
Na prática, este circuito se presta à geração de sinais na faixa
das baixas freqüências até uns 100 kHz.
do
rva

7. Circuito Comparador
se

Este circuito é amplamente usado nos circuitos industriais,


para fazer a leitura de dados e posteriormente aplicar a um outro
Re

circuito. Ele serve para comparar dois sinais distinguindo o maior


a.

deles. Um dos sinais deve ser mantido constante e aplicado em


ad

uma das entradas, normalmente a inversora, onde se estabelece o


nível de referência para a comparação. O sinal a ser comparado
riz

normalmente é aplicado na entrada não inversora, como também


uto

pode ser na inversora (figura 111).


Anotações e Dicas
oa

pia

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a)
+Vcc
R1
Ve
3 7
+
Vs
- 6
Vref 2 4

.
ai s
R2 RC
-Vss

tor
au
b)

os
+Vcc

eit
R1
Vref
3 7

dir
+
Vs
- 6

os
Ve 2 4
R2

os
RC
-Vss

od
st
Figura 111 - Circuitos comparadores do
rva

Como não ocorre realimentação, o ganho ideal é infinito sen-


do, na prática, muito elevado. Assim, qualquer diferença entre os
se

sinais de entrada levará o sinal de saída à saturação seja positiva


Re

ou negativa, dependendo da diferença entre os sinais.


a.

Caso o sinal Ve aplicado na entrada não inversora (+) seja


ad

maior que o sinal de referência, teremos na saída uma saturação


positiva, igual a tensão de alimentação Vcc. Se o sinal for menor,
riz

teremos uma saturação negativa.


uto

O melhor desempenho deste circuito é conseguido com duas


oa

fontes simétricas de tensão CC.


Caso o sinal Ve seja igual a zero, na saída, teoricamente, tere-


pia

mos 0 V. Na prática isto não ocorre, pois uma mínima diferença


entre as entradas, ou as diferenças entre a tensão de compensação

de entrada ou mesmo compensação das correntes de entrada, já


são suficientes para levar o AOP à saturação. Para contornar este
inconveniente devemos fazer o ajuste de offset do AOP. Para isto,
colocamos um trimpot, de preferência multi-voltas, entre os pinos
1 e 5 do mA741 ou LM 741 (figura 112).

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+Vcc
R1 AOP
Vent 5
+ Trimpot

- -Vss
VRef 1
R2
-Vss Vs

.
ai s
RC

tor
au
os
Figura 112 - Ajuste de offset

eit
dir
O ajuste de offset pode ser feito em todos os casos vistos até
agora, seja como amplificador diferencial, comparador ou somador,

os
etc. Algumas vezes é interessante ajustar o offset para uma deter-
minada tensão de saída, diferente de 0, para deixar um transistor

os
semicondutor já polarizado. No exemplo visto na figura 112 se

od
quizéssemos deixar a tensão com 1 volt, com as entradas iguais,

st
bastaria ajustar o trimpot.
do
Os AOPs tem uma grande variedade de aplicações e apresen-
rva

tamos apenas as mais usadas em Eletrônica Industrial.


se

8. Tipos
Re

Podemos encontrar os amplificadores operacionais numa in-


a.

finidade de tipos e características.


ad
riz

Na figura 113 mostramos alguns invólucros típicos desses


componentes, que podem alojar desde um simples amplificador
uto

até quatro amplificadores independentes.


oa

pia

DIL8 Metálico
DIL14 (antigo)

Figura 113

Os amplificadores comuns podem usar transistores bipolares,


transistores de efeito de campo ou uma configuração híbrida em
que encontramos os dois tipos de componentes.

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Os amplificadores com transistores bi- No entanto, quando a tensão de alimen-


polares são mais rápidos, mas possuem uma tação é muito baixa, uma pequena diferença
impedância de entrada menor. Por outro entre a tensão máxima ou máxima excursão
lado, os amplificadores que usam transistores que o sinal de saída apresenta e a tensão de
de efeito de campo como os JFET, possuem alimentação é muito importante (figura 115).
impedâncias de entrada elevadíssimas.
∆V
3V

.
ai s
Temos ainda tipos especiais que possuem + 1,5 V
recursos para compensação de freqüência

tor
através de capacitores externos e que são Excursão
máxima
usados nos circuitos mais rápidos.

au
- 1,5 V

os
-3V
9. Rail-to-Rail

eit
Figura 115
Quando um amplificador operacional é

dir
alimentado com tensões elevadas como, por Com o passar dos anos as diversas gera-
exemplo, valores entre 12+12 V e 15+15 V, ções de amplificadores operacionais dispo-

os
a excursão da tensão de saída não é muito níveis para projeto foram melhorando essa
importante. Uma pequena diferença entre a

os
característica.
tensão de alimentação e a tensão máxima que

od
o amplificador pode alcançar na saída não Para os tradicionais 741 que surgiram em

st
influi muito no desempenho de um projeto, 1969, a diferença de uns 3 V na excursão do
conforme mostra a figura 114. sinal de saída para uma alimentação de 30
do
V, passou para valores bem menores com os
rva

+V ∆V LM324. Assim, o LM324 apresenta excursão


de 3,48 V com alimentação de 5 V.
se

(15 V) + 15 V
Re

- Uma melhoria ocorreu com o apareci-


0V
mento de amplificadores com o LM10, capaz
a.

+
- 15 V de operar com tensões de alimentação de
ad

-V apenas 1,1 V.
riz

(15 V) Saída máxima


Figura 114
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Para atender à crescente necessidade de circuitos capazes de


operar com tensões muito baixas, para equipamentos alimentados
por baterias como telefones celulares, pagers, etc., apareceu uma
nova família de amplificadores operacionais de baixa tensão.

Esse amplificadores são capazes de operar com tensões muito


baixas, entre 1,8 e 3,6 V, e com tensões de saída oscilando até 1,63

.
ai s
V com uma alimentação de apenas 1,8 V.

tor
Amplificadores cuja tensão de saída pode oscilar praticamente
entre os valores das tensões usadas na alimentação ou rail volta-

au
ges, passaram a ser denominados rail-to-rail ou, abreviadamente,

os
RR Op Amps.

eit
Os amplificadores operacionais RR não podem alimentar

dir
cargas que exigem muita corrente, ou seja, cargas de baixa im-
pedância. Assim, num projeto com um amplificador operacional

os
que deva ter a saída oscilando entre as duas linhas de alimentação
(rail-to-rail), o projetista deve estar atento para a corrente máxi-

os
ma que deve ser fornecida à carga, a qual deve ser normalmente

od
muito pequena.

st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Os amplificadores operacionais foram originalmente criados para:

au
( ) a) realizar operações lógicas em computadores digitais;
( ) b) amplificar sinais intensos de sensores industriais;

os
( ) c) realizar operações matemáticas em computadores analógicos;

eit
( ) d) gerar sinais de controle em computadores;
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.

dir
os
2 - Qual é a impedância de entrada de um amplificador operacional ideal?
( ) a) 0.

os
( ) b) 1 Mohm.
( ) c) Depende do ganho.

od
( ) d) Infinita.

st
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores. do
3 - CMMR indica qual característica de um amplificador operacional?
rva

( ) a) Seu ganho.
( ) b) Sua impedância de entrada.
se

( ) c) Sua capacidade de amplificar sinais em modo comum.


Re

( ) d) Sua capacidade de rejeitar sinais em modo comum.


( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.
a.
ad

4 - O uso de um terra virtual numa fonte de amplificador operacional com um


riz

divisor resistivo onde os resistores são iguais, fixa o ponto de repouso da


saída:
uto

( ) a) em 0 V;
oa

( ) b) na tensão de alimentação;
( ) c) em metade da tensão de alimentação;

( ) d) depende do CMRR;
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.
pia

5 - Num amplificador operacional inversor, o resistor de realimentação é de 1


Mohm e o resistor de entrada de 10 kohm. O ganho deste amplificador é:


( ) a) 10
( ) b) 100
( ) c) 1.000
( ) d) 10.000
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - Qual é o ganho de tensão de um seguidor de tensão?


( ) a) 0
( ) b) 1
( ) c) 100
( ) d) Infinito
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

.
ai s
7 - Para que um amplificador operacional funcione como oscilador precisamos

tor
de:
( ) a) uma rede de realimentação positiva;

au
( ) b) uma rede de realimentação negativa;

os
( ) c) ganho unitário na freqüência de oscilação;
( ) d) um elevado CMRR;

eit
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.

dir
8 - Um amplificador operacional cuja saída pode oscilar entre as tensões de ali-

os
mentação é denominado:
( ) a) JFET;

os
( ) b) seguidor de tensão;

od
( ) c) rail-to-rail;
( ) d) simétrico;
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.
st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

pia

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lição

.
ai s
Circuito Integrado 555

tor
Introdução 1. O Circuito Básico do 555

au
O circuito integrado 555 talvez seja o Na figura 116 temos o diagrama de blocos

os
componente mais popular de todos os tempos. equivalente ao 555, introduzido no mercado

eit
Pesquisas recentes informam que mais de um pela Signetics.

dir
bilhão de unidades deste componente já foram
+ Vcc
vendidas desde sua criação.

os
R
O enorme sucesso deste componente entre 5 (controle)

os
os projetistas tem sua razão: não existe um R 2
(disparo)

od
componente que possa ser usado numa varie-
dade tão grande de soluções práticas. Comp.

st
R 2
do
0V
O 555 pode ser encontrado em aplicações (sensor de Comp.
1
que vão desde a geração de formas de onda de nível)
rva

Flip - Flop
baixa freqüência em osciladores, instrumentos 6
se

de medida, etc., até na temporização gerando (reciclagem) 4


intervalos de tempos que vão de frações de
Re

(descarga) 7
segundos a mais de uma hora. Saída 1
a.

0V
O circuito integrado 555 é hoje fabricado
ad

0V 3 (saída)
por muitas empresas e em diversas versões
riz

Figura 116
que vão do tipo tradicional bipolar a versões
uto

de baixa tensão e baixo consumo para apli-


cações especiais. Conforme podemos ver existem dois com-
paradores internos cujas tensões de disparo
oa

No entanto, o 555 em sua estrutura básica é dependem de um divisor resistivo formado por

sempre o mesmo e o conhecimento de seu prin- três resistores de mesmo valor (R). Assim, um
cípio de funcionamento e sua utilização é algo dos disparadores funciona quando a tensão
pia

que o profissional da eletrônica precisa ter. atinge 1/3 da tensão de alimentação, enquanto
o outro comparador dispara com 2/3 da tensão

Esta lição vai justamente tratar do circuito de alimentação.


integrado 555, dando os elementos básicos
para que os profissionais da indústria saibam Na operação normal, estas tensões de refe-
como este componente é usado no seu ramo rência são usadas, no entanto, podemos modi-
de atividade. ficá-las através de componentes externos.

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Os dois comparadores controlam um Isso significa que este circuito integrado


flip-flop. Este flip-flop possui uma entrada de se presta a aplicações que envolvam tempori-
reciclagem que corresponde ao Reset. zações e freqüências não muito altas, na faixa
de fração de hertz ou intervalos de até pouco
A saída do flip-flop controla uma etapa mais de 1 hora e freqüências até 500 kHz.
de potência de saída capaz de excitar cargas
externas com boa corrente. 3. Configuração

.
ai s
Na etapa de saída encontramos ainda O circuito integrado 555 pode operar em

tor
um transistor cuja função é fazer a descarga duas configurações básicas: monoestável e
do capacitor usado na temporização externa astável. Começamos por estudar a configu-

au
quando esta função é necessária. ração monoestável.

os
Combinando as diversas entradas e 3.1 Configuração Monoestável

eit
etapas do circuito integrado 555, podemos

dir
usá-lo em duas configurações básicas que Na figura 117 mostramos como o 555 é
serão estudadas depois de analisarmos suas ligado para se obter esta configuração.

os
principais características.
+

os
8 4
2. Características R1 R 6

od
1kΩ a 7
100 kΩ t

st
O 555 pode funcionar com tensões entre C 555 3
5 V e 18 V na sua versão bipolar tradicional, do
existindo versões especiais mais modernas 2
rva

que podem operar com tensões mais baixas.


Entrada 1
se

A saída do 555 pode fornecer ou drenar Figura 117


Re

correntes de até 200 mA. No entanto, quando


se comuta uma carga de alta corrente indu-
a.

tiva é conveniente usar etapas isoladoras e Nesta configuração o pino 4 de recicla-


ad

amplificadoras (buffers) com transistores ou gem e o pino 8 são ligados à fonte de alimen-
outros componentes. tação. O pino 1 vai ao terra.
riz
uto

Quando o 555 está ativo com a saída no Os pinos 6 e 7 que correspondem ao sen-
nível alto, ele drena uma corrente de 10 mA sor de nível e descarga são interligados e co-
oa

da fonte e, quando a saída está no nível baixo nectados a uma rede de temporização RC.
(espera ou repouso), ele exige uma corrente

de 1 mA na versão bipolar.
A entrada do disparador do segundo
pia

comparador que corresponde ao pino 2 é


A versão CMOS, conhecida como 7555
mantida no nível alto através de um resistor

ou TLC555, exige uma corrente muito menor


que tem valores típicos entre 1 kΩ e 100 kΩ
nos dois estados.
tipicamente.
A freqüência máxima de operação do 555
na versão bipolar é de 500 kHz. No entanto, Quando este circuito é alimentado, a saída
existem versões que podem operar em velo- se mantém no nível baixo, ou seja, temos 0 V
cidades maiores. no pino 3.

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Se a entrada de disparo (pino 2) for leva- Exemplo de temporização: qual é o in-


da a uma tensão menor do que 1/3 da tensão tervalo de tempo de um monoestável com o
de alimentação, que corresponde à referên- 555 que usa um capacitor de 1000 µF e um
cia deste comparador, ocorre a comutação e resistor de 1 Mohm?
com isso o flip-flop interno muda de estado
levando a saída ao nível alto ou tensão de R = 106
alimentação. C = 1.000 . 10-6

.
ai s
T=?
Neste momento, o capacitor da rede RC

tor
começa a carregar até que seja atingida uma T = 1.000 . 10-6 . 106
tensão que corresponda à 2/3 da tensão de T = 1.000 segundos

au
alimentação. Nesse momento, o comparador

os
1 comuta e faz com que o flip-flop “ressete”
O pino 5 de controle pode ser usado
levando a saída novamente ao nível baixo.

eit
para desacoplar o circuito através de um
Está terminada a temporização.
capacitor tornando o circuito mais imune

dir
aos ruídos. Da mesma forma, podemos
Veja que esta temporização ocorre in-
usar este pino para programar as tensões

os
dependentemente da entrada ter voltado ao
de disparo dos comparadores de modo que
nível alto normal.
sejam diferentes de 1/3 e 2/3 da tensão de

os
alimentação.

od
A figura 118 mostra as formas de onda
deste circuito.
st
Ainda que possam ser obtidos intervalos
do
Disparo de até mais de uma hora com esta configura-
(entrada) ção, acima de algumas dezenas de minutos
rva

o circuito se torna instável, principalmente


se

2/3Vcc devido à presença de fugas no capacitor


usado.
Re

Pinos
0
6e7
a.

O valor máximo de R é normalmente


Vcc
ad

limitado a 2 MΩ e o de C a 1.000 µF.


riz

Saída
Observamos que se o capacitor usado for
uto

t
eletrolítico, deve ter uma tensão de trabalho
Figura 118 da mesma ordem que a alimentação do cir-
oa

cuito. Isso ocorre porque capacitores eletro-


O tempo em que a saída permanece no líticos operando com tensões muito abaixo
nível alto pode ser calculado facilmente em da nominal não apresentam a capacitância
pia

função dos valores do circuito RC, conforme especificada.


a seguinte fórmula:
3.2 Configuração Astável
T = 1,1 . R . C
Na figura 119 temos o circuito básico
Onde: para a configuração astável do 555.
T: é o intervalo de tempo em segundos;
R: é o valor da resistência em ohms;
C: é o valor da capacitância em farads.
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+ Vcc t1
Saída
Ra 8 4 Ra + Rb
7 Carga t2

2/3 Vcc Descarga


t1 Rb
Rb 555
1/3 Vcc
6 3
t2 0

.
2

ai s
Figura 120
C 1
Para calcular a freqüência de operação

tor
deste oscilador podemos fazer sua divisão
Figura 119

au
em dois períodos:
Conforme podemos ver, o pino que é a

os
entrada do comparador 2 é interligado ao • o período em que a saída se mantém no
pino 6 que consiste no sensor de nível ou nível alto denominado t1, e

eit
entrada do comparador 1. • o período em que a saída se mantém no

dir
nível baixo, denominado t2.
Com isso obtemos um funcionamento

os
que pode ser analisado da seguinte maneira: a) Cálculo de t1:
supomos que o flip-flop tenha acabado de ser

os
acionado e a tensão nos terminais do capaci- t1 = 0,7 (Ra + Rb) . C

od
tor seja de metade da tensão de alimentação.

st
Partindo então deste instante, o capacitor vai Onde:
ser carregado através de Ra e Rb. 0,69 ≅ 0,7
do
t1: é o tempo no nível alto em segundos;
rva

Quando a tensão no capacitor atingir 2/3 Ra e Rb: são os resistores de temporização


Vcc (tensão de alimentação), o comparador 1 em ohms;
se

comuta e com isso o flip-flop será reciclado. C: é o valor do capacitor em Farads.


Re

O transistor de descarga será polarizado de


modo a conduzir nestas condições. b) Cálculo de t2:
a.
ad

Com a condução do transistor, o capa- t2 = 0,7 . Rb . C


citor é descarregado através de Rb. Como o
riz

capacitor também está ligado à entrada de Onde:


uto

disparo, quando a tensão neste componente t2: é o tempo no nível baixo em segundos;
atingir 1/3 Vcc, o comparador 2 vai comu- Rb: é o resistor de temporização em ohms;
oa

tar. C: é a capacitância em Farads.


Com esta comutação, o flip-flop é acio- Assim, o período total de um ciclo de


pia

nado novamente desligando o transistor de operação será dado por:


descarga. Tem início então um novo ciclo de

carga do capacitor através de Ra e Rb. t = t1 + t2 = 0,7 (Ra +2Rb) . C

Esta operação se mantém indefinidamen- A freqüência será dada pelo inverso do


te e as formas de onda correspondentes são período ou:
mostradas na figura 120.

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Descarga
f= 1 = 1,44 Vcc
t [(Ra + 2 Rb).C] Ra
Carga 8 4
7
Veja que pelas características do circuito
não é possível obter um ciclo ativo menor do Diodo
Descarga
555
que 50%, ou seja, o período alto é sempre Rb

.
6

ai s
maior do que o período no nível alto. Carga
2

tor
4. Ciclo Ativo C 1

au
O ciclo ativo de um oscilador é dado pela Figura 121

os
relação que existe entre o tempo em que ele
Neste circuito, o capacitor se carrega
tem sua saída no nível alto e o tempo total

eit
a­través de Ra e descarrega através de Rb.
que dura um ciclo. Podemos expressar o va-
Desta forma, o ciclo ativo será dado pela

dir
lor em números absolutos (0 a 1) em termos
relação:
de uma porcentagem (0 a 100%).

os
Para uma porcentagem podemos usar a D = Rb

os
seguinte fórmula: Ra

od
D = th . 100 A freqüência será dada por:

st
T do f= 1,44
Onde: [(Ra + Rb) . C]
rva

D: é o ciclo ativo;
Th: é o tempo no nível alto em segundos;
se

T: é a duração do ciclo (período) em 5. Modulação


Re

segundos.
O circuito integrado 555 pode ser modu-
a.

Conforme vimos, o ciclo ativo de um 555 lado de duas formas.


ad

na configuração astável é sempre maior que


50% porque a carga do capacitor sempre No primeiro caso, ligamos o 555 como um
riz

se faz pelos resistores Ra e Rb em série e a monoestável que é excitado por um oscilador


uto

descarga por Rb. A soma (Ra + Rb) é sempre de freqüência constante (figura 122).
maior que um dos seus membros (Rb).
oa

R
Uma forma de obter ciclos ativos me- 8 4

6
nores é eliminando um dos resistores no Rx 7
processo de carga, o que se consegue com a
pia

C 3
configuração mostrada na figura 121. 555 Saída

2
Clock
5 1
Modulação

Figura 122

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Sem sinal na entrada de modulação, pino Quando aplicamos diversas tensões na


5, a largura dos pulsos produzidos pelo cir- entrada de modulação, o posicionamento
cuito com a excitação externa é constante. dos pulsos é modificado. A figura 125 mostra
as formas de onda que são geradas por este
No entanto, quando aplicamos uma circuito.
tensão de modulação no pino 5, alteramos
a largura dos pulsos gerados pelo circuito Modulação

.
ai s
sem modificar a freqüência final. As formas
de onda para este circuito são mostradas na Saída

tor
figura 123.
Figura 125

au
Clock Observe que a tensão aplicada na modu-

os
lação tem valores muito bem determinados,

eit
não podendo superar 2/3 de Vcc para que o
Modulação
circuito não sature.

dir
Saída 6. Reciclagem

os
os
Figura 123 Quando o 555, na versão monoestável,
é disparado, ele continua sua temporização

od
Observe que nesta configuração a freqü-
até o final. Mesmo que novos pulsos sejam

st
ência dos pulsos aplicados ao circuito deve
aplicados tentando redisparar o circuito,
ser tal que a constante de tempo RC corres- do
isso não ocorre.
ponda a um intervalo de tempo menor que
rva

o ciclo desses pulsos.


Será interessante, em certas aplicações,
ter recursos para interromper uma tempori-
se

Outra forma de utilizar o 555 como ge-


zação e recomeçá-la.
rador de sinais modulados é a mostrada na
Re

figura 124.
Isso pode ser conseguido com o circuito
a.

+ Vcc mostrado na figura 126.


ad

Ra 8 4 Vcc
riz

7
R
8 4
uto

Rb 7
6 Saída
555 Rx 6
oa

3
2 C 555 Saída
C 3

5 1 2
pia

Entrada de
modulação 1
Entrada PNP de

Figura 124 uso geral


(BC 558)
Nesta aplicação, temos um oscilador as-
simétrico no qual Ra e Rb determinam a fre- Figura 126
qüência juntamente com o capacitor. Nesta
aplicação Rb deve ser bem maior que Ra de Com o pulso de entrada aplicado neste
modo a se obter um ciclo ativo muito alto, ou circuito, o transistor satura e provoca, com
seja, pulsos negativos de curta duração. isso, a descarga do capacitor, dando início
a um novo ciclo de temporização. Veja que
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o transistor usado deve ser PNP para que a + Vcc


condução ocorra justamente quando o sinal R 8 4
vai ao nível baixo. 7
Pulso
6
ausente
As formas de onda para os sinais deste C 3
555
circuito são mostradas na figura 127.
2

.
ai s
Entrada
1 Pulso
ausente

tor
2/3 Vcc Pinos BC 558
6e7
0

au
Figura 129
Saída

os
t t 8. Aplicações Industriais

eit
O circuito integrado 555 pode ser em-
Figura 127 pregado nas duas versões indicadas numa

dir
ampla variedade de configurações com uso
7. Detector de Ausência de Pulsos industrial. Na maioria delas, etapas de po-

os
tência precisam ser excitadas para alimentar

os
Uma aplicação de grande utilidade do relés, solenóides e motores. Estas aplicações
555, principalmente quando ele é usado em exigem o uso de transistores (figura 130).

od
monitoramento de eventos em aplicações
+ 5 a 15 V

st
industriais é como detector de ausência de
pulsos.
do Carga

3 1 kΩ
rva

555 BC548
Nesta aplicação, conforme sugere a figu-
se

ra 89, o 555 dispara com a presença de cada


pulso de uma seqüência mantendo sua saída + 5 a 48 V
Re

no nível alto. Carga


a.

4,7 kΩ
Pulso ausente 3
TIP120
ad

555
riz

Entrada
+ 5 a 90 V
uto

Carga
oa

Saída 3 10 kΩ IRF XXX


555

Figura 128
pia

Figura 130

Quando um pulso da seqüência falta, o Assim, no primeiro caso temos o uso


circuito não dispara e com isso sua saída de um transistor de uso geral para excitar
vai ao nível baixo por um instante. A con- pequenos relés; no segundo caso, um Dar-
figuração para esta aplicação é mostrada lington de potência; e no terceiro caso, um
na figura 129. Power MOSFET.

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O 555 também fornece sinais compatíveis tanto com lógica


TTL como CMOS podendo excitar esses circuitos diretamente.
Para excitar circuitos TTL basta fazer sua alimentação com uma
tensão de 5 V.

Na figura 131 temos um 555 alimentando um sistema seqüen-


cial com um circuito integrado 4017.

.
ai s
+5 a 15 V
10 kΩ

tor
8 4
7 16 8

au
10 kΩ 13
6 555 4017

os
14 15
2

eit
100 µF 1 3 2 4 7 10 1 5 6 9 11
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

dir
Saídas seqüenciais

os
Figura 131

os
od
O circuito integrado 4017, e outros da mesma família como o
4020 e o 4040, podem ser usados para dividir a freqüência gerada
por um 555 astável por valores muito altos com o que é possível
st
do
obter temporizações de dias e mesmo semanas.
rva

Uma outra aplicação importante do 555 é na temporização


se

seqüencial em que diversos desses componentes são disparados


em seqüência, obtendo-se quase que uma simulação de um CLP.
Re

Como fazer isso é o que mostra a figura 132.


a.

+ + +
+ +
ad

+
R R R
8 4 8 4 8 4
riz
uto

t2
C 555 C 555 C 555
3 3
oa

2 2 3 2
1
Disparo 1

1 1
+ t1 + +
+
pia

8 4

2 3
555 t3

+
1

Figura 132

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Quais são as tensões de disparo dos dois comparadores internos do circuito

au
integrado 555?
( ) a) Vcc e 1/2 Vcc

os
( ) b) 0 V e Vcc

eit
( ) c) 1/3 Vcc e 2/3 Vcc
( ) d) Vcc e 2/3 Vcc

dir
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

os
2 - Um 555 dispara quando o pino 2 é levado a uma tensão:

os
( ) a) entre 0 V e 1/3 de Vcc;
( ) b) positiva;

od
( ) c) entre 1/3 e 2/3 de Vcc;

st
( ) d) maior que 2/3 de Vcc; do
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.
rva

3 - O que determina o valor máximo de um capacitor que pode ser usado num
temporizador (monoestável) 555?
se

( ) a) Sua tensão de trabalho.


Re

( ) b) Sua polaridade.
( ) c) Suas fugas.
a.

( ) d) Sua capacitância.
ad

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


riz

4 - Num oscilador astável, com o 555 na configuração normal, o ciclo ativo é:


uto

( ) a) sempre menor que 50%;


oa

( ) b) sempre 50%,
( ) c) sempre maior que 50%;

( ) d) pode ter qualquer valor entre 0 e 100%;


( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.
pia

5 - Qual componente devemos usar entre os pinos 6 e 7 do 555 astável para obter

um ciclo ativo menor que 50%?


( ) a) Resistor.
( ) b) Capacitor.
( ) c) Transistor.
( ) d) Diodo.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - Qual é a forma de onda obtida na saída de um 555 astável?


( ) a) Retangular.
( ) b) Senoidal.
( ) c) Triangular.
( ) d) Dente de Serra.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

.
ai s
7 - Qual é o pino do 555 que pode ser usado para modulação?
( ) a) 1

tor
( ) b) 3
( ) c) 5

au
( ) d) 7

os
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

eit
dir
os
os
od
st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

pia

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lição

Controle Lógico
7

.
ai s
Programável (CLP)

tor
Introdução 1. Histórico

au
O compromisso de se obter o melhor O CLP (Controle Lógico Programável) ou

os
desempenho das máquinas industriais com PLC (Programmable Logic Control) surgiu

eit
maior produtividade e maior grau de automa- como elemento básico no processo de automa-

dir
ção exige o emprego de tecnologias específicas. ção de máquinas utilizadas na indústria.
O uso do computador no controle de processos

os
complexos já é uma realidade, mas existem Partindo do fato de que qualquer grandeza
casos em que ele não é necessário. física pode ser controlada, temos inicialmente

os
a intervenção de um controle manual. No en-

od
Nesses casos, o que se exige é que as má- tanto, o operador não precisa estar presente
quinas sejam inteligentes, capazes de realizar para que uma variável física seja controlada.

st
determinado número de operações na manu- Assim, no início da industrialização, o que se
do
fatura de um produto, sem a necessidade de utilizava basicamente era a força da mão-de-
intervenção externa ou mesmo do controle de obra, e a produção era realizada por etapas
rva

um computador. A solução para agregar essa ou estágios nos quais as pessoas exerciam
se

“inteligência” às máquinas está nos CLPs ou sempre as mesmas funções. O mesmo ocor-
Controles Lógicos Programáveis. ria com as máquinas de produção que eram
Re

especialmente projetadas para realizar uma


Esses dispositivos são o “cérebro” das função única.
a.

máquinas, fazendo-as realizar a seqüência de


ad

operações de forma inteligente, sem a neces- Essas máquinas não poderiam ser utiliza-
riz

sidade da intervenção de um operador.Todo das em outras etapas do processo de produção.


uto

profissional da indústria moderna precisa co- Com o tempo, entretanto, e com a valorização
nhecer o princípio de funcionamento dos CLPs da mão de obra, pensou-se em aproveitar me-
oa

e, mais que isso, precisa saber como usá-los e lhor máquinas e equipamentos, que passaram
como programá-los. a fazer o trabalho mais pesado e a função do

homem se transferiu para sua supervisão. O


Nessa lição vamos justamente tratar des- controle do sistema de produção passou a ser
pia

ses dispositivos que tornam as máquinas in- mais completo com a utilização de sensores,

dustriais inteligentes e que estão presentes em que monitorando a ação das máquinas, in-
todas as indústrias e processos que necessitem dicavam as condições do processo e, a partir
de um elevado grau de automação. Capacitan- delas, era possível fazer o acionamento de
do-o a analisar as principais aplicações dos atuadores.
CLPs, conhecer seu princípio de funciona-
mento, suas funções internas e os principais Nesse ponto devemos separar o controle
tipos de CLPs disponíveis atualmente e suas em duas categorias. O controle é dito manual
tecnologias. quando temos um operador para ativar os
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atuadores. O controle é automático quando Curiosidade: os primeiros CLPs apareceram


parte das funções do operador são realizadas na General Motors em 1968. Naquela época
por equipamentos (que não precisa necessa- a GM já notava que era preciso de muito
riamente ser eletrônico). tempo para modificar as funções de uma
determinada máquina pelo processo tradi-
Um sistema simples de controle automá- cional. Foi o engenheiro Richard Morley que
tico é o que age por realimentação. Nele, os preparou então uma especificação para um

.
ai s
sensores enviam os seus sinais diretamente equipamento que foi se aperfeiçoando a cada
para os sistemas atuadores correspondentes. dia, sendo capaz de realizar funções cada vez

tor
No entanto, os sistemas mais complexos mais complexas.
funcionam por programa, onde existe um

au
conjunto de ações programadas que deter- 2. Conceito

os
minam de que modo os atuadores funcionam
em função das informações que são obtidas Partindo do fato de que uma máquina

eit
pelos sensores, para que uma determinada é composta de um determinado número de

dir
função seja cumprida. atuadores que devem ser acionados a partir
Os primeiros sistemas de automação que das informações enviadas por um conjunto

os
de sensores, o CLP é justamente o elemento
(CPU) intermediário que faz isso, conforme mostra

os
Sensores Atuadores
Programa a figura 134.

od
Figura 133
st
do
existiram funcionavam com sistemas eletro-
rva

mecânicos baseados principalmente em relês


se

e contadores. As máquinas de tear podem


ser citadas com exemplos de automação em
Re

que era possível modificar sua função por


programação. Figura 134
a.
ad

O passo seguinte na automação por


riz

programa aconteceu com o aparecimento do Assim, os CLPs recebem os sinais digi-


tais ou analógicos de sensores, os quais são
uto

CLP. Os circuitos lógicos se desenvolveram


o suficiente para se tornarem capazes de enviados a uma unidade central de proces-
samento ou UCP (CPU se adotarmos o termo
oa

cumprir as funções de automação de forma


extremamente eficiente. em inglês).

Com o aparecimento dos microproces- O processamento é feito segundo um


pia

sadores e microcontroladores, tornou-se programa armazenado numa memória que


possível a elaboração de sistemas capazes determina exatamente o que a máquina


de controlar atuadores a partir de sinais de deve fazer. Em função dos sinais e do pro-
sensores, contendo programas relativamen- grama, a CPU fornece sinais de saída para
te complexos. A partir de então e até agora os atuadores. Na figura 135 temos o ciclo de
os CLPs passaram a equipar a maioria das processamento de um CLP.
máquinas industriais.

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.
ai s
tor
au
Figura 136

os
Observe que todos esses dispositivos

eit
Figura 135 são montados em caixas padronizadas de

dir
Os sinais dos sensores são aplicados fácil manuseio e instalação, como mostra
à entrada do controlador. A cada ciclo de a figura 137.

os
varredura, os sinais são lidos e transferidos

os
para uma unidade de memória interna deno-
minada memória imagem de entrada. Esses

od
sinais são combinados e, eventualmente,

st
combinados a sinais gerados internamente
pela própria CPU a partir do programa.
do
rva

No final de cada ciclo de varredura os


sinais são processados e depois transferidos
se

para a memória imagem de saída. Feito isso,


Re

esses sinais são levados aos atuadores que


devem controlar.
a.
ad

Figura 137 - Exemplo de PLC da Siemens


Veja então que um CLP é formado por
duas partes importantes:
riz
uto

• Hardware que é a parte física do disposi- Nessa estrutura devemos destacar os


tivo formada pelos seus circuitos eletrô- seguintes blocos:
oa

nicos, interfaces, fonte de alimentação e


a caixa onde ele é montado. 3.1 Fonte de Alimentação

• Software que é o programa de controle que


Da mesma forma que as famílias lógicas
pia

deve ser gravado em sua memória.


possuem tensões padronizadas e tipos de si-

3. Hardware nais que permitem sua interligação, o mesmo


ocorre com os CLPs. A maioria dos CLPs
Como todo dispositivo eletrônico, os funciona com uma tensão de 24 V contínuos
CLPs são formados por componentes inter- obtido de uma fonte chaveada.
ligados de forma lógica segundo a estrutura
mostrada na figura 136. Para alimentar as CPUs, que em mui-
tos casos operam com tensões mais baixas,

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existem reguladores secundários internos. As memórias podem ser do tipo RAM ou


Esses reguladores baixam os 24 V da ali- ROM e a comunicação tanto pode ser para-
mentação do CLP para as tensões que os lela como serial.
cernes das CPUs exigem, normalmente na
faixa de 2,7 a 5 V. Os CLPs com microprocessadores são
empregados nas aplicações mais complexas.
O valor de 24 V, diferentemente das ten- A maioria dos CLPs atuais trabalha com

.
ai s
sões mais baixas usadas em lógica TTL, por microprocessadores da série IBM-PC.
exemplo, tem uma explicação. Operando com

tor
tensões mais elevadas temos uma imunidade Podemos dizer que um CLP tem a mesma
maior a problemas de ruído e interferências CPU de um computador, com a diferença de

au
que tendem a ser muito mais intensos num que o microprocessador é montado de forma

os
ambiente de fábrica. a atender a uma nova função. Assim, não
temos entradas nem saída para teclados ou

eit
Outro motivo para se adotar essa tensão monitores e em seu lugar apenas as entradas

dir
é a sua compatibilidade com os padrões de e saídas dos sensores e programação. Por
interfaceamento mais comuns como, por outro lado sua montagem também deve ser

os
exemplo, o RS-232. feita de forma mais robusta, dado o ambiente
mais agressivo em que ele deve trabalhar.

os
3.2 CPU

od
3.3 Interfaces de Entrada e Saída (I/O)
A CPU de um CLP tanto pode ser um
microcontrolador quanto um microprocessa-
st
Os CLPs podem trabalhar com sinais
do
dor. A diferença entre os dois tipos de com- analógicos ou digitais. Por esse motivo, a co-
ponentes utilizados num controlador está municação de um CLP com o mundo exterior
rva

no modo como os sinais são processados.Os deve ser feita prevendo-se a possibilidade
se

microcontroladores já possuem uma região dele trabalhar com os dois tipos de sinais.
de memória interna com uma interface de
Re

comunicação. Assim, no caso dos sinais analógicos o


CLP pode precisar comandar uma máqui-
a.

A principal vantagem em já ter esse re- na a partir de sensores de temperatura,


ad

curso está na versatilidade que esse tipo de pressão, umidade, posição. Essas entradas
riz

componente apresenta. No entanto, a pre- são ligadas a um conversor analógico para


uto

sença de mais elementos num mesmo chip digital (ADC) existente no interior do CLP
limita sua capacidade de processamento. (figura 138).
oa

Dessa forma, os microcontroladores são mais


indicados para as aplicações mais simples.

O microprocessador, no entanto, não


pia

possui esse recurso e por isso precisa de


elementos ou circuitos de apoio externos


para poder funcionar. Assim, um CLP que
utilize um microprocessador vai precisar de
componentes externos como, por exemplo, as
memórias e os circuitos de comunicação.
Figura 138

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Observe que depois de um diodo zener curso e pressostatos. Esses sensores podem
de proteção de entrada, um amplificador ser ligados nas entradas digitais dos CLPs.
operacional atua como buffer de modo a
isolar o sensor das entradas do conversor, A diferença entre as entradas digitais
proporcionando maior precisão de funcio- dos circuitos lógicos comuns e dos CLPs está
namento. Esse amplificador também tem nos níveis de tensão. Conforme explicamos,
por finalidade adequar a faixa de sinais os níveis altos dos CLPs correspondem a

.
ai s
fornecida pelo sensor à faixa de sinais com tensões de 24 V em lugar dos 5 V TTL ou
que opera o conversor A/D interno. níveis na faixa de 5 a 15 V para os circuitos

tor
CMOS.
Um CLP comum, muito usado em máqui-

au
nas industriais de nosso país, tem 8 entradas Existem dois tipos de lógica utilizadas

os
analógicas para sensores. Ao se trabalhar nos CLPs:
com um CLP que tenha entradas analógicas,

eit
o profissional deve estar atento às suas carac- • Nos CLPs tipo P (positivo), o nível 1 ou

dir
terísticas, principalmente sua resolução. alto corresponde a uma tensão de 24 V,
e o nível 0 ou baixo, corresponde a uma

os
Para as aplicações críticas, quando se tensão de 0 V.
exige uma precisão grande de controle de

os
um processo a partir dos sensores ligados a • Nos CLPs tipo N (negativo), o nível 1 ou
alto corresponde a uma tensão de 0 V, e o

od
essas entradas, a resolução deve ser de pelo
menos 12 bits. No entanto, para as aplicações nível 0 ou baixo, a uma tensão de 24 V.
mais simples, em que se exige uma resolução
st
do
menor, ela pode ser de 8 bits. As entradas dos CLPs são isoladas nor-
malmente por um acoplador óptico numa
rva

As faixas de tensões de entrada para os configuração conforme mostra a figura 139.


se

conversores dos CLPs também são padroni-


zadas, o que facilita a escolha e desenvol-
Re

vimento dos circuitos de interfaceamento


com os sensores. As principais faixas que
a.

encontramos nos CLPs comerciais são: 0 a


ad

10 V; - 5 a 15 V e - 10 a 10 V.
riz
uto

Também podemos fazer com que essas


entradas operem no modo “corrente” com
oa

as seguintes faixas padronizadas: 0 a 20 mA


e 4 a 20 mA. Figura 139

3.4 Entradas Digitais Essa configuração permite obter isola-


pia

mento de milhares de volts entre o circuito


do sensor e o CLP, o que garante sua inte-

Determinados tipos de sensores já pos-


suem saídas para sinais digitais, como por gridade em caso de problemas no circuito de
exemplo: Encoders, enquanto outros, mesmo interfaceamento.
sendo analógicos, possuem integrados os
conversores para os sinais na forma digital. 3.5 Saídas Analógicas
Dentre os sensores utilizados com as en-
tradas digitais, destacamos os Encoders, os Da mesma forma que nas entradas, tam-
sensores de proximidades, chaves de fim de bém temos dois tipos de saídas para os CLPs:
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analógicas e digitais. A figura 140 apresenta que deve monitorar o funcionamento de uma
um circuito típico de uma saída analógica máquina (figura 141).
de um CLP.

.
ai s
tor
Figura 141

au
3.6 Saídas Digitais

os
eit
Figura 140 As saídas digitais dos CLPs trabalham

dir
com os mesmos níveis de sinais das entradas
Conforme podemos ver, o valor digital digitais, ou seja, 0 e 24 V. Os sinais obtidos

os
da grandeza que deve ser aplicada a um nessas saídas podem ser usados para acionar
atuador é aplicado a um DAC (Conversor diversos tipos de dispositivos de dois estados.

os
Digital-Para-Analógico). A tensão analógica Assim, como mostra a figura 142, um desses

od
correspondente ao valor de saída é levada dispositivos é o relé que pode ser empregado
a um amplificador operacional cujo ganho para ativar atuadores de alta potência como,
determina a faixa de valores dessa tensão
st
por exemplo, solenóides, motores, etc.
do
de saída.
rva

Esse ganho, conforme sabemos, depende


se

do resistor de realimentação do circuito do


amplificador operacional e pode ser variado.
Re

O sinal analógico obtido na saída do conver-


sor é aplicado ao dispositivo que se deseja
a.

controlar.
ad
riz

Diversos dispositivos atuadores de uma


uto

máquina podem ser controlados por esta


Figura 142
saída como, por exemplo, a velocidade de
oa

um motor, um inversor de freqüência, ser-


vomotores, etc. Além dos relés, que são dispositivos ele-

tromecânicos, o interfaceamento entre uma


Outro tipo de dispositivo que pode ser saída digital de um CLP e um sistema de
pia

comandado pelas saídas analógicas é a atuadores pode ser feito por outros tipos de

interface homem-máquina ou IHM. Essas circuitos. Um deles é o mostrado na figura


interfaces fornecem informações através de 143, que permite um isolamento total entre
diversos tipos de indicadores a um operador o CLP e o atuador.

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de modo que ele funcione apropriadamente


a partir dos níveis de 24 V do CLP.

3.7 Calculando a Resolução


de Conversor A/D de um CLP

Uma tarefa importante do profissional

.
ai s
de CLPs é determinar a resolução de um
conversor A/D ou ADC em uma aplicação.

tor
Figura 143 Vamos supor que na entrada analógica

au
de um CLP seja aplicado um sinal de –10 a

os
Nesse circuito temos o uso de um aco- +10 V e o conversor utilizado seja de 8 bits.
plador óptico que fornece uma saída para Nesse caso, os 8 bits significam: 28 = 256

eit
um transistor. Esse transistor pode excitar níveis de saída ou valores digitais. Assim, a

dir
a lógica de tensões diferentes daquela usada “escada” de conversão desse CLP terá 256
nos CLPs (24 V) ou circuitos de potência para degraus, conforme mostra a figura 145.

os
acionamento direto de atuadores através de
MOSFETs de potência, IGBTs e outros dis-

os
positivos de estado sólido.

od
st
Outro circuito é apresentado na figura
144 utilizando um Opto-Diac para aciona- do
mento direto de um Triac.
rva
se
Re
a.
ad
riz

Figura 145
uto

Figura 144
Isso significa que os valores que estejam
oa

dentro da altura de um mesmo degrau forne-


Nessa configuração o Triac pode contro- cem uma saída única. Essa faixa de valores

lar diretamente uma carga ligada à rede de dá a resolução do dispositivo podendo ser
energia de corrente alternada como motores,
pia

calculada dividindo-se a faixa de tensões de


elementos resistivos de aquecimento, etc. entrada pelo número de degraus da escada

Observe que em todos os circuitos, o resistor de conversão, que é 2 elevado ao número de


R deve ser calculado para fornecer a corrente bits do conversor.
de acionamento do LED do acoplador usado,

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Exemplo: 4.4 Bloco de Dados

R = (10 – (-10)) Nesses blocos ficam informações adicio-


256 nais que devem ser utilizadas pelo programa
R = 20 durante sua execução. Por exemplo, valores
256 de tempos para sincronizar o processo, co-
mentários sobre o programa, informações

.
R = 0,078 V

ai s
que devem ser emitidas (apresentadas num
R = 78 mV display) sob determinadas condições, ficam

tor
armazenadas nesse tipo de bloco.

au
Em outras palavras, a variação mínima
da tensão de entrada que o conversor pode 4.5 Bloco de Passos

os
detectar na faixa de –10 a +10 V é de 78 mV.
Se precisarmos de uma resolução maior será Nesse bloco são colocados os sinais grá-

eit
necessário empregar um CLP que tenha um ficos. Nele ficam as formas de sinalização

dir
conversor A/D com maior número de bits. externa do processo que está sendo contro-
lado.

os
4. Software
Os CLPs utilizam linguagens de progra-

os
Os programas utilizados nos CLPs têm mação estabelecidas pela norma IEC 1131.

od
uma estrutura de blocos funcionais básicos, Existem basicamente três tipos de lingua-
que passamos a estudar: gens de programação para os CLPs.
st
do
4.1 Bloco da Organização • Linguagem de contactos ou LADDER
rva

• Linguagem de blocos lógicos ou DIL


A finalidade desse tipo de bloco é organi-
zar a seqüência de operações que devem ser • Linguagem de blocos lógicos ou LIS
se

realizadas no processo de automação. Todos


Re

os blocos funcionais do programa estão con- 5. Operação do CLP


tidos nele. Pode-se dizer que esse bloco é do
a.

tipo executável, ou seja, .EXE. Na operação o CLP possui dois status:


ad

RUN e STOP.
riz

4.2 Bloco do Programa


Na condição RUN (rodando), o programa
uto

O programa que vai ser instalado na está sendo executado e o equipamento con-
memória do CLP fica nesse bloco.
oa

trolado está em funcionamento. Na condição


A memória do CLP pode ser RAM com STOP o CLP está fora de funcionamento.

uma bateria interna que a mantém ativada


ou ainda pode ser do tipo Flash. Essa condição pode ser devida a uma
pia

parada momentânea (espera ou stand-by), a


4.3 Bloco de Funções uma falha de funcionamento da máquina ou

ainda para que seja feita uma manutenção.


Nesse tipo de bloco ficam os valores das Alguns CLPs possuem uma chave no painel
variáveis externas que devem ser utilizadas frontal para a comutação das condições de
pelo programa. Por exemplo, o valor de uma funcionamento. Em outros, a mudança de
temperatura que deve ser usado numa com- estado é feita através do próprio programa,
paração para acionar algum tipo de atuador atuando-se dessa forma sobre algum dispo-
fica armazenado num bloco desse tipo. sitivo externo.

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A própria simbologia utilizada no desenvolvimento de uma


aplicação com CLP é diferente da utilizada em eletrônica tradi­
cional. Na figura 146 damos um exemplo comparativo.

.
ai s
tor
au
os
eit
Figura 146

dir
Observe que a lógica é a mesma utilizada nas aplicações di-
gitais, mas a forma como é feita a representação e a seqüência de

os
indicações é diferente.

os
A figura 147 apresenta uma relação das funções lógicas utili-

od
zadas nos CLPs e a sua representação LIS e DIC.

st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz

LIS (Lista de instruções)


uto

DIC (Linguagem de contatos)


oa

pia

NA/NF - Série Figura 147


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Além desses blocos básicos existem ou-


tros que são importantes na elaboração de
um programa para um CLP. Esses blocos
formam o set de instruções do CLP. Anali-
semos alguns desses blocos:

• Reset (RST) - Com a instrução RST (reset)

.
ai s
uma saída é desativada independente- Figura 150
mente do estado de sua entrada. Na figura
• Contador (C) - O contador ou Counter, se

tor
148 temos a representação desse bloco na
adotarmos a nomenclatura inglesa, tem
simbologia DIC e LIS, além da expressão

au
como função ativar uma saída depois
lógica.
de um número de eventos previamente

os
programados. A figura 151 mostra a sua

eit
representação.

dir
os
os
od
Figura 148
Figura 151
• Set (SET) - Esse bloco leva uma saída ao
st
do
nível 1 ou ativa sua saída, independente-
• Comparador (CMP) - Este bloco tem a
mente do estado da entrada. Na figura 149
rva

função de comparar os valores de dois


temos a sua representação.
registros ou temporizadores fornecendo
se

um resultado que pode ser utilizado como


Re

variável para outras etapas do processo. Por


exemplo, se duas entradas tiverem o mesmo
a.

valor, ativar um determinado dispositivo.


ad

• Mover (MOV) - Conforme o nome sugere,


riz

com essa instrução podemos movimentar


uto

dados entre diversos outros blocos. Por


Figura 149 exemplo, podemos mover dados para
oa

contadores ou temporizadores onde eles


• Timer (T) - Esse é um bloco muito impor- possam ser usados.

tante para a programação dos CLPs pois • Filtro (REFF) - Usamos essa instrução
todos os processos envolvem o manuseio de
pia

para eliminar ruídos digitais. Por exem-


tempos. Sua finalidade é ativar uma saída plo, através dela evitamos que ruídos

depois de um tempo por um intervalo de provoquem a ativação inadequada de uma


tempo determinado. A representação desse saída. As constantes de tempo de atuação
bloco é mostrada na figura 150. dessa instrução podem variar entre 1 e 60
milisegundos tipicamente.

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• Alternar (ALT) - Podemos comparar essa número (figura 153). Na figura temos uma
função a um flip-flop tipo JK disparado lâmpada ligada à saída Q 0.0 ou S180. A
pelo flanco de subida de um sinal de en- numeração depende do fabricante do PLC,
trada, conforme mostra a figura 185. Se como no exemplo que tomamos um PLC
aplicarmos um sinal retangular de entra- Siemens S7200.
da, obtido de outra função de um CLP, ele
vai dividir sua freqüência por 2, ou seja,

.
ai s
fornecer um pulso de saída a cada dois
pulsos de entrada.

tor
• Refresco (REF) - O refresh ou refresco tem

au
a função de restabelecer o estado das en-
tradas e saídas no bloco de memória antes

os
do programa terminar.

eit
• Fim (END) - A finalidade dessa instrução é
sinalizar o término da execução do progra-

dir
Figura 153
ma. Sem ela, o programa continuará varren-

os
do a memória em busca de novas instruções, Evidentemente, para cada modelo de
o que tornará o processamento lento. PLC o fabricante fornece os recursos para

os
a programação e as informações sobre as
5.1 Entradas e Saídas

od
funções de cada um de seus pinos.

st
A figura 152 apresenta a aparência típica 6. Exemplo de Aplicação
do
de um PLC observando-se a existência de
terminais de entrada e saída.
rva

Na figura 154 temos um circuito simples,


em que ligamos sensores de contacto a um
se

PLC para controlar a bomba que enche um


Re

reservatório.
a.
ad
riz
uto
oa

Reservatório

Figura 152
pia

Figura 154
A numeração dos terminais pode ser
feita de diversas formas: para as entradas, Quando o nível do reservatório cai a ponto

por exemplo, podemos usar as letras I ou E. de acionar o sensor de nível baixo, a bomba
Assim, na figura 153 temos chaves ligadas é acionada. Um sensor de nível alto desliga a
aos terminais I 0.0 ou I 0.1, que também pode bomba quando o reservatório está cheio.
ser representado como S100 ou S101.
A estrutura de outros sistemas que em-
As saídas podem ser representadas pe- pregam CLPs é semelhante a essa, com a
las letras S ou Q, também seguidas de um diferença de que dezenas de sensores e co-
mandos podem ser implementados.
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7. Norma IEC 61131-3 Parte 5 - Especificações da estrutura de


mensagens, tratando da comunica-
Uma nova forma de se programar CLPs tem ção com os diversos dispositivos.
sido adotada, visando agregar maior quantida- Parte 6 - Reservado.
de de recursos já que os circuitos de processa-
mento se tornam mais complexos e capazes de Parte 7 - Programação em lógica fuzzy (ne-
realizar maior quantidade de funções. bulosa).

.
ai s
Parte 8 - Guia de implementação de lingua-
A norma IEC-61131 foi criada justamente gens para CLPs.

tor
com a finalidade de padronizar as linguagens
existentes, os sets de instruções além dos con-

au
Um aspecto importante dessa norma é
ceitos aplicados na automação industrial. que ela permite a decomposição do software

os
em partes menores que podem ser gerencia-
Essa norma é estruturada em camadas ou

eit
das de forma independente.
partes como a maioria dos softwares atual-

dir
mente em uso como, por exemplo, os proto-
Outra diferença a ser observada nesta
colos usados em sistemas de comunicações.
norma é o conceito multitarefas que, em

os
Temos então as seguintes partes:
lugar de termos uma operação linear (Von

os
Parte 1 - Contém informações gerais como Neuman), como nos CLPs comuns em que se
as definições, conceitos e termino- lê a entrada, excuta instruções e utiliza saí-

od
logia usada. das, temos a possibilidade do processamento

st
paralelo, em que tarefas diversas podem ser
Parte 2 - Especificações dos equipamentos do
processadas ao mesmo tempo.
tratando dos requisitos desses
rva

equipamentos e os testes de verifi-


cação. Os CLPs que aceitam essa norma de pro-
se

gramação precisam ter um hardware mais po-


Parte 3 - Linguagem de programação abor- deroso, com maior capacidade de memória com
Re

dando a estrutura do software um gerenciamento dinâmico mais eficiente.


dos CLPs e suas linguagens de
a.

programação.
ad

Muitas empresas já utilizam sistemas


Parte 4 - Manual do usuário com orientações distribuídos em Ladder SFC que seguem os
riz

para instalação e manutenção. conceitos da norma IEC 61131.


uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Os CLPs têm por finalidade:

au
( ) a) acelerar o funcionamento de uma máquina;
( ) b) monitorar o funcionamento de uma máquina;

os
( ) c) controlar o funcionamento de uma máquina;

eit
( ) d) fazer o interfaceamento de uma máquina com um operador (IHM);
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.

dir
os
2 - Que tipos de componentes podem ser encontrados na CPU de um PLC?
( ) a) Somente microprocessadores.

os
( ) b) Somente microcontroladores.
( ) c) Microprocessadores ou Microcontroladores.

od
( ) d) Memórias RAM ou ROM.

st
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores. do
3 - Qual é a vantagem que o uso de um microprocessador apresenta em relação
rva

ao microcontrolador, quando usado na CPU de um PLC?


( ) a) É mais rápido.
se

( ) b) É mais poderoso.
Re

( ) c) Tem maior capacidade de memória.


( ) d) Pode controlar maior quantidade de dispositivos externos.
a.

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


ad
riz

4 - Sensores que fornecem uma saída de tensão entre 0 e 10 V são ligados em que
entradas de um CLP?
uto

( ) a) Na entrada analógica.
oa

( ) b) Na entrada digital.
( ) c) Em qualquer entrada.

( ) d) Na fonte de alimentação.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.
pia

5 - Qual é a finalidade do Bloco Contador?


( ) a) Contar o número de entradas controladas.


( ) b) Estabelecer intervalos de tempo para acionamento dos atuadores.
( ) c) Determinar o instante em que o programa termina.
( ) d) Contar eventos que ocorram em determinadas entradas ou fases de exe-
cução do programa.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - Quantos degraus de resolução tem um Conversor A/D de 8 bits de um PLC?


( ) a) 8
( ) b) 32
( ) c) 128
( ) d) 256
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

.
ai s
7 - Na “linguagem” dos CLPs o que significa LADDER?
( ) a) Escada de conversão do ADC.

tor
( ) b) Método de ajuste.
( ) c) Linguagem de programação.

au
( ) d) Número de entradas.

os
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

eit
dir
os
os
od
st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

pia

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lição

.
ai s
Inversores de Freqüência

tor
Introdução ticas. Nesta lição damos as bases teóricas que

au
reúnem os conceitos que todos os inversores
A maior parte dos motores usados nas indús- empregam. As configurações específicas podem

os
trias utiliza alimentação trifásica. Com a evolu- variar um pouco conforme a procedência, a

eit
ção dos recursos eletrônicos, a possibilidade de marca e o tipo de inversor considerado.

dir
se gerar tensões e freqüências controladas para
esses motores se mostrou muito importante. 1. Conceito de Inversor de

os
Freqüência
De fato, além de se conseguir um controle

os
preciso de velocidade e potência, obteve-se Uma das necessidades para o controle

od
um aproveitamento melhor da energia, o que de dispositivos, como motores, que possuam
é muito importante em nossos dias.

st
alimentação trifásica é poder controlar sua
velocidade através da tensão e freqüência da
do
Assim, a tecnologia dos inversores de alimentação. Para esta finalidade são usados
freqüência é encontrada na maioria das apli-
rva

dispositivos eletrônicos denominados “inver-


cações que envolvam motores trifásicos ou sores de freqüência”.
se

equipamentos em geral que sejam alimentados


por energia trifásica.
Re

Os inversores de freqüência possuem uma


Os inversores são dispositivos sofisticados entrada trifásica ligada à rede trifásica comum
a.

que empregam controles eletrônicos, disposi- de alimentação e uma saída que é aplicada ao
ad

tivos de potência tais como transistores, SCRs, dispositivo que deve ser alimentado, por exem-
plo, um motor, conforme mostra a figura 155.
riz

tiristores, além de microcontroladores que


permitem controlar de forma precisa seu fun- A
uto

Inversor
cionamento. Entrada
B de
trifásica
oa

freqüência
Nesta lição o aluno vai se familiarizar C
Motor
com esta importante categoria de dispositivo

Figura 155
eletrônico encontrado nas aplicações indus-
pia

triais. Para se conseguir isso, precisamos de um


Veremos como funcionam os inversores de circuito complexo formado por dispositivos

freqüência, como fazer sua instalação e como semicondutores de potência, dispositivos ló-
fazer sua parametrização. gicos de controle, sistemas de proteção e de
monitoramento do funcionamento. No item
Existem muitas tecnologias empregadas seguinte vamos analisar o seu princípio de
nos inversores encontrados nas aplicações prá- funcionamento.

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2. Funcionamento Dependendo do tipo de carga acionada,


pode ser necessário ter uma partida com a
Para entender como funciona um inver- eliminação do resistor R do circuito. Isso é
sor de freqüência será interessante partir de conseguido apertando-se o interruptor de
sua configuração básica, dada pelo diagrama pressão S1.
de blocos da figura 156.
A tensão retificada obtida neste bloco é

.
ai s
DC Inversor filtrada por um capacitor e usada para ali-
Retificador Saída mentar os circuitos seguintes, com destaque
Entrada

tor
ao
trifásica para a seção inversora que é a que exige
motor
maior potência. Na literatura inglesa este

au
IGBT
bloco é denominado Converter Section.

os
Proteção con- Proteção do Auto - 2.2 Seção Inversora ou Inversor

eit
tra surtos inversor boost

dir
Este bloco tem como finalidade converter
Driver a tensão DC obtida do bloco anterior numa

os
tensão trifásica através do chaveamento dos
Painel de transistores usados.

os
Controle
controle

od
Conforme mostra o circuito simplificado
da figura 158, os transistores chaveiam a
st
I/O partir de um sistema PWM (Modulação por
do
Largura de Pulso) de modo a gerar tensões
Figura 156
senoidais de saída defasadas, exatamente
rva

Cada um dos blocos básicos tem uma como se exige para uma saída trifásica.
se

função específica e pode ter uma configura- Entrada


ção levemente diferente conforme as caracte-
Re

rísticas elétricas desejadas. Assim, partindo T1 T2 T3


a.

do diagrama indicado podemos estudar as


ad

funções dos diversos blocos. Saída


trifásica
riz

2.1 Seção Retificadora T4 T5 T6


uto

Entrada
Esta seção tem a finalidade de retificar a
oa

energia trifásica (alternada) disponível para


a alimentação do inversor. Normalmente são PWM

usados diodos retificadores que, para uma Figura 158


configuração de onda completa têm a dispo-
pia

Mesmo que a saída desta etapa seja


sição típica mostrada na figura 157. formada por trens de pulsos, ao serem apli-

cados numa carga indutiva como um motor,


o resultado é uma forma de onda aproxima-
C
U damente senoidal.
V
W S1 Saída Veja que a intensidade dos pulsos determi-
R na a potência aplicada e a freqüência determi-
na a velocidade com que o motor vai girar.
Figura 157
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A potência da carga também determina o 2.5 Proteção Interna


tipo de componente usado no chaveamento da
corrente para a carga. Podemos ter dispositivos A finalidade deste circuito é monitorar
como transistores bipolares, e nos inversores as tensões presentes no circuito entre o reti-
de maior potência encontramos IGBTs. ficador e o inversor. Se houver uma variação
que ponha em riscos os componentes desses
2.3 Bloco de Controle blocos o circuito avisa o bloco de controle

.
ai s
que atua de modo a fazer a proteção, por
Neste circuito são gerados os pulsos que exemplo, desligando a alimentação.

tor
vão controlar o chaveamento dos transistores
do bloco anterior. 2.6 Driver

au
os
As formas de onda geradas por este cir- A finalidade deste bloco é gerar os sinais
cuito determinam a velocidade e potência que excitam os transistores de potência usa-

eit
aplicada ao motor. A figura 159 apresenta dos na saída.

dir
um exemplo de formas de onda que encon-
tramos neste circuito, observando-se como, Normalmente, os transistores das etapas

os
ao serem aplicadas numa carga indutiva de saída operam com correntes muito inten-
resultam numa forma de onda aproximada- sas e por isso precisam de uma boa potência

os
mente senoidal. para ser excitados. As correntes nos blocos

od
de saída podem chegar a dezenas ou centenas
de ampères, o que significa que estes blocos
st
precisam gerar sinais que podem chegar a
do
vários ampères para fazer a excitação.
rva

Figura 159
2.7 Auto-Boost
se

2.4 Bloco de Proteção contra Surtos


A finalidade deste bloco é monitorar as
Re

A tensão fornecida pela rede de energia condições de carga do motor. Em função


a.

não é totalmente “limpa” podendo conter desta carga, este circuito determina o nível
ad

surtos e transientes. de tensão que deve ser aplicado para se gerar


o torque necessário à aplicação.
riz

Os surtos e transientes são variações de


uto

curta duração (momentânea) que podem 2.8 Painel de Programação


atingir centenas ou mesmo milhares de volts
oa

acima da tensão de entrada. Neste painel temos as informações que


correspondem à operação do motor e através

Esses surtos e transientes podem facil- dele fazemos as programações para o modo
de funcionamento desejado.
pia

mente queimar dispositivos semicondutores


sensíveis como os que fazem parte de um

inversor de freqüência. O painel de programação também sinali-


za as falhas através de códigos. As falhas que
Para a proteção desses dispositivos e do podem ocorrer são normalmente devidas à
próprio circuito são usados circuitos que sobretensão, alterações de freqüência, falhas
contém elementos como varistores e outros de componentes, motor travado, aquecimen-
componentes do mesmo tipo. to excessivo, etc.

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2.9 Controles Externos (I/O) T3


T1
T5
Este circuito permite interfacear o inver-
sor com dispositivos externos, por exemplo, M
um computador ou microprocessadores li- T2
gados a sensores. T4 T6

.
ai s
Através das informações recebidas, o
PWM
inversor pode atuar sobre o motor modifi-

tor
cando sua velocidade ou potência, conforme
Figura 160
a aplicação.

au
No circuito indicado os seis transistores
2.10 Circuito de Controle

os
funcionam como uma ponte, do mesmo tipo
que as pontes H usadas no controle DC, mas

eit
O circuito de controle centraliza todas devem ter um tipo de acionamento diferente.

dir
as decisões que o inversor deve tomar em
função da programação, de sinais externos Os seis transistores devem ser ligados

os
e de sinais internos como os de proteção. três a três, de tal forma a se obter oito combi-
Podemos descrever sua operação da seguinte nações que resultam em três formas de onda

os
maneira: quando o circuito de controle rece- senoidais defasadas de 120 graus.

od
be a indicação da velocidade e dos comandos
de operação tanto do painel como externos,
st
Veja que existem condições em que o acio-
ele determina a freqüência, a tensão de saída namento de dois transistores curto-circuita a
do
e o sentido de rotação. Este circuito gera os alimentação e que, portanto, são proibidas,
rva

comandos que vão para o bloco de driver e como no caso das pontes H.
ao mesmo tempo analisa os sinais obtidos em
se

conseqüência de operação do circuito, com- As condições de chaveamento são tais


parando-os com os da programação. Rece-
Re

que temos seis tempos em que eles são ligados


bendo algum tipo de sinal de funcionamento conforme mostra a figura 161.
a.

anormal, o circuito de controle atua sobre o


ad

circuito de proteção do inversor, cortando


a alimentação e desarmando o inversor. Ao
riz

mesmo tempo ele envia ao painel de controle


uto

uma mensagem codificada de erro. +V


oa

-V
3. Chaveamento

+V
Conforme percebemos pelo que estu-
pia

damos até agora, um inversor gera tensões


-V
alternadas de freqüência variável, o que é

bem diferente de um circuito de acionamento


+V
de corrente contínua.
-V
Tomando como base o circuito da figura
160, podemos analisar de que modo o cha- 1 2 3 4 5 6
veamento seqüencial nos permite gerar uma
Figura 161
tensão trifásica senoidal a partir de pulsos.

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A tabela correspondente é a seguinte: V(V)

500
Tempo Vrs Vst Vti
1 0 +V -V T1, T2, T3
200
2 -V +V 0 T2, T3, T4
f ( Hz )
3 -V 0 +V T3, T4, T5

.
40 100

ai s
4 0 -V +V T4, T5, T6 Figura 162

tor
5 +V -V 0 T5, T6., T1

au
6 +V 0 -V T6, T1, T2 A alteração da tensão é obtida pela mo-
dificação do tempo de condução dos transis-

os
Observe que, se o chaveamento for feito tores da etapa de potência. De quanto deve

eit
da forma indicada serão gerados sinais de- ser esta modificação, quem sabe é a unidade
de controle.

dir
fasados de 120 graus.

os
4. Variação de Freqüência A faixa de valores de tensão e freqüência
em que deve operar um motor é programada

os
Variando a freqüência de um inversor no bloco de controle. Programar um inversor

od
varia a velocidade de rotação do motor. é dito “parametrizar” o inversor.

st
A freqüência de operação de um inversor
normalmente está entre 0,5 Hz e 400 Hz, 5. Inversores Escalares e Vetoriais
do
dependendo do modelo e da marca.
rva

Nas aplicações comuns, mantendo a


No entanto, quando a velocidade de um relação V/F constante na faixa de operação,
se

motor é alterada pela variação da freqüên- podemos manter o torque constante. Os in-
versores que seguem este comportamento são
Re

cia, seu torque também é modificado, o que


nem sempre é algo permitido pela aplicação. ditos escalares.
a.

Assim, o torque precisa ser mantido mesmo


No entanto, existem algumas aplica-
ad

quando a velocidade se modifica.


ções em que precisamos de algo mais. O que
riz

O torque pode ser mantido se a relação ocorre é que em aplicações AC de freqüência


uto

tensão/freqüência ou V/F for mantida cons- muito baixa não é possível manter o torque
tante. constante, dada a própria curva de rendi-
oa

mento do motor.
V = constante

F Neste caso é preciso haver uma compen-


Por exemplo, se a tensão aplicada num sação mais complexa da relação tensão/freqü-
pia

motor for de 300 V quando a freqüência for ência, o que se consegue com um tipo diferente

100 Hz (V/F = 3), alterando a freqüência para de inversor, denominado “vetorial”.


150 Hz, a tensão aplicada deve ser 450 V.
Este tipo de inversor varia tanto a ten-
A curva da figura 162 mostra como deve são como a freqüência, mas seguindo uma
ser a curva V/F de um inversor de freqüên- curva que leva em conta o rendimento do
cia. motor, principalmente nas baixas rotações.

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Este inversor usa um tacômetro ou encoder • a ordem das ligações deve ser sempre se-
para sentir a velocidade do motor, obtendo guida. Inversões de fios podem causar a
uma informação adicional que é processada queima do inversor;
para se gerar as tensões e freqüências de
• se o inversor usar interface de comunica-
controle.
ção RS232 ou RS485, a distância entre o
inversor e o PC deve ser a menor possível.
6. Instalação de Inversores O cabo de interfaceamento deve ser o mais

.
ai s
curto possível;
Conforme explicamos no início desta

tor
lição existem muitos tipos de inversores no • o aterramento do inversor é um ponto
mercado, já que a quantidade de fabricantes importante para sua correta operação. A

au
também é grande. resistência de aterramento deve ser menor
que 5 ohms, segundo a norma IEC536;

os
Ainda que existam variações como o • deve-se cuidar para que a ventilação do

eit
modo como cada um é instalado, a configu- inversor seja adequada, afim de não so-

dir
ração geral é a mesma e é dela que vamos brecarregar os circuitos;
tratar a seguir.
• se os cabos de alimentação e interface ti-

os
verem de passar por dutos, eles devem ser
Na figura 163 temos a configuração bá-

os
separados;
sica para a instalação de um inversor.

od
Motor
• a qualidade da energia fornecida ao circui-
to deve ser observada. Não devem haver
st
Entrada
trifásica ou Inversor de
oscilações de tensão e transientes;
do
monofásica freqüência
• se dispositivos de controle como PCs, PLCs
rva

Aterramento RS 232 / 485 ou CNCs forem usados, devem ter terra


comum com o inversor de freqüência;
se

PC
• se o circuito de alimentação incluir a co-
Re

I/O CLP,CNC mutação de cargas fortemente indutivas,


etc. devem ser agregados supressores de tran-
a.

Painel de controle e programação sientes e surtos.


ad

Figura 163
riz

7. Parametrização
A entrada do inversor para pequenas
uto

potências pode ser monofásica, sendo, nos


Para operar corretamente, um inversor de
oa

tipos de maior potência, trifásica.


freqüência deve ser programado com as condi-
ções de trabalho do motor que ele aciona. A ta-

Conforme mostra a figura, o inversor é


refa de programar um inversor é denominada,
intercalado entre a rede de energia e o motor
tecnicamente, de parametrizar o inversor.
pia

que ele deve controlar. Observe que a saída


é indicada pelas letras U, V e W. Para as de-

Nessa programação entram parâmetros


mais ligações é sempre importante consultar
que determinam a operação dos inversores,
o manual do próprio fabricante.
e esses parâmetros podem chegar a mais
de 900. O número de parâmetros depende
Ao fazer a instalação é preciso que o pro-
da marca e tipo, sendo os mais comuns em
fissional tome alguns cuidados básicos:
nosso mercado os da Siemens, ABB, WEG,
Yaskawa, Allen Bradley, etc.

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Normalmente a programação consiste 7.2 Parâmetro P084


no acionamento de um certo número de
teclas numa seqüência que é determinada Permite informar ao inversor qual é a
pelo fabricante. Num inversor típico temos tensão nominal do motor.
a seguinte seqüência: primeiro passo – acio-
namos uma tecla para ativar a entrada do 7.3 Parâmetro P083
parâmetro e depois teclas de seta para loca-

.
ai s
lizar o valor do parâmetro que é mostrado no Temos aqui a determinação do valor
painel, conforme mostra a figura 164. da corrente nominal do motor. Esse valor

tor
será usado pelo sistema de proteção contra
sobrecarga.

au
Painel de programação
7.4 Parâmetro P003

os
de um inversor

eit
Este parâmetro informa ao inversor qual

dir
Figura 164 é a freqüência mínima de saída, variando
tipicamente entre 0 e 650 Hz.
Depois, quando o valor é encontrado,

os
pressionando-se a tecla de entrada o valor 7.5 Parâmetro P013

os
se fixa. Com um novo toque na tecla, habili-
ta-se a entrada de novo parâmetro. Depois

od
A freqüência máxima de saída é indica-
disso, novamente com as setas, localizamos da por este parâmetro. Pode variar entre 0
st
seu valor e o fixamos. A maior parte dos e 650 Hz.
do
inversores operam com esta modalidade de
programação. 7.6 Parâmetro P031
rva

Os principais parâmetros que encontra-


se

Neste parâmetro entra-se com a freqüên-


mos nos inversores são: cia do JOG. O JOG ou impulso é um recurso
Re

usado para fazer uma máquina funcionar


7.1 Parâmetro P009
a.

em velocidade muito baixa, para facilitar o


ad

posicionamento de peças antes de entrar em


Ajuste 0  somente os parâmetros P001 a funcionamento normal. Um exemplo disso é
riz

P009 podem ser alterados. a fixação de um rolo de fio na máquina antes


uto

Ajuste 1  os parâmetros de P001 a P009 desse fio começar a ser utilizado no proces-
podem ser alterados e os demais somente so.
oa

podem ser lidos.


7.7 Parâmetro P002

Ajuste 2  todos os parâmetros podem ser


alterados, exceto P009 que “resseta” ao ser É o parâmetro que determina a rampa de
pia

desligado. aceleração, ou seja, o tempo que o motor leva


para atingir a velocidade máxima, conforme


Ajuste 3  todos os parâmetros podem ser
mostra a figura 165. Pode variar entre 0 e
alterados.
650 segundos.

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.
ai s
tor
au
7.8 Parâmetro P003

os
eit
Neste caso temos o tempo de parada que opera segundo o
mesmo modo do tempo de partida, podendo variar entre os mes-

dir
mos limites.

os
7.9 Parâmetro P076

os
od
Temos neste caso a freqüência de chaveamento do circuito
PWM. Esta freqüência pode variar em alguns tipos de 2 em 2 kHz,

st
e a escolha deve ser a menor possível para que seja evitada EMI.
do
No entanto, o uso de freqüências muito baixas pode fazer com que
ruídos audíveis sejam produzidos no circuito.
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto

Anotações e Dicas
oa

pia

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Exercícios Propostos

.
ai s
tor
1 - Um inversor de freqüência é usado para que tipo de controle?

au
( ) a) Consumo de motores em redes monofásicas.
( ) b) Velocidade de motores em circuitos de corrente contínua.

os
( ) c) Potência de motores em redes monofásicas.

eit
( ) d) Velocidade de motores em redes trifásicas.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

dir
os
2 - O bloco de potência de um inversor normalmente usa que tipo de componente?
( ) a) Diodos e transistores.

os
( ) b) IGBTs e SCRs.
( ) c) Transistores bipolares e IGBTs.

od
( ) d) Transistores bipolares e SCRs.

st
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores. do
3 - A função do Auto-Boost de um inversor é:
rva

( ) a) proteger o circuito de potência;


( ) b) controlar a velocidade do motor;
se

( ) c) informar pelo painel as condições de erro;


Re

( ) d) monitorar a condição de carga do motor;


( ) e) nenhuma das alternativas anteriores.
a.
ad

4 - De quanto deve ser a defasagem dos sinais de saída de um inversor indepen-


riz

dentemente de sua freqüência?


( ) a) 90 graus.
uto

( ) b) 120 graus.
oa

( ) c) 180 graus.
( ) d) 270 graus.

( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.


pia

5 - A vantagem principal do uso de inversores vetoriais se revela em que condi-


ções?

( ) a) Altas potências.
( ) b) Altas velocidades.
( ) c) Baixas potências.
( ) d) Baixas velocidades.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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6 - Parametrizar um inversor significa?


( ) a) Escolher a melhor freqüência de operação.
( ) b) Aterrar o circuito para evitar EMI.
( ) c) Proteger o circuito contra surtos e transientes.
( ) d) Programar o inversor.
( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

.
ai s
tor
au
os
eit
dir
os
os
od
st
do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

pia

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Respostas dos Exercícios Propostos

.
ai s
tor
Lição 1 Lição 4 Lição 7

au
1) C 1) B 1) C

os
2) B 2) D 2) C

eit
3) C 3) B 3) B

dir
4) B 4) C 4) A

os
5) C 5) D 5) D

os
6) A 6) A 6) D

od
7) C 7) B 7) C

st
8) D
Lição 5 do Lição 8
Lição 2 1) C 1) D
rva

1) 6 mV 2) D 2) C
se

2) 5 mV 3) D 3) D
Re

3) - 4 V 4) C 4) B
a.

4) Dessa forma as portas 5) B 5) C


ad

(E) atuarão como chave


6) B 6) D
lógica.
riz

7) A
5) D
uto

8) C
oa

Lição 3
Lição 6
1) A

1) C
2) C
pia

2) A
3) B

3) C
4) B
4) C
5) B
5) D
6) D
6) A
7) D
7) C
8) B
9) B
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Bibliografia

.
ai s
tor
Power Supplies Switching Regulators Inverters & Converters

au
by Irving M. Gottlieb
Tab Books Inc.

os
eit
Circuitos e Dispositivos Eletrônicos
L.W.Turner

dir
Hemus Editora Ltda.

os
Eletrônica Industrial

os
Eng. José Luiz Antunes de Almeida
Editora Érica Ltda.

od
st
Métodos Consultoria do
rva
se
Re
a.
ad
riz
uto
oa

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