Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VOLTA REDONDA - RJ
2023
ERICK KEI IGARASHI ALVES
FÁBIO RAMOS FERNANDES
JOSÉ JOAQUIM DA PENHA JÚNIOR
MURILO VIMERCATI VALLE
VOLTA REDONDA - RJ
2023
Penha Júnior, J. J., 2006-
Electronic Leadscrew: aplicação de fuso eletrônico no pro-
cesso de automação de tornos mecânicos industriais / Erick Kei Iga-
rashi Alves, Fábio Ramos Fernandes, José Joaquim da Penha Jú-
nior, Murilo Vimercati Valle. — Volta Redonda, 2023.
139 fl. : il. color.
BANCA EXAMINADORA
(Carl Sagan)
RESUMO
The high costs involved in the automation process of industrial manufacturing proces-
ses can become a unfeasibility in modernization projects for small, medium and large
companies. The acquisition of a CNC lathe of industrial size, for example, can become
an investment between 10 and 300 thousand dollars, which makes its implementation
economically unviable in various production scenarios. Because of that, tools that allow
technological updating of manufacturing processes that have discrete investments are
possibilities that must be increasingly explored, aiming to reduce the costs of moder-
nizing industrial plants. Therefore, this project consists of implementing an electronic
system of control and operation of the spindle that drives the longitudinal slide on an
industrial mechanical lathe – this set is called Electronic Leadscrew. This allows the au-
tomation of machining materials without requiring acquisition of a CNC lathe to replace
a conventional machine, considerably reducing the costs involved in the application of
the system, allowing the creation of axes threaded and controlled advancement of cut-
ting tools automatically.
A/D Analógico/digital
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABS Acronitrila butadieno estireno
AISI Instituto Americano de Ferro e Aço
ANSI Instituto Nacional Americano de Padrões
ASME Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos
BS Padrão britânico
BSI Instituto Britânico de Padronização
CAD Desenho assistido por computador
CAE Engenharia assistida por computador
CAM Manufatura assistida por computador
CI Circuito integrado
CISC Computador de conjunto de instruções complexo
CN Comando Numérico
CNC Comando numérico computadorizado
CPU Unidade central de processamento
DNC Controle numérico direcionado
D-RAM Memória de acesso aleatório dinâmica
EEPROM Memória somente de leitura programável e eletronicamente apagável
ELS Electronic Leadscrew
EPROM Memória somente de leitura programável e apagável
HRc Dureza Rockwell
HSS Aços rápidos
I/O Entrada/saída
I2C Circuito inter-integrado
IDE Ambiente de desenvolvimento integrado
IHM Interface homem-máquina
IoT Internet das coisas
IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
ISA Sociedade Internacional de Automação
ISO Organização Internacional para Padronização
LCD Display de cristal líquido
LED Diodo emissor de luz
MCS Sistema de coordenadas da máquina
MIT Instituto de Tecnologia de Massachussetts
NBR Norma Brasileira
NR Norma Regulamentadora
PROM Memória somente de leitura programável
PWM Modulação por largura de pulso
RAM Memória de acesso aleatório
RISC Computador de conjunto de instruções reduzido
ROM Memória somente de leitura
SAE Sociedade dos Engenheiros Automotivos
SCA Sistema de coordenadas absolutas
SCL Clock serial
SDA Dados seriais
SI Sistema Internacional de Unidades
SPC Sistema de coordenadas da peça
S-RAM Memória de acesso aleatório estática
TI Tecnologia da informação
TPI Fios por polegada
ULA Unidade lógica e aritmética
UNC Rosca unificada grossa
WCS Sistema de coordenadas de trabalho
WDT Cão de guarda
LISTA DE SÍMBOLOS
A Ampere
cent Centésimo de milímetro
cm Centímetro
3
cm Centímetro cúbico
in Polegada
kB Quilobytes
kgf Quilograma-força
kN Quilonewton
kW Quilowatt
m Metro
m3 Metro cúbico
min Minuto
mm Milímetro
mm3 Milímetro cúbico
ms Milisegundo
N Newton
ppr Pulsos por revolução
pps Passos por segundo
rpm Rotações por minuto
rps Rotação por segundo
s Segundo
µm Micrometro
V Volt
rev Revolução
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 18
1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.2 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2.2 Objetivo Específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3 RELEVÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.4 DELIMITAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.5 ESTRUTURA DO PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22
2.1 TORNO MECÂNICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.1.1 Operações Fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1.2 Classificações dos Tornos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.1.3 Partes de um Torno Convencional . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.1.3.1 Cabeçote, Eixo-Árvore e Motorização . . . . . . . . . . 26
2.1.3.2 Avental, Mesa e Barramento . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.1.3.3 Fuso e Vara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.1.3.4 Caixa Norton e Recâmbio . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.1.3.5 Cabeçote Móvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.1.4 Relações de Transmissão: Velocidades e Avanços . . . . . . . . 30
2.2 PARÂMETROS DE CORTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2.1 Velocidade de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.2.1.1 Dureza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.2.1.2 Cálculo da Velocidade de Corte . . . . . . . . . . . . . 34
2.2.2 Avanço de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.2.3 Taxa de remoção de material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.2.4 Força de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.2.4.1 Força específica de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.2.5 Potências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.3 COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO . . . . . . . . . . . . . 40
2.3.1 Comparativo entre usinagem convencional e CNC . . . . . . . . 41
2.3.2 Componentes de uma máquina CNC . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.3.2.1 Guias de rolamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2.3.2.2 Fusos de esferas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.3.2.3 Servo-motores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
2.3.2.4 Sensor de posição linear . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.3.2.5 Sistema de fixação hidráulico . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.3.2.6 Torre de ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
2.3.3 Sistemas de referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
2.3.4 Princípio de funcionamento de um CNC . . . . . . . . . . . . . . 52
2.3.4.1 Transferência de dados para o CNC . . . . . . . . . . . 53
2.4 MICROCONTROLADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
2.4.1 Arquitetura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
2.4.2 Unidade de memória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
2.4.2.1 Tipos de memória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
2.4.3 Unidade de Processamento Central . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3 MATERIAIS 61
3.1 ARDUINO UNO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.2 DISPLAY DE CRISTAL LÍQUIDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.3 MOTOR DE PASSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
3.3.1 Princípio de funcionamento dos motores de passo . . . . . . . . 65
3.3.2 Tipos de motor de passo e construção . . . . . . . . . . . . . . . 66
3.3.2.1 Rotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
3.3.2.2 Estator . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.3.3 Controle dos motores de passo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
3.4 DRIVER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.5 ENCODER INCREMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
3.6 JOYSTICK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
4 METODOLOGIA 74
4.1 ELECTRONIC LEADSCREW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
4.2 IMPLEMENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
4.2.1 Sensoriamento e acionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4.2.2 Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
4.2.2.1 Controlador do motor de passo . . . . . . . . . . . . . . 88
4.2.2.2 Controlador principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
4.2.2.3 Modos de Operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
4.3 SUPERVISÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
4.4 CIRCUITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
4.5 PLANO DE MANUTENÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
REFERÊNCIAS 106
APÊNDICE A - ORÇAMENTO HAASr TL-2 111
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVO
1.3 RELEVÂNCIA
1.4 DELIMITAÇÕES
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
- Sangrar ou cortar: operação em que se corta uma peça no torno, utilizando uma
ferramenta denominada bedame;
A Figura 4 ilustra as principais operações realizadas pelo torno: (a) cilindrar; (b)
rosquear; (c) facear; (d) sangrar; (e) tornear cônico; (f) perfilar; e (g) broquear.
Avanços e Roscas do torno Nardinir 300 IV. Nela, é possível observar as letras que
representam as posições em que devem estar as alavancas e manípulos seletores de
transmissão. A Figura 12 apresenta o cabeçote desse torno, bem como suas caixa
Norton e tabela de avanços.
- Velocidade de corte;
- Avanço;
- Profundidade de corte;
2.2.1.1 Dureza
Define-se a dureza como sendo uma propriedade mecânica dos materiais que
se refere à resistência do material à deformação plástica localizada (por exemplo, um
pequeno amassado ou riscamento), segundo Callister (2018).
3
A padronização na nomenclatura dos aços AISI-SAE (Americian Iron and Steel Institute - Society of Automo-
tive Engineers, ou Instituto Americano de Ferro e Aço - Sociedade dos Engenheiros Automotivos) é dada
por “10xx”, no qual “10” simboliza aço carbono e “xx” indica o teor de carbono em centésimos de por-
centagem. Dessa forma, um aço SAE 1020, por exemplo, é um aço carbono com 0,20% de carbono.
34
Alguns problemas podem ser observados quando a máquina opera sob velo-
cidade de corte incorreta (MEDEIROS, s.d.). Quando a velocidade é maior do que a
ideal, pode ocorrer superaquecimento da ferramenta, o que acarreta em um rearranjo
molecular de seu material, ocasionando a perda de dureza e tenacidade4 em sua estru-
4
Tenacidade é uma propriedade mecânica dos materiais associada a sua capacidade em absorver
35
vf = f N (3)
a energia total (proveniente de deformações plásticas e elásticas) por unidade de volume até alcançar
a ruptura.
36
1000vc
N =f (4)
πD
Q = f v c ap (5)
mm mm
[Q] = · · mm = mm3 /min (6)
rot min
Ft2 = Fap
2
+ Ff2 (7)
Ou ainda em: »
Fc = Ft2 − Ff2 (9)
Fc = Kc A (11)
Figura 21: Força específica de corte Kc versus espessura de corte h, segundo o critério
Kienzle.
A = ap f
A = bh (12)
ap h
sen(χ) = = (13)
b f
40
2.2.5 Potências
P e = P c + Pf (16)
guração do CN. A essa máquina foi dada o nome de controle – ou comando – numérico
computadorizado (computer numerical control): CNC (Figura 24).
Figura 24: Torno CNC ROMIr CS510.
Não são todas as máquinas CNC que apresentam esses requisitos, mas grande
parte desses itens devem ser atendidos para que a máquina seja produtiva e tenha
precisão, resolução e repetibilidade. De fato, alguns itens, como, por exemplo, um
motor de alta potência, não devem ser desprezados no dimensionamento da máquina.
Devido a essas necessidades, os equipamentos CNC apresentam certas carac-
terísticas notáveis que somente a tecnologia CNC permite sua implementação. São
elas:
As máquinas CNC são equipadas com guias lineares de rolamento (Figura 30)
em seus barramentos, diferentemente das guias de deslizamento, empregadas em
equipamentos comuns.
A principal diferença entre esses dois sistemas é em relação à superfície de
contato entre o elemento guia e as sapatas, que nas guias de rolamento, possuem
46
Os acionamentos dos carros dos tornos CNC são realizados por meio de fusos
de esferas recirculantes (Figura 33), em evolução aos parafusos com rosca de perfil
trapezoidal utilizados em máquinas convencionais. Isso também contribui para a re-
dução do atrito e possibilita maiores velocidades de acionamento. Segundo Coelho,
Oliveira e Silva (2013), isso proporciona velocidades de até 80 m/min, o que eleva a
produtividade desse equipamentos a níveis altíssimos.
47
2.3.2.3 Servo-motores
Os sensores de efeito Hall (Figura 37), por sua vez, podem ser definidos como
transdutores que variam a sua tensão de saída em resposta a um campo magnético.
O funcionamento desses sensores é baseado no efeito Hall, que diz que em uma área
magnética, percorrida por uma corrente, verifica-se que a queda de tensão sobre si é
nula. Mas, ao aplicar um campo magnético a essa mesma área, surge uma pequena
tensão entre suas extremidades.
Figura 37: Diagrama explicativo do efeito Hall.
As peças em um torno CNC são fixadas através de placas com fechamento hi-
dráulico automático. Geralmente, placas de 3 castanhas hidráulicas são utilizadas, ou
mesmo pneumáticas, com operação automatizada por um comando externo à care-
nagem da máquina. Isso porporciona uma oportunidade para maior produtividade e
50
Peças que necessitam fixação mais rígida são também suportadas pelo con-
traponto, da mesma forma que em máquinas convencionais. Em CNCs, entretanto, o
avanço do contraponto é hidráulico ou pneumático, também de forma automatizada.
2.4 MICROCONTROLADORES
2.4.1 Arquitetura
de memória os flip-flops. As memórias não voláteis, por sua vez, são tais que, mesmo
desligando-se sua alimentação, não perdem as informações armazenadas. São exem-
plos de memóricas não voláteis as magnéticas e as eletrônicas ROM, PROM, EPROM,
EEPROM, entre outras.
Memórias também podem ser classificadas em escrita e leitura, quando podem
ser acessadas pela CPU tanto para leitura quanto para escrita, usadas para arma-
zenar dados que são utilizados durante a execução do programa (memórias RAM e
EEPROM); e em memórias de somente leitura, que armazenam programas que já vêm
gravados no sistema, isto é, são somente lidas pela CPU (memórias ROM, PROM).
Em relação ao armazenamento, memórias estáticas são aquelas nas quais as
informações permanecem armazenadas enquanto não houver escrita ou não faltar
energia. Já as memórias dinâmicas são caracterizadas por perderem informações
armazenadas mesmo com alimentação.
gramáveis) são semelhantes às memórias ROM, isto é, são não voláteis e apenas de
leitura, mas o usuário pode gravar dados em seus localizadores, porém a gravação é
realizada apenas uma vez.
Uma evolução das memórias PROM encontra-se nas EPROM (erasable program-
mable ROM, ou memórias somente de leitura programáveis e apagáveis), que também
são não voláteis, de somente leitura e gravadas por gravadores específicos, mas po-
dem ser apagadas por raios ultravioleta.
Já as memórias EEPROOM (electrically erasable programmable ROM, ou memórias
somente de leitura programáveis e eletricamente apagáveis) são dotadas de não vo-
latilidade, somente leitura, gravação e apagamento, como as EPROM, mas os dados
são apagados eletricamente, byte a byte, permitindo reprogramação. Por serem eletri-
camente reprogramadas, esse processo nas memórias EEPROM pode ser executado
sem um programador especial e a memória pode permanecer no dispositivo enquanto
é reprogramada.
As memórias Flash são semelhantes às EEPROM, mas nelas são apagados se-
tores da programação por vez ou a programação toda, e não byte por byte.
3 MATERIAIS
O display de cristal líquido (LCD, do inglês Liquid Crystal Display, Figura 57, faz
parte da operação da Electronic Leadscrew, onde o operador tem a informação visual das
especificações que ele utilizará do projeto, como velocidade, tamanho dos passos,
7
O pinout do Arduino Uno pode ser encontrado no Anexo B.
62
posição atual, entre outros; e consegue mudar suas especificações de acordo com o
que deseja.
Ele consiste em uma matriz de pixels que podem ser controlados individualmente
para criar caracteres. O LCD é controlado a partir de 8 pinos com funções especificas
para seu funcionamento, são esses:
• VDD (Power Supply): Este pino é usado para fornecer a tensão de alimentação
positiva para o display. Geralmente, funciona com uma tensão de +5V.
• E (Enable): O pino Enable é usado para habilitar o LCD para aceitar os dados ou
comandos presentes nos pinos de dados (DB0-DB7). Uma transição de nível
alto para baixo e depois de volta a alto no pino E instrui o LCD a ler os dados
presentes nos pinos de dados.
63
• DB0-DB7 (Data Bus): Esses são os pinos onde os dados ou comandos são envi-
ados para o LCD. Eles formam um barramento de 8 bits pelo qual os caracteres,
comandos e informações de configuração são transmitidos ao LCD.
• Ajuste do Backlight: Além dos pinos principais mencionados acima, muitos displays
LCD também possuem um pino para ajustar o backlight, que é a iluminação do
display. Esse pino controla a intensidade do backlight, permitindo o ajuste o brilho
do LCD.
O motor de passo, ou stepper motor (Figura 60) é um tipo de motor que tem a
capacidade de converter um sinal de entrada em um ângulo de rotação, com extrema
precisão de giro. Diferente de outros motores, o motor de passo possui um número
fixo de polos magnéticos, que determinam os passos do motor sem a necessidade de
escovas. A precisão do ângulo de rotação do motor de passo é determinada pelo seu
número de passos. (MATTEDE, 2022).
Dessa forma, é necessário um circuito de controle para enviar o sinal que será
convertido em um ângulo de rotação. Cada pulso recebido por esse circuito de controle
corresponde a um passo de 1,8° (na maioria dos motores de passo) dado pelo motor.
Já a velocidade do motor é dada pela frequência de entrada dos pulsos.
O motor de passo possui algumas características que o diferencia dos outros
modelos de motores existentes. São elas:
Como todos os motores elétricos, os motores de passo têm uma parte esta-
cionária (o estator) e uma parte móvel (o rotor). No estator, há dentes nos quais as
bobinas são conectadas, enquanto que o rotor é um ímã permanente ou um núcleo de
ferro de relutância variável. A Figura 61 mostra um desenho representando uma seção
do motor, no qual o rotor é um núcleo de ferro de relutância variável.
3.3.2.1 Rotor
Para um stepper motor, existem basicamente três tipos de rotor: o rotor de ímã
permanente, o de relutância variável e o híbrido.
No primeiro tipo (Figura 63), o rotor é um ímã permanente que se alinha com o
campo magnético gerado pelo circuito do estator. Esta solução garante um bom torque
e também um torque de retenção. Isso significa que o motor resistirá, mesmo que não
muito fortemente, a uma mudança de posição, independentemente de uma bobina
estar energizada. As desvantagens desta solução é que ela tem uma velocidade menor
e uma resolução menor em comparação com os outros tipos.
67
3.3.2.2 Estator
Figura 66: Estator bifásico unipolar (à esquerda) e estator bifásico bipolar (à direita).
67) é frequentemente usada para fazer o controle desses dispositivos, através dos
chamados drivers.
Figura 67: Circuito de driver para motores de passo bipolares.
Já no controle full drive (Figura 69), ligam-se duas bobinas por vez, com maior
consumo de energia e maior torque.
No controle half drive (Figura 70), alterna-se a ligação de uma e duas bobinas por
vez, dobrando-se a quantidade de passos necessários para o motor girar 360°. Uma
desvantagem acerca deste controle é que ele é menos veloz.
70
3.4 DRIVER
sários dois sensores (A e B) com 90° de defasagem entre eles, e, às vezes, um terceiro
para medir-se uma rotação completa, e com um circuito que se utiliza de um flip-flop
tipo D para se fazer a discriminação de rotação, onde o clock de subida positiva do
mesmo tem o tempo alterado dependendo do sentido de rotação. Ver Figura 74.
nado pelos furos em seu disco cristalino. A fórmula para se determinar a precisão é
mostrada na Equação 17, onde (n) é a resolução, (360) a angulação da circunferência
e (ppr) o número de pulsos por revolução.
n = 360/ppr (17)
3.6 JOYSTICK
4 METODOLOGIA
Cabe salientar que cada revolução realizada pelo fuso corresponde ao movi-
mento de um passo (ρ) do carro longitudinal, que no caso do torno em que a tecnologia
foi aplicada como estudo de caso possui 6,35 mm, ou 1/4 in (polegada). Assim, para
cada rotação do fuso, o carro longitudinal avança 6,35 mm. Caso o fuso seja acionado
com velocidade constante de 1 rps (rotação por segundo), o carro também avançará
6,35 mm/s. Esse valor corresponde à velocidade de avanço da ferramenta. (Ver Equa-
ção 19). Na Figura 77 é apresentado um fuso de passo 12 mm que avança esse valor
a cada rotação através da rosca fixa.
vf = ρnf (19)
nf
i=
N
vf
i=
ρN
76
vf
ρf = (20)
N
A análise dimensional da Equação 20 permite identificar que a unidade do lado
direito da equação é correspondente a mm/rev, o que representa a mesma unidade do
lado esquerdo. Multiplicando esse valor por um fator de 100 encontra-se o valor do
avanço em cent/rev. Assim, na Equação 21:
vf
fcent/rev = 100 = 100iρ (21)
N
vf
nf = (23)
ρ
fN
nf = (24)
100ρ
10
i= = 0, 0157 (25)
100 · 6, 35
f p
i= =
ρ ρ
f =p (28)
vf = f N
vf = pN (29)
h = 0, 6134p (30)
h = 0, 6403p (31)
Seja uma rosca métrica do tipo M10 x 1,50, encontrada no Anexo E - TABELA
DE ROSCAS PADRONIZADAS a ser executada no material do tipo aço 1040. De
acordo com a Tabela 3, a velocidade de avanço deve ser 60 mm/min. Substituindo
esse valor e o passo p de 1,5 mm na Equação 29, obtém-se o valor de 40 rpm para N .
Esse é o valor recomendado para a rotação da peça no torno. O cálculo de i e de nf ,
segundo as Equações 27 e 18 resulta nos valores de i = 0,24 e nf = 9,6 rpm (rotação
a ser desenvolvida no fuso). A altura h do filete é 0,92 mm (Equação 30) e o número
de passes nap é 6 (Tabela 4). O valor aproximado da profundidade por passe ∆apx é
de 0, 15 mm/passe e pode determinado pela Equação 3211 .
h
∆apx = (32)
nap
11
Existem normas que regem o valor da profundidade por passe não constante com o objetivo de
resultar em melhores condições de qualidade de execução da operação de rosqueamento. Esse deta-
lhamento pode ser encontrado no Apêndice G.
80
4.2 IMPLEMENTAÇÃO
Descrição φ
Diâmetro interno do eixo-árvore 40,0 mm
Diâmetro interno acoplamento 8,0 mm
Distância para acoplamento 10,0 mm
Fonte: Autores, 2023.
4.2.2 Controle
400 · 9, 6
npps = = 64pps (37)
60
pe
θ= · 360 (38)
ppre
d · ppr
σ= (39)
ρ
o valor de 800, mas essa quantidade de posições pode ser modificada na lógica de
programação. Nesse caso, como o vetor pode ter até 800 passos, nenhum tamanho
de rosca que exija mais de 800 passos de execução poderá ser executado. Para o
motor utilizado, de 400 ppr, isso reflete em 2 revoluções do fuso, ou 1/2”. Assim, seja κ
o valor do número de posições do vetor de passos, ppr o número de passos do motor
e pmax a rosca máxima que pode ser executada através do sistema. A Equação 40
descreve o valor de pmax em função de κ e ppr. A segunda consideração é que o valor
de κ não pode aumentar indefinidamente, uma vez que o seu maior valor é 4 vezes
o número de passos do encoder ppre , que para o sistema, é 1440, porque o valor de
steps no encoder para um pulso do motor deve ser sempre maior que 1. Mas, para além
disso, não é interessante que, para o microcontrolador utilizado, o Arduino Uno, o valor
de κ seja muito próximo de seu valor limite, já que quanto maior o número de posições,
maior o consumo de memória do processador. A Equação 41 apresenta a condição de
exsitência de κ para uma boa variedade de roscas que possam ser executadas com
precisão através do sistema.
κ
pmax = (40)
ppr
ppr ≤ κ ≤ 4ppre (41)
Pela análise das equações acima, percebe-se que quanto maior o número de
micropassos escolhidos para o motor, menor a rosca máxima que pode ser feita com o
sistema. Por isso, é interessante o cuidado na escolha da configuração dos micropas-
sos do motor. O driver utilizado nesse ELS permite o número de até 51200 micropassos,
o que é impraticável quando utilizando a estrutura de controle tal como ela é. Para esse
sistema, 800 micropassos já seriam o equivalente a uma rosca máxima igual o passo
do fuso da máquina, isto é, 6,35 mm ou 1/4 in.
Já em relação ao valor de κ com a consideração da utilização de memória do
94
30906
cAT M ega32u4 = = 107, 8% (43)
28672
Por isso, não é possível utilizar o Arduino Leonardo para a execução do ELS.
fazer o primeiro furo, deslocar a placa em 120°, travá-la novamente, e assim em diante.
Ao encerrar qualquer um dos modos de operação, desliga-se a máquina e pode-
se efetuar outra operação ou seguir o procedimento de finalização da utilização do ELS.
Um dos modelos matemáticos para a malha de controle da operação de rosque-
amento livre no ELS pode ser encontrado na Figura 98. Na figura, dθ é o diferencial de
deslocamento angular realizado na placa. Quando esse valor é 0,25°, o encoder envia
1 pulso para o Arduino, sendo que σi é o número de pulsos enviados. No controlador,
dθ é calculado a partir de θi e a resolução re do encoder, em ppr. Logo após, pode-se
calcular a velocidade N da placa, através da razão entre dθ e dt, que é o diferencial
de tempo utilizado como base para os cálculos do sistema, que nesse caso é 100 ms.
Com N , e recebendo da IHM o valor do passo p da rosca a ser perfilada, junto à in-
formação do passo ρ do fuso, extraída da memória EEPROM do Arduino, obtém-se
a velocidade nf do fuso em rpm. Converte-se esse valor para a velocidade npps em
pulsos por segundo, a partir do valor da resolução ppr do motor de passo. Calcula-se
então o número de pulsos σ a serem enviados para o driver, através do produto entre
npps e dt. No driver, cada pulso σ de sinal é amplificado para um pulso σo de corrente,
através da alimentação com uma tensão v de 48V sobre o dispositivo. Os pulsos σo
são enviados ao motor de passo, que efetuam um diferencial de deslocamento dθ0 no
fuso, em que cada dθ0 , para ppr igual a 400, de 0,9°. Apesar de não ser exatamente
essa a lógica de controle do ELS, esse modelo matemático permite a obtenção de
quaisquer variáveis do processo de rosqueamento livre com o sistema e o que ocorre
de fato na lógica de programação pode ser modelado dessa maneira.
4.3 SUPERVISÃO
4.4 CIRCUITOS
para que o start up do sistema seja de forma prática. No Apêndice K - DIAGRAMA ELÉ-
TRICO MULTIFILAR DO TORNO ELS é possível observar o diagrama esquemático do
novo painel elétrico do torno. A Tabela 10 dispõe a descrição de cada componente do
sistema17 .
O circuito eletrônico do projeto, no entanto, contempla todos os componentes
eletroeletrônicos utilizados exclusivamente no ELS. No Apêndice L - CIRCUITO ELE-
TRÔNICO ELS é possível encontrar o diagrama eletrônico do sistema, com todas as
conexões do Arduino. No diagrama apresentado no apêndice, não apresenta-se o
módulo I2C para a comunicação entre o Arduino e o display. No entanto, no projeto,
utilizou-se o módulo para reduzir o número de pinos utilizados. Ambas as abordagens
17
O contator K1, o botão de emergência S1 e a chave de fim de curso S2 (a função de S2 é não permitir
o start up da máquina com a proteção mecânica da placa aberta, isto é, previnindo a utilização do torno
se a chave da placa estiver presente) são componentes instalados posteriormente na máquina como
implementação de segurança da NR-12, norma regulamentadora que rege a segurança em máquinas
rotativas.
100
são válidas. Na Tabela 11 estão descritas as correlações entre os pinos de cada com-
ponente eletrônico e o Arduino Uno, controlador utilizado no projeto18 .
18
Cabe salientar que os botões foram ligados diretamente ao Arduino sem a utilização de um resistor
através da identificação na lógica de programação que devem ser tratados como botões pull up.
101
De acordo com a norma NBR 5462 (ABNT, 1994), a manutenção pode ser
definida como a combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo
as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual
possas desempenhar uma função requerida.
A manutenção pode ser divida em três frentes principais, dedicadas a diferentes
tipos de atuação. A manutenção corretiva é a primeira modalidade de manutenção que
surgiu nos ambientes fabris, ainda na Primeira Revolução Industrial. Sua filosofia con-
siste na atuação sobre um determinado item após a ocorrência de alguma falha, com
o objetivo de colocá-lo novamente em condições de executar uma função requerida.
Já a manutenção preventiva surge no contexto da 2ª Revolução Industrial, em
que a produtividade dos processos se mostrou como um fator de influência no desem-
penho das fábricas, e sua tecnologia é efetuada em intervalos predeterminados, ou
de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a
degradação do funcionamento de um item.
A manutenção preditiva, por sua vez, atua com base na aplicação sistemática de
técnicas de análise buscando reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir
a manutenção corretiva. Essa implementação só é possível graças aos avanços pos-
sibilitados pela Revolução Técnico-Científica-Informacional, onde as tecnologias mais
modernas de análise e supervisão foram desenvolvidas.
Nesse contexto, o ELS apresenta um plano de manutenção destinado à atender
os critérios de qualidade estabelecidos pela necessidade de manutenções corretivas
e preventivas, e apresenta, como fator de melhoria, a implementação de técnicas de
análise preditiva, como descrito na Seção Melhorias futuras (5.2).
A metodologia de manutenção implementada no projeto do Electronic Leadscrew é
do tipo 5W2H que permite a identificação dos diversos elementos necessários para a
implantação de um bom projeto de manutenção. O 5W2H consiste em responder as
perguntas acerca de: o que será realizado, porque será realizado, onde, por quem,
quando, como, e qual deverá ser o investimento despendido para a realização da ati-
vidade de manutenção.
Dessa forma, pode-se encontrar os planos de manutenção corretiva, preventiva
e preditiva nos Apêndices Q, R e S, respectivamente.
102
5 RESULTADOS E CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 5116: Rosca métrica ISO para uso geral - Perfil básico. Rio de Janeiro:
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1983.
ARDUINO; BAGUR, José; CHUNG, Taddy. Arduino Memory Guide. Arduino Docs,
2023. Disponível em: <https://docs.arduino.cc/learn/programming/memory-guide>. A-
cesso em: 25 out. 2023.
BSI. BS 84: British Standard Specification for ISO Metric Screw Threads: Whitworth
(55 Degree) Thread Form. London: British Standards Institution, 1956.
COELHO, Reginaldo T.; OLIVEIRA, João Fernando Gomes; SILVA, Eraldo Janonne da.
Práticas em processos de fabricação mecânica: Prática 2 - Torno CNC. Universi-
dade de São Paulo, 2013. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/55
65854/mod_resource/content/1/Torno%20CNC_pr%C3%A1tica.pdf>. Acesso em: 15
jun. 2023.
CUTTING TOOL ENGINEERING. Tool Turrets for CNC Lathes and Turning Centers.
2016. Disponível em: <https://www.ctemag.com/products/tool-turrets-cnc-lathes-and-
turning-centers>. Acesso em: 15. jun. 2023.
DYNAPAR. F10 Size 10 Servo Motor Encoder. 2021. Disponível em: <https://eca-
107
FIORE, Carmine. Stepper motors basics: types, uses, and working principles. 22 jun.
2023. Disponível em: <https://www.monolithicpower.com/en/stepper-motors-basics-
types-uses>. Acesso em: 25 out. 2023.
ISO. ISO 68-1: ISO general purpose screw threads - Basic profile - Part 1: Me-
tric screw threads. Geneva: International Organization for Standardization, 1982.
JACOBS, Peter. Lathe Machine Buyer’s Guide: Types, Prices, Uses & Definitions.
CNC Masters, 2023. Disponível em: <https://www.cncmasters.com/lathe-machine-
buyers-guide/>. Acesso em: 01 mar. 2023.
MADEIRA, Daniel. Protocolo I2C: comunicação entre Arduinos. Vida de Silício, 2017.
Disponível em: <https://portal.vidadesilicio.com.br/i2c-comunicacao-entre-arduinos.>
Acesso em: 1 nov. 2023.
MARTIN, G.H. Kinematics and Dynamics of Machines. 2. ed. Nova York: Mc-
GrawHill, 1982.
MANAVELLA, Humberto. Efeito Hall são os sensores sem contato e os mais co-
nhecidos são os de posição e de rotação. Oficina Brasil, 2021. Disponível em:
<https://www.oficinabrasil.com.br/noticia/tecnicas/efeito-hall-sao-os-sensores-sem-con
tato-e-os-mais-conhecidos-sao-os-de-posicao-e-de-rotacao>. Acesso em: 15 jun. 2023.
MELLOWPINE. How Much Does a Lathe Cost? [2023] (All Types). 18 jan. 2023.
Disponível em: <https://mellowpine.com/blog/how-much-does-a-lathe-cost/>. Acesso
em: 15 jun. 2023.
QUINX, Inc. All about DNC - Direct numerical control. 2005. Disponível em: <http://w
ww.quinx.com/en/networkdnc/aboutdnc.html>. Acesso em: 15. jun. 2023.
______ . Catálogo Linha ROMI VT. Santa Bárbara d’Oeste: ROMI, 2022b.
UNESP. Motor de passo. Universidade do Estado de São Paulo, 13 mar. 2013. Apre-
sentação de Slides. Disponível em: <https://www.feis.unesp.br/Home/departamen-
tos/engenhariaeletrica/aula3-motor-de-passo-2013-1-13-03-2013-final.pdf>. Acesso
em: 25 out. 2023.
111
100
P = (44)
TPI
Tanto as roscas métricas como as whitworth são divididas em dois tipos: finas e
grossas. No padrão métrico uma rosca fina é denominada rosca métrica fina e uma
rosca grossa é denominada rosca métrica grossa. A diferença entre as duas roscas
encontra-se em seu passo, enquanto o diâmetro permanece constante. Uma rosca
métrica de diâmetro de 10mm, por exemplo, pode ter passos de 1,50mm e até 0,75mm.
Nesse caso, a rosca com o primeiro passo é a rosca grossa, já a com o menor passo
é a fina. No padrão inglês, entretanto, a denominação é diferente. Uma rosca grossa
é denominada BSW (do inglês Britsh Standard Whitworth), enquanto uma rosca fina é BSF
(Britsh Standard Fine). As roscas grossas possuem um valor de TPI menor do que as
roscas finas. O Anexo E apresenta uma tabela com os valores padrões de diversos
tipos de roscas métrica e whitworth.
A identificação de uma rosca métrica segue a seguinte estrutura. O diâmetro da
rosca é precedido pela letra M, que a identifica como métrica. Logo após, segue-se
o passo da rosca, em mm. Por fim, o comprimento do eixo roscado pode ou não ser
determinado (Ver Equação 45).
0, 94 p
∆ap1 = √ · 0, 3 = 0, 22 (48)
5
0, 94 √
∆ap2 = √ · 1 − 0, 22 = 0, 41 − 0, 22 = 0, 19 (49)
5
0, 94 √
∆ap3 = √ · 2 − 0, 41 = 0, 58 − 0, 41 = 0, 17 (50)
5
0, 94 √
∆ap4 = √ · 3 − 0, 58 = 0, 71 − 0, 58 = 0, 13 (51)
5
0, 94 √
∆ap5 = √ · 4 − 0, 71 = 0, 82 − 0, 71 = 0, 11 (52)
5
0, 94 √
∆ap6 = √ · 5 − 0, 82 = 0, 92 − 0, 82 = 0, 10 (53)
5
Nas equações acima (Equação 48 a 53), percebe-se que o primeiro passe terá
profundidade de 0,22, equanto que o último passe terá profundidade de 0,1 mm, para
que a profundidade total do filete seja de 0,92 mm.
122