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CORNÉLIO PROCÓPIO
2023
FÁBIO HENRIQUE DE SOUZA BARBOSA
CORNÉLIO PROCÓPIO
2023
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4.0 Internacional fins comerciais.
Dedico este trabalho a minha fámilia que sem-
pre me apoiou e nunca deixou faltar nada nes-
ses anos de graduação. Dedico também aos
professores que sempre me auxiliaram e apoi-
aram, mesmo em momentos de dificuldades.
AGRADECIMENTOS
With the growth and development of industrial power plants, there is an increasing need
to ensure the safety and continuity of power supply, even during periods of power failures.
To achieve this, it is crucial to conduct a thorough analysis of essential elements such as
short-circuit, load flow, and transient and dynamic stability. These considerations should
be discussed during the design phase to ensure the satisfactory operation of the electrical
system.
This paper presents a set of electrical studies using provided data from a grain industry
plant. The study involves evaluating the capacity of protective devices through short-
circuit calculations, analyzing the load flow, and, finally, graphically assessing the transient
stability of synchronous generators connected to an industrial electrical system using the
SKM PTW software. The main objective is to analyze the reliability and behavior of the
system and generators under different conditions imposed by the electrical system, in order
to prevent generator instability and, consequently, protect the safety of individuals at the
plant and avoid losses in the power generation system.
Keywords: transient stability. electrical systems. generators. swing equation, load flow,
short-circuit
LISTA DE FIGURAS
1 – INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 PROBLEMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.1 ANÁLISE DE CURTO-CIRCUITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 ANÁLISE DE FLUXO DE CARGA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 ANÁLISE ESTABILIDADE TRANSITÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 – MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.1 SKM PTW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.1.1 MÓDULO DAPPER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.1.2 MÓDULO I*SIM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.2 ESTUDOS DE CURTO-CIRCUITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2.1 MODELAGEM DO SISTEMA ELÉTRICO . . . . . . . . . . . . . 11
3.3 ESTUDO DE FLUXO DE CARGA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3.1 SIMULAÇÃO DE FLUXO DE CARGA . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.4 ESTUDO DE ESTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5 – CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
1
1 INTRODUÇÃO
Com intuito de manter as plantas elétricas com energia mesmo com a ocorrência de
falhas elétricas, a importância da utilização de geradores em sistemas elétricos industriais
tem crescido cada vez mais, resultando na diminuição de perdas e paradas em operações.
Esses sistemas de geração podem atuar paralelamente ou de forma individual às redes de
distribuição e são pontos cruciais em seus projetos elétricos.
Ao analisarmos os projetos elétricos, devemos considerar se os geradores estão
atuando de forma satisfatória, verificando as variações de tensões e frequências dos mesmos,
a fim de não ocasionar sérios problemas ao demais equipamentos do sistema. Para isso, há
estudos a serem realizados previamente durante a fase de projeto, sendo eles, o estudo de
curto-circuito, estudo de fluxo de carga e o estudo de estabilidade transitória.
Para Shokooh (2018b) realizar estudos minuciosos e detalhados de curto-circuito e
análise de sistemas de energia industrial e comercial é de suma importância. Os sistemas de
energia elétrica em plantas industriais, edifı́cios comerciais e institucionais são projetados
com o objetivo de fornecer carga de maneira segura e confiável. O controle adequado
de curto-circuitos, também conhecidos como falhas, é uma consideração fundamental
durante o projeto. Curto-circuitos descontrolados podem acarretar interrupções no serviço,
resultando em perda de tempo de produção, inconveniências associadas, interrupção de
instalações essenciais ou serviços vitais, danos extensos aos equipamentos, lesões ou até
mesmo fatalidades de pessoal, além do risco potencial de incêndios.
Para Rodolakis (1998) o estudo de curto-circuito é tão importante para os sistemas
elétricos quanto outros estudos fundamentais, sejam estes o estudo de estabilidade, estudo
de análise harmônica, partida de motores, etc. Este deve ser realizado na fase de planeja-
mento do sistema, afim de determinar nı́veis de tensão, dimensionar cabos, determinar
transformadores e condutores e dispositivos de proteção como fusı́veis, disjuntores, relés
e etc. Em caso de sistema já existente, o estudo de curto-circuito é importante em caso
de instalação de uma nova geração de energia, instalação de novos motores, mudanças no
layout do sistema, troca de equipamentos e etc.
O estudo de fluxo de carga de acordo com Davis (1998) é uma análise da capacidade
dos sistemas de alimentar a carga conectada sob condições de regime permanente. Um
melhor gerenciamento do sistema de potência pode ser atingido através do uso desta
ferramenta analı́tica. Necessário no planejamento ou expansão de sistemas elétricos de
potência, um estudo de fluxo de potência demonstra a distribuição de potência e nı́veis de
tensão através do sistema para os diversos cenários de operação. Estes cenários podem
incluir modos de operação normal e de emergência, configurações de circuitos atuais e
futuras, e designs alternativos.
Para Lee (1998) a estabilidade transitória significa a capacidade de um sistema
elétrico de realizar uma mudança repentina na geração ou de caracterı́sticas de um sistema
sem que haja uma perda prolongada de sincronismo.
A partir dessas informações, realizaremos por meio deste trabalho os estudos de
suportabilidade de equipamentos utilizando o calculo de curto-circuito, fluxo de carga e
por fim a estabilidade transitória em dois geradores que estarão atuando em uma planta
elétrica industrial de uma empresa do ramo de grãos, com intuito de analisar gráficamente
através da utilização do software SKM PTW se o sistema permanece estável mesmo com
diversos distúrbios aplicados.
Capı́tulo 1. INTRODUÇÃO 2
1.1 PROBLEMA
1.2 JUSTIFICATIVA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os estudos elétricos de acordo com Hoerauf (2001) tem como um dos seus principais
objetivos as prevenções de acidentes. A segurança dos sistemas elétricos deve sempre ser
prioridade sobre os demais objetivos, sendo eles, limitar o tamanho e a duração da
interrupção do sistema sempre quando houver falhas nos equipamentos, consequentemente
diminuindo prejuı́zos financeiros.
Z = R + jX (2)
Sendo que:
R: Resistência
X: Reatância
Va = 0, Ib = 0, Ic = 0 (4)
A partir das componentes simétricas a seguinte matriz é obtida.
Ia0 1 1 1 Ia
Ia1 = 1 1 a a2 Ib (5)
3
Ia2 1 a2 a Ic
Sendo que o operador “a” é igual a 1∠120
Realizando a substituição das condições de contorno e do operador, temos que:
1 1 1
Ia0 = (Ia ), Ia1 = (Ia ), Ia2 = (Ia ) (6)
3 3 3
Portanto, Ia1 = Ia2 = Ia0 , e com isso conclui-se que os circuitos de sequência estão
em série. Dessa forma, a corrente de sequência positiva é igual a:
Ea
Ia1 = (7)
Z1 + Z2 + Z0
Das equações anteriores, sabe-se que as correntes de sequência são equivalentes a
um terço das correntes de fase. Assim:
Ia = 3Ia1 (8)
3Ea
Ia = (9)
Z1 + Z2 + Z0
Além das considerações feitas anteriormente, sabe-se que nos primeiros ciclos das
correntes de curto-circuito, além da componente CA, há também uma componente CC, que
promove uma assimetria da corrente de curto-circuito durante este tempo. Dessa forma,
o valor eficaz durante este tempo também será influenciado por esta assimetria. Por fim,
temos que o fator de assimetria para o primeiro meio-ciclo é dado por:
q
2π
F A = 1 + 2e− X/R (10)
Sendo que:
I: Vetor coluna total de correntes de sequência positiva, fluindo para cada nó (barra) no
sistema
Y : Inverso da matriz impedância da rede
V : Vetor coluna de tensão de sequência positiva em cada barra
Esta é uma equação algébrica linear complexa. A matriz deve ser reduzida e a
solução para ambos, tensão e corrente, alcançada utilizando álgebra de matriz. A corrente
fluindo para cada nó pode ser definida por:
(P i + jQi)∗
Ii = (12)
V i∗
Sendo que:
(P i + jQi)∗ : Conjugado complexo da potência aparente fluindo para o i-ésimo nó
V i: Conjugado complexo da tensão do i-ésimo nó
De acordo com Valle (2018) a estabilidade pode ser classificada em três diferentes
tipos, sendo elas: estabilidade angular, estabilidade da frequência e estabilidade da tensão,
como podemos ver na figura 1 abaixo.
de cada frequência de oscilação potencial e seu fator de amortecimento. Portanto, seu uso
é mais apropriado para aplicações relacionadas à estabilidade dinâmica.
Os métodos matemáticos utilizados pelos softwares de Estabilidade, como no caso
do software SKM PTW módulo ISIM, dependem de uma solução repetida da equação de
oscilação, também conhecida como equação de swing para cada máquina estudada:
(M V A)H d2 δR
Pa = (14)
180f dt2
Sendo que:
Pa : é a potência de entrada menos potência de saı́da dá maquina
M V A: é o MVA nominal da máquina
H: é a constante de inércia da máquina
f : é a frequência do sistema
δR : é o ângulo do rotor
t: é o tempo em segundos
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O SKM Power*Tools for Windows é um software que serve para projetar e analisar
sistemas elétricos de potência, sendo um dos lı́deres de mercado neste segmento. O pro-
grama conta com diversos módulos que podem ser utilizados para a realização de diversos
estudos, sendo alguns destes:
• DAPPER;
• I*SIM.
Neste trabalho foi utilizado dois módulos, sendo eles o DAPPER, e I*SIM. O
módulo dapper foi utilizado para os estudos de curto-circuito e Fluxo de carga e o I*SIM
para análise de estábilidade transitória.
Figura 6 – Diagrama de blocos para excitador tipo AC1 utilizando módulo I*SIM
levantamento de dados da planta elétrica afim de tornar o modelo o mais fiel possı́vel com
relação à planta no real, como pode ser visto na figura 7.
Para o estudo de fluxo de carga, foi obtido o fluxo de potência ativa e reativa
através de transformadores e cabos, nı́veis de tensão nas barras do sistema, fator de potência
e perdas no sistema. Esses valores permitem a identificação de transformadores e cabos
sobrecarregados, recomendação de ajustes apropriados para os taps de transformadores e
determinação da necessidade de potência reativa para correção de fator de potência, com
a utilização de capacitores.
Para o estudo de estabilidade foi realizado uma análise para dois geradores
sı́ncronos que estão instalados na planta elétrica em questão, nos quais foram aplicadas
diversas condições com intuito de criar distúrbios no sistema elétrico. A partir dessas
foi obtidos resultados gráficos das oscilações contı́nuas de magnitude finita, na qual foi
analisado se os resultados dos rotores estão amortecidos a um nı́vel aceitável após a
perturbação.
Em relação aos casos que serão desenvolvidos, sabe-se que neste sistema os
geradores 1 e 2 são geradores de emergência, sendo assim, não trabalharão em paralelo com
a concessionária de maneira contı́nua. Entretanto, há uma possibilidade de realização de
testes enquanto a concessionária estiver em operação, podendo ocasionar um paralelismo
que não deve ser superior a um tempo de 15 minutos. Portanto, será realizado casos
de estabilidade considerando os geradores e a concessionária em paralelo, além de casos
onde somente os geradores estarão atuando, sendo que os mesmo não alimentarão cargas
superiores a 1000kW.
14
Para todas as tabelas a seguir, as grandezas expostas podem ser assim definidas:
V : Tensão de operação da barra;
VN : Tensão nominal da barra;
∆V %: Queda de tensão (em %);
SN : Potência aparente nominal do transformador;
SLF : Potência aparente de operação;
PLF : Potência ativa de operação;
QLF : Potência reativa de operação;
∆S%: Carregamento (em %);
ILF : Corrente de operação;
ILF %: Carregamento (em %);
V (%): Valor de tensão de operação nas barras (em %).
Capı́tulo 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 22
O regulador de velocidade a ser utilizado não foi informado pela empresa. Sendo
assim, utilizou-se um regulador tı́pico para geradores a diesel fornecido pela própria
biblioteca do módulo ISIM* do SKM PTW.
Após a realização das simulações dos casos 1 a 3, foi possı́vel analisar que durante
o paralelismo entre a concessionária e os geradores, na ocorrência de um curto-circuito no
secundário de um transformador com a atuação do disjuntor de baixa tensão do respectivo
circuito, os geradores apresentam estabilidade. Da mesma forma, em caso de curto-circuito
no primário de um transformador com a atuação do disjuntor de média tensão do respectivo
circuito, os geradores também se mantêm em condição estável, embora sua velocidade
máxima possa atingir de forma transitória valores elevados, o que pode resultar em danos
nos geradores caso ocorra um ou mais eventos.
Considerando apenas os geradores em operação no caso 4 e 5, verificou-se que tanto
em um cenário de curto-circuito no secundário do transformador quanto em um cenário
de curto-circuito no primário do transformador com a atuação do respectivo disjuntor do
circuito, os geradores não conseguem manter a estabilidade. Isso indica que, em caso de
curto-circuito no sistema, a proteção dos geradores não precisa aguardar a atuação de
qualquer elemento de proteção das saı́das, mas sim agir instantaneamente ou o mais rápido
possı́vel.
Para os casos 6, 7, 8 e 9, levando em consideração apenas os geradores em operação,
nos quais esses geradores iniciam com a carga demandada pelo sistema, foram realizadas
simulações com a retirada de carga de 100 kW, 200 kW, 300 kW e 500 kW, respectivamente.
Nas imagens a seguir, são apresentadas comparações entre esses casos em dois gráficos,
com o intuito de proporcionar uma visualização mais clara.
Capı́tulo 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 33
5 CONCLUSÃO
Referências
DAVIS, C. E. Ieee recommended practice for industrial and commercial power systems
analysis (brown book). IEEE Std 399-1997, p. 133, 1998. Citado na página 1.
HAJAGOS, L. Ieee recommended practice for excitation system models for power system
stability studies. IEEE Std 421.5-2016 (Revision of IEEE Std 421.5-2005), p. 1–207, 2016.
Citado na página 24.
KUNDUR, P. Power System Stability and Control. [S.l.]: Eletric Power Research Institute,
1994. Citado na página 2.
KUNDUR, P. et al. Definition and classification of power system stability ieee/cigre joint
task force on stability terms and definitions. IEEE Transactions on Power Systems, v. 19,
n. 3, p. 1387–1401, 2004. Citado na página 6.
LEE, W.-J. Ieee recommended practice for industrial and commercial power systems
analysis (brown book). IEEE Std 399-1997, 1998. Citado 6 vezes nas páginas 1, 2, 5, 6, 25
e 33.
MUSA, Y. I. Ieee application guide for ac high-voltage circuit breakers rated on a symme-
trical current basis. IEEE Std C37.010-1999, p. 1–80, 2000. Citado na página 12.
SHOKOOH, F. Ieee recommended practice for conducting load-flow studies and analysis
of industrial and commercial power systems. IEEE Std 3002.2-2018, p. 1–73, 2018. Citado
na página 23.
SHOKOOH, F. Ieee recommended practice for conducting short-circuit studies and analysis
of industrial and commercial power systems. IEEE Std 3002.3-2018, p. 9, 2018. Citado na
página 1.
SKM. Simplifying Power Systems Analysis Design. 2010. Disponı́vel em: <http://www.
svri.nl/electrotechniek/wp-content/uploads/2013/10/SKM Product Brochure.pdf>.
Acesso em: 08 de novembro de 2022. Citado 4 vezes nas páginas 8, 11, 24 e 25.