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Sorocaba
2017
TIAGO FRANCISCO DE OLIVEIRA SCALON
Sorocaba
2017
Scalon, Tiago Francisco de Oliveira.
Galdenoro Botura Jr
Orientador
Professor
Convidado 1
Professor
Convidado 2
Sorocaba
2017
Dedico este trabalho aos meus pais que sempre deram o melhor deles para que eu
pudesse dar o meu.
Agradecimentos
Agradeço a minha irmã Aline por sempre ter me incentivado a buscar meus
sonhos.
Agradeço a minha namorada Larissa Carrijo por todo apoio e incentivo que
me deu durante esses anos de faculdade e que foram de grande valia para que eu
conseguisse chegar até o fim dessa jornada.
Agradeço a todos os amigos de república que tive o prazer de compartilhar
muitos momentos bons, sempre com companheirismo e muitas risadas, sem os quais
minha estadia esses anos em Sorocaba não teria sido tão divertida. Um sincero
obrigado a todos: Vet, Tulio, Luke, Murilo, Madeira, Capi Jr, Daiane, Mega, Patriota,
Brandão, Lucas, Diego, Akita e Nakajima.
Agradeço a todos os amigos que fiz na 8ª turma de ECA e que pretendo levar
para a vida toda.
Agradeço ao Professor Galdenoro pela orientação neste trabalho e em todas
matérias que tive a oportunidade de ter com o mesmo.
“A mente não tem limite. Quando a mente
pode antever o fato de que você pode rea-
lizar algo, você realmente pode, desde que
acredite nisso 100%.” Arnold Schwarzenegger
Resumo
Este trabalho tem como objetivo elaborar uma proposta de padronização para projetos
de automação de pequenas centrais hidrelétricas, e otimizar a solução de forma que o
sistema atenda aos requisitos operacionais e de performance, do cliente e da ONS que
é a agência que regulamenta esse mercado de geração de energia.
O desenvolvimento deste trabalho é baseado no estudo e análise de um caso real
de projeto de modernização de uma pequena central hidrelétrica. Além do projeto,
foram pesquisados trabalhos que tratavam sobre diversos temas tais como: Moderniza-
ção de usinas hidrelétricas, custos envolvidos no projeto e construção de pequenas
centrais hidrelétricas e operação remota de centrais. Utilizando todo o conhecimento
aprendido das propostas apresentadas pelos respectivos autores e todo conhecimento
aprendido no dia a dia fazendo propostas de automação para pequenas e grandes
centrais hidrelétricas, o trabalho conclui com a apresentação de uma solução otimizada
para pequenas centrais hidrelétricas que atende a diminuição dos custos de hardware,
diminuição dos custos operacionais através da possibilidade de operação remota e
desassistida, e satisfazer as exigências de operação impostas pela ONS.
Palavras-chave: Pequenas centrais hidrelétricas, modernização, operação remota,
automação, otimização.
Abstract
This work aims to prepare a standardization proposal for automation projects for small
hydropower plants, and to optimize the solution so that the system meets the operational
and performance requirements of the client and ONS, which is the agency that regulates
this market of power generation.
The development of this work is based on the study and analysis of a real case of
modernization of a small hydropower plant. In addition to the project, research was
done on topics such as: Modernization of hydroelectric plants, costs involved in the
design and construction of small hydroelectric plants and remote operation of power
plants. Using all the knowledge from the proposals presented by the respective authors
and all the knowledge acquired in the day to day making proposals of automation for
small and large hydroelectric power plants, the work concludes with the presentation of
an optimized solution for small hydropower plants that attends the reduction of costs
Reduction of operating costs through the possibility of remote and unmanned operation,
and to meet ONS ‘operating requirements.
Keywords: Small hydropower plants, modernization, remote operation, automation,
optimization.
Lista de ilustrações
CA Corrente alternada
CC Corrente contínua
CD Concentrador de dados
GD Geração distribuída
GE General Eletric
MO Mensagens operativas
RT Regulador de tensão
RV Regulador de velocidade
TI Tecnologia da informação
GW Giga Watt
h Hora
kW Kilowatt
Mb Megabyte
m Metro
ms Milissegundo
MW Mega Watt
R$ Reais
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1 Setor energético no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2 Definição PCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3 Custos PCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4 Modernização PCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.5 Automação PCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.5.1 Serviços Auxiliares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.5.2 Supervisão e Automação de uma PCH . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.6 Centros de operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2.7 Protocolos elétricos de comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . 52
2.7.1 Protocolo DNP 3.0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
2.7.2 Protocolo IEC 60870-5-104 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
2.8 Cyber security . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.1 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.2 Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
5.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
5.2 Trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
ANEXOS 78
15
1 Introdução
2 Revisão da Literatura
Outra grande fonte de geração de energia elétrica são termoelétricas que, se-
gundo dados do (BIG, 2017), são divididas por tipos de combustíveis: fóssil, biomassa
e outros, e energia nuclear. Dentre os combustíveis fósseis temos os óleos combustível,
diesel e ultra viscoso, os gases natural e de refinaria, e o carvão mineral. A soma
da potência total instalada dessas termoelétricas que consomem estes combustíveis
representam 70,8% da capacidade total das usinas termelétricas em operação no país.
As usinas termelétricas que utilizam biomassa como fonte de energia (consumindo
carvão vegetal, resíduo de madeira, bagaço de cana-de-açúcar, casca de arroz, licor
negro e biogás) correspondem a 27,1% da capacidade total. Os demais combustíveis
classificados como “outros” totalizavam 2,1% da capacidade total das usinas terme-
létricas e são constituídos por: gás de alto forno, gás de processo, enxofre, efluente
gasoso e gás siderúrgico. A capacidade de geração das usinas nucleares Angra I e
II tem uma participação de 1,31%, correspondendo a 2 GW . Apesar do expressivo
potencial eólico, divulgado no Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (ANEEL, 2008), o
país ainda explora pouco este potencial, representando hoje 6,96% da capacidade
total instalada, com 10,3 GW, agindo como complemento sazonal entre regimes de
vento e hidrológico, em especial na região Nordeste. A radiação solar pode ser utilizada
diretamente como fonte de energia térmica e, também, pode ser convertida em energia
elétrica. Recentemente têm sido investido no aproveitamento da energia solar no Brasil,
particularmente por meio de sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade, porém
ainda é uma fonte de geração muito pouco aproveitada se levado em conta todo o
potencial de geração que poderia oferecer de forma limpa. Atualmente segundo (BIG,
2017) , há 44 usinas fotovoltaicas em operação no país, contribuindo com 0,02% da
energia elétrica total produzida.
Capítulo 2. Revisão da Literatura 19
Geração distribuída
Segundo (VERGILIO, 2012), apesar do termo geração distribuída parecer ser
algo novo para nós, seu uso começou graças a Thomas A. Edison que em 1882,
criou o primeiro sistema de geração de energia em Nova York. A primeira central
de geração de energia elétrica foi construída na Rua Pearl Street, provia energia
para aproximadamente 59 clientes em uma área de 1km². Basicamente, este é o
conceito mais simples de geração distribuída: uma fonte de geração localizada próxima
à carga.Com o desenvolvimento dos transformadores, o uso da corrente alternada
logo conquistou seu espaço possibilitando o atendimento de cargas distantes do local
de geração. Surgiram assim, grandes sistemas de energia que apresentavam maior
confiabilidade, desde usinas geradoras de energia elétrica a sistemas de transmissão
capazes de atender a demandas de proporções continentais, como é o caso do Sistema
Interligado Nacional, apresentado na Figura 1.
Capítulo 2. Revisão da Literatura 20
(megawatts) a serem instalados nos próximos dez anos, o que equivale a quase oito
usinas de Itaipu. Para geração dessa energia, os investimentos necessários devem
chegar a 270 bilhões.Segundo (BIG, 2017) está prevista para os próximos anos uma
adição de 24.620.283 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 236
empreendimentos atualmente em construção e mais 584 em empreendimentos com
construção não iniciada.
MINASENERGIA
As usinas a fio d’água são utilizadas quando as vazões de estiagem do rio são
iguais ou maiores que a vazão necessária para atender ao valor nominal de potência
instalada das turbinas. Nesse caso, despreza-se a área do reservatório criado pela
Capítulo 2. Revisão da Literatura 24
MINASENERGIA
• Reservatório: acumula água para regularizar o rio e garantir a vazão mínima para
funcionamento das turbinas.
• Vertedouro: controla o nível do reservatório impedindo que a água passe por cima
da barragem, danificando sua estrutura e inunde as instalações.
• Conduto forçado: conduz a água sob pressão do trecho mais inclinado até a casa
de máquinas, onde irá movimentar as turbinas.
• Canal de fuga: devolve ao leito do rio a vazão de água que passou pela turbina.
CERPCH
usina hidrelétrica.
Equipamentos 31,6
OLIVEIRA,M
Abaixo segue uma descrição mais detalhada de cada um dos três grupos que
compõem os custos de uma pequena central hidrelétrica:
Para demonstrar o peso de cada um dos itens relacionados acima, segue abaixo
demonstrativo dos custos de construção da PCH caçador no Rio Grande do sul de
25MW, os dados foram retirados do trabalho de (MORAES, 2010):
Consolidação projeto
530.000
básico
Administração 1.300.000
Engenharia do
1.700.000
proprietário
Licenciamentos 90.000
Topografia 80.000
Total em R$ 7.523.000
MORAES,B
Acesso 7.500.000
Subestação 286.680
Outros 4.920.000
Equipamentos
28.355.788
eletromecânicos
Capítulo 2. Revisão da Literatura 30
Acesso 7.500.000
Equipamentos
4.850.000
hidromecânicos
Elétrica 5.200.000
Contingência 2.865.342
Investimento em ativos
98.376.740
fixos
MORAES, B
Custos O&M
Os custos operacionais de uma pequena central hidrelétrica é formado por todos
os custos e encargos necessários para a operação e manutenção da usina, (MORAES,
2010) enumera os seguintes custos operacionais:
• Taxa de Fiscalização da ANEEL: é cobrada uma taxa fixa mensal de 0,5% sobre
a receita bruta pela ANEEL.”
Braço
5,06 1,53 2,54 10,69 0,15 19,97
Norte(5,49 MW)
Primavera (7,81
4,33 0,82 2,54 8,84 0,11 16,64
MW)
Eletrobras
Fatores como a idade das pequenas centrais hidrelétricas, muitas com mais de
30 anos, e o aumento da consciência ambiental, a modernização e a repotenciação
de pequenas centrais hidrelétricas tornam-se alternativas realmente atraentes para
atender à crescente demanda de energia no Brasil, que segundo dados da (ANEEL,
2008) aumenta em torno de 4 a 5% ano, contribuindo com a eficiência e confiabilidade
do sistema de energia, com menores investimentos e impactos ambientais em relação
a construção de novas pequenas centrais hidrelétricas.
A geração de energia elétrica, através de pequenas centrais hidrelétricas, se-
gundo (RIBEIRO, 2005) tornou-se mais comum no Brasil a partir da década de 30 e
posteriormente década de 80. Se por um lado a instalação de novas pequenas centrais
propiciam o incremento de energia renovável e não poluente ao sistema elétrico brasi-
leiro, por outro, suas construções causam impactos ambientais que devem ser levados
em conta na prospecção de novas usinas.
Segundo (RIBEIRO, 2005) o crescente aumento da consciência ambiental pela
sociedade, de que a preservação da natureza é uma das bases do desenvolvimento
sustentável, acrescentada da necessidade de melhorar o desempenho das centrais
hidrelétricas com baixo impacto ambiental, motiva a consideração das práticas de
modernização e repotenciação.
O conceito de modernização para (RIBEIRO, 2005) pode ser explicado como
sendo a substituição de tecnologia, ou seja, a troca de equipamentos de controle
analógicos por equipamentos de controle digitais, substituição dos componentes eletro-
mecânicos antigos dos geradores e turbinas por novos componentes com tecnologias
mais recentes, substituição de componentes mecânicos por componentes hidráulicos,
os quais irão proporcionar um aumento da confiabilidade do sistema, sem que ocorra
um acréscimo de potência instalada à central. Por outro lado, entende-se a repoten-
ciação como sendo o aumento da potência instalada, acompanhada ou não de uma
modernização.
A busca em aumentar a confiabilidade dos equipamentos e do sistema de
forma geral e o aumento da geração total de energia, tornam a modernização e a
repotenciação, atrativas alternativas de investimentos, com custos menores que os da
construção de novas centrais, devido a diminuição muitas vezes total de custos com
Capítulo 2. Revisão da Literatura 33
PCH as centrais com mais de 1MW instalado,então muitas dessas PCHs citadas hoje
são classificadas com CGH, identificadas e que correspondiam a uma capacidade total
instalada de 1.111,3 MW. Deste total, 1.089 centrais tinham suas condições operacio-
nais desconhecidas, 428 estavam abandonadas, 7 centrais encontravam-se em fase
de reativação, 3 estavam sendo reformadas e apenas 331 centrais, correspondendo a
604,7 MW, encontravam-se em operação.
O custo gerado pela indisponibilidade deve ser considerado na análise de viabili-
dade econômica de um processo de modernização. Como o tempo de indisponibilidade
parcial ou integral da central, durante a implementação das mudanças, gera custos por
a receita estar parcialmente ou totalmente comprometida durante o processo, o custo
de indisponibilidade poderá pesar substancialmente no custo total da modernização,
podendo ate inviabilizá-la. O tempo de indisponibilidade na usina gerado pelo processo
de modernização,é curto se comparado ao tempo necessário para construção de
uma nova PCH podendo variar, teoricamente, de 2 a 12 meses. Uma vantagem na
modernização das PCHs em relação as UHEs, é que para UHEs como o montante
de energia que é comercializado é muito maior em relação a uma PCH e o tempo de
parada para se fazer uma modernização também é maior visto pelas proporções da
usina e dos equipamentos, tornando os custos de indisponibilidade um fator muito mais
relevante para as UHE do que para as PCHs.
Motivação
Após muitos anos em operação, os sistemas de uma usina podem apresen-
tar problemas que comprometam a geração de energia. Além da queda na geração,
existem novos requisitos e necessidades a serem cumpridas pela geradora de ener-
gia, como por exemplo a lista de pontos que deve ser disponibilizada para controle
remoto da ONS que opera o SIN, tema que será abordado mais detalhado mais para
frente. Uma forma de resolver isso é através das modernizações, segundo (MENDES,
2011) elas podem recuperar os índices de qualidade dos sistemas e também incluir
novos recursos neles. A falta de peças sobressalentes, a obsolescência dos equipamen-
tos, a baixa disponibilidade e os altos custos são frequentemente as forças que levam
as concessionárias de energia ao processo de modernização das usinas. Existem além
dos motivos já citados anteriormente para modernizar os sistemas das centrais, outros
que (MENDES, 2011) lista como sendo:
• facilitar a operação, até mesmo automatizar algumas atividades que eram manu-
ais;
• estender o tempo de vida útil da instalação com melhor desempenho (em conjunto
com medidas similares nos outros sistemas e equipamentos);
M MENDES 2011
Corrente Alternada
O fornecimento de tensão em corrente alternada necessária aos sistemas
auxiliares normalmente é proveniente de uma ou duas fontes de alta tensão, para prover
uma maior confiabilidade a operação dos sistemas que dependem desse fornecimento.
Segundo (LIMA, 2002) os transformadores para serviços auxiliares devem
ser dimensionados para atender ao ciclo de carga mais desfavorável, nas diversas
condições de operação, não ultrapassar os valores de queda de tensão admissível para
continuidade de operação dos motores durante uma transferência automática e atender
às condições de ponta de carga sem redução da vida útil. Sendo assim, a seguir são
apresentadas algumas configurações adotadas para atender este objetivo:
para partida ou parada de central. (LIMA, 2002) diz que geralmente o emprego
de grupos geradores atende a duas situações básicas. A primeira refere-se às
emergências: quando há uma interrupção da energia fornecida pela rede externa,
fazendo com que o equipamento entre em funcionamento automaticamente,
permitindo que a central continue a funcionar. Nesse caso, é comum o abaste-
cimento somente de pontos vitais, como as áreas coletivas e de segurança. No
segundo caso, é utilizado nos horários de ponta, das 17 às 20 horas, quando
o consumo é maior e o custo da energia é alto. Nesse período, o equipamento
entra em funcionamento, geralmente, para suprir parte da carga necessária para
o abastecimento.
Corrente Contínua
A necessidade de um sistema simples e de menor custo para o controle das
pequenas centrais, nos leva a escolha de um sistema constituído por uma única
bateria trabalhando em paralelo com uma unidade retificadora segundo (LIMA, 2002).
Quando for necessário uma maior confiabilidade deve-se adotar um sistema com
dois carregadores de baterias para dois conjuntos de baterias e barramentos e dois
retificadores.
• Maior produtividade.
Capítulo 2. Revisão da Literatura 40
Semi-Automação da PCH
(LIMA, 2002) descreve a operação com semi-automação da central como: “geral-
mente as transições de estado até a sincronização da máquina na rede são realizadas
pelo operador da usina. Após a sincronização, a tomada de carga prefixada pode ser
realizada automaticamente pelo sistema de controle. O sistema propõe, ainda, a moni-
toração de algumas grandezas críticas, tais como, vibração, temperatura, velocidade,
etc, através de sensores adequados, equipamentos de aquisição de dados e indica-
dores de painel. Apesar de algumas limitações, essa opção também traz vantagens.
De posse de um sistema indicador do funcionamento do sistema, mais moderno, o
trabalho do operador se torna mais confiável e eficiente, promovendo a diminuição do
número de operações manuais na central.” Apenas algumas variáveis principais do
processo são monitoradas através de sensores e indicadores . Esses equipamentos
tem a capacidade de armazenar e mostrar o valor desejado da variável de controle,
o valor atual e um limite aceitável, tanto mínimo como máximo, que quando atingido
aciona um alarme para o operador poder ser avisado. Algumas variáveis normalmente
monitoradas são:
• Velocidade do gerador.
• Temperatura do óleo.
• Pressão do óleo.
Capítulo 2. Revisão da Literatura 41
Automação da PCH
(LIMA, 2002) descreve a operação automatizada da central como: “tanto a
parada quanto a partida para a sincronização das máquinas são realizadas automatica-
mente pelo sistema de controle, independente da presença de operadores. Além disto,
em sistemas totalmente automáticos, é possível a realização da otimização da geração
considerando as vazões afluentes. Esta otimização pode ser feita pelo sistema de
controle do reservatório, cujo objetivo é manter o nível do reservatório na faixa normal
ou de equilíbrio, controlando o mesmo através do aumento ou diminuição da geração
das máquinas. Geralmente o sistema de controle do reservatório realiza a supervisão
do nível do reservatório, as vazões vertida, afluente e turbinada, além de programar
a geração das máquinas e o vertimento pelas comportas da barragem, de forma a
atender às restrições impostas pelos equipamentos (geração mínima por máquina) ou
pela legislação (vazão sanitária). Em situações em que o nível do reservatório atinja
limites de atenção, alerta ou emergência, o sistema de controle do reservatório pode
acionar as comportas no sentido de reverter a cota para a faixa de operação normal.
Essas variáveis podem ser informadas a um CLP localizado na casa de comando
próxima à barragem, que será responsável pelo controle e acionamento ON/OFF da
comporta. Utilizando-se um CLP, além das funções acima, ele estaria disponível para a
realização de futuras aplicações nas imediações do reservatório, tais como o controle
da limpeza da grade de proteção da comporta de superfície e o controle ininterrupto de
energia, e o controle das comportas de superfície e de entrada de água dos condutos.
Em situações de emergência, o sistema de automação deve prover o fornecimento
ininterrupto de energia, para o controle automático do nível do reservatório, garantindo
a disponibilidade do sistema de controle, que deve estar operante sob quaisquer condi-
ções, uma vez que as consequências de um mau funcionamento podem causar sérios
danos.”
Capítulo 2. Revisão da Literatura 42
Regulador de Velocidade
• Saídas por contatos para interface com circuitos de comando, alarme e proteção.
Regulador de Tensão
Segundo (LIMA, 2002) o comando para excitatriz, que faz variar a corrente de
excitação fornecida ao rotor do alternador, é feito automaticamente pelo regulador
automático de tensão, que fica localizado no quadro de comando do sistema. Os
reguladores de tensão têm como função principal manter a tensão da armadura em
seu valor ajustado, atuando sobre a corrente de excitação do grupo gerador síncrono.
Capítulo 2. Revisão da Literatura 43
• Limitador de sobre-excitação.
• Limitador de sub-excitação.
informações e dados de vários COIs ou COLs e pode exercer sobre eles requisições
pré-estabelecidas, gera muitos benefícios para o processo de geração, tornando possí-
vel a gestão centralizada de recursos, melhorando desta forma a gestão dos recursos
envolvidos na operação, sendo recursos diretos e indiretos.
O processo de gestão, conforme descrito por (MORAES; TERENCE, 2004),
envolve atividades de planejamento, organização, direção, distribuição e controle de
recursos de qualquer natureza, com o objetivo de racionalizar e melhorar a eficiência de
um sistema, produto ou serviço. A aplicação desse conceito aos centros de operação do
setor de geração e transmissão de energia justifica os investimentos em TI e em
softwares de gerenciamento de energia. Investir em estrutura para viabilizar os centros
de operação remotos é uma decisão estratégica, conforme abordado por (MORAES;
TERENCE, 2004) e influencia diretamente no processo de tomada de decisão dos
operadores em tempo real.
ração da usina, que compreende o controle dos limites operativos dos equipamentos,
controle de tensão, monitoramento do intercâmbio entre áreas, monitoramento de carga
e frequência, dentre outras. É responsável também pelo controle das intervenções
e programação das atividades durante sua execução. A pós-operação é definida por
(QUEIROZ, 2010) como sendo a área responsável pela análise das ocorrências e
perturbações do sistema elétrico, elabora relatórios e estudos com base nos resultados
da operação de tempo real. Faz a gestão dos bancos de dados, históricos e estatísti-
cos, bem como a apuração dos indicadores de qualidade da operação. É função da
pós-operação acompanhar, fiscalizar e auditar o trabalho da operação de tempo real.
SCADA
O Sistema de Supervisão, Controle e Aquisição de Dados, também conhecido
como sistema SCADA são sistemas que utilizam softwares para monitorar e supervi-
sionar variáveis, dispositivos, e equipamentos de controle conectados a ele através
de protocolos de comunicação específicos. De forma genérica o sistema SCADA ou
simplesmente SSC permite ao seu operador controlar partes ou o todo de um processo
qualquer. Esses sistemas são amplamente difundidos em ambiente industrial em fun-
ção das vantagens que ele oferece, como:aumento na qualidade, redução significativa
dos custos operacionais e maior desempenho na produção.
A qualidade é alcançada à medida que se pode monitorar variáveis do processo
produtivo (pressão, temperatura, vazão, etc.). É possível determinar níveis ótimos de
operação da planta e, caso esses níveis saiam da faixa aceitável, o SSC poderá gerar
alarmes em tela de forma que o operador intervenha no processo produtivo a fim
de restaurar o ponto de operação desejado para aquele processo. Uma das maiores
vantagens da automação na indústria é a redução nos custos de operação da planta.
SOE
As listas de alarme e eventos apresentam as ocorrências do sistema de forma
cronológica. Defini-se como evento qualquer ocorrência, variação de estado de uma
variável ou informação que seja gerada no sistema de automação da planta. Quando é
gerado um evento, além da informação sobre a mudança no estado da variável, ele
recebe um uma estampa de tempo que traz a informação do instante em que a variação
na variável ocorreu (dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo). A estampa
de tempo de um evento é gerada pelo equipamento que fez a aquisição da variá-
vel no campo (Relé de Proteção, Unidade de Controle, CLP, UTR, etc.), geralmente este
equipamento é sincronizado por um GPS, utilizando pulsos para manter sincronizado o
relógio do controlador, normalmente usando protocolos de tempo comuns no mercado,
Capítulo 2. Revisão da Literatura 46
tais como o SNTP , IRIG-B e PTP. A precisão para eventos digitais necessária é de
1 ms ou menos de precisão, para atender a requisitos da ONS e para ter uma boa
exatidão no sequenciamento dos eventos, e para eventos analógicos temos 5 ms de
precisão. Os eventos digitais recebem uma estampa de tempo tanto na subida (1)
quanto na descida (0). Já os analógicos são recebem estampa de tempo no caso
de falha ou na variação do valor. Segundo (QUEIROZ, 2010) essa estampa permite a
organização dos eventos do sistema proporcionando a análise temporal da sequência
dos acontecimentos. Alguns processos necessitam desse tipo de tratamento, como por
exemplo, aplicações de energia, em que a ordem dos eventos (atuação de proteção
de um equipamento, abertura de disjuntor, etc.) é fundamental para a análise de uma
perturbação. Essa funcionalidade recebe o nome de SOE (Sequence Of Events) e é
possível apenas através de protocolos de comunicação que sejam capazes de trabalhar
com estampa de tempo.
R Queiroz 2010
A seguir alguns dos recursos exigidos pelo ONS para a interligação de dados
de supervisão, retirados de (ONS, 2009):
• “Ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 milisse-
gundo, com sincronismo por GPS;
• O tempo para a transmissão dos dados para o ONS, durante a operação normal
do sistema, deve ser de 4 segundos em média.
Complexidade da Operação
Capítulo 2. Revisão da Literatura 48
o equipamento que sofrera a falha, para então solicitar ao agente sua recomposição
ao sistema. Caso o operador do agente não consiga disponibilizar o equipamento
para o ONS em menos de um minuto, será cobrada multa por indisponibilidade desse
equipamento. A cobrança é feita por cada minuto de indisponibilidade, e o valor equivale
a cinquenta vezes a receita recebida por minuto de disponibilidade. Como exemplo
pode-se citar uma linha de transmissão que recebe uma receita de R$60,00 por minuto
de disponibilidade.Segundo (QUEIROZ, 2010) uma falha de 15 minutos custaria ao
investidor o equivalente a R$45.000,00 de prejuízo em sua receita presumida. Dessa
forma, o tratamento das informações para a operação do COR/COS é fundamental
para a rápida recomposição do sistema e para a saúde financeira do empreendimento.
Em caso de sinistro de equipamento (explosão de transformador, queda de torres de
transmissão, etc.) a multa máxima é fixada no valor de 12,5% da receita anual presu-
mida do agente (RAP). Esse limite foi estabelecido para evitar que o empreendimento
se torne inviável, levando à falência concessionárias de transmissão.
• Sequência de eventos.
dado, evita o trafego intenso de informação na rede. Nesse protocolo a ocupação dos
canais de comunicação será definida pela variação dos pontos no sistema escravo.
Durante a operação normal, apenas os dados analógicos sofrem variação. No momento
da manobra de algum equipamento ou durante um desligamento, ocorre a variação de
estado de vários pontos digitais (atuação de proteção,mudança de estado de disjuntor,
etc.) ocasionando elevação no tráfego da rede. Embora esse aumento seja significativo
quando a ocorrência envolve o desligamento de vários equipamentos, a ocupação dos
recursos de rede nesse caso nunca poderá ser comparada, por exemplo, à densidade
de dados que trafegam durante o pedido de integridade.De acordo com (MORAES,
2008), o protocolo IEC60870-5-104 utiliza 5 das 7 camadas do modelo OSI. São elas:
Física, Enlace, Rede, Transporte e Aplicação. As camadas de Sessão e apresentação
não são utilizadas nesse protocolo. Este protocolo possui uma série de características
aplicáveis a arquiteturas abertas de sistemas distribuídos destinados à área de energia
elétrica, assim como o DNP3, a seguir algumas características compartilhadas pelos 2
protocolos segundo (SIQUEIRA, 2007):
• Sincronização de Tempo
• Estampa de Tempo
• Ação SBO
• Gestão de senhas;
• Firmwares dos CLPs com assinatura digital para evitar que um firmware errado
ou malicioso seja instalado;
• CLP para controle dos equipamentos e envio de dados da PCH para um COR
ou centro da ONS
Foram apresentados apenas alguns dos mecanismos que podem ser emprega-
dos para melhorar a segurança em sistemas de automação de centrais hidrelétricas.
Vale ressaltar que a segurança cibernética do sistemas não depende apenas de equi-
pamentos, mas também da maneira como usuário utiliza e interage com o sistema.
59
3 Materiais e Métodos
e parada das unidades geradoras. Elas deverão ser responsáveis também por todas
as aquisições de medidas analógicas e eventos digitais necessários para permitir a
supervisão e o controle das unidades geradoras, que serão executados localmente a
partir da IHM da UAC-C e remotamente através do SRSC. Todos os eventos analógicos
e digitais necessários para a supervisão e controle das unidades geradoras alimentarão
as UACs, ou seja, eventos originários:
a) No gerador e no seu regulador de tensão;
b) Na turbina, na adução e no seu regulador de velocidade;
c) No sistema de frenagem;
d) Nos conjuntos de manobra e proteção dos grupos;
e) Nos mancais e seu sistema de lubrificação.
A UAC-C deverá ter como função principal a monitoração e controle das barra-
gens de captação e principal, dos serviços auxiliares de CA e CC, dos conjuntos de
manobra dos transformadores elevadores e de serviço auxiliar, da subestação e dos
sistemas de água de resfriamento e ar comprimido.
Na área da casa de força, a UAC-C tem como função a aquisição dos eventos
analógicos e digitais necessários para a supervisão e controle dos sistemas comuns
das unidades geradoras.
Resumidamente estes sistemas são:
a) Serviços Auxiliares CA e CC;
b) Conjuntos de manobra e proteção dos transformadores elevadores;
c) Conjunto de manobra do transformador de Serviço Auxiliar;
d) Sistemas de água de resfriamento;
e) Sistema de ar comprimido;
f) Subestação (transformadores elevadores, barra 44 kV e disjuntor de linha)
temas que foram abordados são os temas que encontram-se no cápitulo 2 desse
trabalho, dentre eles os mais relevantes foram o estudo sobre casos de modernização
de usinas, tanto grandes usinas como pequenas usinas, a fim de entender melhor o
processo de modernização,tanto do ponto de vista técnico como do ponto de vista
econômico, levantou-se quais seriam as vantagens de um processo de moderniza-
ção. Outro tema que foi abordado e de grande importância foi o centro de operação
remoto, já que um dos objetivos do cliente com a modernização era justamente fazer
o controle da usina em um centro remoto a fim de aproveitar melhor os recursos da
empresa, diminuir os gastos com O&M e melhorar a performance da usina em questão.
Segurança cibernética foi outro tema estudado para o trabalho, pois cada vez mais se
há uma preocupação com a segurança dos ativos nas empresas, visto que o mesmo
avanço tecnológico que possibilita esse monitoramento e controle da usina poderia ser
usado para danificar,prejudicar ou até mesmo parar o processo de geração de energia
na usina , gerando prejuízo econômico e até riscos de segurança as instalações e
funcionários.Outros temas como custo, estrutura de uma PCH, protocolos elétricos e
automação de serviços auxiliares foram estudados e incluidos nas referência,a fim de
proporcionar um embasamento teórico mais amplo sobre o assunto, proporcionando
assim mais propriedade para defender a solução junto ao cliente.
4 Resultados e Discussão
4.1 Resultados
Autoria própria
4 Módulos de redundância
12 Borneiras removíveis
6 Borneiras removíveis
Autoria própria
Capítulo 4. Resultados e Discussão 65
Descrição:
Para as unidades geradoras eram usados controladores redundantes, que
operam em hot stand-by, e fazem o sincronismo das informações entre os controladores
através de módulos de redundância que fazem o espelhamento de memória entre os
controladores. A disponibilidade dos controladores nessa configuração é de 99,999%.
O sequenciamento de eventos é feito no rack que tem os módulos de I/O e envia os
dados com estampa de tempo via rede Ethernet para ambos os controladores, que
enviam via protocolo 104 os dados estampados para o supervisório com exatidão de
1ms. A rede de dados entre as unidades geradoras, serviços auxiliares e o supervisório
é feita via anel de fibra óptica, tendo redundância na comunicação com o sistema de
supervisão.
Custo da solução de hardware padrão para UHE,considerando 2 unidades
geradoras, é de R$ 677000 sem considerar impostos.
Solução técnica adotada para atender aos requisitos da PCH mas com diminui-
ção dos custos do hardware.
Autoria própria
Capítulo 4. Resultados e Discussão 66
12 Borneiras removíveis
6 Borneiras removíveis
Autoria própria
Descrição:
Para as unidas geradoras os controladores redundantes foram substituídos
por controladores simples, a disponibilidade dos controladores nessa configuração
Capítulo 4. Resultados e Discussão 67
4.2 Discussão
para garantir que nenhuma mudança nas entradas seja perdida, após ocorrer algum
evento esse dado sera estampado e enviado para o controlador, que organizará esse
dado para colocá-lo no cabeçalho do protocolo IEC104 e enviá-lo para os centros de
operação.
Na solução para PCH manteve-se os cartões de comunicação serial,que tem
a capacidade de comunicação nos padrões RS-232 e RS-485, além de falar diversos
protocolos seriais como o Modbus RTU, um protocolo amplamente usado no mercado,
e assim possibiliar a comunicação com equipamentos antigos que usem esse protocolo
na usina, ou equipamentos novos mas que por serem de menor custo ainda utilizam
protocolos seriais como o Modbus RTU.
O fato de ter sido usado uma CPU na remota de I/O, se deve a uma questão de
garantia para atingirmos 1ms de precisão na estampa do SOE, pois esse procedimento
requer um processamento adequado para manter a precisão, além de poder ser imple-
mentadas lógicas locais, para no caso de perder-se a comunicação com o controlador
principal a remota possa atuar em alguns pontos para manter o sistema funcionando ou
levá-lo para alguma situação que não apresente riscos aos ativos, assim melhorando a
disponibilidade do processo e segurança.
A escolha de manter a CPU de mais alta performance nos controladores das
unidades geradoras se deve ao fato de que, por serem CPUs de alta performance
com uma memória de armazenamento grande para o mercado de controladores, que
contam com processadores dual core, possibilitam ao cliente processamento suficiente
para que o mesmo possa implementar junto com a lógica de controle das geradoras,
as lógicas para que o controlador desempenhe também as funções de regulador de
tensão e regulador de velocidade, podendo iassim diminuir a quantidade de hardware
envolvidos nesses dois equipamentos, que em usinas antigas costumam ter muitas
partes mecânicas, com um menor desempenho,maior índice de quebra e necessidade
de manunteção e de ajustes mais difíceis do que um regulador de tensão e velocidade
implementado via lógica digital.
A rede de comunicação que na solução para UHE era um anel em fibra óptica,
proporcionando redundância da rede pois usava protocolo MRP dando maior dispo-
nibilidade a comunicação, e o uso da fibra óptica evitava problemas por interferência
eletromagnéticas a que cabos elétricos de par trançado estão sujeitos. Porém para
a solução da PCH para atender ao intuito de redução de custos, a rede em anel foi
trocada por uma rede em estrela, assim foi possível diminuir o número de switches,
e os switches gerenciáveis que são mais caros foram trocados por um único switch
não gerenciável. Para a PCH não a necessidade de comunicação em fibra óptica, visto
que as distâncias entre unidades geradoras, serviços auxiliares e central de controle
não passa de dezenas de metros, podendo ser usado cabo elétrico normal sem ter
Capítulo 4. Resultados e Discussão 70
Outro ponto importante que será conseguido com esse hardware padrão para
PCH, é evitar que a empresa leve multas por indisponibilidade do sistema e por não
cumprir com os requisitos da ONS como SOE de 1ms e envio dos pontos para controle
e supervisão da mesma, lembrando que no sub cápitulo sobre centros de operação
remota deste trabalho,vimos que as multas aplicadas pela ONS podem ser da casa de
dezenas de milhares de reais até valores maiores.
Disponibilidade sistema de
99,999% 99,9%
controle
RV e RT Digital Digital
Autoria própria
72
5 Conclusão
5.1 Conclusão
Referências
AMCHAM. Setor elétrico deve investir até 500 bilhões de reais nos
próximos anos, afirma presidente da Eletrobrás. 2016. Disponí-
vel em: <http://www.amcham.com.br/competitividade-brasil/noticias/
setor-eletrico-deve-investir-ate-500-bilhoes-de-reais-nos-proximos-anos-afirma-presidente-da-elet
html>. Acesso em: 18/03/2017.
MELO, J.; CASTRO, A. Estudo dos custos unitários de O&M. [S.l.], 2006. Disponível
em: <www2.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/.../anexo_iii__nt_098_geracao_propria.
pdf>. Acesso em: 14/03/2017.
Anexo 1