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Revista Maia II – nº2

A evolução administrativa do concelho da Maia Do séc. XIX aos detentores de cargos


públicos de hoje - Rui Teles de Menezes

Decorria o ano de 1836 quando no contexto da reforma administrativa de Mouzinho


da Silveira, a Maia, apesar de ver fortalecida a sua autonomia por via da elevação ao duplo
estatuto de concelho/comarca concedido por Passos Manuel, foi dividida entre os concelhos
vizinhos - Porto, Matosinhos, Vila do Conde, Santo Tirso, Valongo, Gondomar. Passados dois
anos, a Comarca da Maia é extinta e o seu Julgado passa a integrar a Comarca do Porto.

Sucedem-se os anos e continua o “emagrecimento” do concelho da Maia e das suas


“Terras”, em favor das terras limítrofes e até ao aparecimento de novos concelhos. Perdem-se
as freguesias de Malta, Aveleda, Guilhabreu, Mosteiró, Vilar do Pinheiro, forma-se o concelho
de Bouças (Matosinhos).

Nos finais do século XIX, a Maia fica assim reduzida a 16 freguesias: Águas Santas,
Avioso, S. Pedro, Avioso-Santa Maria, Barca, Folgosa, Gemunde, Gondim, Gueifães, Maia,
Milheirós, Moreira, Nogueira, São Pedro de Fins, Silva Escura, Vermoim e Vila Nova da Telha.

Aliado a este processo de erosão territorial e administrativo, ocorrem também


alterações na localização da sede do concelho.

A reforma Administrativa de 1842 implementa os Conselhos Municipais e Conselhos de


Distrito, reforçando a tutela sobre as Câmaras.

Assiste-se a uma centralização de todos os serviços municipais (administração,


fazenda, justiça e recebedoria) num só local, de preferência nos Paços do Concelho, instituídos
pela Portaria de 10 de Junho de 1843. Este processo implicou a transferência dos restantes
serviços - fazenda e administração, para o edifício dos Paços do Concelho no Castêlo da Maia,
onde funcionavam os serviços de recebedoria e justiça.

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