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A Difusão

Unidade curricular: Materiais


1ºciclo
Ano letivo 2019/2020
Engenharia e Gestão Industrial

Grupo:
Carolina Gomes nº43673
David Nunes nº44332
Rebeca Carvalho nº43614
Docente: Professor Doutor Paulo Nobre Balbis dos
Reis
Unidade curricular: Materiais 1ºCiclo Engenharia e Gestão Industrial

Índice
Índice de figuras............................................................................................................iii

1 Introdução...............................................................................................................1

2 A difusão.................................................................................................................2

2.1 Movimentação dos átomos.........................................................................2

2.1.1 Par Difusão............................................................................................................. 2

3 Tratamentos térmicos e termoquímicos..............................................................4

3.1 Têmpera........................................................................................................ 4

3.2 Recozimento.................................................................................................6

3.3 Normalização................................................................................................6

3.4 Solubilização................................................................................................6

3.5 Envelhecimento............................................................................................6

3.6 Homegeneização..........................................................................................6

3.7 Cementação..................................................................................................8

3.7.1 Cementação a plasma frio do aço inoxidável.......................................................10

3.8 Nitretação....................................................................................................14

3.9 Cianetação..................................................................................................15

3.10 Sinterização................................................................................................17

3.11 Boretação....................................................................................................18

3.12 Carbonitretação..........................................................................................18

3.13 Dopagem de semicondutores...................................................................19

4 Mecanismos de difusão.......................................................................................19

4.1 Difusão por lacunas/substitucional..........................................................20

4.1.1 Autodifusão........................................................................................................... 21

4.1.2 Interdifusão........................................................................................................... 21

4.2 Difusão Intersticial.....................................................................................21


i
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5 Fluxo de difusão...................................................................................................22

5.1 Estado estacionário...................................................................................24

5.1.1 Primeira Lei de Fick.............................................................................................. 25

5.2 Estado não estacionário............................................................................25

5.2.1 Segunda Lei de Fick............................................................................................. 25

5.3 Resolução de Problemas...........................................................................26

1. Bibliografia..............................................................................................................1
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Índice de figuras
Figura 1-Par de difusão primeira fase (in scridb.com)..................................3

Figura 2-Par de difusão segunda fase (in scridb.com)..................................3

Figura 3-Têmpera por chama (in blogspot)...................................................5

Figura 4-Têmpera superficial (in blogdometalurgico. Blogspot)....................5

Figura 5-Temperatura de revenimento (in cimm.com)..................................5

Figura 6-Processo de Homegeneização (in directindustry.com)...................7

Figura 7-Profundidade de cementação (in ifba.edu).....................................8

Figura 8-Cementação sólida ou de caixa (in ifba.edu)..................................9

Figura 9-Cementação gasosa (in ifba.edu)...................................................9

Figura 10-Cementação líquida (in slideplayer.com)......................................9

Figura 11-Reator e amostras (in abmproceedings.com).............................11

Figura 12-Espessura das camadas aplicadas as 4 amostras 5%C


H 4,10 % CH 4,20 % CH 4,30 % CH 4 (in abmproceedings.com)......................12

Figura 13_perfis de dureza obtidos para amostras cementadas a plasma (in


abmproceedings.com)..................................................................................13

Figura 14-Nitretação a gás (in ifba.edu)......................................................14

Figura 15-Nitretação liquida (in moldesinjecaoplasticos.com)....................15

Figura 16-Cianetação líquida profundidade da camada (in ifba.edu).........15

Figura 17-Sinterização (in sideplayer.com).................................................17

Figura 18-Dopagem de semicondutores tipo n e p (in slideshare.net)........19

Figura 19-Autodifusão..................................................................................21

Figura 20-Interdifusão(in pt.slideshare).......................................................21

Figura 21-Difusão intersticial (in pmt.usp)...................................................22

Figura 22-perfil de concentração.................................................................23

Figura 23-Difusão em estado estacionário..................................................24

Figura 24-Difusão em estado não estacionário...........................................25


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1 Introdução
A difusão é um dos fenómenos mais importantes quando se têm como
objetivo o estudo dos materiais. Tendo impactos muito positivos na
produção industrial.

Assim, é importante conhecer a sua função, o seu método, o seu objetivo e


a sua aplicação e como realizar a mesma e por fim as suas vantagens e
desvantagens.

Começamos na explicação do termo difusão, ou seja, o significado da


mesma e a origem da necessidade deste método.

Existem inúmeras aplicações que se tornam extremamente importantes no


quotidiano de cada um de nós, por exemplo o evitar da corrosão ou da
degradação de certas pontes ou peças assim como o aumento da sua
dureza e resistibilidade.

Assim neste trabalho, procuramos explicar esse fenómeno exemplificando


aplicações práticas da mesma e todos os fatores teóricos por detrás deste
termo.
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2 A difusão
Começamos por nos imaginar dentro de uma sala, na mesma, constam 5
pessoas. Num segundo momento entra alguém na sala, esta trás um
perfume intenso que rapidamente é sentido por todos nós. Se nos
interrogarmos sobre o porque deste acontecimento facilmente chegamos á
conclusão que se deve á “viagem” que o perfume percorre no ar que nos
envolve a todos. Pois na verdade é mesmo isso que acontece, algo que foi
estudado ao longo do tempo e que se domina de difusão (neste caso
difusão de um gás).

Assim, a difusão é o transporte de matéria na matéria, ou seja, o transporte


de massa num sistema. No entanto, para tal é necessária a existência de
uma variação do potencial térmico, uma agitação térmica, pelo que será
necessário existir uma variação de temperatura no sistema e
consequentemente uma agitação nas partículas que o definem.

2.1 Movimentação dos átomos

Dentro de uma barra metálica existem n átomos que tem tendência a


movimentar-se .Esse movimento é descrito como aleatório(mais
conhecido como random-walk) no espaço, definido assim como
unidimensional.

2.1.1 Par Difusão

Um bom exemplo daquilo que realmente acontece no processo da


difusão,é o par de difusão, uma visão idealiozada desse mesmo processo.

Um par difusão consiste no estudo dos átomos de duas barras metálicas


quando em contacto e aquecidas a uma certa temperatura durante um
certo período de tempo, este processo irá trazer algumas consequências
em ambas as barras como podemos verificar.

(1) Verificamos que existem claramente 2 barras metálicas distintas em que


os seus atómos quase que simulam uma barra entre eles (Figura 1);
(2) Os atómos depois de aquecidos começam a descrever um movimento
existindo assim 3 fases distintas sendo o lado mais a esquerda
referente a um dos metais, o do meio á “mistura” existente entre os dois
e o mais a direita o do segundo metal, comprovando assim o fenómeno
da difusão.(Figura 2);

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Figura 1-Par de difusão primeira fase (in scridb.com)

Figura 2-Par de difusão segunda fase (in scridb.com)

Como podemos verificar, Equação 1, a equação da Taxa de Movimentação


(Coeficiente de difusão) destas mesmas partículas está diretamente
relacionada com a temperatura, assim na presença de uma maior
temperatura também o coeficiente será maior sendo assim benéfico para a
sua difusão.

D=D 0 e−Q / RT

Equação 1-Arrhenius

Em que:

D-Coeficiente de Difusão(m 2/s);

D 0-Fator exponencial independente da temperatura e tabelado( m 2/s);

Q-Energia de ativação de difusão (J/mol);

R-Constante dos gases(8.314 J/mol)

T-Temperatura absoluta (kelvin)

A difusão, pode ocorrer no interior de sólidos líquidos e gases, sendo a


difusão nos sólidos a parte que iremos dar especial atenção ao longo deste
trabalho.

No interior de sólidos essa a difusão poderá ocorrer por movimentação


atómica (que é o caso dos metais), por macromoléculas (nos polímeros) e
por ação de catiões ou aniões (no caso das cerâmicas).

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Nas engenharias é bastante importante reforçar o estudo deste tema, uma


vez que, a difusão define parte da fase de fabrico tanto de peças como de
ligas metálicas.

3 Tratamentos térmicos e termoquímicos


Dependendo de cada liga metálica o do objetivo desta é estabelecido o tipo
de tratamento térmico mais apropriado ao mesmo. Assim, existem vários
tratamentos possíveis sendo esses caracterizados pela temperatura em
que ocorrem, pelo tempo de exposição nessas mesmas temperaturas, pela
velocidade, a forma de resfriamento e a atmosfera onde se procede o
tratamento.

Nos seguintes pontos iremos apresentar alguns destes exemplos


procurando esclarecer os objetivos e as características de cada.

3.1 Têmpera

A têmpera como exemplo de tratamento térmico, consiste num


resfriamento brusco, que irá evitar todos os processos que se deem a
temperaturas mais baixas. Têm como objetivo, obter a martensita (uma
constituinte metaestável endurecido do aço-carbono) e para tal,a partir
deste processo, irá existir uma diferença positiva na resistência do aço,
uma vez quer a mesma diminui a cristalinidade das ligas e aumenta a
resistência de ligas e de plásticos.

Este processo consiste em aquecer a peça pretendida até a sua


temperatura de austenitização(temperatura acima do limite da zona crítica),
sendo a recomendado para aços hipoeutoides acima dos 50, seguida de
um resfriamento brusco, aumentando assim a sua dureza.

Este tratamento pode ser feito por três tipos:

 Têmpera por chama-Tipo de têmpera superficial em que existe um


aquecimento por chama seguido de um resfriamento brusco
normalmente feito em água (Figura 3)
 Têmpera superficial: Aquecimento superficial (á superfície) através
da indução ou chama até a austenitização seguida de um
resfriamento rápido (Figura 4)
 Têmpera total: Aquecimento total da peça até temperatura de
austenitização seguida de resfriamento.

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Figura 3-Têmpera por chama (in blogspot)

Figura 4-Têmpera superficial (in blogdometalurgico. Blogspot)

Ter em atenção que após esta ocorrência, é importante a existência de um


revenimento.

O revenido é importante uma vez que a têmpera apesar de deixar a peça


com maior dureza, deixa a também mais frágil. para atenuar os efeitos
negativos da mesma, o revenido consiste em reaquecer a peça temperada
uma temperatura muito superior á da têmpera (entre 150 e 600)(Figura 5).

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Figura 5-Temperatura de revenimento (in cimm.com)

3.2 Recozimento

Durante o processo de deformação mecânica, não só as dimensões do


material são alteradas, mas também a microestrutura resultante no material
deformado, ocorrendo assim mudanças microestruturais e uma diminuição
da dureza do material.

O recozimento consiste em colocar o material em uma temperatura acima


da temperatura de recristalização durante minutos ou horas.

3.3 Normalização

A normalização caracteriza-se por um resfriamento lento, cuja temperatura


dependerá da composição do aço.

3.4 Solubilização

A solubilização é essencial para a eliminação de precipitados no material e


é recorrentemente aplicada em aços inoxidáveis. As temperaturas
utilizadas nos tratamentos térmicos de solubilização são elevadas e
próximas do ponto de fusão das ligas.

3.5 Envelhecimento

O tratamento térmico de envelhecimento (ou recozimento isotérmico) tem


em vista a formação de precipitados que aumentam a resistência do
material. Estes tratamentos são realizados em temperaturas onde o
diagrama de equilíbrio mostra a presença de pelo menos duas fases.

3.6 Homegeneização

A homogeneização(Figura 6) é um tratamento térmico a altas temperaturas


que visa homogeneizar a composição química do material. O tratamento
térmico de homogeneização permite obter um material uniforme onde os
defeitos podem ser parciais ou completamente eliminados. Normalmente é
realizado em peças fundidas e o tempo de duração é bastante longo,
podendo chegar a dias.

O processo de homogeneização inicia-se pelo aquecimento a uma


temperatura próxima da fusão, devendo manter-se a essa temperatura
durante um intervalo de tempo. A temperatura de homogeneização não
deve ultrapassar a temperatura de fusão dos elementos.

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Durante a solidificação de uma liga, é transferido soluto para o líquido


quando a solubilidade do soluto no sólido é menor que no líquido, sendo
que neste caso o coeficiente de distribuição é inferior a 1.

Para k < 1, há um aumento da concentração de soluto no líquido à medida


que se aumenta a fração solidificada, tendo o primeiro sólido formado a
composição, kCo, onde Co é igual à concentração da liga.

Para descrever a cinética de homogeneização, as equações são obtidas


resolvendo-se a equação de difusão em estado não estacionário (2ª Lei de
Fick).

As variáveis do processo de homogeneização, representadas na Tabela


2.4, dependem da composição da liga. A difusibilidade dos elementos de
liga é outro fator que influencia a homogeneização e pode ser agrupada em
três categorias:

Difusibilidade elevada – Cu, Mg, Si e Zn

Difusibilidade moderada – Cr, Mn, Ti, V e Zr

Difusibilidade muito reduzida – Fe

Figura 6-Processo de Homegeneização (in directindustry.com)

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3.7 Cementação

A cementação diz respeito a um tratamento termoquímico que tem por


base a introdução de carbono na superfície de aço, por exemplo a difusão
de carbono na estrutura de átomos de Fe numa camada superficial da
peça, de maneira a aumentar a sua dureza.

Este processo pode assim ser realizado em meio sólido, líquido, gasoso ou
mesmo através de plasma. Tal como todos os tratamentos que têm por
base a difusão, este não foge as características do mesmo, uma vez que,
os resultados obtidos após a realização da cementação, variam consoante
a temperatura, o tempo de tratamento (tendo em atenção que poderá
alcançar a saturação o que não será ideal), a velocidade de fornecimento
de carbono e por fim, da composição química do aço onde se irá inserir o
carbono.

Geralmente este tipo de tratamento é utilizado em aços carbono ou ligas


com teores de carbono até 0.2% (podendo assim ser aumentadas ate 0.8%
ou 10 %).A temperatura deste tipo de tratamento geralmente varia entre os
815 e os 950.

No caso da cementação numa liga de ferro, a sua equação é dada por:

Fe+2 CO → Fe+ C O2

Ou seja, o aço é aplicado numa atmosfera rica em carbono, podendo este


ser fornecido através de um gás ou por um banho líquido de sais. A dureza
dessa superfície é de 55 a 60 HRC, e a profundidade da camada
cementada varia normalmente entre 0.5 a 1.5mm.

Essa profundidade varia, tendo como principal razão da sua discrepância a


temperatura a que é feito o tratamento e o tempo (Figura 7).Como
conseguimos verificar quanto maior o tempo de cementação maior a
profundidade e a temperatura tem uma influência exponencial.

Figura 7-Profundidade de cementação (in


ifba.edu)
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A cementação pode ser dividida em 3 variáveis onde essa profundidade


varia. Sendo elas:

 Cementação sólida (Figura 8): 0.6 a 6 mm;

Figura 8-Cementação sólida ou de caixa (in ifba.edu)

 Cementação gasosa (Figura 9):0.5 a 2.00 mm;

Figura 9-Cementação gasosa (in ifba.edu)

 Cementação liquida(Figura 10):


 Em banhos a baixas temperaturas:0.08 a 0.8
mm
 Em banhos a altas temperaturas:0.5 a 3.00 mm

Figura 10-Cementação líquida (in slideplayer.com)

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Este tipo de tratamento tem inúmeras desvantagens uma vez que


requer uma grande limpeza da superfície e se mostra um processo
tóxico.

Vantagens

• Obtenção de apreciáveis profundidades de penetração em tempo


relativamente curto, pois a peça entra em contato direto com a massa
líquida;

• Proteção efetiva contra descarbonetação;

• Possibilidade de operação contínua, pela colocação ou retirada


das peças, enquanto outras ainda estão em tratamento.

Desvantagens

• Alta toxidez dos cianetos;

• Necessidade de limpeza posterior em alguns casos, como a


têmpera em óleo;

3.7.1 Cementação a plasma frio do aço inoxidável

Ao longo do tempo a utilização de aços inoxidáveis têm aumentado. Com o


aumento da população, gera-se também a necessidade de um aumento de
estruturas, de facilidades, de inúmeras coisas que anteriormente não
seriam necessárias em tanta quantidade. Para tal, também é necessário
melhorar as características da mesma, de maneira a conseguir oferecer o
melhor á população. Assim, todas as infraestruturas que necessitem de
uma grande exposição ao dia, ao calor, a chuva, a todos os fatores que o
passar do tempo contêm, necessitam também de uma barreira protetora,
que não permita o desgaste dos mesmos e que permita a sua preservação.

Peças inoxidáveis têm a característica de não se desintegrarem em


ambientes muito corrosivos, podendo assim aguentar ambientes muito
severos, desde marítimos, terrestres ou em situações ácidas. Para
melhorar essa característica é necessária um aumento da dureza
superficial desses aços inoxidáveis, e para tal recorremos a cementação a
plasma frio.

Para aços carbono, a resistência ao desgaste é aumentada com a


utilização da cementação convencional, realizadas sobre a temperatura de
900 o que não é possível de aplicar em aços inoxidáveis, pois levaria á
sua degradação (o oposto do pretendido). Ou seja, teremos de arranjar
uma solução semelhante a esta mas com uma temperatura mais baixa, e é
aí, que se inclui a cementação a plasma frio, que consiste num tratamento

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a temperaturas inferiores a 500 evitando assim a degradação do material,


uma vez que se cria compostos de cromo. A partir da cementação a
plasma frio, é possível obter inúmeras vantagens como, produtos com
superfícies endurecidas, resistentes ao desgaste e com capacidade de
absorver impactos.

Em comparação com outros métodos, o mesmo apresenta maior eficiência


energética, baixo consumo de gás e uma extraordinária inexistência de
produtos poluentes ou tóxicos.
3.7.1.1 Método

Utilizando uma barra de aço inoxidável de composição escrita no gráfico


abaixo(Tabela 1), com comprimento de 1 m por 32 mm de diâmetro, esta
foi seccionada de maneira a se obter patilhas redondas com espessura de
5mm por 32 mm de diâmetro. As amostras têm de ser polidas e lixadas.
(Nesta experiência, é utilizado o reator REATOR THOR NP 5000, da SDS
(Figura 11), para execução dos tratamentos da cementação a plasma em
baixa temperatura).

Tabela 1-Composição quimica aço AISI 316 %massa(in abmproceedings.com)

Figura 11-Reator e amostras (in abmproceedings.com)

As condições de desgaste foram utilizadas com a uma solução abrasiva


preparada com 100 ml de água destilada e 75g de carbeto de sílicio que

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gotejava três gotas por segundo sobre o contato da esfera com a superfície
da amostra, por sua vez a esfera de aço inoxidável de diâmetro 25,4mm;
foi exercida uma pressão através de seu peso sobre a amostra enquanto
girava, esta pressão foi regulada pela inclinação do ponto de contato em
relação à esfera, até ser obtida uma medida de força correspondente a
0,3N pela célula de carga do equipamento, a velocidade de rotação do eixo
do motor utilizada foi de 150RPM, os dados eram indicados no painel de
controle do equipamento.
3.7.1.2 Observação de resultados

As camadas formadas pela austenita expandida ou Fase S, foram medidas


com o microscópio eletrônico Inspect 55 na direção transversal ao
tratamento, após ataque químico revelador com água régia. Para
determinar as fases presentes utilizou-se difratômetro (DRX) modelo D8
Phaser, foi realizado lixamento prévio das amostras a 800# de modo a
remover a camada de sujeira nas superfícies, seguido de limpeza das
superfícies com acetona, para evitar interferências da medição.
3.7.1.2.1 Espessura das camadas

Para observar a espessura das camdas obtidas recorre.se a microscopia


eletrônica e como se observa na Figura 12, após a aplicação dos
tratamentos desejados, são apresentadas camdas com espessura de
5.13m,3.81 m,1.68m e 1.43 m , as regiões das camadas não sofreram
ataque químico, indicando claramente um aumento da resistência á

corrosão.

Figura 12-Espessura das camadas aplicadas as 4 amostras 5%C


H 4 , 10 % CH 4 , 20%C H 4 , 30 %C H 4 (in abmproceedings.com)

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3.7.1.2.2 Perfis de dureza

A amostra de controle apresentou dureza de 220 Hv , então realizou-se as


medidas de dureza atºé ser obtido 220Hv nas amostras tratadas, chegando
assim a conclusão que a amostra de 5% C H 4 apresentou uma dureza na
faixa de 305 Hv, como conseguimos verificar pelo gráfico abaixo.

Figura 13_perfis de dureza obtidos para amostras cementadas a plasma (in


abmproceedings.com)

3.7.1.2.3 Conclusão

Concluímos assim que quando aplicado este método (cementação a


plasma frio) a um aço inoxidável os resultados tornam se bastante positivos
podendo então melhorar não só a qualidade do material como a qualidade
de vida da população em geral. Sendo assim aconselhável a sua
realização.

Verificamos um aumento de dureza de grande escala assim como da


criação de uma camada espessa que permite o adiamento dessa
destruição causada naturalmente e que se torna muito prejudicial e as
vezes até nocivo.

(Atendendo ao facto de não ser possível efetuar a experiência


laboratorialmente recorremos á descrição de uma experiência
“Cementação do aço inoxidável realizada por Henrique Gobbi Soares e
Adonias Ribeiro Franco Jr, Engenheiro, Mestrando em Engenharia
Metalúrgica e de Materiais, Instituto Federal do Espirito Santo, Vitória, ES,

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Brasil e Engenheiro, Dr., Professor, PROPEMM, Instituto Federal do


Espirito Santo, Vitória, ES, Brasil,respetivamente,[31].)

3.8 Nitretação

A nitretação consiste na introdução de nitrogénio no aço, pelo aquecimento


deste a temperaturas relativamente baixas(de 500C a 570C) face á
cementação (com temperaturas entre os 815C e os 950) formando assim
uma camada de nitretos no aço. O facto deste tratamento ser realizado a
temperaturas inferiores as da cementação, permite que não exista tanta
distorção na peça assim como uma camada menos espessa.

Assim a nitretação, tem o objetivo de aumentar a dureza superficial do aço


(até 70 Rc), diminuir a fadiga do material, a corrosão, e aumentar a
resistência ao desgaste.

Tal como a cementação a nitretação pode ser efetuada em 3 formas:

 Nitretação a gás(Figura 14): Submete-se uma peca a uma atmosfera


amónia entre os 500 e os 550. Criando uma camada de espessura
máxima de ≈ 0.7mm

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Figura 14-Nitretação a gás (in ifba.edu)

 Nitretação liquida(Figura 15):A uma temperatura de 500a 570,


submete-se a peça a um banho líquido de cianeto, o que acaba por
adici0onar um pouco de carbono á mesma. A desvantagem deste
tipo de nitretação é que é formada uma camada muito pouco
espessa de ≈ 0.015mm.
Este tipo de nitretação leva aproximadamente 2 horas.

Figura 15-Nitretação liquida (in moldesinjecaoplasticos.com)

3.9 Cianetação

A cianetação sendo também um processo de endurecimento superficial,


baseia-se na introdução de carbono e de nitrogénio na superfície de uma
peça. Esta é aquecida acima da sua temperatura de autentinização de
maneira a absorver o máximo de carbono e de nitrogénio.

A peça é submetida a uma têmpera (explicita em 3.1) dando assim a


possibilidade ao aço de desenvolver uma camada resistente ao desgaste.

Este tipo de tratamento é geralmente líquido com temperaturas entre os


760 e os 870 .

Uma vez que se trata de um tratamento líquido, este consiste num banho
de sais onde a peça é “mergulhada”. Este banho é assim constituído por
cloreto de sódio (0 a 30 %), cianeto de sódio (30 a 97 %) e carbonato de
sódio (2 a 40%).

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A profundidade da camada cianetada varia entre os 0.06 e os 0.150 mm


(Figura 16) e é composta por duas zonas distantes, sendo a mais extrema
denominada de martensítica e a mais interna denominada de bainítica,
apresentado assim um baixo teor de carbono.

Figura 16-Cianetação líquida profundidade da camada (in ifba.edu)

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3.10 Sinterização

Um pó compactado é aquecido a temperaturas inferiores às temperaturas


de fusão, pelo que as partículas aproximam-se formando um corpo
densificado.

A força motriz para a sinterização é a redução da área superficial (e da


energia superficial) no compacto de partículas. A redução de energia
ocorre através de processos que envolvem a difusão atómica e originam
dois fenómenos diferentes, tais como a densificação (superfície com alta
energia) e o crescimento de grãos ou poros (superfície com baixa energia).

Densificação: Transporte de materiais para dentro dos poros e


consequentemente a diminuição do seu tamanho podendo ocorrer a
eliminação desses poros.

Crescimento de grãos ou poros: Rearranjo de matéria na superfície dos


poros causando arredondamento sem densificação.

A sinterização é utilizada para a fabricação de peças em cerâmica ou de


peças metálicas de formas complexas.

A sinterização(Figura 17) é comumente processada em fomos contínuos ou


semicontínuos, caracterizado por 3 zonas de operação:

AT 411 Processos de Corte 04/agosto/2006

• Pré-aquecimento;

• Manutenção;

• Resfriamento.

Figura 17-Sinterização (in sideplayer.com)

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3.11 Boretação

Enriquecimento superficial em boro no aço com formação de boretos de


ferro.

A boretação pode ser:

 Gasosa
 Líquida
 Sólida

Boretação gasosa

Emprega um gás 100 vezes mais venenoso que o cianogênio.

A espessura da camada boretada varia de 10 a 300 mícrons existindo


processos que permitam a mesma chegar até 1 milimetro de profundidade.

Boretação líquida

Apresenta dificuldades de introdução do boro no aço por formar camadas


bifásicas contendo Fe2, B e Fe B, que dificultam a penetração do boro.

Boretação sólida

As fontes de boro são boro puro, ferro boro e carboneto de boro.

3.12 Carbonitretação

Ao aço é-lhe introduzido carbono e nitrogénio, sendo que o carbono


provém de um gás rico em carbono e o nitrogénio a partir do amoníaco.

É efetuado a temperaturas compreendidas entre 700 e 900ºC e o tempo


varia entre 30 minutos a 6 horas.

O objetivo deste tratamento é assim,formur no aço uma camada resistente


ao desgaste de 0.07 a 0.7 mm.

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3.13 Dopagem de semicondutores

Os semicondutores dopados são materiais nos quais predominam


portadores, isto é eletrões ou lacunas. Quando os portadores maioritários
são os electrões (carregados negativamente) o semicondutor é de tipo n.
No entanto, se as lacunas forem os portadores maioritários (carregados
positivamente) o semicondutor será de tipo p.

O processo de dopagem(Figura 18) consiste na introdução de átomos


(denominados por impurezas) na estrutura cristalina de um elemento. Se
os átomos introduzidos forem de um elemento pentavalente significa que o
semicondutor é de tipo n (portadores são os eletrões), uma vez que cada
átomo doa os eletrões livres para a estrutura cristalina do elemento e os
restantes eletrões participam em ligações covalentes. Porém, se os átomos
introduzidos forem de um elemento trivalente, o semicondutor será de tipo
p (as lacunas são os portadores), já que cada átomo ocupa a posição de
um átomo na estrutura cristalina do elemento originando uma lacuna.

Figura 18-Dopagem de semicondutores tipo n e p (in slideshare.net)

4 Mecanismos de difusão
De uma perspetiva atómica, a difusão é a migração em etapas dos átomos
de um sítio para outro do retículo cristalino ou o transporte de matéria no

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estado sólido por movimento atómico, induzido por agitação térmica. De


fato, os átomos em materiais sólidos estão em movimento constante,
mudando rapidamente de posição.
Para um átomo fazer esse tipo de movimento devem estar presentes duas
condições: deve existir um sítio adjacente vazio e o átomo deve possuir
energia suficiente para quebrar as ligações atómicas que o une aos seus
átomos vizinhos e assim causar alguma distorção na rede cristalina durante
o deslocamento.
A uma temperatura específica, uma pequena fração do número total de
átomos é capaz de realizar movimento por difusão, em virtude das
magnitudes das suas energias vibracionais. Essa fração aumenta em
função do aumento da temperatura. Foram propostos diversos modelos
diferentes para este movimento atómico:
 O mecanismo de difusão por lacunas ou difusão substitucional envolve o
deslocamento de um átomo de uma posição normal da rede para um
sítio vago do retículo, ou lacuna adjacente, exige a existência de
lacunas).
 O mecanismo de difusão intersticial dá-se pelo movimento através dos
interstícios. Nas redes cristalinas, ocorre difusão intersticial quando os
átomos se movem de um interstício para outro vizinho, sem provocarem
deslocamentos permanentes dos átomos da rede cristalina da matriz e
não exige lacunas.
4.1 Difusão por lacunas/substitucional

Nas redes cristalinas, os átomos podem mover-se de uma posição


atómica para outra, se a energia de ativação fornecida pela vibração
térmica dos átomos for suficiente e se existirem, na rede, lacunas ou outros
defeitos cristalinos para os quais os átomos se possam mover.
Nas ligas metálicas as lacunas são defeitos de equilíbrio logo, existem
sempre algumas lacunas, o que permite a ocorrência de difusão atómica
substitucional. À medida que a temperatura do metal aumenta, o número
de lacunas presentes também aumenta, assim como a energia térmica
disponível, deste modo a velocidade de difusão é maior a temperaturas
mais elevadas. Tanto a autodifusão como a interdifusão ocorrem por este
mecanismo; no caso desta última, os átomos de impureza devem substituir
os átomos hospedeiros.
4.1.1 Autodifusão

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 A autodifusão é um processo químico pelo qual onde os átomos sofrem


difusão no interior de outro átomo da mesma espécie. Sua constatação
não pode ser feita por meio do acompanhamento de alterações da
composição dos átomos(Figura 19).

Figura 19-Autodifusão

4.1.2 Interdifusão

 A interdifusão (Figura 20) consiste num processo químico


onde os átomos de um metal sofrem difusão no interior
de outro átomo de uma espécie diferente. É constatada
por mudanças de concentração que acontecem ao longo
do tempo.
Figura 20-Interdifusão(in pt.slideshare)

4.2 Difusão Intersticial


Este tipo de difusão(Figura 3) envolve átomos que migram de uma
posição para uma outra vizinha que esteja vazia. Esse mecanismo é
encontrado para a interdifusão de impurezas tais como hidrogénio,
carbono, nitrogénio e oxigénio, que possuem átomos pequenos o suficiente
para se encaixarem no interior das posições intersticiais.

Os átomos hospedeiros e os átomos de impurezas substitucionais


raramente formam intersticiais e normalmente não se difundem através
deste mecanismo e esse fenómeno é chamado de difusão intersticial.

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Na maioria das ligas metálicas, a difusão intersticial ocorre muito mais


rapidamente do que a difusão por lacunas, uma vez que os átomos
intersticiais são mais pequenos, e dessa forma são também mais móveis e
além disso, existem mais posições intersticiais vazias do que lacunas logo,
um movimento atómico intersticial é maior em comparação à difusão por
lacunas.

Figura 21-Difusão intersticial (in pmt.usp)

5 Fluxo de difusão
O fluxo de difusão (J) é utilizado para quantificar a rapidez do fenómeno da
difusão relativamente ao tempo.

Fluxo de Difusão (J) – É o número de átomos M difundindo através de uma


área unitária perpendicular à direção do movimento de massa de um sólido
por unidade de tempo.

J=M/At

M – Número de átomos

A – Área onde a difusão ocorre

T – Tempo decorrido

Na forma diferencial,

J=1/A ∂M/∂t

No Sistema Internacional (SI) as unidades para J são kgm-2s-1 ou


átomosm-2s-1.

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No caso da difusão unidimensional, a concentração C dos átomos que se


difundem é em função da posição x no interior do sólido e do tempo t de
difusão. Então, C = f (x, t).

Inicialmente, o solvente circundante não se move. Se a concentração de


soluto é completamente uniforme, não há nenhum fluxo efetivo. As
partículas movem-se tanto para a esquerda quanto para a direita e a
concentração permanece constante. Para um problema unidimensional,
não há fluxo efetivo se ∂C/∂x=0, mas haverá fluxo se ∂C/∂x≠0.

A força que promove a difusão é a existência de um gradiente de


concentração.

A curva ao lado representa C em


função da posição x no interior de
um sólido num dado instante de

tempo t.

É denominada perfil de
concentração.(Figura 22)

Gradiente de concentração=dC/dx

Figura 22-perfil de concentração

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5.1 Estado estacionário


O fluxo difusional não varia com o tempo nem com a posição. Assim,
denominamos a difusão em estado estacionário ou difusão em regime
permanente.

dC/dx=cte -> C = f(x) uma função linear de x.

A difusão em estado estacionário(Figura 23) ocorre a uma velocidade


constante, ou seja, no início do processo o número de átomos (ou moles)
que cruzam uma dada interface (fluxo) é constante ao longo do tempo.

dC C A −C B
=
dx X A − X B

Figura 23-Difusão em estado


estacionário

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5.1.1 Primeira Lei de Fick

Esta lei está associada à difusão em estado estacionário.

dC
J=−D
dx

Como D ≥ 0, o sinal negativo na lei de Fick revela que o fluxo ocorre na


direção contrária à do gradiente de concentração isto é, no sentido de
concentrações altas para regiões de baixas concentrações.

Na primeira lei de Fick, o potencial termodinâmico ou força motriz

para que ocorra o fenômeno de difusão é o gradiente de concentração.

5.2 Estado não estacionário


Na difusão em estado não-estacionário(Figura 24) ou regime transitório
tanto o fluxo de difusão quanto o gradiente de concentração, numa dada
posição x, variam com o tempo t. Como resultado, ocorre uma sobrecarga
ou esgotamento líquido do componente que se encontra em difusão.

Figura 24-Difusão em estado não estacionário

5.2.1 Segunda Lei de Fick

A segunda lei de Fick traduz-se assim por:

∂C ∂2 C
=D 2
∂x ∂x

Uma aplicação da segunda lei de Fick:

Um sólido semi-infinito em que a concentração do soluto CS na superfície é


mantida constante durante a difusão.

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Assume-se também que os átomos do soluto presentes no interior do


sólido, antes do processo de difusão, estão uniformemente distribuídos
com concentração C0.

Tomando x = 0 na superfície e x > 0 no interior do sólido e considerando t =


0 o instante de tempo imediatamente anterior ao início do processo de
difusão.

Assim teremos:

Para t = 0, C = f(x,0) = C0 em 0 = x = 8.

Para t > 0, C = f(0,t) = CS.

Para t = 0, C = f(t,x) = C0 em x = 8.

5.3 Resolução de Problemas


1) . Determine o tempo necessário para que um aço contento 0,2% em
peso de carbono tenha, numa posição 2 mm abaixo da superfície, um
teor de carbono de 0,45%. Durante o tratamento de cementação
realizado a 1000C, o teor de carbono na superfície foi mantido em
1,3%. O coeficiente de difusão do carbono neste aço é dado pela
expressão:

D=10−5 exp ( −32400


1.987T )
2
;(m /s )

Resolução:

Na temperatura de 1000C, D=2,74x10-11 (m2 /s)

C X −C O
Temos enriquecimento da superfície em carbono, logo = 1-erf¿),
C S−C O
0.45−0.2
substituindo os valores tem-se: =1-erf¿),
1.3−0.2
x
erf¿)=0.7222 para esse valor z= =0.7678
2 √ Dt
2 ×10−3
=0.7678
2 √ 2.74 ×10−11 t
t=13.2 horas

2) Suponha que átomos intersticiais se movimentam de um local para o


outro com taxas de 5 ×108 saltos por segundo a 500C e de 8×10 10 a
800.Calcule a energia de ativação Q referente a esse processo.

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3) De acordo com a primeira lei de Flick, qual é o potencial termodinâmico


para a ocorrência da difusão?
Resposta: Gradiente de concentração

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1. Bibliografia
(acesso internet abril 2020)

1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Difus%C3%A3o_molecular
2. http://sites.poli.usp.br/d/pmt2100/Aula04_2005%201p.pdf
3. http://sisne.org/Disciplinas/Grad/Biofisica2FisMed/aula1.pdf
4. http://moldesinjecaoplasticos.com.br/tratamentos-termoquimicos/
5. http://sites.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/aulas/Tratamento_termico_e
_superficial.pdf
6. https://www.passeidireto.com/arquivo/18811317/tratamento-termico
7. http://sites.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/aulas/Tratamento_termico_e
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8. https://www.academia.edu/11535378/Materiais_de_Engenharia_Padilha
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9. https://pt.scribd.com/document/327332926/Aula-Difusao
10. http://sites.poli.usp.br/d/pmt2100/Aula04_2005%201p.pdf
11. https://www.docsity.com/pt/ciencias-dos-materiais-difusao/4861216/
12. file:///Users/beckycarvalho/Downloads/docsity-ciencias-dos-materiais-
difusao.pdf
13. https://www.passeidireto.com/arquivo/42411010/aula-9-primeira-e-
segunda-lei-de-fick
14. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4839390/mod_resource/content
/6/PMT3110_T%C3%B3pico_04_2018.pdf
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tratamento-de-tempera-e-suas-variacoes-tempera-austempera-
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17. https://www.nei.com.br/Nitrocarbonetacao-Gas-Nitrion/pg/4lqLnaAnk
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19. http://moldesinjecaoplasticos.com.br/tratamentos-termoquimicos/
20. http://sites.poli.usp.br/geologiaemetalurgia/Revistas/Edi
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tratamento-termoquimico-de-cianetacao-e-carbonitretacao
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eletrosttica/4
31. http://www.pmt.usp.br/pmt5783/lista05_Difusao.pdf
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