Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RIO DE JANEIRO
2018
LEONARDO DE OLIVEIRA PEREIRA
RIO DE JANEIRO
2018
LEONARDO DE OLIVEIRA PEREIRA
BANCA EXAMINADORA:
______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP
______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP
______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais que sempre me deram apoio para seguir em frente nos
momentos de dificuldades, à minha esposa Janaina que a cada dia renova minhas forças com
seu carinho, amor e dedicação e a meu filho por me tornar uma pessoa melhor a cada dia.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado a vida e sobretudo saúde para cumprir esta jornada.
A minha esposa Janaina e meu filho Pierre que durante todo este tempo me deram
apoio e carinho para que eu pudesse desenvolver e concluir este trabalho.
A todos os meus companheiros de estudos, a coordenadora Solange Mathias e todos os
professores do INBEC que fizeram parte deste período.
Aos meus companheiros de obras que até então passei, pelos ensinamentos de um
novo conceito profissional.
Enfim a todos aqueles que de algum modo compartilharam comigo das dores, aflições,
descobertas, prazeres e alegrias que fizeram parte deste caminho.
Obrigado pela ajuda e compreensão.
“Porque somos mortais, certamente mortais,
inevitavelmente mortais, tendemos a acreditar
que tudo que dura mais do que nós é eterno.
Nossa crença, em realidade é simplesmente
desejo ou talvez mentira que nos pregamos
porque queremos acreditar que tudo aquilo que
fazemos , que construímos ou de que
participamos da criação, brilhará para sempre
no infinito.”
Vicente Souza
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido para subsidiar profissionais atuantes em estruturas de concreto
voltados para recuperação estrutural, apresentando em seu corpo textual um material teórico
capaz de orientar e apresentar, de forma técnica, um caminho de investigação de patologias
em pilares antigos, sendo ainda exposto ao longo de seu desenvolvimento um estudo de caso,
informando a condição estrutural ao qual se apresentavam as estruturas de concreto dos
pilares do Estádio do Maracanã antes da reforma para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Para maior entendimento, foram utilizados conceitos teóricos e relatórios técnico do Prof. Dr.
Enio Pazini Figueiredo (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS) suficientes para
apresentar o assunto de forma objetiva, sendo estes delimitados da seguinte forma: i)
diferença entre patologia e manifestação patológica, ii) histórico do maracanã e seu corpo
estrutural, iii) manifestações patológicas investigadas, iv) metodologias de investigação v)
resultados obtidos nas investigações e vi) recuperação dos elementos estruturais
comprometidos. Diante do que se foi exposto no trabalho, é concluso a notória importância de
investigações cada vez mais técnicas nas estruturas de concreto antigas visto o alto grau
comprometimento estrutural a que se expõem as antigas construções.
This work was developed to support professionals working in concrete structures aimed at
structural recovery, presenting in their textual body a theoretical material capable of orienting
and presenting, in a technical way, a path of investigation of pathologies in ancient pillars,
being still exposed along of its development a case study, informing the structural condition
to which the concrete structures of the pillars of the Maracanã Stadium were presented before
the reform for the 2014 Football World Cup. For further understanding, theoretical concepts
and technical reports were used of Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo (UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS) sufficient to present the subject objectively, being delimited as
follows: i) difference between pathology and pathological manifestation, ii) history of
maracana and its structural body, iii) pathological manifestations investigated, iv) research
methodologies v) results obtained in the investigations and vi) recovery of the structural
elements involved. In the light of what has been exposed in the work, the notorious
importance of more and more technical investigations in the old concrete structures is
concluded, considering the high degree of structural compromise to which the old
constructions are exposed.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 11
1.1. Objetivo Geral...................................................................................................................... 11
1.2. Objetivos Específicos ............................................................................................................ 11
1.3. Estrutura do trabalho ........................................................................................................... 11
2. PATOLOGIA X MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ........................................................................ 12
3. O MARACANÃ ......................................................................................................................... 14
4. A ESTRUTURA DO MARACANÃ ................................................................................................ 16
5. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS A SEREM INVETIGADAS NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO DOS
PILARES A, B e C.......................................................................................................................... 18
5.1. Heterogeneidade do concreto .............................................................................................. 18
5.2. Corrosão das armaduras ....................................................................................................... 18
5.2.1. Devido a “Nichos de concretagem” ............................................................................................ 19
5.2.2. Devido a “Velocidade e potencial de corrosão das armaduras” ............................................. 22
5.2.3. Devido a “Corrosão das armaduras devido a “Carbonatação do concreto” ............................ 23
5.2.4. Devido a “Presença de cloretos livres” ....................................................................................... 24
6. MÉTODOS UTILIZADOS PARA DETECÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS ESTRUTURAS
DOS PILARES RECUPERADOS ....................................................................................................... 25
6.1. Ensaio de Esclerometria ....................................................................................................... 27
6.2. Detector Eletromagnético das armaduras ............................................................................. 29
6.3. Velocidade de corrosão ........................................................................................................ 30
6.4. Aspersão de Fenolftalteína ................................................................................................... 32
6.5. Aspersão de Nitrato de Prata................................................................................................ 33
6.6. Ensaio Ultrasônico ............................................................................................................... 35
6.7. Extração de testemunhos ..................................................................................................... 35
7. RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS ................................................................ 37
8. PROCEDIMENTOS APLICADOS PARA RECOMPOSIÇÃO DA PARTE INFERIOR DOS PILARES
AFETADOS POR CORROSÃO DE ARMADURAS .............................................................................. 38
8.1. Remoção dos revestimentos existentes sobre os pilares ....................................................... 38
8.2. Limpeza prévia das superfícies de concreto........................................................................... 39
8.3. Demarcação e corte das regiões de reparo ............................................................................ 39
8.4. Recomposição das armaduras corroídas ............................................................................... 40
8.5. Limpeza ............................................................................................................................... 40
10
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo geral apresentar ao leitor um conteúdo didático
capaz de auxiliar profissionais que atuam na área de Patologia das Estruturas de Concreto a
alcançar uma definição clara do tipo de intervenção mais indicada e urgente para a extinção
das causas que originam as manifestações patológicas em pilares nas obras usando como
estudo de caso o processo de reforma pelo qual o estádio do Maracanã passou para realização
dos jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Para tanto, é necessário um bom diagnóstico
destas manifestações, feita por um profissional especializado, através de uma investigação
detalhada. Atualmente contam-se com várias metodologias investigativas e procura obter o
maior número de informações possíveis.
que adquiri durante o período em que estive trabalhando no estádio do Maracanã para
execução da reforma. Através de pesquisas bibliográficas e com base nos relatórios
elaborados pela equipe liderada pelo Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo, desenvolveu-se a
estrutura deste trabalho de forma objetiva, apresentando a história do Estádio do Maracanã e
sua estrutura física, métodos de investigação de manifestações patológicas nos Pilares de
concreto armado, anomalias estruturais dessas estruturas, alguns resultados dos ensaios
realizados através das investigações, métodos de recomposição dos elementos estruturais
comprometidos e a conclusão do trabalho.
Em outros termos, para uma melhor comparação, segundo Benigno (2011, ed.174),
“uma manifestação patológica é a expressão resultante de um mecanismo de degradação e a
13
patologia é uma ciência formada por um conjunto de teorias que serve para explicar o
mecanismo e a causa da ocorrência de determinada manifestação patológica.”
Pode-se, através da análise dessas definições, concluir que Patologia é um termo mais
abrangente do que Manifestação Patológica, sendo esta uma ciência que estuda o estado de
conservação, mediante apresentação do estado de degradação na qual uma estrutura pode estar
sujeita.
As causas das manifestações patológicas são fatores que motivam o desempenho
insatisfatório das estruturas de concreto. Tais manifestações são classificadas de acordo com a
origem das manifestações patológicas que podem ser, segundo Pujadas (2014), Endógenas,
que são provenientes de vícios de projeto, materiais e execuções, Exógenas, que são
decorrentes de danos causados por terceiros, Naturais, que são oriundas de danos causados
pela natureza e Funcionais, que são provenientes da degradação.
Estas características são melhor detalhadas a seguir, segundo o artigo Fundamentos
das Manifestações Patológicas nas Construções, da Revista Científica Multidisciplinar Núcleo
do Conhecimento:
3. O MARACANÃ
Segundo o site WIKIPEDIA (2012) no ano de 1999 o estádio sofreu uma reforma,
reduzindo a capacidade de público para 103.022 pessoas devido à instalação de assentos
individuais exigidos pela (FIFA) para a realização da final do campeonato de mundial de
futebol de clubes, deixando de ser o estádio de maior capacidade de público do mundo. No
ano seguinte, em 2000, conforme relatado no site do maracanario2014 (2011) foi inaugurado
a Calçada da Fama e Museu.
Em 26 de dezembro 2002, o estádio foi inscrito no livro Arqueológico, Etnográfico e
Paisagístico conforme decreto de N° 21.677, que determinou o tombamento do Maracanã e as
demais edificações que integram o complexo desportivo do local, tornando-o patrimônio
cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Outra reforma significativa em que passou o Maracanã, como Prais (2011, online)
relata em seu artigo, foi entre 2005 e 2006 no propósito de prepará-lo para sediar eventos dos
Jogos Pan-americanos de 2007. Nesta reforma o estádio perdeu um de seus setores mais
famosos, a antiga “geral”, área destinada ao público que assistia aos eventos de pé, sendo
então implantadas cadeiras neste setor.
16
4. A ESTRUTURA DO MARACANÃ
Figura 2 – Armaduras corroídas nos pilares do estádio – Rio de Janeiro – Século XXI
Figura 3 – Nichos de concretagem dos pilares no 3ª Pav. – Rio de Janeiro – Século XXI
Figura 4 – Nichos de concretagem dos pilares no 1ª Pav. – Rio de Janeiro – Século XXI
Figura 5 – Nichos de concretagem dos pilares a recuperar – Rio de Janeiro – Século XXI
De acordo com Huang (2004) a presença de cloretos livres nas estruturas de concreto
são:
Figura 8 – Perda de seção das armaduras dos pilares – Rio de Janeiro – Século XXI
Durante as investigações realizadas pela equipe do Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo na
edificação do estádio foram adotadas oito técnicas diferentes de ensaios e/ou avaliações:
a) esclerometria,
b) detecção eletromagnética da armadura,
c) velocidade de corrosão (icorr),
d) potencial de corrosão (Ecorr),
e) aspersão de Fenolftalteína,
f) aspersão de nitrato de prata,
g) ensaio ultra-sônico;
h) extração de testemunhos.
Conforme relatórios emitidos pela equipe de investigação patológica, os pilares A, B e
C foram preparados da seguinte forma, antes de serem investigados:
PILARES A (externos)
1. Remover o revestimento existente em uma região que vai de 10cm do pé do pilar
até a altura de 130cm;
2. A largura a ser removida deve ser de, pelo menos, 80cm;
3. Lixar a superfície do concreto, deixando-a lisa. Caso haja necessidade, remover
argamassa e pintura existe sobre o concreto;
4. Detectar a posição das armaduras para a realização de medidas de potencial de
corrosão nas alturas de 15cm, 30cm, 60cm e 120cm em relação ao solo;
27
6.1.Ensaio de Esclerometria
Segundo relatórios emitidos pelo Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo, com o objetivo de
analisar a homogeneidade dos concretos dos pilares:
...calculou-se, segunda a NBR 7584, o Índice Esclerométrico médio
total (IEmt = 54,24) em relação aos Índices Escleromédios finais (IEf ) dos
11 pilares avaliados, apresentados em detalhe na sequência. Todos os IEf
relativos aos pilares avaliados estão no intervalo IEmt ± 10%, o que mostra
homogeneidade entre os concretos empregados para produzir os pilares
(Tabela 2.3). Na sequência, quando os IE são apresentados, faz-se análise
sobre a homogeneidade na região medida de cada pilar. (PAZINI, 2010)
Diante das observações apresentadas devem ser observadas na análise dos resultados
obtidos pela esclerometria, em primeiro lugar, que o ensaio possibilita obter informações até
uma profundidade de concreto de no máximo 5 cm, ou seja, fenômenos como carbonatação,
rugosidade ou umidade na superfície podem ter afetado os resultados. Outro fator relevante a
ser considerado para uma possível influência dos resultados é o tipo de aparelho e a posição
de realização do mesmo na realização do ensaio.
29
6.3.Velocidade de corrosão
Fonte: Relatórios do Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo apresentados ao Consórcio Maracanã Rio 2014
superiores a 0,1- 0,2 μA/cm² são considerados significativos do ponto de vista de diminuição
da vida útil, enquanto que valores inferiores indicam corrosão não significativa” (Figura 15).
6.4.Aspersão de Fenolftalteína
Segundo Mazza:
6.6.Ensaio Ultrasônico
De acordo com os relatórios do Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo, o emprego de ultra-
som foi utilizado com o objetivo de verificar :
De forma não destrutiva a presença de vazios, descontinuidades e
heterogeneidades, de forma a identificar os locais de maior interesse para
aprofundar as análises com ensaios destrutivos e também para estimar o
módulo de deformação e resistência à compressão do concreto. (PAZINI,
2010).
O ensaio ultra-sônico, de acordo com Andreucci (2003) “visa diminuir o grau de
incerteza na utilização de materiais ou estruturas, visando a qualidade, detecção de defeitos,
medida de espessuras ou caracterização de materiais que estão envolvidos no processo”.
No caso do concreto, a inspeção de uma estrutura por meio da utilização do ultra-som
permite avaliar a qualidade do concreto em função da velocidade ultra-sônica, detectar falhas
de concretagem, profundidade de fissuras, estimar o módulo de deformação (E) e a resistência
à compressão (R). Para a estimativa do módulo de deformação (E) e da resistência à
compressão (R), foram utilizadas as Equações 1.1 e 1.2, retiradas da dissertação de mestrado
de PRADO (2006), orientada pelo Dr. Enio Pazini Figueiredo.
6.7.Extração de testemunhos
Segundo os relatórios apresentados pelo Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo, no que se
refere às resistências à compressão estimadas pelo ultra-som, os valores obtidos, de forma não
destrutiva, ficaram entre 11,55 a 21,67 MPa, enquanto as resistências medidas nos corpos de
prova extraídos ficaram entre 18,0 e 39,6 MPa. Quanto ao módulo de elasticidade, os valores
estimados pelo método não destrutivo ultrassônico ficaram entre 17,68 a 22,01 GPa, enquanto
os módulos medidos nos corpos de prova extraídos ficaram entre 22,4 e 24,2 GPa. Portanto,
tanto os valores de resistência à compressão, quanto os de módulo de elasticidade, obtidos
pelo método não destrutivo ultrassônico foram mais conservadores, indicando valores
inferiores aos medidos nos corpos de prova extraídos.
As armaduras dos pilares, a partir de uma altura de 60 cm, encontravam-se em
concreto carbonatado e, portanto, despassivada. Após molhar a superfície do concreto, os
potenciais de corrosão mostraram que à medida que os ensaios se aproximavam da base do
pilar os potenciais iam indicando maior probabilidade de que a armadura estivesse em
processo de corrosão. Os valores de velocidade de corrosão (icorr) medidos pela equipe do
Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo corroboraram a análise, uma vez que as velocidades de
corrosão das armaduras registradas a alturas entre 15 e 60 cm da base dos pilares foram
superiores a 0,1 μA/cm2. As avaliações feitas com fenolftaleína mostraram que a
carbonatação do concreto causou corrosão das armaduras.
De acordo com os relatórios apresentados ao consórcio, as avaliações feitas com
nitrato de prata não identificaram a presença de cloretos livres. Além dos teores de cloretos
encontrados em relação à massa do concreto serem baixos, o concreto dos pilares do
Maracanã também fora feito com altos teores de cimento (471,6 e 864,0 Kg/m3, segundo o
relatório da Falcão Bauer). Esta combinação resulta em insignificantes teores de cloretos em
relação à massa de cimento (0,086 e 0,025%), teores muito inferiores ao limite crítico de 0,4
% de cloretos em relação à massa de cimento. Portanto, ambas as avaliações, com nitrato de
prata e nos corpos de prova extraídos, indicaram que os cloretos não causaram corrosões das
armaduras existentes.
Com o objetivo de contribuir para a análise da homogeneidade dos concretos dos
pilares, a equipe do Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo calculou, segunda a NBR 7584, o Índice
Esclerométrico médio total (IEmt = 54,24) em relação aos Índices Escleromédios finais (IEf )
dos pilares avaliados. Todos os IEf relativos aos pilares avaliados apresentaram-se no
38
intervalo IEmt ± 10%, o que mostra homogeneidade entre os concretos empregados para
produzir os pilares.
Foram realizados reparos e recuperações na base dos pilares das cotas 0,0m (1ª Pav.),
4,5m (2ª Pav.), 9,0m (3ª Pav.), 18,0m (4ª Pav.) e 23,0m (5ª Pav.).
Como solução para tratamento desta patologia foram adotados os procedimentos a
seguir descritos. Basicamente, estes procedimentos podem ser resumidos em escariamento do
concreto que reveste a armadura, recuperação das armaduras com hidrojateamento de água
morna e granalha, possíveis recomposições das armaduras danificadas com novas barras de
aço e recuperação do concreto removido com microconcreto ou concreto projetado, de acordo
com orientação técnica específica. A seguir são descritos, de forma sucinta, os procedimentos
de reparos e recuperação das bases dos pilares adotados durante a execução da reforma do
estádio Maracanã:
A execução da remoção dos revestimentos foi realizada sobre os pilares visando expor
toda superfície de concreto para melhor visualização e recuperação do concreto que
compunha os pilares.
39
Conforme descrito nos relatórios do Prof. Dr. Enio Pazini Figueiredo, a região foi
demarcada e removida, conforme características de cada pilar, deixando livre ao menos 2cm
do entorno das armaduras compreendidas na região permitindo total preenchimento da seção
com o material de reparo.
40
Ao final da limpeza foi feita uma inspeção visual e instrumentada com paquímetro a
fim de identificar armaduras com perda de seção transversal superior a 10% em relação ao seu
diâmetro original devido a corrosão ou aos impactos durante a operação de escarificação,
onde nestes casos foram providenciadas a reposição das barras conforme procedimento
específico.
8.5.Limpeza
8.6.Recomposição do concreto
região a ser recuperada. O microconcreto foi lançado por uma abertura chamada caximbo,
conforme figura 23 e 24.
Figura 21 - Reestruturação por grauteamento
A mistura dos agregados e cimento era conduzida por ar comprimido através de uma
mangueira até o bico de projeção. No mangote a mistura recebia água por meio de uma outra
mangueira e então o concreto era jateado sobre a superfície, com alto poder de compactação.
9. CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
6) HELENE, P. R. L. Corrosão em armaduras para concreto armado, São Paulo, PINI, 1986.
7) HUANG, P., BAO, Y., & YAO. Influence of HCL corrosion on the machanical properties
of concrete. Cement and Concrete Research, 2014.
9) MAZZA, Roger, Carbonatação acelerada de concretos com cinza de casca de arroz sem
moagem, 2015, 106 folhas, Mestrado do Programa de Pós-Graduação, UFSM, Santa Maria,
RS, 2015
11) PIANCASTELLI, Élvio Mosci. Patologia e terapia das estruturas: origem das
enfermidades. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1997.
14) SILVA, Fernando Benigno, Patologia das construções: uma especialidade na engenharia
civil, Téchne, Edição 174, setembro de 2011, Disponível em:
http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/174/artigo285892-2.aspx. Acessado em: 10 de
agosto de 2018.
15) SONG, Y, -P.; SONG, L.-Y.; ZHAO, G.-F., Factor affecting corrosion and approaches for
improving durability of ocean reinforced concrete structures, v. 23, Ocean Engineering, 2003.