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Dinâmicas do Mundo Contemporâneo

Campus Académico de Vila Nova de Gaia

(Decreto-Lei nº 468/88, de 16 de Dezembro)

Escola Superior de Educação Jean Piaget / Canelas

GLOBALIZAÇÃO

Passado, Presente e Futuro

Discente: Carlos Manuel Pereira do Couto, nº 41819

Curso: Educação Socioprofissional, 1º ano, Turma A

Unidade Curricular: Dinâmicas do Mundo Contemporâneo

Ano Lectivo: 2008/2009 – 2º Semestre

Docente: Helena Pinheiro

Carlos Manuel Pereira do Couto, nº 41819, Curso ESP/1º ano
Dinâmicas do Mundo Contemporâneo

Introdução

Uma questão que tem gerado múltiplas opiniões e discussões, tem sido
o tema da globalização. Neste trabalho, proposto pela unidade curricular de
Dinâmicas do Mundo Contemporâneo, é nossa intenção explicar o fenómeno
da globalização, entendendo primeiro o seu conceito e em que se caracteriza.
Obviamente, as opiniões descritas por diferentes pensadores não são todas
consensuais, contudo todas elas encaram a globalização como uma
consequência das mudanças e transformações políticas, económicas e sociais
a nível global.

Mas para entendermos o que é a globalização, é necessário


encontrarmos a origem da sua existência, das suas raízes, indo, dessa forma,
ao encontro do passado da história da humanidade, embora não nos seja
possível determinar um período exacto para o seu nascimento e, muito mais
difícil ainda, encontrar uma data precisa do seu começo.

Só entendendo o passado da globalização, podemos compreender o


presente e, quem sabe, almejar prever seu o futuro. Sabemos que é uma tarefa
ingrata, senão impossível, conhecermos o porvir, mas julgamos que é isso que
faz a humanidade persistir na sua caminhada, apesar dos caminhos incertos e
turvos que se nos deparam regularmente.

Carlos Manuel Pereira do Couto, nº 41819, Curso ESP/1º ano
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1. Globalização

1.1 O Conceito

Definir globalização é dizer que é um “mundo sem barreiras” (Bill


Clinton); é “inevitável e irreversível” (Tony Blair); que são “laços do comércio e
da confiança” (George W. Bush); é dizer, segundo George Monbiot, que
permite que as empresas apontem “uma arma à cabeça do governo”
(MacGillivray, 2008).

Seguindo ideia contrária à de Tony Blair, Fontanel (2007, p. 623)


destaca que a globalização não é “inevitável nem irreversível”, pois é um
fenómeno incerto que tanto cria riqueza como “agrava a precariedade e a
miséria de muitas pessoas”. E esta situação pode ser resolvida.

Para Beck (1999), indo de encontro à ideia de Monbiot, a globalização


surge como factor de ameaça ao Estado, pois a política de globalização
procura romper com as correntes sindicais e com as correntes do Estado
Nacional. Este autor entende que há uma participação decisiva das empresas
na esfera política, controlando cada vez mais as movimentações do mercado e
das sociedades, privando-as de fontes materiais como o capital, os impostos e
o trabalho. O Estado já não é a figura controladora da economia dos mercados
e perspectiva o fim do Estado-nação, do Estado Providência. Beck (1999)
define a globalização como o traço marcante da transição para a segunda
modernidade, com a ajuda dos meios tecnológicos de informação e
comunicação.

De acordo com MacGillivray (2008, p. 37), a globalização é como o


Diabo da Tasmânia: ela existe mas é difícil de classificar porque “parece um
cão, cheira a doninha, uiva como uma hiena, mas tem uma bossa semelhante
à dos marsupiais”. Esteve quase em extinção com a grande depressão dos
anos 30, mas depois regressou em força e, tal como o Diabo da Tasmânia, não
se lida com a globalização como se de um animal grande e indomesticável se
tratasse, mas “temos de lidar cuidadosamente com a situação. Trata-se de uma
estratégia bem melhor do que pô-lo ao colo para lhe fazer uma festa – ou fugir
como o diabo da cruz”.

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Conforme Fernandes (2002), a globalização, reflexo de transformações


a nível global, tanto é dinamizadora de desenvolvimento como factor de
perturbações sociais, económicas e políticas, ao passo que Cantista (2005)
refere a globalização como um conceito já “global” e impregnado de doenças
como a pressa, o êxito e o ruído: a pressa, que ocupa todos os momentos da
nossa vida, mesmo o próprio descanso, e que domina o espírito; o êxito, que
leva ao desprezo por aqueles que não atingem o sucesso e cuja solidariedade
só existe como imposição de uma lei, ou então, que leva ao abandono
daqueles que ficaram pelo caminho e não “tocaram o céu” na sua caminhada
para o triunfo; e o ruído dos telemóveis ou dos espaços de lazer que nos
impede de estar sós, mas que não são factores intrínsecos à criação de
amizades. Indo mais longe, Steingart (2009) evidencia a possibilidade de a
globalização ser como uma “guerra mundial da prosperidade”, visão esta que
explicaremos mais tarde.

São diversas as opiniões respeitantes ao conceito e características da


globalização, mas o facto indesmentível é que esta globalização crescente das
últimas décadas é fruto de revoluções tecnológicas que permitiram o choque de
culturas diferentes, cada vez mais a um ritmo alucinante, apresentando
vantagens e desvantagens. Parece-nos que a questão que se coloca ao
homem é saber se serão maiores os prós ou os contras desta globalização.
Mas antes, julgamos ser importante mencionar quando e como surgiu este
fenómeno global ao qual ninguém parece escapar.

1.2 O Princípio

Conseguir estabelecer uma data ou um momento na História da


Humanidade para a emergência da globalização, é uma tarefa algo complexa,
pois as opiniões não são totalmente consensuais.

Segundo MacGillivray (2008), existem comentadores que referem o


período após 1950 como o momento do nascimento da globalização, mas para
outros, esta só surgiu com a “entrada em cena” da Internet. Há quem afirme
que a globalização começou em 1780, outros dizem que foi entre 1600 e 1800
e há, ainda, quem fale em globalização arcaica pelas “mãos” da China e do
Islão. Para o próprio MacGillivray (2008), a genuína globalização teve início

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entre 1870 e 1913, embora ele mencione que os primeiros passos foram dados
pelos portugueses, através dos Descobrimentos, desenvolvendo o comércio
com as rotas transoceânicas. Contudo, MacGillivray (2008, p. 23) salienta que
“a globalização não é apenas história de bens em movimento”. A globalização
é também o comércio de escravos e as migrações do século XIX. Este autor
vai ainda mais longe e define em contracções, 5 décadas de globalização ao
longo dos últimos séculos: aponta a primeira contracção para 1490-1500 com a
divisão ibérica, através do Tratado de Tordesilhas; a segunda contracção em
1880-90, com o meridiano britânico, através do seu Imperialismo; na terceira
contracção, que ele designa de “o mundo Sputnik”, através da Guerra Fria
entre americanos e russos; a quarta contracção foi a cadeia de abastecimento
global (1995-2005), com a construção e cruzamento de redes de fibras ópticas
e postes de telemóveis que possibilitaram a comunicação, a colaboração e a
competição de milhões de pessoas; na quinta contracção, que denomina de
termoglobalização, MacGillivray não define uma data específica, mas explica
que prognostica desafios económicos, sociais, culturais e ambientais
resultantes das alterações climáticas. O mesmo autor referencia, ainda, que
estes acontecimentos para além de resultarem de uma intenção global são
fruto também do acaso histórico e de factores locais. Para além destas datas
referidas, muitos outros autores referem outros momentos importantes para o
surgimento da globalização (tecnologia marítima, imprensa escrita, pressão
demográfica, etc.), mas para MacGillivray (2008), estes acontecimentos não
passaram de “trabalhos de parto falsos”.

Dando relevância ao facto de os portugueses terem sido os pioneiros da


globalização, destacam-se também autores como Rodrigues & Devezas
(2007), Paige (2008) e, ainda, Steingart (2009) que se refere a Portugal, não só
como o impulsionador deste fenómeno global, mas afirmando igualmente que
“em Portugal o conceito de globalização não teve de ser reaprendido. A nação
lusitana era já global antes mesmo de outras nações terem sido fundadas. Na
verdade, pode até dizer-se que o mundo actual não existiria sem as viagens
dos Descobrimentos dos séculos XV, XVI e XVII.” (Steingart, 2009, p. 11)

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1.3 O Presente e o Futuro

Uma das maiores preocupações, senão a maior preocupação, da


actualidade é saber que futuro está reservado para a humanidade e,
obviamente, esta questão da globalização não fica esquecida em qualquer baú
de um qualquer sótão ou cave de uma casa ou mansão. É uma questão que
tem vindo a preocupar diversos pensadores, sejam eles ambientalistas,
sociólogos, filósofos ou até alguns políticos, entre outros. Desta forma,
podemos enunciar algumas formas de pensamento no sentido de encontrar o
melhor caminho para a resolução desta problemática.

Beck (1999), como defesa da democracia, sustenta a criação de um


Estado transnacional, reformando a economia mundial com critérios sociais e
ecológicos. Para ele deverá existir um poder comercial mundial.

Stiglitz (2004) não defende o fim da globalização, até porque ela trouxe
vantagens, nomeadamente, o sucesso do mercado oriental (oportunidades
comerciais e acesso aos mercados e tecnologias), trouxe melhor saúde e uma
sociedade mais activa à escala mundial, lutando por mais democracia e justiça
social. Stiglitz (2004) assume que o problema não está na globalização
propriamente dita, mas sim na forma como tem sido gerida. Aponta o problema,
em parte, a instituições económicas mundiais (FMI, Banco Mundial,
Organização Mundial do Comércio), pois eram estas que definiam as regras do
jogo e que acabaram por servir apenas os interesses dos países
industrializados mais avançados, em detrimento dos países em
desenvolvimento. Estas instituições actuaram, assim, em função desses
interesses e abordaram a globalização com um espírito estreito e uma visão
mais economicista. Stiglitz (2004) conclui que a globalização não funciona para
os pobres no mundo, para o ambiente nem para a estabilidade da economia
mundial. Por isso, ele defende uma reformulação da globalização, remodelando
as instituições económicas mundiais ao nível da mentalidade, pois é neste
aspecto que o verdadeiro problema da globalização reside, derivado de quem
governa e gere estas instituições. Deve-se trabalhar em prol do ambiente, dar
mais voz aos pobres nas decisões com a participação de todas as pessoas do
mundo e promover a democracia e o comércio justo. Stiglitz (2004) afirma que

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o Estado é determinante, pois não pode ser fraco nem demasiado


interveniente, porque afecta a estabilidade e o crescimento. Deste modo,
Stiglitz (2004) aposta num sistema global de governação, sem governo global,
mas com aceitação de um multilateralismo, ao contrário da unilateralidade
evidenciada pelos Estados Unidos da América.

A par desta defesa democrática mundial, Fernandes (2002) defende o


investimento nas relações entre os homens, pois humanidade e confiança
andam de mãos dadas. “Se é com mais humanidade que se constroem as
sociedades em mais democracia, é com mais democracia que se constrói mais
humanidade. A relação é circular.” (Fernandes, 2002, p. 202)

Badie (2000), numa ideia similar a Fernandes (2002), argumenta um


programa para o século XXI, sustentando-se no desenvolvimento do espírito da
responsabilidade e na defesa da autonomia e interdependência da
humanidade.

Julgamos que, a par destas três anteriores linhas de pensamento, Morin


(1991) preconiza a realização de uma “Terra – Pátria” como forma de salvar a
biosfera e civilizar o mundo, pois o Homem ainda enfrenta, para além dos
problemas de subdesenvolvimento do Terceiro Mundo, dificuldades ao nível do
próprio desenvolvimento humano, mental e moral. Esta perspectiva “Moriana”,
leva-nos a relacionar, com Stiglitz (2004), a questão da “mentalidade” que, para
nós, vai de encontro à tal ideia do “subdesenvolvimento humano, psíquico e
moral” que Morin (1991) refere.

Para Fontanel (2007) deverá ser encontrada uma terapia social e a


tolerância deverá ser a solução vista para uma democracia de proximidade,
apesar do interesse de alguns conservadores capitalistas em não aceitar esta
solução, porque os seus ideais sociais não se coadunam com valores como a
honestidade ou a igualdade. Contudo, como refere Fontanel (2007), os grupos
sempre estiveram, na história da humanidade, acima do homem e do seu
individualismo. Para Fontanel (2007) faz cada vez mais sentido uma polícia
mundial.

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Todos os anteriores autores referem como solução do problema da


globalização, conceitos como solidariedade, tolerância, honestidade, igualdade,
estados tansnacionais, globais, mas Defarges (1997) coloca a questão de ser o
homem capaz de conseguir tais metas. Será o homem capaz de construir um
sistema planetário de regulação e de controlo? Será o homem capaz de se
tornar solidário sem ser por uma questão de sobrevivência da espécie? Poderá
o homem viver sem um inimigo, sem se opor a algo? São interrogações que
Defarges (1997) apenas coloca sem tomar qualquer posição.

Numa perspectiva diferente de todos os pensadores anteriores, Steingart


(2009), coloca a globalização no patamar de uma guerra mundial de
prosperidade. Fala de uma luta da supremacia política e do domínio económico
do ocidente perante a ameaça dos mercados orientais em ascensão (India e
China). Para combater este mercado emergente, Steingart (2009) propõe uma
aliança entre a União Europeia e os Estados Unidos da América e, talvez, o
Canadá, formando, dessa forma, uma zona de comércio livre Euro – Americana
com o objectivo de combater o mercado asiático. Explica que esta aliança
levaria a uma reaproximação e cooperação entre americanos e europeus e ao
regresso da “irmandade” de armas desde os tempos da Guerra Fria, mas
continuada na guerra económica mundial. Steingart (2009) afirma que esta
convergência dos sistemas económicos levaria a uma europeização da
América e americanização da Europa. Vê, assim, esta união como uma
vantagem económica tanto para investidores como para trabalhadores e
serviria como aviso ao mercado asiático, pois, apesar de continuar a haver
interesse no preço da mercadoria oriental, haveria também interesse no modo
como esse preço é alcançado (através da exploração de mulheres e crianças).

Sem grandes esperanças da conciliação entre os diferentes povos,


Khanna (2009) “vê” o mundo como um mercado geopolítico dominado pelo que
ele denomina de “os três impérios”, as três superpotências (E.U.A., Europa, e
China) do primeiro mundo. Para este pensador existe e existirá uma
competição entre estas potências para atraírem países do classificado segundo
mundo, designados, também, de estados oscilantes. Estas regiões,
consideradas estratégicas, situam-se na Europa de Leste, Ásia Central, Médio
e Extremo Oriente e na América Latina e os seus recursos energéticos e

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naturais, para além dos respectivos governos, são o alvo preferencial das
superpotências com o objectivo de estas controlarem aquelas.

Por isso, Kagan (2009) refere-se ao fim da esperança numa nova ordem
internacional pacífica após o período da Guerra Fria e das ilusões pós – 1989,
fruto, do que ele considera, como as crescentes competições das grandes
potências pelo respeito e influência. Para Kagan (2009) os Estados – Nação
continuam fortes como sempre, assim como o nacionalismo desmedido.

Mas se até agora vimos perspectivas de pensadores ocidentais em


relação a esta questão, pensamos ser importante perceber qual a concepção
oriental desta “possível” disputa pelo domínio político e económico mundial.

Numa entrevista realizada para o programa “Olhar o Mundo” da RTP2,


no dia 7 de Junho de 2009, o historiador chinês, Chen Jian, assume a China
como um mercado emergente, tal como a Rússia, a Índia, o Brasil e sem
esquecer o Japão como uma força já consolidada, mas não considera uma
disputa a nível global com os E.U.A. Aliás, refere que a China não vem
substituir a U.R.S.S. dos tempos da Guerra Fria, mas sim trabalhar em
conjunto com os Estados Unidos da América. Para além deste aspecto, Chen
Jian, “olha” a Europa como uma “Nova Europa”, como uma Europa com um
novo conceito de universalidade, com preocupações ambientais, com interesse
pelos direitos humanos, com correcções políticas e com atenção pela liberdade
de expressão. Indo ainda mais longe, este historiador chinês fala ainda, em
certa medida, num exequível modelo europeu para outros países, pois vivemos
num mundo global cada vez mais interdependente e os conflitos globais não
podem ser resolvidos dentro de fronteiras. Como vimos, uma posição contrária
de Chen Jian em relação a Steingart! Contudo, importa destacar a “colagem”,
destes dois pensadores, aos Estados Unidos da América como forma de
controlo político e económico a nível mundial.

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2. Consideração Final

São indiscutíveis as mudanças decorrentes do processo de globalização


e que transformaram as sociedades humanas, tanto nos aspectos positivos
como negativos e que todos os pensadores abordam nesta temática. Contudo,
parece-nos importante destacar as relações humanas que Fernandes (2002)
refere como forma de ultrapassar esta questão global e a tolerância e
solidariedade mencionadas por Fontanel (2007), a par das mudanças de
mentalidade enunciadas por Stiglitz (2004) e sem descartar a visão de Morin
(1991), mas evitando situações de possíveis confrontos entre Ocidente e
Oriente ou Norte e Sul, pois já temos o exemplo do “barril de pólvora do
mundo” no Médio Oriente referido por Morin (1991).

Como é possível verificar, todos podem contribuir com algo no sentido


de melhorar as sociedades modernas, pois, como relata Diamond (2008), já
muitas sociedades, outrora fortes e imponentes, caíram aos pés dos seus
erros. Apesar de tudo, hoje em dia, as sociedades humanas actuais têm a
possibilidade de aprender com os erros do passado e perceber quais os
valores, que antes fortaleceram e foram úteis aos nossos antepassados,
mantendo-os sob novas circunstâncias. (Diamond, 2008)

Olhar o passado deveria permitir pensar o futuro, planeando-o a curto e


a longo prazo e reconsiderando valores fundamentais que permitissem a
sobrevivência e a felicidade da humanidade!

Contudo, também assistimos a opiniões como Steingart (2009), Khanna


(2009) e Kagan (2009) que nos alertam para crescentes competições e
conflitos entre nações bastante desenvolvidas e que procuram “chamar a si” o
domínio político e económico do globo, fazendo-nos ponderar de forma assaz
acerca da ideia de Morin (1991) que o futuro é incerto.

Perante estas ideias, questionarmo-nos a propósito da globalização e


dos seus efeitos a curto, médio e longo prazo para a humanidade é não
sabermos qual a resposta! Tudo será possível!

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Bibliografia

BADIE, Bertrand, Um Mundo sem Soberania, Lisboa, Instituto Piaget, 2000.

BECK, Ulrich, O Que é a Globalização? Equívocos do Globalismo: Respostas


à Globalização, São Paulo, Editora Paz e Terra, 1999.

DEFARGES, Philippe Moreau, A Mundialização: O Fim das Fronteiras, Lisboa,


Instituto Piaget, 1997.

DIAMOND, Jared, Colapso: Ascensão e Queda das Sociedades Humanas,


Lisboa, Gradiva, 2008.

FONTANEL, Jacques, A Globalização em «Análise», Lisboa, Instituto Piaget,


2007.

KAGAN, Robert, O Regresso da História e o Fim dos Sonhos, Alfragide, Casa


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KHANNA, Parag, O Segundo Mundo, Lisboa, Editorial Presença, 2009.

MACGILLIVRAY, Alex, A Breve História da Globalização, Lisboa, Campo da


Comunicação, 2008.

MORIN, Edgar; BOCCHI, Gianluca; CERUTI, Mauro, Os Problemas do Fim de


Século, Lisboa, Editorial Notícias, 1991

PAIGE, Martin, A Primeira Aldeia Global, Cruz Quebrada, Casa das Letras,
2008.

RODRIGUES, Jorge Nascimento; DEVEZAS, Tessaleno, Portugal: O Pioneiro


da Globalização, V. N. Famalicão, Centro Atlantico.Pt, 2007.

STEINGART, Gabor, O Conflito Global ou a Guerra da Prosperidade, Lisboa,


Editorial Presença, 2009.

STIGLITZ, Joseph E., Globalização: A Grande Desilusão, Lisboa, Terramar,


2004.

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Dinâmicas do Mundo Contemporâneo

Sitografia

CANTISTA, Maria José, Globalização: Alcance e Limites, Faculdade de Letras


da Universidade do Porto, 2005, disponível em
http://repositorio.up.pt/aberto/bitstream/10216/9445/2/globalizacao000065747.p
df, consultado em 01/06/2009.

FERNANDES, António Teixeira, Níveis de Confiança e Sociedade de Risco,


2002, disponível em
http://repositorio.up.pt/aberto/bitstream/10216/8426/2/1494.pdf, consultado em
01/06/2009.

Disponível em http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?
tvprog=19920&formato=flv, consultado em 10/06/2009

Carlos Manuel Pereira do Couto, nº 41819, Curso ESP/1º ano

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