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ANDRÉ DA SILVA OLIVEIRA

RESENHA : PESQUISAS ENVOLVENDO SERES HUMANOS

Profa. Dra. Glaucia Raquel Luciano da Veiga

Santo André
2020
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RESENHA:
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), os Comitês de Ética em Pesquisa
(CEP) são parceiros no processo educativo de construção de uma cultura
bioética para a condução de pesquisas que envolvem seres humanos. A
composição dos membros de CEP é ratificada com a publicação da Resolução
n. 466/12 do CNS, cujo colegiado deve ser composto por ambos os gêneros,
multidisciplinar e multiprofissional, e pelo menos um representante de usuário.
Este texto nos diz desde abril de 2013, com a mobilização das associações
científicas representativas das diferentes disciplinas de Ciências Humanas e
Sociais aplicadas, vem sendo realizados esforços de mobilização política
contra a vinculação das regulamentações da ética em pesquisa no Brasil
vinculadas ao Ministério da Saúde, como a Resolução nº 196/96 e a Resolução
nº 466/12.
Já na “resolução complementar” à Resolução nº 466/12, foram criados o Fórum
de Associação das Ciências Humanas, Sociais e Ciências Sociais Aplicadas e
também um Grupo de Trabalho. Tal proposta visa transformar os termos das
atuais regulamentações, num cenário de crescente hegemonia do modelo
biomédico de definição de protocolos éticos em pesquisa no Brasil.
Neste trabalho é possível destacar que tais modos de ajustes evidenciam que
há uma recusa da revisão ética em Antropologia Social porque a procura é de
aumento dos termos da configuração da “ética”.
Como o texto já destaca, no fim de janeiro de 2015, a CONEP recusou
formalmente a proposta de minuta elaborada pelo GT instituído pela própria
Comissão, provocando um cenário bastante conflitivo para os pesquisadores
das Ciências Humanas e Sociais, que continuam a lutar para ter suas
especificidades reconhecidas e respeitadas.
Em relação a minha opinião sobre pesquisa com seres humanos, destaco o
avanço da tecnologia para esse assunto; pesquisei a Resolução CNS N° 196,
de 10 de outubro de 1996, que individual ou coletivamente, envolva o ser
humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo
manejo de informações e materiais.
Sendo assim uma pesquisa eticamente justificável precisa respeitar o
participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia, reconhecendo sua
vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e permanecer, ou não,
na pesquisa, por intermédio de manifestação expressa, livre e esclarecida;
precisa ponderar entre riscos e benefícios, tanto conhecidos como potenciais,
individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o
mínimo de danos e riscos, e garantindo que danos previsíveis serão evitados;
precisa ter relevância social, o que garante a igual consideração dos interesses
envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária.

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