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U N I V E R S I D A D E

UNIGRANRIO
Vá além da sala de aula !

Comportamento
Meso-organizacional:
Grupos e Equipes
NÚCLEO de Educação a Distância U N I V E R S I D A D E
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25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ

Reitor
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Pró-Reitor de Administração Acadêmica


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Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação


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Direção geral: Jeferson Pandolfo Produção editoração gráfica: David Vieira Nunes e
Revisão: Camila Andrade, Laís Sá, Mariana Baptista Rodrigo de O. Nunes
e Patrícia Assis Desenvolvimento do material: Suely Motta
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Sumário
Comportamento Meso-organizacional: Grupos e Equipes
Objetivos...................................................................................04
Introdução.................................................................................05
1. Definição de Grupos............................................................06
2. Classificação de Grupos.............................................................06
3. Atributos Básicos do Grupo (Papéis, Normas, Status).......07
4. Definição de Equipes...........................................................08
5. Diferença entre Grupos e Equipes..............................................11
Objetivos
Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de:

▪ Conhecer a definição e classificação de grupos e equipes;


▪ Compreender a diferença entre grupo e equipes;
▪ Identificar os principais atributos de um grupo;
▪ Identificar as características de uma equipe eficaz.

4 Comportamento Organizacional
Introdução
Esta unidade será uma jornada pelos processos sociais do
Comportamento Organizacional relacionados aos grupos e equipes de
trabalho. Em um momento em que as empresas têm procurado contratar
pessoas com capacidade para trabalhar em equipe e vêm investindo no
desenvolvimento de equipes, o assunto a seguir é bastante propício para ser
estudado.

Ao longo desta unidade, você poderá conhecer diferentes tipos de


grupos e suas finalidades, bem como aprender as diferenças entre grupo e
equipe e, o mais importante, conhecer as características das equipes eficazes,
voltadas para resultados.

Para estudarmos o Comportamento Organizacional, não basta


conhecermos as teorias do campo da gestão; é necessário que nos apoiemos
em diversas disciplinas de cunho social, como a Psicologia, a Sociologia e
a Antropologia, que servirão de base para nossos estudos sobre motivação,
personalidade, comunicação, liderança, cultura e poder, por exemplo.

A seguir, estudaremos alguns componentes do comportamento


meso-organizacional, que nos ajudarão a compreender melhor os processos
sociais envolvendo grupos e equipes de trabalho.
1. Definição de Grupos
A partir de sua constituição e ao longo de toda a sua existência, um
grupo sofre influência de basicamente três fatores:

▪ O ambiente;
▪ O próprio grupo;
▪ O indivíduo.

Por isso, alguns grupos se transformam em equipes e outros não.

Para Macedo et al. (2007), um grupo é uma reunião de pessoas com


um ou mais objetivos comuns, e que se percebem como seus integrantes. Já
para Robbins (2010), um grupo é definido como dois ou mais indivíduos,
interdependentes e interativos, que se reúnem visando a obtenção de
determinado objetivo.

2. Classificação de Grupos
Ainda segundo Robbins (2010), os grupos podem ser:

▪ Formais: Grupos de trabalho definidos pela estrutura


organizacional e que são dirigidos em função das metas
organizacionais. Têm atribuições específicas que estabelecem
tarefas necessárias para a realização de um trabalho;
▪ Informais: Grupos que não são estruturados formalmente, mas
que emergem como resposta à necessidade de interação social;
▪ De comando: Composto por indivíduos que se reportam
diretamente a um superior hierárquico, sendo determinado pelo
organograma da organização;
▪ De tarefa: São formados por pessoas que se reúnem para executar
determinada tarefa, não se limitando ao superior hierárquico
como na classificação anterior, mas unidos por interesses comuns;
▪ De amizade: Grupos de pessoas que se unem por compartilharem
uma ou mais características comuns.

A autoestima dos membros de um grupo fica ligada ao desempenho


deste. Por isso, as pessoas se empenham para que o grupo seja bem-
sucedido no que está realizando.

3. Atributos Básicos do Grupo (Papéis, Normas,


Status)
Para auxiliar na compreensão do conceito e das aplicações de um
grupo, é interessante que estudemos as variáveis que o compõem:

▪ Papéis;
▪ Normas;
▪ STATUS.

Primeiramente, papel refere-se a um conjunto de padrões


comportamentais esperados, atribuídos a alguém que ocupa determinada
posição em uma unidade social. Todos nós desempenhamos diversos
e diferentes papéis, e nosso comportamento varia de acordo com eles.
Considere um profissional que, além dos diversos papéis que desempenha
na empresa (como funcionários, gestor e sindicalista, por exemplo),
ainda tem que desempenhar papéis fora dela, seja como membro de uma
igreja, na família – como pai e esposo –, seja na comunidade – como
síndico ou como jogador em um time do bairro – etc.; certamente seu
comportamento vai ser diferente em cada um desses papéis, até porque
existem as expectativas: as pessoas acreditam que devemos agir de tal
maneira em determinada situação e esperam determinada postura e
atitudes condizentes com esse papel.

Atrelado, portanto, ao conceito de expectativas do papel está


o contrato psicológico, que nada mais é que um acordo tácito entre
empregados e empregadores, que estabelece expectativas múltiplas do que
Comportamento Organizacional 7
um espera do outro nessa relação de trabalho.

8 Comportamento Organizacional
Considerando, ainda, esse atributo, existe uma situação
denominada conflito de PAPÉIS, em que uma pessoa é confrontada por
diferentes expectativas associadas a seus papéis. Os grupos
desempenham papéis que lhe foram designados e agem de acordo
com o que se espera deles. Os indivíduos aprendem com muita
facilidade a incorporar esse papel, assumindo valores e agindo conforme
estereótipos previamente aprendidos.

Outro atributo pertencente aos grupos são as normas. Segundo


Robbins (2010), normas são padrões aceitáveis de comportamento
compartilhados pelos membros do grupo. Elas expressam o que eles devem
ou não fazer em determinadas circunstâncias e influenciam o
comportamento dos indivíduos até mesmo sem precisar de qualquer
controle externo. Observe, a seguir, os tipos de norma existentes.

▪ Normas de Desempenho: indicam o quanto os membros do grupo


devem trabalhar ou se empenhar para que o objetivo seja
alcançado;
▪ Normas de Aparência: incluem vestimentas ou até como
“parecer ocupado”;
▪ Normas de Conduta Social: indicam com quem almoçar e até
mesmo com quem fazer amizades dentro e fora do trabalho;
▪ Normas de Alocação de Recursos: trabalhos difíceis,
remuneração, equipamentos etc.

O terceiro atributo presente nos grupos é o que chamamos de


STATUS.
Essa é uma posição social definida ou atribuída pelas pessoas a um
grupo ou a seus membros. O STATUS pode derivar de três fontes:

▪ Pelo poder que uma pessoa exerce sobre outra;


▪ Pela capacidade de contribuição para as metas do grupo;
▪ Pelas características pessoais do indivíduo, como inteligência, boa
aparência, dinheiro ou simpatia.

4. Definição de Equipes
Equipes são grupos que evoluíram, visto que a existência de uma
equipe depende da comunhão de objetivos e da influência da cultura
organizacional.
Para entender a formação de uma equipe, é fundamental estudar o
processo de formação de um grupo: entender em que circunstâncias ele se
constituiu, de que maneira atua e quais as características de seus integrantes.

Ponto Contraponto
Todo trabalho deveria ser planejado para funcionar em grupo.

Os grupos, e não os indivíduos, são a matéria-prima ideal para a


construção de uma organização. Existem pelo menos seis motivos para que
o trabalho seja planejado em função dos grupos:

▪ Primeiro, em geral, os grupos tomam melhores decisões do que a


média dos indivíduos;
▪ Segundo, com o crescimento da tecnologia, a sociedade está se
tornando mais interconectada. Veja o crescimento da redes sociais
da internet como o Twitter, o Facebook e o Linkedin. As pessoas
estão conectadas de qualquer maneira, então, não há motivos para
não planejar o trabalho da mesma forma;
▪ Terceiro, os grupos pequenos são bons para as pessoas. Eles
podem satisfazer suas necessidades sociais e oferecer apoio para os
funcionários em tempos de estresse ou em meio a uma crise. As
evidências indicam que o apoio social ‒ tanto quando é oferecido
como quando é recebido ‒ faz as pessoas felizes e até permite que
elas vivam mais;
▪ Quarto, os grupos são ferramentas muito eficazes para a
implementação de decisões. Eles conquistam o
comprometimento de seus membros, de maneira que as decisões
são acatadas e levadas a cabo com mais sucesso;
▪ Quinto, os grupos conseguem controlar e disciplinar seus
membros por meios que são extremamente difíceis para os
sistemas disciplinares oficiais e impessoais. As normas do grupo
são mecanismos de controle poderosos;
▪ Por fim, os grupos são uma forma de as grandes organizações
se preservarem de muitos dos efeitos negativos de seu tamanho
expandido. Os grupos evitam que os canais de comunicação se
alonguem demais, que a hierarquia cresça demasiadamente e que as
Comportamento Organizacional 11
pessoas se sintam perdidas em uma multidão.

O rápido crescimento das organizações baseadas em grupos na última


década sugere que já podemos estar a caminho do dia em que todo o
trabalho será planejado para execução em grupo.

Nações capitalistas, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e


Inglaterra, valorizam o indivíduo. O planejamento do trabalho em função de
grupos não condiz com os valores econômicos desses países. Além do mais,
como o capitalismo e o espírito empreendedor espalharam-se pelo mundo,
tendo se estabelecido na maioria das regiões do planeta – como no Leste
Europeu, na Ásia e em outras sociedades mais coletivistas, como a brasileira
–, a tendência em todos os mercados de trabalho é que a ênfase fique menos
nos grupos e mais nos indivíduos.

Importante
Os valores sociais, culturais e econômicos moldam as atitudes e o comportamento das
pessoas. Diante disso, nas sociedades capitalistas modernas, as conquistas individuais e a
competição são valorizadas pelas crenças da própria população.

Além da noção de disputa e da busca pela maximização dos


resultados individuais, os valores capitalistas fortalecem a necessidade de
vincular os esforços das pessoas aos próprios resultados, independentemente
das ações de outros membros de um grupo. Além disso, os valores
capitalistas incentivam as pessoas a fazerem parte de um grupo em que
possam manter uma forte identidade individual, impedindo a sublimação da
própria identidade em função da identidade do grupo.

Além de fugir dos valores dominantes das sociedades modernas,


organizar os trabalhos em grupos também traz uma série de problemas,
incluindo o excesso de conflitos, o pensamento de grupo, a acomodação de
alguns membros, a folga social e os desvios de comportamento. Ademais, as
pessoas poderiam se sentir frustradas em situações de trabalho em que sua
contribuição seja misturada e homogeneizada com as de outros membros do
grupo.

De uma maneira geral, os indivíduos preferem ser contratados,


12 Comportamento Organizacional
avaliados e recompensados por suas realizações pessoais. Não estão
dispostos a aceitar decisões coletivas sobre questões como suas atribuições
de trabalho ou aumentos de salário, e nem se sentem bem em um sistema
em que a única base de promoção ou de rescisão é o desempenho do
grupo ao qual pertencem.

Embora as equipes de trabalho tenham crescido em popularidade


como forma de os empresários organizarem pessoas e tarefas, pode-se
esperar resistência aos esforços de tratar indivíduos apenas como membros
de um grupo.

ba Mais
sta ao vídeo indicado e perceba a diferença entre tentar obter um resultado individual e

Assista agora

5. Diferença entre Grupos e Equipes


É comum confundir os conceitos de grupo e de equipe. Por isso,
vamos esclarecer as diferenças entre eles.

▪ Grupo de trabalho é um grupo que interage, basicamente, para


compartilhar informações e tomar decisões para ajudar cada
membro em seu desempenho na área de responsabilidade.
▪ Equipe de trabalho é um grupo em que os esforços individuais
resultam em um nível de desempenho e geram uma sinergia
positiva por meio do esforço coordenado, ou seja, o resultado será
maior do que a soma das contribuições individuais.

A Figura 1 vai auxiliar você a compreender melhor as diferenças


entre grupos e equipes:
Grupos de trabalho Equipes de trabalho

Comportamento Organizacional 13
Compartilham informações Meta Desempenho coletivo
Neutros (às vezes Sinergia Positivas
negativo) Individuais Responsabilidade Individuais e MÚTUAS
Aleatórios e variados Habilidades Complementares

Figura 1: Comparação entre grupos de trabalho e equipes de trabalho. Fonte: Adaptado de Robbins; Sobral (2010, p.300).

ndicado e conheça o que que faz toda a diferença na gestão do Líder. A diferença ent

6. Tipos de Equipes: Resolução de Problemas,


Autogerenciadas, Multifuncionais e
Virtual
Aqui, vamos abordar os principais tipos de equipes. O primeiro tipo
que exploraremos são as equipes de resolução de problemas.

Para Robbins (2010), as equipes de resolução de problemas servem


para que seus membros troquem ideias ou ofereçam sugestões de processos
e métodos de trabalho. Nesse caso, grupos de 5 a 12 funcionários, do
mesmo departamento, podem se reunir algumas horas por semana para
discutir formas de melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de
trabalho.

Outro tipo de equipe são as equipes autogerenciadas, nas quais


grupos de 10 a 15 funcionários assumem muitas das responsabilidades de
seus antigos supervisores e partem para planejar o cronograma de trabalho,
delegação de tarefas a seus membros, tomadas de decisão operacionais e
implantação de ações para solucionar problemas do trabalho com
fornecedores e clientes. Quando se implanta esse modelo de equipe, as
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posições de supervisão podem até ser eliminadas. No entanto, o desafio
desse tipo de equipe é administrar bem os conflitos e manter a cooperação,
sem permitir que o desempenho seja influenciado pelas brigas de poder.

Já as equipes multifuncionais são grupos de funcionários do mesmo


nível hierárquico, mas de diferentes setores da organização, que se unem
para cumprir uma tarefa; como se compusessem uma equipe de duração
limitada, como uma força-tarefa para realização de uma missão específica.

As equipes virtuais são uma novidade possível graças ao


desenvolvimento da tecnologia, que permite que membros fisicamente
dispersos possam utilizar a informática para atingir um objetivo comum,
colaborando on-line por meio de diversas ferramentas, seja por
videoconferência, e-mail, links de comunicação ou redes de longa distância.

Veja, a seguir, as vantagens e desvantagens desse modelo virtual,


incluindo a possibilidade da formação de equipes multiculturais.

Equipes virtuais globais

Há muitos anos, antes mesmo do e-mail, das mensagens


instantâneas ou das videoconferências, os membros das equipes de trabalho
costumavam se reunir no mesmo local, com um ou dois membros que
vinham para o trabalho de trem ou avião. Hoje, no entanto, as corporações
operam em muitos países, daí a necessidade de as equipes trabalharem em
conjunto por meio de linhas internacionais. Frente a isso, as multinacionais
usam equipes virtuais globais para atrair uma vantagem competitiva.

As equipes virtuais globais têm prós e contras. Do lado positivo, por


virem de países diferentes, com conhecimentos e pontos de vista diversos,
podem desenvolver ideias criativas e soluções para problemas que funcionem
para várias culturas. Do lado negativo, essas equipes enfrentam mais
desafios que as equipes tradicionais; os membros que não aceitam
indivíduos de diferentes culturas podem hesitar em compartilhar
abertamente as informações, o que pode gerar problemas de confiança.
Outro desafio é que os membros das equipes virtuais globais podem ter
ideias diferentes sobre como devem interagir.

Um estudo de equipes belgas, indianas e norte-americanas revelou


Comportamento Organizacional 15
que as belgas e indianas tendiam a valorizar o respeito em suas interações
virtuais. Faz sentido, visto que a Bélgica e a Índia possuem alto grau de
distância do poder, o que significa que as pessoas estão mais ligadas em
diferenças de status, hierarquia e poder.

Para criar e implementar equipes virtuais globais eficazes, os gestores


têm de selecionar cuidadosamente os membros que eles acreditam que venham
a prosperar em tal ambiente. Os empregados devem sentir-se confortáveis ao se
comunicar eletronicamente e estar abertos a diferentes ideias. Além disso, os
membros das equipes devem perceber que os valores que possuem podem ser
muito diferentes dos de seus companheiros de equipe.

Apesar de as equipes virtuais globais enfrentarem muitos desafios, as


empresas que as implementam de maneira eficaz podem gerar recompensas
enormes por meio do grande conhecimento que adquirem.

7. Dificuldades Enfrentadas nas Equipes


Dificuldad

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es

▪ As necessidades mal combinadas ▪ Falta de confiança


▪ As metas confusas ▪ O predomínio de uma cultura antiequipe
▪ A indefinição de papéis ▪ Uso de ferramentas impróprias
▪ Os conflitos de personalidades ▪ Adoção de políticas e procedimentos obtusos
▪ Inadequação no sistema de ▪ Feedback insuficiente
recompensas ▪ Insuficiência de informações
▪ Liderança ruim

De todos esses problemas, o mais comum são os conflitos


interpessoais. No entanto, mais alguns fatores podem provocar ou agravar
situações de conflito, como ruídos de comunicação, incompatibilidade de
percepção ou opiniões, excesso de normas e sobreposição de papéis.

Comportamento Organizacional 17
8. Características das Equipes Eficazes
Segundo Macedo et al. (2007, p.127), para que as equipes de
trabalho se desenvolvam de maneira eficaz, é fundamental que alguns
requisitos sejam preenchidos, como:

▪ Conhecimento das condições: todos devem ter conhecimento dos


prazos e dos recursos disponíveis para as atividades, bem como as
normas e os valores que deverão norteá-las;
▪ Aceitação das diferenças individuais: é fundamental saber conviver
com os traços e valores de cada um e aproveitar essas diferenças
para adquirir habilidades e competências;
▪ A consciência dos objetivos: todos devem ter ideia clara do
propósito da atividade que está sendo desenvolvida pela equipe;
▪ Comunicação aberta: todos devem ter acesso às informações e
liberdade para expressar suas ideias e sentimentos;
▪ Capacidade de negociar e de fazer concessões: havendo tal
disposição, ganha-se dos dois lados;
▪ Propensão para aprender a dois e compartilhar: em uma equipe,
todos aprendem juntos e compartilham tarefas e
responsabilidades; dar e receber feedback também faz parte desse
processo de aprendizagem;
▪ Entusiasmo: é preciso ser otimista e confiante para poder aceitar
desafios e superar obstáculos;
▪ Comportamento ético: as relações devem se basear no
compromisso, na confiança e no respeito mútuos;
▪ Flexibilidade: cumpre incentivar a troca de papéis e até mesmo
o compartilhamento da liderança; assim, serão identificados e
aproveitados, oportunamente, os pontos fortes de cada um.

Macedo et al. (2007) ainda afirmam que as equipes eficazes têm


algumas características essenciais que contribuem para seu bom
desempenho, como: a gestão participativa; flexibilidade e adaptação; canal
aberto de comunicação; capacidade de ouvir (o que facilita muito a
interação entre seus membros); educação e aprendizado (aprendendo com a
experiência dos demais); motivação (com troca de estímulos entre seus
membros); criatividade e crescimento pessoal (quando fazer parte da equipe
aumenta a satisfação; a autoconfiança e a felicidade de cada um de seus
membros). Eficácia da Equipe

Segundo Robbins (2010), alguns fatores – como o contexto e


recursos para funcionamento da equipe, a composição da equipe e outras
variáveis inerentes ao processo – refletem o que acontece na equipe de
trabalho de modo que chega a influenciar em sua eficácia.

Veja um resumo das principais ideias do autor, em termos de modelo


de eficácia da equipe, na Figura 2:

Contexto
▪ Recursos adequados
▪ Liderança e estrutura
▪ Clima de confiança
▪ Sistemas
Contexto de avaliação de
desempenho
▪ Capacidade e recompensas
dos membros
▪ Personalidade
▪ Alocação de papéis
▪ Diversidade
▪ Tamanho da equipe
▪ Flexibilidade dos membros
▪ Preferências dos membros

Contexto
▪ Propósito comum
▪ Metas específicas
▪ Autoconfiança
▪ Modelos mentais
▪ Níveis de conflito
▪ Folga social

Figura 2: Modelo de eficácia da equipe. Fonte: Adaptado de Robbins; Sobral (2010, p.303).
Síntese
Nesta unidade, você conheceu a constituição de grupo ao longo de
sua existência, aprendendo que um grupo sofre influência de basicamente
três fatores: o ambiente, o próprio grupo e o indivíduo.

Você pôde conhecer diferentes tipos de grupos e suas finalidades,


aprender as diferenças entre grupo e equipe e, o mais importante, conhecer
as características das equipes eficazes, voltadas para os resultados.

Conheceu, também, a classificação dos grupos em: formais,


informais, de comando, de tarefa, de amizade.

Vimos, ainda, os atributos básicos do grupo, que são os papéis,


as normas e o STATUS.

Nesta unidade, pudemos observar, ainda, que equipes são grupos


que evoluíram, e que a existência de uma equipe depende da comunhão de
objetivos e da influência da cultura organizacional.
Referências Bibliográficas
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