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Engenharia

de Poço
AU L A 1 - M A R I A J U L I A N A
M A RT INS
Contexto Engenharia de poço:
Engenharia que está presente na construção de poços (perfuração, avaliação, completação) e WO.
Exemplo: tópicos estudados em sala de aula:

-Sonda de Perfuração; - Condicionamento de poço;


-Fluidos na Perfuração; - Avaliação da cimentação;
- Perfuração de Poços; -Completação de poços: Completação Inferior e
- Hidráulica e Reologia de fluidos de Superior;
perfuração; - ANM e BAP;
- Controle de poço; - Riser de Completação e LRP;
- Revestimentos e Cimentação; - Cabo e flexitubo;
Sondas de
perfuração
AU L A 1 - M A R I A J U L I A N A
M A RT INS
Movimentação de cargas e Sustentação de cargas:

Fonte: Thomas, 2001 Fonte: Thomas, 2001


Sustentação de cargas e Movimentação de cargas :
Rotação:
a. Mesa rotativa:
• Kelly – quadrado ou exagonal;
• Cabeça de circulação (ou swivel) – parte
superior permanece parada;
b. Top drive:
• Perfuração por sessão;
• Descida ou retirada de coluna com rotação e
circulação de fluidos;
c. Motor de fundo:
• Giro aplicado acima da coluna;
• Preferidos em poços direcionais;
• Ausência de torque no DP;
Circulação:
1. Fase de injeção:
a. Fases iniciais: Grandes vazões - bombas em
paralelo;
b. Fases finais: Grandes pressões e baixas vazões
bomba e com pistões e camisas menores;

2. Fase de retorno:
Da saída do fluido de perfuração dos jatos da
broca até peneira vibratória;

3. Fase de tratamento:
Eliminação de sólidos ou gás que se incorporam
ao fluido durante a perfuração e na adição de
produtos químicos;
Geração e transmissão de energia

Fontes de energia:

a. Motores à diesel;
b. Turbinas a gás (sondas marítimas com produção de gás);
c. Energia elétrica de redes públicas;

Dependendo do modo de transmissão as sondas podem ser classificadas em:

a. Sondas mecânicas
b. Diesel-elétricas.
Segurança do poço
Constituídos dos ESCP e equipamentos complementares -
fechamento e controle de poço:

a. Cabeça do poço - Ancoragem e vedação das colunas de


revestimento:
o Cabeça de revestimento, carretel de perfuração,
adaptadores, carretel espaçador;
b. Preventores - Permitem o fechamento do espaço anular,
pode ser:
o Anular: Fechar o espaço anular através de um pistão;
o Gavetas: Fechar o espaço anular através de gavetas;
Fonte: Thomas, 2001
Monitoramento:
Equipamentos para o controle da
perfuração:

• Registradores ou indicadores:
manômetros, indicador de peso sobre a
broca, indicador de torque, tacômetro,
etc.

• Permite melhor eficiência da perfuração


e aquisição de dados;
Sondas de Perfuração:

(LDA até 130m)

(LDA até 300m)

BOP de fundo de mar


BOP de superfície BOP de superfície

BOP de fundo de mar

• Onshore ou Offshore;
• Podem ter BOP na superfície (Plataformas fixas; auto-eleváveis) ou no fundo do mar
(Unidades flutuantes – semissubmersíveis ou navios-sonda).
Plataformas Flutuantes:

• Sofrem movimentação devido ação das ondas, ventos e correntes:


Os movimentos de uma sonda são considerados em um sistema XYZ:
1. Movimentos na horizontal:
Z a. Avanço ou Surge – Translação na direção X;
b. Deriva ou Sway – Translação na direção Y;
c. Guinada ou Yaw – Rotação em torno do eixo Z;

2. Movimentos na vertical:
Y a. Afundamento ou heave – Translação na direção Z
b. Jogo ou Roll – Rotação em torno do eixo X;
X
c. Arfagem ou Pitch – Rotação em torno do eixo Y.
Fonte: Adaptado de Thomas, 2001
Plataformas Flutuantes:

Para minimizar os efeitos dos movimentos das sondas são utilizados equipamentos
auxiliares:

o Tensionadores de Riser:
• Junta telescópica após o ponto de fixação na plataforma permitindo o heave;
• Juntas flexíveis instaladas nas extremidades permitindo os movimentos de surge e roll.

o Compensadores de movimento:
• Sustentação da coluna de perfuração, mantendo constante o peso sobre a broca.
Plataformas Flutuantes:

Posicionamento de sonda:

o Posicionamento Dinâmico:

Sensores de posição determinam a deriva e propulsores no casco são acionados por


computador restaurando a posição da plataforma através de um sistema GPS.

o Ancoragem:

8 a 12 âncoras e cabos e/ou correntes atuando como molas que produzem esforços
capazes de restaurar a posição do flutuante.
Segurança de poço:
• Plataformas Fixas e Auto-eleváveis:
• Cabeça de poço:
Revestimentos ancorados no fundo do mar e necessidade de cabeça de superfície fazendo
a vedação secundária e sustentação do peso dos tubos de revestimento;
• 1 BOP anular com 3 ou 4 BOPs de gavetas

• Plataforma Flutuante:
• Revestimentos e equipamentos de controle e segurança de poço apoiados no fundo do mar
através da cabeça do poço;
• O retorno do fluido de perfuração à superfície é feito através do Riser;
• Sistema com cabos guia (LDA até 400m) ou sem cabos guia;
• BOP stack - 2 anulares e 3 ou 4 de gavetas
• Sistema de acionamento remoto;
• LMRP desempenha a função de desconexão de emergência;
Riscos em Sonda de Petróleo:

Duas explosões devido mau fechamento de uma


válvula de bloqueio ocasionando 11 mortes;

Segundo o parecer da ANP a conclusão sobre o acidente:


“Não-conformidades quanto a procedimentos
operacionais, de manutenção e de projeto”

Início das discussões de segurança operacional


no Brasil - Resolução ANP n° 43/2007 - Regulamento
Técnico de Segurança Operacional para Instalações
Marítimas de Exploração e Produção
Instrumentos Regulatórios da ANP:
Evolução dos instrumentos regulatórios utilizados pela ANP para a fiscalização da
segurança operacional nas unidades de produção e perfuração offshore:

2007 2009 2015 2015 2016

Fonte: Adaptado de Santos, 2018 Fonte: Santos, 2018


Instrumentos Regulatórios da ANP:

Fonte: Santos, 2018 Fonte: Santos, 2018

o Aumento do número de auditorias e de não conformidades;


o Aumento do número de auditorias e número de interdições se mantém estático;
Instrumentos Regulatórios da ANP:

Fonte: Santos, 2018 Fonte: Santos, 2018

o Aumento do número de incidentes reportados à ANP;


o Diminuição do número de acidentes fatais;
Bibliografia:
Petrobras. Conheça alguns tipos de plataforma de petróleo e como elas funcionam. Disponível em
<https://medium.com/petrobras/conheça-alguns-tipos-de-plataforma-de-petróleo-e-como-elas-funcionam-
c1937cfb9abf>. Acesso em: 20 Abr. 2020.

ANP. Análise do acidente com a plataforma P-36. Disponível em:


<http://www.anp.gov.br/images/EXPLORACAO_E_PRODUCAO_DE_OLEO_E_GAS/Seguranca_Operacional/Relat_inciden
tes/Relatorio_P-36.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2020.

ANP. RESOLUÇÃO ANP Nº 43. REGULAMENTO TÉCNICO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA


OPERACIONAL DAS INSTALAÇÕES MARÍTIMAS DE PERFURAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL. [S.I.].
2007.

THOMAS, J.E. Fundamentos da Engenharia de Petróleo. 2° edição. Editora Interciência, 2001

SANTOS, P. I. S. R. SEGURANÇA OPERACIONAL NA E&P OFFSHORE NO BRASIL: análise da evolução regulatória


promovida pela ANP. 2018. Dissertação(Graduação Engenharia de Petróleo) - Escola Politécnica, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

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