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1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2
2. OBJETIVO ................................................................................................................................ 2
3. FLUIDOS DE COMPLETAÇÃO ........................................................................................... 2
3.1. Definição .............................................................................................................................. 2
3.2. Tipos de Fluido de Completação ....................................................................................... 3
3.2.1. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO UTILIZADOS COMO DE COMPLETAÇÃO ......... 4
3.2.2. SALMOURAS .............................................................................................................. 5
3.2.3. BASE ÓLEO ................................................................................................................. 6
3.2.4. BAIXO TEOR DE SÓLIDOS ....................................................................................... 7
3.3. Fluidos de Perfuração de Reservatório (Drill-in) ............................................................ 8
3.4. Fluidos Obturadores (Packer Fluids) ............................................................................... 9
4. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 10
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 10
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. FLUIDOS DE COMPLETAÇÃO
3.1. Definição
Fluido de completação é, por definição, uma solução salina isenta de sólidos. Esta é a
grande diferença entre o fluido de completação e o fluido de perfuração, que é uma suspensão de
sólidos em líquidos. A ausência de sólidos se deve ao fato de que estes causam dano à formação.
Assim, durante a perfuração do poço, a rocha nas imediações do poço fica danificada, e sua
permeabilidade bastante reduzida.
Nos referidos fluidos é utilizado um sal inorgânico com a finalidade de evitar a hidratação
das argilas da formação, o que causaria o inchamento da formação com posterior dano à mesma.
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Geralmente, os referidos fluidos utilizam como sal inorgânico o cloreto de sódio (NaCl), cloreto
de potássio (KCl), etc, sendo a escolha feita em função do peso específico do fluido a ser utilizado.
Este peso deve garantir um overbalance de 200 psi para um poço de óleo e de 400 psi quando poço
é de gás (FERREIRA,2009).
Os fluidos de completação permanecem estáticos no interior do poço até que seja
necessário a realização de um workover, sendo substituídos pelo fluido de controle (fluido
utilizado durante um procedimento de workover) temporariamente. Os espaços de tempo em que
os fluidos de completação permanecem sem nenhuma ação externa, podem ser relativamente
grandes, desta forma, segundo Caenn et al (2011), eles devem ser:
Mecanicamente estáveis, para que não sejam depositados sólidos sobre o packer ou no
fundo do poço;
Quimicamente estável às condições de reservatório (pressão e temperatura);
Prover um isolamento térmico do interior da coluna de produção para o meio externo,
evitando uma demasiada perda de calor do fluido produzido;
Não deve causar corrosões aos equipamentos, além de proteger os equipamentos de
subsuperfície contra eventuais vazamentos que ocorram de fluidos da formação para o
espaço anular.
Deve ser inerte a qualquer composto da formação produtora (desde os fluidos até as
rochas), para que não ocorram danos, e por consequência, diminuição da produção, quando
o fluido entrar em contato com as paredes do reservatório.
A figura 1, abaixo, ilustra a importância de uma das funções dos fluidos de completação, a
inibição de corrosões aos equipamentos:
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Figura 2 – Classificação dos Fluidos de Completação
Fluidos de
Completação
Baixo Teor de
De Perfuração Salmouras Base Óleo Sólidos
Vantagens Desvantagens
Necessitam de
pequenos ou Altamente
nenhum ajuste das corrosivo.
suas propriedades.
São os mais
econômicos.
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3.2.2. SALMOURAS
O íon formiato é conhecido por ser o mais hidrofílico íon gerado da dissociação de um
ácido carboxílico e mesmo assim ainda conserva as características de composto orgânico. Além
disso, este íon também confere ação antioxidante, anula os íons hidrogênio livres, diminuindo a
reatividade do meio, e por consequência, conferindo ao fluido uma proteção contra corrosão.
O controle da densidade é facilitado, pois para aumentá-la adiciona-se sal e para baixá-la
adiciona-se água. Impurezas vindas da água de mistura ou do próprio sal usado podem ser
facilmente removidas por filtração, o que torna estas soluções “fluidos limpos”. Howard (2011),
cita que as salmouras de sais de formiato cobrem toda a faixa de densidade requerida pela indústria
petrolífera, como podemos ver na figura abaixo.
Figura 5 – Variação de Densidade em Fluidos de Completação, Utilizando-se Sais de Formiato
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Os sais de formiato possuem alta solubilidade em água, criando salmouras de alta
densidade, alcalinas e com relativa baixa viscosidade, além de possuir outras propriedades úteis,
tais como baixas taxas de degradação por oxidação e hidrogenação de diversos viscosificantes e
agentes redutores de filtrados utilizados nos fluidos, possibilitando uma otimização da
performance de alguns viscosificantes utilizados em fluidos de perfuração, que teriam seu
desempenho comprometido caso utilizados em poços de condições high pressure high temperature
(HPHT) (BENTON, 2000). Outro fator importante, é que os sais de formiato são considerados
biodegradáveis, tendo uma baixa toxicidade para os organismos aquáticos. A tabela 1 especifica
as concentrações dos sais de formiato mais utilizados na indústria de petróleo, e o valor de
densidade, viscosidade e pH que ele proporciona ao fluido de completação.
Ferreira (2009) ainda cita as principais vantagens e desvantagens no uso desse tipo de
fluido de completação, como podemos observar abaixo.
Figura 6 – Vantagens e Desvantagens do Uso Salmouras
Vantagens Desvantagens
Provocam corrosão na
Causam pouco dano à coluna, revestimento e
formação, pois são livres de outros equipamentos.
sólidos suspensos e
promovem a inibição do Esta corrosão pode ser
inchamento de argilas. reduzida com o uso de
um inibidor adequado.
São fáceis de
serem
recondicionadas
para posterior
utilização.
Os fluidos base óleo são basicamente compostos por uma base oleosa e alguns aditivos
para conferir-lhe densidade adequada, tal como barita, e dispersantes. Estes fluidos apresentam
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elevada estabilidade térmica, bem como apresentam uma baixa taxa de corrosão às tubulações.
Entretanto, apesar de sua base lhe conferir suas principais vantagens, também lhe confere suas
principais desvantagens: custo e grau de poluição. Os óleos derivados de petróleo, em uma maneira
geral são extremamente poluentes, sendo necessário a autorização de diversos órgãos de legislação
ambiental para que se possa ser liberada a sua utilização. Além disso, possuem um alto valor
agregado, fazendo com quem o fluido de completação base óleo se torne relativamente caro, e
muitas vezes, inviabilizando a sua utilização.
Ferreira (2009) ainda cita as principais vantagens e desvantagens no uso desse tipo de
fluido de completação, como podemos observar abaixo.
Vantagens Desvantagens
Apresenta
baixo teor de
sólidos.
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3.3. Fluidos de Perfuração de Reservatório (Drill-in)
Os fluidos de perfuração de reservatório (reservoir drilling fluids, RDF), que são fluidos
especiais utilizados na perfuração única e exclusivamente da zona produtora. Esses fluidos
possuem características somadas de fluidos de perfuração e de fluidos de completação, uma vez
que necessitam ao mesmo tempo de propriedades reológicas adequadas para prosseguir a
perfuração do reservatório, mas também precisam de propriedades compatíveis com o reservatório,
para que este não seja danificado. Estes fluidos são compostos de uma base inerte à formação
produtora (salmoura ou sintética) e aditivos que conferem ao fluido viscosidade, densidade e
controle de filtração. Esses aditivos devem possuir um tamanho de partícula suficientemente
pequeno para garantir que os poros não sejam tamponados (Caenn et al, 2011).
Quando a perfuração em uma zona reservatório ocorre com um sistema de fluido
convencional, podem surgir uma série de riscos e / ou problemas, que podem afetar diretamente
o reservatório, ligando os poros do reservatório e / ou invasão de fluido na formação produtiva, tal
como apresentado na Figura 8, um poço horizontal submetido a um fluido convencional; pode-se
observar a invasão de fluido para dentro a rocha reservatório, danificando-o.
Figura 8 – Invasão de Fluido no Reservatório
Assim como acontece com fluidos de completação e fluidos de perfuração comuns, esses
RDFs especiais podem er muitas formas e uma variedade de produtos foi desenvolvida pelas
empresas de serviço de fluidos para atender necessidades especias (Caenn et al, 2011). Os
indredientes básicos dos fluidos drill-in são:
Fluido de base não-sanosa compatível com as águas da formação in-situ; pode ser
tanto uma salmouta como um óleo sintético.
Viscosidade e controle de perda de fluidos ótimos; polímeros
degradáveis/quebráveis.
Distribuição adequada de tamanho de partículas de todos os sólidos no fluidos.
Controle do peso do fluido por produtos não danosos; salmouras pesadas, partículas
de sal ou carbonatos.
Apesar de serem fluidos caros, Caenn et al (2011) diz que a relação custo/beneefício
mostra-se satisfatória ao utilizar esse tipo de fluido pois em situações em que grande parte grande
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parte da formação perfurada é a zona produtora, ou seja, poços horizontais, faz mais sentido
econômico focalizar a eficácia em vez do custo total.
De acordo com Chiriac (2014), um bom exemplo de como um RDF deve desempenhar
pode ser visto na Figura 9; o RDF sela o gravel permeável através da construção de um fino e
impermeável reboco, minimizando a perda de filtrado para a formação.
Figura 9 – Invasão de Fluido no Reservatório
Quando um poço está sendo completado, uma boa prática consiste em colocar um packer
entre a tubulação e o revestimento acima do intervalo produtivo e preencher o espaço anular com
um fluido obturador (packer fluid). Esse procedimento é apenas uma medida de segura, se ele não
for seguido, o topo do revestimento será submetido à pressão total do reservatório no caso de um
poço de gás seco e, no caso de um poço de petróleo, à pressão no reservatpório menos a coluna do
líquido no espaço anular. O fluido obturador também reduz o diferencial de pressão entre o interior
do tubo e o espaço anular (Caenn et al, 2011).
Ainda de acordo com Caenn et al (2011), uma vez que os fluidos obturadores permanecem
no lugar até que seja necessário fazer o trabalho de remediação do poço, o que pode levar anos, há
alguns requisitos especiais para esse tipo de fluido:
1. Ele deve ser mecanicamente estável para que sólidos não se sedimentem sobre o
packer.
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2. Ele deve ser quimicamente estável em temperaturas e pressões de fundo de poço,
de modo que as forças gel elevadas, que poderiam impedir que a lama circulasse,
não desenvolvam.
3. Ele deve conter materiais que vedem quaisquer vazamentos que possam se
desenvolver.
4. Ele próprio não deve causar corrosão apreciável, deve ainda proteger as superfícies
metálicas contra a corrosão provocada por fluidos da formação que potencialmente
vazem no espaço anular.
5. Uma vez que os canhoneados serão expostos a ele no curso das operações de
remediação e completação, o fluido obturador não deve causar dano à formação.
O mesmo pode ser utilizado como fluido de completação ou amortecimento com
pequena ou nenhuma modificação. Um resumo das propriedades dos vários tipos de fluidos
obturadores é fornecido a seguir.
Figura 10 – Classificação dos Fluidos Obturadores
Fluidos
Obturadores
4. CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho, foi possível concluir que os fluidos de completação, de workover,
de perfuração de reservatório e obturadores são componentes essenciais no processo de produção
de petróleo e gás, sendo diretamente responsáveis pela maximização do índice de produtividade
do poço, uma vez que o mal dimensionamento dos mesmos podem causar danos irreparáveis ao
reservatório e aos equipamentos. Assim, a análise da composição do fluido de completação deve
ser criteriosa.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CHIRIAC, A., Reservoir Drill-in Fluids, Completion and Workover Fluids, Aalborg University,
Dinamarca, 2014.
FERREIRA, M.V.D., Apostila da disciplina EEW-412 Completação de Poços, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2009.
HOWARD, S., The formate technical manual – section A1, Cabot Specialty Fluids Company,
2011.
MEDEIROS, B.E.A., Efeito de viscosificantes na filtração de fluidos de perfuração base água,
Monografia de graduação, UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, 2010.
THOMAS J. E. Fundamentos de engenharia de petróleo, Editora Interciência, Rio de Janeiro,
2001.
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