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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA MECÂNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
COMPLETAÇÃO DE POÇOS

JOSÉ MENDES FREIRE NETO

FLUIDOS DE COMPLETAÇÃO, DE WORKOVER, DE PERFURAÇÃO DE


RESERVATÓRIO E OBTURADORES

CAMPINA GRANDE, PARAÍBA


29 DE FEVEREIRO DE 2016
JOSÉ MENDES FREIRE NETO

FLUIDOS DE COMPLETAÇÃO, DE WORKOVER, DE PERFURAÇÃO DE


RESERVATÓRIO E OBTURADORES

Pesquisa referente ao tema “ FLUIDOS


DE COMPLETAÇÃO, DE WORKOVER,
DE PERFURAÇÃO DE
RESERVATÓRIO E OBTURADORES” e
apresentado à disciplina Completação de
Poços do curso de Engenharia de Petróleo
do Centro de Ciências e Tecnologia da
Universidade Federal de Campina Grande
em cumprimento às exigências de
avaliação da referida disciplina.

CAMPINA GRANDE, PARAÍBA


29 DE FEVEREIRO DE 2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2
2. OBJETIVO ................................................................................................................................ 2
3. FLUIDOS DE COMPLETAÇÃO ........................................................................................... 2
3.1. Definição .............................................................................................................................. 2
3.2. Tipos de Fluido de Completação ....................................................................................... 3
3.2.1. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO UTILIZADOS COMO DE COMPLETAÇÃO ......... 4
3.2.2. SALMOURAS .............................................................................................................. 5
3.2.3. BASE ÓLEO ................................................................................................................. 6
3.2.4. BAIXO TEOR DE SÓLIDOS ....................................................................................... 7
3.3. Fluidos de Perfuração de Reservatório (Drill-in) ............................................................ 8
3.4. Fluidos Obturadores (Packer Fluids) ............................................................................... 9
4. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 10
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 10

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1. INTRODUÇÃO

A partir do momento que a broca de perfuração atinge o reservatório, dá-se início ao


processo de completação do poço. A escolha do fluido de completação e de perfuração de
reservatório mais adequado para a realização dos procedimentos de completação é crucial para o
sucesso de tais operações, uma vez que os fluidos supracitados não devem danificar o reservatório
e o poço (MEDEIROS,2014).
Como os fluidos de perfuração possuem características que poderiam danificar o
reservatório, um tipo especial de fluido é utilizado para perfurá-lo, o drill-in fluid, que é formulado
para maximizar o índice de produtividade de um reservatório sem danificá-lo. De forma análoga,
há também um fluido mais adequado para ser utilizado durante a completação, o fluido de
completação, que geralmente é uma solução salina isenta de sólidos, cuja composição deve ser
compatível com o reservatório e com os fluidos nele contidos, para evitar a ocorrência de dano à
formação (FERREIRA,2009).
Hoje em dia, diversos estudos sobre fluidos de completação são realizados, haja vista que
este pode ter influência direta no índice de produtividade do poço, seja positivamente (atuando
como um estimulante) ou negativamente (causando danos ao reservatório e equipamentos). Desta
forma, se faz necessário conhecer detalhadamente as propriedades dos diversos fluidos de
completação e seus efeitos em diferentes condições de reservatório, uma vez que este, caso não
seja projetado adequadamente, se torna um potencial agente de danificação do reservatório. Assim,
o conhecimento mais aprofundado acerca do assunto se faz indispensável ao engenheiro de
petróleo, pois as especificidades do tema abordado podem definir uma completação bem ou mal
sucedida.

2. OBJETIVO

O presente trabalho objetiva a realização de um estudo acerca de fluidos de completação e


de perfuração de reservatórios, por meio de estudos da bibliografia do assunto.

3. FLUIDOS DE COMPLETAÇÃO

3.1. Definição

Fluido de completação é, por definição, uma solução salina isenta de sólidos. Esta é a
grande diferença entre o fluido de completação e o fluido de perfuração, que é uma suspensão de
sólidos em líquidos. A ausência de sólidos se deve ao fato de que estes causam dano à formação.
Assim, durante a perfuração do poço, a rocha nas imediações do poço fica danificada, e sua
permeabilidade bastante reduzida.
Nos referidos fluidos é utilizado um sal inorgânico com a finalidade de evitar a hidratação
das argilas da formação, o que causaria o inchamento da formação com posterior dano à mesma.

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Geralmente, os referidos fluidos utilizam como sal inorgânico o cloreto de sódio (NaCl), cloreto
de potássio (KCl), etc, sendo a escolha feita em função do peso específico do fluido a ser utilizado.
Este peso deve garantir um overbalance de 200 psi para um poço de óleo e de 400 psi quando poço
é de gás (FERREIRA,2009).
Os fluidos de completação permanecem estáticos no interior do poço até que seja
necessário a realização de um workover, sendo substituídos pelo fluido de controle (fluido
utilizado durante um procedimento de workover) temporariamente. Os espaços de tempo em que
os fluidos de completação permanecem sem nenhuma ação externa, podem ser relativamente
grandes, desta forma, segundo Caenn et al (2011), eles devem ser:
 Mecanicamente estáveis, para que não sejam depositados sólidos sobre o packer ou no
fundo do poço;
 Quimicamente estável às condições de reservatório (pressão e temperatura);
 Prover um isolamento térmico do interior da coluna de produção para o meio externo,
evitando uma demasiada perda de calor do fluido produzido;
 Não deve causar corrosões aos equipamentos, além de proteger os equipamentos de
subsuperfície contra eventuais vazamentos que ocorram de fluidos da formação para o
espaço anular.
 Deve ser inerte a qualquer composto da formação produtora (desde os fluidos até as
rochas), para que não ocorram danos, e por consequência, diminuição da produção, quando
o fluido entrar em contato com as paredes do reservatório.
A figura 1, abaixo, ilustra a importância de uma das funções dos fluidos de completação, a
inibição de corrosões aos equipamentos:

Figura 1 – Impacto da Corrosão no Poço

Fonte: Chiriac, 2014

3.2. Tipos de Fluido de Completação

Caenn et al (2011) classifica os fluidos de completação em cinco tipos distintos: os fluidos


de perfuração aquosos que são utilizados como fluido de completação, os fluidos de completação
base óleo, os de baixo teor de sólidos, salmouras e ainda cita o fluido de perfuração de reservatório
(Drill-in), como uma combinação de fluido de perfuração e fluido de completação. Ferreira (2009)
ainda classifica os fluidos de workover como sendo geralmente semelhantes aos de completação e
os obturadores como um tipo especiais de fluido de completação.

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Figura 2 – Classificação dos Fluidos de Completação
Fluidos de
Completação

Obturadores Drill-In Workover

Baixo Teor de
De Perfuração Salmouras Base Óleo Sólidos

Fonte: Chiriac, 2014 (Adaptado)

3.2.1. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO UTILIZADOS COMO DE COMPLETAÇÃO

Fluidos de perfuração são comumente utilizados como fluidos de completação,


apresentando como grande vantagem a economia de não haver necessidade de projetar um novo
fluido para injetar no interior do poço (CAENN et al,2011). Entretanto, estes fluidos apresentam
um caráter extremamente corrosivo aos metais da tubulação de produção, podendo criar falhas nos
tubos que viriam a se tornar vazamentos, e por consequência, gerar grandes prejuízos em
manutenções não programadas.
Além disso, é de conhecimento comum que o fluido de perfuração apresente uma grande
capacidade de tamponar os canais permeáveis da rocha. Priest et al (1956) afirmam que em poços
que realizam o processo de canhoneio com fluidos de perfuração em seu interior em condições de
overbalance, ocorre o fluxo do fluido para o interior dos canhoneados e tampona parcialmente ou
totalmente os canais. Esse tipo de fluido de completação é compatível apenas com poços em que
as condições de corrosividade sejam extremamente brandas e que seja possível operar seguramente
em uma condição de underbalance.

Figura 3 – Vantagens e Desvantagens dos Fluidos de Perfuração Utilizados Como de


Completação

Vantagens Desvantagens

Disponibilidade (já Possibilidade de dano


à formação devido à
se encontram no presença de sólidos
poço e tanques). insolúveis.

Necessitam de
pequenos ou Altamente
nenhum ajuste das corrosivo.
suas propriedades.

São os mais
econômicos.

Fonte: Ferreira,2009 (Adaptado)

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3.2.2. SALMOURAS

As salmouras são fluidos compostos basicamente de água e um sal previamente


determinado em projeto, que pode variar desde água do mar até formiato de césio. A escolha do
sal está diretamente ligada à densidade desejada para o fluido, e a densidade necessária depende
de vários fatores, tais como pressão da formação e propriedades de corrosão. No geral as salmouras
apresentam baixas taxas de corrosão, com exceção do brometo de zinco a densidades maiores que
18,0 lb/gal (JACKSON, 1964).
Existe ainda um tipo especial de salmoura chamada de salmoura de formiato, que é um
fluido de base água adicionado de um sal composto de um sal alcalino de ácido fórmico. Caenn et
al (2011) cita que por esses sais serem altamente solúveis em água, estes formam salmouras de
baixo ponto de cristalização.
Figura 4 - Estrutura química do formiato de sódio

Fonte: Howard, 2011

O íon formiato é conhecido por ser o mais hidrofílico íon gerado da dissociação de um
ácido carboxílico e mesmo assim ainda conserva as características de composto orgânico. Além
disso, este íon também confere ação antioxidante, anula os íons hidrogênio livres, diminuindo a
reatividade do meio, e por consequência, conferindo ao fluido uma proteção contra corrosão.
O controle da densidade é facilitado, pois para aumentá-la adiciona-se sal e para baixá-la
adiciona-se água. Impurezas vindas da água de mistura ou do próprio sal usado podem ser
facilmente removidas por filtração, o que torna estas soluções “fluidos limpos”. Howard (2011),
cita que as salmouras de sais de formiato cobrem toda a faixa de densidade requerida pela indústria
petrolífera, como podemos ver na figura abaixo.
Figura 5 – Variação de Densidade em Fluidos de Completação, Utilizando-se Sais de Formiato

Fonte: Howard, 2011

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Os sais de formiato possuem alta solubilidade em água, criando salmouras de alta
densidade, alcalinas e com relativa baixa viscosidade, além de possuir outras propriedades úteis,
tais como baixas taxas de degradação por oxidação e hidrogenação de diversos viscosificantes e
agentes redutores de filtrados utilizados nos fluidos, possibilitando uma otimização da
performance de alguns viscosificantes utilizados em fluidos de perfuração, que teriam seu
desempenho comprometido caso utilizados em poços de condições high pressure high temperature
(HPHT) (BENTON, 2000). Outro fator importante, é que os sais de formiato são considerados
biodegradáveis, tendo uma baixa toxicidade para os organismos aquáticos. A tabela 1 especifica
as concentrações dos sais de formiato mais utilizados na indústria de petróleo, e o valor de
densidade, viscosidade e pH que ele proporciona ao fluido de completação.

Tabela 1: Valores de pH, Viscosidade e Densidade para Salmouras de Sais de Formiato

Fonte: Gaurina-Medimurec, 2008.

Ferreira (2009) ainda cita as principais vantagens e desvantagens no uso desse tipo de
fluido de completação, como podemos observar abaixo.
Figura 6 – Vantagens e Desvantagens do Uso Salmouras

Vantagens Desvantagens

Provocam corrosão na
Causam pouco dano à coluna, revestimento e
formação, pois são livres de outros equipamentos.
sólidos suspensos e
promovem a inibição do Esta corrosão pode ser
inchamento de argilas. reduzida com o uso de
um inibidor adequado.

São de fácil Possuem baixa


preparo e simples viscosidade, o que
de alterar sua dificulta o controle
densidade. do filtrado.

São fáceis de
serem
recondicionadas
para posterior
utilização.

Fonte: Ferreira,2009 (Adaptado)


3.2.3. BASE ÓLEO

Os fluidos base óleo são basicamente compostos por uma base oleosa e alguns aditivos
para conferir-lhe densidade adequada, tal como barita, e dispersantes. Estes fluidos apresentam

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elevada estabilidade térmica, bem como apresentam uma baixa taxa de corrosão às tubulações.
Entretanto, apesar de sua base lhe conferir suas principais vantagens, também lhe confere suas
principais desvantagens: custo e grau de poluição. Os óleos derivados de petróleo, em uma maneira
geral são extremamente poluentes, sendo necessário a autorização de diversos órgãos de legislação
ambiental para que se possa ser liberada a sua utilização. Além disso, possuem um alto valor
agregado, fazendo com quem o fluido de completação base óleo se torne relativamente caro, e
muitas vezes, inviabilizando a sua utilização.
Ferreira (2009) ainda cita as principais vantagens e desvantagens no uso desse tipo de
fluido de completação, como podemos observar abaixo.

Figura 7 – Vantagens e Desvantagens do Uso dos Fluidos à Base de Óleo

Vantagens Desvantagens

Não é Custo elevado.


corrosivo.
Apresenta
elevada Problemas
estabilidade Ambientais
térmica.

Apresenta
baixo teor de
sólidos.

Fonte: Ferreira,2009 (Adaptado)

3.2.4. BAIXO TEOR DE SÓLIDOS

Quando o fluido apresenta um polímero como viscosificante, um sal para controle de


densidade e um inibidor de corrosão, este é classificado como um fluido de completação de baixo
teor de sólidos. Fluidos com essas composições são mais fáceis de controlar do que os fluidos de
perfuração usados como fluidos de completação, entretanto apresentam como limitação, a
instabilidade térmica que alguns polímeros possuem.

Quando se necessita de um fluido de completação, com controle da filtração, são


normalmente empregadas soluções poliméricas, já que as soluções salinas, não atendem a este
requisito.

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3.3. Fluidos de Perfuração de Reservatório (Drill-in)

Os fluidos de perfuração de reservatório (reservoir drilling fluids, RDF), que são fluidos
especiais utilizados na perfuração única e exclusivamente da zona produtora. Esses fluidos
possuem características somadas de fluidos de perfuração e de fluidos de completação, uma vez
que necessitam ao mesmo tempo de propriedades reológicas adequadas para prosseguir a
perfuração do reservatório, mas também precisam de propriedades compatíveis com o reservatório,
para que este não seja danificado. Estes fluidos são compostos de uma base inerte à formação
produtora (salmoura ou sintética) e aditivos que conferem ao fluido viscosidade, densidade e
controle de filtração. Esses aditivos devem possuir um tamanho de partícula suficientemente
pequeno para garantir que os poros não sejam tamponados (Caenn et al, 2011).
Quando a perfuração em uma zona reservatório ocorre com um sistema de fluido
convencional, podem surgir uma série de riscos e / ou problemas, que podem afetar diretamente
o reservatório, ligando os poros do reservatório e / ou invasão de fluido na formação produtiva, tal
como apresentado na Figura 8, um poço horizontal submetido a um fluido convencional; pode-se
observar a invasão de fluido para dentro a rocha reservatório, danificando-o.
Figura 8 – Invasão de Fluido no Reservatório

Fonte: Chiriac, 2014

Assim como acontece com fluidos de completação e fluidos de perfuração comuns, esses
RDFs especiais podem er muitas formas e uma variedade de produtos foi desenvolvida pelas
empresas de serviço de fluidos para atender necessidades especias (Caenn et al, 2011). Os
indredientes básicos dos fluidos drill-in são:
 Fluido de base não-sanosa compatível com as águas da formação in-situ; pode ser
tanto uma salmouta como um óleo sintético.
 Viscosidade e controle de perda de fluidos ótimos; polímeros
degradáveis/quebráveis.
 Distribuição adequada de tamanho de partículas de todos os sólidos no fluidos.
 Controle do peso do fluido por produtos não danosos; salmouras pesadas, partículas
de sal ou carbonatos.
Apesar de serem fluidos caros, Caenn et al (2011) diz que a relação custo/beneefício
mostra-se satisfatória ao utilizar esse tipo de fluido pois em situações em que grande parte grande

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parte da formação perfurada é a zona produtora, ou seja, poços horizontais, faz mais sentido
econômico focalizar a eficácia em vez do custo total.
De acordo com Chiriac (2014), um bom exemplo de como um RDF deve desempenhar
pode ser visto na Figura 9; o RDF sela o gravel permeável através da construção de um fino e
impermeável reboco, minimizando a perda de filtrado para a formação.
Figura 9 – Invasão de Fluido no Reservatório

Fonte: Chiriac, 2014


Os fluidos drill-in apresentam essas caracteríticas pois são fluidos que mantêm as
propriedades desejadas de um bom fluido de perfuração, isto é, densidade, viscosidade e controle
de perda de fluido, vem como as boas propriedades de fluidos de completação, isto é, não danificar
o poço e a estrutura interna dos poros da zona de produção.
De acordo com Caenn et al (2011), os fluidos mais comuns utilizados como fluidos drill-
in são:
 Pneumáticos: geralmente nitrogênio, com ou sem aditivos;
 Sistemas de base água: partículas de sal ou de carbonetos, salmouras límpidas e
MMH.
 Não aquosos: fluidos sintéticos, fluidos de emulsão inversa ou 100% de base óleo.

3.4. Fluidos Obturadores (Packer Fluids)

Quando um poço está sendo completado, uma boa prática consiste em colocar um packer
entre a tubulação e o revestimento acima do intervalo produtivo e preencher o espaço anular com
um fluido obturador (packer fluid). Esse procedimento é apenas uma medida de segura, se ele não
for seguido, o topo do revestimento será submetido à pressão total do reservatório no caso de um
poço de gás seco e, no caso de um poço de petróleo, à pressão no reservatpório menos a coluna do
líquido no espaço anular. O fluido obturador também reduz o diferencial de pressão entre o interior
do tubo e o espaço anular (Caenn et al, 2011).
Ainda de acordo com Caenn et al (2011), uma vez que os fluidos obturadores permanecem
no lugar até que seja necessário fazer o trabalho de remediação do poço, o que pode levar anos, há
alguns requisitos especiais para esse tipo de fluido:
1. Ele deve ser mecanicamente estável para que sólidos não se sedimentem sobre o
packer.

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2. Ele deve ser quimicamente estável em temperaturas e pressões de fundo de poço,
de modo que as forças gel elevadas, que poderiam impedir que a lama circulasse,
não desenvolvam.
3. Ele deve conter materiais que vedem quaisquer vazamentos que possam se
desenvolver.
4. Ele próprio não deve causar corrosão apreciável, deve ainda proteger as superfícies
metálicas contra a corrosão provocada por fluidos da formação que potencialmente
vazem no espaço anular.
5. Uma vez que os canhoneados serão expostos a ele no curso das operações de
remediação e completação, o fluido obturador não deve causar dano à formação.
O mesmo pode ser utilizado como fluido de completação ou amortecimento com
pequena ou nenhuma modificação. Um resumo das propriedades dos vários tipos de fluidos
obturadores é fornecido a seguir.
Figura 10 – Classificação dos Fluidos Obturadores

Fluidos
Obturadores

Aquosos Base Óleo

Fonte: Ferreira,2009 (Adaptado)

4. CONCLUSÃO

Ao final deste trabalho, foi possível concluir que os fluidos de completação, de workover,
de perfuração de reservatório e obturadores são componentes essenciais no processo de produção
de petróleo e gás, sendo diretamente responsáveis pela maximização do índice de produtividade
do poço, uma vez que o mal dimensionamento dos mesmos podem causar danos irreparáveis ao
reservatório e aos equipamentos. Assim, a análise da composição do fluido de completação deve
ser criteriosa.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Apostila de completação, curso técnico de petróleo da UFPR, disponível em:


http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/engenheiro_do_petroleo/completacao, acessado
em 26 de fevereiro de 2016.
CAENN, R.; DARLEY, H.C.H.; GRAY, G.R., Composition and properties of drilling and
completion fluids, 6th edition, Gulf Professional Printing, Elsevier, Oxford, Inglaterra, 2011.

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CHIRIAC, A., Reservoir Drill-in Fluids, Completion and Workover Fluids, Aalborg University,
Dinamarca, 2014.
FERREIRA, M.V.D., Apostila da disciplina EEW-412 Completação de Poços, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2009.
HOWARD, S., The formate technical manual – section A1, Cabot Specialty Fluids Company,
2011.
MEDEIROS, B.E.A., Efeito de viscosificantes na filtração de fluidos de perfuração base água,
Monografia de graduação, UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, 2010.
THOMAS J. E. Fundamentos de engenharia de petróleo, Editora Interciência, Rio de Janeiro,
2001.

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