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IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO DESCARTE DE RESÍDUOS

SÓLIDOS PROVENIENTES DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA

Fávilla Vivianne da Silva Pinto1; João Pedro Souza Andrade2; Divanira Ferreira Maia3; Iliana de
Oliveira Guimarães4.
1
Discente do Curso Técnico Integrado em Petróleo e Gás – IFPB, Campus Campina Grande -
favillavsp@hotmail.com
2
Discente do Curso Técnico Integrado em Petróleo e Gás – IFPB, Campus Campina Grande –
jpsa.s.andrade@hotmail.com
3
Docente do Curso Técnico Integrado em Petróleo e Gás – IFPB, Campus Campina Grande -
divanira.maia@ifpb.edu.br
4
Docente do Curso Técnico Integrado em Petróleo e Gás – IFPB, Campus Campina Grande -
iliana.guimaraes@ifpb.edu.br

RESUMO
Muitos materiais associados às atividades de perfuração e produção de petróleo podem causar
impactos ambientais, principalmente pela geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Os
fragmentos provenientes da operação de perfuração, também conhecidos por cascalhos, que são
trazidos à superfície por meio do fluido de perfuração, são responsáveis por efeitos prejudiciais ao
ambiente devido ao grande volume que são produzidos. Sendo assim, o objetivo deste artigo é
estudar possíveis implicações que a indústria de petróleo pode causar pela geração desses detritos.
Estes resíduos passam por tratamentos para serem descartados de maneira apropriada, sendo
regulamentados por normas específicas. Ao serem descartados offshore, os cascalhos se depositam
sobre os sedimentos do assoalho marinho, acarretando alteração física no habitat submarino
atingido pela descarga. E se forem descartados onshore, implicam em outros problemas, como, por
exemplo, a contaminação de aquíferos. Alguns parâmetros são avaliados para medir os potenciais
impactos ambientais de uma substância, como: toxidade, biodegradação e bioacumulação.

PALAVRAS-CHAVE: impactos; cascalhos; descarte.

1. INTRODUÇÃO hidrocarbonetos que lá se encontrem escoem


para a superfície. Um sistema de perfuração é
A perfuração de poços de petróleo e gás usado para controlar a broca, para retirar os
é um processo no qual um furo é feito no fragmentos de rocha do poço através do fluido
subsolo pressionando-se uma broca contra a de perfuração e para remover estes detritos do
formação rochosa para permitir que os

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fluido para que o mesmo possa ser utilizado devido nossa conjuntura atual, de
novamente [CARVALHO, 2005]. desenvolvimento sustentável e preservação da
natureza, possibilitando maiores
As atividades de exploração e produção
esclarecimentos acerca do tema.
de petróleo, entretanto, podem poluir o
ambiente, e o maior impacto vem do descarte
de resíduos em concentrações que não são 2. METODOLOGIA
normalmente encontradas na natureza. Estes
resíduos incluem hidrocarbonetos, sólidos O presente artigo de revisão, de uma
contaminados com hidrocarbonetos, água forma geral, visa discorrer sobre os impactos
produzida com uma variedade de compostos ambientais gerados pela indústria de petróleo
dissolvidos e suspensos, e uma grande e se tornou possível pela consulta de materiais
quantidade de produtos químicos já elaborados, como livros, revistas, artigos
[CARVALHO, 2005]. científicos de periódicos e congressos.

Assim, durante a perfuração de poços


de petróleo e gás natural são gerados resíduos 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
sólidos, líquidos e gasosos. Os detritos
sólidos, fragmentos de rocha que foram 3.1 Fluidos de perfuração

destruídas pela broca durante a perfuração, O fluido de perfuração é definido pelo

também denominados cascalhos, são Instituto Americano de Petróleo [API, 1991]

carreados para a superfície através do fluido como sendo “qualquer fluido circulante capaz

de perfuração, tornando-se um material de tornar a operação de perfuração viável”.

bastante poluente, pois ele tem incorporado Dependendo do estado físico de seus
além do fluido de perfuração (que possui componentes, esta mistura de sólidos,
vários aditivos químicos nocivos ao líquidos, aditivos químicos e/ou gases, pode
ambiente), alguns metais pesados, como se comportar como uma suspensão, emulsão
chumbo [DANTAS, 2014]. ou dispersão coloidal. Ele é expelido pela

À vista disso, o objetivo desta revisão é broca através de pequenos orifícios durante a

descrever concisamente alguns dos impactos perfuração de um poço de petróleo. Ao

que a indústria de petróleo pode causar ao avançar triturando as formações geológicas, a

ambiente, como por exemplo, a geração de broca gera o cascalho que é transportado até a

resíduos sólidos. Esta discussão é importante superfície pelo fluido de perfuração. Este

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transporte é feito através do espaço anular ser doce, do mar ou salmoura, juntamente
formado entre a coluna de perfuração e as com aditivos (como argila e barita);
paredes do poço [VEIGA, 1998 apud
 Fluidos à base de óleo: a fase contínua é
SCHAFFEL, 2002].
constituída por uma fase de óleo,
Segundo Thomas et al. [2004], o fluido, geralmente composta por hidrocarbonetos
ou lama, de perfuração tem várias funções, líquidos;
 Fluidos à base de gás: os detritos gerados
dentre elas: lubrificar e resfriar a broca;
na perfuração são deslocados por um fluxo
limpar o poço e transportar o cascalho à
de ar ou gás natural em alta velocidade; e
superfície; proteger e suportar as paredes do
 Fluidos à base sintética: seu dispersante é
poço; prevenir a entrada de fluidos da
constituído de substâncias oleosas,
formação para dentro do poço; trazer à
embasados a partir de éteres, ésteres,
superfície informações a respeito das
olefinas e polialfaolefinas [MOREIRA,
formações perfuradas.
2011].

Para que estas funções sejam obtidas e a


No decorrer da perfuração de um poço
operação de perfuração otimizada, algumas
pode ocorrer a dispersão de fluidos de
propriedades físicas e químicas precisam ser
perfuração no meio marítimo através de
ajustadas, dentre as quais se destacam a
eventos acidentais (vazamentos ou erupções)
densidade, os parâmetros reológicos, as forças
ou operacionais, como o descarte de cascalho
géis, os parâmetros de filtração, o teor de
(que contém o fluido agregado) no mar,
sólidos, o pH, a alcalinidade, o teor de
durante as trocas de fluido ao final de cada
cloretos (salinidade) e o teor de sólidos ativos,
fase de perfuração ou ao final das atividades,
como destaca Thomas et al. [2004].
quando não há reaproveitamento de fluido

Conforme Caenn et al. [2014], a [SCHAFFEL, 2002].

classificação de um fluido de perfuração é 3.2 Cascalho


feita em função de sua composição, sendo os
Não existe perfuração sem a produção
dispersantes (ou constituintes da fase
de cascalhos. A maior parte dos resíduos
contínua) o principal critério de separação:
produzidos nas operações de perfuração é
 Fluidos à base de água: a fase líquida referente aos detritos que a broca produz ao
contínua é constituída por água, podendo abrir caminho pelas formações, cujo volume
gerado varia de acordo com a profundidade

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do poço, seu diâmetro, características Segundo Caenn [2014], quando se usa
geológicas das formações perfuradas e tipo de na perfuração fluidos à base de óleo, existem
fluido utilizado [SCHAFFEL, 2002; SOUSA, regulamentações especificando o manuseio e
2013]. descarte correto dos detritos e do excesso de
fluido, por poder ter comportamento tóxico,
Souza e Lima [2002] explicam que os
formando pilhas no fundo do mar.
fragmentos das rochas cortados pela broca são
carreados pelo fluido de perfuração até as Nessa perspectiva, Schaffel [2002]
peneiras vibratórias na superfície, onde são aponta que os fluidos de base sintética não se
separados e descartados em um dique. Porém, dispersam na coluna d’água, permanecendo
não há uma remoção total do fluido que fica pouco tempo nesta região e afundando
impregnado nos cascalhos e este, por sua vez, rapidamente para o assoalho marinho. Os
pode conter outros contaminantes, como: seres que vivem no fundo do oceano são os
metais pesados; alta salinidade (os sais são que mais sofrem com esse descarte, pois estão
adicionados com o objetivo de minimizar o suscetíveis à toxicidade e asfixia provenientes
inchamento das formações reativas da decomposição do fluido agregado ao
perfuradas); óleos e graxas; elementos que cascalho, bioacumulação de componentes do
causam Demanda Bioquímica de Oxigênio fluido em organismos bentônicos, além de
(DBO); compostos que provocam Demanda impactos inerentes à chegada do cascalho,
Química de Oxigênio (DQO); e substâncias como alterações no habitat (como
que geram alcalinidade. modificações no tamanho e composição dos
sedimentos marinhos) e sufocamento pela
O tipo do fluido de perfuração utilizado
cobertura de cascalho.
para a perfuração marítima influencia
diretamente no comportamento do cascalho A diluição do material descartado no
após seu descarte no ambiente marinho, pois mar pode variar de acordo com a taxa de
ao ser rejeitado, o cascalho proveniente de descarte e/ou as condições do meio físico (não
uma perfuração realizada com fluidos à base só no momento do descarte, mas também
de água se dispersa pela coluna d’água e vai após a deposição da pilha no fundo do mar),
sendo “lavado” em seu percurso de descida as alterações litológicas e o tamanho dos
até assentar no fundo do mar [PAMPHILI, grãos de cascalho, além de reações químicas
2001]. de material na região e perturbações
operacionais diversas [OLIVEIRA, 2001].

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3.2.1. Descarte de cascalho inferiores a sessenta metros [MOREIRA,
2011].
Paula [2014] observa que a indústria
petrolífera representa um grave risco de 3.2.1.1. Descarte de cascalho Offshore
poluição ao ambiente, como o impacto Os cascalhos gerados pela perfuração de
relacionado ao grande volume de cascalhos poços offshore são descartados no mar,
que são carreados à superfície pela lama de levando sempre alguma parcela de fluido
perfuração por ocasião da perfuração de agregado. Estes fragmentos se depositam
poços. Além disso, a atividade de exploração sobre os sedimentos do assoalho marinho que
e produção de petróleo apresenta outros riscos constituem substrato das comunidades
inerentes, como o derramamento de petróleo, bentônicas, provocando alteração física no
a poluição do solo, do ar e de lençóis freáticos habitat submarino atingido pela pluma de
situados próximos à superfície. descarte. Sua presença pode provocar
impactos mecânicos (soterramento e morte
Os fragmentos cobertos por óleo e,
por asfixia) e/ou químicos (intoxicação por
frequentemente, por fluidos tóxicos são a
contaminação com componentes dos fluidos
maior fonte de poluição das operações de
de perfuração) sobre os bentos locais. Podem
perfuração. Por outro lado, a acomodação dos
também vir a existir efeitos crônicos dos
cascalhos próximos ao leito marinho, ao invés
componentes do fluido de perfuração sobre
de seu lançamento na superfície da água, pode
estas comunidades, que só poderão ser
limitar a disseminação dos poluentes, e,
identificados através de monitoramento da
consequentemente, reduzir a magnitude de
região (CARVALHO, 2005). Entretanto, esta
seu impacto potencial sobre o ambiente
técnica de descarga, apesar de possuir
[MARIANO, 2007].
desvantagens, apresenta também vantagens
Os cascalhos contaminados por fluidos
como é mostrado na Tabela 1.
de perfuração só podem ser descartados
Tabela 1. Vantagens e desvantagens da
quando possuírem, no máximo, teores de
descarga offshore, relacionado à questão
6,9% para n-parafinas e fluidos à base de óleo
ambiental.
mineral e de 9,6% para olefinas, parafinas
sintéticas, ésteres, éteres e acetais. Além Vantagens Desvantagens
disso, seu descarte é proibido para águas
interiores e em extensões com profundidades

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Nenhuma emissão Potencial para bêntica; transferência
atmosférica impactos localizados (transporte para a
incremental; de curto prazo sobre o costa e descarga);
ecossistema marinho; Evita impacto sobre Potencial de

Nenhum problema Potencial áreas ambientalmente contaminação de

ambiental nos locais responsabilidade sensíveis em alto mar. lençóis freáticos;


Emissões
onshore; futura offshore;
Baixo consumo de Necessidade de atmosféricas

energia. gerenciamento dos associadas à

constituintes do fluido. transferência dos


resíduos para outra
Fonte: Adaptado de Drilling and health
base em terra.
risk management [2009]. Fonte: Adaptado de Drilling and health
risk management [2009].

3.2.1.2. Descarte de cascalho Onshore 3.3. Toxicidade


Conforme a norma ABNT NBR
Em algumas situações os detritos
10004/2004, a toxicidade é definida como:
gerados não têm um tratamento adequado no
“Propriedade potencial que o agente tóxico
local, sendo impossível sua descarga no
possui de provocar, em maior ou menor grau,
ambiente marinho. Tendo em vista essa
um efeito adverso em consequência de sua
questão, estes terão que ser transportados para
interação com o organismo”. Segundo
a costa para poderem ser adequadamente
Moreira [2011], a análise de toxidade é uma
eliminados [MORERA, 2011]. Na Tabela 2
forma usada para medir os potenciais
são citados alguns dos prejuízos que o despejo
impactos ambientais de uma substância. Os
de cascalhos onshore pode causar e algumas
danos causados pelos hidrocarbonetos ao
das suas vantagens.
bioma aquático variam de acordo com a
Tabela 2. Vantagens e Desvantagens do toxicidade destes. Comparados aos
descarte onshore, relacionado à questão hidrocarbonetos parafínicos, os aromáticos
ambiental. têm uma toxidade muito maior e os valores de
concentração letal destes se encontram na
Vantagens Desvantagens
Nenhum impacto Maior risco de ordem de 10 ppm (partes por milhão).

sobre a comunidade vazamento durante a

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3.4. Biodegradação ingestão [OLIVEIRA, 2001; MOREIRA,
Biodegradação é uma importante 2011].
característica dos fluidos de perfuração para
3.6. Gerenciamento
assegurar que estes não irão persistir no
O Artigo 1o da Lei nº 12.305/2010
ambiente por longos períodos de tempo
institui a Política Nacional de Resíduos
[CARVALHO, 2005]. Ela ocorre mais
Sólidos (PNRS), “dispondo sobre seus
rapidamente sob condições aeróbicas
princípios, objetivos e instrumentos, bem
(presença de oxigênio) do que sob condições
como sobre as diretrizes relativas à gestão
anaeróbicas (ausência de oxigênio). As taxas
integrada e ao gerenciamento de resíduos
de biodegradação dependem das condições
sólidos, incluindo os perigosos, às
existentes no fundo do mar (temperatura e
responsabilidades dos geradores e do poder
disponibilidade de oxigênio nos sedimentos),
público e os instrumentos econômicos
das concentrações e dos tipos de fluidos
aplicáveis”.
utilizados [CAENN et al, 2014].
Conforme o Artigo 3º da Lei nº
Os ésteres, em comparação com outros
12.305/2010, o gerenciamento de resíduos
fluidos de base sintética, biodegradam mais
sólidos é definido como sendo:
rapidamente, segundo resultados de testes
aplicados para fluidos sintéticos. Vale O conjunto de ações exercidas, direta ou

salientar ainda, que à medida que os indiretamente, nas etapas de coleta,


transporte, transbordo, tratamento e
compostos orgânicos presentes no sedimento
destinação final ambientalmente
biodegradam, o agregado de fluido não-
adequada dos resíduos sólidos e dos
aquoso se dissolve mais facilmente em água e
rejeitos, de acordo com o plano municipal
os sólidos particulados finos são liberados
de gestão integrada de resíduos sólidos ou
[CAENN et al., 2014; CARVALHO, 2004]. com o plano de gerenciamento dos
mesmos, exigido na forma desta Lei.
3.5. Bioacumulação
A bioacumulação é um processo de No Brasil, a PNRS, regulamentada por
acúmulo de uma substância em elevadas meio do Decreto nº 7.404/2010, dispõe suas
quantidades e/ou concentrações por diretrizes voltadas para a proteção ambiental,
organismos, através da presença de elementos referente à gestão integrada e ao
químicos no ambiente aquático, ou pela gerenciamento de resíduos sólidos,
contribuindo para a redução dos danos da

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disposição final inapropriada destes resíduos Além das políticas e planos
no país. supracitados, existe um Programa de
Gerenciamento de Resíduos – PGR, que trata
O eficiente gerenciamento dos resíduos
preliminarmente todos os resíduos gerados
pode reduzir ainda os custos operacionais e
nas sondas, observando a destinação ou
potenciais responsabilidades futuras. A
necessidade dos receptores e buscando a
obtenção de informações geológicas,
minimização da geração de resíduos. Como
hidrológicas, climáticas e do ecossistema
forma de reaproveitamento, alguns desses
local, são estudos necessários para que o
passam por incineração e suas cinzas são
sistema de gerenciamento de resíduos possa
enviadas para cimenteiras, para a produção de
ser empregado. O potencial de sensibilidade
cimento [SOUSA e MENDES, 2013].
ecológica do local onde as operações de
perfuração estiverem ocorrendo é a chave
para o sistema de gerenciamento de resíduos a 4. CONCLUSÕES
ser adotado [DANTAS, 2014].
A preocupação com o ambiente, com a
O problema do gerenciamento dos
necessidade de preservá-lo e de minimizar os
resíduos originados por sondas de perfuração
impactos causados pelo homem sobre ele, é
offshore consiste em definir a melhor
algo discutido em todo o mundo. Durante a
destinação final para cada tipo de resíduo, de
perfuração de poços de petróleo são gerados
modo a minimizar os custos de transporte e
resíduos gasosos, líquidos e sólidos, sendo
destinação final [SOUZA et al, 2011].
estes últimos trazidos à superfície por meio do
Na indústria, a gestão de detritos é cada fluido de perfuração. Estes fragmentos podem
vez mais acentuada, devido a políticas ser descartados de maneira onshore ou
ambientais, regulamentadas por órgãos offshore, provocando em ambas as formas,
governamentais que autorizam e fiscalizam as prejuízos ao bioma, por ter incorporados aos
operações, podendo acarretar em custos mesmos óleo e aditivos químicos danosos ao
inesperados de diversas formas para as ambiente.
operações industriais, através de multas,
Desta forma, as indústrias petrolíferas
interrupção das operações ou cassações de
vêm desenvolvendo técnicas ambientalmente
licenciamentos ambientais [SOUSA e
adequadas para explorar o petróleo e o gás
MENDES, 2013].
natural, a fim de minimizar possíveis
impactos ambientais. Estas empresas, tendo

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normas e regulamentações a cumprir, Produção de Petróleo. Rio de Janeiro, Brasil,
precisam ser fiscalizadas e punidas em caso 2001.
de gestão inadequada, tendo em vista que os
PAMPHILI, C. Disposição de Cascalhos e
prejuízos causados por negligência podem
Fluidos. 1º Seminário sobre Proteção
ocasionar efeitos negativos nos seres vivos e
Ambiental na Exploração e Produção de
ecossistemas de maneira irremediável.
Petróleo. Rio de Janeiro, Brasil, 2001.

SOUSA, C. A. de; MENDES, F. S.


5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Coprocessamento em fornos de clínquer:
uma alternativa sustentável para destinação
Livros:
do resíduo cascalho de perfuração de poços
THOMAS, J. E. Fundamentos de
de petróleo em Mossoró-RN. Revista
Engenharia de Petróleo. Interciência, 2004.
Eletrônica de Petróleo e Gás - rUnPetro, Rio
Grande do Norte, abr.2013. Universidade
CAENN, R.; DARLEY , H.C.H; GRAY, G.
Potiguar – Laureate International Universities,
Fluidos de Perfuração e Completação:
Natal.
Composição e Propriedades. Tradução Jorge
de Almeida Rodrigues. 1.ed. Rio de Janeiro: SOUZA, C. O. de; BAHIENSE, L.;
Elsevier, 2014. FERREIRA FILHO, V. J. M.; CARVALHO,
P. R. dos S. Gerenciamento de resíduos de
Artigos de periódicos: sondas de perfuração offshore: uma
IPIECA Health Committee by the Drilling abordagem via programação interna. Revista
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risk management: a guide for drilling Desenvolvimento. Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.
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International Association of Oil and Gas Teses/ Dissertações/ Monografias:
Producers, Report number 396, 2009. CARVALHO, A., L. Estudo dos fluidos de
OLIVEIRA, J. Cascalhos e Fluidos de perfuração e seus impactos relacionados às
Perfuração – Impactos ambientais e atividades da indústria de petróleo. 74p.
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Proteção Ambiental na Exploração e Federal de Itajubá, 2005.

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DANTAS, R. P. P. Estudo da incorporação SCHAFFEL, S. B. A Questão ambiental na
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cimentação de poços de petróleo. Dissertação óleo e gás no Brasil. Dissertação (Mestrado
(Mestrado) – Universidade Federal do Rio em Ciências em Planejamento Energético) –
Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e Coordenação dos Programas de Pós-
da Terra. Instituto de Química. Natal, RN, graduação de Engenharia – COPPE,
2014. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
UFRJ, Rio de Janeiro/RJ, 2002.
MARIANO, J. B. Proposta de Metodologia
de Avaliação Integrada de Riscos e Impactos SOUZA, P. J. B. de; LIMA, V. L. de.
Ambientais para Estudo de Avaliação Avaliação das técnicas de disposição de
Ambiental Estratégica do Setor de Petróleo e rejeitos da perfuração terrestre de poços de
Gás Natural em áreas Offshore. Tese petróleo. 38 p. Monografia (Especialização
(Doutorado em Ciências em Planejamento em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais
Energético) - Programa de Pós-Graduação de na Indústria) – Departamento de Hidráulica e
Engenharia da Universidade Federal do Rio Saneamento, Escola Politécnica da
de Janeiro, 2007. Universidade Federal da Bahia, UFBA,
Salvador/BA, 2002.
MOREIRA, C. B. Um Estudo relacionado à
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Offshore. Trabalho de Conclusão de Curso – de Fluidos de Perfuração de Poços de Óleo e
Departamento de Engenharia Química e Gás. Dissertação de Mestrado – Universidade
Petróleo, Universidade Federal Fluminense, Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro-
2011. RJ, 1998, apud SCHAFFEL, S. B. A Questão
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PAULA, G. de A. Avaliação do Resíduo de
marítimos de óleo e gás no Brasil.
Cascalho de Perfuração de Poços de
Dissertação (Mestrado em Ciências em
Petróleo da Bacia Potiguar e Alternativa
Planejamento Energético) – Coordenação dos
para sua Destinação de Reaproveitamento.
Programas de Pós-graduação de Engenharia –
Dissertação (Mestrado em Engenharia de
COPPE, Universidade Federal do Rio de
Petróleo e Gás Natural) - Programa de Pós-
Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro/RJ, 2002.
Graduação em Engenharia de Petróleo e Gás.
Escola de Engenharias e Ciências Exatas,
Universidade Potiguar. Natal-RN, 2014. Legislação:

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS NBR 10004,
Resíduos sólidos – Classificação, Rio de
Janeiro, ed. 2, 71f. 2004.

DECRETO nº 7.404, Diário Oficial da União


de 23/12/2010. Regulamenta a Lei nº 12.305,
de 2 de agosto de 2010.

INSTITUTO AMERICANO DE
PETRÓLEO – API. 1991.

RESOLUÇÃO DA LEI nº 12.305, 2 de


agosto de 2010. Publicada no Diário Oficial
da União - Seção 1 - 3/8/2010. Dispõe sobre a
Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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