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Engenharia de Petróleo
AVALIAÇÃO DE FORMAÇÕES
NOTAS DE AULA
Aracaju, 2015
CONTEÚDO
2
Olá,
3
1. INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DE FORMAÇÕES
Como o nome diz, é o conjunto de técnicas utilizadas para se avaliar uma
rocha reservatório, em poços, em relação ao tipo de rocha, suas propriedades
(qualidade), tipo de fluido contido e capacidade de produzir fluido (água, óleo ou
gás).
1.1 Formação
A palavra “formação” tem duas conotações:
a) Na geologia, trata-se de um conjunto de camadas mapeáveis e
correlacionáveis. Exemplo: Formação Serraria.
b) Na geologia e engenharia do petróleo, formação é sinônimo de rocha.
Exemplo: “- que formação o poço está perfurando ? arenitos”.
1.3 Interfaces
• Geologia de Petróleo
• Engenharia de Reservatórios
• Perfuração
• Completação
• Geofísica
4
2. PETROFÍSICA
É o estudo das propriedades físicas da rocha, realizado com medidas diretas e
indiretas. Tem aplicação na estimativa da capacidade de armazenamento e da
qualidade dos reservatórios. Tem importante interface com a ENGENHARIA DE
RESERVATÓRIOS e com a GEOFÍSICA.
5
2.1 Propriedades dos Materiais
Densidade ()
6
Temperatura (T)
• Conversão:
C ( F 32)
5 9
Radioatividade
7
Porosidade (, phi)
Vpt
t
Vt
Vpe
e
Vt
Tipos de Porosidade
8
Porosidade primária Porosidade secundária
e efetiva (poros conectados) (dissolução)
e efetiva (poros conectados)
Porosidade secundária
(dissolução)
Porosidade primária e não efetiva
e não efetiva (poros (poros não conectados)
desconectados)
9
Figura 2.3 – Rochda reservatório carbonática do Pré-Sal, com poros preenchidos por óleo.
Amostra em exposição no do stand da Petrobras no Congresso Brasileiro de Geologia, em
Salvador, 2014.
Permeabilidade (K)
K . A.dP
Q
.L (fluxo linear)
10
2 .K .h.( Pe Pw)
Q (fluxo radial)
re
. ln( )
rw
Anisotropia de permeabilidade
Medidas da permeabilidade
11
• Indicação em perfis (qualitativa)
Não
convencionais:
Reservatórios
fraturados
Reservatórios
Convencionais
Não convencionais
Microporoside
Os reservatórios não convencionais, como shale gas (“gás de xisto”) e shale oil
(“óleo de xisto”) apresentam porosidades efetivas muito baixas (microporosidade) e
permeabilidades menores do que 0,1 mD. Atualmente, com o desenvolvimento da
tecnologia de faturamento hidráulico, a produção desse tipo de reservatório tem se
tornado viável, o que tem revolucionado a indústria do petróleo.
Sw + So = 1 (reservatórios de óleo)
Sw + Sg = 1 (reservatórios de gás)
12
determinar o quanto de óleo e de água será escoado sob determinada saturação de
água.
É a permeabilidade ao fluxo de um determinado fluido (Ko), na presença de
um segundo fluido no meio poroso. Tem ENORME impacto na recuperação do
petróleo. É comum as permeabilidades relativas serem expressas na forma de
curva, já que dependem da saturação dos fluidos envolvidos.
Molhabilidade
É a tendência que um determinado fluido tem de se espalhar em uma
superfície sólida em presença de outro fluido não miscível (figura 2.5). É função,
principalmente, da rugosidade do poro (tortuosidade). Influencia na pressão capilar,
na permeabilidade relativa e nas medidas de resistividade dos perfis. Apresenta
grande impacto na recuperação do reservatório (primária, secundária e terciária).
13
Figura 2.5 – Molhabilidade de uma superfície – interação rocha-fluido.
14
Figura 2.6 – Relação entre saturação de fluidos e permeabilidade relativa. A presença de mais de um
fluido modifica o potencial de outro fluido escoar. Quatro exemplos de saturação são identificados
(pontos a, b, c, and d), correspondentes às saturações de 1.0, 0.9, 0.6, e 0.2 respectivamente (Fonte:
Leetaru 2008).
Pressão Capilar
Po – Pw = (rw – ro) g h = Pc
15
Figura 2.7 – Experimento simulando meio poroso preenchido com óleo e água. A água é o fluido molhante
(notar como está “presa” aos grãos).
Figura 2.8 – Experimento simulando meio poroso preenchido com óleo e água, com saturação muito
elevada de água. Notar como o óleo tem dificuldade em se mover (e portanto ser produzido). É o óleo
residual.
16
• Argilosidade (Vsh) pode ser medida através de perfis e lâminas delgadas
• Clorita -> sensível aos ácidos, produz (falso) aumento de saturação de água
(Sw) nos cálculos a partir de perfis.
• Esmectitas -> sensível à água doce (dano), aumento de Sw em perfis.
• Ilita -> migração de finos (dano), aumento de Sw em perfis.
• Caulinita -> migração de finos (dano), aumento de Sw.
Pressão
Unidades de pressão
Compressibilidade
1 V
C
V P
17
Resistividade elétrica
r. A
R
L
R – resistividade (ohm.m)
r – resistência (ohm)
A – Área do corpo de prova (m2)
L – Comprimento do corpo (m)
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3. PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
Petróleo -> mistura constituída predominantemente de hidrocarbonetos, no estado
sólido, líquido ou gasoso
Óleo -> petróleo no estado líquido nas condições de reservatório, e que permanece
líquida nas condições de superfície. A densidade do óleo, em graus API, é dada por:
141,5
API 131,5
SG
Sendo SG a densidade específica (em geral varia de 0,76 a 1,0 em relação à água)
Gás:
Gás Natural -> petróleo que existe na fase gasosa ou em solução, nas condições de
reservatório e de superfície.
Gás associado ao óleo -> gás existentes em reservatórios produtores de óleo.
Pode ser livre ou em solução.
Gás não associado -> gás natural existente em reservatórios considerados como
produtores de gás.
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Condensado -> gás natural que permanece líquido nas condições de separação
Condensado estabilizado -> gás natural que permanece líquido nas condições
atmosféricas.
A composição do gás é variável, mas comumente 80% é metano, 10% etano e 10%
propano+butano.
PVT
Ponto de bolha -> numa mistura líquida, sob temperatura constante, é a pressão em
que surge a primeira bolha de gás.
Ponto de orvalho -> em uma mistura gasosa, sob temperatura constante, é a
pressão em que ocorre a primeira condensação de líquido.
Pressão de saturação -> é a pressão em que ocorre a formação de bolha/orvalho
Óleo saturado -> Encontra-se na pressão de saturação
Óleo subsaturado -> Encontra-se acima da pressão de saturação
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condições de pressão muito menor. Por isso os valores de Bg são muito menores do
que 1, a depender da pressão e profundidade do reservatório.
Água de Formação
Tabela 2.3 – Classificação das águas com base na salinidade (Lewis, 1978)
Classificação Salinidade (ppm)
Água doce < 500
Água Salobra 500 – 30.000
Água Salina* 30.000 – 50.000
Salmoura > 50.000
Água do mar tem salinidade em torno de 35.000 ppm
Viscosidade ()
21
despejamento. Viscosidade descreve a resistência interna para fluir de um fluido e
deve ser pensada como a medida do atrito do fluido. Assim, comumente a água é
"fina", tendo uma baixa viscosidade, enquanto óleo é "grosso", tendo uma alta
viscosidade.
Note, na equação de Darcy (pag.10), que a vazão se encontra no denominador,
isto é, quanto maior a viscosidade, menor será a vazão. Um reservatório de óleo
muito viscoso terá que ser compensado por uma permeabilidade muito elevada para
que tenha uma boa vazão. Ou então a viscosidade pode ser diminuída, com a
utilização de métodos térmicos, como a injeção de vapor.
A razão entre a permeabilidade e a viscosidade é denominada mobilidade.
Assim, um reservatório de baixa permeabilidade pode apresentar alta mobilidade,
desde que o fluido tenha uma viscosidade muito baixa, como é o caso de
reservatórios de gás.
22
4. ACOMPANHAMENTO GEOLÓGICO DE POÇOS
Nomenclatura de Poços
• Verticais
• Direcionais
• Horizontais
• Multilaterais
23
Posicionamento do Poço (Figura 4.1)
24
As amostras são coletadas em intervalos regulares, em geral de 3x3m.
Na descrição de Amostras de calha são estimadas as porcentagens de cada
fragmento de rocha. Os fragmentos de rochas são brevemente descritos, utilizando-
se uma lupa binocular.
Exemplo:
1042-1045m : 70% arenito fino, bem selecionado, poroso, micáceo; 30%
folhelho verde escuro, calcítico.
25
Figura 4.2 – Esquema de poço em perfuração. As linhas vermelhas indicam o fluxo do fluido de
perfuração, trazendo junto a rocha triturada pela broca.
26
Figura 4.4 – Amostras de calha: lupa binocular utilizada para a descrição, avaliação do corte,
fragmentos de rocha observados na lupa e caixas e sacos de pano utilizados no
armazenamento das amostras. Fonte: IBP (Manual de Subsuperfície).
4.3 - Testemunhagem
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Figura 4.5 – Testemunhos de reservatório de petróleo. A esquerda calcário
impregnado de óleo, a direita sem óleo (www.ualberta.ca/~tayfun/eogrrc/Behnam-
1.jpg).
28
Figura 4.4 – Detector de gás. Fonte: IBP (1984)
A taxa com que a broca corta as formações varia, entre outros fatores, com o
topo de rocha. Denomina-se tempo de penetração o tempo para a perfuração de um
metro de formação. Normalmente arenitos porosos resultam em baixo tempo de
penetração (alta taxa), e folhelhos compactados apresentam tempos maiores. Na
forma de perfil ao longo do poço, a curva de tempo de penetração ajuda na
identificação das formações e de reservatórios de interesse.
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Figura 4.5 – Trecho de um perfil de acompanhamento geológico de um poço.
30
5. OPERAÇÃO DE PERFILAGEM
5.1 – Objetivos
Os objetivos principais da operação de perfilagem são:
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a) Durante a perfuração (LWD – logging while drilling), quando é necessrária a
obtenção de informações em tempo real, enquanto perfura. Apresenta custo
elevado. É geralmente feita em poços horizontais e pioneiros offshore.
b) Após a perfuração, menos custosa e mais freqüente na avaliação de
formações.
32
Ao final da operação é feito um relatório da perfilagem.
É feita uma interpretação preliminar do perfil (zonas de interesse) que é
transmitida para a empresa.
A companhia de perfilagem, dias depois, fornece um CD com todas as
informações da perfilagem (arquivos ascii das medidas obtidas pelos perfis)
Na companhia de petróleo, as informações são armazenadas em banco de
dados e processadas em programas de interpretação.
33
Figura 5.4 – Esquema de uma ferramenta de perfilagem. Fonte: IBP (1984)
34
5.6 - Nomenclatura de perfis
Figura 5.5 – Comparação entre a baixa resolução da sísmica (traço pontilhado), um perfil de
baixa resolução (traço preto) e perfil de alta resolução (traço vermelho). Somente o último
detecta a camada de arenito com 30cm de espessura.
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5.8 - Aplicações qualitativas dos perfis
• Identificação litológica (tipo de rocha) -> a partir dos valores das curvas
• Ambiente deposicional -> a partir da forma das curvas
• Correlação entre poços -> comparando similaridade entre curvas
• Identificação dos fluidos que saturam a rocha -> a partir dos valores das
curvas
• Controle da profundidade e do calibre do poço
Figura 5.6 – Combinação de perfis raios gama, resistividade, densidade e neutrão, a mais
utilizada na avaliação de formações convencional.
36
Figura 5.7 – Resumo da aplicação dos principais perfis
37
Figura 5.9 – Cabeçalho de perfil.
38
EXERCÍCIO
39
7. PERFIS ELETRICOS
São perfis que medem propriedades elétricas dos materiais. Antes de
abordarmos diretamente os perfis e suas aplicações, faremos uma revisão sobre
noções de eletricidade.
q
i
t
sendo i – corrente (A – ampère), q – carga (C – coulomb), t – tempo (s –
segundo)
Numa analogia com a mecânica, a corrente é uma medida de “vazão” de
deslocamento de elétrons.
Voltagem
V = T/q
Resistência
r = V/i
Resistividade
É a capacidade que um material tem de resistir a passagem de uma corrente
elétrica.Independe das suas dimensões.
r. A
R
L
40
R – resistividade (ohm.m)
r – resistência (ohm)
A – Área do corpo de prova (m2)
L – Comprimento do corpo (m)
R – resistividade (ohm.m), A – área (m2), L – comprimento (m), r – resistência
(ohm).
Unidade: ohm.m
Na analogia com a mecânica, equivale ao coeficiente de atrito
O inverso da resistividade é a condutividade.
Metais em geral são pouco resistivos e muito condutivos. A maior
condutividade é a da prata, seguida pelo cobre.
Rochas sem porosidade e água doce são muito resistivas e pouco condutivas.
Águas saturadas com íons (isto é, salinas), apresentam alta condutividade e
baixa resistividade. Óleo e gás apresentam alta resistividade.
Condutividade
C = 1/R
41
EXERCÍCIO
42
7.3 PERFIL SP (POTENCIAL ESPONTANEO)
43
Figura 7.2 – Como é gerada a diferença de potencial devido ao efeito membrana (superior) e
potencial de junção de líquido (inferior)
44
• EXERCÍCIO
• Um poço foi perfurado com lama a base de água, com salinidade de
20.000 ppm. O perfil SP é apresentado na figura.
• Observe o padrão geral do perfil. O que acontece a medida que o poço
se aprofunda, por quê isso acontece ?
• Com um lápis de cor, separe as camadas permeáveis e impermeáveis.
• Que rochas provavelmente são estas?
45
7.4 - Perfis de Resistividade
46
Figura 7.6 – Tipos de ferramenta de resistividade
Ferramenta Características
1ª geração Perfil indução (IES), normal curta (SN) e SP acoplados.
IES (Eletroindução - A curva de indução profunda era denominada RILD
Schlumberger)
2ª geração 3 ferramentas acopladas com diferentes investigações,
Duplo Indução gerando as curvas de indução de investigação rasa
(RMSFL), média (RILM) e profunda (RILD)
3ª geração Apresentam melhoria da confiabilidade e resolução em
(Indução de alta resolução – relação às gerações anteriores.
HRI da Halliburton)
4ª geração Realiza 28 leituras distintas, resultanto em 5 curvas
(Imagens resistivas – AIT distintas com profundidade de investigação de 10, 20,
da Schlumberger) 30, 60 e 90 polegadas na parede do poço.
5ª geração Realiza medidas de anisotropia de resistividade
(3DEX – Baker) (direções vertical e horizontal em relação às camadas)
47
Figura 7.8 – Esquemas de arranjos transmissor-receptor em ferramentas de resistividade
48
EXERCÍCIO
49
8. PERFIS RADIOATIVOS
w 4
w
n A n2 B He
4
2
b) radiação beta ( ), de carga negativa e massa menor que da partícula alfa,
identifica posteriormente como elétrons. Apresentam baixo potencial de
penetração.
w
n Anw1 B e
c) radiação gama ( ) , sem carga elétrica , identificada posteriormente como
radiação eletromagnética, com freqüência mais elevada que a dos raios-X (
aproximadamente 1021 Hz ). São radiações eletromagnéticas liberadas de
núcleos excitados durante desintegrações. Apresentam elevado potencial de
penetração. A radiação gama também pode ser liberada no processo de
captura K, quando um elétron penetra no núcleo atômico. Neste processo, o
número atômico decresce e um novo elemento é formado:
w
n Ae B w
n 1
50
Figura 8.1 – Radiações emitidas por elemento natural radioativo.
Aplicações
51
b) Correlação Estratigráfica
Figura 8.2 – Utilização de perfis para correlação estratigráfica entre poços. Padrões
semelhantes das curvas de perfil permitem a identificação do reservatório em diversos poços.
GRlido GRmin
Vsh
GRmax GRmin
GRlido – valor do GR medido no perfil
GRmin – menor GR registrado (arenito limpo)
GRmax – maior GR registrado (argila pura), medido na camada de folhelho.
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8.3 – Perfil Densidade
matriz lido
matriz fluido
53
Figura 8.3 – Esquema de funcionamento da ferramenta de densidade (Jahn et al., 2008)
Tabela 8.1 – Exemplo de relação entre densidade e porosidade, e a influência do tipo de rocha
(densidade matriz) na estimativa da porosidade.
Densidade Porosidade (%) Conclusão Porosidade (%)
medida pelo se a rocha for um (para um se a rocha for Conclusão (para
perfil arenito arenito) um calcário um calcário)
( matriz = 2,65 ( matriz = 2,71
g/cm3) g/cm3)
2,71 - - 0 Reservatório
fechado
2,65 0 Reservatório 4 Baixa porosidade
fechado (tight reservoir)
2,60 3 Baixa 7 Baixa porosidade
porosidade (tight reservoir)
(tight reservoir)
2,55 6 Baixa 10 Porosidade limite
porosidade (cutoff
(tight reservoir) econômico)
2,50 9 Porosidade 13 Reservatório
limite (cutoff poroso
econômico)
2,35 12 Reservatório 16 Reservatório
poroso poroso
2,30 15 Reservatório 19 Reservatório
poroso poroso
54
8.4 - Perfil Neutrão
Resistividade
Raios
Gama
Neutrão
Densidade
55
Os perfis densidade e, principalmente, o neutrão, são afetados pela presença
de fluidos no espaço poroso. A densidade tende a diminuir com a presença de
fluidos leves, assim como a porosidade diminui no caso do neutrão. Como o efeito é
contrário nos dois perfis, a média geométrica, conhecida como Porosidade Gaymard
(G), é aplicada para efetuar esta correção:
N D
G
2
Figura 8.5 – Gráfico para Utilização dos perfis densidade e neutrão para determinação
litológica e correção do efeito da presença de gás (Halliburton, 1994).
56
EXERCÍCIO
57
9. PERFIS ACUSTICOS
9.1 - Generalidades
Medem a propagação da onda acústica na formação. O mais utilizado na
avaliação de formações é o SÔNICO.
O perfil sônico mede a velocidade de propagação da onda compressional (p),
denominada DT (T). Ferramentas mais sofisticadas (sônico dipolar) também
medem a onda cisalhante (s).
Perfis de qualidade de cimentação (CBL/VDL) também se baseiam em
propriedades acústicas. Neste caso, registram a amplitude da onda acústica.
Figura 9.1 – ondas acústicas. A onda p viaja nos sólidos e fluidos, e a velocidade é diretamente
proporcional à densidade (inversamente proporcional à porosidade). Já a onda s não se propaga em
fluidos
58
Figura 9.2 – Princípio do perfil sônico (Nery, 2004). A onda acústica emitida pela ferramenta
atravessa a lama até chegar e percorrer a formação. O efeito da lama é descontado através da relação
matemática.
59
Figura 9.3 – Perfil sônico
t lido t matriz
s
t fluido t matriz
Figura 9.4 – Velocidades sônicas e tempo de trânsito para diferentes materiais (Asquid
& Krigowski, 2004)
60
9.3 - Tempo de trânsito integrado
Pr of 2 Pr of1
Vp .1000
TTI 2 TTI1
Vp – Velocidade da onda p (m/s)
Prof – Profundidade em metros
TTI – Tempo de trânsito integrado (milissegundos)
304800
v(m / s )
dt ( s / pé )
61
EXERCÍCIO
Interpretar o perfil do poço anexo, perfilado com GR, Resistividade e sônico.
- Interpretar os tipos de rocha a partir do perfil GR.
- Identificar o fluido, com base no perfil resistividade.
- Traçar o cutoff de porosidade no sônico, e obter a porosidade média
dos reservatórios.
- Calcular a velocidade média do intervalo.
62
10. PERFIL DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (NMR)
Os perfis de Ressonância Magnética Nuclear (NMR) têm como principal
objetivo medir os diferentes componentes da porosidade da formação (total e
efetiva). Detecta diferentes fluidos quanto à sua mobilidade (água livre ou água
irredutível, óleo livre ou residual), distribuição de tamanho de poros e fornece
estimativa de permeabilidade. É uma ferramenta relativamente nova, mas que vem
ganhando espaço no mercado, já que cada vez mais se buscam reservatórios não
convencionais, de mais difícil avaliação.
Os perfis convencionais têm dificuldade em diferenciar água presa da água
móvel. Muitas vezes uma saturação de água irredutível elevada (que não é
produzida) faz com que os perfis convencionais (resistividade, densidade, neutrão)
considerem um reservatório potencialmente produtor como sem interesse.
Uma bobina emite uma forte corrente eletromagnética que produz um campo
magnético na formação e que polariza os núcleos de hidrogênio (presente na água e
nos hidrocarbonetos). Quando o campo magnético é desativado, os núcleos de
hidrogênio se realinham ao longo do campo magnético natural da Terra. O
realinhamento dos núcleos produz um sinal que decai exponencialmente e é
captado pela bobina da ferramenta. Esta resposta é utilizada para computar o FFI
(índice de fluido livre), que na prática representa a porosidade que contém os fluidos
móveis da formação.
Figura 10.1 – Distribuição dos fluidos no espaço poroso de um reservatório (Allen et al,
1997).
63
10.2 - Interpretação
64
Figura 10.3 – Resposta do tempo de relaxação (T2) em diferentes espaços porosos. A
amplitude de T2 é diretamente proporcional à porosidade, tendo valores semelhantes nos dois
casos ilustrados. O tempo mais curto no primeiro caso indica uma relação área/volume
elevada, característica de poros pequenos e baixa permeabilidade. No caso de poros maiores,
com boa permeabilidade, o T2 é maior (modificado de Allen et al, 1997).
65
Figura 10.5 – Comportamento do T2 em frente a reservatórios com pouco fluido móvel
(água irredutível). O tempo de relaxamento é curto (modificado de Allen et al, 1997).
66
11. PERFIS DIPMETER E DE IMAGEM
São perfis de alta tecnologia que fornecem uma imagem da parede do poço, com
resolução milimétrica, algo como um scanner do poço. Existem ferramentas
baseadas em propriedades resistivas e em propriedades acústicas.
Esses perfis permitem a visualização de:
- camadas, fraturas e irregularidades no poço.
- direção e inclinação das camadas e de fraturas, sua direção e inclinação, e se
estão abertas ou preenchidas.
- determinação da ovalização do poço e obtenção das direções das tensões
incidentes nas camadas atravessadas pelo poço.
67
A posição indica
o ângulo de
inclinação da
camada
Raios gama
e caliper
A seta aponta
para onde a
camada mergulha
Curvas de
microrresistividade
Direção e inclinação
do poço
64 176
68
Figura 11.3 - Imagem da ferramenta FMI de arenito com fraturas descontínuas (à esquerda), e
de arenito e folhelho com falha M e discordância B (à direita). Fonte: Hurley (2004, in Asquit &
Rigowsky 2004). O formato em senóide das feições planares como camadas, falhas e fraturas
devem-se ao efeito da interseção do cilindro (poço) com o plano. A imagem do poço é como se
forre um cilindo “desenrolado”.
69
12. INTERPRETAÇÃO QUANTITATIVA DE PERFIS
12.1 – Generalidades
12.2 - Aplicações
12.3 – Definições
a.Rw
Rt m
.Sw n
a – coeficiente de tortuosidade, dependente da compactação, estrutura de poros e tamanho dos
grãos. Varia de 0,6 a 1. Para arenitos, o valor mais utilizado é 0,81. Para calcários é mais próximo de
1.
m – expoente de cimentação. Arenitos inconsolidados tem m=1,3; arenitos cimentados, m=2, sendo
este o valor mais utilizado.
n – expoente de saturação, ligado à molhabilidade da rocha. Normalmente é utilizado o valor gual a 2.
70
12.5 - Equação de Archie para arenitos limpos
0,81.Rw
Rt 2 2
.Sw
Isolando a saturação:
0,81.Rw
Sw
2 .Rt
So 1 Sw (valor decimal)
71
Figura 12.1 – Obtendo o Rw a partir de uma zona de água típica pelo método do Rwa mínimo.
72
Figura 12.2 – Gráfico para obtenção da resistividade da água da formação (Rw) a partir da
salinidade e temperatura, ou vice-versa.
GRlido GRmin
Vsh
GRmax GRmin
73
Nr .Dr
Vsh( DN )
Nsh.Dsh
Nr – porosidade neutrônica do reservatório
Dr – porosidade do densidade do reservatório
Nsh - porosidade neutrônica do folhelho
Dsh - porosidade do densidade do folhelho
matriz lido
matriz fluido
12.10 - Cutoffs
74
EXERCÍCIO
Determinar o Net Pay.
Calcular as saturações de água nos diversos intervalos do perfil.
Calcular porosidades e saturações médias dos fluidos.
Se a estrutura onde o poço foi perfurado tem 1 km 2, qual é o valor de óleo in place
(VOIP) do reservatório (usar Bo=1,2) ?
A.ho. .So
VOIP
Bo
75
INTERPRETAÇÃO QUANTITATIVA DE PERFIS
Informações gerais:
GG = oF/m GR min= a=
T= oF GR max= m=
Salinidade = mg/l
Rw = ohm.m
76
12.11 - Programa de completação de um poço
77
13. PRESSÕES E TESTE A CABO
13.1 Pressão
F
P
A
dP
dh
P 0,1705..h
(pressão em psi, h em metros, em lb/gal)
Tabela 13.1
Fluido Densidade
3
(g/cm )
(kgf/cm2/m) (psi/m) Obs.
equivalente
(lb/gal)
Água doce 1,0 0,1 1,42 8,5
Água salgada 1,01-1,2 0,101 – 0,12 1,43-1,71 8,5-8,8 Depende da
salinidade
Óleo 0,7-0,95 0,07 – 0,095 0,99-1,35 5,8-7,9 Depende da
densidade (API)
Gás 0,3-0,5 0,03 – 0,05 0,42-0,71 2,5-4,1 Depende da
somposição e da
pressão (função
da profundidade)
Lama de 1,1-1,5 0,11-0,15 1,56-2,13 9,2-12,5 Depende da
perfuração composição
79
• Pressão de fratura -> Pressão acima da qual a rocha reservatório se fratura.
Seu conhecimento é importante para planejar operações de estimulação e para
evitar a perda de circulação durante a perfuração de poços. Normalmente a pressão
de fratura é maior do que a pressão estática e menor do que a litostática.
80
Figura 13.1 – Gráfico de gradientes de pressão
81
Figura 13.3 – Tipos de pressão na forma de gráfico.
82
Figura 13.4 – Ferramentas de teste a cabo
83
Pouquíssima produção
De fluido para a camara
da ferramenta
Recuperação lenta da
pressão estática
Produção de fluido
praticamente instantânea em
Reservatório de
permeabilidade elevada
Figura 13.7 – Utilização do teste a cabo na estimativa de fluidos e de contatos entre fluidos
baseado em gradientes de pressão
84
EXERCÍCIO
P2 P1
Pr of 2 Pr of1
85
Prof Pe Prevista Pe Medida
1948 214,28 215,35
1949 214,39 215,38
1950 214,5 215,41
1951 214,61 215,44
1952 214,72 215,47
1953 214,83 215,5
1954 214,94 215,53
1955 215,05 215,56
1956 215,16 215,59
1957 215,27 215,62
1958 215,38 215,7
1959 215,49 215,78
1960 215,6 215,86
1961 215,71 215,94
1962 215,82 216,02
1963 215,93 216,1
1964 216,04 216,18
1965 216,15 216,26
1966 216,26 216,34
1967 216,37 216,37
1968 216,48 216,48
1969 216,59 216,59
1970 216,7 216,7
1971 216,81 216,81
1972 216,92 216,92
1973 217,03 217,03
1974 217,14 217,14
1975 217,25 217,25
1976 217,36 217,36
1977 217,47 217,47
1978 217,58 217,58
1979 217,69 217,69
1980 217,8 217,8
1981 217,91 217,91
2
Figura 13.8 – Pressões medidas (kgf/cm ) em diversos pontos em um poço. Calcule as
pressões esperadas.
86
214 214,5 215 215,5 216 216,5 217 217,5 218 218,5
1945
1950
1955
1960
1965
1970
1975
1980
1985
87
14. TESTE DE FORMAÇÃO
14.1 – Generalidades
Teste de Drawdown
Q
Q, P
tempo
88
Teste de Buildup
P
Q, P
tempo
Teste de Injetividade
Q
Q, P
tempo
89
Teste de Falloff
Q
Q, P
tempo
90
• Teste de interferência. Mede a variação de pressão em um poço observador
enquanto outro poço produz ou injeta no mesmo reservatório.
14.5- Equipamentos
91
14.5.2. Equipamentos de Superfície
92
Figura 14.6 – Esquema de uma ferramenta de teste a poço aberto.
93
14.7 – Etapas de um teste de formação
Algumas vezes é realizado somente um fluxo e uma estática. Em outros, pode ter
três ou mais fluxos, a depender dos objetivos do teste.
Durante a descida da ferramenta, os registradores registram a PRESSÃO
HIDROSTÁTICA, produzida pelo peso da coluna de fluido de perfuração ou
completação no poço.
Figura 14.8 – Ferramenta de teste antes do assentamento dos obturadores (registro da pressão
hidrostática)
Figura 14.10 – Plataforma testando poço (em fluxo). A chama alaranjada no queimador sugere
que o intervalo testado é produtor de óleo.
95
14.7.2- Primeira Estática
96
14.7.5 - Circulação Reversa
97
Figura 14.12 – As pressões do teste de formação são registradas de forma contínua nas cartas
de teste. A interpretação das cartas permite a obtenção de uma série de dados do reservatório.
A – descida da ferramenta no poço, B- Registro da pressão hidrostática, C- Abertura da
válvula: primeiro Fluxo, D- Fechamento: primeira estática, E- Segundo Fluxo, F- Segunda
estática, G- Desassentamento do packer: Pressão hidrostática, H – Subida da ferramenta.
Figura 14.13 – Carta de teste de produção (TP) em registrador eletrônico (um fluxo e uma
estática).
98
A
B
Figura 14.14 – Cartas analógicas de teste de formação a poço aberto obtidas de diferentes
registradores no mesmo teste. A) registrador acima da válvula (só registra fluxos), B)
Registrador interno no mesmo teste.
99
15 - INTERPRETAÇÃO QUALITATIVA DE CARTAS DE TESTE
100
15.4 – Inferências a partir das cartas de teste
15.4.1 - Vazão
15.4.2 - Depleção
15.4.3 - Produtividade
101
É importante saber se um reservatório se encontra danificado. Isso pode levar a
uma decisão pela estimulação do mesmo (fraturamento hidráulico ou acidificação),
no caso de um reservatório que apresenta potencial de produção caso seja
removido o dano.
15.4.5 - Transmissibilidade
K.h
K – permeabilidade
h – espessura do canhoneado
– viscosidade do fluido
15.4.6 - Permeabilidade
102
Figura 15.2 – Carta de um teste de formação em intervalo de baixa produtividade e com dano.
depleção
Surgência
Figura 15.3 – Carta de teste de formação em intervalo surgente, com alta produtividade e
depletivo. A elevada depleção sugere que o reservatório é pequeno.
103
Figura 15.4 – Carta de teste de formação mostrando amortecimento na segunda estática,
indicativo de produção de água no interior da coluna.
Figura 15.5 – Carta de teste de formação falho devido ao não assentamento do obturador.
104
Figura 15.6 – Carta de teste de formação falho devido a desassentamento dos obturadores
(modificado de Mathews & Russel, 1967).
.
105
Figura 15.8 – Carta de teste de formação em intervalo sem transmissibilidade (modificado de
Mathews & Russel, 1967).
Figura 15.9 – Carta de teste de formação em intervalo com transmissibilidade muito baixa.
106
EXERCÍCIO – Interpretação de Carta de Teste de Formação
Dados
• Densidade da água = 1 g/cm3
• Densidade do óleo = 0,8 g/cm3
• Bo= 1,3
• Capacidade média da tubulação = 0,0074 m3/m
107
16. TESTE DE FORMAÇÃO EM RESERVATÓRIOS DE GÁS
108
Figura 16.2 – Determinação da AOF em um teste de contrapressão (Pr = pressão do
reservatório, Pf = pressão na cabeça do poço – fluxo, Q = vazão de gás).
Figura 16.3 – Exemplo de carta de teste de gás (registrador eletrônico). Notar os 3 fluxos com
vazões/pressões diferentes, quando foram tomadas as medidas para obtenção da AOF.
109
Figura 16.4 – Obtenção da AOF em um teste de gás. Medições de vazão e pressão em teste de
contrapressão sob diversas aberturas do choke.
110
17. INTERPRETAÇÃO QUANTITATIVA DE TESTE DE FORMAÇÃO
Regimes de Fluxo
p 1 p p c p
2 2
t
r 2
r r z k t 2
r
Geometrias de Fluxo
112
Figura 17.3 – Geometrias de fluxo no sistema poço-reservatório.
Estocagem
113
Q.B. K
p wf Pi 162,6 .log t log 0,86865 s 3, 2274
.h ..ct .rw 2
114
Figura 17.5 – Gráfico log-log do tempo de fluxo contra diferença de pressão (Pi-Pwf),
mostrando o tempo sujeito à estocagem e o trecho representativo dos fenômenos de
reservatório.
Figura 17.6 – Gráfico semilog do tempo de fluxo contra pressão, mostrando o tempo
sujeito à estocagem e o trecho representativo dos fenômenos de reservatório, de onde é
obtida a inclinação m.
115
21,91 Q B t t
P( t ) Pe log
K h t
116
Figura 17.8 – Extrapolação da pressão estática do reservatório
lim t t t / t 1
Num tempo infinito temos a pressão estática final (extrapolada), que é a
extrapolação da reta até o ponto onde (t+t)/t=1. Em um ciclo logarítmico (t+t
entre 1 e 10 na figura 17.9), m corresponde à inclinação da reta, e tem relação com
a transmissibilidade (quanto maior a inclinação, menor é a transmissibilidade).
A pressão extrapolada não é necessariamente a pressão verdadeira do
reservatório. Ela é aproximadamente a pressão média do reservatório nas
imediações do poço.
117
(kgf/cm2)
105
104
Pe=104 kgf/cm2
103
101
Pe (kgf/cm2)
m = 6 kgf/cm2
100
99
98
97
96
95
1 10
(t+dt)/dt
Q
IP 3 2
Pe Pff ( m /d/kgf/cm )
Transmissibilidade
K .h 21,91.(Q.Bo)
m
118
Permeabilidade
Ko . (mD)
h
Lembrar que, diferentemente da permeabilidade obtida em laboratório
(permeabilidade absoluta), na realidade a permeabilidade obtida de teste de
formação é relacionada ao fluido produzido. No caso de óleo, é a permeabilidade ao
óleo (Ko). Para obtenção da permeabilidade absoluta deve-se ter a permeabilidade
relativa ao óleo.
Ko
K
Kro
Dano (skin)
K r
S 1 ln s
Ks rw
119
P * Pw k .t
S 1,151 log 3,23
2 (sistema inglês)
m ..rw
EDR 0,183.
Pe Pff
m
(Unidades em Kgf/cm2, m=kgf/cm2/ciclo )
Raio de investigação
k.t
ri 0,0092.
..ct
(sistema inglês)
120
O volume mínimo investigado pelo teste é uma forma de checar o volume
mapeado pela geologia ou geofísica. Se o volume calculado pelo teste for menor do
que o baseado em mapa, é um sintoma de que o reservatório é compartimentado,
por exemplo, por falhas. Ou que o tempo de teste foi insuficiente para investigar o
reservatório até sua verdadeira fronteira.
Figura 17.11– Gráfico de Horner de um reservatório com presença de falha selante (presença
de dois crescimentos de pressão, m1 e m2)
121
Utilizando a derivada logarítmica da pressão estática em crescimento em
relação ao tempo, é enfatizado o regime radial de fluxo, o mais importante numa
análise de teste. A derivada é uma resposta muito mais sensível a fenômenos sutis
que ocorrem no reservatório durante o teste, pois, como se fosse uma lente de
aumento, amplifica as variações de pressão que ocorrem como reflexo das
heterogeneidades do reservatório. Neste método é plotado em gráfico bilogarítmico
o tempo decorrido após o fechamento contra a pressão. O comportamento da
derivada da pressão (que na realidade corresponde à velocidade do crescimento da
pressão) pode indicar a presença de falhas, de variações na k.h do reservatório, de
alimentação limitada ou de sistemas de dupla permeabilidade.
122
Figura 17.13 – Interpretação de teste pelo método das derivadas (Horne, 1995). A inclinação
inicial da derivada indica fenômenos ligados ao poço (estocagem). Quando a derivada atinge o
patamar indica que o teste investigou o regime radial, e a inclinação final da derivada indica
fenômenos mais afastados do poço, ou seja, as heterogeneidades do reservatório (limite do
reservatório, fraturas).
123
Exercício
Dados:
• Q = 75 m3/d
• Bo = 1,16 m3/m3
• H = 8m
• = 2,5 cp
1a ESTATICA
t(min)= 30
Dt(min) (t+Dt)/Dt (kgf/cm2) (t+dt)/dt 2a ESTATICA
3 44,9 145,7 t(min)= 150
3,6 37,58333 153,06 Dt(min) (t+Dt)/Dt (kgf/cm2) (t+dt)/dt
4,2 32,35714 153,3 16,8 8,839286 155,06
4,8 28,4375 153,46 18,9 7,968254 155,46
5,4 25,38889 153,54 21,6 7,097222 155,94
6,3 21,90476 153,62 24,9 6,289157 156,34
7,2 19,29167 153,7 28,5 5,621053 156,74
7,8 17,88462 153,78 32,7 5,027523 157,14
9,9 14,30303 154,02 38,1 4,456693 157,54
11,4 12,55263 154,9 44,1 3,986395 157,94
12,6 11,45238 155,06 51,6 3,552326 158,34
13,8 10,54348 155,78 60,9 3,162562 158,74
15 9,78 156,02
66,3 2,986425 158,98
16,5 8,981818 156,26
72,3 2,821577 159,22
18 8,316667 156,5
79,2 2,662879 159,38
20,1 7,552239 156,98
87 2,513793 159,54
22,5 6,853333 157,38
96 2,371875 159,78
24,9 6,289157 157,7
28,2 5,670213 158,1 106,2 2,240113 160,02
31,8 5,141509 158,5 118,2 2,114213 160,34
36,6 4,598361 158,9 132,3 1,995465 160,58
42,6 4,091549 159,3 149,1 1,8833 160,74
50,1 3,628743 159,86 169,2 1,778369 160,98
60,3 3,18408 160,34 194,1 1,678516 161,14
124
(kgf/cm2)
180
175
170
P (Kgf/cm2)
165
160
155
150
1 10
(t+dt)/dt
125
18. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A.ho. .So
VOIP
Bo
Onde os parâmetros espessura (ho), porosidade () e Saturação de óleo (So) são
obtidos da perfilagem. Já o fator volume de formação (Bo) é obtido de análises PVT
a partir de amostras coletadas em testes de formação. A área (A) é originalmente
proveniente dos estudos sísmicos, mas a interpretação de testes de formação pode
calibrar a informação, já que fornece o raio de investigação.
Somente parte do volume in place (VOIP) será produzido, o chamado volume
recuperável (VR), que é o produto do VOIP pelo fator de recuperação (FR). O fator
de recuperação é variável, dependendo das propriedades do reservatório, dos
fluidos e da tecnologia aplicada.
VR = VOIP . FR
Q Qi.e .t
A produção ao final da vida do reservatório (Np) é a própria reserva, no caso
de um reservatório em início de produção:
.
Qi Q
Np
126
Figura 18.1 – Relação entre produção acumulada, reserva e histórico de produção
de um reservatório de petróleo.
127
19. BIBLIOGRAFIA
Allen, D. et al. How to Use Borehole Nuclear Magnetic Resonance. Oilfield Review, Summer
1997, Schlumberger.
Archie, G.A. 1942. The electrical resistivity log as an aid in determining some reservoir
characteristics. JPT, Jan TP 1422.
Asquid, G.B. & Krygowski, D.;. 2004. Basic Well Log Analysis. AAPG Methods in
Exploration 16, 244p.
Bourdet, D.; Ayoub, J.A. & Pirard, Y.M. Use of Pressure Derivative in Well-Test
Interpretation. SPE Formation Evaluation, p. 293-302, 1989.
Dake, L.P. 2001. The Practice of Reservoir Engineering (Revised Edition). Elsevier.
Horne, R.N. 1995. Modern Well Test Analysis. Petroway Inc., 257p.
Jahn, F.; Cook, M.; Graham, M. 2008. Hydrocarbon Exploration and Production. Elsevier.
Kearey, P.; Brooks, M.; Hill, I. Geofísica de Exploração. Oficina de Texto, 2009.
Mathews, C.S. & Russel, D.G. 1967. Pressure Buildup and Flow Test in Wells. SPE of
AIME.
Mattar, L. 1997. Derivative analysis without type curves. Petroleum Society Paper 97-51,
Calgary, 1997.
Nery, G.G. 2013. Perfilagem geofísica em poço aberto. Fundamentos básicos com
ênfase no petróleo. INCT-GP/SBGf. Rio de Janeiro, 221p.
http://www.glossary.oilfield.slb.com
128
Tiab, D. & Donaldson, E.C. Petrophysics. Elsevier, 2004.
129
Forecast – previsão de produção
Fresh water – água doce
Gas – gás
Grain – grão
Limestone – calcário
Log – perfil
Logging - perfilagem
LWD – logging while drilling – perfilagem durante a perfuração
Major – companhia de grande porte
Matrix – matriz
MD – measured depth – profundidade medida
Mud – lama
Mudcake – reboco
Mud filtrate - filtrado
Net Pay – espessura porosa de reservatório com hidrocarboneto, descontando as intercalações.
NTG – Net to Gross, relação entre a espessura porosa e a espessura total de um reservatório.
Oil – óleo
Oil – petróleo (fase líquida)
Oilfield – campo de petróleo
Operator – companhia operadora
Perforation - Canhoneio (não é perfuração)
Permeability – permeabilidade
Petroleum – petróleo (inclui gás)
Pitfall – “pegadinha”, feição sísmica do que parece mas não é
Porosity – porosidade
Pressure – pressão
Production history – histórico de produção
Reservoir – reservatório
Resistivity – resistividade
Rig - sonda
Salt – sal
Sand – areia
Sandstone – Arenito
Saturation – saturação
Seismic – sísmica
Seismic reflector – refletor sísmico
Seismic section – seção sísmica
Shale – folhelho
Shot – tiro
Skin – dano (película)
Steam injection – injeção de vapor
Slug Test – fluxo não surgente, com enchimento parcial da coluna
Storage - Estocagem
Thick – espesso
Thickness – espessura
Thin – delgado
Tight – fechado (sem porosidade)
Track - trilha (coluna do perfil)
TVD – true vertical depth – profundidade verticalizada
TVDSS – true vertical depth sub sea – cota (profundidade verticalizada abaixo do nível do mar)
Upstream – atividade petrolífera de exploração e produção
Water – água
Waterflood – injeção de água
Wave – onda
Wavelet – assinatura de uma onda sísmica
Well – poço
Well testing – teste de formação
Wireline – cabo, operações usando cabo, como a perfilagem.
Zone – zona (parte de um reservatório)
130