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MATERIAIS I
SUMÁRI
1 – INTRODUÇÃO 03
3 - SIDERURGIA 04
3 - 1 - FERRO GUSA 05
3 - 2 - FABRICAÇÃO DO AÇO 06
4 - PROPRIEDADES MICROESTRUTURAIS 06
4.1 - ESTRUTURA CRISTALINA 06
4.2 - DIAGRAMAS DE FASE 07
4.3 - DIAGRAMA TTT (TRANSFORMAÇÃO-TEMPO-TEMPERATURA) 09
5 - AÇOS 11
5.1 - INCLUSÕES 14
5.2 - ELEMENTOS DE LIGA 14
5.3 - CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS CARBONO E AÇOS LIGA 16
5.4 - AÇOS INOXIDÁVEIS 19
6 - FERRO FUNDIDO 25
6.1 - ESTRUTURA DO FERRO FUNDIDO 26
6.2 - FERRO FUNDIDO BRANCO 27
6.3 - FERRO FUNDIDO CINZENTO 29
6.4 - FERRO FUNDIDO MALEÁVEL 30
6.5 - FERRO FUNDIDO DE GRAFITA COMPACTADA 31
6.6 - FERRO FUNDIDO DÚCTIL OU NODULAR 32
7 - ALUMÍNIO 32
7.1 - A PRODUÇÃO DO ALUMÍNIO 33
7.2 - APLICAÇÕES DO ALUMÍNIO 33
7.3 - CARACTERÍSTICAS DO ALUMÍNIO 35
7.4 - ANODIZAÇÃO 36
7.5 - LIMPEZA DO ALUMÍNIO 37
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10 - PLÁSTICOS 50
10.1 - CONSTITUIÇÃO DOS PLÁSTICOS 51
10.2 - POLÍMEROS E POLIMERIZAÇÃO 51
10.3 - RESINAS VINÍLICAS 52
10.4 - RESINAS ACRÍLICAS 53
10.5 - RESINAS CELULÓSICAS 54
10.6 - RESINAS FLUOROCARBONADAS 54
10.7 - POLIAMIDAS 55
10.8 - POLIURETANOS 56
10.9 - RESINAS POLIOXIMETILÊNICAS (POM) - ACETAIS 56
10.10 - POLICARBONATOS (PC) 56
10.11 - POLIÉSTERES 56
10.12 - RESINAS FENÓLICAS (PF) 56
10.13 - SILICONES 56
10.14 - GENERALIDADES 57
11 - METALURGIA DO PÓ 57
12 - MATERIAIS CERÂMICOS 58
12.1 - PROPRIEDADES 58
12.2 - TIPOS DE MATERIAIS CERÂMICOS 59
13 - BIBLIOGRAFIA 60
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Dentre todos os materiais à disposição, o ferro fundido e o aço são os mais utilizados. Iniciaremos
estudando o processo de obtenção destes materiais, suas ligas e propriedades específicas.
Posteriormente serão tratadas outras ligas não ferrosas, como o bronze, latão e alumínio. A
borracha, o plástico e a cerâmica também fazem parte do nosso grupo de estudo. São materiais cujo
uso é cada vez maior, pois vêm substituindo outros materiais com vantagens nos processos de
produção e acabamento, sem contar a elevada resistência, o baixo custo, a possibilidade de
reciclagem e a longa vida útil dos produtos.
A busca do material correta para uma aplicação específica pode, muitas vezes, trazer como
resultados uma vasta lista de possibilidades, ou ainda opções de escolha nas quais a seleção é
realizada tendo em vista o menor prejuízo. A regra para estes casos é o estudo do contexto no qual
será inserido o material, visando redução de custo, aumento da vida útil, facilidade de obtenção e
manipulação, entre outros.
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Em conjunto com as propriedades acima descritas, na escolha do material devem ser considerados
ainda os fatores custo, disponibilidade no mercado, facilidade de fabricação e manutenção, entre
outros.
3. SIDERURGIA
A indústria siderúrgica abrange todas as etapas necessárias para, a partir das matérias -primas,
produzir-se ferro e aço.
Estes dois materiais, de largo emprego em nosso planeta, não são encontrados sob a forma de metais
no ambiente. A matéria-prima a ser transformada é o minério de ferro. O processo clássico e mais
usado para a redução do minério de ferro é o do alto-forno, cujo produto consiste numa liga ferro-
carbono de alto teor de carbono, denominado ferro gusa, o qual, ainda no estado líquido, é
encaminhado à aciaria, onde, em fornos adequados, é transformado em aço. Este é vazado na forma
de lingotes, os quais, por sua vez, são submetidos à transformação mecânica, por intermédio de
laminadores, resultando blocos, tarugos e placas. Estes, finalmente, ainda por intermédio de
laminadores, são transformados em perfis, trilhos, tarugos, chapas, barras, etc.
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Como sub produtos do alto forno podemos citar também a escória e os gases de alto forno. O
primeiro, depois de solidificado, pode ser utilizado como lastro de ferrovias, material isolante, ou
ainda na fabricação do cimento metalúrgico. O segundo, devido ao seu alto poder calorífico, é
utilizado nas próprias siderúrgicas, nos regeneradores, fornos diversos de aquecimento, caldeiras,
etc.
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carbono 3 a 4,5%
silício 0,5 a 4%
manganês 0,5 a 2,5%
fósforo 0,05 a 2%
enxofre 0,20% máx.
O ferro gusa é uma liga ferro-carbono em que o teor de carbono e as impurezas normais (Si, Mn, P e
S) se encontram em valores elevados, e a sua transformação em aço, que é uma liga de baixos teores
de C, Si, Mn, P e S, corresponde a um processo de oxidação, por intermédio do qual a porcentagem
daqueles elementos é reduzida até os valores desejados. Os equipamentos responsáveis por este
processo são denominados conversores.
4. PROPRIEDADES MICROESTRUTURAIS
Os materiais compostos de uma mesma substância podem possuir propriedades diferentes entre si.
Este efeito é devido à microestrutura do material, à forma na qual suas moléculas estão dispostas.
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Outra definição importante é a do contorno de grão, que surgem durante o processo de solidificação
do material. Com o resfriamento do material líquido inicia-se a formação dos cristais em diversos
pontos ao mesmo tempo. Nos locais onde esses cristais se encontram, forma-se uma área de
transição com átomos que não pertencem a nenhum dos cristais. Na região dos contornos de grãos a
deformação é mais difícil, pois os planos cristalinos são interrompidos, dificultando o deslizamento.
Por isso a ruptura de um metal, na maioria dos casos, acontece no contorno de grão.
O ferro é um metal que se caracteriza por apresentar várias fases alotrópicas. A temperatura de
fusão do ferro é 1.538 °C; abaixo dessa temperatura, o ferro cristaliza de acordo com um reticulado
cúbico centrado e a forma alotrópica correspondente é chamada "delta". Essa forma persiste estável
até que se alcance a temperatura de cerca de 1.394 °C; nesse instante, ocorre uma redisposição
espontânea dos átomos e forma-se um novo reticulado - o cúbico de face centrada que corresponde à
forma alotrópica do ferro chamada de "gama". Declinando mais a temperatura a cerca de 912°C,
ocorre nova transformação alotrópica, com novo rearranjo atômico, voltando o reticulado a readquirir
a forma cúbica centrada; essa forma alotrópica é chamada "alfa". Abaixo de 912°C não ocorre mais
qualquer rearranjo atômico. Não surge, pois, nenhuma nova forma alotrópica. Entretanto,a cerca de
770°C verifica-se uma nova transformação, ou seja, o ferro começa a comportar-se,
ferromagneticamente. (Figura 4.3).
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Perlita Grossa 05 a 20 RC
Perlita Fina 30 a 40 RC
Bainita 40 a 45 RC
Bainita Acicular 50 a 60 RC
Martensita 65 a 67 RC
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A seção da peça também influenciará a velocidade de resfriamento do centro, que será sempre
menor que a da superfície. A figura 4.11 mostra a diferença de velocidade de resfriamento entre o
centro e a superfície de uma peça.
O carbono, assim como os elementos de liga (com exceção do cobalto), deslocam as curvas "em C"
para a direita ou para a esquerda.
As curvas serão deslocadas para a direita com a adição de C e elementos de liga. Sendo assim
podemos utilizar velocidades de resfriamento menores para atingir estruturas martensíticas (alta
dureza). Velocidades de resfriamento menores ajudam a prevenir a formação de trincas e o
empenamento da peça na têmpera.
Baixas quantidades de C e elementos de liga deslocam as curvas para a esqUerda, de forma que em
alguns casos as curvas chegam a interceptar o eixo da temperatura, como na figura 4.12, impedindo
que seja obtida a estrutura martensítica, de alta dureza. É devido a este fenômeno que não é
possível temperar aços com baixa porcentagem de carbono.
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Há casos nos quais os elementos de liga alteram também a posição das retas M; e Mf, de início e fim
da transformação da austenita em martensita. Em alguns aços com alto teor de carbono e níquel ou
cromo em teores variáveis, pode não ocorrer formação completa da martensita à temperatura
ambiente pelo resfriamento comum, em virtude da linha Mf ficar localizada abaixo dessa
temperatura. Nessas condições, tem-se à temperatura ambiente uma certa quantidade de austenita
retida ou austenita residual. A austenita retida é instável e pode transformar-se em martensita,
quer sob ação de trabalho a frio (os aços austeníticos ao manganês Hadfield são um exemplo), quer
durante o revenido, ou simplesmente por envelhecimento à temperatura ambiente. Esses fenômenos
podem ocasionar mudanças dimensionais inesperadas, fragilização ou fissuração. E ainda, grandes
quantidades de austenita retida podem impedir que seja atingida a dureza final desejada no aço,
porque a austenita pode se transformar num produto mais mole (ferrita mais carboneto) o que a
martensita, durante as subseqüentes operações de revenido.
5. AÇOS
Dentre os elementos utilizados na construção mecânica podemos citar as ligas ferrosas como o
conjunto de maior importância e de mais ampla utilização. Os aços e ferros fundidos, com suas
diversidades de ligas, fornecem uma gama de possibilidades no âmbito da fabricação mecânica. Tanto
os aços quanto os ferros fundidos são ligas nas quais os principais elementos são o ferro e o carbono.
Encontramos ainda elementos secundários, resultantes de um determinado processo de fabricação.
Pode-se definir aço como sendo uma liga ferro-carbono contendo geralmente 0,008% até
aproximadamente 2,11 % de carbono, além de certos elementos residuais. Já os ferros fundidos são
caracterizados por possuírem teor de carbono acima de 2% aproximadamente. Face à influencia do
silício na liga do ferro fundido, este é normalmente considerado uma liga ternária Fe-C-Si, pois, o
silício está freqüentemente presente em teores superiores ao do próprio carbono.
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Além dos aços e ferros fundidos outros metais não ferrosos são muito importantes na construção
mecânica, como o alumínio, o cobre, o bronze e o titânio entre outros.
Dada a grande variedade de tipos de aços, foram criados sistemas para sua classificação. Uma das
classificações mais generalizadas - e que, inclusive, serviu de base para o sistema adotado no Brasil -
é a que considera a composição química do aço e, dentre os sistemas conhecidos, são muito usados os
da "American Iron and Steel Institute - AISI" e da "Society of Automotive Engineers - SAE".
A tabela 5.1 mostra a designação adotada pela AISI e SAE. As letras XX correspondem às cifras
indicadoras dos teores de carbono. Assim, por exemplo, a classe 1023 significa aço carbono com
0,23% de carbono em média.
5.1. INCLUSÕES
Os produtos siderúrgicos;.ao serem fabricados, apresentam normalmente, além do carbono como
principal elemento de liga, uma série de impurezas de natureza metálica ou não, as quais se originam
de reações entre as matérias-primas empregadas ou de outros tipos de reações.
Essas impurezas normais são o fósforo, o enxofre, o manganês, o silício e o alumínio. A maior parte
delas reage entre si ou com outros elementos não metálicos com o oxigênio e, eventualmente, o
nitrogênio, formando as chamadas "inclusões não-metálicas".
A formação dessas inclusões se dá, em grande parte, na fase final de desoxidação dos aços. Em
resumo, o efeito dessas impurezas ou inclusões é o seguinte:
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Este filme protege toda a superfície do aço inox e, de maneira geral, esta resistência aumenta à
medida que mais cromo é adicionado à mistura. Apesar de invisível, estável e com espessura finíssima,
esta película é altamente aderente ao aço inox, defendendo o material contra a ação dos meios
agressivos. Mesmo quando o aço inox sofre algum tipo de dano, sejam arranhões, amassamentos ou
cortes, imediatamente o oxigênio do ar combina-se com o cromo, formando novamente o filme
protetor, recompondo a resistência à corrosão. Esta qualidade é inerente ao aço inox, já que o cromo
faz parte de sua composição química.
Além do cromo, outros elementos são adicionados ao aço inox elevando a sua resistência à
corrosão, tais como o níquel, o molibdênio, o vanádio, o tungstênio e outros. Estes elementos tornam
o aço inox adequado à múltiplas aplicações, cada uma delas contendo porcentagens específicas destas
substâncias químicas.
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O acabamento superficial e a limpeza do aço são fatores relevantes na sua resistência à corrosão,
pois, quanto mais polido e limpo for o material, menor será a aderência de produtos indesejáveis na
sua estrutura.
Existem diferenças entre as aplicações dos aços inox, e a classificação mais simples e mais usada dos
aços inoxidáveis é baseada na microestrutura que apresentam à temperatura ambiente. Nessas
condições, são considerados os três grupos seguintes: martensíticos, ferríticos e austeníticos.
As características desses aços e as aplicações mais comuns, em função de sua composição química,
são apresentadas na tabela 5.4:
Pelo seu baixo carbono são fáceis de conformar a frio no estado recozido; são
empregados em lâminas forjadas ou usinadas de turbinas.. e compressores, tesouras,
403 e 410
canos de fusil, componentes de micrômetros e instrumentos de medida, componentes
para a indústria petroquímica, etc.
Pela alta dureza e razoável tenacidade que adquirem após adequado tratamento
420 térmico, são empregados em cutelaria;instrumento cirúrgicos, eixos de bombas,
válvulas, peças de motores a jato,mancais de esfera, parafusos, buchas, etc.
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Na tabela 5.5 estão as principais características e aplicações deste grupo de aços inoxidáveis.
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A maior parte dos aços inox austeníticos comumente empregados pertencem ao primeiro grupo. Os
mais conhecidos e populares são os 18-8, em que o teor de cromo é 18% e o de níquel 8%. A
introdução do níquel melhora consideravelmente a resistência à corrosão e a resistência à oxidação a
altas temperaturas, visto que, na maioria dos reagentes, o níquel é mais nobre que o ferro e, além
disso, forma uma camada de óxido que protege o aço espontaneamente. Para comprovar esse fato,
demonstra.-se que a restauração da película inerte protetora que tenha sido retirada de um aço
inoxidável ao Cr-Ni é muito mais rápida do que a de um aço inoxidável somente ao cromo. O segundo
grupo, menos importante, apareceu na década de 30 e o seu desenvolvimento ocorreu durante a
Segunda Guerra Mundial, em razão da menor disponibilidade de níquel. Neles, parte do níquel (cerca
de 4%) é substituído por outros. elementos de tendência austenitizante, como o manganês (em torno
de 7%) e o nitrogênio (em teores não superiores a 0,25%).
Um dos fenômenos indesejáveis que pode ocorrer nos aços inoxidáveis austeníticos é a corrosão
intergranular, devido à precipitação de carboneto de cromo. Um dos meios de evitá-la é pela adição
de titânio e de nióbio, porque esses elementos fixam o carbono na forma de carbonetos de titânio e
de nióbio.
As características principais e aplicações destes aços estão na tabela 5.6.
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Este aço, juntamente com os tipos 302, 304 e 302B, o mais popular; possui boa
trabalhabilidade e é empregado em ornamentação, utensílios domésticos, fins
301
estruturais, equipamentos para a indústria química, naval, fabricação de
alimentos, transporte, etc.
Obs.: encontram-se ainda os aços inoxidáveis austeníticos com sufixos "L" e "H". O sufixo "L"
significa baixo teor de carbono (Iow carbon - abaixo de 0,03%) e estes tipos são menos susceptíveis
à corrosão intergranular. O sufixo "H" designa alto teor de carbono (high carbon - de 0,04% a
0,10%), propiciando ao aço resistência mecânica elevada mesmo em altas temperaturas.
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2 - Depósitos que aderem à sua superfície devem ser removidos, especialmente nas fendas e cantos.
Quando forem usados abrasivos na limpeza, friccionar sempre na direção das linhas de polimento ou
"grão" do aço inoxidável para evitar arranhões. Nunca use palha ou esponja de aço comum no aço
inoxidável. Partículas de ferro da palha ou esponjas de aço feitas de aço carbono podem aderir à
superfície, causando corrosão. Use esponja de aço inoxidável ou escova macia de fibras vegetais.
3 - Contatos com metais diferentes devem ser evitados sempre que possível. Isto ajudará a prevenir
corrosão galvânica, quando estão presentes soluções ácidas ou salinas.
5 - Deve ser feita uma avaliação de todos os materiais e produtos químicos que estarão em contato
com o aço inoxidável como também uma comparação das propriedades mecânicas e químicas, antes
que a seleção de materiais seja feita.
6 - Não se deve permitir que soluções salinas ou ácidas evaporem e sequem sobre a superfície do aço
inoxidável. Elas podem causar corrosão. Os vestígios destas soluções devem ser eliminados com
lavagens vigorosas.
7 - Corrosão por fadiga deve ser evitada. Esse é o resultado de uma combinação de tensões
repetidas com correntes suaves ou fortes. Usualmente a solução é fazer o equipamento
suficientemente forte para reduzir tensões cíclicas.
8 - O contato direto e permanente com certos materiais deve ser evitado, tais como madeira ou aço
carbono. Por exemplo, no revestimento de tanques de madeira com aço inoxidável, a interface entre
os dois materiais deve ser revestida com asfalto ou cromato de zinco para proteção contra corrosão.
9 - O equipamento de aço inoxidável não deve ficar em contato com desinfetante ou soluções
esterilizantes por muito tempo. Muitas vezes estas soluções contêm cloretos que podem causar
corrosão por pite. O aço inoxidável deve ser limpo e lavado completamente, após o uso. Algumas
soluções esterilizantes comerciais contém inibidores, diminuindo a ação corrosiva destas soluções.
10 - O aparecimento de "ferrugem" nos aços inoxidáveis muitas vezes nos leva a acreditar que os
mesmos estão enferrujando. A fonte pode ser alguma parte de ferro ou aço não inoxidável, tal como
um prego ou parafuso. Uma alternativa é pintar todas as partes de aço carbono com uma camada
grossa de proteção, se as precauções ditas no item 3, não puderem ser totalmente seguidas.
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Sabe-se que o ferro fundido é uma liga Fe-C com teor de carbono superior a 2%. Face a influência do
silício nessa liga, sobretudo sob o ponto de vista de sua constituição estrutural, o ferro fundido é
normalmente considerado uma liga ternária Fe-C-Si, pois o silício está freqüentemente presente em
teores superiores aos do próprio carbono. Por outro lado, em função de sua constituição estrutural, o
carbono está geralmente presente, em grande parcela, na forma "livre", ou seja, sob a forma de veios
ou lamelas de grafita, sem formar o composto carboneto de ferro (Fe3C).
Na denominação geral de "ferro fundido", podem ser distinguidos os seguintes tipos de ligas:
Ferro fundido cinzento, cuja fratura mostra uma coloração escura (donde a sua denominação),
caracterizada por apresentar como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício e
estrutura em que uma parcela relativamente grande do carbono está no estado livre (grafita
lamelar) e outra parcela no estado combinado (Fe3C);
Ferro fundido branco, cuja fratura mostra uma coloração clara (donde a sua denominação),
caracterizado por apresentar ainda como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício,
mas cuja estrutura, devido às condições de fabricação e menor teor de silício, apresenta o
carbono quase inteiramente na forma combinada (Fe3C);
Ferro fundido mesclado, cuja fratura mostra uma coloração mista entre branca e cinzenta
(donde a sua denominação), caracterizado igualmente por uma mescla de proporções variáveis de
ferro fundido branco e ferro fundido cinzento;
Ferro fundido maleável, caracterizado por ser obtido a partir do ferro fundido branco, mediante
um tratamento térmico especial (maleabilização), resultando numa transformação de
praticamente todo o ferro combinado em grafita na forma de nódulos (em vez de veios ou
lamelas);
Ferro fundido nodular, caracterizado por apresentar, devido a um tratamento realizado ainda no
estado líquido, carbono livre na forma de grafita esferoidal, o que confere ao material
característica de boa ductilidade, donde a denominação freqüente para esse material de ferro
fundido dúctil;
Ferro fundido de grafita compactada, caracterizado pelo fato da grafita apresentar-se em
"escamas", ou seja, com a forma de plaquetas ou estrias. O ferro fundido de grafita compactada
pode ser considerado um material intermediário entre o ferro fundido cinzento e o ferro fundido
nodular; possui a fundibilidade do ferro fundido cinzento, com melhor resistência mecânica e
alguma ductilidade. Sua comercialização é relativamente recente.
A faixa de composição dos cinco principais tipos de ferros fundidos, sem elementos de liga, está
indicada na tabela 6.1:
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Para elevadas velocidades de resfriamento - como as que se verificam em seções muito finas ou
áreas adjacentes às paredes do molde - não há muito tempo para a decomposição da cementita, de
modo que, dependendo dos teores de carbono e de silício, pouca ou nenhuma grafitização ocorre e há
tendência para formar-se ferro fundido branco. Produz-se o que se chama na prática de seções
coquilhadas.
Com as velocidades de resfriamento lentas das seções mais espessas, ocorre uma apreciável
grafitização, dependente sempre do teor de silício. A estrutura será constituída essencialmente de
perlita e grafita. Para resfriamento ainda mais lento e teor de silício mais elevado, a cementita da
perlita pode também se decompor parcialmente, originando-se assim a estrutura constituída de veios
de grafita, perlita e ferrita. Essa estrutura confere ao material características de baixa dureza e
excelente usinabilidade, além de razoável resistência mecânica.
É claro que haverá seções intermediárias, com alguma formação de grafita, resultando, nelas, ferro
fundido mesclado.
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A produção industrial do ferro fundido branco exige, em princípio, a combinação desses dois fatores.
Para isso, lança-se mão do chamado sistema de "coquilha" ou "coquilhamento", que consiste em
derramar-se o metal líquido em moldes metálicos, onde o metal resfria em condições tais ou com tal
velocidade que praticamente toda a grafitização é eliminada e o carbono fica retido na forma
combinada. A profundidade da camada coquilhada - ou seja daquela seção das peças que entra em
contato com a parede metálica do molde - pode ser controlada, ajustando-se o teor de silício do
ferro fundido.
Entretanto, embora o teor de silício seja o fator determinante no controle da profundidade de
coquilhamento, outros fatores de influência são os seguintes:
Temperatura de vazamento;
Temperatura da coquilha, ou seja, do molde metálico;
Espessura da peça na seção coquilhada;
Espessura da coquilha;
Tempo durante o qual o metal fica em contato com a coquilha.
O principal objetivo do tratamento térmico do ferro fundido branco, aplicado em peças coquilhadas,
é reduzir as tensões que se originam pelas diferentes velocidades de resfriamento e,
conseqüentemente de solidificação, que se verificam através das seções das peças. Com efeito, as
diferentes seções atingem temperaturas críticas de transformação em tempos diferentes; além
disso, ocorre a diferença de contração entre o ferro fundido branco da seção coquilhada e o ferro
fundido cinzento, das seções mais internas.
As principais aplicações do ferro fundido branco são: equipamentos para manuseio de terra,
mineração e moagem, rodas de vagões, revestimento de moinhos, bolas de moinhos de bolas, etc.
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Esta é, dentre os feiTos fundidos, a liga mais usada, devido aos seus característicos de:
Fácil fusão e moldagem;
Boa resistência mecânica;
Excelente usinabilidade;
Boa resistência ao desgaste;
Boa capacidade de amortecimento.
Como em todas as ligas metálicas, existe uma correlação íntima entre as propriedades do ferro
fundido e a sua estrutura, correlação essa quem no caso particular do ferro fundido cinzento, é mais
estreita e mais complexa, tendo em vista a presença de carbono livre na forma de grafita, e a forma,
distribuição e dimensões que os veios de grafita apresentam e mais a influência que, nesse sentido, a
espessura da peça exerce.
Os ferros. fundidos cinzentos, segundo a ABNT, são designados pelas letras FC, indicativas de ferro
fundido cinzento, seguindo-se dois algarismos representativos do limite mínimo de resistência à
tração, em kgf/mm2.
As classes FC-10 e FC-15 correspondem aos ferros fundidos cinzentos comuns, com excelente
fundibilidade e melhor usinabilidade. A classe FC-15 é utilizada, entre outras aplicações, em bases de
máquinas, carcaças metálicas e aplicações semelhantes.
As classes FC-30 e FC35, com maiores dureza e resistência mecânica, aplicam-se em engrenagens,
pequenos virabrequins, bases pesadas de máquinas, colunas de máquinas, buchas e grandes blocos de
motor.
A classe FC-40 é a classe de uso comercial que possui a maior resistência mecânica, apresentando,
para essa finalidade, combinação dos elementos de liga, entre eles, níquel, cromo e molibdênio. Como
possui elevada tendência ao coquilhamento, sua utilização é limitada a peças de espessuras médias e
grossas.
Dentre as propriedades dos ferros fundidos cinzentos, duas delas destacam-se: a capacidade de
amortecimento e a resistência ao desgaste.
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Como material alternativo, desenvolveu-se um tipo de ferro fundido branco, o qual, submetido a um
tratamento térmico especial - chamado maleabilização - adquire maleabilidade, ou seja, a liga adquire
ductilidade e torna-se mais tenaz, características que, aliadas à boas propriedades de resistência à
tração, dureza, resistência à fadiga, resistência ao desgaste e usinabilidade, permitiram abranger
outras importantes aplicações industriais.
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A maleabilização por grafitização, que origina o maleável tipo americano ou maleável de núcleo preto
ou simplesmente maleável preto. Essa denominação é atribuída ao aspecto escuro da fratura, cuja
estrutura é constituída essencialmente de grafita, em nódulos, sobre um fundo de ferrita. O
princípio do processo consiste em aquecer-se um ferro fundido de composição adequada, a
temperaturas apropriadas, durante longo tempo, porém menor que no caso da maleabilização por
descarbonetação; o ciclo de tratamento pode ser mais curto, porque, por precipitação de carbono, a
distância de migração do carbono é menor.
Essas características são devidas à forma da grafita, que se apresenta mais arredondada e mais
grosseira, de modo que a microestrutura também pode ser definida como intermediária entre a do
ferro fundido cinzento e a do ferro nodular.
Em algumas aplicações, como rotores de freios de discos e cabeçotes de motores diesel, ele é
superior tanto ao ferro fundido cinzento quanto ao ferro nodular.
O ferro fundido cinzento é obtido mediante a adição cuidadosamente controlada de magnésio, o qual
atua como inoculante, em técnica semelhante à empregada na produção de ferro nodular. A
quantidade de magnésio deve ser tal a resultar um teor residual desse elemento de 50 a 600 ppm, na
presença de 0,15 a 0,50% de titânio e 10 a 150 ppm de terras raras, como o cério.
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A grafita do ferro fundido nodular apresenta-se na forma esferoidal, forma essa que não interrompe
a continuidade da matriz tanto quanto a grafita em veio, resultando na sua melhor ductilidade e
tenacidade. Essa grafita na forma esferoidal é obtida pela adição de determinados elementos no
metal fundido, como magnésio, cério e alguns outros que devem ser bem controlados, de modo a
produzir a forma desejada de grafita e contrabalançar o efeito dos elementos perniciosos, como
antimônio, chumbo, titânio, telúrio, bismuto e zircônio, que interferem com o processo de nodulização
e, por isso, devem ser eliminados ou mantidos os mais baixos possíveis.
Os principais agentes nodulizantes contém, todos eles, geralmente o magnésio. São: magnésio sem
liga, nodulizantes a base de níquel e nodulizantes a base de Mg-Fe-Si. Na maioria das vezes esses
nodulizantes são introduzidos na forma de ligas, entre as quais podem ser citadas as seguintes:
15 Mg - 82 Ni
15 Mg - 30 Si - 50 Ni
08 Mg - 46 Si - 42 Fe
05 Mg - 45 Si - 50 Fe
12 Mg - 40 Si -18 Cu - 30 Fe
ou ainda o magnésio sem liga, na forma de briquetes, lingotes ou fios.
Algumas aplicações para o ferro fundido nodular podem ser citadas: buchas de hastes de válvulas;
válvulas e corpos de bombas, em serviço de petróleo, água salgada e ambiente cáustico; tubos de
escapamento; carcaças de turbo-alimentadores; componentes de compressores de ar; anéis de
mancais para serviços a altas temperaturas, exigindo resistência ao escoriamento.
7. ALUMÍNIO
O alumínio é um elemento metálico produzido através do minério da bauxita.
Trata-se de um metal leve com o qual pode-se obter uma grande resistência quando em forma de liga.
Ele resiste à corrosão, conduz calor e eletricidade e reflete luz e energia radioativa. O alumínio não
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A combinação destes fatores faz com que o alumínio seja um material muito versátil. Algumas das
milhares de aplicações do alumínio incluem: perfis extrudados para a construção civil, dissipadores de
calor, utensílios domésticos, refrigeradores, motores elétricos e à combustão, baús de caminhões,
tanques, recipientes para alimentos, fios e cabos elétricos, etc.
O alumínio é encontrado numa vasta quantidade de ligas, e pode ser fornecido sob a forma de
lingotes, perfis extrudados, vergalhões, tubos, barras, chapas, placas e folhas finas.
O sistema de classificação do alumínio, segundo ABNT, baseia-se em um sistema de quatro dígitos
(xxxx). O primeiro dígito (Xxxx) indica o grupo de ligas da seguinte maneira:
a) alumínio não ligado de no mínimo 99,00% de pureza. . . . . .. 1 xxx
b) ligas de alumínio agrupadas segundo o elemento de liga principal:
cobre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2xxx
manganês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3xxx
silício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4xxx
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O segundo dígito (xXxx) indica modificações da liga original ou dos limites de impurezas.
Os dois últimos dígitos (xxXX) identificam a liga de alumínio ou indicam a pureza do alumínio. A
tabela 7.1 apresenta as ligas mais encontradas com suas características e aplicações típicas do
alumínio.
2014 Elevada resistência mecânica e alta ductibilidade, média Indústria aeronáutica, transporte, máquinas e
resistência à corrosão. Boa usinabilidade. equipamentos.
2017 Boa usinabilidade, alta resistência mecânica e elevada Peças usinadas, indústria aeronáutica, transporte,
ductibilidade. Média resistência à corrosão, boa máquinas e equipamentos.
conformabilidade.
2024 Muito boa resistência mecânica, média resistência à Peças usinadas e forjadas, indústria aeronáutica,
corrosão, boa usinabilidade. transporte, máquinas e equipamentos.
3003 Média resistência mecânica, alta resistência à corrosão, boa Tubos para trocadores de calor (radiadores
conformabilidade, boa soldabilidade. automotivos). Antenas.
4043 Ligas de silício utilizadas em varetas de solda. Soldagem dos grupos de liga 1000, 3000 e 6000.
4047
5052 Boa resistência mecânica, muito boa resistência à corrosão, Estruturas, rebites, carrocerias, equipamentos
boa conformabilidade. industriais.
5336 Resistência mecânica superior ao 5052, alta resistência à Rebites, solda, especialmente 5052 entre si e com
corrosão, boa conformabilidade. ligas dos grupos 1000, 3000 e 6000.
6060 Média resistência mecânica, muito boa resistência à Janelas, portas, aros para bicicletas, móveis,
corrosão, boa conformabilidade, excelente resposta à divisórias, tubos para irrigação, dissipadores de calor.
anodização fosca, natural e colorida.
6061 Boa resistência mecânica, boa resistência à corrosão, Estruturas, construção naval, veículos e rebites.
6063 boa conformabilidade. Média usinabilidade. Média resistência Indústria moveleira. Janelas, portas, fachadas e
mecânica, muito boa resistência à corrosão, boa outros materiais para construção civil, aros para
conformabilidade, excelente resposta à bicicletas, móveis, divisórias, tubos para irrigação.
anodização fosca, natural e colorida.
6082 Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão, Estruturas, carrocerias, embarcações.
6101 boa conformabilidade, boa condutibilidade elétrica, boa Liga especial para fins elétricos e barramentos.
resistência mecânica, boa resistência à corrosão, boa
conformabilidade.
6261 Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão, boa Estruturas, carrocerias, embarcações.
conformabilidade.
6262 Alta resistência mecânica, boa resistência à corrosão, boa Peças usinadas em tornos automáticos, êmbolos
conformabilidade, ótima usinabilidade, apropriada para para freios automotivos.
anodização decorativa.
6351 Boa resistência mecânica, alta resistência à corrosão, Engenharia estrutural, construção de navios, veículos
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Possui uma excelente resistência à corrosão. Quando exposto ao ar, um fino filme de óxido forma-se
em sua superfície, protegendo-o da corrosão. A anodização pode tornar a resistência à corrosão
ainda mais efetiva. Esta característica é muito utilizada em perfis extrudados, construção civil e
utensílios domésticos.
Devido a sua boa trabalhabilidade é encontrado sob diversas formas, como, por exemplo, folhas
finas, chapas, placas, vergalhões, tubos e cabos. Ainda apresenta excelente usinabilidade e
plasticidade. É considerado o melhor material para extrusão de perfis complexos.
Por si só o alumínio é atóxico e inodoro. Sua superfície é lisa, fácil de ser lavada, além de ser
higiênica, pois, germes não se desenvolvem nela. Por isso, é utilizado em latas de bebida, pacotes de
alimentos, utensílios de cozinha, e na indústria leiteira e de pesca.
Embora o aço torne-se frágil a baixas temperaturas, o alumínio aumenta sua resistência mecânica e
mantém excelente qualidade.
As superfícies das peças em alumínio podem ser facilmente tratadas química ou eletroquimicamente
ou ainda pintadas. Sobretudo, o tratamento de anodização aumenta consideravelmente a resistência
à corrosão, além de possibilitar uma vasta gama de cores no
acabamento.
A condutividade elétrica do alumínio é aproximadamente 60% da condutividade do cobre, mas sua
densidade é aproximadamente 1/3 da do cobre, o que o torna um material muito econômico como
condutor elétrico, amplamente utilizado em cabos para transmissão de energia, bases de lâmpadas,
etc.
A condutividade térmica do alumínio é aproximadamente três vezes a do aço, sendo muito utilizado
em utensílios de cozinha, ar-condicionados, trocadores de calor industriais e peças de motores de
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7.4. ANODIZAÇÃO
A capacidade do alumínio ser submetido à anodização torna-o um metal muito importante. O fato dele
poder tornar-se atrativo e durável, com um acabamento resistente, faz possível explorar sua
resistência e leveza num grande número de aplicações, particularmente na construção civil.
A anodização é essencialmente a deposição induzida do próprio óxido natural do metal na superfície
do mesmo. É derivado do próprio metal, e não uma cobertura estranha ao mesmo.
A menos que seja severamente deformado ou seja submetido a tensões devido a excessivas variações
de temperatura, a película anódica não irá lascar-se, descascar-se ou quebrar-se. Com a anodização
convencional de ácido sulfúrico, a liga anodizada geralmente produz uma película clara, dura e
extremamente resistente à corrosão capaz de ser colorida.
Este potencial funcional e decorativo que é conferido ao metal é amplamente explorado em
aplicações que variam de componentes para edifícios a utensílios de cozinha.
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Quando a superfície anodizada é deteriorada, ainda é possível restaurar os efeitos através do uso de
solventes como querosene ou aguarrás em conjunto com uma esponja doméstica macia. O uso de
abrasivos fortes danificarão o filme ao invés de repará-los.
Apesar de sua ancestralidade, o cobre manteve - aliado aos metais mais novos - um papel
predominante na evolução da humanidade, sobrevivendo em suas principais características em todas
as fases das revoluções tecnológicas pelas quais o ser humano já passou. Mais recentemente, o cobre
tornou-se o metal da Era Elétrica, em função de suas características físicas e mecânicas.
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8.1. COBRE
O cobre é um metal vermelho - marrom, que apresenta ponto de fusão correspondente a 1.083 °C e
densidade correspondente a 8,96 g/cm3 (a 20°C), sendo, após a prata, o melhor condutor de calor e
de eletricidade. Devido a sua baixa resistividade elétrica, uma de suas principais utilizações é
na indústria elétrica.
O cobre apresenta também excelente deformabilidade.
Possui boa resistência à corrosão atmosférica: exposto à ação do ar, ele fica, com o tempo,
recoberto por um depósito esverdeado.
A oxidação, sob a ação do ar, começa em torno de 500°C. Não é atacado pela água pura.
Por outro lado, ácidos, mesmo fracos, atacam o cobre na presença do ar.
Apresenta, finalmente, resistência mecânica e características de fadiga satisfatórias, além de boa
usinabilidade, cor decorativa, e pode ser facilmente recoberto por eletrodeposição ou por aplicação
de verniz.
Alguns tipos de cobre apresentam boa resistência ao choque e bom limite de fadiga, dependendo do
estado em que se encontra o metal, se recozido ou encruado.
O grau de encruamento ou recozimento é designado pela expressão "têmpera", a qual não tem nada a
ver com o tratamento térmico de têmpera, aplicado nas ligas ferro-carbono.
A tabela 8.1 traz os principais tipos de cobre segundo a ABNT.
Ainda podem ser citadas as ligas de cobre de baixo teor em liga, apresentadas na tabela 8.2.
O cobre pode ser encontrado na forma de placas, chapas, tiras, arames, fios, tubos, perfis e
forjados.
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8.2.1. Latões
Os latões comuns são ligas de cobre-zinco, podendo conter zinco em teores que variam de 5 a 50%, o
que significa que existem inúmeros tipos de latões. As ligas são denominadas, por exemplo, cobre-
zinco 90-10, o que significa 90% de cobre e 10% de zinco.
A medida que o teor de zinco aumenta, ocorre também uma diminuição da resistência à corrosão em
certos meios agressivos, levando à "dezinficação", ou seja, corrosão preferencial do zinco.
No estado recozido, a presença do zinco até cerca de 30% provoca um ligeiro aumento da resistência
à tração, porém a ductilidade aumenta consideravelmente.
A tabela 8.3 apresenta suas principais aplicações.
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As ligas com alumínio - como CuZn28A12, com pequenos teores de arsênio - possuem melhor
resistência à corrosão devido à presença do alumínio e do arsênio, este último adicionado para
diminuir a dezinficação. São utilizadas na forma de tubos para condensadores e permutadores de
calor e aplicações semelhantes, na indústria química e mecânica.
As ligas contendo estanho apresentam boa resistência à corrosão em água doce ou salgada pouco
poluída. Empregam-se na forma de placas e tubos para permutadores de calor. condensadores, peças
forjadas e usinadas em equipamentos de refino de petróleo, construção naval, entre várias
aplicações.
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Outras ligas mais complexas, contendo ferro, alumínio, manganês, são de alta resistência mecânica e
são aplicadas onde essa característica é exigida, tais como em hastes de válvulas, engrenagens,
hélices e peças que esteja em contato com água do mar.
8.2.4. Bronzes
Nos bronzes comerciais o teor de estanho varia de 2 a 10%, podendo chegar a 11 % nas ligas para
fundição.
À medida que aumenta o teor de estanho, aumentam a dureza e as propriedades relacionadas com a
resistência mecânica, sem queda da ductilidade. Essas ligas podem, geralmente, ser trabalhadas a
frio, o que melhora a dureza e os limites de resistência à tração e escoamento.
As propriedades são ainda melhoradas pela adição de até 0,40% de fósforo, que atua como
desoxidante; nessas condições, os bronzes são chamados fosforosos.
Nos teores de utilização usuais, dependendo das condições de resfriamento, a estrutura apresenta
uma única fase, que corresponde a uma solução sólida de estanho em cobre. Os bronzes possuem
elevada resistência à corrosão, o que amplia o campo de seu emprego.
Freqüentemente adiciona-se chumbo para melhorar as propriedades lubrificantes ou de antifricção
das ligas, além da usinabilidade. O zinco é da mesma forma eventualmente adicionado, atuando como
desoxidante em peças fundidas e para melhorar a resistência mecânica.
Devido a sua boa condutibilidade elétrica e melhor resistência mecânica que o cobre, é
empregado em contatos, componentes de aparelhos de telecomunicação, molas condutoras,
CuSn 98-2
etc.; em construção mecânica, como parafusos com cabeça recalcada a frio, tubos flexíveis,
rebites, varetas de soldagem, etc.
Utilizado em arquitetura; em construção elétrica, como molas e componentes de
CuSn 96-4 interruptores, chaves, contatos e tomadas; na construção mecânica, como molas, diafragmas,
parafusos com cabeça recalcada a frio, rebites, porcas, etc.
Em tubos para águas ácidas de mineração, componentes para as indústrias têxteis, químicas e
CuSn 95-5
de papel; molas, diafragmas, parafusos, porcas, rebites, varetas e eletrodos de soldagem, etc.
Mesmas aplicações anteriores em condições mais críticas, devido a sua maior resistência à
CuSn 94-6
fadiga e ao desgaste.
Melhor resistência à fadiga e ao desgaste. Além das aplicações da liga anterior, emprega-se
CuSn 92-8
em discos antifricção, devido a suas características.
É a liga, entre os bronzes, que apresenta as melhores propriedades mecânicas, sendo por isso
CuSn 90-10
a mais empregada. Entre algumas aplicações típicas incluem-se molas para serviços pesados.
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Outras importantes aplicações do bronze fundido são de materiais para mancais. O limite de
resistência à tração dessas ligas para mancais varia de 10,0 kgf/mm2, para as que contêm maior teor
de chumbo, a 18,0 kgf/mm2, A tabela 21 apresenta as principais ligas:
I CuSn 85-5 Contendo 83,0 a 86,0% de cobre, 4,0 a 6,0% de estanho, 2,0% máx. de zinco e a 10% de
chumbo 9 zinco 1 chumbo - empregada em pequenas buchas e mancais.
Contendo 78,0 a 82,0% de cobre, 9,0 a 11,0 % de estanho, 1,0% de zinco máx. e 8,0 a
CuSn 80-10
11,0% de chumbo - empregada em mancais para altas velocidades e grandes pressões e
chumbo 10
em mancais para laminadores.
CuSn 78"7 Contendo 75,0 a 80,0% de cobre, 2,0 a 8,0% de estanho, 1,0% máx. de zinco e 13,0 a
chumbo 15 16,0% de chumbo - empregada para pressões médias, em mancais para automóveis.
CuSn 70-5 Contendo 68,0 a 73,0% de cobre, 4,0 a 6,0% de estanho, 1,0% máx. de zinco e 22,0 a
chumbo 25 25,0% de chumbo, empregada em mancais para altas velocidades e baixas pressões.
Algumas delas apresentam uma outra característica importante que é a resistividade elétrica
praticamente independente da temperatura, donde suas aplicações em resistências elétricas.
O teor de níquel varia, em média, de 5 a 45%; o manganês pode estar presente até cerca de 2,0%,
assim como o ferro até 2,0%.
À medida que aumenta o teor de níquel, elevam-se as propriedades relacionadas com a resistência
mecânica, como limite de escoamento e limite de resistência à tração, assim como a dureza e o limite
de fadiga. A ductilidade é pouco afetada.
A tabela 8.7 apresenta as principais aplicações das ligas cupro-níquel.
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8.3.1. Homologação
O objetivo é eliminar ou diminuir a segregação de lingotes que devam ser trabalhados a frio ou a
quente. Aplica-se principalmente nas ligas bronze ao estanho, bronze ao silício e cupro-níquel;
consiste no aquecimento a uma temperatura de cerca de 90°C acima da máxima temperatura de
recozimento, durante tempo prolongado.
8.3.2. Recozimento
Aplicado nas ligas trabalhadas a frio para promover a sua recristalização. Dependendo das ligas, as
temperaturas variam de 260 a 650°C para o metal cobre e de 425 a 815°C para as ligas. Quanto
maior o encruamento prévio, menor a temperatura de recristalização ou recozimento.
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9. OUTROS METAIS
9.1. CHUMBO
O chumbo, um dos metais mais antigos conhecidos pelo homem, possui uma densidade de 11.340
kg/m3 a 20 °C e um ponto de fusão equivalente a 327ºC.
Apresenta baixa resistência mecânica, é muito mole, muito maleável e deformável e resistente à
corrosão. Sua cor é cinza-azulada, devido a uma repentina formação de uma película superficial de
óxido e carbonato. Sua resistência à corrosão é elevada, inclusive sob a ação de certos ácidos, como
o sulfúrico.
Devido a essas propriedades, o chumbo e suas ligas são utilizados em aplicações tais como:
revestimento de cabos elétricos, de modo a evitar que a umidade do meio ambiente atinja o núcleo
isolante do cabo; como solda; em tubos de água; em placas de acumuladores ou baterias; em ligas para
mancais; em placas protetoras contra a ação de raios X e raios gama; como revestimento protetor e
impermeabilizante em relação às intempéries; em aplicações químicas como aditivo de petróleo,
pigmentos de tintas, em vidraria, aplicações de inseticidas, etc.
Uma outra aplicação importante do chumbo é como metal-base para mancais. As ligas de chumbo para
mancais são conhecidas comercialmente com o nome de "metais babbitt".
9.2. ESTANHO
O ponto de fusão do estanho é 232 °C; seu peso específico é 7.300 kg/m3. Apresenta coloração
branca prateada com tintura levemente amarelada.
É mole, dúctil e maleável; possui baixa resistência mecânica e elevada resistência à corrosão.
É empregado na forma de folhas, chapas e fios estanhados e como elemento básico de certas ligas,
como algumas para mancais e soldas, ou como elemento secundário de ligas importantes, como os
bronzes.
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Uma aplicação muito importante corresponde às ligas para fundição sob pressão, conhecidas com o
nome de "Zamac". Os elementos de liga usuais são alumínio, cobre e magnésio. As ligas Zamac
apresentam baixo ponto de fusão (cerca de 385°C), boa fluidez, boas propriedades mecânicas, boa
usinabilidade, além de poderem ser facilmente revestidas por eletrodeposição (cobreação, niquelação
e cromação) ou por tintas e vernizes.
9.4. NÍQUEL
Seu ponto de fusão é 1.455 °C e o peso específico 8.880 kg/m3. Apresenta coloração branca com
tintura acinzentada. Possui excelente resistência à corrosão, é maleável, podendo ser facilmente
trabalhado, inclusive por deformação a frio, o que melhora sua resistência. Muito tenaz; não é
tratável termicamente. Possui razoável usinabilidade. Sob muitos aspectos, assemelha-se ao aço meio
duro.
Suas principais aplicações são feitas como revestimento protetor do aço (niquelação) e como
elemento de liga nos produtos siderúrgicos.
Entre as ligas à base de níquel, destaca-se a denominada metal Monel, contendo 60 a 70% de níquel,
29% de cobre e traços de ferro, silício, enxofre, carbono e manganês.
O metal Monel é tenaz, possui resistência mecânica superior à do aço de médio carbono e excelente
resistência à corrosão. Por esses motivos é empregado em equipamento hospitalar, equipamento para
a indústria química, farmacêutica, têxtil, elétrica, marítima, papel, para manuseio de alimentos,
válvulas para vapor e aplicações semelhantes.
Existe um tipo de metal Monel, indicado pela letra "K" contendo 66% de níquel, 29% de cobre e 3%
de alumínio, utilizado em aplicações industriais onde se deseja alta resistência mecânica e à corrosão,
sobretudo em grandes seções e em componentes não magnéticos para aviões, em varetas para
bombas, molas, eixos, etc.
Outras ligas importantes de níquel, como Inconel, Hastelloy, Ni-Cr, etc., são empregadas na
confecção de partes sujeitas a temperaturas elevadas.
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9.6. TITÂNIO
Esse metal, já chamado de metal do futuro, possui densidade de 4.500 kg/m3 e ponto de fusão de
1.668 °C. Caracteriza-se por excelente resistência à corrosão, sendo o único metal realmente imune
à ação corrosiva da água do mar, o que o torna indicado em aplicações da indústria naval e em
condições de resistência à ação de soluções cloradas e de cloretos químicos, donde suas
possibilidades de emprego na indústria petroquímica.
Do mesmo modo resiste bem à ação do ácido nítrico, crômico e sulfúrico, a frio e a quente, mesmo em
altas concentrações.
Devido a seu alto ponto de fusão, embora menos que o dos metais chamados "refratários", o titânio
apresenta boa estabilidade a temperaturas relativamente elevadas, não se modificando praticamente
a estabilidade da estrutura cristalina, a essas temperaturas, sobretudo se certos elementos de liga
forem introduzidos.
Assim, certas ligas de titânio mantêm satisfatória resistência mecânica e boa resistência à oxidação
a 530°C, por períodos longos e a 760°C, por períodos curtos, como pode ocorrer no caso de mísseis.
Também a baixas temperaturas, o titânio é muito estável, o que o torna recomendável na fabricação
de recipiente para produtos químicos a temperaturas abaixo de zero.
Suas principais aplicações são em estruturas e chapas para fuselagens de aviões e aplicações
análogas, caixas de compressores de turbinas à gás e caixas de palhetas diretrizes de turbinas.
O titânio, metal relativamente abundante na crosta terrestre, embora ainda de custo elevado devido
às técnicas empregadas na sua produção, possui de fato, sobretudo quando ligado, qualidades
excepcionais de resistência mecânica, resistência à corrosão e peso específico (relativamente baixo)
que o indicam como um material cuja aplicação crescerá continuamente, sobretudo na indústria
aeronáutica e de mísseis, onde aqueles requisitos são fundamentais.
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A palavra "plástico" é um termo geral que significa "capaz de ser moldado". Os materiais comumente
designados como plásticos não têm necessariamente essa propriedade, mas a exibiram em algum
momento de sua fabricação, quando, então, foram moldados. Outros materiais, como o aço ou o vidro,
contudo, também apresentam essa característica, e não são considerados como "materiais plásticos".
Existe, portanto, uma certa arbitrariedade na conceituação desse tipo de material e, via de regra,
adota-se a seguinte definição:
"Materiais plásticos são materiais artificiais, geralmente de origem orgânica sintética, que, em algum
estágio de sua fabricação, adquiriram condição plástica, durante a qual foram moldados, geralmente
com a ajuda de calor e pressão e, muitas vezes, com o emprego de moldes."
Materiais artificiais são provenientes de misturas e reações, sendo distintos dos materiais de
ocorrência natural (madeira, areia, minérios). Materiais de origem orgânica sintética resultam de
processos químicos e sínteses à partir de matérias primas orgânicas simples.
A tabela 10.1 apresenta as principais vantagens e desvantagens no emprego dos materiais plásticos.
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É obtido pela polimerização do etileno. Através de seu processo de produção, podem ser obtidas
diferentes densidades para o polietileno. O polietileno de baixa densidade é mais flexível e tenaz,
além de menor resistência mecânica que um polietileno de alta densidade.
A resina pura de PVC tende a decompor-se lentamente ante prolongada exposição à luz e ao calor
moderado, especialmente em presença de traços de ferro ou zinco, que atuam como catalisadores. A
decomposição é acompanhada pela formação de HCI, que também catalisa a reação. A presença de
materiais alcalinos atua como estabilizador, inibindo essa decomposição. A adição de óleo mineral (1 a
2%) atua como lubrificante, impedindo a colagem da resina sobre as superfícies metálicas quando em
processamento. Mesmo assim o PVC é bastante difícil de trabalhar e é normalmente empregado com
a adição de plastificantes.
O PVC sem plastificantes é usado como revestimento em instalações químicas, em substituição ao aço
inoxidável, com economia de custo e melhor adaptabilidade a formas complexas. Pode, também, ser
obtido em forma de chapas, tubos e barras, que podem ser usinadas em condições similares aos
metais leves, mas com eficiente refrigeração, já que o material, quando superaquecido, libera HCI,
prejudicando a ferramenta.
Pode ser moldado por injeção ou por extrusão. É também usado na forma de espuma rígida, em que
bolhas diminutas de gás reduzem a densidade a apenas 2 a 3% do valor original; é um isolante térmico
para baixas temperaturas, imune ao apodrecimento, à decomposição ou aos efeitos da umidade.
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10.4.2. ABS
É um copolímero do acrilonitrilo, do butadieno e do estireno, desenvolvido pela Bayer na Alemanha.
Sua temperatura de amolecimento está na faixa dos 80 a 105°C. Tem elevada estabilidade às
intempéries e aos produtos químicos, e amplas possibilidades de conformação, associadas à elevada
resistência mecânica.
A temperatura limite de serviço do PTFE excede à de qualquer plástico carbonado. Pode suportar
temperaturas continuadas de até 200°C e em curtos intervalos de até 330°C. A falha térmica pode
ocorrer por deformação excessiva, degradação da resina ou despolimerização, que libera
tetrafluoreto de carbono, CF 4, e gás carbônico, ambos gases venenosos.
Mantém sua flexibilidade a temperaturas sub-zero e é inerte à ação de reagentes químicos (exceto o
flúor e poucos outros), razão porque é usado para assentos de válvulas, diafragmas e elementos de
bombas que processam produtos químicos.
10.7. POLIAMIDAS
As poliamidas ou náilons, foram desenvolvidas pela Du Pont.
10.7.3. Náilon 6
Pode ser utilizado em moldagem e para fibras. É mais barato, tinge melhor e tem maior resistência à
abrasão. Sua cristalinidade pode ser ajustada através da temperatura de moldagem.
10.7.4. Náilon 11
É conhecido comercialmente como Rilsan. Possui algumas propriedades hidrocarbonetos, o que o
coloca intermediariamente entre o náilon 6 e o polietileno.
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10.11. POLIÉSTERES
São resinas que têm grupos éster como elementos fundamentais de suas cadeias moleculares.
10.13. SILICONES
Os plásticos possuem limitações de temperatura que Ihes são inerentes. Uma alternativa nesse
sentido está na substituição do carbono pelo silício na estrutura molecular dos polímeros.
Podem ser obtidos na forma de resinas, líquidos, vernizes e borrachas, todos caracterizados pela
maior resistência térmica relativamente aos plásticos orgânicos. São, porém, mais caros, só sendo
usados quando se desejam características não obteníveis por outros meios.
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11. METALURGIA DO PÓ
A metalurgia do pó é a técnica de produção de peças metálicas à partir de metais e suas ligas
reduzidos ao estado pulvurulento. Os pós, de diversos tipos, depois de convenientemente misturados,
são submetidos a uma operação de compactação, em prensas especiais, utilizando-se matrizes com a
forma e dimensões definitivas ou parcialmente definitivas, de acordo com o desenho da peça a ser
fabricada.
Os compactados "verdes" são a seguir "sinterizados", ou seja, aquecidos em condições controladas de
temperatura, tempo e ambiente, de modo a produzir uma consolidação das peças e conferir-lhes a
estrutura, densidade e as propriedades mecânicas desejadas.
Normalmente, o processo termina na sinterização, pois é possível apenas por compactação e
sinterização e, eventualmente, calibragem final, obter-se produtos definitivos.
Os objetivos da metalurgia do pó é a obtenção de:
Metais refratários;
Ligas pesadas;
Metal duro;
Materiais porosos;
Escovas coletoras de corrente elétrica;
Contatos elétricos compostos;
Materiais de fricção sinterizados;
Peças de ferro e aço sinterizado;
Certos ímãs Alnico;
Peças de metais e ligas não-ferrosas.
A metalurgia do pó, mediante técnicas apropriadas, pode produzir peças com densidade praticamente
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Os componentes dos materiais cerâmicos são elementos metálicos, como o alumínio, silício. magnésio,
berílio, titânio e boro e não metálicos como oxigênio. carbono e nitrogênio.
Por outro lado, os cerâmicos podem ser constituídos de uma única fase.
As técnicas de produção de materiais cerâmicos assemelham-se muito à técnica da metalurgia do pó.
12.1. PROPRIEDADES
Os materiais cerâmicos são frágeis e sua resistência à tração é baixa, raramente ultrapassando 17
kgf/mm2. Sua resistência à compressão é. contudo, muito mais elevada, cinco a dez vezes maior que a
resistência à tração.
Devido a sua fragilidade, não apresentam ductilidade e, por isso mesmo, suas resistência ao choque é
baixa. São extremamente rígidos.
Como são muito duros, são muito úteis para peças resistentes ao desgaste, para abrasivos, e
ferramentas de corte,
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A maior diferença entre os tipos comuns de materiais cerâmicos e os tipos mais sofisticados
consiste no fato que estes últimos não possuem uma matriz. vidrosa. Neles, durante o processo de
sinterização, as partículas finas de material cerâmico são ligadas por reações superficiais sólidas,
que originam uma ligação cristalina entre as partículas individuais.
Os principais tipos de materiais cerâmicos são enumerados a seguir.
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12.2.3. Óxidos
São do tipo simples, ou seja, que contêm apenas um único elemento metálico, ou do tipo misto ou
complexo, que contém dois ou mais elementos metálicos.
O mais importante, porque o mais utilizado, é o óxido de alumínio (alumina). Custo relativamente
baixo e propriedades mecânicas idênticas ou melhores do que o da maioria dos outros óxidos. Possui
ainda excelente resistividade elétrica e dielétrica e é resistente à ação de muitas substâncias
químicas, do ar, vapor de água e atmosferas sulfurosas. É empregado como isoladores elétricos, em
aplicações químicas e aeroespaciais e em componentes resistentes à abrasão como guias de máquinas
têxteis, varetas de êmbolos de bombas, revestimento de calhas, furos de descarga, matrizes e
mancais.
Ainda podem ser citados, a berília, a magnésia, a zircônia e a tória.
Boretos de háfnio, de tântalo, de tório, de titânio e de zircônio constituem outro grupo de materiais
cerâmicos, caracterizados por alta dureza, elevada relação resistência/rigidez e boa retenção da
resistência a elevadas temperaturas. Suas aplicações limitam-se, entretanto, a bocais de foguetes.
Finalmente, devem ser mencionados os nitretos de boro e de silício, sendo que o primeiro é mais
conhecido como material do diamante sintético (borozon), com dureza equivalente à dos diamantes e
com resistência ao calor até cerca de 1.926 °C, sem apreciável oxidação.
13. BIBLIOGRAFIA
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