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Interfonia Celular
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SUMÁRIO

1 - Introdução .............................................................................................................................. 4
2 - O que é interfonia cabeada?.................................................................................................. 5
2.1 - Composição e instalação da interfonia cabeada ............................................................... 5
2.2 - Manutenção da interfonia cabeada.................................................................................... 6
3 - O que é interfonia celular? .................................................................................................... 7
3.1 - Vantagens da interfonia celular......................................................................................... 7
4 - Principais sistemas interfonia para condomínios e como funcionam nas versões
cabeada e celular ......................................................................................................................... 9
4.1 - Interfone coletivo ............................................................................................................ 10
4.2 - Interfone com intermediação de vigia............................................................................. 10
4.3 - Interfone com intermediação de vigia + painel externo de tecla única ........................... 12
4.4 - Porteiro eletrônico com teclado de rua multiteclas ......................................................... 13
4.5 - Porteiro eletrônico com sistema de eclusa ...................................................................... 14
4.6 - Interfone com vigia + painel de rua multiteclas.............................................................. 15
5 - Interfonia mista (cabeada + celular) .................................................................................. 16
6 - Qual o custo de operação de um sistema de interfonia celular para condomínio? ........ 18
7 - Qual o custo de operação de um sistema de interfonia celular para os moradores? ..... 18
8 - Interfone celular precisa de internet? ................................................................................ 19
9 - Interfone celular funciona sem sinal de operadora?......................................................... 19
10 - Usando o celular como chave para abrir portões para pedestres e veículos ................ 20
11 - Como selecionar o sistema de interfonia mais adequado para cada cenário?.............. 21
12 - Como usar a interfonia celular para contornar danos severos na fiação da interfonia
cabeada? ..................................................................................................................................... 21
1 - Introdução
Dentre os diversos setores de um condomínio, a portaria é o que demanda mais cuidado,
responsabilidade e atenção do síndico. Na atualidade, a segurança é um dos fatores que
mais exige investimentos em sistemas que a cada dia se tornam mais eficazes e sofisticados.
Protagonista em uma portaria e inserida no contexto da segurança, a Interfonia pode ser im-
plementada através de diversas tecnologias, tendo características particulares, vantagens e
desvantagens.

A interfonia condominial evoluiu muito nas últimas décadas, porém, a digitalização dos
sistemas e a redução dos custos da telefonia móvel tem proporcionado uma verdadeira re-
volução tecnológica nesta área. O avanço rápido tem inclusive gerado dúvidas sobre qual o
sistema mais adequado para utilizar em cada caso.

Um dos critérios mais importantes no momento de decidir por qual tecnologia utilizar é o
custo de implantação. Geralmente uma tecnologia qualquer que apresente maior sofistica-
ção em relação a outra similar terá um custo mais elevado. Na interfonia condominial essa
premissa nem sempre é verdadeira, ou seja, mais tecnologia e facilidades nem sempre são
sinônimos de maior custo. Aliás, em muitos casos o custo de implantação e manutenção de
um sistema moderno de interfonia pode se tornar bem mais econômico do que a solução
tradicional.

Neste guia falaremos sobre as principais diferenças entre cada tecnologia, o que deve ser
considerado para escolher o sistema mais adequado para cada caso e soluções alternativas
para a manutenção de sistemas legados.

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2 - O que é interfonia cabeada?
Como o próprio nome já diz, um sistema de interfonia cabeado é composto por diversos equi-
pamentos eletrônicos, todos interligados através de muitos cabos. Há variações nos sistemas
disponíveis no mercado, porém, todos dependem muito do bom estado de conservação tanto
dos equipamentos quanto dos cabos. Em um sistema de interfonia tradicional, geralmente
é na fiação onde aparecem os problemas mais frequentes e difíceis de serem solucionados.

2.1 - Composição e instalação da interfonia cabeada

Um sistema de Interfonia convencional com algumas poucas dezenas de residências exigirá


uma verdadeira pilha de equipamentos, fios e eletrodutos, além de muitas horas de mão-de-
-obra especializada para a sua instalação. Em um cenário típico, os seguintes equipamentos
serão indispensáveis:

a) Central de Interfonia
Equipamento com capacidade de ramais proporcional
à quantidade de apartamentos ou casas de um condo-
mínio.

b) Interfones
Aparelhos que permitem a comunicação dos moradores com a por-
taria ou visitantes. São instalados no interior de cada residência e
conectados a central de interfonia através de cabos.

c) Painel de rua
Painel externo onde os visitantes realizam a comuni-
cação. Há modelos de painéis multiteclas que permi-
tem aos visitantes chamarem o vigia ou teclarem os
números das residências com as quais desejam se co-
municar, assim como painéis com apenas uma tecla,
utilizada para abrir a comunicação exclusivamente
com o vigia.
d) Cabeamento
Grande quantidade de fios e cabos para conectar cada interfone à
central de Interfonia. O custo de instalação de um sistema cabe-
ado é extremamente alto, pois além da exigência de um aparelho
em cada residência, é necessário levar um par de fios de cada in-
terfone até a central, sendo comum a necessidade de quilômetros
de cabos em um único condomínio.

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A passagem dos cabos e instalação dos aparelhos podem exigir semanas de trabalho árduo,
elevando o custo de implantação a valores estratosféricos. Ainda na fase de construção do
imóvel é necessário prever e instalar na alvenaria tubulações e caixas para acomodar toda a
fiação necessária, bem como a instalação de cada aparelho de interfone em cada residência.
Dependendo da disposição e quantidade de residências, o trabalho pode ser excessivamente
caro e em muitos casos até inviável. É o que ocorre nos condomínios horizontais. Nesse caso,
a instalação de interfones no interior de cada residência pode ser inviável, pois as distâncias
entre as casas e a portaria geralmente são muito extensas (é na portaria que normalmente fica
a central de interfonia e de onde iniciam todos os cabos).

Outra situação bastante complexa para a interfonia e cada vez mais comum é
a construção de condomínios com diversos blocos ou torres em grandes áreas.
Todos esses blocos precisam ser interligados com uma ou mais centrais de
interfonia. É comum a existência de mais de uma portaria nesses empreendi-
mentos, portanto, em cada uma delas haverá equipamentos interligados com
a central de interfonia. Tanto no cenário descrito anteriormente (condomínio
horizontal) quanto no cenário com diversos prédios, há a necessidade de con-
duzir os cabos através de eletrodutos subterrâneos, sendo esse um ponto frágil
do sistema, principalmente devido à umidade presente nesses ambientes con-
finados.

2.2 - Manutenção da interfonia cabeada

Além do alto custo de instalação, o custo de manutenção também se torna demasiadamente


alto, pois a probabilidade de problemas aumenta proporcionalmente a quantidade de fios e
dispositivos instalados. A interfonia cabeada apresenta defeitos recorrentes, principalmente
ligados às conexões, desgaste dos terminais nas residências e danos por descargas atmosféri-
cas/elétricas. Os problemas mais comuns no cabeamento estão relacionados à mal- contatos
causados por oxidações nas conexões ou perda da isolação dos condutores. A deterioração de
capas de fios devido às condições a que são submetidos é bastante comum, mas há também
os problemas causados por roedores, que deixam os fios expostos e sujeitos a curtos-circui-
tos. um efeito muito comum causado pela umidade é o ruído durante a comunicação. Encon-
trar o ponto de causa desses defeitos nem sempre é tarefa fácil, principalmente em grandes
instalações, onde há um verdadeiro emaranhado de fios que correm por dentro de paredes,
pisos e forros.

Em prédios antigos a dificuldade para a manutenção dos cabos aumenta exponencialmente,


uma vez que as tubulações geralmente não estão dimensionadas para receberem toda a fiação
atualmente necessária. Assim, é comum os técnicos encontrarem eletrodutos abarrotados de
condutores, o que torna impossível a passagem de uma nova fiação.

Outra dificuldade recorrente se refere aos horários de manutenção. Geralmente o técnico pre-
cisa ingressar na casa ou apartamento que apresenta problemas com a interfonia, o que nem
sempre pode ser realizado em horário comercial devido à ausência dos moradores. Também
é frequente a necessidade de o técnico precisar acessar dois apartamentos para poder realizar

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a manutenção em um deles, pois para reduzir custos, eventualmente as construtoras utilizam
um sistema de interligação em blocos, o que dificulta ainda mais o acesso.

3 - O que é a interfonia celular?


Assim como a telefonia fixa evoluiu para a comunicação móvel, é amplamente aceita a ideia
de que a interfonia condominial também precisa evoluir para sistemas mais modernos, efi-
cientes e menos onerosos na instalação e manutenção. Rapidamente toda a comunicação está
convergindo para os telefones celulares, já que cada vez mais nos mantemos mais próximos e
dependentes desses aparelhos. A partir desta ótica, parece óbvio que a interfonia condominial
também deve se atualizar e oferecer mais possibilidades aos moradores e trabalhadores de
condomínios residenciais e empresariais, sejam eles verticais ou horizontais.

A busca pela redução de custos, mobilidade e o desejo das pessoas de permanecerem co-
nectadas o tempo todo indicam que o sistema tradicional de interfonia já não atende mais as
necessidades dessas pessoas. Elas desejam atender um visitante, prestador de serviço ou um
entregador de um produto adquirido através de e-commerce a qualquer momento, indepen-
dentemente de onde estejam, seja para permitir o acesso à sua residência ou simplesmente
orientá-los de como proceder.

As instalações e manutenções onerosas requeridas pelos sistemas tradicionais e desconecta-


dos já não fazem mais sentido em um tempo em que estamos todos conectados. Assim como
recebemos uma mensagem ou atendemos uma ligação de um amigo ou familiar aonde esti-
vermos, não há mais motivos para não podermos atender o interfone no quarto, no banheiro,
no trabalho ou até mesmo na praia. E tudo isso por um custo muito inferior, pois sistemas
cabeados demandam altos custos com instalação e manutenção. Soluções digitais e conecta-
das geralmente oferecem possibilidades inviáveis para sistemas analógicos e desconectados.

3.1 - Principais vantagens da interfonia celular

O interfone sem cabeamento resolve os principais e mais severos problemas de um sistema


de interfonia, já que os aparelhos de interfone dos apartamentos são eliminados, bem como
todo o cabeamento e instalação destes dispositivos. Um técnico poderá ativar a solução em
um condomínio inteiro em pouco mais de uma hora. Para tanto, basta conectar o painel de
rua à central de interfonia, inserir o chip celular, configurar a agenda com os números de tele-
fones dos moradores e conectar o telefone do vigia, caso necessário. Note que todo o sistema
se resume a dois ou 3 equipamentos, dependendo do cenário desejado pelo condomínio. To-
das as manutenções poderão ser realizadas a qualquer momento, pois jamais será necessário
ingressar em uma residência.

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Os moradores atenderão os visitantes nos seus telefones celulares, dentro ou fora dos seus
apartamentos/casas. Poderão atender também em telefones fixos, pois assim que o visitante
digitar o número da residência, o equipamento ligará indiscriminadamente e sequencialmen-
te para os números programados (até dois números para cada residência). Além de todas
essas vantagens referentes a altos custos de implantação e manutenção, o morador ganha mo-
bilidade, pois poderá se comunicar com os visitantes aonde estiver, sendo possível inclusive
abrir os portões para pedestres e carros através de comandos em seu celular.

A interfonia celular oferece basicamente os mesmos recursos da interfonia analógica tradi-


cional, porém, oferece outros que são impossíveis de se obter com os sistemas convencio-
nais. Pode-se dizer que a única perda está na intercomunicação entre os moradores de um
condomínio. Há modelos de equipamentos no mercado que permitem a comunicação entre
dois moradores, porém, apenas dois podem utilizar esse recurso simultaneamente. No en-
tanto, durante o curso dessa chamada nenhum outro morador, visitante ou vigia conseguirá
utilizar a interfonia, uma vez que o canal de celular estará ocupado. Por este motivo não é
recomendado ativar essa funcionalidade. Com o advento das redes sociais e aplicativos de
comunicação, entende-se que é mais adequado que a comunicação entre moradores de um
condomínio que conta com o sistema de interfonia celular seja realizada através dessas tec-
nologias, uma vez que os celulares dos moradores farão parte do sistema.

A partir de todas essas considerações, pode-se facilmente perceber os seguintes diferen-


ciais da interfonia celular em relação à cabeada:

a) Baixo custo de instalação

Por utilizar a telefonia celular ou fixa, nenhum cabo específico será necessá-
rio para interligar residências com a central de interfonia. Também não será
preciso instalar nenhum aparelho de interfone nas residências, eliminando
toda a instalação de caixas e eletrodutos para acomodar os fios, sejam subter-
râneos ou embutidos em paredes. Assim, para instalar um sistema completo
de interfonia condominial típica, basta um painel de rua e uma pequena cen-
tral de interfonia celular, que normalmente são instalados muito próximos,
exigindo apenas um pequeno cabo para interconectá-los. Note que todo o ce-

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nário, assim como as dezenas, centenas e até milhares de interfones distribuídos
por todas as residências. Um sistema completo de interfonia celular pode ser
instalado em pouco mais de uma hora.

b) Baixo custo de manutenção

Por utilizar um número muito reduzido de equipamentos (geralmente apenas


um painel de rua e a central de interfonia celular), os interfones celulares apre-
sentam um baixíssimo índice de defeitos. Além disso, esse sistema exige ape-
nas um pequeno cabo para interligar o painel de rua com a central de interfonia
celular, que normalmente são instalados muito próximos, na portaria do con-
domínio. Isso significa que todos os problemas relacionados ao cabeamento e
aparelhos de interfone são completamente eliminados.

c) Mobilidade

Com o interfone celular os moradores podem atender visitantes, prestadores de


serviço ou entregadores aonde estiverem, seja em qualquer cômodo da residên-
cia, no trabalho ou até mesmo na praia. Com um simples comando no telefone
é possível que um morador autorize a entrada de um prestador de serviço no
condomínio, mesmo que esse morador esteja em outro país.

4 - Principais sistemas de Interfonia para condomínios e como fun-


cionam nas versões cabeada e celular
Há no mercado uma infinidade de modelos de equipamentos para Interfonia destinados aos
mais diversos tamanhos de condomínios e modos de funcionamento. Há sistemas que pos-
sibilitam aos moradores apenas se comunicarem com os visitantes, bem como sistemas um
pouco mais sofisticados que permitem também controlar dispositivos de abertura de portas,
como fechaduras elétricas e eletroímãs. Já outros dependem da

presença de um vigia para intermediar a comunicação entre os visitantes e moradores. Assim


como os tradicionais interfones cabeados, os interfones celulares podem ser utilizados em di-
versos cenários. Abordaremos aqui o funcionamento dos sistemas mais comuns na interfonia
cabeada e como funciona o mesmo cenário com a interfonia celular.

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4.1 - Interfone coletivo

Nesse sistema o visitante encontra um painel com uma tecla específica para chamar cada
residência. Geralmente é utilizado em condomínios onde não há presença de vigias, uma
vez que os visitantes se comunicam diretamente com os moradores. No passado esse sis-
tema era muito empregado até em grandes condomínios e ainda pode ser encontrado com
muita frequência, principalmente em edificações mais antigas. No entanto, a tendência
atual são os sistemas que utilizam teclados numéricos, que permitem que o visitante tecle o
número da residência dígito por dígito, podendo compor grandes sequências, recurso muito
importante para condomínios com grandes quantidades de moradias. O interfone coletivo
ainda é muito utilizado em condomínios pequenos.

Como funciona na versão cabeada

Para chamar a residência desejada, basta pressionar a tecla correspondente. Dependendo do


modelo e da instalação realizada, o morador poderá enviar um comando de abertura através
do interfone para acionar o dispositivo da porta e autorizar a entrada do visitante.

Como funciona na versão celular, indisponível até o momento.

4.2 - Interfone com intermediação de vigia

Ainda é comum a presença de vigias nas guaritas de condomínios dos mais variados portes.
A comunicação entre visitantes e vigias é normalmente realizada cara- a-cara, uma vez que
o visitante está muito próximo do vigia.

Como funciona na versão cabeada

Esse sistema demanda um alto investimento na instalação de todo o aparato, composto por

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uma central de interfonia, um telefone de mesa, aparelhos de interfone em cada residência e
muitos cabos para interligar os equipamentos. Nesse formato o vigia intermedia a comuni-
cação entre visitante e morador. Ao teclar o número da residência no aparelho de telefone de
mesa, o vigia abre a comunicação com o morador para verificar se o visitante está autorizado
a ingressar no condomínio. Se a entrada for autorizada, o vigia aciona o dispositivo de trava-
mento da porta e libera o acesso. Os moradores também podem contatar o vigia chamando
no ramal da portaria.

Como funciona na versão celular

Uma forma muito mais econômica para este cenário é a utilização de um interfone celular
com uma conexão para o telefone do vigia. Neste caso toda a instalação se resume ao te-
lefone de mesa para o vigia e a pequena central de interfonia celular, não sendo necessário
nenhum aparelho de interfone no interior das residências, muito menos todo o cabeamento
necessário no sistema tradicional. Todas as chamadas serão geradas através do chip de celu-
lar instalado na central de interfonia. Nesse sistema o vigia digita o número da residência no
seu terminal telefônico e imediatamente a central de interfonia celular inicia uma chamada
de voz para o primeiro número de telefone cadastrado para a residência correspondente. Se o
telefone estiver desligado ou não for atendido, o equipamento chamará no segundo número
cadastrado, caso possua esse recurso. Os moradores atenderão as chamadas do vigia em seus
telefones, aonde estiverem. Pode- se cadastrar números de telefones celulares ou fixos.

O sistema preserva a privacidade dos moradores, pois não é necessário que o vigia disque os
números dos telefones, e sim, os números das residências. Nas chamadas entrantes (morado-
res contatando o vigia), o equipamento indicará no visor do aparelho de telefone de mesa (ou
bina) apenas o número da residência, mantendo o número do telefone do morador em sigilo.

Recursos necessários na central de interfonia celular


- 1 conexão FXS para o telefone do vigia.

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4.3 - Interfone com intermediação de vigia + painel externo de tecla única

Esse sistema é idêntico ao anterior, porém, o vigia permanece isolado dos visitantes. A co-
municação entre visitantes e vigia ocorre através do painel de rua e o aparelho de mesa res-
pectivamente.

Como funciona na versão cabeada

Para iniciar a comunicação, o visitante pressiona o botão do painel externo e o vigia recebe
uma chamada em seu aparelho de mesa. Já em conversação com o visitante, o vigia poderá
chamar o morador teclando o número da residência. O morador receberá uma chamada no
interfone da residência, podendo autorizar o vigia a liberar a entrada do visitante. O vigia po-
derá também transferir a chamada para o morador, permitindo que ele próprio se comunique
e libere a entrada do visitante, se assim desejar. Assim como no cenário anterior, esse sistema
demanda um alto investimento na instalação de todo o aparato, composto por uma central
de interfonia, painel externo, telefone de mesa, aparelhos de interfone em cada residência e
muitos cabos para interligar os equipamentos.

Como funciona na versão celular

O interfone celular oferece basicamente as mesmas funcionalidades do sistema cabeado. Já


a instalação demanda uma fração dos recursos e tempo em relação ao sistema convencional.
A instalação se resume ao telefone de mesa para o vigia, a pequena central de interfonia celu-
lar e o painel de rua com tecla única, não sendo necessário nenhum aparelho de interfone no
interior das residências, muito menos todo o cabeamento necessário no sistema tradicional.
Todas as chamadas serão geradas através do chip de celular contido na central de interfonia
e os moradores atenderão as chamadas do vigia em seus celulares, aonde estiverem.

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Assim como no cabeado, o visitante pressiona o botão do painel externo e o vigia recebe uma
chamada em seu aparelho de mesa. Já em conversação com o visitante, o vigia pode chamar
o morador teclando o número da residência. Imediatamente a central de interfonia celular
inicia uma chamada de voz para o primeiro número de telefone cadastrado para a residência
correspondente. Se o telefone estiver desligado ou não for atendido, o equipamento chama-
rá no segundo número cadastrado, caso possua esse recurso. Pode-se cadastrar números de
telefones celulares ou fixos. Na interfonia celular também é possível que o vigia transfira a
chamada e coloque o visitante em conversação com o morador, permitindo que ele próprio
acione o dispositivo do portão através de um comando no telefone, autorizando a entrada.

O sistema preserva a privacidade dos moradores, pois não é necessário que o vigia disque
os números dos telefones, e sim apenas os números das residências. Nas chamadas entrantes
(moradores contatando o vigia), o equipamento indicará no visor do aparelho de telefone de
mesa (ou bina) apenas o número da residência, mantendo o número do telefone em sigilo.

Recursos necessários na central de interfonia celular


- 1 conexão FXS para o telefone do vigia;
- 1 conexão FXS para o teclado de rua.

4.4 - Porteiro eletrônico com teclado de rua multiteclas

Atualmente esse é o modelo mais utilizado nos condomínios, pois permite aos visitantes que
eles mesmos teclem o número da residência desejada. Além da praticidade, o condomínio
elimina o alto custo de manter vigias 24 horas/dia para intermediarem a comunicação entre
moradores e visitantes.

Como funciona na versão cabeada

Esse sistema também demanda um alto investimento na instalação de todo o aparato, com-
posto por uma central de interfonia, um painel de rua multiteclas, aparelhos de interfone em
cada residência e muitos cabos para interligar os equipamentos. Nesse formato o visitante
contata diretamente o morador teclando o número da residência no teclado de rua. Se o mo-
rador desejar autorizar a entrada do visitante, bastará pressionar algumas teclas do interfone
para o acionamento da fechadura elétrica e liberar o acesso.

Como funciona na versão celular

Uma forma muito mais econômica para este cenário é a utilização de um interfone celular
com uma conexão para o painel de rua multiteclas. Neste caso toda a instalação se resume
ao painel multiteclas de rua e a pequena central de interfonia celular, não sendo necessário
nenhum aparelho de interfone no interior das residências, muito menos todo o cabeamento
necessário no sistema tradicional. Todas as chamadas serão geradas através do chip de celu-
lar instalado na central de interfonia.

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Nesse sistema o visitante digita o número da
residência no painel de rua e imediatamente a
central de interfonia celular inicia uma chama-
da de voz para o primeiro número de telefone
cadastrado para a residência correspondente. Se
o telefone estiver desligado ou não for atendi-
do, o equipamento chamará no segundo número
cadastrado, caso possua esse recurso. Pode-se
cadastrar números de telefones celulares ou fi-
xos. Os moradores atenderão as chamadas dos
visitantes em seus telefones aonde estiverem,
sendo possível a liberação da entrada através de
um comando no telefone.

Recursos necessários na central de interfonia celular


- 1 conexão FXS para o painel de rua.

4.5 - Porteiro eletrônico com sistema de eclusa

Similar ao anterior, este cenário também oferece autonomia para os moradores, porém, acres-
centa maior nível de segurança. A conexão de dois painéis de rua possibilita utilizar o sistema
conhecido por eclusa ou gaiola. Com esse sistema o condomínio também elimina o alto custo
de manter vigias 24 horas/dia para intermediar a comunicação entre moradores e visitantes.

Como funciona na versão cabeada

Esse sistema é composto por uma central de interfonia, dois painéis de rua multiteclas, apa-
relhos de interfone em cada residência e fiação para interligar todos os equipamentos. Nesse
formato o visitante contata diretamente o morador teclando o número da residência no pri-
meiro teclado de rua. Se o morador desejar autorizar a entrada do visitante, bastará pressionar
algumas teclas do interfone para o acionamento da fechadura elétrica, liberando o acesso no
primeiro portão. Ao entrar na gaiola, o visitante deve fechar o portão por onde entrou para
novamente chamar o morador através do segundo painel multiteclas. Ao atender o interfone,
o morador poderá novamente autorizar o acesso do visitante ao hall de entrada do prédio ou
pátio do condomínio. Ele conseguirá abrir o segundo portão apenas se o primeiro já estiver
fechado. Para sair do condomínio o visitante normalmente utiliza botoeiras para liberar os
portões.

Como funciona na versão celular

A mesma solução pode ser implementada utilizando apenas uma central de interfonia celular
dotada de duas conexões FXS para os dois teclados de rua multiteclas, não sendo necessário
todo o cabeamento e aparelhos de interfone no interior das residências. Todas as chamadas
serão geradas através do chip de celular instalado na central de interfonia.

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Nesse sistema o visitante digita o número da
residência no painel externo e imediatamen-
te a central de interfonia celular inicia uma
chamada de voz para o primeiro número de
telefone cadastrado para a residência corres-
pondente. Se o telefone estiver desligado ou
não for atendido, o equipamento chamará
no segundo número cadastrado, caso possua
esse recurso.

Ao acessar a gaiola, o visitante novamente tecla o número do morador no painel interno.


Ao atender a chamada no telefone (onde estiver), o morador poderá autorizar o acesso do
visitante no segundo portão, caso o primeiro já esteja fechado. Por questões de segurança, no
sistema de eclusa o segundo portão abre somente após o fechamento do primeiro. Os mora-
dores atenderão as chamadas dos visitantes em seus telefones aonde estiverem, sendo possí-
vel a liberação da entrada através de um comando no telefone. Pode-se cadastrar números de
telefones celulares ou fixos.

Recursos necessários na central de interfonia celular


- 1 conexão FXS para o painel externo;
- 1 conexão FXS para o painel interno.

4.6 - Interfone com vigia + painel de rua multiteclas

Esse cenário é utilizado nos casos em que o condomínio não abre mão da presença do vigia
na portaria, mas que também deseja possibilitar que o visitante chame o morador diretamente
no painel multiteclas. Além do morador, o visitante pode chamar também o vigia através da
tecla ‘Portaria’.

Como funciona na versão cabeada

A versão cabeada para este cenário demanda uma central de interfonia, um painel de rua
multiteclas, um aparelho de telefone para o vigia, aparelhos de interfone em cada residência
e o cabeamento para interligar todos os equipamentos. Nesse formato o visitante contata
diretamente o morador teclando o número da residência no teclado de rua. Se o morador
desejar autorizar a entrada do visitante, bastará pressionar algumas teclas do interfone para
o acionamento da fechadura elétrica, liberando o acesso. Se o visitante desejar falar com o
vigia, bastará pressionar a tecla ‘Portaria’ no painel externo.

Como funciona na versão celular

O mesmo cenário pode ser reproduzido com um interfone celular dotado de duas portas
FXS, um painel de rua multiteclas e um telefone de mesa para o vigia, não sendo necessário
nenhum aparelho de interfone no interior das residências. Todas as chamadas serão geradas

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através do chip de celular instalado na central de interfonia.

Nesse sistema o visitante digita o número da residência no painel de rua e imediatamente a


central de interfonia celular inicia uma chamada de voz para o primeiro número de telefo-
ne cadastrado para a residência correspondente. Se o telefone estiver desligado ou não for
atendido, o equipamento chamará no segundo número cadastrado, caso possua esse recurso.
Pode-se cadastrar números de telefones celulares ou fixos. Os moradores atenderão as cha-
madas dos visitantes em seus telefones aonde estiverem, sendo possível a liberação da entra-
da através de um comando no telefone, mesmo que estejam fora do condomínio.

Se o visitante desejar falar com o vigia, bastará pressionar a tecla ‘Portaria’ no painel externo
para chamar no ramal da portaria. Ao atender, o vigia poderá autorizar a entrada do visitante
ou consultar um morador, teclando o número da residência no aparelho de telefone. O mo-
rador receberá a chamada em um dos números de telefones programados no interfone, e se
assim desejar, poderá solicitar ao vigia que transfira a chamada para o seu telefone. A partir
desse momento o morador assume a chamada, podendo se comunicar diretamente com o
visitante e até autorizar a sua entrada teclando o comando apropriado no telefone.

Recursos necessários na central de interfonia celular


- 1 conexão FXS para o painel de rua;
- 1 conexão FXS para o telefone do vigia.

5 - Interfonia mista (cabeada + celular)


Uma nova tecnologia com grande potencial permite integrar a interfonia cabeada à celular.
Com ela os moradores de um condomínio podem optar em atender os visitantes tanto no
aparelho de interfone dentro da residência quanto em qualquer outro telefone, seja celular
ou fixo. Enquanto o já conhecido interfone celular permite aos moradores atenderem os vi-
sitantes apenas em telefones, o sistema misto agrega o melhor dos dois mundos, ou seja, os
moradores é que decidem onde preferem atender o vigia ou um visitante que chama no painel
de rua. Essa facilidade é possível porque esse novo sistema funciona de forma integrada à
tradicional central de interfonia cabeada.

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Além da mobilidade agregada, esse sistema permite resolver situações complexas na interfo-
nia tradicional, pois é muito comum os técnicos de manutenção encontrarem defeitos severos
que requerem um alto investimento para serem solucionados. Um dos maiores problemas em
condomínios antigos ou horizontais é a passagem de novos cabos em substituição aos anti-
gos, muitas vezes avariados de forma irreversível. Nesse caso, o interfone celular integrado
ao interfone cabeado possibilita uma excelente alternativa, uma vez que os moradores das
residências afetadas por tal problema poderão contar com o serviço de interfonia em seus
celulares ou telefones fixos, enquanto os demais moradores poderão continuar com o interfo-
ne fixo ou optar em receber as chamadas tanto no interfone tradicional quanto nos telefones
(normalmente até 2 números para cada residência). Esse sistema também possibilita manter
os interfones cabeados nas áreas comuns dos condomínios.

Como funciona

A interfonia mista é possibilitada por um interfone celular com recursos específicos. Co-
nectado entre o teclado de rua multiteclas e a central de interfonia, o interfone celular misto
funciona de forma integrada com a central cabeada. O equipamento trata as chamadas dos
visitantes e dependendo de cada caso, as direciona apenas para o interfone convencional,
para telefones ou ambos simultaneamente.
Em cenários onde há a figura do vigia e não
existe um painel de rua multiteclas para que os
visitantes chamem os moradores diretamente,
o equipamento pode ser conectado apenas em
um ramal da central cabeada. Desta forma, as-
sim que um morador ou vigia ligar para este
ramal através do interfone cabeado, a central
de interfonia celular disponibilizará um tom
de linha para que o vigia ou morador tecle o
número da residência desejada. A partir desse
momento a central iniciará as chamadas para
os números de telefones correspondentes.

Ramais fixos em áreas comuns e residências

Um dos questionamentos mais comuns sobre a interfonia celular se refere as áreas comuns,
pois alguns síndicos preferem manter ramais físicos nesses locais. Além dessas áreas, al-
guns moradores também preferem manter em funcionamento o tradicional interfone na
residência, seja por habito, seja por dificuldades com o sinal de celular. Para todos esses
casos o interfone misto é uma excepcional alternativa. Este equipamemto pode funcionar
integrado a uma pequena central cabeada, de forma que apenas as áreas comuns e algumas
residências possuam o recurso do interfone tradicional. Os demais moradores contarão com
o serviço de interfonia no celular ou telefone fixo.

- Recursos necessários

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- Conexão FXS para o painel de rua multiteclas
- Conexão FXO para ramal da central de portaria

6 - Qual o custo de operação de um sistema de interfonia celular


para o condomínio?
Para que o interfone celular opere é preciso que o condomínio contrate um plano de telefo-
nia, uma vez que é necessário adicionar um chip celular para a comunicação entre o vigia
e moradores e visitantes e moradores. Atualmente o custo de um plano de telefonia celular
para ligações sem limite de minutos para qualquer operadora + pacote de dados pode ser
contratado por um custo bastante reduzido. O rateio desse custo entre todos os moradores do
condomínio normalmente é irrisório. Alguns modelos de interfone celular permitem o uso de
até dois chips de celular. Caso a operadora principal pare de operar, o segundo chip automa-
ticamente passa a ser utilizado até o restabelecimento do principal.

IMPORTANTE: o sistema de interfonia celular realiza chamadas de voz, portanto, o uso do


interfone não afetará o pacote de dados dos moradores. O pacote de dados no chip do inter-
fone só será necessário se o síndico ou responsável optar pelo uso de um equipamento que
ofereça o acesso remoto, através de plataforma WEB. Esse recurso é bastante útil, especial-
mente em condomínios onde há um rodízio considerável de moradores, uma vez que a cada
chegada de novo morador será necessário cadastrar no equipamento os números de telefones
dos novos habitantes da residência. A plataforma WEB também poderá fornecer informações
relevantes tanto para os síndicos quanto para as empresas de manutenção responsáveis pelo
sistema, uma vez que é possível monitorar e programar diversos parâmetros, além de avaliar
o log de eventos, que disponibiliza informações de cada acesso ao condomínio e histórico de
nível de sinal de antena. Na hora de adquirir um sistema de interfonia celular, avalie quais
equipamentos possuem esse recurso. Ele será bastante importante após a instalação.

7 - Qual o custo de operação de um sistema de interfonia celular


para os moradores?
A operação do sistema de Interfonia celular não acrescenta nenhum custo aos planos de tele-
fonia dos moradores. O único custo se refere ao chip da central de interfone, que será rateado
entre todos os moradores. O sistema pode ser configurado para não gerar qualquer custo aos
planos de telefonia dos moradores, mesmo quando estes realizarem chamadas para o vigia
ou para o painel de rua. Para tanto, basta ativar o serviço de callback. O callback funciona da
seguinte forma:

1 - O morador liga para o número do chip da central de Interfonia celular;


2 - A central reconhece o número do morador e cancela a chamada;
3 - A central liga de volta para o morador, permitindo falar com o vigia ou acessar o painel de
rua. Esta última opção pode ser útil para abrir o portão sem uso de chaves, pois ao se aproxi-
mar do condomínio o morador poderá realizar uma chamada telefônica e digitar o comando
de abertura do portão para pedestres ou para veículos no teclado do seu celular.

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8 - Interfone celular precisa de internet?
Quando o assunto é Interfonia celular, é comum surgir a seguinte dúvida: este sistema de
comunicação necessita de internet para funcionar? A resposta é: não é necessário pacote de
dados no chip do interfone celular nem link de Internet fixa no condomínio para que o equi-
pamento funcione e faça as ligações para os moradores.

Em muitos aspectos a central de Interfonia celular se comporta exatamente como um telefo-


ne celular. Desta forma, a comunicação com os moradores acontece pelo canal de voz deste
equipamento, exatamente como se estivéssemos realizando uma chamada tradicional de um
telefone celular para o número do morador. Para chamadas de voz não é necessário pacote
de dados, apenas que o chip esteja habilitado a realizar este tipo de ligação telefônica. Por
não usar o pacote de dados do chip de celular do interfone, a chamada pode ser realizada
para qualquer tipo de telefone celular, não sendo necessário portanto que o morador tenha
um smartphone para que o sistema funcione. Inclusive, esses sistemas permitem que as cha-
madas sejam realizadas para números de telefones fixos. Além de não consumirem o pacote
de dados, essa característica é bastante importante também pela questão de qualidade da
chamada, pois é sabido que a comunicação de dados nos celulares nem sempre é satisfatória,
podendo causar uma comunicação de difícil compreensão ou até mesmo inviável.

Todavia, ao colocar um chip celular com acesso a internet em um interfone que possua o
recurso de acesso remoto através de plataforma WEB, o sistema permitirá monitorar e confi-
gurar diversos parâmetros de funcionamento do sistema, além da programação dos números
de telefone que o equipamento deve chamar a cada número de residência teclado no painel
externo.

9 - Interfone celular funciona sem sinal de operadora?


O funcionamento da central de Interfonia celular é similar ao de um telefone móvel, por-
tanto, é necessário que haja sinal de alguma operadora para o equipamento poder realizar as
chamadas. Com o avanço do uso de telefones celulares e a dependência cada vez maior des-
ses dispositivos, dificilmente um condomínio será construído em um local onde não haja si-
nal de celular. Se isso ocorrer, a construtora terá uma enorme dificuldade para comercializar
os apartamentos ou casas, pois acesso a internet e comunicação atualmente são gêneros de
primeira necessidade. Todavia, se o sinal não for adequado, será possível instalar repetidores,
de forma que tanto o sistema de interfones, quanto os próprios moradores se beneficiem do
sinal mais forte. Os interfones celulares geralmente possuem conectores para antenas exter-
nas, sendo possível obter um bom nível de sinal no interfone. Como será necessário contratar
um novo número para a central de interfonia, o condomínio poderá optar por uma operadora
que ofereça um bom nível de sinal na região.

No entanto, é possível que o sinal dessas operadoras oscile em algum momento, podendo
causar instabilidade na comunicação entre visitantes e moradores de um condomínio. Para
mitigar esse risco, existem opções de interfones celulares no mercado que permitem que
você insira dois chips de operadoras diferentes no equipamento.
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Nesse caso, quando o chip principal ficar sem sinal da sua operadora, o equipamento passa
a utilizar o segundo chip para realizar as chamadas. Após algum tempo o equipamento auto-
maticamente retorna para o chip principal, caso o sinal dessa linha tenha normalizado.

Se algum morador insistir em ter um aparelho de interfone em sua residência ou exista a


necessidade destes dispositivos nas áreas comuns de um condomínio, é possível instalar
nessas ambientes interfaces celulares ou telefones de mesa que suportem um chip de celular.
Obviamente haverá um custo extra com o serviço do chip de celular. Uma boa alternativa
para essas situações é o uso do sistema de interfonia mista, onde pode-se integrar a telefonia
cabeada com a celular, possibilitando atender o interfone tanto em ramais de central de inter-
fonia analógica quanto em qualquer telefone.

10 - Usando o celular como chave para abrir portões para pedes-


tres e veículos
Nos sistemas de interfonia cabeada o comando de abertura dos portões tanto para pedestres
quanto para veículos pode ser enviado pelos moradores através de um comando no aparelho
de interfone do interior da residência. No sistema de interfonia celular isso também pode ser
realizado, no entanto, a possibilidade de enviar os comandos através de uma chamada telefô-
nica transforma o celular em uma chave.

Funciona assim: o morador realiza uma chamada de voz para o número do interfone. Ao
reconhecer o número previamente cadastrado, o equipamento oferece a possibilidade para o
morador se comunicar com o painel de rua. A partir desse momento o morador poderá enviar
o comando de abertura através do teclado numérico do seu telefone, liberando o acesso.

Chamada sem custo.

Neste cenário, para evitar qualquer custo adicional ao plano de telefonia do morador, é
possível configurar o equipamento para que utilize o recurso de callback. Funciona assim: o
morador liga para o chip do interfone celular. Este reconhece o número previamente cadas-
trado em sua memória e cancela a chamada. Em seguida origina uma chamada de retorno
para o morador, que após atendêla, poderá enviar os comandos desejados para a central de
interfonia sem custo algum. Dependendo da instalação o morador poderá controlar a aber-
tura de até dois portões através do celular, sendo um para o acesso por pedestres e o outro
por veículos.

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11 - Como selecionar o sistema de interfonia mais adequado para
cada cenário?
Para adquirir um sistema de interfonia celular adequado é necessário avaliar diversos pontos:

a) O equipamento comporta a quantidade de residências do condomínio em sua agenda?

b) O equipamento possui as conexões necessárias para o cenário desejado? Como visto, há


diversos cenários possíveis, e frequentemente são necessárias duas conexões para dois pai-
néis ou um painel e um telefone para vigia;

c) O sistema permite cadastrar mais de um número de telefone na agenda para cada residên-
cia?

d) O equipamento comporta dois chips de celular para evitar paradas na queda de uma ope-
radora?

e) O sistema possibilita o uso de plataforma WEB para programação remota e avaliação de


logs de eventos?

O instalador ou síndico deverá avaliar todos esses critérios para decidir qual o melhor mo-
delo a ser adquirido.

12 - Como usar a interfonia celular para contornar danos severos


na fiação da interfonia cabeada
Os problemas mais críticos na interfonia convencional de um condomínio normalmente es-
tão relacionados à questões físicas, ou seja, defeitos ligados ao cabeamento. Com o passar
dos anos os fios que conectam os interfones das residências à central de interfonia apre-
sentam um desgaste natural. O processo pode ser acelerado dependendo das condições das
instalações. A umidade nos ambientes confinados (principalmente eletrodutos subterrâneos)
é talvez o maior causador de defeitos, que vão desde ruídos durante a comunicação, degra-
dação completa da isolação e até o rompimento dos fios, podendo causar curto-circuitos,
comprometendo severamente o funcionamento dos equipamentos. Em muitos casos os roe-
dores são os vilões, pois é comum que estes animais eliminem a isolação dos fios deixando
os metais expostos, causando os mais diversos defeitos no sistema de interfonia.

A obstrução de eletrodutos subterrâneos por lama ou excesso de cabos é outro problema de


difícil solução. A instalação de um novo eletroduto e passagem de novoscabos pode ser a
única solução, todavia, possivelmente bastante onerosa.

Problemas com o funcionamento de parte dos ramais da central de interfonia também são
muito recorrentes e normalmente são causados por descargas elétricas, especialmente os ra-
mais mais distantes da central, já que ficam mais expostos às descargas atmosféricas.

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Todos esses problemas podem afetar severamente apenas uma parte do sistema, e a solução
mais indicada pode não ser a renovação das instalações, mas sim a migração de parte do sis-
tema de interfonia fixa para a interfonia celular. Nesse caso, os moradores que não possuem
mais o interfone convencional em funcionamento, passam a utilizar o celular ou telefone
fixo como interfone. Já os moradores do mesmo condomínio que ainda possuem o ramal de
interfone em funcionamento poderão optar em atender as chamadas dos visitantes ou vigia
tanto no interfone tradicional quanto em um aparelho de telefone, seja fixo ou celular.

Como funciona

A interfonia mista é possibilitada por um interfone celular com recursos específicos. Co-
nectado entre o teclado de rua multiteclas e a central de interfonia, o interfone celular misto
funciona de forma integrada com a central cabeada. O equipamento trata as chamadas dos
visitantes e dependendo de cada caso, as direciona apenas para o interfone convencional,
para até dois números de telefones ou ambos simultaneamente. Em cenários onde há a figura
do vigia e não existe um painel de rua multiteclas para que os visitantes chamem os morado-
res diretamente, o equipamento pode ser conectado apenas em um ramal da central cabeada.
Desta forma, moradores e vigia podem acessar o ramal da central cabeada onde se encontra
conectado o equipamento e discar o número da residência desejada para que a central ligue
para os números de telefones correspondentes.

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