Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No presente trabalho, elaborou-se uma ficha de leitura visando resumir as ideias de um autor
contidas no livro intitulado “Ciências Biológicas-Biologia Celular” de Maria Erivalda Farias de
Aragão, tendo como objectivo preparar um trabalho de maior fôlego onde pretende-se conciliar a
informação estudada sobre fichas de leitura em ordem a produzir um trabalho sistemático.
Vale ressaltar que elaborar ficha de leitura é uma das actividades básicas da pesquisa científica.
Isso porque, ao investir-se um esforço em resolver um problema de pesquisa, tem-se dar conta,
em primeira instância, do estado de arte da discussão na qual o problema se encontra
O presente trabalho teve como por objectivo principal elaborar uma Ficha de leitura de obra
publicada a 5 anos. Nesta ordem de ideia, para este trabalho fez-se referencia de ano 2015.
2. Metodologia
O trabalho implica numa metodologia de pesquisa indirecta, de carácter bibliográfico, que consiste
na utilização de referências teóricas já publicadas para a análise e discussão do assunto acima em
causa.
3. FICHA DE LEITURA
FICHA DE LEITURA
Apresentação do Livro: na sua nota introdutória, Maria Erivalda Farias de Aragão apresenta este
livro como um instrumento que foi desenvolvido como o objetivo de promover uma iniciação ao
estudo da célula tendo com base a morfofisiologia de seus construtores e as relações da célula com
o meio extracelular ou com as outras células que compõem o organismo como um todo.
Este livro facilita a compreensão de outras disciplinas, como Histologia e Fisiologia Vegetal e
Animal. Normalmente os livros de Biologia Celular são bastante recheados de Bioquímica e de
Biologia Celular, disciplinas que também fazem parte da grade dos cursos de Biologia.
Vantagens da Obra: A obra se trata de um curso a distância, procura-se utilizar uma linguagem
menos formal para que os estudantes consigam construir um elo mais forte com as aspirações da
autora. Possui diversas ilustrações que facilita associar a teoria a prática do conteúdo apresentado.
Resumo da Obra
O livro intitulado “Ciências Biológicas-Biologia Celular” de Maria Erivalda Farias de Aragão é
composto por 12 capítulos a destacar em função dos objectivos .No primeiro capítulo faz-se uma
introdução das noções básicas sobre a origem das primeiras células de acordo com as teorias
evolutivas aceitas actualmente (vide página 11-13). Discute-se as motivações que levaram os
cientistas a elaborar a Teoria Celular e por fim Compreender os processos de desenvolvimento que
levaram ao aparecimento de uma célula eucariota a partir de células procariotas (vide as páginas
14-18).Capítulo 2: Neste capitulo a autora Identifica as principais diferenças entre uma célula
procariótica e eucariótica (vide as páginas 23-29).Caracteriza as organelas que constituem uma
célula eucariótica e Distingue as peculiaridades que tornam a célula vegetal diferente da célula
animal (vide as páginas 30-34).Capítulo 3: Faz-se conhecer os princípios da microscopia óptica e
electrónica, além de distinguir as diferentes partes que compõem o microscópio óptico e suas
respectivas funções. Tomar ciência de outras variações do microscópio óptico ( vide página 39 a
48). E por fim Distingue os diferentes métodos de análise dos componentes celulares, como
coloração, fraccionamento e os métodos bioquímicos e imunoquímicos (vide página 48 a
51).Capítulo 4: Neste capitulo a autora levanta de forma detalhada a estrutura da membrana para
compreender a denominação do modelo do mosaico fluido, Identificando os diferentes
constituintes da membrana e suas respectivas funções (vide página 55 a 61) e faz uma referência
dos mecanismos dos diferentes tipos de transporte através das membranas celulares (vide pág. 61 a
65).Capítulo 5: no capitulo 5 , a Maria Erivalda Farias de Aragão faz Reconhecer a importância
do citoesqueleto na morfologia celular e na sua integração com as células vizinhas(vide a pág. 69 a
72).Identifica os diferentes filamentos proteicos que compõem o citoesqueleto (vide pág. 74-
75).Distingue as diferentes funções exercidas pelo citoesqueleto. E faz conhecer as proteínas
motoras e a importância delas no transporte intracelular e nos processos contrateis (vide página
76-78). Capítulo 6: neste capitulo a autora faz Reconhecer as moléculas de adesão celular (CAM)
e sua importância na ligação entre células para a formação dos tecidos. levanta as estruturas
formadas pelas proteínas de adesão com ênfase na função que cada uma delas exerce dentro da
célula (Vide Página 85 a 90). Capítulo 7: Aqui a autora faz uma Caracterização dos diferentes
componentes do sistema de endomembranas e Identifica as funções de cada componente e as
relações estabelecidas entre eles para o exercício destas funções(vide pagina 95 a 105). Capítulo
8: no seu desenvolvimento, Distingue-se capitulo as estruturas que compõem as mitocôndrias e
conhecer as suas funções. A autora levanta algumas noções básicas da respiração aeróbia, com
ênfase no transporte de elétrons e a síntese de ATP (vide páginas de 109 a 122). Capítulo 9 :neste
capitulo a autora distingue as diferentes estruturas que compõem o cloroplasto. Compreender o
processo de absorção de luz pelos fotossistemas e a transdução da energia luminosa em energia
química. Conhecer o mecanismo de fixação do CO 2 atmosférico (vide pág. de 125 a 135).
Capítulo 10:No capitulo 10, cita-se os componentes do núcleo interfásico e suas respectivas
funções. Distinguir as etapas que envolvem a divisão celular denominada de mitose. E faz
Compreender o processo regulatório que rege o ciclo celular (vide páginas 139-150). Capítulo 11:
Aqui a autora fala da comunicação celular visando Conhecer os processos de sinalização que
ocorrem entre as células de um mesmo tecido e de tecidos diferentes. Identifica-se as diferentes
moléculas ligantes e os principais receptores. Compreender o mecanismo de acção dos diferentes
receptores e as respostas desencadeadas dentro das células (vide páginas 153-159) e Capítulo 12
apresenta-se os passos que conduzem à formação de um organismo pluricelular tomando como
base o controle da expressão génica como principal subsídio para a diferenciação celular que leva
ao desenvolvimento de um organismo completo. levanta-se as motivações que induzem uma
célula a desencadear sua própria morte; quais são os sinais externos que sinalizam o momento da
apoptose; como agem as caspases e o papel dos macrófagos na morte celular programada (vide
página 163-177).
Nos eucariotas encontram-se organelas que estão ausentes nas bactérias e um sistema de
endomembranas, que teve sua origem a partir da membrana plasmática. Esse sistema é
constituído pelo retículo granuloso, o retículo não granuloso e o complexo golgiense. O retículo
granuloso é responsável pela síntese e pelo transporte de proteínas que vão ser exocitadas. Entre
as diversas funções do retículo não granuloso, está a síntese dos lipídios de membranas (vide
pag 32).
4. Membranas biológicas
As membranas biológicas são compostas por uma bicamada de lipídios anfipáticos, proteínas e
carboidratos ligados aos lipídios ou às proteínas. Os lipídios mais abundantes das
membranas são os fosfoglicerolipídios, os esteróise os esfingolipídios. Algumas proteínas
atravessam toda a bicamada lipídica e são denominadas transmembranares.(vide pág. 61-62)
[...]Outras proteínas se encontram associadas às membranas de forma mais leve e são chamadas de
proteínas periféricas[...] Devido ao fato das proteínas e lipídios se associarem através de
interacções fracas, como as interacções electrostáticas e as hidrofóbicas, eles possuem um grau de
liberdade que os permite se movimentarem lateralmente. Essas propriedades deram a esse modelo
das membranas a denominação de mosaico fluido (vide pág. 63).
A membrana possui várias funções importantes na célula, sendo a maioria exercida pelas suas
proteínas. Mas de todas as funções, a mais importante é a manutenção da homeostase celular.
A capacidade da célula de manter o seu equilíbrio dinâmico com o meio externo é devida
principalmente aos diferentes tipos de transporte que existem em suas membranas (vide pág. 64)
Dessa forma, existe o transporte passivo que ocorre a favor de um gradiente electroquímico,
sendo, portanto, um processo espontâneo, e o transporte activo, que é realizado contra o gradiente
de concentração, necessitando, portanto de energia para ocorrer. O transporte passivo de
substâncias pode ocorrer directamente através da bicamada lipídica. No entanto, ele é restrito
as substâncias de natureza lipídica, os gases neutros como o O2 e a água(vide pág. 65).
5. Citoesqueleto
Os filamentos intermediários são formados por proteínas fibrosas que se polimerizam formando as
fibras. Existem seis tipos de filamentos intermediários: os tonofilamentos formados pela
proteína queratina, sendo os filamentos mais abundantes; os filamentos de desmina; os filamentos
de vimentina; os neurofilamentos; os filamentos gliais e os laminofilamentos, presentes no interior
do núcleo (vide a pag 74).
[…] Dentre essas, encontra-se a miosina II, responsável pela formação da unidade contrátil das
células musculares... Além de estarem envolvidos nos vários processos contráteis da célula, os
microfilamentos estão também associados às junções adesivas, formando o cinturão de adesão. Os
microfilamentos são ainda responsáveis pelo deslocamento das células na matriz extracelular ou
sobre a superfície de outra célula (vide pág 78).
[...]”As estruturas de adesão celular, por sua vez, são classificadas em junções de vedação,
junções de ancoramento e junções comunicantes”[…] (vide pag 86).
As junções de vedação, ou junções oclusivas, se situam na parte apical das células e são
formadas pelas proteínas claudina e ocludina. Essas proteínas se ligam de tal forma que impedem
a passagem de iões entre essas células (vide pág. 86).
Os desmossomos são as estruturas mais densas, sendo formadas também por caderinas que
se ligam aos filamentos intermediários através das proteínas de ancoramento. Essas proteínas
formam a placa discoidal. Alguns desmossomsos se ligam à matriz extracelular em vez de se
ligarem a outras células e são chamados de hemidesmossomos. As junções comunicantes ou
junções em fenda são canais formados pelos conexons que permitem a passagem de pequenas
moléculas de uma célula para a outra (vide pág 90).
7. Sistema de endomembranas
O complexo golgiense é composto por várias cisternas e vesículas que juntas formam os sáculos
lameliformes. Ele é responsável pelo processamento de proteínas e lipídios oriundos dos retículos.
O complexo golgiense também é responsável pela formação dos lisossomos (vide pág. 104).
8. Mitocôndrias
As mitocôndrias são consideradas a casa de força das células, uma vez que essa organela é a
principal fonte de ATP celular (vide pág. 109) Elas possuem uma membrana externa altamente
permeável, devido à presença de canais (porinas) que permitem a passagem de substâncias de até
5000 daltons e uma membrana interna bastante selectiva, devido principalmente à presença do
lipídio cardiolipina. Entre essas duas membranas, existe o espaço intermembranoso (vide pag
111).
[...]A membrana interna possui várias invaginações que formam as cristas mitocondriais. Nas
cristas mitocondriais, se encontram a cadeia transportadora de electrões e a ATP-sintetase [...](vide
pag 112).
De acordo com a hipótese quimiosmótica, a energia liberada por esses electrões é utilizada
para impulsionar prótons da matriz para o espaço intermembranoso. A energia potencial
desse gradiente é chamada de força protonicomotora e é a responsável pela síntese de ATP (vide
pág. 119).
9. Cloroplastos
Os cloroplastos são organelas responsáveis pelo processo de fotossíntese (vide pág. 125). Eles
estão presentes nas plantas e em algumas algas. […] Essas organelas possuem um envelope
composto por duas membranas, uma externa e outra interna […] (vide pág. 126) .A membrana
externa é semipermeável, possuindo canais denominados de porina que permitem a passagem de
substâncias relativamente grandes (vide pág. 128).
A membrana interna é bastante selectiva e possui vários transportadores (vide pag 128) .O
envelope envolve um espaço aquoso denominado de estroma, no qual se encontra outro sistema de
membranas, os tilacoides (vide pág. 130). Nos tilacoides estão presentes os fotossistemas onde
ocorrem as reacções do claro. Os fotossistemas são compostos de pigmentos e de uma cadeia
transportadora de elétrons (vide pag 131).
[…] Nas membranas tilacoidais, se encontra também a enzima responsável pela síntese de ATP, a
ATP-sintetase [...](vide pág. 132). No estroma estão as enzimas das reações do escuro, também
chamado de ciclo de Calvin-Benson. Essas reações são responsáveis pela fixação do CO 2 e pela
sua redução, formando um açúcar, o gliceraldeído-3P( vide pag 133)
Ainda no estroma está presente o genoma do cloroplasto, que consiste em um DNA circular e
pode existir em mais de uma cópia. Esse genoma possui aproximadamente 120 genes, que
codificam RNA transportadores, ribossômicos e mensageiros. Os RNA mensageiros são
traduzidos por ribossomos, também presentes no estroma (vide pág 134)
O ciclo celular tem início na interfase, prossegue através da divisão celular (mitose) e
termina na próxima interfase (vide pág. 141).
A interfase se divide em três partes: G1, S e G2 (vide pág. 144). Na fase G1, ocorre intensa síntese
de proteína, e a célula decide se vai se dividir ou não. Após analisar se o seu DNA está intacto, a
célula parte para a fase S, na qual ocorre a replicação de todo o genoma, havendo pouca síntese de
proteína. Na fase G2, a célula continua a síntese de proteínas, aumenta o seu tamanho e todas as
organelas são duplicadas(vide pag 145).
A mitose também é dividida em etapas que ocorrem de forma gradual (vide pág. 146)
Portanto, primeiramente vem a prófase, em que tem início a condensação dos cromossomos que
podem ser vistos como grossos filamentos. […] No citosol, ocorre o desmembramento do
citoesqueleto e a formação do fuso mitótico. A prófase termina com o rompimento do envelope
nuclear[...](vide pag 146)
Existem também as proteínas que regulam de forma negativa a divisão celular, como a proteína Rb
que inibe a proliferação celular. Esse controle é importante, pois impede a divisão exacerbada das
células, como ocorre nas células transformadas (cancerígenas).
[...]Os sinais podem ser moléculas complexas, como proteínas, pequenos peptídios, lipídios,
nucleotídios (cAMP, cGMP) … ou até mesmo gases como o óxido nítrico( vide pag 155).
[...] Quando as moléculas sinais são produzidas longe da célula-alvo, temos a sinalização
endócrina [...] (vide pág. 157).No caso de o sinal ser produzido perto da célula-alvo, a sinalização
é dita parácrina. Um tipo peculiar de sinalização ocorre quando a própria célula que produziu o
sinal apresenta receptor para o mesmo. Nesse caso, temos a sinalização autócrina (vide pág. 158).
Todas as células de um indivíduo são originárias de uma única célula, a célula-ovo. Portanto,
todas são portadoras de um mesmo genoma. Na embriogênese, as células começam a se
diferenciar e a se especializarem. A diferenciação celular consiste na expressão diferenciada
dos genes. (vide pag 163). [...] Dessa forma, as células vão acumulando conjuntos individuais de
proteínas e vão adquirindo forma e funções próprias (vide pag 164).
[...] apoptose tem várias funções importantes dentro da célula, como a remodelação dos tecidos e
a eliminação de células transformadas ou infectadas por vírus[ …] (vide pag 173).
As células são induzidas a entrarem em apoptose por sinais que se ligam aos receptores da
morte. Esses receptores vão levar à ativação de enzimas hidrolíticas, denominadas caspases
(vide pag 175) e Essas enzimas são responsáveis pela degradação celular, levando à formação dos
corpos apoptóticos. Os corpos apoptóticos são então fagocitados pelos macrófagos do tecido, não
havendo, portanto processo inflamatório(vide pag 177).
4. Conclusões
Feito trabalho conclui-se que é importante que uma ficha de leitura tenha itens que possam
ajudar a reunir sinteticamente todas as informações que se precisa para realizar uma
pesquisa, sem que tenha que retornar todas as vezes às obras que se consultou, mesmo
porque há obras que não se poderá utilizar durante todo o tempo da investigação, como os
livros que se precisará devolver na biblioteca.
Numa analise mais detalhada entendeu-se que ficha de leitura não é um fim em si mesmo,
mas um meio para se conseguir voltar às principais conclusões de um texto sem ter que
tornar a lê- lo; e não obstante é um instrumento de trabalho do seu autor e dirige-se
exclusivamente a um único público, ele próprio.
5. Referencia Bibliográfica