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A ÚLTIMA ESPERANÇA

Este livro é um presente para você.

Ele foi escrito para um projeto estudantil e, por sua divulgação do meu
canal do YouTube, você está recebendo esta cópia.

O livro é gratuito! Você pode compartilhar com quem você quiser, apenas
peço que, ao compartilhar, pergunte aos seus amigos se eles já conhecem o

ESTE É O CANAL DA BELLA

Peça a eles que visitem meu canal e, caso gostem do nosso conteúdo, se
inscrevam também.

Então é isso! Divirta-se com a leitura.

Arte da capa: Gerson Olyntho S. Viana


Um pouco sobre autora:

O meu nome é Isabela Galvão, tenho 11 anos.


Os meus pais são Roger Galvão e Gilma Aragão.
Eu tenho uma irmã chamada Stephanie e um cachorrinho chamado
Bob.
Eu amo passar tempo com minha família e amigos.
Agradecimentos:

Eu agradeço primeiramente a Deus, aos meus pais por estarem


sempre ao meu lado mesmo nas horas mais difíceis, agradeço toda
a minha família pela ajuda.
Também agradeço as minhas amigas Letícia e Sofia por serem
pessoas tão especiais. Agradeço as minhas professoras, pró Gabi e
pró Isa e todas as outras que já tive, por sempre me ajudarem na
hora da dúvida. Muitos personagens desse livro foram inspirados
em pessoas que eu conheço e amo!
Apresentação:

Esse livro conta a história de cinco amigos. Três meninas e dois


meninos. As garotas se chamam Courtney, Zoe e Sol, já os meninos,
Luca e Matheu. Esses cinco amigos foram atingidos por um raio!
Depois que isso ocorreu, várias outras coisas aconteceram...
Poema para reflexão: A leitura é importante!

Ler, o que é ler?


Ler é uma coisa maravilhosa,
Não há nada igual
A leitura é vantajosa!

Quando lemos,
Podemos viajar.
Viajar por todo mundo,
sem sequer sair do lugar!

Você não sabe ler?


Então deveria aprender!
Se quiser posso te ensinar,
tenho certeza que vai adorar!

Tem livro para todo gosto,


não adianta reclamar!
Leia um livro por semana
e vários mundos descobrirá!
CAPITÚLO 1

Há muito tempo, na verdade nem tanto tempo assim, havia


cinco amigos: Courtney, Zoe, Sol, Luca e Matheu. Eles tinham em
média 12 e 13 anos. Zoe, Courtney e Sol era melhores amigas, assim
como Luca e Matheu.
Em um dia, já bem à tardezinha, os amigos se encontraram em
uma praça da cidade. Nesta praça podia se ver sempre crianças
brincando, cachorrinhos passeando, o sorveteiro e o pipoqueiro
trabalhando sempre contentes, pois viam a alegria das crianças
quando os pais delas compravam seus produtos. A praça também
era muito bem iluminada, havia turistas tirando fotos e na
biblioteca ao lado, muita gente aproveitava a tranquilidade da
praça para fazer uma boa leitura. Sempre se notava um sorriso
estampado no rosto das pessoas que andavam por ali.
Porém desta vez, o local estava diferente... muito, muito
diferente!
-Onde estaria todo mundo? - Os meninos se perguntavam.
De repente começou a escurecer, a praça ficou coberta por uma
névoa, as nuvens ficaram mais densas e o vento soprava muito
forte. Os amigos ficaram bem juntos, pois estava se formando uma
tempestade e não dava tempo de achar um abrigo. A tempestade
aumentava cada vez mais! Começaram os trovões...
– Precisamos de um abrigo! – Disse Courtney – Mas não dá
mais tempo. Caiu um raio na biblioteca ao lado! O que faremos?
– E se cair um raio NA GENTE? – Perguntou Zoe.
- Calma, pessoal! Vamos dar um jeito. – Disse Sol.
- Deixo minha tartaruga de estimação para minha prima
Clarisse! – Brincou Luca, tentando passar uma falsa segurança.
- Não tá ajudando! – Disse Matheu.
- Verdade, gente, vamos tentar manter a...
Não deu tempo de Courtney terminar a sua frase, pois uma
coisa horrível aconteceu! Ela e seus amigos foram atingidos por um
raio...
CAPITÚLO 2

Quando Sol acordou, ela estava em um lugar que não


reconhecia, e sua visão estava embaçada. Ela só lembrava de ter
ouvido isso:
- “Ela está viva, ela está viva” – Dizia uma voz – Os outros
podem estar também!
Quando sua visão melhorou ela estava se sentindo meio
estranha, porém conseguiu notar que estava em um hospital e que
seus amigos ainda permaneciam desmaiados. Alguns minutos
depois, Zoe acordou.
- Onde eu estou? – Perguntou Zoe – Não consigo ver quase
nada! Só consigo me lembrar de um clarão.
- Calma, - disse Sol. – Estamos em um hospital e eu também só
consigo lembrar disso!
- Sol, é você? Onde estão os outros? – Perguntou Zoe.
- Sim, sou eu. Respondeu Sol, os outros ainda estão
desacordados, mas acho que Matheu vai ser o próximo a acordar.
Depois que Matheu acordou, Courtney e Luca também
acordaram, porém todos estavam com dificuldade de enxergar,
mas isso logo passou. O problema era que todos lembravam apenas
de um clarão. Quando eles melhoraram um pouco, foram levados
para uma sala e lá uma pessoa se apresentou para eles:
- Olá! Eu sou o professor Jackes Tafique, faço estudos sobre
raios e outras coisas e é sobre isso que quero falar com vocês hoje.
- E porquê? Para que nos ensinar sobre isso? Perguntou
Courtney.
- Bom, a resposta é simples, menina. É que vocês foram
atingidos por um, e dos grandões!
- O QUE? Perguntaram todos.
- Bem, sim! Mas vocês não foram os únicos, - Continuou o
professor. Um menino, mais ou menos da idade de vocês, também
foi atingido.
- Mas nossos pais sabem que estamos aqui? – Perguntou Zoe.
- Sim, relaxem crianças. – Respondeu o professor.
- E o menino, ele está bem? Onde ele está? – Perguntou
Matheu.
- Bem... acredite em uma coisa, vocês estão melhores do que
Victor...
- Victor? Victor Watson? – Perguntou Luca.
- Sim, você o conhece? – Indagou o professor Jackes.
- É o valentão da nossa escola. – Respondeu Sol.
- Bom, é uma pena que o conheçam, pois ele perdeu partes do
corpo, e até um pedaço do coração... – Continuou o professor. -
Neste exato momento estão fazendo modificações nele para que
possa viver.
- Tipo transformando ele em um robô? Perguntou Luca.
- Quase... bem, vocês ficarão de repouso aqui por algum tempo,
mas logo vai chegar o fim do recesso e vocês poderão voltar para a
escola, e lembrem de tentar ajudar o Victor. – Disse o professor.
- Tá bom, - Disse Courtney, mas acho que falo por todos ao
dizer que estamos nos sentindo diferentes, estranhos...
- Bem, sigam esta enfermeira e ela os levará aos quartos de
vocês. – Finalizou a conversa o professor.
CAPITÚLO 03

Uma semana depois, eles foram para a casa do professor, pois


coisas entranhas estavam acontecendo.
- Como isso aconteceu? – Gritou assustado o professor.
- Eu... eu não sei... só aconteceu... eu sinto muito. – Falou
Courtney.
- Como? Só explique o que aconteceu. – Pediu o professor
Jackes.
Então Courtney explicou:
- Bom, eu estava no jardim, caminhando de manhã cedo. Então
o Matheu apareceu e jogou uma bexiga cheia de água em mim pela
janela! Na hora me deu tanta, mas tanta raiva que eu mal sei o que
aconteceu! Começou a sair raios e mais raios das minhas mãos,
matheu conseguiu fugir, mas um raio atingiu sua casa! O lado bom
é que só atingiu um pedaço da casa!
- Então você tem poderes! - Espantou-se o professor.
- Talvez ela não seja a única – Falou Sol. – Ontem estávamos
todos juntos, colhendo frutos, e a gente apostou um real para ver
quem conseguiria pegar a maçã do topo, uma bem vermelhinha,
então todos nós começamos a voar! Foi muito estranho, mas nós
logo caímos.
- Não sei dizer o que está acontecendo, preciso estudar o
assunto! - Exclamou o professor.
No dia seguinte o professor Jackes Tafique falou a todos:
- Eu andei estudando e descobri que todos vocês têm poderes
incontáveis! Obviamente foi o raio que deu a vocês esses
superpoderes, mas temos que continuar estudando.
Zoe disse que ela ficou invisível e Matheu presenciou a cena.
Luca disse que fez um “zap wou”, (que é o nome que ele está
pensando em dar para o poder de correr em círculos mais rápido
que a velocidade da luz), e Matheu pôde pegar pedaços do chão que
estavam quase soltos graças à Luca e jogar para muito longe.
- Com isso, - disse o professor, - sabemos que Zoe tem o poder
de ficar invisível, Matheu tem uma super força e Luca super
velocidade. Todos adquiriram poderes para voar e muitas outras
coisas!
- É, professor, aconteceram outras coisas que você não nos
disse. – Falou Courtney. – Eu acho que tenho o poder de controlar
mentes vazias... eu acho!
- E o que te levou a pensar isso? – Perguntou curioso o
professor Tafique.
Então Courtney respondeu:
- Eu estava andando, então um homem meio lelé-da-cuca
apareceu, eu o vi pulando um muro e ele dizia alguma coisa assim:
“Blau, ble, qui, cá, cou! Fugi do hos-pi-cio” Então eu pensei: “Volte
ao hospício”. E ele disse: “Voltar ao hospício”. E ele foi! Não é
maluco?
- Outra coisa maluca aconteceu comigo. – Falou Sol. – Eu
estava na varanda antes de ontem, de manhã cedinho e estava
fazendo um sol bem gostoso. Nome bonito este né? Sol... já viu
nome mais bonito do que este? Ok, voltando ao assunto, começou
uma tempestade! Aí eu disse assim: “Oh, solzinho, volta!” E não é
que voltou? Eu achei estranho – Ela continuou. – Então eu disse:
“Tempestade, venha!” E veio!
Todos ouviam admirados. Sol continuou a contar o ocorrido:
- Eu repeti o processo várias e várias vezes e todos deram certo!
Eu fiquei chocada!
- Eu não acredito nisso! Disse muito espantado o professor. –
Então Courtney tem poderes de controlar mentes e Sol de controlar
o tempo?
- É muita coisa para assimilar... - continuou - bem, está ficando
tarde, é melhor vocês irem dormir, agora Courtney, venha aqui.
- Para quê? – Ela perguntou. – Aaaiiii! – Gritou logo em
seguida.
- Calma, só tirei um fio de seus longos cabelos para estudos...
agora vão dormir. – Falou o professor.
Todos foram dormir, menos o prof. Jackes Tafique, que passou
a noite estudando o fio de cabelo para tentar descobrir quais
substâncias ele tinha a mais do que em um cabelo comum.
Na manhã seguinte, bem cedinho, Sol apareceu e disse:
- Aposto que você nem dormiu!
- Sol, já amanheceu? – Disse sonolento o professor.
- Sim, já amanheceu! Respondeu Luca entrando na sala.
Cinco, seis minutos depois, todos já estavam acordados.
- Por que você colocou despertadores é a nossa pergunta. –
disse meio chateada Courtney ainda pensando no fio de cabelo que
perdeu.
- Porque logo as aulas voltam e vocês precisam se acostumar
com o horário. – Finalizou o professor.
Dias depois as aulas voltaram.
- Eu tô me sentindo diferente, meio que tipo, temos poderes! –
Falou Zoe. – E se eu ficar invisível na frente da turma? Bem, é
melhor irmos para a aula.
- Concordo, vamos! - Falou Sol.
- Bora lá então, - disse Courtney.
Felizmente, nada de anormal aconteceu durante as aulas e na
hora do intervalo, os amigos se encontraram.
- O que aconteceu? – Perguntou Zoe.
Courtney respondeu: - Zoe, eu estive pensando, acho que você
pode controlar os quatro elementos, terra, água, ar e fogo.
- Será? – perguntou Zoe.
- Claro que sim, mas vamos fazer testes na casa do professor.
CAPITÚLO 04

- Meninos, Victor vai voltar amanhã. – Falou Luca. – E


ninguém pode saber das modificações no corpo dele.
- E vocês estavam falando do que exatamente? - Perguntou
Matheu.
- Que eu estou podendo controlar os quatro elementos. –
Respondeu Zoe.
- Isto é incrível! – Exclamou Luca.
- O que é incrível? -Perguntou uma garota que se aproximou
sem que percebessem.
- Nada... – Respondeu Courtney tentando disfarçar. – Sabe
como os meninos são né?
- Bem, prazer. Sou Beatriz, a aluna nova.
- TRIMMMMM. – Soou a campainha do final do intervalo.
- Melhor irmos para a sala. – Falou Zoe.
No dia seguinte, quando eles chegaram na escola, Victor estava
na porta, vestindo um casaco com capuz que deixava ver apenas
uma parte do seu rosto.
- Vocês tiveram sorte! Saíram ilesos, mas não continuará assim
– Disse furioso Victor.
- Nós não saímos totalmente bem, - disse Matheu, - mas...
- Mas o que? – Interrompeu Victor. – Vocês nunca saberão o
que é estar no meu lugar!
- A gente só quer ajudar, mas se você não quiser, tudo bem... –
Falou Sol.
- Para todos nós, está mais do que bem... – Acrescentou
Courtney.
- Bom, neste caso, nem eu poderei e nem vocês jamais poderão
fugir e sabem disso! – Falou Victor.
- A nossa situação é bem simples, - disse zoe, - É só a gente não
tocar no assunto com ninguém.
- Tá, mas uma coisa eu garanto! – Esbravejou Victor enquanto
virava as costas e saía apressadamente. - Vocês vão se dar mal,
muito mal!
Todos se olharam ao mesmo tempo enquanto não sabiam nem
o que dizer, até que Luca disse:
- O que será que a gente fez para ele ficar tão bravo? A culpa do
raio ter caído nele não foi nossa, até caiu raio na gente também!
Perceberam que não iriam encontrar nenhuma resposta por
mais que se esforçassem, então decidiram ir para a sala de aula.
Já na sala Victor queria estragar a vida deles, e começou a bolar
um plano. A cada dia que passava ele inventava alguma coisa nova
para prejudicar os amigos.
Apesar de Victor ser malcriado, ninguém poderia dizer que ele
não fosse muito inteligente também, e depois que ele terminasse
seu plano com êxito, estava certo que conseguiria um dia dominar
o planeta, mas no momento já se dava por satisfeito em
transformar sua nova “armadura” em uma poderosa arma, para no
final da aula, quando não tivesse mais quase ninguém na escola, ele
destruir o prédio com os amigos dentro. Seu único desejo era
acabar com os amigos.
Com as modificações que ele fez, agora podia voar, atirar, jogar
granadas e dar choques. Enquanto Victor se aprimorava, Sol
descobria um novo poder, que ela chamava de “Congela World” e
servia para congelar todas as pessoas em um raio de dez metros de
distância, menos os seus amigos, é claro.
CAPITÚLO 05
Quando chegou o final de semana, eles se encontraram na
mesma praça onde foram atingidos pelo raio, então Zoe que estava
muito animada, falou:
- Gente, eu fiz roupas para o caso de virarmos super-heróis.
- Que boa ideia! - exclamou Matheu. - Mas as roupas não são
de ‘menininha’ não, né?
- Só a sua, Matheu! - Brincou Zoe e todos caíram na gargalhada!
Logo em seguida, ela voltou a falar sério e perguntou: - E então,
gente? Vocês não querem provar?
- Tô doida para provar, espero que me caia bem. - Disse Sol
animada.
- Podemos provar agora? - Luca perguntou ansioso.
- Claro! Estão ali na minha casa, - respondeu Zoe.
Chegando lá, a turma se impressionou com a beleza dos trajes,
estavam realmente incríveis. Apesar de serem praticamente iguais,
cada um tinha suas próprias características exclusivas. A cor azul-
marinho predominava em todos eles, com alguns detalhes em
prata, principalmente nas luvas, nas botas, no cinto e nas máscaras,
mas o de Matheu tinha um tecido super-resistente, o de Luca tinha
uma aerodinâmica que favorecia a ele correr ainda mais rápido. O
das meninas, principalmente o de Sol e o de Courtney eram quase
iguais, mas pra Courtney, Zoe pensou em uma capa maravilhosa, já
que além de ficar muito fashion, favorecia na hora do voo. Sol não
se importou de não ter capa, porque ela sempre teve um certo de
medo de altura e não pensava muito em sair voando por aí, mas
suas botas e máscara eram bem mais bonitas.
O melhor, Zoe reservou para o traje dela, já que foi ela quem
inventou todos. Seu traje além de ter todas as funções dos outros,
também ficava invisível junto com ela.
Logo, todos estariam vestidos, mas Luca, muito rapidamente
se vestiu, experimentou os poderes, deu uma volta no bairro e
voltou para a casa de Zoe em apenas sete segundos, os outros ainda
nem tinham começado a pensar em vestir os seus trajes, e ele já
chegou comentando:
- Uau! O traje é super legal! Melhorou bastante meus poderes,
mas porque essa enrolação de vocês?
Ninguém nem sequer tinha percebido que ele saiu e voltou em
tão pouco tempo, só depois entenderam a pergunta dele.
- Então, vamos ou não vamos? - perguntou Luca.
Os amigos se vestiram o mais rápido que conseguiram e,
quando estavam para sair, alguém bateu na porta. Era Beatriz.
- Gente, - exclamou Zoe! - é aquela menina nova do colégio, o
que a gente faz?
- Bom, agora é atender, - falou Courtney.
- Mas nossas identidades não deveriam ser secretas? - Indagou
Matheu.
- Que nada, isso é coisa do passado, ou vocês acham que Super
Man enganava alguém só com aqueles óculos? - brincou Luca, - A
cara dele por baixo dos óculos era exatamente a mesma. - Terminou
caindo na gargalhada.
- Então vou abrir a porta - Zoe falou enquanto girava a
maçaneta.
- Oi Beatriz tudo bem? O que faz por aqui? - Zoe perguntou
meio que se escondendo por trás da porta, o que não impediu que
ela visse todos com seus trajes e com isso perguntou:
- Ei, onde é que vai ser a festa à fantasia? Eu sei que sou nova
na cidade, mas bem que poderiam ter me convidado... - Em
seguida, Beatriz continuou:
- Na verdade, eu vim perguntar se vocês sabem o que está
acontecendo lá na escola, está muito esquisito.
- O que está esquisito? - Sol perguntou preocupada.
- Não sei ao certo, - continuou Beatriz, - eu passei por lá e vi um
vulto se escondendo, vi fumaça e cheiro de pólvora, além de ter
escutado um som como de um relógio fazendo “tic, tac”.
- Creio que devemos passar por lá e conferir, - disse Matheu
preocupado.
- Eu posso ir sozinho, chego lá muito rápido. - Disse Luca.
- Mas eu posso ir voando, assim inauguro minha capa. -
Courtney comentou.
- Como assim, voando? - perguntou Beatriz.
- Ah, tem uma coisa que queremos te contar, - Sol disse afinal,
é que ganhamos...
Não chegou a concluir a frase, pois ouviram uma grande
explosão que vinha da direção onde era a escola.
- CABUUUUUUUUMMMMMM!
Sentiram um forte cheiro de fumaça, os vidros das janelas e
portas chegaram a tremer quase a ponto de se quebrarem.
- Meu Deus! - gritaram todos ao mesmo tempo.
- Precisamos ver o que foi isso agora. - Disse Luca já querendo
sair correndo na frente.
- Melhor irmos todos juntos, - sugeriu Matheu preocupado.
- Então vamos todos logo. Vou com vocês, - disse Beatriz.
- Courtney, você pode dar uma ‘carona’ para Beatriz, sua capa
vai ajudar, - Zoe falou.
No mesmo instante, Courtney abraçou Beatriz por trás e logo
estavam subindo a dez, quinze, cinquenta metros de altura! Beatriz
não podia acreditar no que estava acontecendo!
- Ahhhhhh, o que é isso? Como assim estamos voando? Estou
sonhando? - Gritava Beatriz.
- Não, calma Bia. Posso te chamar de Bia né? Já que estamos
ficando amigas? - perguntou Courtney, tentando acalma-la.
- P... p... pode, mas, mas me explica o que tá acontecendo? -
Falou Bia gaguejando.
- Era o que a gente ia lhe falar lá na casa de Zoe, temos
superpoderes. - Falou Sol se aproximando delas durante o voo. -
Mas agora não é hora para explicações, o que é aquilo ali
sobrevoando a escola ou o que restou dela?
- Entre a fumaça que subia dos destroços podiam ver um vulto
que pairava acima do que tinha sido o colégio. Mesmo na escuridão
que o cercava, os amigos conseguiram identificar. Era Victor.
CAPITÚLO 06

- Ah, então vocês têm mesmo superpoderes, - falou Victor! - Eu


já desconfiava. Vou aniquilar vocês todos agora.
- Você está maluco? Porque você fez isso? Para que explodir a
escola? - Perguntou muito exaltado, Matheu.
- E porque toda essa raiva que você tem da gente, o que fizemos
para você? - Sol indagou.
- Explique-se agora! - Exigiu Courtney.
- Sobrevoando ao redor dos amigos que pairavam no ar, Victor
dava voltas usando uma espécie de jetpack enquanto contava os
seus motivos.
- A praça deveria estar deserta naquele dia... - Começou a
narrar Victor. - O nosso experimento deveria ter sido um sucesso,
durante os últimos cinco anos eu vinha sonhando com o momento
de conseguir meus superpoderes, eu seria a pessoa mais poderosa
do mundo, poderia correr muito rápido, controlar mentes, ficar
invisível, ter super força e até controlar o tempo. Mas quando
iniciamos a ativação da nossa máquina nuclear para atrair o raio de
poder, vocês aparecerem do nada e o raio atingiu vocês com a
primeira parte dele, onde estavam as moléculas modificadas,
sobrando para mim apenas o pipoco! Eu quase morri por causa de
vocês! Os poderes eram para ser meus, e com a ajuda deles, a gente
iria dominar o mundo todo.
Os heróis estavam mudos, ouvindo aquela história maluca, até
que Zoe resolveu perguntar:
- Você está falando sempre em ‘nós’, quem é ‘nós’? Quem está
lhe ajudando neste plano maligno?
- Vocês nem fazem ideia mesmo, não é? - perguntou Victor
zombando da inteligência deles. - Claro que a grande mente por
trás de tudo isso é o professor Jackes Tafique!
A revelação foi espantosa e pegou todos eles de surpresa.
- Mas ele estava o tempo todo nos ajudando! - Comentou Luca.
-Ajudando? Com certeza! - Disse Victor sarcasticamente. - O
que ele estava querendo mesmo era descobrir uma maneira de
drenar seus poderes e transferi-los para mim, nem que isso
matasse vocês, uá rá rá rá rá... - Deu uma risada maléfica e
continuou... - mas infelizmente ele descobriu que não seria mais
possível, então implantou em mim todos estes equipamentos
robóticos para me manter vivo, e agora é a hora da minha vingança.
Enquanto Victor ainda falava a palavra ‘vingança’, sentiu em
uma fração de segundo alguma coisa ao redor do seu pescoço e
prendendo suas mãos. Era Luca, que usou sua super velocidade
para tentar imobilizar o vilão enquanto gritava para os seus
amigos:
- Depressa, não consigo segura-lo por muito tempo! Courtney,
- ele continuou, - Tire Beatriz daqui, ela está correndo perigo!
Matheu, venha me ajudar a segura-lo.
Mas, neste momento, Victor usou seu corpo robótico para
disparar um raio atordoante que fez o Luca desmaiar
imediatamente, começando a cair perigosamente em direção ao
chão, mas, com um excelente reflexo, Sol conseguiu voar em sua
direção e criou uma bolha de ar que o protegeu, fazendo ele descer
devagar e pousar em uma nuvem fofa que ela criou no solo.
Bia já estava protegida a uma certa distância e Courtney pôde
voltar ao confronto, mas seu poder de controlar mentes não
funcionava em Victor, então ela resolveu ajudar os sobreviventes,
pois os bombeiros já tinham chegado e ela era capaz de localizar os
poucos funcionários que ainda estavam na escola.
- Faça chover, Sol - Gritou Courtney, - controle o tempo e ajude
a apagar o fogo, e você, Zoe use seu poder dos quatro elementos
para que o ar circule no local para que o pessoal não respire tanta
fumaça.
- Excelente ideia, Courtney, vamos já fazer isso. - Disseram
elas.
Enquanto isso, a batalha continuava no céu! Matheu golpeava
a armadura de Victor, mas parecia que era feita de um metal que
ele não conhecia, e era muito resistente. Enquanto Victor recebia
os golpes sem sofrer danos, ele atirava granadas em Matheu, com
seu lança-granadas que ficava sobre seu ombro. Matheu não podia
deixar as granadas caírem no chão, pois iriam explodir outras casas
ou carros, então ele com sua super força, chutava todas para o
espaço!
- Minhas granadas acabaram, gritou raivoso Victor, - mas eu
tenho outro truque, tente fugir do meu olho laser!
O raio era vermelho, bastante poderoso e queimava tudo em
que tocava. Era extremamente mortal. Zoe percebeu que Matheu
corria grande perigo e partiu para ajudá-lo. Enquanto Matheu
tentava apenas se desviar das rajadas de raios, Zoe usou o poder
para criar um escudo de água que ficou bem na frente do rosto de
Victor, impedindo por um tempo que o raio passasse.
Neste momento, uma coisa importante aconteceu, Luca
despertou e disse para os amigos: - Está na hora de acabar com isso,
vamos todos de uma vez!
Então, mais rápido do que a velocidade da luz, ele começou a
voar em círculos ao redor de Victor, isto fazia com que ele ficasse
imobilizado e apagava a chama do jetpack. Aproveitando a
oportunidade, Sol usou seu “Congela World” e fez uma cápsula de
gelo em torno do vilão, que já estava bastante tonto pelos giros
super velozes. Porém, o poder congelante só durava alguns
segundos, então neste momento, Matheu gritou para Courtney:
- Ele está tonto! Será que seu controle mental funciona com ele
agora?
- Boa ideia, vou tentar - ela disse já mirando suas ondas
mentais na direção de Victor. – Olhem, funciona! Consegui acessar
a memória dele, agora vou fazer com que ele se renda.
-Por via das dúvidas, Matheu foi nos postes de luz próximos e
arrancou os fios para amarra-lo, antes, porém, conseguiu
desconectar a bateria que alimentava todas as suas armas.
- Conseguimos! Ele está dominado! Uêba! - Todos gritaram
felizes.
Uma grande multidão já estava por ali presenciando toda a
batalha e começaram a aplaudir e gritar: - Uêba... Uêba...
ÊÊÊÊÊÊÊ.... Viva....
CAPITÚLO 07

Médicos e policiais que estavam de prontidão levaram o Victor


para interrogatório, mas Courtney alertou a eles, que na verdade a
mente por trás de tudo seria o professor Jackes Tafique. O pobre
Victor era apenas um garoto que foi enganado pela maldade do
professor e talvez houvesse alguma chance para ele voltar a ser
bom.
A polícia partiu imediatamente para procurar o professor, e ao
chegar próximo a sua casa, o encontraram tentando correr, mas o
cercaram em frente à porta e ordenaram:
- Fique onde está, Jackes Tafique!
Não deu tempo de fazer mais nada! Imediatamente ele apertou
um botão que estava em seu relógio e, como num passe de mágica,
não só ele tinha sumido, mas toda a sua casa tinha desaparecido no
ar, como se nunca tivesse existido, ficando apenas o terreno e uma
pista, um envelope onde encontraram informações sobre uma certa
máquina nuclear de raios...
Voltando aos garotos, apareceram jornalistas e eles começaram
a perguntar sobre a identidade deles, mas Beatriz interrompeu
dizendo: - A identidade deles permanecerá secreta, mas podem
chamá-los de: “A ÚLTIMA ESPERANÇA”, qualquer pergunta vocês
podem fazer a mim, que sou eu quem vai responder e cuidar da
proteção deles. Mas no momento, eles precisam ir embora. -
Finalizou Bia.
Então, Courtney a pegou pelas mãos e começaram todos a voar
para longe dali sem entender, porém, as coisas que ela disse.
- Como ela iria nos proteger, cuidar e patrocinar? De onde será
que ela veio, já que apareceu do nada muito de repente? - Todos se
perguntavam...
Porém, ainda havia na cabeça deles muito mais perguntas do
que respostas... uma delas, que ninguém tinha percebido ainda, era
uma certa semelhança com alguém que eles conheciam, mas não
conseguiam saber quem era...

Ao que parece a aventura continuará...


Espero que tenha gostado do meu livro.

Até a próxima aventura.

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