Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Grupo 3
Eurico Viegas Nº 27329
Gonçalo Teixeira Nº 27305
Leonel Nabais Nº 27773
Paulo Gonçalves Nº 27296
Tiago Pereira Nº 27311
Introdução
- Espessura de camadas
- Rugosidade da superfície
- Composição
- Anisotropia Óptica.
Existem três tipos de dados adquiridos pelo elipsómetro, que são a intensidade de transmissão
e reflecção e a elipsometria.
Transmissão e Reflecção
Um raio de luz incide numa amostra com um determinado ângulo de incidência , este
ângulo é o ângulo entre a direcção do feixe emitido e a direcção normal à superfície da
amostra. No limite do meio, parte da luz será transmitida pela amostra a um ângulo ,
enquanto a outra parte será transmitida pela amostra com um ângulo de . A lei de Snell diz
que é necessário que os três feixes estejam no plano de incidência. O plano de incidência (que
contém o feixe emitido, o feixe reflectido e a direcção normal à superfície da amostra). Em
baixo temos uma figura que ilustra os feixes e o plano de incidência.
As medições de transmissão e reflecção adquirem razões de intensidade (T e R
respectivamente) para uma dada amplitude de comprimentos de onda. T e R são as razões da
intensidade de luz transmitida It ou reflectida Ir, sobre a intensidade de luz incidente Ii na
amostra, tal como mostram as seguintes equações:
Elipsometria
A elipsometria mede a razão entre dois valores, por isso pode ser bastante precisa e
reproduzível. Pela relação imediatamente anterior, a razão é um número complexo, pelo que
contem informação de fase em , que faz com que a medição seja muito sensível. Pode-se ver
na imagem a seguir, um feixe linearmente polarizado ser convertido num feixe polarizado
elipticamente reflectido. Para qualquer ângulo de incidência superior a 0 graus e menor que 90
graus, a luz polarizada s e p serão reflectidas de maneira diferente.
O sistema de coordenadas utilizado para descrever a elipse de polarização é o sistema p-s. A
direcção s é perpendicular à direcção de propagação e paralela à da amostra. A direcção p é
perpendicular à direcção de propagação e está contida no plano de incidência.
Vantagens da Elipsometria
Mede uma razão entre dois valores (Bastante preciso e reproduzível, mesmo em níveis
de pouca luz, não é necessário uma amostra de referência)
Mede uma “fase” (aumento de precisão, dá-nos dois valores para cada comprimento
de onda)
Elipsometria Espectroscópica (mais informação -> mais informação sobre o filme,
VASE)
Constantes Ópticas
As constantes ópticas definem como a luz interage com o material. O índice de refracção é
uma representação das constantes ópticas de um material, e é dado por:
Tendo maximizado esse valor, fechamos a janela “Views” e é feita a aquisição de sinal em
“Aquisition Routines”. Este processo será repetido para a amostra de Silício cristalino e para a
amostra de Silício amorfo depositado sobre vidro. Após a medição ser efectuada, é criado o
modelo da amostra.
A criação do modelo da amostra é feita criando um “New Model” no software. Esta opção abre
uma janela que permite adicionar as camadas “Layers” necessárias para modelar o
comportamento óptico da amostra, especificando a espessura de cada camada assim como o
material da qual é constituída. É importante estar na posse do máximo de informação
possível sobre a amostra que se pretende modelar, conhecendo o ou os materiais que a
constituem, tendo uma estimativa da espessura das várias camadas, etc.
Amostra de Silício cristalino
No caso das bolachas de silício cristalino, em contacto com o ar forma-se na sua superfície uma
camada de óxido de silício com alguns Å de espessura. Assim, o nosso modelo para esta
amostra terá duas camadas: por um lado um substrato (Csi_wor.ref) que se considera de
espessura infinita porque a luz nunca o vai atravessar de um lado ao outro, e por outro a
camada de óxido (Sio2_asp.ref) na superfície, para a qual estimamos uma espessura inicial
(guess value) de 20 Å.
Após a criação do modelo, adiciona-se (por arrasto com o rato) o ficheiro com a medida
experimental na secção apropriada da janela do modelo e procede-se com o “Fit”. Esta opção
activa o processo de “Fitting” que vai actuar sobre as variáveis do modelo, alterando o seu
valor, de modo a que se conseguir o melhor ajuste possível entre as curvas de I I geradas
S C
pelo modelo com as curvas de I I medidas. Uma nova janela é então mostrada com o ajuste
S C
entre a medida experimental e o modelo, indicando qual o melhor valor de espessura.
ii - Fitting em IS e IC dos pontos experimentais com as curvas geradas pelo modelo, para uma amostra de c-Si com
óxido nativo na superfície
2
A espessura de óxido nativo medida neste caso foi de 25 Å e o erro da medida (χ ) foi de
0.374.
Amostra de Silício amorfo sobre vidro
O facto do substrato sobre o qual o silício amorfo foi depositado, i.e., o vidro, ser transparente,
implica que durante a medida existe a contribuição das reflexões tanto das interfaces
superiores (que contém a película de a-Si:H) como da inferior (vidro/ar) do vidro. A reflexão da
interface inferior designa-se por reflexão incoerente. Ora, isto implica que a utilização de um
simples modelo considerando o vidro como um substrato de espessura infinita não produzirá
resultados correctos.
A solução implica uma alteração do modelo tipicamente utilizado em substratos opacos. Esta
solução implica considerar no modelo a interface inferior, vidro-ar. Para tal considera-se o
vazio como substrato e o vidro como sendo uma película (camada 1), inserindo-se a espessura
correspondente ao vidro.
Para além da interface vidro-ar este modelo apresenta, tal como o anterior, uma película de
oxido de silício, cuja espessura queremos igualmente determinar.
Neste caso devido à espessura da película de a-Si:H forma-se franjas de interferência que são
visíveis até uma energia de 2.2 eV. É a partir do número destas franjas que se determina a
espessura do filme. A espessura de a-Si:H medida foi de 2818 Å e a espessura de óxido medida
2
foi de 35,99 Å, com um erro de medida (χ ) de 0.850.
v - Indice de refracção, n, e coeficiente de extinção, k para o a-Si:H
Referências
Guião do Trabalho Prático de Introdução às Propriedades da Luz, Propriedades Ópticas
dos Materiais e Princípios de Elipsometria Espectroscópica, DCM FCT-UNL, 2006