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Bonecas de algodão,
costuradas a mão, em diferentes
violência, apresenta, na realidade, UITla falsa irriagern do tamanhos. Proveniência Car uarú,
Pernambuco.
hOITleITldo Sertão do Nordeste - sirn ples e bondosa. Assirn Foto Arquivo Lina Bo Barcii
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A literatura de Cordel, sob urna aparente revolta e Acima. Bonecas de algodão,
costuradas a mão, em diG"'('III'
violência, apresenta, na realidade, urna falsa imagem do rarnarrhos. Proveniência :;111111' 11
Pernarn buco.
homem do Sertão do Nordeste - simples e bondosa. Assim Foto Aequivo Lma Bo Barcli
Al ru ra 13 rn , "'''1-\11'., '1.,11
p lesmente não existe: é urna produção "bonitinha" que se Provcniên ia FOI'I:d(·/.•, I l I I
3 5
I 1111 II I
111., I. 1II II1 d I'ldllll 1111111 I1I d 1"lIdll,.11I
fllltlOlll1l (OII'ClI',I:'ÍII n,
perado de cultura.
37
Documentação de Arte Popular na
Exposição Civilização do Nordeste,
no Museu de Arte Popular do Unh,,,.
Os objetos erarn apresentados ern
caixotes. No andar térreo os pilões,
as carrancas do Rio São Francisco,
as jangadas. Em segundo plano a
figura do "Caboclo", símbolo da
independência nacional; esculpi I" ,'li.
madeira po licrornad a. Foi o p ri rnc-lr u I
"desfilar", em 1922, nas ruas dn 11,1111 I
Salvador, Bahia.
Fotos Arrnin Guthlnall.n
Conjunto arquitetônico do Unhão. Os químicos e munIçoes (no século XX).
edifícios, modificados em 1770, O Conjunto foi restaurado, em 1959,
rern o n carn o século XVI. O Conjunto é de acordo com o Serviço do Patrimôn io
situado à beira-mar, na Bahia de Todos Histórico e Ar tisrico Nacional, dirigido
os Santos. A Casa Grande, a Senzala, a por Rodrigo Mello Franco de Andrade,
Igreja e as construções circundantes, no Governo Juracy Magalhães.
mudaram de destinação com o tempo: Restauração inaugurada em 1963 COIUa
Trapiche, Fábrica de Rapé (no século Exposição Civilização do Nordeste -
XIX) depósito de gasolina, produtos Museu de Arte Popular. Salvador, Bahia.
Foco Armin Guchmann
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A nova escada do Solar do Unhão.
Realizada com O sistema de encaixes
dos carros de boi. Pilar central em
Pau-d'Arco e piso em Pau-cie-Ip ê.
4 o
lJmburana, Pau d'Alho, Pita, as madeiras dos ex-vor.os.
I I I. " "Paus":
ti t 111
NO NO
IBIRAPUERA IBIRAPUERA
VISITE a EXPOSltaO
21 D[ S!f[MBRO . 31 DE OEZlMBRO D[ 1959 • 540 PAIllO - BRASil
"I'" li )'"rs.
IIpll\'11 Linn Bo Bardi
"1,fll/tI~·. em colaboração com vitória do povo. Irrstr urrierrtos de rn úsica negra, roupas de
"/,, '/1' 'f('l7tro da Universidade
santos ern seu esplendor, figuras de orixás rn ister iosos. Es-
I /1,,1, fillldada e dirigida por
culturas da África e da Bahia, a rn ost rar a nossa ligação co rn
11 (,'()//('I7.Lves,a "Exposição
1"';III1'ira pande exposição as terras de Aioká. A cer'ârnica popular de tôda a beleza, as
I " / '11/111111r nordestina, carrancas das barcas do rio São Francisco, rio da nossa uni-
·"tI'IIfI.\· rtrr Antropologia Cul- dade e exerrip.lo da fôrça e da resistência do Irornern brasilei-
/11I0 111I /I rte. A exposição,
ro. Esteiras, rêdes, panelas de barro, potes para água fresca,
1/ ,111/11 1ft, .foLhas secas, seus
aquilo de que o horriern se serve para o cotidiano da vida,
~, (J!'i 'di.. stras colchas de re-
I, III tJ/~jl,/tJ.I· ('0 tidia nos, co- pobres objetos que ilurn iriarn sua pobreza COllla poesia de
I 11',', Ilfll/O t} ,<?I'Ilildc' documen- urn desenho, de urna flôr, de urria figura. Tudo que o povo
1111
Acima e próxima página. A Exposiçnn
Bahia, na V Bienal, setembro de 19 'I,
foi a primeira apresentação (do pontO.I,
vista da Antropologia Cultural mais 10
que da "Arre") do poder criativo do Povo
Nordestino. Ibirapuera, São Paulo.
Fotos Miroslav j avurek
4 4
--.
.,~:-~~
....;.-~~~~~~
Nota do Editor:
Esta Exposição foi organizada por
Lina Bo Bardi e Marrirn Gonçalves,
que era Diretor da Escola de Teatro
da Universidade da Bahia.
Este artigo de Brn no
foi publicado em 14 de 111,1/ I
di BRUNO ZEJ'I
I' 11' 1.11 I.I'/,·S '111 EIs' J irnpr ssão; resta apenas resolver
I~rasil ira: a exposição não será feita, tudo deve ser desmon-
I I ''', ' """ írrd io. Aplicações .I,. d s culturais. Além do mais, esta não é urna exposição de
" " , ,dil~sobre algodão crú d . '.Il ()
1,",.18 cm,Jargura98 111. arte qualquer; contém urna carga explosiva. "Os panos su-
1110 'li '01 M.lr"gojipinho, Sergrpr-.
I pl! 'I I !lUI Bo Barcli jos lavam-se em casa", talvez em São Paulo ou no Rio de
4 7
americanos, madeira, palha, refugos, páginas de revistas
instituiu a Escola de Belas Artes e, finalmente, os facha.disras Bule feito de UlTIalata de Toddy.
Altura 25 ClTI.Proveniência Feira I,
italianos que no século passado ap licavarri fachadas de bolo Santana, Bahia.
Foto Luiz Hossaka
de noiva às construções dos mestres de obra bloquearam
li '.'.111111),
IlllI .1 to i rr 'v 'r.sív .Ld I'Llptura e de libertação,
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Rorna. Em janeiro de 1964 o Itamm.u,
iria apresentar na Europa a Exposição
Civilização do Nordeste precedentem ·"1
montada no Museu do Unhão, na B:dll,'
Na véspera da inauguração (na Gall .riu
Nazionale dArre Moderna) a Embai:x:••11
do Brasil a proibiu, julgando-a subversivo'
O material foi enviado de volta ao Brn 11
Foto Oscar Savio
5 O
,1\', 1 »t». Nota do Editor:
11""ilrim, Estas duas exposições foram organizadas,
I_ 111 di lI(' POPII!.II', dirigi das e montadas por Lina.
qll 111'. dtl NOld 'o"~ ",
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tável centro do are an::110do .a r u-r. !\( l- ql! '.1 01 rid:1 p.II,1
sos escultores.
ência da produção; Massapé, velha cidade plantada no leito Jeep. Brinquedo. Madeira de
caixote e lata de lco. Pro ven iêm 1,1
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