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(1) [Antes de iniciar a partilha da herança de NOME DO DE CUJUS, deve-se primeiro fazer uma

referência aos pressupostos gerais da vocação sucessória (art 2032), nomeadamente, a


existência do chamado, a capacidade e a titularidade da designação prevalente, que devem
estar presentes durante toda a resolução da hipótese].

(2) LEGITIMÁRIA: [Ora bem, após a abertura da sucessão nos termos do artigo 2031 (momento
da morte do NOME DO DE CUJUS e no seu último domicílio), deve-se, em primeiro lugar,
apurar a sucessão legitimária. De acordo com o art 2157, apuram-se os herdeiros legitimários
de acordo com as regras para a sucessão legítima. Logo, por remissão aos artigos 2133 e 2134,
de acordo com o regime das classes de sucessíveis e da preferência de classes, serão herdeiros
legitimários COLOCAR NOME DAS PESSOAS] (conj + desc → não teremos um caso de
ascendentes a princípio).

[Deve-se agora proceder para p cálculo do valor total da herança (VTH) segundo a fórmula
estabelecida no artigo 2162. Aqui, existe uma divergência doutrinária sobre o VTH, em que por
razões históricas e em proteção dos credores, a Escola de Coimbra segue uma corrente
minoritária que aplica a fórmula VTH = R – P + D. Entretanto, seguindo a orientação da
corrente maioritária em que a regente se insere, penso que a Escola de Lisboa oferece uma
interpretação mais literal e atualizada do artigo 2162, e portanto, será a fórmula utilizada para
resolução da hipótese sub judice. Assim, aplicando a fórmula de Lisboa R + D – P, o VTH in casu
será de VALOR].

>> ver se o bem entre na colação ou não – 2110 (o bem\ valor x não entra para o cálculo porque de acordo com o
artigo 2110 n2 não esta sujeito a colação)
>> ver se a disposição é mortis causa → O bem x não entra para o cálculo do donatum porque este ainda esta no
patrimônio do de cujus e por isso é essencialmente um valor já computado dentro do relictum.

[Depois, atendendo ao art 2159 (legítima dos cônjuges e dos filhos – ou 2158\ 2161 etc),
afirma-se que a legítima objetiva será de 2\3 do VTH, ou seja, VALOR. Desta forma...

>> Se for só 1C + até 3 F → ...cada legítima será dividida por cabeça no valor de VALOR de
acordo com o artigo 2136].
>> Se for 1C + mais que 3F → ...temos que ter atenção para aplicação do art 2139 n2: a quota
do cônjuge não pode ser inferior a uma quarta parte da herança, o que significa que neste caso
NOME DO CÔNJUGE receberá 1\4 do LegObj e seus filhos cada um O QUE SOBRA\ N DE
FILHOS].
(3) CONTRATUAL: [O próximo problema a se analisar é em relação à sucessão contratual.
Dentro do âmbito das sucessões contratuais, existem 3 modalidades: pactos renunciativos,
pactos designativos (aquisitivos ou de succedendo) e pactos dispositivos (2028). Os pactos
renunciativos e dispositivos são nulos por uma questão de moralidade e praticidade. No
entanto, in casu estamos perante um pacto designativo, que para ser válido têm de ser feito
em convenção antenupcial de acordo com os artigos 1699 n1, 1700, 1701, 1705 e 1710. Além
disso, entre as partes do pacto designativo deve estar um dos esposados como doador ou
donatário (1700 n1) e terceiros tem de intervir como aceitante (1705 n1)].

Aqui usa-se a fórmula R + D posterior - P por força do artigo 1702\1

>> não estão cumpridas → [no caso, não esta cumprido o requisito de REQUISITO, por isso,
deve-se aplicar o artigo 946, uma conversão legal em disposição testamentária desde que
sejam verificados as formalidades dos testamentos, ou seja, por documento particular
autenticado ou, de acordo com a doutrina e com o DL n116\ 2008 de 4 de julho, feita por
escritura pública. Aplica-se regime dos testamentos].

>> estão cumpridas → [no caso, não a dúvida que estão preenchidos os requisitos, e não é
necessário aplicar o regime do 946 por ser um caso previsto na lei. Essa doação mortis causa
sendo admitida por lei prevalece sobre disposições testamentárias de acordo com o principio
da irrevogabildiade dos pactos sucessórios (art 1701)].

• Verificar: caducidade e revogação dos pactos sucessórios.

POR um terceiro a favor de um dos esposados:


>> Revogável por duplo consentimento: 1701 n1
>> Caduca por Divórcio (1791)\ Separação de pessoas e bens (1791 ex vi 1794)
>> Morte do donatário antes do doador (1703 n1)
➔ Exceção: 1703 n2: se o doador tiver descendentes legítimos nascidos do casamento.

DD>> [Segundo a professora MSP, o texto do artigo ofende o princípio constitucional da não
discriminação dos filhos nascidos fora do casamento (art 36n4 da CRP). Porém, de acordo com
o professor JDP, ainda que de facto seja o caso, tal preceito é justificável a luz do princípio do
favorecimento matrimonial por se tratar de uma hipótese de direito de representação em
favor de descendentes nascidos do casamento. Logo, a disposição caducaria].

A FAVOR DE um terceiro:
>> em princípio, a revogável requer por duplo consentimento: 1701 n1 + 1705n1 → exceto se
tiver o doador reservado à qualidade de revogação unilateral (1705n2). Caducam se o
donatário morrer antes que o doador (1705 n4).

(4) TESTAMENTÁRIA: [O próximo passo será analisar as deixas testamentárias presentes na


hipótese. O testamento é, de acordo com o artigo 2179, um NJ livremente revogável, gratuito,
pessoal e unilateral].
>> Ver se de cujus tem capacidade (2188 + 2189) → por norma, sempre vai ter. Ou seja: [No
caso, NOME DO DE CUJUS, tem plena capacidade de acordo com os artigos 2188 e 2189 para
testar. Sendo um testamento público\ cerrado, deve ser (colocar disposição do artigo 2205 ou
2206, de acordo se for testamento público ou cerrado)].

[Agora, deve-se analisar as disposições em concreto]. Ir uma a uma.


1) Herança (sempre que for pra calcular uma parte\ porcentagem, tenha com base a
massa resultante da formula VTH = R – P >> 2024 e 2068) ou legado (2030)
2) Indisponibilidades relativas (2192 -2198)
3) Per relacionem (2184)

DD:
>> Guilherme de Oliveira\ Varela Antunes, por interpretação declarativa e a contrario
do art a disposição remissiva seria válida se o documento ao qual se reporta o
testamento tivesse sido escrito e assinado pelo testador com a mesma data ou
anterior ao testamento.
>> JDP: disposições essências devem observar a forma do testamento sob pela de
serem nula por não terem o que o professor chama de uma dignidade formal por
possuírem uma autenticidade potencialmente duvidosa.

4) Condições, termos ou modos (2229 e ss)


5) Em substituição (further info below)
6) Revogação:
>>231 faculdade da revogação que pode ser (1) expressa (2312) ou (2) tácita (2313).

(*) VOCAÇÕES ANÓMALAS OU INDIRETAS → se tiver tempo, fica mais bem organizado se
separares como uma análise autônoma exemplificado abaixo. Mas, uma boa dica pra poupar
tempo é quando elas existirem, falar logo delas já na Legitimária, Contratual e Testamentária.
Do gênero: [entretanto, cabe ainda aqui ter atenção no facto de por PESSOA X morrer\ ser
indigno\ ter aceitado em substituição da legítima\ incapaz, existe espaço para aplicação do
regime da vocação indireta\ anómala do...]

Otherwise → [Agora cabe também analisar no caso as vocações indiretas e anómalas. Mais
especificamente, temos que discutir na hipótese sub judice sobre]

1) Direito de Representação – vocação anómala indireta


2039 e 2040

Pressupostos: impossibilidade de aceitação


➔ Morreu antes do de cujus (T+L)
➔ Sucessível é incapaz (L) – 2037n2
➔ Repudiou a herança (T+L)

Testamentárias, 2041 n2: quando não vai se poder aplicar


2) Transmissão do direito de suceder – vocação anómala derivada - 2058

Pressupostos: exige uma dupla capacidade (quanto ao primeiro e ao segundo de cujus


– diferença para o direito de representação, que são chamados mesmo se incapazes
frente ao seu ascendente) e abertura sucessiva de duas sucessões
+ sobrevivência do segundo de cujus;
+ chamamento do 2 de cujus à primeira sucessão
+ morte do sucessível sem aceitar\ repudiar a primeira herança;
+ chamamento da 3ra pessoa à segunda sucessão enquanto herdeiro;
+ aceitação da 3ra pessoa quanto à segunda sucessão.
ps: pode repudiar a primeira sucessão.

3) Direito de Acrescer: vocação anómala indireta


2301

Ocorre na sucessão legal + testamentária

Legal: pressupostos (1) não pode\ não quer aceitar + (2) não ser possível aplicação do
direito de representação. – art 2137

➔ Também se aplica nos casos de aceitação de um legado em substituição da legítima


inferior ao da cota da sucessão legal

Testamentária: pressupostos (1) instituição de vários herdeiros na totalidade ou numa


quota do património ou nomeação de vários legatários ao mesmo direito determinado
+ (2) não operar direito de representação\ substituição direta + (3) legado não tiver
natureza estreitamente pessoal.

Respeitar as proporções 2301 (herdeiros) ou 2301 ex vi 2302 (legatários)

4) Substituição Direta: vocação anómala indireta


2281 + 2285, em que o testador diz expressamente quem vai substituir caso o
sucessível não possa\ repudie. O substituto sucede imediatamente ao de cujus.

Se a pessoa morrer posteriormente ao de cujus sem aceitar ou repudiar a herança,


opera-se a transmissão de direito de suceder e não substituição direta (2058)

Substituição fideicomissária: vocação anómala que vem do latim, fides, que significa
confiança. Consagrada no art 2286 e ss, o de cujus escolhe alguém (herdeiro instruído)
como fiduciário para conservar a herança a favor de outrem, chamado este de
fideicomissário. JDP critica esta noção falando apenas de substituição fideicomissária
regular de deixas testamentárias a título de herança. Esta substituição pode ser feita em
pacto sucessório (1700º/2); aplica-se aos legados (2296º) e pode verificar-se quando falte
a estipulação do encargo de conversar ou da reversão.

No caso sub judice, temos NOME como fiduciário e NOME como fideicomissário.

Fazer recapitulação: Logo, após essa análise extensiva, concluímos que serão chamados para a
sucessão de NOME DO DE CUJUS, COLOCAR NOMES DE CADA UM - fazer referência ao mapa
no final.

(5) IMPUTAÇÃO DAS LIBERALIDADES: Cabe ainda analisar a imputação das liberalidades, ou
seja, o enquadramento contabilistico de uma liberalidade na quota disponível ou indisponível
do VTH de NOME DO DE CUJUS.

Intervivos (doou):
a) Não legitimários – QD
b) Legitimários
i) Cônjuge: 3 doutrinas
1) ML, MSP – QD, é um caso omisso da legislação, faz-se colação
2) PCR – QI, se exceder QD e com igualação, aplicando colação por analogia
3) JDP – meia colação, ou seja, imputa-se na QI mas se exceder o valor não
faz-se igualação por colação.
4) PC – QD e não se faz colação. Deve-se presumir que o de cujus quis
beneficiar o cônjuge.

Cônjuge não pode receber do relictum livre menos do que aquilo que
recebe um descendente, ou seja, ainda que não esteja obrigado a colação,
pode obter uma vantagem reflexa do instituto entre os descendentes,
tendo uma posição idêntica, ou privilegiada, na sucessão legítima (2139 n1
e 2157).

ii) Descendentes:

Sujeita a colação – imputa-se na QI e o restante na QD (art 2104, 2105, 2106,


2108 e 2110)

Não for sujeita a colação, imputa-se na QD (art 2113 e 2114) + 2105 a


contrario que é o caso de um não ser um herdeiro prioritário ou presuntivo a
data da doação.

Legados – doações mortis causa


a) Não legitimários – quota disponível
b) Legitimários:

i) Pre Legados (QD) – 2264


Quando não existam elementos que permitam considerar a deixa
testamentária de bens determinados como sendo imputável na quota
indisponível, a regra é que ela será na quota disponível valendo como um
legado testamentário ou pré legado.

ii) Legados POR CONTA da legítima (QI) – 2163 a contrario >> uma deixa por
conta da quota hereditária de uma herança ex re certa
Imputado na QI, o excesso imputados na QD, igualação – questão doutrinária

iii) Legados EM SUBSTITUIÇÃO da legítima – 2165

Imputa-se na QI. Disposição mortis causa de bens determinados em


benefício de um sucessível legitimário que, conformando-se com ela, nada
mais pode reclamar a título de legítima, independentemente do valor
atribuido pelo de cujus.

PCR: até o limite da sua imputação na quota indisponível, é um legado


legitimário cuja aceitação não obsta a que o beneficiário obtenha a
qualidade de herdeiro legítimo. Consequentemente, seria aplicável o
direito de representação deixado a um sucessível que fora alvo de uma
declaração judicial de indignidade e pode ainda exigir a redução das
liberalidades.

JDP: o legado em lugar da legítima é um legado testamentário cuja


aceitação retira ao beneficiário a possibilidade de suceder enquanto
herdeiro legítimo, que a aceitação do legado implica uma opção pelo título
testamentário, não comulável com o título legal e, se houver indignidade,
não é admissível representação no legado em substituição e não pode
requerer a redução das liberalidades.

>> A aceitação de um legado pode determinar vocações indiretas, se


forem inferior à sua legítima¿¿ Se não tiver descendentes – direito de
acrescer. Mas e se tiver descendentes¿¿
➢ ML defende Direito de acrescer;
➢ JDP defende Direito de representação pq implica-se uma renúncia à
legítima= repúdio da sucessão legitimária.

>> Tem direito a sucessão legítima¿¿¿


➢ PCR: não se obsta a que o beneficiário do legado em substituição
obtenha a qualidade de herdeiro legítimo. É apenas um legado
legitimário (“legítima em forma de legado”) e não influencia em nada
na sucessão legítima. Só vai substituir a legitima subjetiva pelo que
pode receber por via da herança legítima o que lhe cabe na quota
disponível
➢ JDP: vai contra o princípio da indivisibilidade da vocação, que é
absoluto no campo da vocação legal hereditária e que obsta a que
uma pessoa impossibilitada de suceder como herdeiro legitimário
consiga obter a qualidade de herdeiro legítimo quanto ao mesmo de
cuius

Regime da Redução das Liberalidades:a aplicação de redução as liberalidades que


impeçam algum dos sucessíveis legitimários a receber a legítima subjetiva por
exceder a cota disponível.

2171 – ordem
i) Herança – se se bastar as heranças, será feito proporcionalmente (2172)
ii) Legado – havendo vários elgados, proporcionalmente (2172)
iii) Liberalidades em vida
iv) Liberalidades mortis-causa → lacuna, doutrina equipara as liberalidades de
vida 2173. Se tiver mais que uma liberalidade, seja IV ou MC, é feita por
ordem cronológica.

Quem pode requerer são os legitimários e seus sucessores (2169) → ver


questão dos Legados EM SUBSTITUIÇÃO.

JDP: É possível estipular ordem de redução distinta da solução que a


doutrina propõe quando haja pacto sucessório, o que é admissível ao
abrigo do princípio geral da liberdade contratual.

Agora analisar se há doações sujeitas à colação, ou elas couberam na legítima ou


se transpus algo para a QD tenho que fazer igualação.

A noção de Colação esta prevista no artigo 2104 n1. Este instituto baseia-se na
presunção iuris tantum de que o autor da sucessão quando faz uma doação a um
dos filhos (ou outro descendente que na altura seja sucessível legitimário
prioritário) não pretende avantaja-lo relativamente aos demais – em princípio os
filhos são tratados da mesma forma e um não é beneficiado em detrimento de
outro. No caso, o BEM seria apenas uma antecipação daquilo que DESCENDENTE
QUE RECEBEU BEM receberia e, uma vez que era uma herdeira\o presuntivo no
momento da doação, esta sujeito a colação.

Atenção: 2106 → recai sobre representantes

Calcular:
1) Ver qual a QD remanescente objeto da sucessão legítima (QD – Colação que foi
imputada na QD – Testamentos – Contratual)
2) Calcular a Quota Hereditária =
legítima subjetiva + % da Herança Legítima fictícia (QD livre + valor da colação
na QD)
Se for maior que o valor da colação → não vai ser igual, relictum livre se divide
entre todos igual menos pro cara da colação
Se for menor ou igual → vai ser igual, se divide em igual, sendo o cara da
colação recebe somente até o valor que fique igual a sua quota hereditária.

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