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1-Qual a definição de Diabetes Melittus conforme a AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2015?

O termo diabetes mellitus descreve uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por uma
hiperglicemia crónica com distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultantes de
deficiências na secreção ou ação da insulina, ou de ambas. Os efeitos da diabetes mellitus longo prazo, incluem
danos, disfunção e falência de vários órgãos. diabetes mellitus pode apresentar sintomas característicos tais
como sede, poliúria, visão turva e perda de peso. Em casos mais graves pode desenvolver-se cetoacidose, ou um
estado hiperosmolar não-cetónico que pode conduzir letargia, coma e, na ausência de tratamento adequado, à
morte. Na maioria das vezes os sintomas não são graves, podendo até estar ausentes, e consequentemente pode
estar presente durante muito tempo uma hiperglicemia suficiente para causar alterações patológicas e funcionais,
antes de ser feito o diagnóstico.

Os efeitos longo prazo da diabetes mellitus incluem, o desenvolvimento progressivo das complicações
específicas de retinopatia diabética com potencial cegueira, nefropatia que pode conduzir insuficiência renal,
e/ou neuropatia com risco de ulcerações nos pés, amputações, artropatia de Charcot e sinais de disfunção
autonómica, incluindo disfunção sexual. As pessoas que sofrem de diabetes têm um risco aumentado de doença
cardiovascular, vascular periférica e cerebrovascular. Estão envolvidos no desenvolvimento da diabetes, vários
mecanismos patogénicos. Estes incluem mecanismos que destroem as células-b do pâncreas com consequente
deficiência de insulina, e outros que resultam na resistência à ação da insulina. As perturbações nos
metabolismos glucídico, lipídico e protídico devem-se à deficiente ação da insulina nos tecidos alvo que resulta
da insensibilidade ou falta de insulina.

2-Defina a DM gestacional.

A diabetes gestacional refere-se à intolerância aos hidratos de carbono que resulta em hiperglicemia de
gravidade variável e que tem início ou é reconhecida durante gravidez. Não exclui possibilidade da intolerância
à glicose anteceder gravidez e de não ter sido, previamente, reconhecida. definição aplica-se,
independentemente, de ser necessária ou não utilização de insulina para o tratamento ou de o problema persistir
após gravidez.

Nas mulheres com diabetes mellitus prévia à gravidez, quando engravidam não têm diabetes gestacional mas
sim "diabetes mellitus e gravidez" devendo ser tratadas de acordo com isto, antes, durante e depois da gravidez.
Na fase inicial da gravidez (i.e. primeiro trimestre e primeira metade do segundo), as concentrações de glicose,
em jejum e pós-prandiais, são, geralmente, mais baixas do que o das mulheres normais não grávidas. Nesta fase
da gravidez, valores elevados de glicose plasmática, em jejum ou pós-prandiais, podem refletir presença de
diabetes prévia à gravidez mas, os critérios para designar concentrações de glicose anormalmente elevadas nesta
fase, ainda não foram estabelecidos. Concentrações de glicose plasmática mais elevadas do que o normal, neste
período da gravidez, obriga uma cuidadosa vigilância e pode ser uma indicação para realização da PTGO
(Anexo 1). No entanto, na fase inicial da gravidez, tolerância normal à glicose não implica, só por si, que
diabetes gestacional não possa desenvolver-se mais tarde.

As mulheres com risco elevado para diabetes gestacional são: mulheres mais velhas, as que têm história prévia
de intolerância à glicose ou de bebés grandes para idade gestacional, mulheres pertencentes grupos étnicos de
risco elevado e qualquer mulher grávida que tenha valores de glicemia, em jejum ou ao acaso, elevados. Poderá
ser apropriado fazer-se o rastreio, no primeiro trimestre da gravidez, nas mulheres que pertencem populações de
alto risco, de forma detectar uma diabetes mellitus previamente não diagnosticada. As provas de rastreio para
diabetes gestacional são feitas, geralmente, entre as 24.ª e as 28.ª semanas de gestação.

3-Quais os sintomas clássicos” da diabetes, também conhecidos como os “4 Ps?


A diabetes tipo 2 é assintomática em grande parte dos indivíduos, por isso cerca de 50% das pessoas com
diabetes não sabem que têm a doença, muitas vezes permanecendo não diagnosticados até complicações se
manifestarem. Por vezes, podem ser observados os chamados “sintomas clássicos” da diabetes, também
conhecidos como os “4 Ps”, Poliúria, Perca de Peso, Polifagia,polidpsia.

A diabetes é uma doença que pode levar a complicações crônicas e agudas.

Nas fases mais avançadas da doença ocorre uma série de complicações crônicas como neuropatia, retinopatia,
doença cardiovascular aterosclerótica, entre outras. Essas complicações decorrem principalmente das alterações
vasculares (macro e micro) causadas pela hiperglicemia (WEINERT et al., 2011).

4-O cirurgião-dentista não deve executar procedimentos se os níveis de glicemia capilar apontar quais valores, a
fim de prevenir crise hipoglicêmica?

O cirurgião-dentista não deve executar procedimentos se os níveis de glicemia capilar apontarem valores
inferiores a 70mg/dl, a fim de prevenir crise hipoglicêmica.

5-Quais os anestésicos locais mais utilizados em pacientes com DM?

O uso de anestésico com vasoconstritores para pacientes com DM é permitido e aconselhável. Indica-se
anestésico com adrenalina 1:100.000 obedecendo–se às doses máximas recomendadas.

6- O que fazer se durante a consulta odontológica o paciente apresentar queda nos níveis de glicose (crise
hipoglicêmica)?

Se durante a consulta odontológica o paciente apresentar queda nos níveis de glicose (crise hipoglicêmica), o
tratamento deve ser suspenso imediatamente.

Posicionar o paciente confortavelmente na cadeira e oferecer um copo com água ou xícara de chá bem
adocicado, uma bala ou, ainda, um bombom – correspondendo a cerca de 10 g a 20 g de carboidrato de absorção
rápida, repetindo-se em 15 minutos, se necessário (BRASIL, 2018).

Após sua administração, testar novamente os níveis de glicose após 15 min. Quando a pessoa estiver
inconsciente, chamar imediatamente o serviço de urgência. A conduta será realizada pelo médico, que
administrará, via IV, 20 ml a 50 ml de glicose a 50% (BRASIL, 2018).

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