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Ficha de trabalho
TRABALHO E EMPREGO
Documento 1
A noçã o de trabalho tem assumido ao longo do tempo diferentes significados. Na aceçã o comum,
trabalho significa qualquer atividade em que nos ocupamos e despendemos grande parte da
nossa vida, seja de forma remunerada ou nã o. De facto, as atividades, por exemplo desenvolvidas
em casa, como as tarefas domésticas, tratar do jardim ou arranjar o carro, embora nã o sendo
remuneradas, nã o deixam de constituir uma forma de trabalho, nã o sendo contudo
contabilizadas na riqueza produzida numa economia.
A origem etimoló gica de “trabalho” deriva da palavra latina tripalus (três paus), que significa no
latim popular um instrumento feito de três paus aguçados e com pontas de ferro, utilizado para
ferrar animais de grande porte ou para debulhar os cereais e o linho. Designava também um
instrumento utilizado para torturar. Foi a partir daqui que derivou a palavra tripaliare, ou seja,
torturar. Mais tarde a palavra apareceu associada a algo penoso, a sofrimento, a fadiga e a
trabalho.
Durante muito tempo considerou-se o trabalho como algo penoso ou um castigo que era
desenvolvido pelos escravos (esclavagismo) ou pelas classes sociais mais baixas, os servos da
gleba (servilismo), uma vez que trabalhar era uma condiçã o pouco digna dos homens livres, que
se dedicavam ao lazer, à contemplaçã o, à reflexã o e ao ó cio. Em oposiçã o a esta visã o negativista,
começa a surgir outra conceçã o que encara o trabalho como uma fonte de libertaçã o, de
progresso e de autorrealizaçã o, considerando que o trabalho dá dignidade ao ser humano.
Fonte: Moinhos, R., Silva, E. (2008) Á rea de Integraçã o – A Sociedade. Lisboa: Plá tano Editora
(Adaptado)
Documento 2
TRABALHO - Ato ou efeito de trabalhar; conjunto das atividades humanas, manuais ou intelectuais,
que visam a produtividade; esforço humano aplicado à produçã o de riqueza.
EMPREGO - Ato ou efeito de empregar; funçã o; cargo; ocupaçã o; aplicaçã o, uso que se faz de
alguma coisa. Ocupaçã o em serviço pú blico ou privado; cargo, funçã o, colocaçã o; trabalho.
Documento 3
Distinçã o entre:
a) Trabalho – atividade humana, física e/ou intelectual, de criaçã o de riqueza;
b) Emprego – institucionalizaçã o ou formalizaçã o de uma relaçã o social entre quem trabalha e
quem emprega.
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CENTRO DE FORMAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE ALCOITÃO
2. A forma como o trabalho tem sido percecionado tem variado ao longo do tempo. Explicite o
significado do trabalho para si.
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EMPREGABILIDADE
Documento 1
A empregabilidade baseia-se numa recente nomenclatura dada à capacidade de adequaçã o do
profissional à s novas necessidades e dinâ mica dos novos mercados de trabalho.
Documento 2
Documento 3
Com o aumento exponencial do desemprego verificado atualmente no nosso país, temos de ter
uma preocupaçã o ainda maior de formar os nossos jovens de modo a que consigam lidar com
este panorama e fazer face aos desafios que os esperam no mundo do trabalho.
A velha ideia de que poderá existir um ú nico emprego ou profissã o para toda a vida, tal como
acontecia há muito pouco tempo, já nã o faz mais sentido nos tempos que correm. O sentido de
carreira linear e progressiva numa determinada profissã o, anteriormente existente na maioria
dos casos, tem de ser abandonada pelos nossos jovens e compreendida pelos seus pais/ família,
com o risco de se aumentarem as consequências e impacto negativos. De facto e segundo Rui
Moura (1996, In Revista Dirigir), “a segurança do emprego típica de uma sociedade industrial,
deixa cada vez mais de ter lugar no sentido estrito da palavra. “
Entã o que fazer para lidar com todos estes problemas do nosso contexto social? Que
competências sã o exigidas pelos nossos empregadores do mercado de trabalho atual?
Antes de mais, devemos ter consciência destas situaçõ es e por outro lado, procurar construir
nã o só um projeto de vida, mas preparar-nos para a sua redefiniçã o constante e por outro,
procurar alargar, sempre que possível, o nosso leque de competências pessoais, sociais e
profissionais. “A sociedade mudou e hoje, no limiar da sociedade da informaçã o, a segurança
faz-se sobretudo de competências mú ltiplas, isto é, o emprego nã o está à espera de ninguém,
ele constró i-se por cada qual numa abordagem contingencial ao mercado.”(Moura, 1996,
Revista Dirigir).
Assim, devemos investir numa formaçã o que se adeque à s exigências dos possíveis
empregadores, com uma estreita colaboraçã o na definiçã o de perfis profissionais atuais e
futuros. E quais serã o as exigências atuais do mundo do trabalho?
Nos tempos que correm e em termos globais, a maioria das empresas valoriza um conjunto de
competências que vã o para além das competências técnicas, mas essencialmente ao nível
pessoal e social.
Portanto, há que evoluir ao nível também pessoal, valorizando:
O desenvolvimento de um pensamento flexível;
O contacto com todas as oportunidades de atividades profissionais ou lú dicas/ tempos livres;
A alteraçã o de funçõ es como uma oportunidade, ao invés de uma ameaça;
O desenvolvimento das diferentes á reas da inteligência (emocional, cognitiva, …);
As oportunidades de formaçã o que correspondem aos interesses e projetos vocacionais;
A preparaçã o para a transiçã o de atividade profissional;
O desenvolvimento da autonomia, capacidade de iniciativa, facilidade relacional e
comunicativa, capacidade de resoluçã o de problemas, capacidade de trabalho em equipa,
criatividade.
Finalmente, cada vez mais se caminha para a polivalência dos trabalhadores e a necessá ria
humildade na aprendizagem de novas competências, exigências atuais que permitem aos
indivíduos que as possuem, vingar mais facilmente no mercado de trabalho.
Sara Maria Pereira Guedes, Psicó loga
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