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Ética e

U2 LegislaçÃo
Profissional
Anuidades, Títulos Profissionais e Promoção de Acessibilidade Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM

Anuidades,
Títulos
Profissionais
e Promoção de
Acessibilidade
Objetivo do estudo
Após a conclusão desta unidade o aluno será capaz de:
- Identificar os valores das anuidades, emolumentos e taxas a serem pagas pelos
profissionais e pelas pessoas jurídicas para o desempenho de suas atividades;
- Identificar e quantificar os valores das multas cobradas de profissionais e de pessoas
jurídicas em virtude do descumprimento da legislação vigente;
- Entender a acessibilidade, as normas gerais e os critérios básicos para promovê-la;
- Estabelecer as diferenças entre imperícia, imprudência e negligência;
- Conhecer as profissões vinculadas ao sistema Confea/ Crea.

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Anuidades,
T1
emolumentos e taxas
(Lei nº 5194/66 (Art. 63 ao Art. 79)

De acordo com o Art. 63° da Lei 5.194/66 é obrigatório o pagamento de anuidade ao Conselho
Regional por pessoas físicas e jurídicas.

No caso de o profissional ou pessoa jurídica não pagar a anuidade durante dois anos
consecutivos, seu registro profissional será cancelado de forma automática sem prejuízo da
obrigatoriedade do pagamento da dívida. E outra coisa importante!!! Você deve ficar ciente
de que, caso você desenvolva qualquer atividade regulada nesta lei, será considerado
exercício ilegal da profissão.

Mas como posso me reabilitar?


Você vai ter que tirar outro registro, pagar o seu débito e também todas as multas,
emolumentos e taxas regulamentares que lhe forem impostas.

Resumindo.... Paguem a anuidade!!! Pois em muitas ocasiões será necessário comprovar o


pagamento ao Conselho Regional na sua região de origem ou naquela que passar a residir.
Veremos algumas ocasiões importantes a seguir:

Art. 65 - Toda vez que o profissional diplomado apresentar a um Conselho


Regional sua carteira para o competente “visto” e registro, deverá fazer prova de
ter pago a sua anuidade na Região de origem ou naquela onde passar a residir.

Art. 66 - O pagamento da anuidade devida por profissional ou pessoa


jurídica somente será aceito após verificada a ausência de quaisquer débitos
concernentes a multas, emolumentos, taxas ou anuidades de exercícios
anteriores.

Art. 67 - Embora legalmente registrado, só será considerado no legítimo


exercício da profissão e atividades de que trata a presente Lei o profissional ou
pessoa jurídica que esteja em dia com o pagamento da respectiva anuidade.

Art. 68 - As autoridades administrativas e judiciárias, as repartições estatais,


paraestatais, autárquicas ou de economia mista não receberão estudos,
projetos, laudos, perícias, arbitramentos e quaisquer outros trabalhos, sem
que os autores, profissionais ou pessoas jurídicas façam prova de estar em
dia com o pagamento da respectiva anuidade.

Art. 69 - Só poderão ser admitidos nas concorrências públicas para obras ou


serviços técnicos e para concursos de projetos, profissionais e pessoas jurídicas
que apresentarem prova de quitação de débito ou visto do Conselho Regional
da jurisdição onde a obra, o serviço técnico ou projeto deva ser executado.

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Anuidades das pessoas físicas inscritas no sistema CONFEA/CREA

Todo o profissional registrado no Sistema Confea/Crea é obrigado a pagar a anuidade


profissional que vence todo dia 1° de janeiro. Para aqueles que ainda não tiverem completado
um ano de registro profissional, o valor cobrado será proporcional em razão do mês de registro.
A anuidade profissional é devida ao Crea da Unidade Federada onde a pessoa está exercendo
suas atividades profissionais, exceto nos casos de visto provisório, que deverá ser recolhida
junto ao Crea de origem.

O pagamento pode ser feito por cota única com desconto ou parcelado sem desconto. O valor
da anuidade será o estabelecido na Lei nº 12.514, de 28 de outubro de 2011, devidamente
atualizado e os descontos serão definidos pelo Plenário do Confea, por meio de decisão
plenária específica. Os valores serão diferentes para pessoas com registro profissional de nível
médio e superior. No caso de pagamento após a data de seu vencimento, incidirá correção
pelo INPC/IBGE, acumulado entre a data do vencimento até o seu pagamento.

Após o pagamento integral, a situação da anuidade de pessoa física e a data de pagamento


serão automaticamente anotadas pelo Crea no Sistema de Informações do Sistema Confea/Crea
- SIC, caso haja necessidade de consultas pelos demais Creas para atualização de cadastros.

Quem poderá ganhar descontos no valor da anuidade?


O Art. 7° da Resolução n° 1.066/15 diz que o Crea pode oferecer desconto de até 90% nos
seguintes casos:

• Primeira anuidade do recém-formado em cursos das áreas abrangidas pelo


Sistema, desde que solicitado até 180 dias após a data de conclusão do curso;

• Empresário individual, desde que a respectiva empresa esteja quite;

• Profissional do sexo masculino a partir de 65 anos de idade ou 35 anos de registro


no Crea;

• Profissional do sexo feminino a partir de 60 anos de idade ou 30 anos de registro


no Crea;

• Profissional portador de doença grave que o torne incapacitado temporariamente


para o exercício profissional, desde que comprove através de laudo médico.

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Anuidades das pessoas jurídicas inscritas no sistema CONFEA/CREA

Assim como as pessoas físicas, as pessoas jurídicas que estiverem registradas no Sistema
Confea/Crea são obrigadas a pagar a anuidade em 1° de janeiro de cada ano.

As anuidades devidas por pessoas jurídicas aos Creas serão fixadas em função de seu
capital social, sendo seus valores estabelecidos e devidamente atualizados conforme a Lei
nº 12.514, de 2011, e os respectivos descontos para pagamento em cota única em janeiro
ou em fevereiro do exercício fiscal serão definidos anualmente pelo Plenário do Confea, por
meio de decisão plenária específica para este fim.

A decisão plenária deverá discriminar o valor aferido para o índice de reajuste efetivamente
praticado para a correção dos valores da anuidade, bem como os valores a serem cobrados
das pessoas jurídicas com registro para cada faixa de seus capitais sociais, quais sejam:

Até R$ 50.000 (cinquenta mil reais) até 50mil

De R$ 50.000,01(cinquenta mil reais e um centavo) até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

De R$ 500.000,01 (quinhentos mil reais e um centavo) até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)

De R$ 1.000.000,01 (um milhão de reais e um centavo) até R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)

De R$ 2.000.000,01 (dois milhões de reais e um centavo) até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)

Acima de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) acima de 10milhões

No caso de pagamento após a data de seu vencimento, incidirá correção pelo INPC/IBGE,
acumulado entre a data do vencimento até o seu pagamento.

Ainda, algumas considerações da Resolução n° 1.066/15 sobre a anuidade de pessoa jurídica:

Art. 11. A anuidade de pessoa jurídica referente ao exercício em que for


requerido seu registro corresponderá a tantos duodécimos quantos forem os
meses ou fração, calculados da data do seu deferimento até o final do exercício.

Art. 12. A anuidade da pessoa jurídica enquadrada nas classes A ou B, conforme


disposto na Resolução nº 336, de 1989, será definida em face de seu capital
social e obedecerá aos critérios fixados no § 1º do art. 10 desta resolução.

Art. 13. A anuidade da pessoa jurídica enquadrada na Classe C, conforme


disposto na Resolução nº 336, de 1989, corresponderá ao valor fixado para o
inciso I do § 1º do art. 10 desta resolução.

Art. 14. A anuidade da pessoa jurídica que possuir filial, agência, sucursal,
escritório de representação em circunscrição diferente daquela onde se localiza
sua matriz corresponderá à metade do valor previsto para a matriz, desde que
não possua capital social destacado.

Parágrafo único. No caso de a pessoa jurídica possuir capital social destacado,


a anuidade corresponderá ao valor integral relativo a esse capital.

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Valores das taxas e emolumentos cobrados de profissionais e pessoas


jurídicas inscritas no sistema CONFEA/CREA

Como será estipulado o valor que devo pagar?


Os valores dos serviços devidos ao Confea e aos Creas são fixados anualmente pelo Plenário
do Confea, através de decisão plenária específica para este fim, realizada até sessão plenária
do mês de setembro do ano anterior à vigência dos valores fixados.

A decisão plenária deverá discriminar o valor aferido para o índice de reajuste efetivamente
praticado para a correção dos valores, bem como os valores a serem cobrados das pessoas
físicas e jurídicas com registro no Sistema Confea/Crea pela prestação dos seguintes serviços:

Tabela de serviços
ITEM Serviço

I Pessoa Jurídica

A Registro principal (matriz) ou registro secundário (filial, sucursal, etc.)


B Visto de registro
C Emissão de certidão de registro e quitação de pessoa jurídica
D Emissão de certidão de quaisquer outros documentos e anotações
E Requerimento de registro de obra intelectual

II Pessoa Física

A Registro profissional
B Visto de registro
C Expedição de carteira de identidade profissional
D Expedição de 2ª via ou substituição de carteira de identidade profissional
E Emissão de certidão de registro ou quitação de pessoa física
F Emissão de certidão até 20 ARTs
G Emissão de certidão acima de 20 ARTs
H Emissão de CAT sem registro de atestado até 20 ARTs
I Emissão de CAT sem registro de atestado acima de 20 ARTs
J Emissão de CAT com registro de atestado
K Emissão de certidão de quaisquer outros documentos e anotações
Análise de requerimento de regularização de obra ou serviço ou incorporação de atividade concluída
L
no país ou no exterior ao acervo técnico por contrato
M Requerimento de registro de obra intelectual
Fonte: http://normativos.confea.org.br/

Para definição dos valores de serviços para o exercício seguinte, deverá ser utilizado o valor
praticado no exercício vigente, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC,
calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, acumulado
no período de doze meses contados até agosto do exercício anterior a sua vigência, ou pelo
índice oficial que venha a substituí-lo.

Serão isentos dos valores referentes a serviços prestados pelos Creas e pelo Confea:

• Os serviços previstos nesta resolução que estejam disponibilizados pela Internet;

• O visto do registro de profissional inscrito no Sistema de Informações do Sistema


Confea/Crea.

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No caso de substituição do cartão de registro provisório por ocasião da apresentação


do diploma de conclusão do curso, será cobrado do profissional inscrito no Sistema de
Informações do Sistema Confea/Crea apenas o valor referente à expedição da carteira de
identidade profissional. A relação de obras e serviços registrados será emitida pelo Crea por
meio de certidão de ART.
O valor fixado para requerimento de registro de obra intelectual deve ser pago ao Confea,
mediante depósito no Banco do Brasil S/A, Agência 0452-9, conta corrente 193.227-6.

É facultado à pessoa física ou jurídica que pagar a anuidade até 31 de março requerer ao
Crea, a qualquer tempo do exercício e sem ônus, uma certidão de registro e quitação. Já
as anuidades de pessoas físicas e jurídicas que não forem pagas em cota única até 31 de
março do ano vigente poderão ser parceladas em até 5 (cinco) vezes com vencimentos
mensais e sucessivos.

Valores de multas cobradas de profissionais e de pessoas jurídicas em


virtude do descumprimento da legislação vigente

De acordo com o Art.71 da Lei 5.194/66, as penalidades aplicáveis por infração da presente
lei são as seguintes, de acordo com a gravidade da falta:
• Advertência reservada;
• Censura pública;
• Multa;
• Suspensão temporária do exercício profissional;
• Cancelamento definitivo do registro.

As Câmaras Especializadas ou os Conselhos Regionais são responsáveis por impor as


penalidades para cada grupo profissional.

As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos profissionais que
deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a gravidade da falta e
os casos de reincidência, a critério das respectivas Câmaras Especializadas.

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De acordo com o Art. 73 da Lei nº 5.194/66 as multas são estipuladas em função do maior
valor de referência fixada pelo Poder Executivo e terão os seguintes valores, desprezadas
as frações de um cruzeiro:
a. De um a três décimos do valor de referência, aos infratores dos arts. 17 e 58 e das
disposições para as quais não haja indicação expressa de penalidade;
b. De três a seis décimos do valor de referência, às pessoas físicas, por infração da
alínea "b" do Art. 6º, dos arts. 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do Art. 64;
c. De meio a um valor de referência, às pessoas jurídicas, por infração dos arts. 13,
14, 59 e 60 e parágrafo único do Art. 64;
d. De meio a um valor de referência, às pessoas físicas, por infração das alíneas "a",
"c" e "d" do Art. 6º;
e. De meio a três valores de referência, às pessoas jurídicas, por infração do Art. 6º.
Parágrafo único: As multas referidas neste artigo serão aplicadas em dobro nos casos de
reincidência.

De acordo com o Art. 74 da Lei n° 5.194/66, a reincidência das infrações citadas anteriormente,
nas letras “c”, “d” e “e”, as Câmaras Especializadas poderão impor suspensão temporária do
exercício profissional, por prazos variáveis de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. E os Conselhos
Regionais em pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

O cancelamento do registro também poderá ser efetuado nos casos de má conduta e


escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime considerado
infamante. As pessoas não habilitadas que exercerem as profissões reguladas nesta Lei,
independentemente da multa estabelecida, estão sujeitas às penalidades previstas na Lei
de Contravenções Penais.

Das penalidades impostas pelas Câmaras Especializadas, poderá o interessado, dentro do


prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data da notificação, interpor recurso que terá efeito
suspensivo, para o Conselho Regional e, no mesmo prazo, deste para o Conselho Federal.

Promoção de
T2 acessibilidade a
edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos
urbanos
(Norma Brasileira ABNT NBR 9050/04. Lei nº 10048/00, Lei nº 10098/00.
Decreto nº 5296/04.)

Promover a acessibilidade é dever de todos, principalmente de profissionais da área


construtiva. Um projeto que visa a acessibilidade, proporciona a integração e socialização de
pessoas com qualquer tipo de deficiência física em qualquer ambiente, além de possibilitar
que elas levem uma vida normal, em que a realização de tarefas rotineiras é feita com
facilidade e segurança.

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Na concepção de projetos arquitetônicos e urbanísticos, assim como no desenho de


mobiliários, é importante considerar as diferentes potencialidades e limitações do homem.
As orientações a seguir referem-se a alguns padrões adotados para atender à diversidade
humana e os casos específicos devem ser analisados particularmente.

saiba mais
?
Normas gerais e critérios básicos para
promover a acessibilidade à edificações,
mobiliários, espaços, equipamentos urbanos
de pessoas portadoras de deficiência ou com
Assista um vídeo sobre acessibilidade: mobilidade reduzida
https://www.youtube.com/watch?v=IWgb3J3yLIE
A Lei n° 10.048, de 8 de Novembro de 2000, dá prioridade
de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras
providências.

saiba mais
?
A Lei n° 10.098, de 19 de Dezembro de 2000, estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Lei 10.098/2000: http://www.camara.gov.br/sileg/
De acordo com o Art. 1°: “As pessoas
integras/851840.pdf
portadoras de deficiência, os idosos com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos,
as gestantes, as lactantes e as pessoas
acompanhadas por crianças de colo terão
atendimento prioritário, nos termos desta Lei."

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O que seria a acessibilidade?


Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação,
inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos
ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural,
por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

saiba mais
? Possibilidade
e condição de
Super Mario Bros – cadeirante
https://www.youtube.com/watch?v=XkFfb0pGqsk

alcance para
utilização,
com segurança
e autonomia
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Equipamentos auxiliares

Pessoas com deficiência se deslocam, em geral, com a ajuda de equipamentos auxiliares:


bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas ou com ajuda de cães treinados, no caso
de pessoas cegas. Portanto, é necessário considerar o espaço de circulação juntamente
com os equipamentos que as acompanham.

Fonte: http://www.crea-sc.org.br

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O módulo de projeção da cadeira de rodas com seu usuário (módulo de referência – 0,80 x
1,20m) é o espaço mínimo necessário para sua mobilidade. Portanto, essas dimensões devem
ser usadas como referência em projetos, devendo-se considerar ainda o espaço demandado
para movimentação, aproximação, transferências e rotação da cadeira de rodas.

Fonte: http://www.crea-sc.org.br

As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento são:

Para rotação de 90° = 1,20 m x 1,20 m


Para rotação de 180° = 1,50 m x 1,20 m
Para rotação de 360° = diâmetro de 1,50 m

Os usuários de cadeira de rodas possuem características específicas de alcance manual,


podendo variar de acordo com a flexibilidade de cada pessoa. As medidas apresentadas são
baseadas em pessoas com total mobilidade nos membros superiores.

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Fonte: http://www.crea-sc.org.br

Vias públicas
A acessibilidade em calçadas deve ser garantida através das seguintes características:
• Os pisos das calçadas, passeios ou vias exclusivas de pedestres os pisos devem
ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante, evitando trepidações para
pessoas com cadeira de rodas;
• A inclinação transversal máxima deve ser de 2% para pisos internos e 3% para
pisos externos, nas faixas destinadas a circulação de pessoas (inclinações
superiores provocam insegurança no deslocamento);
• A inclinação longitudinal máxima deve ser de 8,33% para que se componha uma
rota acessível;
• Grelhas ou juntas de dilatação no piso, os vãos no sentido transversal ao
movimento devem ter dimensão máxima de 15 mm;
• Calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres devem incorporar faixa livre
com largura mínima recomendável de 1,50m, sendo a mínimo admissível de 1,20m
e altura livre mínima de 2,10 m.

Estacionamentos
Nas vias públicas devem ser previstas vagas reservadas de estacionamento para veículos
que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. A
disponibilidade de vagas deve seguir a legislação vigente, instalando-as próximo a centros
comerciais, hospitais, escolas, centros de lazer, parques e demais polos de atração.

Estas vagas devem atender as seguintes especificações:


• Possuir sinalização vertical e horizontal conforme a norma ABNT NBR 9050/2004;

• Estar sinalizadas com o Símbolo Internacional de Acesso – SAI;


• Ter dimensões de no mínimo 5,00m de comprimento por
2,50m de largura;
saiba mais
? • Quando afastadas da faixa de travessia de pedestres
devem possuir um espaço adicional de 1,20m e rampa
de acesso ao passeio para as pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida.
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/
• Situar-se junto às rotas acessíveis e conectadas aos polos
default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
de atração;
filefield-description%5D_24.pdf
• Sua localização deve evitar a circulação entre veículos;
• Respeitar o código de trânsito.

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Mobiliário e equipamentos urbanos

Mobiliários urbanos
Floreiras, bancas de revistas, telefones públicos, caixas de correios, entre outros, quando
posicionados nas esquinas ou próximos dela, prejudicam a intervisibilidade entre pedestres e
veículos e comprometem o deslocamento das pessoas, em especial aquelas com deficiência
ou mobilidade reduzida. Sendo assim:
• As esquinas devem estar livres de interferências visuais e físicas até a distância de
5,0m do bordo do alinhamento da via transversal. Todos os equipamentos devem
estar situados nos limites das faixas de serviço, respeitando sempre a faixa livre
de circulação.
• Objetos suspensos com altura entre 60 a 210cm, não detectáveis com a bengala,
devem possuir, em seu entorno, piso tátil de alerta distando 60 cm do limite de
sua projeção.
• Os equipamentos com volume superior, maior que a base, também devem estar
sinalizados com o piso tátil de alerta distando 60cm do limite de sua projeção.
• A sinalização vertical e a iluminação pública devem ser implantadas na faixa de
serviço ou de acesso, sem interferir nos rebaixamentos de passeios e guias para
travessias de pedestres e nos acessos de veículos.
• Em plataformas de plataformas de embarque e desembarque, a borda deve estar
sinalizada a 50cm da guia em toda sua extensão, com o piso tátil de alerta em uma
faixa de 25 a 60cm de largura, exceto para plataforma em via pública, quando a
largura deverá variar entre 40 e 60cm.

Fonte: http://docplayer.com.br/ Fonte: http://www.crea-sc.org.br

comprometem o deslocamento das pessoas,


em especial aquelas com deficiência

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Edificações de uso privado

Edificações de uso privado, são aquelas destinadas à habitação, que podem ser classificadas
como unifamiliar ou multifamiliar. A construção de edificações de uso privado multifamiliar deve
atender aos preceitos da acessibilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou
abertas ao público, conforme normas técnicas, sendo obrigatório:
• Percurso acessível que una as edificações à via pública, aos serviços anexos de
uso comum e aos edifícios vizinhos;
• Rampas ou equipamentos eletromecânicos para vencer os desníveis existentes
nas edificações;
• Circulação nas áreas comuns com largura livre mínima recomendada de 1,50m
e admissível mínima de 1,20m e inclinação transversal máxima de 2% para pisos
internos e máxima de 3% para pisos externos;
• Elevadores de passageiros em todas as edificações com mais de cinco andares,
recomendando-se no projeto a previsão de espaço para instalação de elevador
nos outros casos;
• Cabine do elevador, e respectiva porta de entrada, acessível para pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida;
• Prever vaga reserva para veículos conduzidos ou conduzindo pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida.

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Edificações de uso coletivo

Edificações de uso coletivo são aquelas destinadas às atividades de natureza comercial,


hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social, religiosa, educacional,
industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de atividades da
mesma natureza, sendo obrigatório:
• Todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às
principais funções do edifício;
• No caso de edificações existentes, deve haver ao menos um acesso a cada 50m
no máximo conectado, por meio de rota acessível, à circulação principal e de
emergência;
• Ao menos um dos itinerários que comuniquem horizontalmente e verticalmente
todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá
cumprir todos os requisitos de acessibilidade;
• Garantir sanitários e vestiários acessíveis às pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida, possuindo 5% do total de cada peça (quando houver divisão por sexo),
obedecendo ao mínimo de uma peça;
• Nas áreas externas ou internas da edificação destinadas a garagem e ao
estacionamento de uso público é obrigatório reservar as vagas próximas aos
acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que
transportem pessoas com deficiência física ou com dificuldade de locomoção,
respeitando o número de vagas conforme prevê a norma ABNT NBR 9050/04;
• Entre o estacionamento e o acesso principal deve existir uma rota acessível. Caso
isso não seja possível, deve haver vagas de estacionamento exclusivas para as
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida próximas ao acesso principal;
• Em shopping centers, aeroportos, áreas de grande fluxo de pessoas, ou em função
da especificidade/natureza de seu uso, recomendam-se um sanitário acessível
que possa ser utilizado por ambos os sexos (sanitário familiar).

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Circulação horizontal

O acesso livre de barreiras, que permite a circulação por toda a edificação, interligando as
áreas externas a todas as suas dependências e serviços, define uma rota acessível. O trajeto
acessível abrange a circulação na horizontal, em todas as áreas dos pavimentos, assim como
na vertical, garantindo o deslocamento por rampa ou equipamento de transporte vertical.
As escadas fixas e os degraus podem fazer parte da rota acessível, desde que estejam
associados a rampas ou equipamentos de transporte vertical. Para definir uma rota acessível,
é necessário observar as características de piso; a largura e a extensão dos corredores e
passagens; os desníveis, as passagens e a área de manobra próxima de portas; além de
outros elementos construtivos que possam representar obstáculos à mobilidade das pessoas

A circulação em rota acessível deve ser livre de degraus, respeitar a largura mínima de
0,90m, além das demais exigências contidas na norma ABNT NBR 9050/04. A largura mínima
também deve estar vinculada a extensão do corredor ou área de circulação de edificações
ou equipamentos urbanos.

Tipo de uso Comprimento Largura Mínima

Comum Até 4,00 m 0,90 m


Comum Até 10,00 m 1,20 m
Comum Acima de 10,00 m 1,50 m
Público - 1,50 m

Fonte: http://www.crea-sc.org.br

Circulação vertical

Na circulação vertical, deve-se garantir que qualquer pessoa possa se movimentar e acessar
todos os níveis da edificação com autonomia e independência.

Desníveis devem ser evitados em rotas acessíveis. Com até 5mm, desníveis não necessitam
de tratamento. Entre 5mm e 15mm, desníveis devem ser tratados como rampa com inclinação
máxima de 1:2 (50%).

Quando superiores a 15mm devem atender aos requisitos de rampas e degraus, conforme
norma ABNT NBR9050/04.

As rampas devem atender aos seguintes requisitos:


• Largura livre recomendada de 1,50m, sendo admissível a largura mínima de 1,20m;
• Quando não existirem paredes laterais, as rampas devem possuir guias de
balizamento com altura mínima de 5cm executadas nas projeções dos guarda corpos;
• Patamares no início e final de cada segmento de rampa com comprimento
recomendado de 1,50m e mínimo admitido de 1,20m, no sentido do movimento;
• Piso tátil de alerta para sinalização, com largura entre 25 e 60cm, distante no
máximo a 32cm da mudança de plano e localizado antes do início e após o término
da rampa com inclinação longitudinal maior ou igual a 5%;
• Inclinação transversal de no máximo 2% em rampas internas e 3% em rampas externas;
• Deverão existir sempre patamares próximos a portas e bloqueios.

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Sobre as escadas:
As escadas fixas e os degraus poderão fazer parte das rotas acessíveis, desde que associadas
a rampas ou a equipamentos eletromecânicos. Se estiverem na rota acessível, não podem
ter seu espelho vazado.

O dimensionamento e as características dos pisos e espelhos deverão seguir as exigências


da norma ABNT NBR 9050/04, inclusive degraus isolados. Além destas características, as
escadas fixas devem garantir:
• Largura livre mínima recomendada de 1,50m e admissível de 1,20m;

• Patamar de 1,20m de comprimento no sentido do movimento, a cada 3,20m de altura


ou quando houver mudança de direção;

• Piso tátil para sinalização, com largura entre 25 e 60cm, localizado antes do início e
após o término da escada;

• O primeiro e o último degrau de um lance de escada a uma distância mínima de 30cm


do espaço de circulação. Dessa forma, o cruzamento entre as circulações horizontal e
vertical não é prejudicado;

• Todos os degraus devem ter sinalização visual na borda do piso, em cor contrastante;
Inclinação transversal máxima admitida de 1%.

Equipamentos eletromecânicos

Os elevadores de passageiros deverão atender integralmente a norma ABNT NBR 13994/00 –


Elevadores de Passageiros – Elevadores para Transporte de Pessoa Portadora de Deficiência,
quanto às características gerais, dimensionamento e sinalização, garantindo:
• Acesso a todos os pavimentos;

• Cabina com dimensões mínimas de 110cm x 140cm;

• Botoeiras sinalizadas em Braille ao lado esquerdo do botão correspondente;

• Registro visível e audível da chamada, sendo que o sinal audível deve ser dado a cada
operação individual do botão, mesmo que a chamada já tenha sido registrada;

• Sinal sonoro diferenciado, de forma que a pessoa com deficiência visual possa
reconhecer o sinal, para subida e para descida;

• Comunicação sonora indicando a pessoa com deficiência visual o andar em que o


elevador se encontra parado;

• Espelho fixado na parede oposta à porta, no caso de elevadores com dimensão mínima
de 110 x 140cm, para permitir a visualização de indicadores dos pavimentos às pessoas
em cadeiras de rodas;

• Botoeiras localizadas entre 89 e 135cm do piso;

• Sinalização tátil e visual contendo instrução de uso, fixada próximo às botoeiras;


Indicação da posição de embarque e dos pavimentos atendidos e indicação de uso
afixada próximo à botoeira;

• Dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio; Sinalização com o Símbolo


Internacional de Acesso – SIA.
A área em frente ao elevador deve ter uma forma que permita a inscrição de um círculo, com
diâmetro mínimo de 1,50m, para permitir a manobra de uma pessoa em cadeira de rodas.

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Portas

As portas também devem possuir características específicas para permitir o exercício de ir


e vir dos cidadãos:
• Vão livre mínimo de 80cm e altura mínima de 210cm, inclusive em portas com mais
de uma folha;

• Maçanetas do tipo alavanca, instaladas entre 90 a 110cm de altura em relação ao piso,


para abertura com apenas um movimento, exigindo força não superior a 36N;

• Puxador horizontal na face interna de portas de sanitários, vestiários e quartos


acessíveis, facilitando o fechamento por usuários de cadeira de rodas;

• Sinalização visual e tátil em portas dos ambientes comuns como: sanitários, salas de
aula, saídas de emergência;

• Recomenda-se revestimento resistente a impactos na extremidade inferior, com altura


mínima de 40cm do piso, quando situadas em rotas acessíveis;

• Existência de visor, em por trás do tipo vaivém, de modo a evitar colisão frontal.

Janelas

As janelas, instaladas de modo a permitirem um bom alcance visual devem ser abertas com
um único movimento, empregando-se o mínimo esforço. O fechamento deve ser feito com
o auxílio de trincos tipo alavanca

Atenção à altura de dispositivos é essencial para garantir a acessibilidade de usuários de


cadeira de rodas ou pessoas de baixa estatura pois possuem alcance manual diferenciado.
O acionamento de certos dispositivos de maneira confortável, considerando pessoas em
cadeira de rodas, é a seguinte:

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Dispositivos Altura (cm)


Interruptor 60 a 100
Campainha/Alarme 60 a 100
Tomada 40 a 100
Comando de janela 60 a 120
Maçaneta de porta 80 a 100
Comando de aquecedor 80 a 120
Registro 80 a 120
Interfone 80 a 120
Quadro de luz 80 a 120
Dispositivo de inserção e retirada de produtos 40 a 120
Comando de precisão 80 a 100
Fonte: http://www.crea-sc.org.br

Sanitários e vestiários

Muitos detalhes construtivos são necessários para possibilitar autonomia das pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida, devendo prever as seguintes condições gerais:
• No mínimo 5% do total de peças sanitárias e vestiários adequados a pessoas com
deficiência;

• Localizados em rotas acessíveis;

• Portas com abertura externa nos boxes de sanitários e vestiários;

• Dimensões mínimas de 1,50 x 1,70m, com bacia posicionada na parede de menor


dimensão;

• Áreas de transferência lateral, perpendicular e diagonal para bacias sanitárias;

• Área de manobra para rotação 180°;

• Área de aproximação para utilização da peça; Instalação de lavatório sem que este
interfira na área de transferência;

• Acessórios (saboneteira, toalheiro, cabide, ducha, registro) instalados em uma faixa de


alcance confortável para pessoas com deficiência, entre 80 e 120cm;

• Sinalização com Símbolo Internacional de Acesso – SIA.

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Características especiais para Lavatórios


• Altura entre 78 e 80cm do piso em relação a face superior e altura livre mínima de 73cm,
devendo ser suspensos, sem colunas ou gabinetes;

• O sifão e a tubulação devem estar localizados no mínimo a 25cm da face externa frontal
e possuir dispositivo de proteção;

• Possuir barras de apoio instaladas na frente da pia, conforme norma ABNT NBR 9050/04;

• Espelho em posição vertical instalado a uma altura máxima de 90cm do piso, ou inclinado
em 10° a uma altura máxima de 11 cm do piso;

• Torneira com comando do tipo monocomando, alavanca ou sensor, instalada a no


máximo 50cm da face externa frontal.

• Características especiais para Bacias Sanitárias: Instalação a uma altura de 46cm,


medida da borda superior do assento até o piso;

• Possuir barras de apoio horizontais, instaladas conforme norma ABNT NBR 9050/04;

• Válvula de descarga de leve pressão, instalada a uma altura de 100cm do piso;

• Papeleira ao alcance da pessoa sentada no vaso, de 50 a 60cm de distância do piso.


Características Especiais para Mictórios

• Instalação a uma altura de 60 a 65cm, medida da borda frontal até o piso;

• Possuir barras de apoio verticais, instaladas conforme norma ABNT NBR 9050/04;

• Válvula de descarga de leve pressão, instalada a uma altura de 100cm do piso.

Características especiais para Chuveiros


• Espaço de transferência externa ao box, recuado em 30cm da parede onde se encontra
o banco para posicionamento da cadeira de rodas;

• Banco com cantos arredondados, com dimensões mínimas de 70 x 45cm,


preferencialmente articulável para cima ou removível, superfície antiderrapante e
impermeável, instalado a uma altura de 46cm do piso;

• Barras de apoio vertical, horizontal ou em “L”, instaladas conforme norma ABNT


NBR 9050/04;

• Torneiras do tipo monocomando, acionadas por alavanca;

• Ducha manual com suporte de fixação na parede;

• Desnível máximo admitido entre o box e o restante do banheiro de no máximo 15mm


com inclinação de 50% (1:2).

Características especiais para Vestiários


• Área de giro para usuários de cadeiras de rodas; Bancos providos de encosto com
área de aproximação;

• Barras de apoio e espelhos;

• Cabides próximos aos bancos, instalados entre 80 e 120cm de altura do piso;

• Armários com área de aproximação frontal e altura entre 40 e 120cm do piso para
pessoas em cadeiras de rodas e fechaduras instaladas entre 80 e 120cm de altura;

• Espaço de 30cm junto ao banco para garantir a transferência dos usuários de cadeira
de rodas;

• Espelhos com borda inferior a 30cm do piso e superior máxima de 180 cm;

• As cabines devem possuir espaço para troca de roupas de uma pessoa deitada.

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Enquadramento de
T3 profi ssionais leigos,
pessoas jurídicas
constituídas ou não
para executarem
atividades privativas
de profi ssionais
fi scalizados pelo
sistema CONFEA/
CREA
Resolução nº 1066/15. Decisão Normativa nº 74/04

A Decisão Normativa nº 74, de 27 de agosto de 2004, dispõe sobre a aplicação de dispositivos


da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, relativos a infrações.

De acordo com o Art. 1º:


Art. 1º: Os Creas deverão observar as seguintes
orientações quando do enquadramento de

saiba mais
?
profissionais, leigos, pessoas jurídicas constituídas
ou não para executarem atividades privativas de
profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/
Crea, por infringência às alíneas “a” e “e” do art.
6º, arts. 55, 59 e 60 da Lei nº 5.194, de 1966:
Lei 5194/66: http://normativos.confea.org.br/ementas/
visualiza.asp?idEmenta=25 I - Profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/
Crea executando atividades sem possuir o registro
no Crea estarão infringindo o art. 55, com multa
prevista na alínea “b” do art. 73 da Lei nº 5.194,
de 1966;
II - Pessoas físicas leigas executando atividades
privativas de profissionais fiscalizados pelo
Sistema Confea/Crea estarão infringindo a alínea
“a” do art. 6º, com multa prevista na alínea “d” do

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art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966;


III - pessoas jurídicas com objetivo social relacionado às atividades privativas
de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea, sem registro no Crea,
estarão infringindo o art. 59, com multa prevista na alínea “c” do art. 73 da Lei nº
5.194, de 1966;
IV - Pessoas jurídicas que possuam seção que execute, para terceiros, atividades
privativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea, estarão
infringindo o art. 60, com multa prevista na alínea “c” do art. 73 da Lei nº 5.194,
de 1966;
V - Pessoas jurídicas sem objetivo social relacionado às atividades privativas de
profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea, ao executarem tais atividades
estarão infringindo a alínea “a” do art. 6º, com multa prevista na alínea “e” do art.
73 da Lei nº 5.194, de 1966;
VI - pessoas jurídicas constituídas para executar atividades privativas de
profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea, com registro no Crea, sem
responsável técnico, ao executarem tais atividades estarão infringindo a alínea
“e” do art. 6º, com multa prevista na alínea “e” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966.

Aplicação de
T4 penalidades aos
profi ssionais por
imperícia, imprudência
e negligência
(Decisão Normativa nº 69/01)

A Decisão Normativa n° 69, de 23 de Março de 2001, dispõe sobre aplicação de penalidades


aos profissionais por imperícia, imprudência e negligência e dá outras providências.

Com certeza você já ouviu falar sobre imperícia, imprudência


e negligência, mas você sabe o que significa?

saiba mais
? De acordo com o site Nação Jurídica, esses três termos
podem ser classificados como modalidades de culpa.
É comum ouvirmos falar em negligência, imprudência e
Decisão Normativa 69/01: http://normativos.confea. imperícia em casos de erro médico, acidentes de trânsito,
org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=623&idTipo acidentes com armas de fogo, entre outros tantos.
sEmentas=1&Numero=69&AnoIni=2001&AnoFim=2
001&PalavraChave=&buscarem=conteudo Vamos saber a diferença entre eles?

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Imperícia

Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de
qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos
da profissão. Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e
cause deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia.

Imprudência

A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não
deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela
age, mas toma uma atitude diversa da esperada.

Negligência

Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada
para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas
precauções.

Resumindo:

1) negligência: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão


ou inobservância do dever, em realizar determinado procedimento, com as
precauções necessárias;

2) imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade;

3) imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a


imprevidência acerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu.

De acordo com o Art. 1º da Decisão Normativa n° 69/01,


o profissional que se incumbir de atividades para as quais
não possua conhecimento técnico suficiente, mesmo
tendo legalmente essas atribuições, quando tal fato for
constatado por meio de perícia feita por pessoa física
habilitada ou pessoa jurídica, devidamente registrada no
CREA, caracterizando imperícia, deverá ser imediatamente
autuado pelo CREA respectivo, por infração ao Código de
Ética Profissional.

O Art. 2º diz: o profissional que, mesmo podendo prever


consequências negativas, é imprevidente e pratica ato ou
atos que caracterizem a imprudência, ou seja, não leva
em consideração o que acredita ser fonte de erro, deverá
ser autuado pelo CREA respectivo por infração ao Código
de Ética Profissional, após constatada a falta mediante
perícia feita por pessoa física habilitada ou pessoa jurídica
devidamente registrada no CREA.

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Art. 3º Os atos negligentes do profissional perante o contratante ou terceiros, principalmente


aqueles relativos à não participação efetiva na autoria do projeto e na execução do
empreendimento, caracterizando acobertamento, deverão ser objeto de autuação com
base no disposto na alínea “c” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, com
possibilidade de aplicação da penalidade de suspensão temporária do exercício profissional,
prevista no art. 74 da referida Lei, se constatada e tipificada a ocorrência de qualquer dos
casos ali descritos.

De acordo com o Art. 4º, com o intuito de caracterizar o acobertamento profissional, deve
o CREA constituir processo específico, contendo, além de outros documentos julgados
cabíveis, o seguinte:

I - relatório de visita ao local onde se realiza a obra ou serviço, elaborado pelo fiscal
do CREA, informando sobre a existência de uma via da ART e do (s) projeto (s)
no local do empreendimento, detalhando o estágio atual dos trabalhos e tecendo,
mediante consulta ao Livro de Obras ou Livro de Ocorrências, se for o caso,
comentários acerca das evidências da não participação efetiva do profissional,
anexando também:

a) fotografias do empreendimento, com os principais detalhes;

b) declarações prestadas pelo proprietário da obra/serviço ou seu preposto,


atestando ou não o acompanhamento técnico devido;

II – cópia do ofício que deverá ser enviado ao profissional responsável pela autoria
e/ou execução, conforme constar da ART, convidando-o a prestar esclarecimentos
sobre a sua efetiva participação no empreendimento e a informar detalhes do
projeto, inclusive sobre o andamento dos trabalhos, estágio atual, próximas etapas
e material empregado;

III – informações relativas à possível existência de processos transitados em


julgado contra o profissional, pelo mesmo tipo de infração; e

IV – cópia dos projetos.

O Art. 5º deixa bem claro que tanto a negligência quanto a imprudência e a imperícia, quando
comprovadas, poderão acarretar ao profissional o cancelamento do seu registro no CREA
dentro do Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis
Decretos, Resoluções contexto previsto no art. 75 da Lei nº 5.194, de 1966, se constatada
e tipificada a ocorrência de quaisquer dos atos ali mencionados.

atos negligentes do profissional perante o


contratante ou terceiros, principalmente aqueles
relativos à não participação efetiva na autoria do
projeto e na execução do empreendimento

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Tabela de profi ssões


T5 vinculadas ao sistema
CONFEA/CREA
(Resolução nº 473/02)

A Resolução nº 473, de 26 de novembro de 2002, institui a Tabela de Títulos Profissionais


do Sistema Confea/Crea e dá outras providências.

De acordo com o Art.1°, esta Resolução visa instituir a Tabela de Títulos Profissionais do
Sistema Confea/Crea, anexa, contemplando todos os níveis das profissões abrangidas pelo
Sistema Confea/Crea, contendo:
a) código nacional de controle
b) título profissional
c) quando for o caso, a respectiva abreviatura.

De acordo com o Art. 2º, o Sistema Confea/Crea deverá, obrigatoriamente, utilizar as terminologias
constantes da Tabela de Títulos, em todos os seus documentos e registros informatizados.

O Conselho Federal é responsável pela atualização da Tabela de Títulos por meio de nova
edição, aprovada pelo Confea, após manifestação da Comissão de Educação do Sistema –
CES e da Comissão de Organização do Sistema – COS, dando ciência aos Creas.

Quando do registro de instituição de ensino ou atualização deste em função de novos


cursos, o Confea definirá, além de atividades/atribuições de seus egressos, o respectivo
título profissional e abreviatura. O título profissional é definido com base na regulamentação
vigente podendo ser adotado o título do diploma.

Profissionais da modalidade civil Profissionais da modalidade mecânica

Engenheiro ambiental Engenheiro aeronáutico


Engenheiro civil Engenheiro mecânico e de armamento
Engenheiro de fortificação e construção Engenheiro mecânico e de automóvel
Engenheiro de operação - construção civil Engenheiro de operação – aeronáutica
Engenheiro de operação - construção de estradas Engenheiro de produção
Engenheiro de operação – edificações Engenheiro de produção - mecânica
Engenheiro de operação – estradas Engenheiro de produção - metalurgista
Engenheiro industrial – civil Engenheiro de produção - agroindústria
Engenheiro militar Engenheiro industrial – madeira
Engenheiro rodoviário Engenheiro industrial – mecânica
Engenheiro sanitarista Engenheiro industrial - metalurgia
Engenheiro sanitarista e ambiental Engenheiro mecânico
Engenheiro de infraestrutura aeronáutica Engenheiro mecânico - automação e sistemas
Engenheiro de produção – civil Engenheiro metalurgista
Engenheiro hídrico Engenheiro naval
Tecnólogos dessas modalidades Engenheiro mecânico eletricista
Técnicos de nível médio dessas modalidades Tecnólogos e técnicos dessas modalidades

Fonte: Adaptado de http://www.creapa.com.br/

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Conclusão
E lá se foi a segunda parte do curso! Aqui você foi capaz de identificar a importância da ética
na carreira do engenheiro. Também teve a oportunidade de conhecer as principais leis e
resoluções referentes as anuidade emolumentos e taxas, acessibilidade e título profissional.
Conheça os documentos completos no site do Confea e mantenha-se atualizado!

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