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PRÉ-PROJETO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

DESENVOLVIMENTO E TERRITÓRIO: UMA ANÁLISE DO


PROGRAMA DO GOVERNO TERRITÓRIO DA CIDADANIA NO
TERRITÓRIO VALES DO CURU E ARACATIAÇU - CE

Nome: Karen Rivyeri Lucena Xavier

FORTALEZA

2010
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SÚMARIO

1. JUSTIFICATIVA.................................................................... 3

2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA.........................................5

3. OBJETIVOS

3.1.OBJETIVO GERAL.....................................................5

3.2.OBJETIVO ESPECÍFICO............................................5

4. REFERENCIAL TEORICO.....................................................6

5. CRONOGRAMA.....................................................................9

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.........................................10
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1. JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos verificaram-se algumas mudanças nas políticas públicas em

nosso país. Uma destas transformações foi o lançamento do Programa Territórios da

Cidadania em 2008.

O Programa Território da Cidadania tem como objetivos promover o

desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio de uma

estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. (TERRITORIOSDACIDADANIA,

2010).

O conceito de território que fundamenta a concepção de desenvolvimento

territorial, não é visto apenas a partir de fatores econômicos, devem ser considerados outros

aspectos como as raízes históricas, configurações políticas, identidades, redes, convenções,

ativos relacionais e coordenacionais, capital social, instituições. (CUNHA, 2006).

Neste contexto, o território a ser analisado será os de Vales do Curu e

Aracatiaçu – CE que abrange uma área de 12.143,70 KM² e é composto por 18 municípios

que são: General Sampaio, Pentecoste, São Luís do Curu, Tururu, Uruburetama, Irauçuba,

Itapipoca, Amontada, Apuiarés, Itapagé, Itarema, Miraíma, Paracuru, Paraipaba, São Gonçalo

do Amarante, Tejuçuoca, Trairi e Umirim. (TERRITORIOSDACIDADANIA, 2010).

Desta forma, será analisado como a implantação do Programa Território da

Cidadania contribuiu para o desenvolvimento sustentável das regiões do Vales do Curu e

Aracatiaçu/CE. Segundo Sachs (2008, p. 15), Os cinco pilares do desenvolvimento

sustentável são:

a- Social, fundamental tanto por motivos intrínsecos quanto instrumentais, por causa da

perspectiva de disrupção social que paira de forma ameaçadora sobre muitos lugares

problemáticos do nosso planeta;


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b- Ambiental, com as suas dimensões (os sistemas de sustentação da vida como

provedores de recursos e como “recipientes” para disposição de resíduos);

c- Territorial, relacionado à distribuição espacial dos recursos, das populações e das

atividades;

d- Econômico, sendo a viabilidade econômica a conditio sine qua non para que as coisas

aconteçam;

e- Político, a governança democrática é um valor fundador e um instrumento necessário

para fazer as coisas acontecerem; a liberdade faz toda a diferença.

De acordo com isso, a pesquisa proposta se torna de grande relevância, pois

fornecerá subsídios para que problemas e imperfeições no Programa Território da Cidadania

sejam revistos, melhorando assim, a vida das comunidades agrárias, principalmente no Ceará.
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DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

Como o Programa Território da Cidadania está viabilizando o desenvolvimento

sustentável das regiões do Vales do Curu e Aracatiaçu – CE?

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Analisar como o Programa Território da Cidadania do Governo Federal está

beneficiando a comunidade das regiões do Vales do Curu e Aracatiaçu – CE.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

• Diagnosticar os setores econômicos e cadeias produtivas.

• Analisar qual o impacto que estas atividades causam ao meio ambiente.

• Analisar a relação que a comunidade tem com seus recursos naturais.

• Identificar o desenvolvimento que o Programa Território da Cidadania gera

nas regiões do Vale do Curu e Aracatiaçu.


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REFERENCIAL TEORICO

O Governo Federal lançou, em 2008, o Programa Território da Cidadania,

que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas

básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. A

participação social e a integração de ações entre Governo Federal, estados e municípios são

fundamentais para a construção dessa estratégia. (TERRITORIOSDACIDADANIA, 2010).

O Programa Território da Cidadania esta sendo articulado no atual governo de Luiz

Inácio Lula da Silva com o PRONAT (Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável

de Territórios Rurais), que é uma ação da secretaria de desenvolvimento territorial do

MDA(Ministério do Desenvolvimento Agrário) que tem objetivo promover o planejamento, a

implementação e a auto-gestão do processo de desenvolvimento sustentável dos territórios e o

fortalecimento e dinamização da sua economia. (MDA, 2007).

As políticas públicas voltadas para o desenvolvimento dos espaços agrários no

Brasil tem como caráter a execução das políticas de ordenamento territorial que visam o

desenvolvimento sustentável para a agricultura familiar, deixa evidente a necessidade de

considerar duas características básicas do território que são: primeiro, o seu caráter político no

jogo entre os macro-poderes políticos institucionalizados e os micros-poderes produzidos e

vividos no dia-a-dia das populações e o segundo é de o estado em seu papel gestor-

redistributivo e os indivíduos e os grupos sociais em sua vivência concreta, capazes de

reconhecer e tratar o espaço social em todas as suas dimensões (HAESBAERT, 2002).

Dentro desta perspectiva, há de se analisar as regiões do Vales do Curu e

Aracatiaçu/CE que fazem parte do Programa Território da Cidadania.

As localidades do Vales do Curu e Aracatiaçu - CE abrangem uma área de

12.143,70 Km² e é composto por 18 municípios: General Sampaio, Pentecoste, São Luís do
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Curu, Tururu, Uruburetama, Irauçuba, Itapipoca, Amontada, Apuiarés, Itapagé, Itarema,

Miraíma, Paracuru, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante, Tejuçuoca, Trairi e Umirim. A

população total do território é de 538.140 habitantes, dos quais 252.978 vivem na área rural, o

que corresponde a 47,01% do total. Possui 30.701 agricultores familiares, 3.527 famílias

assentadas, 2 comunidades quilombolas e 2 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,63.

(TERRITORIOSDACIDADANIA, 2010).

As cidades que compõem essa região estão submetidas ao clima semi-árido, onde a principal

atividade econômica é a agricultura familiar, que se basea no manejo da biodiversidade local,

o regime pluviométrico é irregular o que complica o uso sustentável do solo. A produção está

voltada tanto para o abastecimento alimentar da família e dos animais quanto para a geração

de excedentes para comercialização. Esta lógica privilegia sistemas de policultivo associados

à criação de várias espécies de animais, estabelecendo uma interdependência entre os

diferentes subsistemas. Esta organização técnica conduz, necessariamente, a diversificação de

espécies manejadas, resultando em diferentes tipos de cultivo com diferentes arranjos, dentro

da mesma unidade produtiva (EMBRAPA, 2005)

Sendo assim, a noção de território favorece o avanço nos estudos das regiões rurais ao menos

em quatro dimensões básicas.

a) Em primeiro lugar, ela convida a que se abandone um horizonte estritamente

setorial, que considera a agricultura como o único setor e os agricultores como os únicos

atores - junto com os demais integrantes das cadeias agroindustriais – que importam nas

regiões rurais.

b) A segunda virtude importante da noção de território é que ela impede a confusão

entre crescimento econômico e processo de desenvolvimento.

c) Se é assim, o estudo empírico dos atores e de suas organizações torna-se

absolutamente crucial para compreender situações localizadas.


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d) Por fim, o território coloca ênfase na maneira como uma sociedade utiliza os

recursos de que dispõe em sua organização produtiva e, portanto, na relação entre sistemas

sociais e ecológicos. (ABRAMOVA, 2006).

É preciso perceber o território como um espaço de vida de uma sociedade local, que

tem uma história, uma dinâmica social interna com o conjunto da sociedade na qual está

inserida. Trata-se de perceber o território como uma inscrição espacial da memória coletiva e

como uma referência identitária forte. (WANDERLEY, 2000).


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CRONOGRAMA

Meses
Atividades
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Revisão bibliográfica x x x
Elaboração do Projeto x x x
Realização do
x x
diagnóstico
Análise de dados x x
Estudo de campo no

território Vales do
x x x x x x x
Curu e Aracatiaçu -

CE
Identificação dos
x x x x
impactos
Análise e

interpretação dos x x
dados
Redação x x x
Defesa pública x

BIBLIOGRAFIA

ABRAMOVAY, Ricardo. Para uma Teoria de Estudos Territoriais. Disponível


em:<http://www.nmd.ufsc.br/artigos/coloquio/Abramovay_Para_uma_teoria_dos_estu
dos_territoriais.pdf> acesso em 20 de agosto de 2010.
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CUNHA, L. A. G. Do desenvolvimento setorial ao desenvolvimento territorial.


Redes, Santa Cruz do Sul, v. 11, n.2, mai./ago. 2006.
EMBRAPA. Referencia nos territórios do Vales do Curo e Aracatiaçu. Disponível
em <http://www.cnpat.embrapa.br/cnpat/cd/jss/acervo/Dc_101.pdf> acesso em 20 de
Agosto.
HAESBAERT, R. Territórios Alternativos. São Paulo: Contexto, 2002.
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário. Referencia para o
desenvolvimento territorial. Brasília, 2003. Disponível em <
http://www.nead.org.br/> acesso em 20 de agosto de 2010.
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário. Referencia para o programa
território da cidadania. Disponível em< http://www.mda.gov.br> acesso em 20 de
agosto de 2010.
RECH, E. D. Desenvolvimento e território: uma analise da política publica do
ministério do desenvolvimento agrário no território centro-sul do Paraná. 2010. 112p.
Dissertação (Mestrado em Gestão do Território). Universidade Estadual de Ponta
Grossa.
SACHS, Ignacy. Desenvolvimento: Includente, sustentável, sustentado. Rio de
Janeiro: Garamond, 2008.
TERRITORIOSDACIDADANIA. Referencia para o programa território da cidadania.
Disponível em: <http://www.territoriosdacidadania.gov.br> acesso em 10 de Agosto
de 2010.
VEIGA, Jose Eli da. Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI. Rio de
Janeiro: : Garamond, 2008.
WANDERLEY, M. N B. A emergência de uma nova ruralidade nas sociedades
modernas avançadas: o “rural” como espaço singular e ator coletivo. Estudos,
Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, p. 87 – 145, out. 2000.

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