ECE_Biodiesel_Semana5_Andre_Rodriguez_Spirim

Temática: biodiesel de soja.

Vantagens:
1- Alto teor de proteínas.
Justificativa: A soja possui um alto teor de proteínas, sendo esse o principal motivo para
a cultura da mesma, e após a extração do óleo, o farelo que resta é utilizado para
produzir rações e alimentos, sendo assim é possível conciliar numa mesma cultura
produção de alimentos e combustíveis, dessa forma, não se ocupa áreas que poderiam
produzir alimentos somente para a produção de combustíveis.
2- Possibilidade de rotação de cultura com outras fontes para produção de
biodiesel.
Justificativa: A soja oferece a possibilidade de rotação de culturas na entressafra com
outros cultivos, como a colza, que também é fonte para produção de biodiesel, como
também o amendoim, produto de alto valor agregado, que ocasionalmente também pode
ser utilizado na produção de biodiesel, sendo ambas dessas possibilidades de rotação de
culturas também altamente mecanizadas.
3- Alto nível de mecanização.
Justificativa: A soja é uma das culturas com maior nível de mecanização no Brasil, além
de modificações genéticas, que também aumentam a produtividade, nas últimas décadas
uma série de novas técnicas vem sendo desenvolvidas que também aumentam a
produtividade, garantindo um aumento sem precedentes na produção, sem um aumento
proporcional na área cultivada, chegando ao nível de alguns produtores obterem duas
safras nos últimos anos.
4- Abundância no mercado.
Justificativa: O Brasil detém mais de 30% da produção mundial de soja, e apenas 2 dela
é utilizada para produção de biodiesel, todo o restante é utilizado na produção de outros
produtos com maior valor agregado, rações e alimentos, o que garante um baixo preço a
matéria prima.
5- Grande participação na obtenção de selos combustível social.
Justificativa: A participação da soja na matriz de aquisições de Selo de Combustível
Social entre 2008 e 2010 foi superior a 90%, garantindo aos agricultores familiares uma
participação no mercado nacional de combustíveis.
Desvantagens:
1- Baixo teor de óleo.
Justificativa: Em relações a outras possíveis matérias primas para a produção de
biodiesel, a soja possui um baixo teor de óleo, variando entre 18% e 20% de uma forma
geral, em relação a palma por exemplo, cujo teor de óleo pode passar de 60%, levando a
uma menor produtividade anual por hectare de litros de óleo.
2- Vem tomando o espaço de ecossistemas.
Justificativa: Com a crescente demanda mundial de soja, uma das formas restantes e
mais baratas de aumentar a produção é aumentar também a área produtiva, dessa forma,
os agricultores tem invadido e depredado os ecossistemas naturais, como por exemplo o
Cerrado e a Amazônia, aumentando a área de cultivos de já gigantescos latifúndios
usualmente monocultores.
3- Plantada nos métodos tradicionais, causa erosão do solo e assoreamento de rios.
Justificativa: Sendo a soja plantada em grandes monoculturas, uma das consequências
do não uso de técnicas como o plantio direto, é a destruição do solo, através do seu
empobrecimento através da perda de nutrientes e matéria orgânica, erosão, compactação
e como consequência da erosão, o assoreamento dos recursos hídricos, uma vez que eles
são o destino final das terras levadas no processo de erosão.
4- Demanda um alto uso de agrotóxicos.
Justificativa: Ocasiona custos sociais que não são computados nas commodities,
ignorando as consequências para a saúde humana, levando também ao consequente
aumento de pragas mais resistentes, que pedem mais insumos ou insumos mais
poderosos.
5- Dificulta a diversificação da matriz de produção de biocombustíveis.
Justificativa: Uma vez que ao mesmo tempo a abundância da soja é interessante para o
baixo custo do biodiesel final, acaba por dificultar a diversificação da matriz de matérias
primas para a produção de biodiesel, considerando que no caso das demais, haverá uma
maior dificuldade na aquisição de matéria prima, desenvolvimento do processo, por
vezes também a produção e colheita também não é mecanizada ou mesmo não possui
tanto conhecimento agregado para que possa garantir uma produção constante em
qualidade e quantidade.