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Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.

) 2014
Estratégia
C O N C U R S O S W
Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves - Aula 04

AULA 04
Olá pessoal!

Nosso objetivo nesta Aula é cobrir os seguintes assuntos:

s Organização e funcionamento do Tribunal de Contas da União.

s Código de Ética dos Servidores do TCU

Para tanto, seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

Organização do TCU................................................................................................................................................ 2
Composição e sede. ....................................................................................................................................................2
Plenário........................................................................................................................................................................ 4
Câmaras........................................................................................................................................................................ 8
Comissões.................................................................................................................................................................. 13
Presidente................................................................................................................................................................. 13
Ministros.................................................................................................................................................................... 17
Ministros-Substitutos............................................................................................................................................. 20
Ministério Público junto ao TCU. .........................................................................................................................22
Secretaria. ..................................................................................................................................................................26
Processos, Deliberações e Sessões. ............................................................................................................... 44
Processo no TCU. ................................................................................................................................................ 44
Deliberações do Plenário e das Câmaras. ..................................................................................................... 49
Sessões do Tribunal............................................................................................................................................55
Outros dispositivos. ............................................................................................................................................65
RESUMÃO DA AULA. ........................................... 74
Questões com entadas na Aula. .........................................................................................................................76
G abarito. .................................................................................................................................................................. 83

Aos estudos!

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ORGANIZAÇÃO DO TCU

Neste tópico irem os estudar a estrutura organizacional do TCU.


Tam bém verem os os critérios de escolha dos seus m em bros, assim como as
com petências dos seus órgãos colegiados e dem ais unidades que atuam
junto ao Tribunal.

_______________________________ COMPOSIÇÃO E SEDE_______________________________

Prim eiram ente, vam os dar uma olhada no que a Constituição Federal
diz sobre a co m p osição do TCU:

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede
no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território
nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96 .

O texto constitucional nos informa que o TCU é integrado por


nove M in istro s . Da mesma form a, o art. 62 da LO/TCU é enfático ao dizer:
"O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal e compõe-se de
n o v e m in is t r o s ".

O Tribunal, portanto, é um órgão co le g iad o , integrado pelos nove


Ministros e m ais n in g u é m . A rigor, os A u d itores1 (M inistros-Substitutos), os
m em bros do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), os Auditores e
Técnicos Federais de Controle Externo (AUFC e TFCE) e dem ais servidores
da Secretaria não com põem o Tribunal, ok?

Com efeito, os M inistros-Substitutos, com o o próprio nome sugere, são


os substitutos diretos dos Ministros e exercem outras atribuições próprias da
judicatura, enquanto o MPTCU é um órgão independente, que atua junto ao
Tribunal, com funções de guardg da lei e fiscal de sua execução. Já a
Secretaria, na qual se inserem as unidades onde trabalham a maioria dos
AUFC e TFCE, atende às atividades de apoio técnico e adm inistrativo
necessárias ao funcionam ento do Tribunal. O TCU, em si, é com posto
som ente pelos nove Ministros.

Voltando ao texto do art. 73 da Constituição, vê-se que o TCU tem


sed e no D istrito F e d e ra l . Não é em Brasília, nem na capital federal.
Embora o prédio da sede do TCU se localize na capital federal Brasília, e a
despeito de possuir representações em todas as unidades da federação, o

1 O RI/TCU (art. 12, §2°) denomina os Auditores, cargo previsto no art. 73, §4° da CF, de Ministros-
Substitutos. Assim, nesta aula, seguirei a nomenclatura utilizada no Regimento.

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correto é dizer que o TCU, por força constitucional, tem sede no Distrito
Federal, está bem?

Tam bém merecem destaque as garantias de autonom ia


a d m in istrativ a conferidas ao TCU pelo art. 73 da CF, assegurando-lhe
quadro próprio de pessoal e a capacidade para exercer as atribuições
previstas no art. 96, que se referem às com petências privativas dos
tribunais do Judiciário para se auto-organizarem adm inistrativam ente. Tais
com petências, conform e estudam os na aula passada, foram inseridas no
art. 1° da LO/TCU e no art. 1° do RI/TCU, lem bram ? Por meio delas, o TCU
pode elaborar e alterar seu Regim ento Interno, organizar sua Secretaria,
provendo-lhes os cargos m ediante a organização de concursos, dentre
outras atividades de adm inistração interna.

Adem ais, é privativa do TCU a iniciativa para propor projetos de lei ao


Congresso Nacional que vise à criação e à extinção de cargos de sua
Secretaria, bem como à fixação da rem uneração dos seus m em bros e
dem ais servidores, entre outras.

1. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) O TCU adota, como sistema de controle de contas, o
modelo germânico.

Comentário: A afirmação está correta. Vejamos a explicação da própria


banca para o gabarito:
O modelo germânico é caracterizado pela estrutura colegiada, articulada em ofícios,
com pessoal revestido de garantias de independência judiciária, exatamente como é
estruturado o TCU. Já o modelo anglo-saxônico é caracterizado pela estrutura
monocrática, o que não é o caso do TCU. Por fim, o modelo escandinavo, no qual as
competências são repartidas por vários órgãos, também diverge do modelo adotado pelo
TCU.

No modelo germânico, adotado em países como Alemanha e Áustria, o


órgão colegiado de controle exerce apenas atribuições de controle e algumas de
natureza consultiva.
No modelo anglo-saxônico, utilizado na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos,
na Irlanda, em Israel e em outros Estados anglófonos da África e Ásia, o órgão
monocrático de controle (controlador geral) é auxiliado por um ofício revisional,
que a ele se subordina hierarquicamente. O controlador geral é indicado pelo
Parlamento, devendo a ele reportar-se em relação aos resultados de sua
atuação.

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No modelo escandinavo, o controle exerce-se por meio de uma série de


órgãos, entre os quais os revisores parlamentares e o ofício de revisão. Os
primeiros detêm funções de controle sobre a execução do orçamento e são
nomeados, normalmente em número de cinco, a cada legislatura. O ofício de
revisão tem competência exclusiva para verificar a eficácia administrativa e
propor medidas corretivas dos problemas apontados. Destaca-se, ainda, na
Suécia, a figura do ombudsman, que é eleito em nome do Parlamento para
supervisionar o modo pelo qual todos os agentes públicos aplicam a lei,
incluindo-se os juízes e altos funcionários, representando contra os que agem
de modo ilegal ou que negligenciem seus deveres2.
Gabarito: Certo

Para o desem penho de suas atribuições, o TCU se divide em órgãos,


integrados pelos Ministros. De acordo com o Regim ento Interno (art. 7°), os
ó rg ão s do Trib un al são:
■ Plenário.

■ Primeira e Segunda Câmara.

■ Presidente.

■ Comissões de caráter permanente ou temporário.

■ Corregedoria.

Perceba novam ente que o MPTCU ou a Secretaria não são ó rg ão s do


Tribunal. Enquanto isso, nos term os do Regim ento Interno, o Presidente do
TCU é um órgão do Tribunal.

Dito isso, passem os a falar sobre as características e as atribuições dos


órgãos do TCU, assim como do MPTCU e da Secretaria.

______________________________ PLENÁRIO______________________________

O P len ário é a instância máxima do TCU, sendo o órgão colegiado que


reúne os nove M in istro s . Suas sessões são dirigidas pelo P re sid e n te do
Tribunal. Junto ao Plenário oficia ainda o re p re se n ta n te do M PTCU .

As deliberações do TCU, em re g ra , são tom adas de forma colegiada


pelo Plenário, que possui uma extensa lista de com petências privativas
definidas nos art. 15 e 16 do RI/TCU. Som ente nas hipóteses do art. 17 do
Regim ento é que as deliberações do Tribunal são tom adas pelas Câmaras.

2 Baseado no artigo: “Questões de controle. Controle das Finanças Públicas no Brasil: visão atual e
prospectiva”, de autoria do Ministro do TCU Benjamim Zymler.
Disponível em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055484.PDF

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Então, uma opção para facilitar o estudo é saber as com petências das
Câm aras e, por exclusão, se saberá as do Plenário, ok?

Segundo Lima (2011), as com petências privativas do Plenário podem


ser sistem atizadas da seguinte form a:

> M atérias de m aior co m p lexid ad e e relevâ n cia.


> R elacio n am en to com o C o n g resso N acional e o s P o d eres da
República.
> A ssu n to s in te rn o s de n atu reza in stitu cio n al.
> S a n çõ e s de m aior g ravid ad e.

O conhecim ento dessas quatro categorias gerais já facilita bastante a


solução de uma eventual questão de prova sobre o assunto. Não obstante,
vam os detalhar as com petências do Plenário, tal qual está no Regim ento
(art. 15 e 16):

Matérias de maior complexidade e relevância

> Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre:

■ Parecer prévio relativo às contas do Presidente da República;

■ Incidente de uniformização de jurisprudência;

■ Controle de constitucionalidade, em matéria de competência do Tribunal;

■ Fixação dos coeficientes do FPE, FPM e IPI-Exportação, inclusive sobre as


eventuais contestações apresentadas pelas unidades federadas;

■ Representação de equipe de fiscalização feita quando, no curso de fiscalização,


verificar procedimento do qual possa resultar dano ao erário ou irregularidade
grave;

■ Relatório de auditoria de natureza operacional;

■ Denúncia formulada por qualquer cidadão, partido político, associação ou


sindicato.

■ Propostas de determinações de caráter normativo, de estudos sobre


procedimentos técnicos, bem como daqueles em que se entender necessário o
exame incidental de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder
público.

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Relacionamento com o Congresso Nacional e os Poderes da República

> Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre:

■ Pedido de informação ou solicitação endereçado pelo Congresso Nacional, por


qualquer de suas Casas, ou por suas comissões;

■ Solicitação de pronunciamento conclusivo formulada pela CMO;

■ Realização de fiscalizações em unidades do Poder Legislativo, do STF, dos


Tribunais Superiores, da Presidência da República, do próprio TCU, do Conselho
Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como do
Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União;

■ Relatório de fiscalização realizada por solicitação do Congresso Nacional, de


suas Casas e das respectivas comissões, bem como daquela realizada nas
unidades referidas no item anterior;

■ Consulta formulada pelas autoridades competentes.

Assuntos internos de natureza institucional

> Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre:

■ Matéria regimental ou de caráter normativo;

■ Conflito de competência entre relatores.

> Compete ao Plenário deliberar sobre:

■ Lista tríplice de ministros-substitutos e membros do MPTCU para


preenchimento do cargo de Ministro;

■ Processos avocados pelo próprio Plenário em razão de sua relevância que, por
sugestão de Ministro ou de ministro-substituto convocado, sejam submetidos
ao colegiado.

> Compete ao Plenário aprovar:

■ Plano de controle externo;

■ Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal;

■ Propostas relativas a projeto de lei que o Tribunal deva encaminhar ao Poder


Legislativo;

■ Proposta de acordo de cooperação e instrumento congênere, nas situações em


que houver transferência de recursos financeiros.

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Sanções de maior gravidade

> Compete ao Plenário:

■ Determinar a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de


confiança na Administração Pública Federal;

■ Declarar a inidoneidade de licitante fraudador;

■ Solicitar à AGU o arresto de bens de responsável;

■ Adotar medidas cautelares, determinando, entre outras providências, a


suspensão do ato ou do procedimento impugnado, resguardada a possibilidade
de antecipação da medida pelo Relator ou pelo Presidente.

Com pete ainda ao Plenário deliberar sobre os seguintes r e c u rs o s :

■ Recursos apresentados contra suas próprias decisões;

■ Recursos de revisão (todos);

■ Agravos interpostos a despachos decisórios proferidos em processo de sua


competência;

■ Recursos contra decisões adotadas pelo Presidente sobre matéria administrativa.

Outra com petência im portante do Plenário é deliberar sobre propostas


de fixação de entendim ento, nos term os do art. 16, inciso V do RI/TCU:

V - deliberar sobre propostas de fixação de entendimento de especial relevância


para a Administração Pública, sobre questão de direito, que somente poderão ser
aprovadas por 2/3 dos ministros, inclusive ministros-substitutos convocados.

Especial atenção para o quórum previsto no inciso V acima. São poucas


as ocasiões em que o RI/TCU exige quórum qualificado, portanto tenha
cuidado. As deliberações sobre propostas de fixação de entendim ento
som ente podem ser aprovadas por 2 / 3 (= 6 ) d os M inistros, titu la re s ou
su b stitu to s co n v o ca d o s .
As deliberações do TCU que fixam entendim entos ou que proferem
determ inações de caráter norm ativo possuem características sem elhantes às
respostas a consultas, ou seja, versam sobre m atérias em tese (questões de
direito) e não sobre casos concretos. A diferença é que as respostas às
consultas são provocadas pelas autoridades com petentes; já as fixações de

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entendim ento ou as determ inações de caráter norm ativo são tom adas por
iniciativa do próprio Tribunal ao exam inar processos que tratam de m atérias
controversas.

> Exemplo de fixação de entendimento

Acórdão 2641/2010-Plenário

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, em: (...)

9.3. deixar assente que, até que seja editada a lei específica de que trata o art. 173, §1°, inciso
III, da Constituição, as empresas públicas, sociedades de economia mista e as entidades
controladas direta ou indiretamente pela União devem fazer constar, nos editais e contratos
alusivos à prestação de serviços de duração continuada, previsão de que os reajustes de
preços devem ser feitos com base na efetiva variação de custos comprovada pelo contratado,
admitindo-se a adoção de índice setorial de reajuste, nos termos do art. 40, inciso XI, da Lei n°
8.666/1993 e em consonância com a Decisão n° 235/2002 e os Acórdãos n°s 34/2004 e
361/2006, todos do Plenário, não se regulando a matéria pelo art. 3° da Resolução CCE
10/1996;

Por fim, cum pre salientar que ao Plenário com pete deliberar
originariam ente acerca deq u alq u er a ssu n to não in clu íd o
e x p re ssa m e n te na co m p etên cia d a s C â m a ra s .

_____________________________________ CÂMARAS_____________________________________

A LO/TCU (art. 67) permite ao TCU dividir-se em Câm aras, m ediante


deliberação da maioria absoluta (=5) de seus M inistros titu la re s . Portanto,
em tese, a d ivisão em C â m a ra s não é o b rig a tó ria . Todavia, atualm ente
o RI/TCU estabelece que o Tribunal é com posto por d u as C â m a ra s .

Cada Câm ara q uatro M inistro s , indicados pelo


com põe-se de
Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada ano (RI/TCU,
art. 11). Ou seja, no início de cada ano (prim eira sessão ordinária), o
Presidente do Tribunal define a com posição das Câmaras.

O Presidente do Tribunal não participa de nenhuma Câm ara, mas, ao


deixar o cargo, passa a integrar a Câm ara a que pertencia o seu sucessor. É
possível haver permuta ou remoção voluntária dos M inistros de uma para
outra Câm ara, desde que haja anuência do Plenário, tendo preferência o
Ministro mais antigo.

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Junto a cada Câm ara atuam dois M in istro s-S u b stitu to s , em caráter
perm anente, conform e designação do Presidente do Tribunal. Junto a cada
Câm ara atua, ainda, um re p re se n ta n te do M PTCU .

As com petências da Primeira e da Segunda Câm ara são iguais. Apesar


de serem em núm ero bem m enor que as com petências do Plenário,
com preendem as atribuições mais corriqueiras do Tribunal, como o
julgam ento de prestações de contas, a apreciação de atos sujeitos a registro
e a aprovação de relatórios de fiscalização e representações, salvo as
e x c e ç õ e s expressas, cu ja co m p etên cia é do Plenário (RI/TCU, art. 17).

> Compete à Primeira e à Segunda Câmara deliberar sobre:

■ Prestação e tomada de contas, inclusive tomada de contas especial;

■ A legalidade, para fins de registro, de atos de admissão de pessoal e de


concessão de aposentadoria, reformas e pensões;

■ Representação (exceto as de equipe de fiscalização);

■ Realização de inspeção (exceto em unidades do Poder Legislativo, do STF, dos


Tribunais Superiores, da Presidência da República, do próprio TCU, do Conselho
Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como do
Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União);

■ Relatório de fiscalização (exceto: de natureza operacional; realizada por


solicitação do Congresso Nacional, suas Casas e respectivas comissões;
realizadas nas unidades listadas no item anterior).

Com pete ainda às Câm aras deliberar sobre re c u rso s apresentados


contra s u a s p ró p rias d e lib e ra ç õ e s , bem como sobre agravo interposto
contra despacho decisório proferido em processo de sua com petência.

Os assuntos de com petência das Câm aras, e x ce to os re cu rso s,


poderão ser incluídos na pauta do P le n á rio , sem pre que a relevâ n cia da
matéria recom ende esse procedim ento (RI/TCU, art. 17, §1°). Todavia, há
uma e x ce çã o da e x c e ç ã o : se, a o e x a m in a r r e c u r s o , a Câm ara entender
cabível a declaração de inidoneidade de licitante ou a inabilitação de
responsável para o exercício de cargo em com issão ou função de con fiança,
o respectivo processo deverá ser rem etido para apreciação do Plenário, pois
tais assuntos são da com petência privativa do Pleno (RI/TCU, art. 17, §4°).

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As Câm aras, por sua vez, não p o d erão , em nenhuma hipótese,


d elib e ra r so b re m atéria da co m p etência p rivativa do Plenário
(LO/TCU, art. 67, §1°).

Por fim, registre-se que é vedado às Câm aras apreciar processos que
contenham propostas de fixação de entendim ento sobre questão de direito
em determ inada matéria, de determ inações em caráter norm ativo e de
estudos sobre procedim entos técnicos, bem como aqueles em que se
entender necessário o exam e incidental de inconstitucionalidade de lei ou de
ato do poder público. Nesse último caso, após o Plenário realizar o exam e
incidental de inconstitucionalidade, o processo retornará à Câmara para
continuidade do feito (RI/TCU, art. 17, §3°).

P re sid e n te de C âm ara
O Presidente de Câm ara não se confunde com o Presidente do TCU.
Uma das Câm aras é presidida pelo V ice -P re sid e n te do T rib un al e a outra
m ais antigo em e x e rcício no cargo (dentre todos os
pelo M inistro
membros do Tribunal) . Os Presidentes das Câm aras são designados pelo
Presidente do TCU quando da definição dos respectivos m em bros, ou seja,
na primeira sessão ordinária de cada ano. Nas vacâncias, ausências e
im pedim entos do Presidente da Câm ara, assum irá a presidência o Ministro
mais antigo no cargo, dentre os que pertencerem à respectiva Câmara
(RI/TCU, art. 12).

As com petências do Presidente de Câmara estão inform adas no art. 33


do RI/TCU. Dentre outras, o Presidente de Câm ara preside suas sessões,
resolve questões de ordem e decide sobre requerim entos. Mas o detalhe
im portante é que o P re sid e n te de C âm ara relata e p rofere voto nos
processos subm etidos à deliberação da respectiva Câmara. Já o Presidente
do TCU, como verem os daqui a pouco, não com põe nenhuma Câm ara e,
regra geral, não relata processos ou vota. Por isso , cu id a d o !

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2. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) A deliberação sobre processo comum de prestação


de contas já instruído cabe à respectiva câmara do TCU.

Comentário: Compete às Câmaras deliberar sobre processos de


prestação e tomada de contas, inclusive especial (RI/TCU, art. 17, I). A
expressão “já instruído” refere-se à instrução preparada nas Unidades
Técnicas do Tribunal pelos AUFC, com base na qual os colegiados decidem.
Cumpre ainda lembrar que, no caso das contas apresentadas pelo Presidente
da República, a competência para deliberar é do Plenário (RI/TCU, art. 15, I, a).
Gabarito: Certo

3. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Na hipótese de o Senado Federal solicitar ao TCU


exame de matéria sobre a exploração de petróleo na camada do pré-sal, devido ao
interesse da União, caberá à câmara a que está afeta o Ministério de Minas e
Energia deliberar sobre a solicitação.

Comentário: Todo pedido de informação ou solicitação endereçado pelo


Congresso Nacional, suas Casas e respectivas comissões é da competência
do Plenário e não das Câmaras (RI/TCU, art. 15, I, b).
Gabarito: Errado

4. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um ministro fizer parte de determinada câmara


por dois anos, nos dois anos seguintes ele será automaticamente designado para
outra câmara.

Comentário: Essa questão aborda o art. 11, caput, do RI/TCU, que foi
alterado na última revisão do RI/TCU em 2012.
A redação anterior era: “Cada câmara compõe-se de quatro ministros,
que a integrarão pelo prazo de dois anos, findos os quais dar-se-á a
recondução automática por igual período”.
E a redação atual é: “Cada câmara compõe-se de quatro ministros,
indicados pelo Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada
ano”.
Portanto, o quesito está errado. Na sistemática atual, a composição das
Câmaras é definida anualmente pelo Presidente do Tribunal, ou seja, não há
mais prazo de dois anos ou recondução automática. Não obstante, perceba
que, mesmo considerando a redação anterior, o quesito permanece errado,
pois a recondução ocorria para a mesma Câmara e não para a outra.
Gabarito: Errado

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5. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um órgão fizer um concurso público para


admissão de 500 novos servidores, o processo de exame dos respectivos atos de
admissão deverá ser deliberado pelo Plenário do TCU.

Comentário: A apreciação da legalidade, para fins de registro, dos atos


de admissão de pessoal da administração direta e indireta é de competência
das Câmaras e não do Plenário (RI/TCU, art. 17, II). Da mesma forma, compete
às Câmaras apreciar a legalidade dos atos sujeitos a registro de concessão de
aposentadoria, reformas e pensões (RI/TCU, art. 17, III).
Gabarito: Errado

6. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Acerca das decisões do TCU, compete


privativamente ao Plenário deliberar originariamente sobre as seguintes matérias,
exceto o que diz respeito a

a) representação apresentada por empresa licitante.

b) relatório de auditoria operacional.

c) consulta sobre matéria de competência do TCU.

d) conflito de lei ou de ato normativo do poder público com a Constituição Federal,


em matéria de competência do TCU.

e) denúncia.

Comentário: A única representação sobre a qual o Plenário delibera é a


representação formulada por equipe de fiscalização do TCU quando, no curso
de fiscalização, verificar procedimento de que possa resultar dano ao erário
ou irregularidade grave (RI/TCU, art. 15, inciso I, alínea l). Todas as demais
espécies de representação, inclusive a representação apresentada por
empresa licitante (alternativa “a”), são de competência das Câmaras, daí o
gabarito da questão. Quanto às demais alternativas, verifica-se que versam
sobre competências do Plenário, expressas no art. 15, I, “m”, “o”, “e” e “p” do
RI/TCU, respectivamente.
Gabarito: alternativa “a”

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____________________________________ COMISSÕES____________________________________

As Com issões são órgãos que colaboram no desem penho das


atribuições do Tribunal. Podem ser p e rm an e n te s ou te m p o rá ria s .

Existem apenas duas com issões perm anentes: a C o m issão de


Regim ento e a C o m issão de J u risp ru d ê n c ia .
As com issões perm anentes com põem -se de trê s m em bro s efe tivo s e
um su p le n te , os quais podem ser tanto Ministros quanto Ministros-
Substitutos, sendo que o M inistro (titular) m ais antigo no e xe rcício do
cargo integrará, obrigatoriam ente, a Com issão de Regimento. Os
integrantes das com issões perm anentes são designados pelo Presidente do
Tribunal na primeira sessão ordinária de se u mandato (RI/TCU, art. 19).

A C o m issãode Regim ento cuida da a tu a liza çã o do Regim ento


In te rn o e opina em p ro ce sso ad m in istrativo quando consultada pelo
Presidente (RI/TCU, art. 22).

Já a C o m issão de Ju risp ru d ê n cia cuida da sistem atização e


divulgação da jurisprudência predom inante do Tribunal, em especial da
atualização da Súm ula da Ju risp ru d ê n cia do TCU (RI/TCU, art. 23).

Em relação às com issões temporárias, o Regim ento Interno não traz


m aiores considerações, apenas inform ando que elas com põem -se de dois
ou m ais m e m b ro s , entre Ministros e M inistros-Substitutos, indicados pelo
Presidente do Tribunal no ato que constituir a com issão (RI/TCU, art. 20).
Ou seja, diferentem ente das com issões perm anentes, não há definição exata
do número de m em bros das com issões tem porárias, apenas do número
mínim o (dois). A quantidade de integrantes das tem porárias será definida de
acordo com as atribuições de cada com issão constituída.

____________________________________PRESIDENTE____________________________________

O Presidente é um órgão do Tribunal (RI/TCU, art. 7°). Isso porque o


Ministro que esteja na função de Presidente, basicam ente, possui as
atribuições de p re sid ir o P le n á rio , d irig ir a s a tiv id a d e s a d m in istra tiv a s
do Trib un al e re p re se n ta r a Corte de C o n tas p eran te os d em a is
ó rg ão s e e n tid a d e s. Ele praticam ente deixa de lado as atribuições
inerentes ao cargo de Ministro, quais sejam, relatar processos e votar nas
sessões do Tribunal, apenas o fazendo nos casos excepcionais que verem os
daqui a pouco.

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Eleição do P re sid e n te e V ice


O Presidente e o V ice-Presidente do TCU são eleitos por s e u s p a re s ,
Ministros titulares, para m andato de um ano c iv il , permitida a reeleição
apenas por um período (RI/TCU, art. 24). Na prática, o Presidente e Vice
ficam na função por dois anos.

Note que o Regim ento está excluindo os M inistros-Substitutos quando


diz "por seus pares". Assim , so m e n te os M inistros titu la re s (inclusive o
que estiver na Presidência), ainda que no gozo de licença, férias ou outro
afastam ento legal, podem participar da eleição do Presidente e Vice-
Presidente do TCU (RI/TCU, art. 24, §5°). O s M in istro s-S u b stitu to s não
podem p a rticip a r , nem como candidatos nem como eleitores.
As eleições do Presidente e Vice ocorrem no mesmo dia, mas são
separadas. Não existe chapa única. A eleição do Presidente precede a do
Vice. As dem ais características do processo de eleição são as seguintes
(RI/TCU, art. 24 a 26):

Modalidade Escrutínio secreto, pelo sistema de cédula única.

Quando Última sessão ordinária do mês de dezembro.

Mínimo de 5 Ministros titulares, incluindo o que presidir o ato, para


Quórum
ser instalada a sessão.

Em primeiro escrutínio, o Ministro que obtiver a maioria dos votos;


não alcançada, realiza-se segundo escrutínio entre os dois mais
Será eleito
votados. Será eleito, entre os dois, o mais votado ou, se ocorrer
empate, o mais antigo no cargo.

Posse Em sessão extraordinária a ser realizada até 16 de dezembro.

Entrada em A partir de 1° de janeiro do ano seguinte ao da eleição.


exercício

Havendo vacância do cargo de Presidente ou de V ice-Presidente do TCU


no meio do m andato, uma nova eleição deverá ser realizada já na prim eira
s e s s ã o o rd in ária após o surgim ento da vaga (RI/TCU, art. 24, §1°). O
eleito para a vaga eventual será em possado na mesma sessão e exercerá o
cargo no período restante (RI/TCU, art. 25). Porém, se a vacância ocorrer
nos últim o s 60 d ia s do mandato, não haverá nova eleição (RI/TCU, art. 24,
§2°). Nesse caso, o Vice-Presidente assum e e com pleta o mandato.

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O V ice -P re sid e n te , além de presidir uma das Câm aras, substitui o


Presidente em suas ausências e im pedim entos. Tam bém exerce as funções
de C o rreg e d o r .

C o m p etên cias do P re sid e n te


A lista de com petências do Presidente do TCU está inform ada no art. 28
do Regimento. São atribuições relacionadas à d ireção d os tra b a lh o s do
P le n á rio , à re p re se n ta çã o do TCU perante os Poderes da União e à
a d m in istração o rça m e n tário -fin an ce ira e do quadro de p esso al do
Tribunal. A seguir, um resumo das atribuições mais im portantes do
Presidente:

> Compete ao Presidente do TCU:

■ Representar o Tribunal perante os Poderes da União, dos estados e municípios,


e demais autoridades;

■ Presidir as sessões plenárias;

■ Convocar sessão extraordinária do Plenário;

■ Decidir sobre pedido de sustentação oral relativo a processo a ser submetido


ao Plenário;

■ Dar posse a Ministro, Ministro-Substituto e ao Procurador-Geral;

■ Definir a composição das Câmaras e designar os respectivos presidentes;

■ Convocar Ministro-Substituto para substituir Ministro;

■ Administrar os recursos humanos, materiais, tecnológicos, orçamentários e


financeiros do Tribunal;

■ Determinar a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar


e aplicar as penalidades disciplinares de demissão e cassação de aposentadoria
ou disponibilidade de servidor do Tribunal.

■ Elaborar a lista tríplice segundo o critério de antiguidade dos ministros-


substitutos (pode ser delegada);

■ Decidir as questões administrativas ou, quando considerá-las relevantes,


sortear relator para submetê-las ao Plenário, exceto processos de invalidez de
ministro, sorteio de relator para projeto de ato normativo e competência da
Corregedoria (pode ser delegada);

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■ Expedir certidões requeridas ao Tribunal na forma da lei (pode ser delegada);

■ Expedir atos concernentes às relações jurídico-funcionais dos ministros,


ministros-substitutos e membros do Ministério Público (pode ser delegada);

■ Nomear e conceder aposentadoria aos servidores do Tribunal (pode ser


delegada);

■ Proceder à distribuição dos processos, mediante sorteio (pode ser delegada).

^ Veja a lista com pleta de atribuições do P resid en te do TCU no art. 2 8 do


Regim ento In te rn o ! P reste atenção que, n os term os do art. 28, § 1 ° , o
P resid en te poderá delegar algum as de su a s com petências.

Atenção, pois os processos adm inistrativos disciplinares são


in sta u ra d o s por determ inação do Presidente, m as são re la ta d o s pelo Vice-
Presidente, que exerce a função de Corregedor.

Com o re g ra , o Presidente do TCU não relata p ro ce sso s nem


profere voto nas sessões do Plenário. Mas há e x c e ç õ e s :

> Compete ao Presidente do TCU:

■ Votar para desempatar votação em processo submetido ao Plenário;

■ Votar quando se apreciar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder


público;

■ Votar quando se apreciarem processos que envolvam matéria administrativa e


projetos de atos normativos;

■ Relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisório de sua


autoria.

Em caráter e xcep cio n al e havendo u rg ê n c ia , o Presidente poderá


adotar decisão m o nocrática sobre matéria da com petência do Tribunal. Tal
decisão, contudo, deve ser subm etida à hom ologação do Plenário na
s e s s ã o o rd in ária seg u in te (RI/TCU, art. 29).
Dos atos e decisões a d m in istra tiv a s do Presidente caberá re cu rso ao
Plenário, o qual será regulado, no que couber, pela Lei Geral do Processo
Adm inistrativo (RI/TCU, art. 30).

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____________________________________ MINISTROS____________________________________

Como vim os, o TCU com põe-se de nove M in istro s . Os requisitos


necessários para a nom eação dos Ministros do TCU estão estabelecidos na
Constituição Federal, quais sejam (CF, art. 73, §1°):

■ Ser brasileiro (nato ou naturalizado);

■ Possuir mais de 35 e m enos de 65 anos de idade;

■ Idoneidade moral e reputação ilibada;

■ Notórios conhecim entos jurídicos, contábeis, econôm icos e financeiros


ou de adm inistração pública;

■ Experiência de mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva


atividade profissional que exija os conhecim entos m encionados acima.

A Constituição disciplina ainda que os nove Ministros do TCU serão


e sco lh id o s da seguinte forma (CF, art. 73, §2°):

■ T rê s (um terço) pelo P re sid e n te da R e p ú b lica , com ap ro vação do


Sen ado F e d e ra l , sendo que a escolha de um é livre e a dos o utro s
d ois deve ser feita alternadam ente entre A u d ito res (m in istro s-
su b stitu to s) e m em bro s do M PTCU , segundo critérios de
antiguidade e m erecim ento, escolhidos em lista tríp lic e 3 apresentada
pelo próprio Tribunal;

■ S e is (dois terços) pelo C o n g resso N a cio n a l , todos de escolha liv re ,


sem n e ce ssid a d e de ap ro vação p o ste rio r .

A lg u m as o b se rv a çõ e s im p o rta n te s :

> Independentemente de quem faça a escolha, todos os Ministros são nomeados


pelo Presidente da República, observados os requisitos constitucionais (CF,
art. 84, XV). Escolher é diferente de nomear. No caso dos Ministros escolhidos
pelo próprio Presidente da República, a nomeação ocorre somente após a
aprovação do Senado Federal.

> Cuidado com a diferença entre posse e nomeação de Ministros! Enquanto a


nomeação é de competência do Presidente República, a posse de todos os
Ministros é dada pelo Presidente do TCU (RI/TCU, art. 28, XXI). Se a posse ocorrer3

3 Veja o procedimento para elaboração da lista tríplice no art. 36 do RI/TCU.

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em período normal de funcionamento, é dada em sessão extraordinária do


Plenário; durante o recesso, ocorre perante o Presidente do Tribunal.

> Não há necessidade de que os escolhidos pelo Congresso Nacional sejam


deputados ou senadores. Basta que a pessoa preencha os requisitos
apresentados no art. 73 da CF.

> A antiguidade do Ministro será determinada pela posse, pela nomeação e pela
idade, nessa ordem (RI/TCU, art. 41).

> Em caso de vacância, a competência para escolha será definida de modo que se
mantenha a composição prevista na CF (3 escolhidos pelo Presidente da
República, sendo 1 livre e 2 dentre Ministros-Substitutos e membros do MPTCU,
e 6 escolhidos pelo Congresso Nacional).

Pela última observação acima, verifica-se que as vagas de Ministro


devem ser preenchidas obedecendo ao crité rio de o rig e m , vinculando-se
cada uma delas à respectiva categoria a que pertencem .

Dessa form a, se a vaga surgida era ocupada por Ministro indicado pelo
Congresso Nacional, o novo m em bro deverá tam bém ser escolhido pelo
Congresso Nacional; se a vaga surgiu após vacância de Ministro indicado por
livre escolha do Presidente da República, esse terá o direito de escolher o
novo Ministro livremente; da mesma form a, se o Ministro que deixou o cargo
foi escolhido pelo Presidente da República entre os M inistros-Substitutos do
Tribunal, a nova vaga deverá ser preenchida por M inistro-Substituto em
exercício, escolhido pelo Presidente da República. O m esm o vale para a vaga
reservada aos m em bros do MPTCU.

P re rro g a tiv a s dos M inistros do TCU


Os Ministros do TCU terão as m esm as garan tias, prerrogativas,
vencim entos e vantagens dos M inistros do S u p erio r T rib un al de Ju stiça
(CF, art. 73, §3°), que são as seguintes:

■ V italiciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial


transitada em julgado;

■ Inam ovibilidade;

■ Irredutibilidade de vencim entos, observado, quanto à rem uneração, o


teto previsto na Constituição Federal.

Quanto à aposentadoria e pensão, a Constituição Federal prescreve que


os Ministros do TCU se enquadram na regra geral de aposentadoria dos

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servidores públicos fixada no art. 40 da Carta Magna. Já a Lei Orgânica


(art. 73, IV) ainda apresenta a regra antiga, prevendo aposentadoria, com
proventos integrais, de duas formas: com pulsória, aos 70 anos de idade ou
por invalidez com provada; e facultativa, após 30 anos de serviço. Essa regra
foi revogada pela Emenda Constitucional n° 20/1998.

O Tribunal poderá determ inar, por motivo de in te re sse p úb lico , a


disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro, assegurada a ampla defesa.
A disponibilidade ou aposentadoria som ente poderá ser determ inada
m ediante o voto da m aioria ab solu ta dos M inistros titu la re s , excluído o
Ministro processado e incluído o Presidente (RI/TCU, art. 50).

Os Ministros do TCU, nas in fraçõ e s p e n ais co m u n s e nos crim e s de


re sp o n sa b ilid a d e , serão processados e julgados, originariam ente, pelo
Sup rem o Trib un al Federal (CF, art. 102, I, "c").

V e d a çõ e s ao s M inistros do TCU

> É vedado ao Ministro do TCU (RI/TCU, art. 39):

■ Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de


magistério;

■ Exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, de qualquer natureza ou


finalidade, salvo de associação de classe, sem remuneração;

■ Exercer comissão remunerada ou não, mesmo em órgãos de controle da


administração pública direta ou indireta, ou em concessionárias de serviço
público;

■ Exercer profissão liberal, emprego particular ou comércio, ou participar de


sociedade comercial, exceto como acionista ou cotista sem ingerência;

■ Celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público, salvo quando o


contrato obedecer a normas uniformes para todo e qualquer contratante;

■ Dedicar-se a atividade político partidária;

■ Manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo


pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou emitir juízo depreciativo sobre
despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos
autos e em obras técnicas ou no exercício de magistério;

■ Atuar em processo de interesse próprio, de cônjuge, de parente consanguíneo


ou afim, na linha reta ou na colateral, até o segundo grau, ou de amigo íntimo

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ou inimigo capital, assim como em processo em que tenha funcionado como


advogado, perito, representante do Ministério Público ou servidor da
Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno.

■ Atuar em processo quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o


seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o segundo grau.

Na última hipótese acima, o im pedim ento só se verifica quando o


advogado já estiver exercendo o patrocínio da causa, vez que é vedado ao
advogado pleitear intervenção no processo apenas para criar o im pedim ento
do Ministro (RI/TCU, art. 39, §1°).

Além dessas vedações, o Regim ento proíbe que parentes


consanguíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até o segundo o grau,
ocupem , sim u lta n e a m e n te , o cargo de Ministro (RI/TCU, art. 40).

A te n çã o ! Todas as vedações aos Ministros do TCU são extensíveis aos


Auditores M inistros-Substitutos. Mas afinal, quem são esses Auditores,
tam bém são cham ados de M inistros-Substitutos? Vam os ver!

____________________________ MINISTROS-SUBSTITUTOS_____________________________

Em seus a fa sta m e n to s e im p ed im ento s le g a is , os Ministros do TCU


são substituídos pelos A u d ito re s , ou, dizendo conform e o RI/TCU, pelos
M in istro s-S u b stitu to s .
Existem apenas q uatro M inistros-Substitutos, selecionados m ediante
concurso público de provas e títulos dentre cidadãos que satisfaçam os
req u isito s exig id o s para o cargo de M inistro do T rib u n a l . Eles não se
confundem com os Auditores Federais de Controle Externo (AUFC), os quais
se subm etem à Lei 8.112/1990 e exercem atividades de assessoram ento
técnico para o TCU, estando lotados na Secretaria. Os M inistros-Substitutos,
por sua vez, atuam junto ao Plenário e às Câm aras e não podem exercer
funções ou com issões na Secretaria do Tribunal (RI/TCU, art. 56).

Os M inistros-Substitutos são no m ead o s pelo P re sid e n te da


República e a p o sse é dada pelo P re sid e n te do T C U . Depois de
em possado, só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado.

O M inistro-Substituto, quando em su b stitu içã o a Ministro, terá as


m e sm a s garan tias, im pedim entos e subsídio do titu la r (RI/TCU, art. 53).

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Já no exercício regular das suas dem ais atribuições, o Ministro-


Substituto terá as m esm as garantias e im pedim entos de ju iz do Trib unal
Regional Fed eral (CF, art. 73, §4°).
Para substituir Ministro ausente e auferir as prerrogativas do cargo, o
M inistro-Substituto deve ser convocado pelo P re sid e n te do T rib u n al. Ao
ser convocado, o M inistro-Substituto assum e todas as funções do titular
(notadam ente a relatoria de processos e o voto nas sessões), exceto as
privativas de Ministros efetivos, como votar e ser votado nas eleições para
Presidente e Vice-Presidente. A convocação ocorre nas ausências e
im pedim entos dos Ministros titulares por motivo de licença, férias ou outro
afastam ento legal, assim como no caso de vacância do cargo de Ministro,
até novo provimento.

Os M inistros-Substitutos tam bém podem ser convocados


especificam ente para co m p letar o q u ó ru m do Plenário ou das Câmaras.
Isso pode ocorrer, por exem plo, caso algum Ministro se declare im pedido de
votar. Os M inistros-Substitutos podem ainda ser convocados para proferir
voto de d e se m p a te , caso o responsável original pelo voto - o Presidente
ou o Ministro que estiver na presidência do Plenário - declarar-se impedido
no m om ento do desem pate. Nessas hipóteses (com pletar o quórum ou
proferir voto de desem pate), o M inistro-Substituto pode ser convocado pelo
P re sid e n te do T rib un al ou pelo P re sid e n te de C â m a ra , cessando a
convocação logo após o M inistro-Substituto apresentar o respectivo voto.

Quando não estiverem convocados para substituir Ministro, os


M inistros-Substitutos exercem as dem ais funções da judicatura, ou seja,
atuam presidindo a instrução dos processos que lhe forem distribuídos,
relatando-os com proposta de d ecisã o a ser votada pelos m em bro s do
resp ectivo co le g iad o .
Perceba que, quando não co n vo cad o , o M inistro-Substituto som ente
em ite uma proposta de decisão para os processos que lhe forem
distribuídos, a ser votada pelos integrantes do Plenário ou das Câmaras. Ou
seja, no exercício das dem ais atribuições da judicatura, o M inistro-Substituto
não tem direito a voto nas sessões do Tribunal. Por outro lado, quando
estiver em su b stitu içã o a M inistro , m ediante co n v o ca çã o , o Ministro-
Substituto vota como se Ministro fosse. Frise-se que essa condição -
estar convocado para poder votar - vale tanto para as sessões da Câmara
na qual o M inistro-Substituto atua perm anentem ente quanto para as sessões
do Plenário.

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O Ministro-Substituto só vota nas sessões


do Tribunal quando estiver convocado para
substituir Ministro titular. Caso contrário,
apenas apresenta proposta de voto, a ser
apreciada pelos Ministros titulares e pelos
Ministros-Substitutos que estiverem
convocados.

Recorde-se que, em determ inadas situações, o M inistro-Sub stituto


não vota ja m a is , m esm o que e stiv e r no e x e rcício do cargo de
M inistro . Isso ocorre, por exem plo, nas eleições para Presidente e Vice-
Presidente do Tribunal (RI/TCU, art. 24), na deliberação para dividir o
Tribunal em Câm aras (LO/TCU, art. 67) e no julgam ento para determ inar a
indisponibilidade ou a aposentadoria de M inistro por m otivo de interesse
público (RI/TCU, art. 50, §6°), pois tais decisões com petem exclusivam ente
aos Ministros titulares.

Pode ocorrer a situação de um M inistro-Substituto que atue junto à


Primeira Câm ara, por exem plo, ser convocado para substituir Ministro que
com põe a Segunda Câmara. Nesse caso, o M inistro-Substituto som ente tem
direito a voto nas sessões da Câm ara a que pertence o Ministro que está
substituindo, no nosso exem plo, a Segunda Câmara. O M inistro-Substituto
convocado, todavia poderá com parecer à sessão da sua Câm ara de origem -
no caso, a Primeira - para relatar, sem direito a vo to , os processos de sua
relatoria originária já incluídos em pauta ou que sejam de com petência
privativa desse colegiado (RI/TCU, art. 55, §1°).

A ordem de preferência para a convocação dos M inistros-Substitutos é


determ inada pelaan tig u id ad e da p o s s e , da no m eação e pela
c la ssifica ç ã o no co n cu rso público de in g resso na c a r re ir a , nessa
ordem (RI/TCU, art. 55, §4°). A LO/TCU dispõe ainda que, em caso de
idêntica antiguidade, o critério será a m aior idade (art. 63).

_______________________MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU_______________________

Junto ao TCU funciona um Ministério Público especializado (MPTCU),


com um ente cham ado de Ministério Público de Contas, regido pelos princípios
institucionais da u n id ad e , da ind ivisib ilid ad e e da ind ep endência
fu n c io n a l .
O MPTCU, portanto, é um órgão independente do TCU, em bora conte
com o apoio adm inistrativo e de pessoal da Secretaria do Tribunal para o
desem penho de suas atribuições.

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A Constituição Federal refere-se ao Ministério Público junto ao TCU no


art. 130, estabelecendo que aos seus m em bros tam bém se aplicam as
disposições referentes a d ireitos, vedações e form a de investidura
pertinentes aos m em bros do Ministério Público com um (M inistério Público da
União, incluindo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e
Ministérios Públicos dos Estados), previstas na Carta da República. Além
disso, aos m em bros do MPTCU aplica-se, no que couber, o disposto na
Lei Com plem entar 75/1993 sobre a organização, as atribuições e o Estatuto
do Ministério Público da União.

Todavia, o MPTCU não se confunde com o Ministério Público da União e


suas subdivisões. Vale dizer: o MPTCU não faz p arte do M inistério
Público da União! Por isso, não está vinculado ou subordinado ao
Procurador-Geral da República. O MPTCU tem seu próprio P ro curad o r-
G e ra l .
O MPTCU com põe-se de um Procurador-Geral, três subprocuradores-
gerais e quatro procuradores, no m eado s pelo P re sid e n te da R e p ú b lica ,
entre b ra s ile iro s , b a ch a ré is em Direito (LO/TCU, art. 80). Este é o texto
da Lei, que é confuso, pois faz parecer que o MPTCU possui oito m em bros, o
que não é verdade. O MPTCU possui se te m e m b ro s: três subprocuradores-
gerais e quatro procuradores, sendo que um deles é escolhido para ser o
Procurador-Geral.

De fato, ca rre ira do MPTCU é constituída pelos ca rg o s de


a
su b p ro cu rad o r-g eral e p ro cu rad o r . O cargo Procurador-Geral, por sua
vez, não integra a carreira.

Os m em bros do MPTCU ingressam na carreira no cargo de procurador e


são prom ovidos, alternadam ente, por antiguidade e m erecim ento, ao cargo
de subprocurador-geral, que é o último nível da carreira. Do cargo de
subprocurador-geral não há como ser prom ovido ao cargo de Procurador-
Geral, visto que tal cargo não integra a carreira.

E quem é então o Procurador-Geral? O Procurador-Geral é nom eado


pelo P re sid e n te da R ep ú b lica e n tre os in te g ran te s da ca rre ira
(RI/TCU, art. 58, §1°). Assim , podem ser nom eados para o cargo de
Procurador-Geral tanto um dos três subprocuradores-gerais quanto um dos
quatro procuradores. O procedim ento é o seguinte: ocorrendo a vacância do
cargo de Procurador-Geral, o P re sid e n te do Trib un al encam inha lista ao
Presidente da República com o nome de to d os os integrantes da carreira do
MPTCU, por ordem de antiguidade e com indicação dos respectivos cargos. O

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Presidente da República, então, escolhe q u alq u er um deles; até mesmo um


procurador recém -egresso na carreira pode ser escolhido.

O m andato do Procurador-G eral é de d ois a n o s , perm itida a


recond ução (RI/TCU, art. 58, §1°). Cuidado para não confundir com o
mandato do Presidente do TCU, que é de um ano, permitida a recondução
por apenas mais um ano.

O P ro cu rad o r-G eral é o chefe do MPTCU, tendo tratam ento protocolar,


direitos e prerrogativas correspondentes aos de cargo de Ministro do
Tribunal (RI/TCU, art. 58, §1°). Assim , da mesma form a que os Ministros,
toma posse em sessão
e x trao rd in ária do T rib u n a l , podendo fazê-lo
perante o Presidente, em período de recesso. Ou seja, quem dá p o sse ao
Procurador-Geral do MPTCU é o P re sid e n te do T rib u n a l . Por sua vez, os
dem ais m em bros do MPTCU tom am posse perante o P ro cu rad o r-G eral
(RI/TCU, art. 59).

Exige-se para o ingresso na carreira do MPTCU a aprovação em


concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em
sua realização (LO/TCU, art. 80, §3°).

C o m p e tê n cias
A LO/TCU (art. 81) e o RI/TCU (art. 62) atribuem com petências ao
Procurador-Geral, as quais, por delegação, tam bém podem ser exercidas
pelos subprocuradores-gerais e pelos procuradores. São elas:

> Compete ao Procurador Geral e, por delegação, aos subprocuradores-gerais e


procuradores:

■ Promover a defesa da ordem jurídica, requerendo, perante o Tribunal, as


medidas de interesse da Justiça, da Administração e do erário;

■ Comparecer às sessões do Tribunal e dizer de direito, oralmente ou por escrito,


em todos os assuntos sujeitos à decisão do Tribunal;

■ Interpor os recursos permitidos em lei ou previstos no Regimento;

■ Promover junto à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, perante os


dirigentes das entidades jurisdicionadas do Tribunal, as medidas relativas à
cobrança judicial da dívida e ao arresto de bens previstas na LO/TCU,
remetendo-lhes a documentação e instruções necessárias;

■ Requerer as providências necessárias ao saneamento dos autos ou ao


afastamento cautelar do responsável.

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O Ministério Público de Contas é in stitu ição p e rm a n e n te , essencial à


atividade de controle externo da Adm inistração Pública, com atuação junto
ao TCU. Sua principal função é a d efe sa da ordem ju r íd ic a , zelando pela
aplicação da lei a fim de que as decisões da Corte de Contas observem os
preceitos constitucionais e legais. Dessa form a, todas as sessões do TCU,
tanto das Câm aras como do Plenário, devem contar com a presença de um
representante do Ministério Público de Contas, sob pena de nulidade das
deliberações adotadas.

Diferentem ente do Ministério Público com um , o MPTCU não atua junto


ao Judiciário. Sua atuação restringe-se a ser o fiscal da lei no âm bito da
Corte de C o n ta s .

O MPTCU não atua junto aos


Tribunais do Poder Judiciário, mas
apenas junto ao TCU.

Os m em bros do MPTCU podem se m anifestar em todos os processos


que tram itam no Tribunal. Todavia, existem aqueles em que a sua
m an ife stação é ob rig atória (RI/TCU, art. 62, III; art. 280):

> A manifestação do MPTCU é obrigatória nos:

1. Processos de tomada ou prestação de contas;

2. Processos relativos aos atos de admissão de pessoal e de concessão de


aposentadorias, reformas e pensões;

3. Recursos, exceto embargos de declaração, agravos e pedido de reexame em


processo de fiscalização de atos e contratos.

Além desses, o MPTCU tam bém deve ser ouvido nos in cid e n te s de
uniform ização de ju ris p ru d ê n c ia , mas apenas se a divergência for
reconhecida pelo Relator ou pelo Plenário. Caso não seja, a audiência do
MPTCU não é obrigatória (RI/TCU, art. 91, §1° e §5°). V erem os mais sobre
esses incidentes adiante, ainda nesta aula.

Nos dem ais processos, os m em bros do MPTCU poderão se m anifestar,


por req u isição do R e la to r ou, ainda, por meio de so licita çã o própria
(pedido de vista de determ inado processo).

Na oportunidade em que em itir seu parecer, o MPTCU apresentará seu


entendim ento quanto ao m érito do processo (RI/TCU, art. 62, §2°), por
exem plo, dizendo se concorda ou não com a instrução elaborada pela

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unidade técnica, se em sua opinião as contas do gestor devem ser julgadas


regulares ou irregulares, se o Tribunal deve aplicar ou não sanção ao
responsável etc.

____________________________________SECRETARIA____________________________________

A Secretaria destina-se a prestar apoio técn ico e a executar os


s e rv iç o s a d m in istra tiv o s do Tribunal. A Secretaria com põe-se de várias
unidades, inclusive com uma representação em cada estado da federação
(LO/TCU, art. 85). Tam bém faz parte da Secretaria o Instituto Serzedello
Corrêa (ISC), responsável pela organização dos concursos públicos para
ingresso no quadro de pessoal do Tribunal e pela prom oção e organização de
cursos de aperfeiçoam ento para os servidores (LO/TCU, art. 88).

S e rv id o re s do TCU
Para cum prir as suas finalidades, a Secretaria do Tribunal dispõe de
quadro próprio de p e ss o a l , organizado em plano de carreiras, cujas
características são fixadas em lei específica (RI/TCU, art. 66).

A grande maioria dos Auditores Federais de Controle Externo (AUFC),


dos Técnicos Federais de Controle Externo (TFCE) e dos dem ais servidores
do Tribunal desem penham suas atividades junto à Secretaria. De fato, quem
efetivam ente operacionaliza as funções de controle externo, com preendendo
a fiscalização contábil, financeira, orçam entária, operacional e patrim onial
dos entes jurisdicionados, são os servidores lotados na Secretaria. Eles é
que, sob a orientação do Relator, vão a cam po realizar auditorias e
inspeções, reunir evidências, colher o esclarecim ento dos gestores, analisar
todos esses dados para, então, apresentar uma proposta de
encam inham ento ao Tribunal.

Ao servidor que exerce funções específicas de co ntro le extern o são


asseguradas as seguintes p re rro g a tiv a s (LO/TCU, art. 87):

■ livre in g resso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do TCU;


■ a c e sso a todos os d ocum en to s e in fo rm açõ es n e c e ssá rio s à
realização de seu trabalho;

■ com petência para req u e re r aos responsáveis pelos órgãos e


entidades objeto de inspeções, auditorias e diligências, as
inform ações e docum entos n e c e s sá rio s para instrução de processos
e relatórios de cujo exam e esteja expressam ente encarregado por
sua chefia imediata.

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Essas prerrogativas som ente são garantidas ao servidor que estiver


devidam ente credenciado pelo Presidente do Tribunal, ou por delegação
deste, pelos dirigentes da Secretaria do Tribunal, para desem penhar
auditorias, inspeções e diligências expressam ente determ inadas pelo TCU .

Quanto ao acesso a docum entos e inform ações, repare que o servidor


apenas possui respaldo para requerer e exam inar aquilo que é n e ce ssá rio
ao desem penho de suas atribuições, ainda que o Tribunal, na qualidade de
órgão de controle externo, tenha irrestrito acesso a todas as fontes de
inform ações disponíveis na adm inistração pública federal.

Em contraponto às prerrogativas, são o b rig açõ e s do servidor que


exerce funções específicas de controle externo (LO/TCU, art. 86):

■ manter, no desem penho de suas tarefas, atitude de in d e p e n d ê n cia ,


se re n id a d e e im p a rcia lid a d e ;
■ re p re se n ta r à chefia im ediata contra os responsáveis pelos órgãos
e entidades sob sua fiscalização, em casos de fa lh a s e /o u
irre g u la rid a d e s ;
■ propor a aplicação de m u lta s , nos casos previstos no regimento
interno;

■ g u ard ar sigilo sobre dados e inform ações obtidos em decorrência do


exercício de suas funções e pertinentes aos assuntos sob sua
fiscalização, utilizando-os, exclusivam ente, para a elaboração de
pareceres e relatórios destinados à chefia imediata.

7. (TCE/RO - Analista 2013 - C a spe) O modelo federal de organização,


composição e fiscalização do tribunal de contas, fixado pela CF, é de observância
obrigatória pelos estados.

Comentário: A questão está correta, ante o disposto no art. 75 da


Constituição Federal:
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e
do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

Perceba que o dispositivo estabelece que as normas federais devem ser


observadas nos estados “no que couber”, ou seja, algumas adaptações

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podem ocorrer devido às especificidades das esferas de governo, desde que


não desvirtuem o modelo federal. Assim, as normas locais não podem retirar
do Tribunal de Contas alguma competência que esteja prevista na CF, mas
apenas adaptá-la à realidade local. Por exemplo, em algumas passagens, a CF
faz referência ora ao Congresso Nacional ora às suas Casas (Senado e
Câmara) separadamente; no âmbito dos estados, como não há divisão em
Casas, essas passagens devem ser adaptadas.
Vale atentar, ainda, que o próprio art. 75 da CF, em seu parágrafo único,
prevê uma peculiaridade nos estados: os respectivos tribunais de contas
serão integrados por sete Conselheiros, diferentemente do TCU, que é
integrado por nove Ministros.
Gabarito: Certo

8. (TCDF - ACE 2012 - Cespe, adaptada) O presidente do TCU é designado pelo


Presidente da República, a partir de lista tríplice enviada pelo Congresso Nacional,
formada por auditores externos do TCU ou profissionais de reconhecido
conhecimento na área de administração pública, contabilidade ou direito.

Comentário: O quesito está errado. O Presidente do TCU não é


designado pelo Presidente da República, mas eleito por seus pares, os
Ministros titulares. Ademais, não há, na eleição do Presidente do TCU,
qualquer participação do Congresso Nacional.
Gabarito: Errado

9. (TCU - ACE 2004 - Cespe) O presidente do TCU é nomeado pelo presidente da


República, escolhido de uma lista tríplice constituída pelo tribunal, composta de
ministros de seu quadro, após aprovação pelo Senado Federal.

Comentário: O Presidente do TCU não é nomeado pelo Presidente da


República, mas sim eleito por seus pares (Ministros titulares), em escrutínio
secreto, podendo concorrer qualquer Ministro do Tribunal, exceto o que
estiver ocupando a presidência e que já tenha sido reeleito uma vez (RI/TCU,
art. 24). Na prática, ocorre um rodízio de dois em dois anos entre os Ministros
do Tribunal, não havendo qualquer participação do Presidente da República
ou do Parlamento na escolha ou nomeação, daí o erro do item. Por outro lado,
recorde-se que as demais autoridades do Tribunal (Ministros, Ministros-
Substitutos e membros do MPTCU) são todas nomeadas pelo Presidente da
República.
Gabarito: Errado

10. (TCDF - Técnico 2014 - Cespe, adaptada) Cabe ao presidente do Congresso


Nacional dar posse ao presidente do TCU.

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Comentários: O item está errado. Quem dá posse ao Presidente do TCU é


o Plenário do Tribunal, em sessão extraordinária a ser realizada até o dia 16
de dezembro (RI/TCU, art. 26).
Gabarito: Errado

11. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Se os cargos de presidente e vice-


presidente do TCU ficarem vagos noventa dias antes do término do mandato e dois
de seus conselheiros titulares estiverem ausentes, um por estar em gozo de férias e
o outro por estar em licença, será facultado a esses conselheiros participar das
eleições para os cargos vagos.

Comentário: O quesito está correto. Perceba que a vacância ocorreu


antes dos últimos 60 dias do mandato; nessa hipótese, novas eleições devem
ser realizadas para suprir a vaga (RI/TCU, art. 24, §2°). Ademais, lembre-se de
que podem votar na eleição do Presidente e do Vice-Presidente todos
ministros titulares (inclusive o que estiver na Presidência), ainda que no gozo
de licença, férias ou outro afastamento legal (RI/TCU, art. 24, §5°).
Gabarito: Certo

12. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) A competência para nomear


cidadão aprovado em concurso de provas e títulos para o cargo de ministro-
substituto do TCU é do próprio presidente do tribunal.

Comentário: Errado, pois os Ministros-Substitutos são nomeados pelo


Presidente da República; o Presidente do TCU apenas lhes dá posse.
Gabarito: Errado

13. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) O vice-presidente do TCU exerce,


concomitantemente, a presidência da primeira e da segunda câmara e as funções
de corregedor.

Comentário: O vice-presidente do TCU exerce as funções de corregedor


(RI/TCU, art. 31, III) e de presidente de uma das câmaras. O Regimento não
especifica se é da primeira ou da segunda. O presidente da outra câmara é o
Ministro do Tribunal mais antigo no exercício do cargo (RI/TCU, art. 12). Cabe
salientar que, na hipótese de o Vice-Presidente suceder o Presidente do
Tribunal no caso de vaga surgida nos últimos 60 dias do mandato, assumirá a
presidência da câmara o ministro mais antigo entre os que dela fizerem parte
(RI/TCU, art. 12, §1°).
Gabarito: Errado

14. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) O cargo de Procurador-Geral do TCU pode ser
ocupado por procurador da República.

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Comentário: O quesito está errado. De acordo com o art. 58, §1° do


RI/TCU, o Procurador-Geral do TCU é escolhido dentre os integrantes da
carreira do MPTCU, a qual não se confunde com a carreira dos Procuradores
da República, vinculada ao Ministério Público comum.
Gabarito: Errado

15. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Ao tomar conhecimento de irregularidade que


deva ser comunicada a superior hierárquico, o dirigente máximo do Ministério
Público junto ao TCU deve reportar-se ao procurador-geral da República.

Comentário: O MPTCU é órgão independente, que não integra o


Ministério Público da União. Lembre-se que o MPTCU também não integra o
TCU, o qual é “integrado por nove Ministros" (CF, art. 73). Portanto, o
Procurador-Geral do MPTCU não possui superior hierárquico. Ele não se
reporta, em termos de subordinação, ao Procurador-Geral da República ou ao
Presidente do Tribunal. Ao tomar conhecimento de irregularidade, o MPTCU
deve representar ao Tribunal, pois lhe compete “promover a defesa da ordem
jurídica, requerendo, perante o Tribunal, as medidas de interesse da Justiça,
da Administração e do erário" (RI/TCU, art. 62, I).
Gabarito: Errado

16. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) O presidente da República tem a prerrogativa de


escolher livremente apenas um dos nove ministros do TCU, além de outros dois
indicados em listas tríplices pelo próprio TCU, estando essas três escolhas sujeitas
ao crivo do Senado Federal.

Comentário: O item está correto. Segundo o art. 73, §2°, I da CF, o


Presidente da República escolhe três dos nove Ministros do TCU, sendo que
apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são escolhidos entre os
auditores (ministros-substitutos) e os membros do Ministério Público junto ao
tribunal, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio TCU. De acordo
com o mesmo dispositivo, qualquer nome indicado pelo Presidente da
República deve passar pela aprovação do Senado Federal.
Gabarito: Certo

17. (TCU - TEFC 2009 - Cespe) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha
incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os
demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público junto
ao tribunal.

Comentário: Correto, nos termos do art. 73, §2°, I da CF. Lembrando que:
(i) os auditores (ministro-substitutos) e membros do MPTCU são escolhidos a
partir de lista tríplice elaborada pelo Tribunal de acordo com o procedimento

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previsto no art. 36 do RI/TCU; (ii) a livre escolha do Presidente da República


deve recair sobre brasileiros que satisfaçam os requisitos previstos no art. 73,
§1° da CF (mais de 35 anos, idoneidade moral, notórios conhecimentos, além
de mais de 10 anos de experiência profissional); (iii) qualquer nome indicado
pelo Presidente da República deve passar pela aprovação do Senado Federal.
Gabarito: Certo

18. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Os ministros do TCU, por integrarem o Poder
Judiciário, detêm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos
e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Comentário: Segundo o art. 73, §3° da CF, os Ministros do TCU terão as


mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens
dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Todavia, essa equiparação, de
forma alguma, faz com que os Ministros do TCU pertençam ao Poder
Judiciário, daí o erro. Conforme vimos na Aula 01, para a doutrina majoritária,
o TCU - e, por conseguinte, seus Ministros - não integra nenhum dos Poderes
constituídos, nem é, por si só, um outro Poder.
Gabarito: Errado

19. (TCU - ACE 2007 - Cespe) Nas sessões do TCU, o Ministério Público só é
obrigado a manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos
atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão,
bem como nos incidentes de uniformização de jurisprudência e nos recursos.

Comentário: A primeira parte do quesito está correta (“o Ministério


Público só é obrigado a manifestar-se nos processos de tomada ou prestação
de contas, nos atos de admissão de pessoal e de concessão de
aposentadoria..."). Porém, o restante do item está errado, pois a manifestação
do MPTCU não é obrigatória em todos os tipos de recursos, da seguinte forma
(RI/TCU, art. 280):
- Não obrigatória: embargos de declaração, agravo, pedido de reexame em
processo de fiscalização de ato ou contrato;

- Obrigatória: recurso de reconsideração, recurso de revisão, pedido de


reexame em processo relativo a ato sujeito a registro.

Ademais, a manifestação do MPTCU nos incidentes de uniformização de


jurisprudência só é obrigatória caso o Relator ou o Plenário reconheça a
divergência. Caso contrário, não há obrigatoriedade (RI/TCU, art. 91, §1° e §5°).
Gabarito: Errado

20. (TCU - ACE 2004 - Cespe) O Ministério Público junto ao TCU somente precisa
manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos concernentes

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aos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e


pensão, nos incidentes de uniformização de jurisprudência e nos recursos.

Comentário: Questão idêntica à anterior, mas que caiu em outra prova.


Está errada pela mesma razão.
Gabarito: Errado

21. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Assinale a opção correta.


a) O Presidente do TCU é nomeado pelo Presidente da República.

b) Os presidentes da Primeira e Segunda Câmaras do TCU votam, mas não relatam


processos.

c) Na ausência ou impedimento do Vice-Presidente do TCU, o Presidente será


substituído pelo ministro mais idoso em exercício.

d) O Presidente do TCU, ao deixar o cargo, volta a integrar a Câmara a que


pertencia antes de assumir a presidência.

e) O Vice-Presidente do TCU exerce as funções de corregedor.

Comentário: Vamos ver cada alternativa, buscando a correta:


(a) errada, pois o Presidente do TCU é eleito por seus pares (RI/TCU,
art. 24);
(b) errada, pois os presidentes de câmara votam e relatam processos
(RI/TCU, art. 33, III e IV), diferentemente do Presidente do TCU que, em regra,
não vota ou relata processos;
(c) errada, pois na ausência ou impedimento do Vice-Presidente, o
Presidente será substituído pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo
(RI/TCU, art. 8°, §1°);
(d) errada, pois o Presidente do TCU, ao deixar o cargo, passará a
integrar a Câmara a que pertencia o seu sucessor;
(e) certa, conforme art. 32 do RI/TCU. Registre-se que o Vice-Presidente,
em suas ausências e impedimentos legais, será substituído nas funções de
Corregedor pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo (RI/TCU, art. 8°,
§2°).
Gabarito: alternativa “e”

22. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Em face da autonomia administrativa conferida


pela Constituição, o TCU tem competência para fixar, por meio de resolução de seu
Plenário, os vencimentos dos ministros, auditores e membros do Ministério Público
junto ao Tribunal.

Comentário: O TCU tem autonomia para propor ao Congresso Nacional a

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fixação de vencimentos de Ministros, Ministros-Substitutos e membros do


MPTCU (LO/TCU, art. 1°, XIII). Portanto, o Tribunal não fixa os vencimentos por
meio de Resolução do Plenário. A fixação de vencimentos é matéria a ser
tratada em lei específica, de iniciativa privativa do TCU, por isso o quesito
está equivocado. Mesmo assim, a autonomia administrativa do Tribunal é
garantida, pois somente ele e mais ninguém, nem mesmo o próprio
Congresso, poderá propor projeto de lei que altere a remuneração de seus
Ministros, Ministros-Substitutos, membros do MPTCU e demais servidores.
Gabarito: Errado

23. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Cabe ao STJ processar e julgar, originariamente,
nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de responsabilidade — , os
membros do TCU.

Comentário: O quesito está errado. Compete ao Supremo Tribunal


Federal (STF), e não ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), processar e julgar,
originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Ministros do TCU (CF, art. 102, I, c). Ao Superior Tribunal
de Justiça (STJ) compete processar e julgar, originariamente, nas infrações
penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os membros dos Tribunais
de Contas dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 105, I, a). Por fim, a
questão também erra ao afirmar que os crimes comuns abrangem os crimes
de responsabilidade, pois são coisas distintas.
Gabarito: Errado

24. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Os ministros do TCU serão


processados e julgados, em caso de cometimento de crime comum, pelo Supremo
Tribunal Federal e, em caso de crime de responsabilidade, pelo Senado Federal.

Comentário: O quesito está errado, pois os ministros do TCU são


processados e julgados, originariam ente, pelo Supremo Tribunal Federal,
tanto nos casos de crime comum como nos de responsabilidade, a teor do
art. 102, I, “c ” da Constituição Federal.
Gabarito: Errado

25. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Ainda que a unidade, a indivisibilidade e a


independência funcional sejam princípios institucionalizados do Ministério Público,
haverá membros do MP junto ao TCU, entre os quais um será escolhido ministro,
periódica e alternadamente, como parte do terço que cabe ao presidente da
República indicar.

Comentário: Vale observar que o membro do MPTCU nomeado Ministro


por indicação do Presidente da República deixa de pertencer ao Ministério

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Público e passa a ser um dos nove membros do Tribunal. Assim, tal indicação
não prejudica, de forma alguma, a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional do MPTCU. Não obstante, essa questão foi Anulada
pela banca, com a justificativa de que a expressão "periódica e
alternadamente" causou ambiguidade irreversível, prejudicando o julgamento
objetivo da assertiva. De fato, não existe na LO/TCU, no RI/TCU ou na CF
qualquer prazo (período) previsto para a substituição dos Ministros. O texto
constitucional só faz destaque ao termo alternadamente.
Gabarito: Anulada

26. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Na composição dos Tribunais de Contas dos
Estados, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal, caberá ao Governador a
indicação de dois Conselheiros, sendo uma das vagas ocupada, alternadamente,
por integrante da carreira de auditor e por integrante do Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas.

Comentário: Em relação aos Tribunais de Contas dos Estados, a


Constituição informa que “serão integrados por sete Conselheiros" (art. 75,
parágrafo único). Pelo fato de sete não ser múltiplo de três, é impossível
replicar nos Estados a regra de escolha prevista na CF aplicável aos membros
do TCU (art. 73, §2°): 1/3 pelo Chefe do Poder Executivo e 2/3 pelo Poder
Legislativo. A solução foi dada pelo STF: nos Tribunais de Contas Estaduais,
quatro Conselheiros devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três
pelo Chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre
Auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um terceiro a sua
livre escolha.
Gabarito: Errado

27. (TCU - AUFC 2013 - Cespe) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional


escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União, além de
aprovar, por voto secreto, a escolha dos ministros do TCU indicados pelo
Presidente da República.

Comentário: É certo que compete exclusivamente ao Congresso


Nacional escolher dois terços dos membros do TCU; porém, nos termos do
art. 73, §2°, I da CF, a aprovação dos ministros indicados pelo Presidente da
República compete ao Senado Federal e não ao Congresso Nacional:
Art. 73 (...)
§ 2° - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal,
sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto
ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de

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antiguidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional.

Gabarito: Errado

28. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Caso ministro que tenha sido
indicado em vaga de ministro-substituto venha a se aposentar, a escolha do novo
ministro deverá, obrigatoriamente, recair entre os ministros-substitutos, conforme
entendimento firmado pelo STF.

Comentário: O quesito está perfeito, nos termos da jurisprudência do


Supremo Tribunal Federal:
EMENTA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COMPOSIÇÃO. VINCULAÇÃO DE
VAGAS. INTELIGÊNCIA E APLICAÇÃO DO ARTIGO 73, § 2°, INCISOS I E II DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DEFERIMENTO CAUTELAR. 1. O Tribunal de Contas
da União é composto por 9 Ministros, sendo dois terços escolhidos pelo Congresso
Nacional e um terço pelo Presidente da República (CF, artigo 73, § 2°, incisos I e II).
1.2. O preenchimento de suas vagas obedece ao critério de origem de cada um dos
Ministros, vinculando-se cada uma delas à respectiva categoria a que pertencem.
2. A Constituição Federal ao estabelecer indicação mista para a composição do
Tribunal de Contas da União não autoriza adoção de regra distinta da que instituiu.
Inteligência e aplicação do artigo 73, § 2°, incisos I e II da Carta Federal. 3.
Composição e escolha: inexistência de diferença conceitual entre os vocábulos, que
traduzem, no contexto, o mesmo significado jurídico. 4. Suspensão da vigência do
inciso III do artigo 105 da Lei n°8.443, de 16 de julho de 1992, e do inciso III do artigo
280 do RITCU. Cautelar deferida. (ADIN 2.117-MC)
Gabarito: Certo

29. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Com a posse, passam os


procuradores do M PTCU a gozar da garantia de vitaliciedade.

Comentário: Aos membros do MPTCU aplicam-se os mesmos direitos e


vedações dos membros do Ministério Público em geral, conforme previsto na
Constituição Federal (CF, art. 130). Por isso, apenas possuem garantia de
vitaliciedade após dois anos de exercício (CF, art. 128, §5°, I), e não
imediatamente após a posse, daí o erro do quesito.
Gabarito: Errado

30. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Os Ministros do TCU, além de


terem as mesmas prerrogativas, vantagens, vencimentos, garantias e
impedimentos, deverão seguir a mesma forma de investidura dos Ministros do
Superior Tribunal de Justiça.

Comentário: É certo que os Ministros do TCU equiparam-se aos Ministros


do STJ em suas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e

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vantagens, nos termos do art. 73, §3° da CF.


Porém, os membros do Tribunal de Contas possuem forma de
investidura própria, prevista no art. 73, §2° da CF (um terço indicado pelo
Presidente da República e dois terços pelo Congresso Nacional, dentre
brasileiros que preencham os requisitos), não vinculada à forma de
investidura dos Ministros do STJ, daí o erro da questão.
Gabarito: Errado

31. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Os auditores do TCU, somente


quando estiverem atuando em substituição a ministros, estarão sujeitos ao mesmo
regime jurídico destes últimos.
Comentário: A CF (art. 73, §4°) prescreve que o Auditor, quando em
substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular
(ou seja, as de Ministro do STJ) e, no exercício das demais atribuições da
judicatura, as de Juiz de Tribunal Regional Federal. Portanto, o quesito está
correto.
Gabarito: Certo

32. (TCDF - ACE 2002 - Cespe, adaptada) Considere a seguinte situação


hipotética. Como se tratava de vaga deferida ao Poder Executivo, o Presidente da
República escolheu, com base no critério da antiguidade, o nome de novo Ministro
oriundo do quadro de auditores do TCU, tendo o Senado Federal aprovado a
escolha, apesar de existir parentesco em primeiro grau entre o escolhido e outro
Ministro. Nessa situação, a nomeação é legal e, por isso, deve ser mantida.

Comentário: O quesito está errado, pois a situação apresentada afronta o


art. 76 da LO/TCU, que diz: “Não podem ocupar, simultaneamente, cargos de
ministro, parentes consanguíneos ou afins, na Unha reta ou na colateral, até o
segundo grau”. Como a existência do parentesco já era sabida antes da
posse, o Ministro nomeado por último pelo Presidente da República deve
deixar o cargo, ante o disposto na LO/TCU, art. 76:
Art. 76. Não podem ocupar, simultaneamente, cargos de ministro, parentes
consangüíneos ou afins, na linha reta ou na colateral, até o segundo grau.
Parágrafo único. A incompatibilidade decorrente da restrição imposta neste artigo
resolve-se:
I - antes da posse, contra o último nomeado ou contra o mais moço, se nomeados na
mesma data;
II - depois da posse, contra o que lhe deu causa;
III - se a ambos imputável, contra o que tiver menos tempo de exercício no Tribunal.

Gabarito: Errado

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33. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) Se, em decorrência de declaração de


impedimento para julgar determinado processo de contas, um auditor do TCU vier a
substituir ministro desse tribunal, o auditor terá as mesmas garantias e
impedimentos dos ministros do Superior Tribunal de Justiça, mas não os mesmos
vencimentos ou vantagens destes.

Comentário: Questão polêmica. Os Ministros do TCU recebem por


subsídio, ou seja, em parcela única; portanto, não há discriminação em
vencimentos e vantagens. E, nos termos do RI/TCU, o ministro-substituto,
quando em substituição a ministro, terá o mesmo subsídio do titular:
Regimento Interno

Art. 53. O ministro-substituto, quando em substituição a ministro, terá as mesmas


garantias , impedimentos e subsídio do titular, e gozará, no Plenário e na câmara
em que estiver atuando, dos direitos e prerrogativas a este assegurados, nos termos
e hipóteses previstos neste Regimento Interno
Portanto, poder-se-ia pensar que a expressão “mas não os mesmos
vencimentos ou vantagens destes” tornaria a questão errada, diante das
disposições do Regimento Interno.
Porém, nesta questão a banca desconsiderou o Regimento Interno e
considerou apenas o texto da Constituição Federal:
Constituição Federal:

§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias ,


prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior
Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas
constantes do art. 40.
§ 4° O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura,
as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Como se percebe, o § 3° do art. 73 da CF atribui aos Ministros do TCU as


mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens
dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Já o § 4° do mesmo artigo
determina que o Auditor em substituição a Ministro terá as mesmas garantias
e impedimentos deste. Como não menciona os vencimentos e vantagens, a
banca entendeu que, pelo princípio da vinculação legal, tais aspectos não
poderiam ser estendidos aos Auditores (Ministros-Substitutos). Portanto,
fique atento (a)! O Cespe gosta desse tipo de questão; veja a que vem logo em
seguida.
Gabarito: Certo

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34. (TCDF - ACE 2002 - Cespe) Os conselheiros do TCD F e seus auditores, estes
quando em substituição a conselheiros, terão os mesmos direitos, garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos desembargadores do
TJDFT.

Comentário: Questão maliciosa, em que a banca considerou a


literalidade da lei. Vejamos o que dispõe o art. 82 da Lei Orgânica do Distrito
Federal (LO/DF):
§ 4° Os Conselheiros do Tribunal de Contas terão as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
§ 6° O Auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá as mesmas garantias,
prerrogativas e impedimentos do titular e, no exercício das demais atribuições da
judicatura, as de Juiz de Direito da Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Assim, segundo a literalidade da LO/DF, vencimentos e vantagens de


Conselheiro titular não se aplicariam ao Auditor em substituição, daí o erro.
Gabarito: Errado

35. (TCDF - Auditor 2014 - Cespe, adaptada) Segundo o Regimento Interno do


TCU, o ministro-substituto terá as garantias, os vencimentos e os impedimentos de
ministro, e, quando o substituir, terá as mesmas garantias, vencimentos e
impedimentos de Ministros do STJ.

Comentário: Questão errada. Na verdade, o ministro-substituto terá as


mesmas garantias e impedimentos dos Juízes de Tribunal Regional Federal.
Já quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias,
impedimentos e subsídio do titular (RI/TCU, art. 53).
Repare que, nessa questão, a banca pediu julgamento com base no
Regimento Interno, pelo qual os ministros-substitutos, quando em
substituição, fazem jus ao mesmo subsídio do titular.
Gabarito: Errado

36. (TCU - TEFC 2009 - Cespe) O TCU, ainda que na qualidade de órgão auxiliar
do Congresso Nacional, dispõe de uma Secretaria de Controle Interno, que, entre
outras competências, está incumbida de apoiar o controle externo e, até,
representar ao presidente do tribunal em caso de ilegalidade ou irregularidade
constatada.

Comentário: A Secretaria do Tribunal compreende o conjunto de


unidades que tem por finalidade desempenhar atividades estratégicas,

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técnicas e administrativas necessárias ao pleno exercício das competências


do TCU. A Secretaria do Tribunal conta com a seguinte estrutura4:
■ Unidades básicas (Secretaria-Geral da Presidência; Secretaria-Geral de Controle
Externo; e Secretaria-Geral de Administração);
■ Secretaria de Controle Interno;
■ Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão;
■ Unidades de assessoramento de autoridades (gabinetes do Presidente, do
Corregedor, de Ministro, Ministro-Substituto e membro do MPTCU);
■ Órgãos colegiados da Secretaria do Tribunal (Comissão de Ética. Comitê de
Segurança da Informação, etc).
A Secretaria de Controle Interno tem por finalidade assessorar o
Presidente do TCU na supervisão da correta gestão orçamentário-financeira e
patrimonial do Tribunal. Dentre suas competências, está a de apoiar o
controle externo no exercício de sua missão institucional, assim como
representar ao Presidente do Tribunal em caso de ilegalidade ou
irregularidade constatada.
Gabarito: Certo
37. (TCDF - Auditor 2014 - Cespe) Conforme entendimento do STF, é possível a
criação de procuradoria especial no âmbito de tribunal de contas, com competência
para representá-lo judicialmente nos casos em que este necessite praticar, em juízo
e em nome próprio, atos processuais na defesa de sua autonomia e independência
em face dos demais poderes e para exercer a atividade de consultoria e
assessoramento jurídico aos órgãos do Tribunal.

Comentário: O quesito está correto. A banca exigiu conhecimento da


decisão tomada pelo STF na ADI 94-RO, cuja ementa é a seguinte:
Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Constituição do Estado de Rondônia.
Artigos 252, 253, 254 e 255 das Disposições Gerais da Constituição Estadual e do
art. 10 das Disposições Transitóms. 3. Ausência de alteração substancial e de
prejuízo com a edição da Emenda Constitucional estadual n. 54/2007. 4. Alegação
de ofensa aos artigos 22, I; 37, II; 131; 132; e 135, da Constituição Federal. 5.
Reconhecimento da possibilidade de existência de procuradorias especiais
para representação judicial da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas
nos casos em que necessitem praticar em juízo, em nome próprio, série de
atos processuais na defesa de sua autonomia e independência em face dos
demais poderes, as quais também podem ser responsáveis pela consultoria e
pelo assessoramento jurídico de seus demais órgãos (...)
No TCU existe uma Consultoria Jurídica, ligada à Secretaria-Geral da
Presidência, que tem por finalidade orientar o Tribunal nos assuntos jurídicos.
Gabarito: Certo

4 A Resolução TCU 253/2012 define a atual estrutura e as competências das unidades da Secretaria do TCU.

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38. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Compete ao TCU conceder a


ministro e ministro-substituto licença para tratamento de saúde, que, se for superior
ao prazo de seis meses, dependerá de inspeção por junta médica.

Comentários: Assertiva correta, nos termos do art. 1°, inciso XXXII do


RI/TCU:
Art. 1° A o Tribunal de Contas da União, ó rg ã o d e co n tro le e xte rn o , co m p e te , n o s te rm o s da
C on stitu ição F e d e ra l e na form a d a le g isla çã o vigente, em e s p e c ia l da L e i n ° 8 .4 4 3 , d e 16 d e
ju lh o d e 1992:

X X X II - c o n c e d e r licença,
férias e outros afastamentos a o s ministros , ministros-
substitutos e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, d e p e n d e n d o d e in sp e ç ã o
p o r ju n ta m éd ica a lice n ça p a ra tratam ento d e s a ú d e p o r p ra z o su p e rio r a s e is m e s e s ;

É competência do Presidente do Tribunal expedir atos concernentes às


relações jurídico-funcionais dos ministros, ministros-substitutos e membros
do MPTCU, a exemplo da concessão de licença, férias e outros afastamentos.
Gabarito: Certo
39. (TCDF - Técnico 2014 - Cespe, adaptada) O presidente do TCU constatou a
necessidade de reestruturação das câmaras em que se divide o tribunal. Nessa
situação, a nova estruturação dependerá da deliberação da maioria absoluta dos
membros titulares do TCU.

Comentário: O quesito está correto. O art. 67 da LO/TCU impõe que a


divisão do Tribunal em Câmaras deve ser feita mediante deliberação da
maioria absoluta dos seus ministros titulares. Por conseguinte, a
reestruturação desses órgãos (criação de mais Câmaras ou extinção de
alguma) deve ser promovida com base no mesmo quórum.
Gabarito: Certo

40. (TCE/PB - Procurador 2014 - Cespe) Considerando que lei estadual, de


iniciativa parlamentar, viesse a revogg r dispositivos da Lei Orgânica do TCE/PB
(LO-TCE/PB) que versem acerca da organização desse tribunal, assinale a opção
correta de acordo com as normas constitucionais e a jurisprudência do STF.

a) A lei hipotética em questão seria inconstitucional, pois a LO-TCE/PB deverá ser


alterada por resolução expedida pelo próprio tribunal.

b) A lei em questão seria inconstitucional, pois a matéria nela versada somente


poderia ser objeto de decreto expedido pelo governador do estado.

c) Considerando que o TCE/PB é órgão auxiliar do Poder Legislativo, cabe a este a


iniciativa de lei que disponha sobre a LO-TCE/PB, razão porque a lei em
consideração seria constitucional.

d) Na hipótese considerada, apesar de a iniciativa legislativa caber ao TCE/PB, tal

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vício poderia ser sanado com a sanção do projeto de lei pelo governador do estado.

e) A referida lei seria inconstitucional, pois cabe ao próprio TCE/PB a iniciativa


privativa para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e
seu funcionamento.

Comentários: Conforme disposto no art. 73 c/c art. 96 da CF, ao Tribunal


de Contas é garantida a iniciativa privativa para instaurar o processo
legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento.
Portanto, seria inconstitucional uma lei de iniciativa do Poder Legislativo, ou
de qualquer outra instância, que tivesse por fim alterar a Lei Orgânica da
Corte de Contas. Essa, aliás, é a jurisprudência do STF:
“Inconstitucionalidade formal da lei estadual, de origem parlamentar, que altera
e revoga diversos dispositivos da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do
Estado do Tocantins . A Lei estadual 2.351/2010 dispôs sobre forma de atuação,
competências, garantias, deveres e organização do Tribunal de Contas estadual.
Conforme reconhecido pela Constituição de 1988 e por esta Suprema Corte,
gozam as Cortes de Contas do país das prerrogativas da autonomia e do
autogoverno, o que inclui, essencialmente, a iniciativa reservada para instaurar
processo legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento ,
como resulta da interpretação sistemática dos arts. 73, 75 e 96, II, d, da CF (...).” (ADI
4.418-MC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 6-10-2010, Plenário, DJE de 15-6­
2011.) Vide: ADI 1.994, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 24-5-2006, Plenário, DJ
de 8-9-2006.
Portanto, correta a alternativa “e”. Vamos ver os erros das demais:
a) ERRADA. A LO deverá ser alterada por lei, e não por resolução.
b) ERRADA. A matéria versada na lei não poderia ser objeto de decreto
do Poder Executivo, mas apenas de lei de iniciativa da própria Corte de
Contas ou, ainda, por atos internos próprios.
c) ERRADA. A lei é inconstitucional, por vício de iniciativa: não caberia
ao Poder Legislativo dar início ao processo legislativo para alterar a LO do
Tribunal de Contas, e sim ao próprio Tribunal de Contas.
d) ERRADA. O vício de iniciativa não é sanado com a sanção do chefe do
Executivo.
Gabarito: alternativa “e”

41. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Sobre o Controle Externo no Brasil, assinale a
opção correta.

a) Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.

b) Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas relativas a


município, mesmo que este esteja dentro do território de sua Unidade da

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Federação.

c) Um determinado município, caso não possua Tribunal de Contas próprio, não


poderá criá-lo.

d) O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas da União é


aposentado compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.

e) Empresas de Economia Mista não se sujeitam à fiscalização do TCU.

Comentário: a alternativa “a” está errada, pois o cargo de Ministro do


TCU não está incluso no rol de cargos privativos de brasileiros natos previsto
no art. 12, §3° da Constituição.
A alternativa “b” está errada, pois art. 31, §1° da Constituição determina
que o controle externo dos Municípios será exercido pela Câmara Municipal,
com o auxílio dos Tribunais de Contas Estaduais. Somente onde houver, o
auxílio será prestado pelos Tribunais de Contas Municipais (órgãos
municipais).
A alternativa “c” está correta, pois o art. 31, §4° da CF veda a criação de
novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Somente as
cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro possuem um. Todavia, lembre-se
que não é vedada a criação de Tribunais de Contas dos Municípios, órgãos
técnicos estaduais responsáveis pelo controle externo de todos os
municípios do Estado.
A alternativa “d” está errada, pois o Auditor, agora oficialmente
denominado Ministro-Substituto do TCU, equipara-se a juiz de Tribunal
Regional Federal (CF, art. 73, §4°), cuja aposentadoria compulsória se dá aos
70 anos de idade (CF, art. 93, VI e art. 40, §1°, II).
A alternativa ”e” está errada, pois o controle externo abrange todas as
entidades da administração direta e indireta, aí incluídas as sociedades de
economia mista (CF, art. 70). O ente ndimento antigo do STF de que essas
entidades não se submetiam à fiscalização do TCU já foi superado.
Gabarito: alternativa “c”

42. (TCE/SE - Analista 2011 - FCC) A Constituição Federal estabelece que os


Tribunais de Contas Estaduais serão integrados por sete Conselheiros, salvo nos
dez primeiros anos da criação de Estado, hipótese na qual o Governador eleito
nomeará

(A) dois membros.

(B) três membros.

(C) quatro membros.

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(D) cinco membros.

(E) seis membros.

Comentário: Questão “porreta”, que exige conhecimento do art. 235 do


Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição
Federal:
Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as
seguintes normas básicas:
III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito,
dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;

Gabarito: alternativa “b”

43. (TCE/CE - Analista 2008 - FCC) Aos membros do Ministério Público junto aos
Tribunais de Contas aplica-se a disposição constitucional segundo a qual

(A) se assegura vitaliciedade no cargo, após um ano de exercício, não podendo


perdê-lo senão por sentença judicial transitada em julgado.

(B) é vedado, a qualquer título ou pretexto, o recebimento de honorários,


percentagens ou custas processuais.

(C) se proíbe o exercício de atividade político-partidária, salvo exceções previstas


na lei.

(D) o ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,


exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de atividade jurídica.

(E) não se permite o exercício de outra função pública, exceto quando em


disponibilidade.

Comentário: Segundo o art. 130 da Constituição Federal, aos membros


do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
disposições constitucionais pertinlntes a direitos, vedações e forma de
investidura aplicáveis aos membros do Ministério Público comum. Com base
nesse princípio, vamos analisar as alternativas:
(a) Errada, pois a vitaliciedade dos membros do Ministério Público é
assegurada após dois anos de exercício, e não após um ano, nos termos do
art. 128, §5°, I, “a” da CF.
(b) Certa, pois trata-se de vedação constitucional aplicável aos membros
do Ministério Público, estabelecida nesses exatos termos no art. 128, §5°, II,
“a” da Constituição Federal.
(c) Errada, pois a vedação para exercer atividade político-partidária por
parte dos membros do Ministério Público não comporta exceção, nos termos
do art. 128, §5°, II, “e” da Constituição Federal.

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(d) Errada, pois o tempo mínimo de atividade jurídica exigido para o


ingresso na carreira é de três anos, e não de dois, nos termos do art. 129, §3°
da Constituição Federal.
(e) Errada, pois, termos no art. 128, §5°, II, “d” da Constituição Federal,
não se permite o exercício de outra função pública, ainda que em
disponibilidade, salvo uma de magistério.
Gabarito: alternativa “b”

PROCESSOS, DELIBERAÇ ÕES E SESSÕES

Neste tópico irem os estudar como o Tribunal funciona, isto é, como as


decisões da Corte são tom adas e ganham form a, como se desenvolvem as
sessões dos colegiados e quais são as form alidades processuais previstas no
Regim ento Interno. Iniciarem os pelas características do processo no TCU.

___________________________PROCESSO NO TCU___________________________

Os docum entos que registram as atividades do Tribunal são organizados


em processos. Assim , quando uma equipe inicia um trabalho de auditoria,
por exem plo, autua-se um processo com num eração específica para reunir
toda a docum entação a ser produzida sobre a matéria objeto do trabalho,
como inform ações coletadas em campo, relatórios e pareceres das unidades
técnicas, do M inistério Público e deliberações do Tribunal. Enfim , costum a-se
dizer que "o TCU vive de processo".

Com a inclusão do §5° do art. 157, o Regim ento passa a prever a


possibilidade de que os atos processuais possam se dar por m eio
e le trô n ico , na form a a ser disciplinada em ato normativo.
Dependendo da natureza do assunto, podem -se encontrar processos
de: contas ordinárias, contas extraordinárias, contas especiais, fiscalização,
solicitação do Congresso Nacional, denúncia, representação, consulta, atos
de pessoal, recurso ou ainda processos de matéria adm inistrativa interna.

P a rte s
São partes no processo o re sp o n sá v e l e o in te re ssa d o (RI/TCU,
art. 144).

R e sp o n sá ve l é a pessoa física ou jurídica sujeita à ju risd iç ã o do TCU,


ou seja, aquele que figure no processo em razão da utilização, arrecadação,
guarda, gerenciam ento ou adm inistração de dinheiros, bens e valores
públicos, ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma

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obrigações de natureza pecuniária, ou por ter dado causa a perda, extravio


ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao Erário.

Por sua vez, in te re ssa d o é aquele que, em qualquer etapa do


processo, tenha reconhecida, pelo Relator ou pelo Tribunal, razão legítim a
para in te rvir no processo, por exem plo, em virtude da possibilidade de ter
direito subjetivo próprio prejudicado pela decisão a ser exarada pelo TCU. A
razão legítima para intervir no processo deverá ser dem onstrada pelo
interessado, de forma clara e objetiva, sendo-lhe facultado requerer a
juntada de docum entos. O pedido de habilitação será indeferido pelo Relator
quando form ulado ap ó s a in clu são do p ro ce sso em pauta. Todavia, o
ingresso do interessado poderá ocorrer na fase de re c u rs o . O prazo para o
interessado exercer suas prerrogativas processuais não poderá ser m aior do
que q u in ze d ia s , contados da ciência do requerente sobre o deferim ento do
seu pedido (RI/TCU, art. 146).

No âmbito do TCU, as p a rte s podem praticar os atos processuais


d ire ta m e n te , ou por interm édio de p ro cu rad o r reg u larm en te
co n stitu íd o , sem n e ce ssid a d e de re p re se n ta çã o por ad vo g a d o .
Contudo, a retirada de processo das dependências do Tribunal som ente pode
ser realizada por meio de ad vo g ad o , que poderá fazê-lo pelo prazo de
cinco d ia s . As partes apenas podem pedir v ista ou cópia de peça de
processo m ediante solicitação dirigida ao Relator (RI/TCU, art. 165).

Desde a constituição do processo até o térm ino da etapa de instrução, é


facultada à p arte a juntada de docum entos novos. As p ro vas que a parte
quiser produzir perante o Tribunal devem sem pre ser apresentadas de forma
d o cu m en tal , m esmo as declarações pessoais de terceiros. Vale dizer: o
Tribunal não reco n h ece p ro vas e strita m e n te te s te m u n h a is .

A juntada de p ro vas ilícit g s , im p e rtin e n te s , d e s n e c e s s á ria s ou


p ro te la tó rias será negada pelo Relator, em decisão fundam entada (RITCU,
art. 162, § 2°).

D istrib u ição de p ro ce sso s


Todo processo tem um R e la to r , que poderá ser Ministro (exceto o
Presidente, em regra) ou M inistro-Substituto. A distribuição de processos
aos relatores obedece aos princípios da p u b licid ad e , da alte rn a tiv id a d e e
do so rteio (RI/TCU, art. 147).

Para efeito de so rte io , as unidades adm inistrativas sujeitas à jurisdição


do Tribunal são agrupadas em listas de unidades jurisdicionadas (LUJ).

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Assim , o universo de unidades jurisdicionadas ao TCU (mais de 8 .5 0 0 5) é


reunido em doze listas, correspondente ao número de Ministros (8) e
M inistros-Substitutos (4) que relatam processos. De dois em dois anos o
Presidente do Tribunal sorteia o Relator de cada LUJ. Em consequência,
todos os processos que derem entrada ou se form arem no Tribunal ao longo
do biênio, e que se refiram às unidades pertencentes a determ inada LUJ,
serão distribuídos ao Relator que foi sorteado para a referida lista.
Observando o princípio da a lte rn a tiv id a d e , o Ministro ou Ministro-
Substituto não poderá ser contem plado com a mesma lista no biênio
s u b se q u e n te .
A priori, a com posição das LUJ não pode ser alterada durante o biênio
de vigência do sorteio, salvo em situações especiais, com o a criação,
desm em bram ento ou extinção de unidades, ou m esmo em caso de
im pedim ento do Relator atinente a determ inado órgão ou entidade (RI/TCU,
art. 151).

Os processos que tratam das m atérias a seguir devem ser objeto de


so rte io s in d iv id u a is , isto é, são e x c e ç õ e s à distribuição vinculada às LUJ
(RI/TCU, art. 154):

■ Recursos de reconsideração e de revisão e pedido de reexame


interpostos às deliberações das câmaras ou do Plenário;

■ Auditorias a serem coordenadas diretamente por ministros, com a sua


participação na execução;

■ Projetos de atos normativos.

Assim , suponha que o Ministério XYZ pertença à LUJ n° 10, cuja


relatoria, no biênio corrente, é de responsabilidade do Ministro Coruja. Caso
seja interposto recurso de reconsideração contra Acórdão envolvendo o
Ministério XYZ, o processo de recurso não será distribuído autom aticam ente
ao Ministro Coruja, mas será sorteado, individualm ente, entre os Ministros
do colegiado com petente. No caso de recurso, apenas não participará do
sorteio o Ministro que tiver proferido o voto condutor do Acórdão recorrido.
Portanto, o Ministro Coruja será o Relator do recurso apenas se puder
participar do sorteio - vale dizer, se ele não tiver sido o autor da decisão
recorrida - e, ainda, se for o sorteado, muito em bora seja o relator da LUJ a
qual pertence o Ministério XYZ. O m esmo raciocínio vale para as dem ais
hipóteses elencadas acima.

5 Fonte: www.tcu.gov.br

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No tocante às contas apresentadas pelo Presidente da República, o


Presidente do Tribunal sorteará, na p rim eira sessão o rd in ária do
Plenário do m ês de ju lh o , o Relator para as contas relativas ao exercício
subsequente. Assim , no mês de julho de 2014 foi sorteado o Relator das
contas de 2015, a serem apreciadas som ente em 2016. Os nomes dos
relatores sorteados são excluídos dos sorteios seguintes até que todos os
dem ais M inistros tenham relatado as contas de G overno por igual número de
vezes. Im portante ressaltar que desse sorteio apenas participam os
M inistros titu la re s , uma vez que M inistros-Substitutos não relatam as
contas do Presidente da República. Não há, porém, vedação para que os
M inistros-Substitutos convocados votem na apreciação do parecer prévio.
(RI/TCU, art.155).

E ta p a s do p ro cesso
Desde a sua autuação, o processo percorre as seguintes etapas no
Tribunal:

■ Instrução da unidade técnica


■ Parecer do MPTCU
■ Julgamento ou apreciação
A in stru ção com preende a organização e o exam e de docum entos e
inform ações com vistas a apresentar uma proposta de encam inham ento
adequada ao processo. O R e la to r p resid e a in stru ção do p ro c e sso ,
realizada em grande parte pelas unidades técnicas da Secretaria do Tribunal.
Em regra, a instrução fica a cargo do AUFC, orientado pelas chefias
im ediatas (diretor e titular da unidade técnica) que podem concordar ou
discordar da proposta apresentada pelo AUFC. A palavra final da unidade
técnica, contudo, é a do seu titu la r. Não obstante, todas as propostas ficam
registradas no processo.

Durante a instrução, o R e la to r determ inará, m ediante d esp ach o


sin g u la r , de ofício ou por p ro vo cação da unidade técnica com petente ou
do MPTCU, as providências consideradas necessárias ao saneam ento dos
autos, dentre as quais: o sobrestam ento do julgam ento ou da apreciação; a
citação ou a audiência dos responsáveis, fixando prazo o atendim ento das
diligências. À exceção do sobrestam ento dos autos, o Relator pode delegar
com petência ao titular de unidade técnica para a adoção dessas providências
(RI/TCU, art. 157).

O art. 157 §4° do RI/TCU prevê o instituto da p re v e n çã o . A prevenção


faz com que o Relator, ou seu sucessor, perm aneça vinculado ao processo

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m esm o após prolatada a deliberação, exceto nos casos de re cu rso que


ensejem sorteio de novo Relator ou de co b ran ça e xe cu tiva vinculada ao
processo, quando houver.

Segundo o Regim ento Interno, na etapa de instrução, é ved ado aos


servidores atuar em processo de interesse próprio, de cônjuge, de parente
consanguíneo ou afim, na linha reta ou colateral, até o seg und o g ra u , ou
de amigo íntimo ou inimigo capital, assim como em processo em que tenha
funcionado como advogado, perito, representante do M inistério Público ou
servidor da Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno (RI/TCU art. 156,
§1° c/c art. 39, VIII). Aqui há uma divergência em relação ao disposto no
Código de Ética dos Servidores do TCU (CESTCU). De acordo com o CESTCU
(art. 9°, II), o grau de parentesco que provoca im pedim ento ou suspeição
do servidor é o te rce iro g ra u . Portanto, fique atento em uma eventual
questão de prova, verificando se a resposta deve ser dada com base no
RI/TCU ou no CESTCU.

A etapa de instrução term in a no m om ento em que, estando os autos


saneados, o titu la r da unidade té cn ica em itir seu parecer conclusivo.

Term inada a instrução, a unidade técnica encam inha o processo ao


Relator. Este, com base na instrução, elabora seu relató rio e seu vo to ,
acom panhado de uma proposta de Acórdão, ou outra m odalidade de
deliberação, conform e o caso, ao Plenário ou às Câm aras, para a decisão
colegiada de mérito (ju lg a m e n to , nos processos de contas; a p re c ia ç ã o ,
nos demais).

Nos processos em que o MPTCU necessariam ente atua, antes de ser


encam inhado ao Plenário ou às Câm aras, o processo é rem etido ao Parquet
para que seja elaborado o com petente p a re c e r .

Interessante notar que, nos term os do art. 156 do RI/TCU, os recursos


não constituem uma das etapas do processo. Com efeito, a interposição de
recursos não ocorre em todos os processos, mas apenas naqueles em que a
parte se sinta prejudicada. Adem ais, se houver recursos, os respectivos
processos devem seguir as etapas de instrução, parecer do MPTCU e
apreciação, além de observar a vedação que proíbe o servidor de atuar em
processo de interesse próprio ou de pessoa próxima.

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______________ DELIBERAÇÕES DO PLENÁRIO E DAS CÂMARAS______________

As deliberações do Plenário e, no que co u b e r , das Câm aras, terão a


form a de: Instrução Normativa (IN), Resolução (Res), Decisão Normativa
(DN), Parecer e Acórdão.

Vam os esquem atizar as características de cada uma delas (RI/TCU,


art. 67):

Deliberação Para que serve? Quem emite? Exemplos

Disciplinar matéria que - IN 63/2010: estabelece normas


Instrução deve ser observada pelos gerais para a organização e
Normativa jurisdicionados do apresentação dos processos de
Tribunal, vinculando-os. contas.
Regulamentar assunto - RI/TCU e Código de Ética dos
Resolução
interno do Tribunal. servidores.
- DN 114/2011: fixa coeficientes
Fixar critério ou
Plenário do FPE e FPM para 2012;
Decisão orientação em casos
- DN 110/2010: dispõe sobre os
Normativa específicos e de
responsáveis que terão as contas
abrangência restrita.
de 2010 julgadas pelo Tribunal.
- Parecer prévio sobre as contas
Subsidiar decisões de
do Presidente da República;
Parecer outros órgãos, em caráter
- Parecer sobre despesa irregular,
não vinculante.
por solicitação da CMO.
- Julgamento de contas;
Deliberar sobre matéria
- Aprovação de relatório de
de competência do TCU Plenário e
Acórdão auditoria;
não enquadrada nos casos 1 Câmaras
- Aplicação de sanções a
anteriores.
responsável.

Quando delibera na form a de IN, Res e DN, o Tribunal exerce a função


n o rm a tiv a . Decorre do poder reg u lam e n tar que assiste ao Tribunal e que
lhe permite expedir atos e instruções norm ativas sobre a organização dos
processos que lhe devam ser subm etidos, obrigando ao seu cum prim ento,
sob pena de resp o n sab ilid a d e (LO/TCU, art. 3°). Assim , IN, Res e DN são
considerados atos norm ativos federais, sujeitos ao co ntro le co ncentrad o
de co n stitu cio n alid ad e por parte do Judiciário.
Por sua vez, ao em itir Parecer, o Tribunal exerce a função c o n su ltiv a .
E ao prolatar Acórdão, o Tribunal pode exercer todas as funções, em

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especial a ju d ic a n te , a fis c a liz a d o ra , a san cio n ad o ra e a c o rre tiv a , mas


tam bém a co n su ltiva (p.ex, resposta a consulta) e a no rm ativa (p.ex,
quando fixa entendim ento sobre determ inada matéria). O Acórdão é a forma
de deliberação mais frequente.

São partes e s s e n c ia is das deliberações do Tribunal (RI/TCU, art. 69):

■ Relatório do relator , de que constarão, quando houver, o teor integral da


parte dispositiva da deliberação recorrida quando se tratar de recurso, as
conclusões da equipe de fiscalização, ou do servidor responsável pela
análise do processo, bem como as conclusões dos pareceres das chefias da
unidade técnica e do Ministério Público junto ao Tribunal, afora para os
processos constantes de Relação ;
■ Fundamentação com que o relator analisar as questões de fato e de
direito;

■ Dispositivo com que o relator decidir sobre o mérito do processo;


■ Ressalvas , quando feitas pelos votantes.

O relató rio do relato r sintetiza o processo, registrando as principais


ocorrências havidas desde sua autuação até a deliberação. Nele são
o b rig ato riam en te inform adas as conclusões do AUFC e das chefias da
unidade técnica, bem como do MPTCU, ainda que o Relator delas discorde.
Veja um exem plo (fictício) de relatório que integra deliberação do Tribunal:

Relatório do Ministro Relator


Trata-se de tomada de contas especial de responsabilidade do Sr. Dilapidando Erário, em
razão de desfalque de recursos sob sua responsabilidade, verificado em 26/10/2010, no
montante de R$ 500.000,00.
O AUFC responsável pela instrução propôs julgar irregulares as contas do responsável,
condenando-o ao pagamento do débito apurado, além da aplicação da multa prevista no
art. 57 da LO/TCU, uma vez que, após ser regularmente citado, o responsável não apresentou
alegações de defesa e/ou comprovou o recolhimento da dívida.
Os dirigentes da unidade técnica consentiram com a proposta do AUFC.
O MPTCU, representado pelo Procurador-Geral, dissentido das conclusões oferecidas
pela unidade técnica, opina pela regularidade das contas dos responsáveis, ressaltando que
nos autos não há elementos suficientes para caracterizar o débito.
É o Relatório.

No exem plo, as opiniões da unidade técnica e do MPTCU foram


divergentes; porém, na maioria das vezes, elas são convergentes.

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O Relator apresenta seu vo to 6, ou seja, sua convicção sobre a matéria


discutida, tendo por base os elem entos constantes do processo,
dem onstrando as razões que o levaram a tom ar esta ou aquela posição
quanto ao mérito. O requisito da fu n d a m e n ta çã o , ou da m otivação, tem a
finalidade de possibilitar o exercício da ampla defesa e do contraditório, bem
como dem onstrar a im parcialidade e a legalidade da decisão. Veja um
exem plo de voto no nosso processo fictício:

Voto do Ministro Relator


A TCE que ora se examina foi instaurada em razão de desfalque de recursos sob a
responsabilidade do Sr. Dilapidando o Erário, verificado em 26/10/2010, no montante de
R$ 500.000,00.
Os pareceres da unidade instrutiva e do MPTCU foram divergentes. Acompanho o
parecer da unidade técnica, tomando suas conclusões como razão para decidir.
Quanto ao argumento apresentado pelo MPTCU de que não existem elementos
suficientes para caracterizar o débito, entendo que a pesquisa de mercado constante dos
autos, bem como a ordem de compra, a nota fiscal de entrega e a ordem de pagamento são
suficientes para comprovar a aquisição de material com superfaturamento e a
responsabilidade do Sr. Dilapidando pela conduta irregular. Ademais, o responsável foi
regularmente citado e não apresentou alegações de defesa.
Destarte, acolho a proposta no sentido de julgar irregulares as contas do Sr. Dilapidando
Erário, condenando-o ao pagamento do débito, além de aplicar-lhe a multa prevista no art. 57
da LO/TCU.
Ante o exposto, meu voto é no sentido de que o Tribunal adote do acórdão que ora
submeto à deliberação deste colegiado.

O relatório e o voto (ou proposta de deliberação) do Relator são partes


dos Acórdãos e Pareceres e taí p bém fundam entam as deliberações de
caráter norm ativo (IN, Res e DN).

Além das deliberações colegiadas adotadas pelo Plenário (IN, Res, DN,
Parecer e Acórdão) e pelas C âm aras (Acórdão), o Relator tam bém pode
form ular decisões m o n o cráticas em alguns casos. Por exem plo, o Relator
pode apreciar sozinho a adm issibilidade de denúncias, representações e
recursos, bem como determ inar a adoção de m edidas cautelares.

Elab o ração de acó rd ão s e p a re c e re s


Os A có rd ão s são redigidos, em regra, pelo R elato r (Ministro ou
M inistro-Substituto), que apresenta seu voto ou proposta de deliberação ao

6 Caso o relator seja Ministro-Substituto não convocado, apresenta proposta de deliberação.

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Plenário ou à Câm ara (RI/TCU, art. 68). Caso o Relator seja voto vencido, o
responsável por redigir o Acórdão será o R e d ato r , definido como o Ministro
ou M inistro-Substituto convocado que houver proferido em prim eiro lugar
o voto v e n ce d o r discordante do voto do Relator. Assim , Relator e Redator
são figuras distintas (RI/TCU, art. 126).

Há ainda a figura do R eviso r. Este é o Ministro ou M inistro-Substituto


convocado que pede v ista do processo durante as fases de d isc u ssã o ou
v o ta ç ã o . Poderá haver mais de um Revisor, pois mais de um Ministro ou
M inistro-Substituto pode pedir vista (RI/TCU, art. 122). Assim , o R e v iso r
poderá ou não s e r o R edator para o Acórdão, dependendo se foi ele ou
não o autor do primeiro voto vencedor.

O Acórdão será a ssin a d o e le tro n ic a m e n te 7 pelo Relator ou pelo


Redator que o tenha redigido, assim como pelo presidente do respectivo
colegiado e pelo representante do MPTCU. Nos casos em que o Acórdão for
proveniente de voto de desem pate proferido pelo Presidente, será assinado
apenas por este e pelo representante do MPTCU (RI/TCU, art. 68).

Os P a re c e re s são redigidos pelo R elato r e assinados por to d os os


Ministros e M inistros-Substitutos convocados, quando se tratar das contas
do Presidente da República. Nos dem ais casos, o Parecer é assinado apenas
pelo Presidente e pelo Relator (RI/TCU, art. 71). Ou seja, não há previsão de
que o representante do MPTCU assine Parecer.

A seguir, o Acórdão resultante do nosso exemplo:

Acórdão da Câmara
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de tomada de contas especial instaurada em
face de desfalque de recursos sob a responsabilidade do Sr. Dilapidando o Erário, verificado
em 26/10/2010.
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 1-
Câmara, ante as razões expostas pelo Relator, em:
1. Julgar irregulares as contas do Sr. Dilapidando Erário, com fundamento no art. 16,
inciso IN, alínea "d" da Lei 8.443/1992, fixando-lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a contar do
recebimento da notificação, para que comprove, perante o Tribunal, o recolhimento da dívida
aos cofres do Tesouro Nacional, atualizada monetariamente e acrescida dos juros de mora,
calculados a partir da data indicada, até a data do efetivo recolhimento, na forma prevista na
legislação em vigor:
Data: 26/10/2010
Valor: R$ 500.000,00

7 A assinatura eletrônica de Acórdão é mais uma novidade da nova versão do RI/TCU.

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2. Aplicar ao Sr. Dilapidando Erário, com fundamento no art. 19, caput da Lei 8.443/1992,
a multa prevista no art. 57 da mesma lei, no valor de R$ 10.000,00 fixando-lhe o prazo de 15
(quinze) dias, a contar das notificações, para que comprove, perante este Tribunal, nos termos
do art. 214, inciso III, alínea "a", do Regimento Interno do TCU, o recolhimento da dívida ao
Tesouro Nacional, atualizada monetariamente desde a data do presente acórdão até a do
efetivo recolhimento, se for paga após o vencimento, na forma da legislação em vigor;
3. Autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei 8.443/1992, a cobrança
judicial das dívidas, caso não atendidas as notificações;
4. Autorizar, caso requerido, nos termos do art. 26 da Lei n° 8.443/1992, c/c o art. 217
do Regimento Interno do Tribunal, o parcelamento das dívidas constantes deste Acórdão em
até 24 (vinte e quatro) parcelas, corrigidas monetariamente até a data do pagamento,
esclarecendo aos responsáveis que a falta de pagamento de qualquer parcela importará no
vencimento antecipado do saldo devedor (§ 2° do art. 217 do Regimento Interno do Tribunal),
sem prejuízo das demais medidas legais;
Especificação do quorum:
Ministros presentes: Walton Rodrigo (na Presidência), Bira Aguiar (Relator) e José
Monteiro.
Ministro-Substituto convocado: Marcos Costa.
Ministro-Substituto presente: Wanderson Oliveira.
Assinam eletronicamente:
Walton Rodrigo (na Presidência)
Bira Aguiar (Relator)
Paulo Soares (Subprocurador-Geral)

E lab o ração , ap ro vação e a lte ra çã o de a to s no rm ativo s


A apresentação de projeto de Instrução Norm ativa, Resolução ou
Decisão Norm ativa, assim como de enunciado de Súm ula é de in iciativa do
Presidente do Tribunal, dos Ministros e das com issões de Regim ento e de
Jurisprudência, podendo ser ainda su g erid a por M inistro-Substituto ou
representante do MPTCU (RI/TCU, art. 73).

Para ser aprovada, a proposta precisa obter maioria absoluta de votos


no Plenário (RI/TCU, art. 81). Em especial, o Regim ento In te rn o do
Tribunal som ente poderá ser aprovado e alterado m ediante a aprovação de
projeto de Resolução pela m aioria ab so lu ta de seus M in istro s titu la re s ,
(LO/TCU, art. 99; RI/TCU, art. 72).

A redação final aprovada pelo Plenário das IN, Res e DN será assinada
eletronicam ente apenas pelo P re sid e n te (RI/TCU, art. 70).

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Recorde-se que a apreciação de ato norm ativo é uma das poucas


ocasiões em que o Presidente do Tribunal vota (RI/TCU, art. 28, XI).

Súm ula da Ju risp ru d ê n cia


A Súm ula da Jurisprudência resum e teses, soluções, precedentes e
entendim entos adotados re ite ra d a m e n te pelo Tribunal ao deliberar sobre
assuntos ou m atérias de sua jurisdição e com petência. É elaborada sob a
form a de p rincíp io s ou en u n ciad o s (RI/TCU, art. 85).

Em razão da evolução da jurisprudência, qualquer enunciado da Súm ula


poderá ser incluído, revisto, revogado ou reestabelecido, desde que projeto
constituído especificam ente para esse fim seja aprovado pela m aioria
ab solu ta dos Ministros (RI/TCU, art. 86).

In cid e n te de unifo rm ização de ju risp ru d ê n cia


No curso do processo podem ser constatadas d iv e rg ê n cia s en tre
d e lib e ra çõ e s a n te rio re s do T rib u n al so b re o m esm o a s s u n to . Nesse
caso, Ministro, M inistro-Substituto ou representante do MPTCU poderá
sugerir ao colegiado que a controvérsia seja apreciada prelim inarm ente, ou
seja, antes da decisão do mérito do processo. Acolhida a sugestão, retira-se
a matéria de pauta e a controvérsia passa a ser tratada em anexo aos autos
principais (RI/TCU, art. 91).

Cabe ao R e la to r do processo reconhecer ou não a existência da


divergência. Caso a reconheça, o Relator solicitará a audiência do MPTCU
para, em seguida, subm eter a questão à deliberação do Plenário, para
solução da controvérsia. Caso não reconheça a existência da divergência, o
Relator subm eterá seus fundam entos ao P len ário que, acolhendo-os,
prosseguirá na apreciação do mérito do processo, se este for de sua
com petência, ou o encam inhará à Câm ara originária. Se o Plenário não
concordar com o Relator e entender pela existência da d ivergên cia, o
Ministro que primeiro proferir o voto dissidente funcionará como Revisor,
solicitando a audiência do MPTCU e subm etendo a questão a nova
deliberação do Plenário (RI/TCU, art. 91, §§ 4° e 5°). Vejam os um exem plo
de Acórdão em incidente de uniform ização de jurisprudência.

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Acórdão 373/2009 - Plenário

Natureza: Incidente de uniformização de jurisprudência (em recurso de reconsideração


interposto contra deliberação da 1- Câmara).

VISTOS, relatados e discutidos estes autos, em que foi suscitada a necessidade de instauração
de incidente de uniformização de jurisprudência, em razão de controvérsia sobre prazos
recursais ante a oposição de embargos de declaração em processos no âmbito do TCU.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do Plenário,


diante das razões expostas pelo Relator, e com fundamento no art. 91, § 4°, do Regimento
Interno/TCU, em:

9.1. não reconhecer a divergência jurisprudencial suscitada nestes autos, tendo por
prejudicada a proposta visando à instauração de incidente de uniformização de jurisprudência;

9.2. retornar o recurso de reconsideração objeto do presente processo à apreciação do


Colegiado competente (1- Câmara), via Gabinete do Relator, nos termos do art. 91, § 4°, do RI;

Perceba que a controvérsia pode surgir em processo de


responsabilidade do Plenário ou das Câm aras. Todavia, apenas o P len ário é
com petente para deliberar originariam ente sobre incidentes de
uniform ização de jurisprudência. No exem plo, o incidente foi suscitado em
processo da 1a Câm ara e foi resolvido pelo Plenário m ediante o Acórdão
acima. No caso, a divergência foi dirim ida m ediante o não-reconhecim ento
da controvérsia, de modo que a audiência do MPTCU foi desnecessária. Em
outra situação, o incidente poderia ter sido solucionado pelo reconhecim ento
da controvérsia e pela indicação do entendim ento que deveria prevalecer,
com audiência prévia do MPTCU. Uma vez solucionada a preliminar, o
processo deve seguir em frente. No nosso exem plo, o processo retornou à
1a Câm ara para que esta prosseguisse na análise do mérito da matéria
principal dos autos - recurso de reconsideração -, conform e item 9.2 do
Acórdão.

_________________________SESSÕES DO TRIBUNAL_________________________

O Tribunal se reúne, anualm ente, no Distrito Federal, no período de


17 de ja n e iro a 16 de d ezem b ro (RI/TCU, art. 92). Entre 17 de dezem bro
e 16 de janeiro, o Tribunal entra em re c e sso . No recesso não há paralisação
dos trabalhos, nem a suspensão ou interrupção dos prazos recursais
(RI/TCU, art. 92, parágrafo único). Nesse período, o Tribunal funciona em
regime de plantão.

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As sessões do Plenário e das Câm aras podem ser o rd in á ria s ou


e x tra o rd in á ria s. N enhum a s e s s ã o poderá s e r realizad a sem a
p re se n ça do re p re se n ta n te do M PTCU , exceto nas hipóteses de posse
de Ministro, M inistro-Substituto e Procurador-Geral, ou outros eventos não
previstos no Regim ento (RI/TCU, art. 93, §2°). C u id ad o, pois na sessão
extraordinária de posse do P re sid e n te e V ice -P re sid e n te , um
representante do MPTCU deve estar presente (RI/TCU, art. 96, I).

As sessões o rd in á ria s do Plenário são realizadas às q u a rta s-fe ira s


(RI/TCU, art. 94), sendo que a última do ano ocorrerá na primeira quarta-
feira do mês de dezem bro (RI/TCU, art. 94, §6°).

Já as sessões o rd in á ria s das d u as C â m a ra s ocorrerem às te rç a s-


fe ir a s , com a diferença que as sessões da Primeira Câm ara iniciam -se às
15 horas, e as da Segunda Câm ara, às 16 horas (RI/TCU, art. 135).

Por sua vez, as sessões e x tra o rd in á ria s serão convocadas para os


seguintes fins (RI/TCU, art. 96):

■ Posse do Presidente e do Vice-Presidente;

■ Apreciação das contas do Presidente República;

■ Posse de Ministro, de Ministro-Substituto e do Procurador-Geral;

■ Eleição do Presidente ou do Vice-Presidente, na hipótese de vaga eventual e


se não houver quórum em sessão ordinária;

■ Deliberação acerca da lista tríplice dos Ministros-Substitutos e dos membros


do MPTCU, para preenchimento de cargo de Ministro;

■ Julgamento ou apreciação dos processos restantes da pauta de sessão


ordinária ou extraordinária, ou que, pela sua urgência, sejam incluídos em
pauta extraordinária;

■ Outros eventos, a critério do Plenário.

O Tribunal poderá realizar sessõ es e x tra o rd in á ria s de c a rá te r


rese rv a d o quando a preservação de direitos individuais e o interesse
público o exigirem , bem como para julgar ou apreciar processos sigilosos. A
aprovação do Plano de F is c a liz a ç ã o do Tribunal tam bém é realizada em
sessão de caráter reservado (RI/TCU, art. 244).

As sessões do P le n á rio , ordinárias e extraordinárias, em re g ra ,


som ente podem ser abertas se atendido o quórum mínimo de cinco
M inistros ou M in istro s-S u b stitu to s co n v o ca d o s , exclu in d o o
P re sid e n te . São e x c e ç õ e s à regra (RI/TCU art. 93):

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Sessões extraordinárias convocadas para: Quórum mínimo

■ Eleger o Presidente ou o Vice-Presidente;


Cinco ministros titulares,
■ Deliberar sobre a lista tríplice para escolha de
incluindo o que presidir ao ato.
Ministro (vaga de Auditor ou membro do MPTCU).

■ Posse de Ministro, Auditor e Procurador-Geral;


Não há
■ Outros eventos, a critério do Plenário.

As sessões das C â m a ra s , ordinárias e extraordinárias, som ente podem


ser abertas se atendido o quórum mínimo de trê s M inistros ou M inistros-
S u b stitu to s co n vo cad o s, incluindo o P re sid e n te da C âm ara.
Se não houver quórum , a matéria constante da ordem dos trabalhos
ficará autom aticam ente transferida para a sessão seguinte.

Havendo conflito de interesses, Ministros ou M inistros-Substitutos


convocados podem declarar-se im pedidos para atuar em determ inado
processo, com prom etendo o quórum. Nesse caso, o Presidente do Tribunal
ou presidente de Câm ara convoca um M inistro-Substituto que não esteja
participando da sessão. Se isso não for possível, o Presidente poderá retirar
o processo de pauta e levar a discussão e votação da matéria para uma
próxima sessão. Nas sessões das C â m a ra s , havendo impossibilidade de
convocação de Ministros-Substitutos, os M inistros titu la re s poderão atuar
em outra Câm ara de que não sejam m em bros efetivos, m ediante designação
do Presidente do Tribunal, por solicitação do Presidente de Câmara.

Por fim, cum pre destacar que é possível o julgam ento de mérito de
determ inadas m atérias ou tipos de processo ser realizado por m eio
e le trô n ico , vale dizer, sem a necessidade de reunião física do colegiado,
nos term os e condições definidos em resolução (RI/TCU, art. 94, §7°).

Pauta d as s e s s õ e s
As listas de processos que constituirão a pauta serão elaboradas
observando a form a de apreciação: de form a unitária ou por R e la ç ã o .

Os processos a serem apreciados individualm ente, ou seja, de form a


u n itá ria , são incluídos na pauta por classes de assuntos, observando a
seguinte ordem preferencial:

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Pauta do Plenário: Pauta das Câmaras:

1. Recursos; 1. Recursos;
2. Solicitações do Congresso Nacional; 2. Tomadas e Prestações de Contas;
3. Consultas; 3. Auditorias e inspeções e outras matérias
4. Tomadas e Prestações de Contas; concernentes a fiscalização;
5. Auditorias e Inspeções; 4. Atos de admissão de pessoal;
6. Matérias remetidas pelo Relator ou 5. Concessões de aposentadorias, reformas
pelas Câmaras; e pensões;
7. Denúncias, representações e outros 6. Representações.
assuntos de competência do Plenário.

O Relator, a seu critério, pode subm eter processos para serem


apreciados em conjunto, ou seja, por R elação . Nesse caso, todos os
processos constantes de uma Relação serão julgados sim ultaneam ente, de
uma só vez.

Os processos julgados em Relação não possuem relatório e voto,


apenas o Acórdão. Em alguns casos, porém, especialm ente naqueles em que
a decisão puder atingir direito subjetivo das partes, o Acórdão proferido
conterá os "considerandos" nos quais estarão descritos todos os elem entos e
fatos indispensáveis ao juízo de mérito, com vistas à preservação dos
direitos e garantias individuais. O julgam ento por Relação é uma forma de
conferir celeridade às sessões do Tribunal.

A inclusão de processos em Relação é o p cio n al , tanto no Plenário


quanto nas C âm aras; porém, não é possível incluir qualquer processo. De
form a geral, apenas podem ser incluídos em Relação os processos em que o
Relator acolher os pareceres co n v e rg e n te s do titular da unidade técnica e
do Ministério Público, d esd e que esses pareceres não co ncluam pela
ocorrência de ilegalidade ou irregularidade. Mas vejam os as especificidades
presentes no Regim ento Interno (art. 143):

> Os seguintes processos podem ser incluídos em Relação:


I - de prestação ou tomada de contas, inclusive especial, cuja proposta de deliberação:
a. acolher os pareceres convergentes pela regularidade, pela regularidade com
ressalva, pela quitação ao responsável ou pelo trancamento;
b. acolher um dos pareceres que, mesmo divergentes, não concluam pela
irregularidade;
c. acolher pareceres convergentes dos quais conste proposta de rejeição das alegações
de defesa ou de irregularidade, desde que o valor de ressarcimento seja igual ou

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inferior ao valor fixado pelo Tribunal, a partir do qual a tomada de contas especial
deverá ser imediatamente encaminhada para julgamento;
d. for pela regularidade ou regularidade com ressalva nos processos em que se
levantar o estado de diferimento.
II - de admissão e concessão de aposentadoria, reforma ou pensão cuja proposta de
deliberação acolher os pareceres convergentes pela legalidade, ou, ainda que tenham sido
pela ilegalidade, tratem exclusivamente de questão jurídica de solução já compendiada na
Súmula da Jurisprudência;
III - referentes a auditorias e inspeções em que o relator esteja de acordo com as conclusões
da unidade técnica e do Ministério Público, se existente, desde que estes não concluam pela
ocorrência de ilegalidade ou irregularidade;
IV - em que se apreciem recursos cuja proposta de deliberação acolher pareceres
convergentes que concluírem pelo conhecimento e provimento total, quando a decisão
recorrida tiver sido adotada em processos incluídos em Relação; ou pelo não-conhecimento,
hipótese em que o acórdão proferido conterá os considerandos nos quais estarão descritos
todos os elementos e fatos indispensáveis ao juízo de mérito;
V - em que o relator acolha pareceres convergentes ou, na inexistência destes, formule
proposta de deliberação acerca das seguintes matérias:
a. apensamento ou arquivamento de processos;
b. pedido de recolhimento parcelado de dívida ou pedido de prorrogação de prazo;
c. adoção de medida saneadora;
d. correção de erro material;
e. não-conhecimento de embargos de declaração
f. conversão de processo em tomada de contas especial.

> Não poderão constar de Relação:


■ Processos com pareceres divergentes:
• contas: se um deles concluir pela irregularidade;
• demais: sempre.
■ Proposta de aplicação de multa;
■ Proposta de fixação de entendimento, de determinação em caráter normativo e de
estudos sobre procedimentos técnicos;
■ Proposta de suspensão de pagamentos de parcelas de vencimentos, proventos e
benefícios;
■ Solicitação de qualquer natureza oriunda do Congresso Nacional, de suas casas ou
comissões;
■ Auditoria, inspeção ou acompanhamento realizado por solicitação do Congresso
Nacional;
■ Auditoria, inspeção ou acompanhamento de obra pública determinado pela LDO ou

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pela LOA;
■ Processo que trate de obra pública incluída em plano de fiscalização;
■ Auditoria operacional;
■ Auditoria ou inspeção em que o Relator discorda das conclusões de pelo menos um dos
pareceres ou do único parecer emitido.

As pautas devem se tornar p ú b licas em até 48 horas antes das


sessões, por meio de: (i) afixação em local próprio e acessível do edifício-
sede do Tribunal; (ii) publicação nos órgãos oficiais; e (iii) publicação no site
do TCU.

É d e sn e c e ssá rio p ub licar em órgão oficial a inclusão em pauta dos


seguintes processos: (i) em que se esteja propondo a adoção de medida
cautelar ou a realização de audiência da parte antes daquela providência;
(ii) que tratem da aprovação de atos normativos; (iii) adm inistrativos, se
assim requerido pelo interessado; (iv) que tratem de solicitação de
inform ações ou de cópia dos autos efetuada pelo Congresso Nacional; e
(v) em que se esteja julgando em bargos declaratórios ou agravo.

D iscu ssã o e vo tação nos co leg iad o s


O julgam ento ou apreciação pelos colegiados do Tribunal com eçará
pelos processos constantes de re la çã o 8. Em seguida, passa-se a tratar dos
processos incluídos de form a u n itá ria , observada a ordem de classificação,
mas dando preferência aos processos com pedido de su ste n ta ç ã o oral ou
para os quais tenham sido aprovados pedidos de preferência form ulados por
Ministro ou M inistro-Substituto, oralm ente, no início da sessão.

As sessões deliberativas dos colegiados do Tribunal dividem -se em duas


fases: d isc u ssã o e v o ta ç ã o .

Na fase de d is c u s s ã o , o Relator identifica o processo, apresenta a


matéria e lê seu voto e a minuta de Acórdão, prestando os esclarecim entos
solicitados no curso dos debates. Cada Ministro ou M inistro-Substituto
poderá falar quantas vezes quiser sobre o assunto em discussão; porém,
não poderá se m anifestar sem que o Presidente lhe conceda a palavra, nem
interrom perá sem licença, o que dela estiver usando.

O representante do MPTCU pode m anifestar-se a seu pedido, conform e


julgue oportuno, ou por solicitação dos Ministros ou M inistros-Substitutos.
Além desses, o interessado que tenha requerido sustentação oral tam bém
pode falar.

8 Nas sessões do Plenário, a n te s d o s p r o c e s s o s e m r e la ç ã o , são apreciadas as medidas cautelares que tenham


sido adotadas monocraticamente pelos relatores ou pelo Presidente.

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No curso da discussão, qualquer Ministro ou M inistro-Substituto


convocado pode pedir v ista do processo, passando a funcionar como
R e v iso r . O representante do MPTCU tam bém pode pedir vista, porém não
atua como Revisor. Havendo pedido de vista, a matéria é retirada da pauta.
O autor do pedido deve devolver o processo ao relator preferencialm ente até
a segunda sessão seguinte. O processo retorna para a pauta na sessão
subsequente àquela em que o Relator recebê-lo de volta.

Ainda na fa se de d is c u s s ã o , qualquer M inistro-Substituto convocado


poderá a n te cip a r seu vo to , quando houver pedido de vista (RI/TCU,
art. 112, §§ 6° e 7°).

A discussão tam bém poderá s e r a d ia d a , por decisão do colegiado,


m ediante proposta fundam entada do Presidente, de qualquer Ministro ou de
M inistro-Substituto convocado, se: (i) a matéria requerer mais estudo;
(ii) for necessária instrução com plem entar; (iii) for solicitada audiência do
MPTCU; ou (iv) for requerida sua apreciação em sessão posterior.

Encerrada a discussão, o Presidente abrirá a fa se de v o ta ç ã o ,


concedendo a palavra ao Relator e, se for o caso, aos revisores, para
apresentarem seus votos, com as correspondentes m inutas de Acórdão. Em
seguida, todos os dem ais m em bros do colegiado tam bém apresentam seus
votos, exceto aqueles que tenham declarado im pedim ento ou suspeição.

Na apresentação dos votos, observa-se a seguinte ordem:


primeiro os Ministros-Substitutos e depois os Ministros
titulares, observada a ordem crescente de antiguidade em
ambos os casos (do mais moderno para o mais antigo),
exceto na sessão que aprecia as contas do Presidente da
República, Huando a ordem de tomada de declarações de
voto será invertida.

Durante a fase de votação, poderão ocorrer novos pedidos de vista. Se


for o caso, o julgam ento será suspenso, sem prejuízo de que aqueles que se
sintam habilitados profiram seus votos.

Caso o pedido de vista tenha sido feito por M inistro-Substituto


convocado, na fa se de d isc u ssã o ou na fa se de v o ta ç ã o , caberá a este
votar no lugar do Ministro substituído quando o processo voltar à pauta,
m esm o que c e ssa d a a co n v o ca çã o . Essa é uma situação especialíssim a
em que M inistro-Substituto vota m esmo sem estar convocado.

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O Relator, os Ministros ou os M inistros-Substitutos convocados que já


tenham proferido seus votos poderão m o dificá-lo s até a conclusão do
julgam ento ou apreciação do processo.

Encerrada a votação, o Presidente proclam ará o resultado, que pode ser


por:

■ Unanimidade
■ Maioria simples
■ 2/3 dos Ministros, inclusive Ministros-Substitutos convocados.
■ Maioria absoluta
■ Voto de desempate

Desses, cabe com entar as 3 últim as hipóteses.

O quórum de 2 / 3 d os M inistros, in clu siv e M in istro s-S u b stitu to s


co n vo cad o s é exigido para o P le n á rio deliberar sobre propostas de fixação
de entendim ento de especial relevância para a Adm inistração Pública, sobre
questão de direito (RI/TCU, art. 16, V).

Já o quórum de m aio ria a b so lu ta é exigido para deliberar sobre as


seguintes situações:

■ Incapacidade de Ministro, por motivo de saúde (RI/TCU, art. 49);


■ Disponibilidade ou aposentadoria de Ministro, por motivo de interesse público
(RI/TCU, art. 50, §6°);
■ Alteração do Regimento Interno (RI/TCU, art. 72);
■ Aprovação de atos normativos (RI/TCU, art. 81);
■ Inclusão, revisão, revogação ou reestabelecimento de enunciado da Súmula
de Jurisprudência (RI/TCU, art. 87);
■ Gravidade da situação, para fins da inabilitação de responsável para o
exercício de cargo em comissão ou função de confiança (RI/TCU, art. 270).

Nas sessões do P le n á rio , caberá ao Presidente do Tribunal ou ao


Ministro que estiver na Presidência do Plenário proferir o voto de
d e se m p a te . Se o responsável pelo desem pate declarar im pedim ento ou
suspeição, a votação será reiniciada com a convocação de um Ministro-
Substituto presente à sessão, a p e n a s para e s s e fim , observada a ordem
de antiguidade no cargo.

Nas sessões das C â m a ra s , em caso de em pate, os processos são,


regra g e ra l , encam inhados para deliberação do Plenário. Nas e x c e ç õ e s ,

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resolve-se o em pate na própria Câmara, m ediante a convocação de Ministro-


Substituto especialm ente para esse fim. As e x c e ç õ e s são os seguintes
r e c u rs o s : pedido de reexame, recurso de reconsideração e em bargos de
declaração apresentados contra suas próprias deliberações, bem como
agravo interposto a despacho decisório proferido em processo de sua
com petência.

Quando forem apresentadas trê s ou m ais propostas de mérito, a


apuração ocorrerá m ediante v o ta çõ e s s u c e s s iv a s . O procedim ento
previsto no Regim ento Interno é o seguinte (art. 127):

I - será, desde logo, declarada vencedora a proposta que obtiver, em


número de votos, mais do que a soma dos votos das demais propostas;

II - não ocorrendo tal hipótese, elimina-se a proposta menos votada entre


elas e submetem-se à votação as propostas que obtiverem os maiores
números de votos.

III - havendo duas ou mais propostas com o mesmo número de votos, serão
colocadas inicialmente em votação as duas propostas que mais se
assemelhem, observando-se, a seguir, o disposto no item II.

No geral, o único voto que consta do processo é o voto do Relator.


Contudo, após a proclam ação do resultado, qualquer Ministro ou Ministro-
Substituto convocado poderá form alizar as razões do seu voto, isto é,
apresentar d e cla ra çã o de v o to , que será anexada ao processo. A
apresentação da declaração obrigatória apenas quando o
de voto será
Ministro ou M inistro-Substituto proferir voto d ive rg e n te ou v o ta r com
r e s s a lv a .
Por fim, qualquer Ministro ou M inistro-Substituto tam bém pode pedir
que processo que já tenha sido julgado seja reexam inado. Todavia, o
reexam e deve ser realizado na mesma sessão e com o mesmo quórum.

S u ste n ta çã o oral
No julgam ento ou apreciação de processo, as partes poderão produzir
su ste n ta ç ã o o ra l , desde que a tenham requerido ao Presidente do
respectivo colegiado até quatro h o ras antes do início da sessão.
Excepcionalm ente, o referido Presidente poderá autorizar sustentação oral
que houver sido pedida fora do prazo estabelecido.

A su ste n ta ç ã o oral não é adm itida nas hipóteses de julgam ento ou


apreciação de co n su lta , em b arg o s de d e c la ra ç ã o , ag ravo e m edida
ca u te la r (RI/TCU, art. 168, §9°).

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O m om ento para produção da sustentação oral é após a apresentação,


ainda que resumida, do relatório e antes da leitura do voto do Relator,
portanto, dentro da fase de d is c u s s ã o . A parte ou seu procurador falará
uma única v e z , sem ser interrom pida, pelo prazo de d ez m in u to s . Desde
que requerido, o Presidente do colegiado pode, ante a com plexidade da
matéria, prorrogar esse tem po por a té m ais d ez m inuto s (RI/TCU,
art. 168, §3°).

Caso um único pro curad or defenda m ais de um a p arte envolvida


no processo, o tem po que o representante terá para produzir a sustentação
oral será de d ez m in u to s , prorrogável por até m ais d e z , se previam ente
requerido (RI/TCU, art. 168, §4°).

Se no m esm o processo houver p arte s com in te re s se s o p o sto s , cada


parte terá os m esm os d ez m inutos para se m anifestar, prorrogáveis por
até igual período (RI/TCU, art. 168, §5°).

Havendo p luralid ad e de re sp o n sá v e is não re p re se n ta d o s pelo


m esm o p ro cu rad o r , o prazo para a sustentação oral será contado em
dobro (vinte minutos) e dividido ig ualm ente e n tre e le s , observada a
ordem cronológica dos requerim entos, podendo ser prorrogado por até igual
período, a juízo do Presidente do colegiado (RI/TCU, art. 168, §6°). Essa
regra, porém, aplica-se som ente se as partes não m anifestarem interesses
opostos, hipótese na qual valeria a regra do parágrafo anterior.

Por exem p lo : se existirem quatro partes representadas por


procuradores diferentes, mas com o mesmo interesse no processo, cada
p arte teria, então, cinco m in u to s , prorrogáveis, para produzir a
sustentação oral (20 min ^ 4 procuradores). Se, por outro lado, as partes
possuíssem interesses distintos, então cada p arte teria d ez m in u to s ,
prorrogáveis, para se manifestar.

Durante a discussão e o julgam ento, por solicitação de Ministro,


M inistro-Substituto ou representante do Ministério Público, poderá, ainda,
ser concedida a palavra à parte ou a seu procurador para estrito
esclarecim ento de m atéria de fato.

Quando se tratar de julgam ento ou apreciação de processo em sessão


de caráter re se rv a d o , as partes terão acesso à Sala das Sessões no início
da apresentação do relatório e dela deverão ausentar-se ao ser concluído o
julgam ento.

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_________________________________ OUTROS DISPOSITIVOS__________________________________

C o m u n icaçõ es P ro c e ssu a is
As com unicações de decisões do Tribunal endereçadas aos responsáveis
para possibilitar-lhes o exercício do direito de defesa (citação e audiência),
assim como as dem ais notificações e diligências realizam -se (RI/TCU,
art. 179):

■ Mediante ciência da parte, por qualquer forma, desde que fique confirmada
inequivocamente a entrega da comunicação ao destinatário;
■ Mediante carta registrada, com aviso de recebimento que comprove a
entrega no endereço do destinatário;
■ Por edital publicado nos órgãos oficiais, quando o seu destinatário não for
localizado.
Assim , é desnecessária a intim ação pessoal, m esmo em caso de citação
e audiência, sendo suficiente, por exem plo, o aviso de recebim ento de carta
registrada assinado pelo porteiro do prédio, bastando que fique com provada
a entrega no endereço do responsável.

Nos term os do art. 179, §7° do RI/TCU, quando a parte for


representada a d v o a a d o . a co m u n icação deve s e r dirigida ao
por
re p re se n ta n te leg alm en te co nstituíd o nos a u to s . Fique atento, pois a
parte pode ser representada por pessoa que não seja advogado. Nesse caso,
a obrigatoriedade do §7° do art. 179 não se aplica, sendo a com unicação
dirigida à própria parte ou ao procurador que ela indicar.

Por fim, nos casos em que a parte houver constituído mais de um


procurador, as notificações processuais dirigidas à parte poderão ser feitas
por interm édio de a p e n a s um d e le s (RI/TCU, art. 145, §§3° e 4°).

A rq uivam ento de P ro ce sso


O processo será encerrado no sistem a inform atizado de controle de
processos, m ediante despacho do dirigente da unidade técnica, nas
seguintes situações (RI/TCU, art. 169):

■ Quando houver decisão do Relator ou de colegiado pelo apensamento


definitivo a outro processo;
■ Quando houver decisão do Relator ou de colegiado ou da Presidência pelo
seu encerramento, após efetuadas as comunicações determinadas;
■ Nos casos de decisões definitivas ou term inativas, após a adoção das
providências nelas determinadas e a efetivação das competentes comunicações;

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■ Após o registro dos atos de admissão e concessão;


■ Nos casos em que o processo tenha cumprido o objetivo para o qual foi
constituído;
■ A título de racionalização administrativa e economia processual, para
evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento;
■ Por ausência dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e
regular do processo;
■ Denúncia, consulta ou representação que não atenda os requisitos de
admissibilidade;
■ Requerimento dirigido diretamente ao TCU por interessado na obtenção dos
benefícios pessoais, relacionados a atos sujeitos a registro.

Contagem de p razo s
A contagem dos prazos processuais é feita d ia -a -d ia , a partir da data
em que a parte tom ar ciência da notificação (citação, audiência e dem ais
diligências), ou a partir da publicação da notificação ou da decisão nos
órgãos oficiais (RI/TCU, art. 183). Se houver mais de um responsável
arrolado no processo, os prazos correrão independentem ente para cada um
deles, de acordo com a data em que tenha tom ado ciência da com unicação
processual.

Os acréscim os em publicação e as retificações em com unicação que


contiverem informações s u b s ta n c ia is capazes de a f e t a r a esfera de direito
subjetivo do destinatário im portam em d evolu ção do prazo à p arte (ou
seja, os prazos com eçam a contar de novo a partir dos acréscim os e
retificações). A devolução de prazo não ocorrerá no caso de com unicação de
m era co rre çã o de in exatid ão m a te ria l , bem como na com unicação
resu ltad o de ju lg am e n to de recu rso interp o sto por outro in te re ssa d o
(RI/TCU, art. 184).

Na contagem dos prazos, salvo disposição legal em contrário, e x c lu i-se


o dia do início e in clu i-se o do vencim ento. Se o vencim ento recair em dia
em que não houver expediente, o prazo será prorrogado até o prim eiro dia
útil im ediato (RI/TCU, art. 185).
Os prazos para apresentação de defesa, interposição de recurso ou
atendim ento de diligências não são interrom p id o s ou su sp e n so s em
razão do re c e sso do T rib u n al (RI/TCU, art. 186).

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Pu blicação de a to s p ro ce ssu a is
As a ta s d as s e s s õ e s do Tribunal serão publicadas, na íntegra, sem
ônus, no Diário Oficial da União (LO/TCU, art. 96).

Tam bém serão publicadas no Diário Oficial da União as d e cisõ e s


te rm in a tiv a s , acom panhadas de seus fundam entos (LO/TCU, art. 29). Já as
d e c isõ e s p re lim in a re s poderão ser publicadas no DOU, a critério do
Relator (LO/TCU, art. 13). Ou seja, no caso das decisões prelim inares, não
há obrigatoriedade.

O Boletim do Tribunal de Contas da União é considerado órgão oficial,


nos term os do art. 98 da LO/TCU. Nele são publicados os atos
adm inistrativos internos.

O Tribunal poderá criar diário eletrô n ico a ser disponibilizado no


Portal do TCU na internet para a publicação de atos processuais e
adm inistrativos próprios, bem como com unicações em geral (RI/TCU,
art. 295, §4°).

A publicação no diário eletrônico substituirá qualquer outro meio e


publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos
expressam ente estabelecidos em lei (RI/TCU, art. 295, §5°).

A p licação su b sid iá ria do Código de P ro ce sso Civil


Na falta de norm as legais ou regim entais específicas, aplicam -se
subsidiariam ente, as disposições do Código de Processo Civil, no que couber
e desde que com patíveis com a Lei Orgânica, a juízo do Tribunal (Súmula
TCU n° 103; RI/TCU, art. 298).

44. (TCU - TFCE 2012 - Cespe) Considere que uma autoridade indicada como
responsável em determinado processo de contas não more em Brasília e tenha
nomeado procurador para agir em seu nome perante o TCU. Nessa situação, o
procurador, mesmo no caso de não ser advogado, poderá praticar todos os atos
processuais previstos em regulamento, incluindo o pedido de vista para retirar o
referido processo das dependências do TCU.

Comentário: Embora o art. 145, ‘caput’, do Regimento Interno do TCU


autorize o responsável a nomear procurador, ainda que não seja advogado, o
art. 165, § 1°, da mesma norma prevê claramente que apenas um advogado
regularmente constituído poderá retirar os autos do processo das dependências

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do Tribunal.
Gabarito: Errado

45. (TCU - TFCE 2012 - Cespe) Se, em determinado processo de contas, houver
cinco pessoas indicadas como responsáveis, representadas por cinco procuradores
diferentes, será dado, para cada procurador, o prazo de dez minutos para sustentação
oral, desde que regularmente requerido.

Comentário: O prazo para a sustentação oral normalmente é de 10 minutos,


prorrogável por igual período, se previamente requerido. Não obstante, o art.
168, § 6°, do Regimento Interno do TCU determina que, “havendo mais de uma
parte com procuradores diferentes, o prazo previsto no §3° será duplicado e
dividido em frações iguais entre estes, observada a ordem cronológica dos
re q u e rim e n to s Assim, na situação descrita, o prazo total será de 20 minutos
(=10 minutos duplicado), dividido igualmente entre as partes. Portanto, cada
procurador terá 4 minutos (20 / 5) para sustentação oral, e não dez.
Gabarito: Errado

46. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Considere a seguinte situação hipotética. Em um


processo a ser julgado pelo TCU, quatro administradores públicos tinham seus atos
apurados ante a possibilidade de terem causado dano ao erário, na gestão de ente
público. A defesa de cada um deles, porém, atribuía aos demais a responsabilidade
pelos atos lesivos. Aproximando-se a data prevista para o julgamento do processo,
todos os gestores manifestaram, por meio do respectivo advogado, a intenção de
realizar sustentação oral. Nessa situação, seria admissível a sustentação oral, cujo
prazo seria o previsto no RITCU, multiplicado por dois e, em seguida, dividido
igualmente por todos os interessados.

Comentário: O enunciado se enquadra no §5° do art. 168 do RI/TCU, ou


seja, existem interesses opostos que manifestaram intenção de produzir
sustentação oral. Nesse caso, a rlgra é que cada parte tenha 10 minutos,
prorrogáveis por até igual período, para se manifestar. As partes que comungam
do mesmo interesse irão dividir igualmente entre si o prazo de 10 minutos
concedido ao respectivo interesse. A questão fala de 4 partes cada uma com um
interesse distinto. Portanto, o tempo da sustentação oral seria de 40 minutos,
divido igualmente entre os interessados.
Gabarito: Errado

47. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Para se disciplinar atribuições especiais de uma
nova secretaria que seja criada no TCU, deverá ser editada uma resolução.

Comentário: Uma vez que a definição das atribuições de uma nova secretaria
a ser criada no TCU é matéria de natureza administrativa interna, então a
Resolução é a forma de deliberação adequada para tratar o assunto (RI/TCU,

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art. 67, II); se os destinatários da norma fossem os jurisdicionados ao Tribunal,


então a deliberação adequada seria a Instrução Normativa (RI/TCU, art. 67, I); por
sua vez, a Decisão Normativa seria utilizada para fixação de critério ou
orientação específica, por período determinado (RI/TCU, art. 67, III).
Gabarito: Certo

48. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Um ministro relator tem prerrogativa de submeter ao
Plenário uma relação de processos de tomadas de contas que tenham proposta de
acolhimento de pareceres convergentes pela regularidade com ressalva, exarados
pelo titular da unidade técnica e pelo representante do Ministério Público.

Comentário: De forma geral, os processos em que o Relator acolher os


pareceres convergentes do titular da unidade técnica e do Ministério Público
podem ser incluídos em Relação, desde que esses pareceres não concluam pela
ocorrência de ilegalidade ou irregularidade. Assim, os processos de contas não
podem ser apreciados por Relação apenas se um dos pareceres for pela
irregularidade. No caso de contas julgadas regulares com ressalva, não se
verificam ilegalidades ou irregularidades, mas apenas falhas ou impropriedades
de natureza formal. Portanto, sempre que os pareceres forem pela regularidade
ou pela regularidade com ressalva as contas poderão ser apreciadas por relação
(RI/TCU, art. 143, I, “a” e “b”). Por isso a questão está correta.
Há ainda o caso específico do processo de contas com pareceres
convergentes pela irregularidade, no qual o débito imputado ao responsável for
igual ou inferior ao valor de referência fixado anualmente pelo Tribunal para
remessa imediata de tomada de contas especial para julgamento. Nesse caso, o
processo poderá ser incluído em Relação (RI/TCU, art. 143, I, “c”). Veremos o
que vem a ser esse valor de referência na próxima Aula.
Gabarito: Certo

49. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O auditor do TCU, quando em substituição a ministro,
terá as mesmas garantias e impedimentos daquele, mas não poderá pedir vista de
processos.

Comentário: A primeira parte do quesito está correta (“O auditor do TCU,


quando em substituição a ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
daquele”), nos termos do art. 73, §4° da CF. Todavia, a parte final da questão
está errada, face ao disposto no art. 112 e 119 do RI/TCU:
Art. 112. Na fase de discussão, qualquer ministro ou ministro-substituto convocado
poderá pedir vista do processo, passando a funcionar como revisor, sendo facultado ao
representante do Ministério Público fazer o mesmo pedido.
Art. 119. Na fase de votação, o julgamento ou apreciação serão suspensos quando houver
pedido de vista solicitado por ministro ou ministro-substituto convocado, que passará a
funcionar como revisor, sem prejuízo de que os demais ministros e ministros-substitutos

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convocados profiram seus votos na mesma sessão, desde que se declarem habilitados.

Gabarito: Errado

50. (TCU - ACE 2008 - Cespe) As informações solicitadas à fazenda pública e


encaminhadas ao TCU, protegidas por sigilo fiscal, para apuração de infração
administrativa, poderão ser retransmitidas, em caso de solicitação, a outro órgão ou
entidade fiscalizador(a) da administração pública federal.

Comentário: Nos termos do Código Tributário Nacional (art. 198), o TCU pode
solicitar à Fazenda Pública acesso a informações protegidas por sigilo fiscal,
desde que para apurar a prática de infração administrativa. Por sua vez, o
Regimento Interno assim dispõe:
“Poderá ser fornecida cópia de processo, julgado ou não, mesmo de natureza sigilosa,
ressalvados os documentos e informações protegidos por sigilo fiscal, bancário,
comercial ou outros previstos em lei, a dirigente que comprove, de forma objetiva, a
necessidade das informações para defesa do órgão ou entidade federal, estadual ou
municipal” (RI/TCU, art. 166, §2°).

Portanto, o RI/TCU veda a retransmissão de informações protegidas por sigilo


fiscal a outro órgão da administração pública, daí o erro do quesito.
Gabarito: Errado

51. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Nem todas as decisões dos relatores de
procedimentos administrativos do TCU precisam ser, necessariamente, publicadas na
imprensa oficial.
Comentário: O quesito está correto. As decisões preliminares do Relator
adotadas durante a instrução do processo não precisam ser publicadas na
imprensa oficial. Tais decisões compreendem o sobrestamento do julgamento, a
citação ou a audiência dos responsáveis ou ainda outras providências
consideradas necessárias ao saneamento dos autos (LO/TCU, art. 11). Não
obstante, a Lei Orgânica informa que a decisão preliminar do Relator poderá, a
seu critério, ser publicada no Diário Oficial da União (LO/TCU, art. 13).
Gabarito: Certo

52. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Há casos previstos no RITCU em que o relator de um
processo pode, em decisão monocrática, isto é, unipessoal, determinar o
arquivamento do feito.

Comentário: O quesito está correto. O Relator pode, em decisão monocrática,


determinar o arquivamento do processo nos seguintes casos: não
conhecimento de denúncia, representação ou consulta que não atenda aos
requisitos de admissibilidade (RI/TCU, art. 235, parágrafo único; art. 265); não
conhecimento de requerimento dirigido ao Tribunal por interessado na obtenção
de benefícios pessoais (RI/TCU, art. 263); quando o processo tenha cumprido o

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objetivo para o qual foi constituído.


Gabarito: Certo

53. (TCU - TCE 2004 - Cespe) O projeto de enunciado de uma súmula deve ser
aprovado por maioria qualificada de dois terços dos membros integrantes do órgão
competente para deliberar acerca da matéria sumulada.

Comentário: A competência para aprovar enunciados da Súmula da


Jurisprudência do Tribunal é do Plenário (RI/TCU, art. 15, VII). O quórum para
aprovação da Súmula, assim como para inclusão, revisão, revogação ou
reestabelecimento de enunciado, é maioria absoluta dos Ministros, e não 2/3
(RI/TCU, art. 81 e 87), daí o erro. O quórum de 2/3 dos Ministros, inclusive
Ministros-Substitutos convocados é exigido apenas para o Plenário deliberar
sobre propostas de fixação de entendimento de especial relevância para a
Administração Pública, sobre questão de direito (RI/TCU, art. 16, V).
Gabarito: Errado

54. (TCU - TCE 2004 - Cespe) Se um órgão do TCU tomar decisão incompatível com
uma súmula anteriormente enunciada, essa súmula será considerada tacitamente
revogada.

Comentário: A Súmula poderá ser revogada mediante a apresentação de


projeto específico para essa finalidade, de iniciativa do Presidente, dos Ministros
e da Comissão de Jurisprudência, podendo ser ainda sugerida por Ministro-
Substituto ou representante do MPTCU (RI/TCU, art. 73). Para a revogação se
efetivar, tal projeto deverá ser aprovado pela maioria absoluta dos Ministros
(RI/TCU, art. 87). Não há previsão de revogação tácita de Súmula em razão de
decisão contrária adotada pelo Tribunal.
Gabarito: Errado

55. (TCU - TCE 2004 - Cespe) Um m nistro do TCU alegou impedimento em relação
a um determinado processo. Nessa situação, quando da deliberação acerca do
processo, embora seja vedado ao ministro participar da fase de votação, será
permitido que ele se manifeste durante a fase de discussão.

Comentário: O quesito está errado. O art. 111 do RI/TCU dispõe que o Ministro
ou Ministro-Substituto que alegar impedimento ou suspeição não participará da
discussão e da votação do processo.
Gabarito: Errado

56. (TCU - TCE 2004 - Cespe) Adalberto, na condição de ministro do TCU, foi o
segundo a proferir seu voto em uma determinada proposta de enunciado. Porém, ao
refletir a respeito dos argumentos que estavam sendo apresentados pelo último

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ministro a votar, ele concluiu que o voto que havia proferido não era o mais adequado.
Nessa situação, o ministro Adalberto poderia modificar seu voto, desde que o fizesse
antes da proclamação do resultado da votação.

Comentário: O quesito está perfeito. Segundo o RI/TCU (art. 119, §4°), o


Relator, os Ministros ou os Ministros-Substitutos convocados que já tenham
proferido seus votos poderão modificá-los até a conclusão do julgamento do
processo.
Gabarito: Certo

57. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Nas votações da sessão de plenário, as sugestões de
alteração da minuta de acórdão poderão ser feitas até a leitura de sua redação final.

Comentário: O quesito está correto, nos termos do art. 120 do RI/TCU:


Art. 120. A votação também será suspensa quando for sugerida alteração na minuta de
acórdão, acolhida pelo relator, até a leitura de sua redação final.

Gabarito: Certo

58. (TCU - ACE 2006 - ESAF) À luz da Lei Orgânica do TCU e de seu Regimento
Interno, assinale a opção incorreta.

a) Qualquer parte poderá arguir nulidade a que haja dado causa ou para a qual tenha,
de qualquer modo, concorrido, exceto quando tal nulidade implicar culpa a terceiros.

b) Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveitaria a declaração


de nulidade, o Tribunal não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a
falta.

c) Não se tratando de nulidade absoluta, considerar-se-á válido o ato que, praticado de


outra forma, tiver atingido o seu fim.

d) Nenhum ato será declarado nulo se do vício não resultar prejuízo para a parte, para
o erário, para a apuração dos fatos pelo Tribunal ou para a deliberação adotada.

e) A nulidade do ato, uma vez declarada, causará a dos atos subsequentes que dele
dependam ou sejam consequência.

Comentário: As nulidades são tratadas nos art. 171 a 178 do RI/TCU. Dentre
esses, cumpre destacar o art. 178, o qual preceitua que a falta de manifestação
do Ministério Público, nos processos em que deva intervir, implica a nulidade do
processo a partir do momento em que esse órgão deveria ter-se pronunciado.
Todavia, a manifestação posterior do Ministério Público sana a nulidade, se
ocorrer antes da decisão definitiva de mérito do Tribunal, nas hipóteses em que
expressamente anuir aos atos praticados anteriormente ao seu pronunciamento.
Mas vamos ver cada alternativa da questão: (a) errado, pois a parte não
poderá arguir nulidade a que haja dado causa ou para a qual tenha, de qualquer

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modo, concorrido (RI/TCU, art. 173); (b) certo, conforme RI/TCU, art. 171,
parágrafo único; (c) certo, conforme RI/TCU, art. 172, caput; (d) certo, conforme
RI/TCU, art. 171, caput; (e) certo, conforme RI/TCU, art. 175, caput.
Gabarito: alternativa “a”

Ufa! Aulinha cheia de detalhes, né? Esse assunto é assim mesmo. Mas
não se esqueçam de que um detalhe pode fazer a diferença no resultado
final. Estudem com método e constância que o conteúdo uma hora ou outra
será assim ilado. Qualquer dúvida, estou a disposição.

Um abraço a todos e até a próxima! Bons estudos!

E R IC K A LV ES
e ric k a lv e s @ e s tra te g ia c o n c u rs o s .c o m .b r

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RESUMÃO DA AULA
> Organização do TCU: integrado por nove Ministros, mais ninguém. Sede no Distrito Federal.

A u to rid a d e Q u e m e s c o lh e ? Q u e m n o m e ia ? Q u e m dá p o s s e ?

P re sid e n te d o TCU E le it o p o r s e u s p a r e s , o s M in is t r o s t it u la r e s . - P le n á r io ( s e s s ã o e x t r a o r d )

1 / 3 (3): P r e s id e n t e d a R e p ú b lic a .
M in istro s (9) P r e s id e n t e d o T C U
2 / 3 (6): C o n g r e s s o N a c io n a l.

M in istro s-S u b stitu to s (4) C o n c u r s o p ú b lic o d e p r o v a s e t ít u lo s . P r e s id e n t e d o T C U

P ro cu ra d o r-G e ra l do P r e s id e n t e d a R e p ú b lic a , d e n t r e o s m e m b r o s
P r e s id e n t e d a P r e s id e n t e d o T C U
M P TC U do M PTCU.
R e p ú b lic a
S u b p ro cu ra d o re s-g e ra is P ro cu ra d o r-G e ra l do
P r o m o ç ã o a p a r t ir d o c a r g o d e P r o c u r a d o r .
d o M P T C U (4) M PTCU

P ro cu ra d o re s d o M P TC U C o n cu rs o p ú b lic o de p ro v a s e t ít u lo s P ro cu ra d o r-G e ra l do

(3) ( b a c h a r é is e m d ir e it o ) M PTCU

Ministros do TCU ^ garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens ^ Ministros do STJ

Quando em substituição ^ garantias e impedimentos e subsídio (só RI) ^ Titular


Ministros Substitutos
Nas demais funções ^ garantias e impedimentos ^ Juiz de TRF

Só votam quando estiverem substituindo Ministro

Plenário;
Câmaras (Primeira e Segunda);
Órgãos do Tribunal Presidente;
Comissões permanentes (de Regimento e de Jurisprudência) e temporárias;
Corregedoria;

> Plenário: instância máxima, composto pelos 9 Ministros ou seus substitutos.

■Matérias de maior complexidade e relevância (ex: contas do Presidente da República;


controle de constitucionalidade; Denúncia; coeficientes de FPE e FPM; auditoria operacional);
■Relacionamento com o Congresso Nacional e os Poderes da República (ex: auditorias
realizadas por solicitação do CN; Resposta a consulta);
Competências ■Assuntos de natureza institucipnal (ex: atos normativos; conflito de competência entre
do Plenário relatores; lista tríplice; Súmula de Jurisprudência; planos de fiscalização);
■Sanções de maior gravidade (ex: inabilitação para cargo em comissão; inidoneidade de
licitante; arresto de bens; medidas cautelares).
■Recursos de revisão / Recursos contra decisões adotadas pelo Presidente / Recursos contra
suas próprias decisões.

> Câmaras: compõem-se de 4 Ministros; junto a cada uma atuam 2 Min. Subst., em caráter permanente. São
presididas pelo Vice-Presidente do Tribunal e pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo. Presidente de
Câmara relata processos e profere voto.

■Prestação e tomada de contas, inclusive tomada de contas especial;


■Atos de pessoal sujeitos a registro;
Competências ■Representação (exceto as de equipe de fiscalização);
das Câmaras ■Realização de inspeção (exceto em unidades dos Poderes);
■Relatório de fiscalização (exceto audit. operacional; solicitações do CN ou nos Poderes);
■Recursos contra suas próprias decisões.

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> Presidente do Tribunal: dirige os trabalhos do Plenário, representa o TCU e administra o Tribunal.
Em regra, não relata processos nem profere voto, exceto:
❖ Votar para desempatar votação em processo submetido ao Plenário;
❖ Votar quando se apreciar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder público;
❖ Votar quando se apreciarem projetos de atos normativos;
❖ Relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisório de sua autoria.

> MPTCU: A manifestação do MPTCU é obrigatória nas situações a seguir (nas demais, os membros do
MPTCU podem se manifestar, por requisição ou iniciativa própria):
1. Processos de tomada ou prestação de contas;
2. Processos relativos aos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões;
3. Recursos, exceto embargos de declaração, agravo e pedido de reexame em processo de fiscalização de atos e
contratos.

> Secretaria: presta apoio técnico e executa os serviços administrativos do Tribunal.

Distribuição: publicidade, alternatividade e sorteio. Lista de Unidades Jurisdicionadas;


Etapas: instrução; parecer do MPTCU; julgamento ou apreciação.
Instrução termina quando o titular da unidade técnica emitir seu parecer conclusivo;
Partes: responsável (jurisdicionado) e interessado (razão legítima para intervir no processo);
Processo
Partes podem praticar atos processuais diretamente, sem a intermediação de advogado (exceto
do TCU
retirar processo das dependências do Tribunal);
Somente provas documentais (ilícitas ou protelatórias serão rejeitadas);
Notificações: basta que fique comprovada a entrega no endereço do responsável (AR);
Aplica-se subsidiariamente o Código de Processo Civil.

- Relator: Ministro ou Auditor (mesmo não convocado) que preside a instrução do processo; redige os Acórdãos.
- Redator: Ministro ou Auditor convocado que proferiu em 1° lugar o voto vencedor discordante do Relator.
- Revisor: Ministro ou Auditor convocado que pede vista do processo. Pode ser mais de 1. Pode ou não ser Redator

Instrução Normativa: disciplinar matéria aos jurisdicionados;


Resolução: regulamentar assunto administrativo interno;
Plenário
Deliberações Decisão Normativa: fixar critérios ou orientação em casos específicos;
Parecer: subsidiar decisões de outros órgãos, em caráter não vinculante;
Acórdão: deliberar sobre matérias de controle externo. ------> Plenário e Câmaras

- Incidente de uniformização de jurisprudência: divergências entre deliberações anteriores do TCU sobre o mesmo
assunto. Cabe ao Relator reconhecer ou não a existência da divergência. Competência do Plenário.

De forma unitária: processos ordenados por classes de assunto.


Pauta das
Por Relação (opcional): apenas processos em que o Relator acolher os pareceres convergentes,
sessões:
desde que esses pareceres não concluam pela ocorrência de ilegalidade ou irregularidade.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (TCU - T E FC 2012 - Cespe) O TCU adota, como sistema de controle de contas, o modelo
germânico.
2. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) A deliberação sobre processo comum de prestação de contas
já instruído cabe à respectiva câmara do TCU.
3. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Na hipótese de o Senado Federal solicitar ao TCU exame de
matéria sobre a exploração de petróleo na camada do pré-sal, devido ao interesse da União,
caberá à câmara a que está afeta o Ministério de Minas e Energia deliberar sobre a solicitação.

4. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um ministro fizer parte de determinada câmara por dois
anos, nos dois anos seguintes ele será automaticamente designado para outra câmara.

5. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um órgão fizer um concurso público para admissão de 500
novos servidores, o processo de exame dos respectivos atos de admissão deverá ser
deliberado pelo Plenário do TCU.

6. (TCU - A CE 2006 - ESAF) Acerca das decisões do TCU, compete privativamente ao


Plenário deliberar originariamente sobre as seguintes matérias, exceto o que diz respeito a
a) representação apresentada por empresa licitante.
b) relatório de auditoria operacional.
c) consulta sobre matéria de competência do TCU.
d) conflito de lei ou de ato normativo do poder público com a Constituição Federal, em matéria
de competência do TCU.
e) denúncia.
7. (TCE/RO - Analista 2013 - Cespe) O modelo federal de organização, composição e
fiscalização do tribunal de contas, fixado pela CF, é de observância obrigatória pelos estados.

8. (TCDF - A CE 2012 - Cespe, adaptada) O presidente do TCU é designado pelo Presidente


da República, a partir de lista tríplice enviapl a pelo Congresso Nacional, formada por auditores
externos do TCU ou profissionais de reconhecido conhecimento na área de administração
pública, contabilidade ou direito.

9. (TCU - A CE 2004 - Cespe) O presidente do TCU é nomeado pelo presidente da República,


escolhido de uma lista tríplice constituída pelo tribunal, composta de ministros de seu quadro,
após aprovação pelo Senado Federal.

10. (TCDF - Técnico 2014 - Cespe, adaptada) Cabe ao presidente do Congresso Nacional
dar posse ao presidente do TCU.

11. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Se os cargos de presidente e vice-presidente


do TCU ficarem vagos noventa dias antes do término do mandato e dois de seus conselheiros
titulares estiverem ausentes, um por estar em gozo de férias e o outro por estar em licença,
será facultado a esses conselheiros participar das eleições para os cargos vagos.

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12. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) A competência para nomear cidadão
aprovado em concurso de provas e títulos para o cargo de ministro-substituto do TCU é do
próprio presidente do tribunal.

13. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) O vice-presidente do TCU exerce, concomitantemente, a


presidência da primeira e da segunda câmara e as funções de corregedor.

14. (TCU - T E FC 2012 - Cespe) O cargo de Procurador-Geral do TCU pode ser ocupado por
procurador da República.

15. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Ao tomar conhecimento de irregularidade que deva ser
comunicada a superior hierárquico, o dirigente máximo do Ministério Público junto ao TCU deve
reportar-se ao procurador-geral da República.

16. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) O presidente da República tem a prerrogativa de escolher
livremente apenas um dos nove ministros do TCU, além de outros dois indicados em listas
tríplices pelo próprio TCU, estando essas três escolhas sujeitas ao crivo do Senado Federal.

17. (TCU - T E FC 2009 - Cespe) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha incumbe ao
presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são indicados entre
os auditores e os membros do Ministério Público junto ao tribunal.

18. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Os ministros do TCU, por integrarem o Poder Judiciário, detêm
as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos ministros do
Superior Tribunal de Justiça.

19. (TCU - A CE 2007 - Cespe) Nas sessões do TCU, o Ministério Público só é obrigado a
manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos atos de admissão de
pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão, bem como nos incidentes de
uniformização de jurisprudência e nos recursos.

20. (TCU - A CE 2004 - Cespe) O Ministério Público junto ao TCU somente precisa manifestar-
se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos concernentes aos atos de admissão
de pessoal e de concessão de apos! ntadoria, reforma e pensão, nos incidentes de
uniformização de jurisprudência e nos recursos.

21. (TCU - A CE 2006 - ESAF) Assinale a opção correta.

a) O Presidente do TCU é nomeado pelo Presidente da República.


b) Os presidentes da Primeira e Segunda Câmaras do TCU votam, mas não relatam
processos.
c) Na ausência ou impedimento do Vice-Presidente do TCU, o Presidente será substituído pelo
ministro mais idoso em exercício.
d) O Presidente do TCU, ao deixar o cargo, volta a integrar a Câmara a que pertencia antes de
assumir a presidência.
e) O Vice-Presidente do TCU exerce as funções de corregedor.

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22. (TCU - A CE 2004 - Cespe) Em face da autonomia administrativa conferida pela


Constituição, o TCU tem competência para fixar, por meio de resolução de seu Plenário, os
vencimentos dos ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal.

23. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Cabe ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes
comuns — aí compreendidos os crimes de responsabilidade —, os membros do TCU.

24. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Os ministros do TCU serão processados e
julgados, em caso de cometimento de crime comum, pelo Supremo Tribunal Federal e, em
caso de crime de responsabilidade, pelo Senado Federal.

25. (TCU - A CE 2008 - Cespe) Ainda que a unidade, a indivisibilidade e a independência


funcional sejam princípios institucionalizados do Ministério Público, haverá membros do MP
junto ao TCU, entre os quais um será escolhido ministro, periódica e alternadamente, como
parte do terço que cabe ao presidente da República indicar.

26. (TCU - A CE 2006 - ESAF) Na composição dos Tribunais de Contas dos Estados, segundo
a jurisprudência do Supremo Tribunal, caberá ao Governador a indicação de dois Conselheiros,
sendo uma das vagas ocupada, alternadamente, por integrante da carreira de auditor e por
integrante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.

27. (TCU - AUFC 2013 - Cespe) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional escolher
dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União, além de aprovar, por voto secreto, a
escolha dos ministros do TCU indicados pelo Presidente da República.

28. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Caso ministro que tenha sido indicado em
vaga de ministro-substituto venha a se aposentar, a escolha do novo ministro deverá,
obrigatoriamente, recair entre os ministros-substitutos, conforme entendimento firmado pelo
STF.

29. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Com a posse, passam os procuradores do
MPTCU a gozar da garantia de vitaliciedade.

30. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, Iadaptada) Os Ministros do TCU, além de terem as
mesmas prerrogativas, vantagens, vencimentos, garantias e impedimentos, deverão seguir a
mesma forma de investidura dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

31. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe, adaptada) Os auditores do TCU, somente quando
estiverem atuando em substituição a ministros, estarão sujeitos ao mesmo regime jurídico
destes últimos.

32. (TCDF - A CE 2002 - Cespe, adaptada) Considere a seguinte situação hipotética. Como
se tratava de vaga deferida ao Poder Executivo, o Presidente da República escolheu, com
base no critério da antiguidade, o nome de novo Ministro oriundo do quadro de auditores do
TCU, tendo o Senado Federal aprovado a escolha, apesar de existir parentesco em primeiro
grau entre o escolhido e outro Ministro. Nessa situação, a nomeação é legal e, por isso, deve
ser mantida.

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33. (TCU - T EFC 2012 - Cespe) Se, em decorrência de declaração de impedimento para
julgar determinado processo de contas, um auditor do TCU vier a substituir ministro desse
tribunal, o auditor terá as mesmas garantias e impedimentos dos ministros do Superior Tribunal
de Justiça, mas não os mesmos vencimentos ou vantagens destes.

34. (TCDF - A CE 2002 - Cespe) Os conselheiros do TCDF e seus auditores, estes quando em
substituição a conselheiros, terão os mesmos direitos, garantias, prerrogativas, impedimentos,
vencimentos e vantagens dos desembargadores do TJDFT.

35. (TCDF - Auditor 2014 - Cespe, adaptada) Segundo o Regimento Interno do TCU, o
ministro-substituto terá as garantias, os vencimentos e os impedimentos de ministro, e, quando
o substituir, terá as mesmas garantias, vencimentos e impedimentos de Ministros do STJ.

36. (TCU - T E FC 2009 - Cespe) O TCU, ainda que na qualidade de órgão auxiliar do
Congresso Nacional, dispõe de uma Secretaria de Controle Interno, que, entre outras
competências, está incumbida de apoiar o controle externo e, até, representar ao presidente do
tribunal em caso de ilegalidade ou irregularidade constatada.

37. (TCDF - Auditor 2014 - Cespe) Conforme entendimento do STF, é possível a criação de
procuradoria especial no âmbito de tribunal de contas, com competência para representá-lo
judicialmente nos casos em que este necessite praticar, em juízo e em nome próprio, atos
processuais na defesa de sua autonomia e independência em face dos demais poderes e para
exercer a atividade de consultoria e assessoramento jurídico aos órgãos do Tribunal.
38. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Compete ao TCU conceder a ministro e
ministro-substituto licença para tratamento de saúde, que, se for superior ao prazo de seis
meses, dependerá de inspeção por junta médica.
39. (TCDF - Técnico 2014 - Cespe, adaptada) O presidente do TCU constatou a
necessidade de reestruturação das câmaras em que se divide o tribunal. Nessa situação, a
nova estruturação dependerá da deliberação da maioria absoluta dos membros titulares do
TCU.

40. (TCE/PB - Procurador 2014 - Cespe) Considerando que lei estadual, de iniciativa
parlamentar, viesse a revogar dispositivos da Lei Orgânica do TCE/PB (LO-TCE/PB) que
versem acerca da organização desse tribunal, assinale a opção correta de acordo com as
normas constitucionais e a jurisprudência do STF.
a) A lei hipotética em questão seria inconstitucional, pois a LO-TCE/PB deverá ser alterada por
resolução expedida pelo próprio tribunal.
b) A lei em questão seria inconstitucional, pois a matéria nela versada somente poderia ser
objeto de decreto expedido pelo governador do estado.
c) Considerando que o TCE/PB é órgão auxiliar do Poder Legislativo, cabe a este a iniciativa
de lei que disponha sobre a LO-TCE/PB, razão porque a lei em consideração seria
constitucional.
d) Na hipótese considerada, apesar de a iniciativa legislativa caber ao TCE/PB, tal vício poderia
ser sanado com a sanção do projeto de lei pelo governador do estado.

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e) A referida lei seria inconstitucional, pois cabe ao próprio TCE/PB a iniciativa privativa para
instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento.

41. (TCU - A CE 2006 - ESAF) Sobre o Controle Externo no Brasil, assinale a opção correta.

a) Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.


b) Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas relativas a município, mesmo
que este esteja dentro do território de sua Unidade da Federação.
c) Um determinado município, caso não possua Tribunal de Contas próprio, não poderá
criá-lo.
d) O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas da União é aposentado
compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) Empresas de Economia Mista não se sujeitam à fiscalização do TCU.

42. (TCE/SE - Analista 2011 - FCC) A Constituição Federal estabelece que os Tribunais de
Contas Estaduais serão integrados por sete Conselheiros, salvo nos dez primeiros anos da
criação de Estado, hipótese na qual o Governador eleito nomeará
(A) dois membros.
(B) três membros.
(C) quatro membros.
(D) cinco membros.
(E) seis membros.

43. (TCE/CE - Analista 2008 - FCC) Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais
de Contas aplica-se a disposição constitucional segundo a qual
(A) se assegura vitaliciedade no cargo, após um ano de exercício, não podendo perdê-lo senão
por sentença judicial transitada em julgado.
(B) é vedado, a qualquer título ou pretexto, o recebimento de honorários, percentagens ou
custas processuais.
(C) se proíbe o exercício de atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei.
(D) o ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, exigindo-se
do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de atividade jurídica.
(E) não se permite o exercício de outra função pública, exceto quando em disponibilidade.
44. (TCU - T FC E 2012 - Cespe) Considere que uma autoridade indicada como responsável
em determinado processo de contas não more em Brasília e tenha nomeado procurador para
agir em seu nome perante o TCU. Nessa situação, o procurador, mesmo no caso de não ser
advogado, poderá praticar todos os atos processuais previstos em regulamento, incluindo o
pedido de vista para retirar o referido processo das dependências do TCU.

45. (TCU - T FC E 2012 - Cespe) Se, em determinado processo de contas, houver cinco
pessoas indicadas como responsáveis, representadas por cinco procuradores diferentes, será

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dado, para cada procurador, o prazo de dez minutos para sustentação oral, desde que
regularmente requerido.

46. (TCU - A CE 2004 - Cespe) Considere a seguinte situação hipotética. Em um processo a


ser julgado pelo TCU, quatro administradores públicos tinham seus atos apurados ante a
possibilidade de terem causado dano ao erário, na gestão de ente público. A defesa de cada
um deles, porém, atribuía aos demais a responsabilidade pelos atos lesivos. Aproximando-se a
data prevista para o julgamento do processo, todos os gestores manifestaram, por meio do
respectivo advogado, a intenção de realizar sustentação oral. Nessa situação, seria admissível
a sustentação oral, cujo prazo seria o previsto no RITCU, multiplicado por dois e, em seguida,
dividido igualmente por todos os interessados.

47. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Para se disciplinar atribuições especiais de uma nova
secretaria que seja criada no TCU, deverá ser editada uma resolução.

48. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Um ministro relator tem prerrogativa de submeter ao Plenário
uma relação de processos de tomadas de contas que tenham proposta de acolhimento de
pareceres convergentes pela regularidade com ressalva, exarados pelo titular da unidade
técnica e pelo representante do Ministério Público.

49. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O auditor do TCU, quando em substituição a ministro, terá as
mesmas garantias e impedimentos daquele, mas não poderá pedir vista de processos.

50. (TCU - A CE 2008 - Cespe) As informações solicitadas à fazenda pública e encaminhadas


ao TCU, protegidas por sigilo fiscal, para apuração de infração administrativa, poderão ser
retransmitidas, em caso de solicitação, a outro órgão ou entidade fiscalizador(a) da
administração pública federal.

51. (TCU - A CE 2004 - Cespe) Nem todas as decisões dos relatores de procedimentos
administrativos do TCU precisam ser, necessariamente, publicadas na imprensa oficial.

52. (TCU - A CE 2004 - Cespe) Há casos previstos no RITCU em que o relator de um


processo pode, em decisão monocrática, isto é, unipessoal, determinar o arquivamento do
feito.

53. (TCU - TCE 2004 - Cespe) O projeto de enunciado de uma súmula deve ser aprovado por
maioria qualificada de dois terços dos membros integrantes do órgão competente para
deliberar acerca da matéria sumulada.

54. (TCU - T C E 2004 - Cespe) Se um órgão do TCU tomar decisão incompatível com uma
súmula anteriormente enunciada, essa súmula será considerada tacitamente revogada.

55. (TCU - TCE 2004 - Cespe) Um ministro do TCU alegou impedimento em relação a um
determinado processo. Nessa situação, quando da deliberação acerca do processo, embora
seja vedado ao ministro participar da fase de votação, será permitido que ele se manifeste
durante a fase de discussão.

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56. (TCU - TC E 2004 - Cespe) Adalberto, na condição de ministro do TCU, foi o segundo a
proferir seu voto em uma determinada proposta de enunciado. Porém, ao refletir a respeito dos
argumentos que estavam sendo apresentados pelo último ministro a votar, ele concluiu que o
voto que havia proferido não era o mais adequado. Nessa situação, o ministro Adalberto
poderia modificar seu voto, desde que o fizesse antes da proclamação do resultado da
votação.

57. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Nas votações da sessão de plenário, as sugestões de
alteração da minuta de acórdão poderão ser feitas até a leitura de sua redação final.

58. (TCU - A CE 2006 - ESAF) À luz da Lei Orgânica do TCU e de seu Regimento Interno,
assinale a opção incorreta.
a) Qualquer parte poderá arguir nulidade a que haja dado causa ou para a qual tenha, de
qualquer modo, concorrido, exceto quando tal nulidade implicar culpa a terceiros.
b) Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveitaria a declaração de
nulidade, o Tribunal não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
c) Não se tratando de nulidade absoluta, considerar-se-á válido o ato que, praticado de outra
forma, tiver atingido o seu fim.
d) Nenhum ato será declarado nulo se do vício não resultar prejuízo para a parte, para o erário,
para a apuração dos fatos pelo Tribunal ou para a deliberação adotada.
e) A nulidade do ato, uma vez declarada, causará a dos atos subsequentes que dele
dependam ou sejam consequência.
*****

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GABARITO

2) C 3) E 4) E 5) E 6) a
1) C
8) E 9) E 10) E 11) C 12) E
7) C
14) E 15) E 16) C 17) C 18) E
13) E
20) E 21) e 22) E 23) E 24) E
19) E
26) E 27) E 28) C 29) E 30) E
25) X
32) E 33) C 34) E 35) E 36) C
31) C
38) C 39) C 40) e 41) c 42) b
37) C
44) E 45) E 46) E 47) C 48) C
43) b
50) E 51) C 52) C 53) E 54) E
49) E

E 56) C 57) C 58) a


55)

Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo. 13ã ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007.

Almeida, G. H. de la Roque. Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União anotada:


normativos correlatos. Belo Horizonte: Fórum, 2006.
Aguiar, A. G. Aguiar, M. P. O Tribunal de Contas na ordem constitucional. 2 ed. Belo
Horizonte: Fórum, 2008.

Aguiar, U.D. Albuquerque, M.A.S. Medeiros, P.H.R. A administração Pública sob a


perspectiva do controle externo. Belo Horizonte: Fórum, 2011.
Chaves, F.E.C. Controle externo da ge|tão pública: a fiscalização pelo Legislativo e
pelos Tribunais de Contas. 2 ed. Niterói: Impetus, 2009.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 20ã ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

Lima, L.H. Controle externo: teoria, jurisprudência e mais de 500 questões. 4 ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2011.

Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2009.

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