Combinando artistas de rua e acrobatas, o Cirque du Soleil foi fundado em 1984 como uma alternativa ao circo tradicional, se destacando através de uma estratégia inovadora e encontrando um novo mercado ("Oceano Azul"). O Cirque du Soleil eliminou elementos circenses tradicionais como números com animais e se concentrou em música, figurino e cenografia. Sua abordagem única e experiências temáticas atraíram milhões de novos espectadores, tornando-se um sucesso global com bilhões de
Combinando artistas de rua e acrobatas, o Cirque du Soleil foi fundado em 1984 como uma alternativa ao circo tradicional, se destacando através de uma estratégia inovadora e encontrando um novo mercado ("Oceano Azul"). O Cirque du Soleil eliminou elementos circenses tradicionais como números com animais e se concentrou em música, figurino e cenografia. Sua abordagem única e experiências temáticas atraíram milhões de novos espectadores, tornando-se um sucesso global com bilhões de
Combinando artistas de rua e acrobatas, o Cirque du Soleil foi fundado em 1984 como uma alternativa ao circo tradicional, se destacando através de uma estratégia inovadora e encontrando um novo mercado ("Oceano Azul"). O Cirque du Soleil eliminou elementos circenses tradicionais como números com animais e se concentrou em música, figurino e cenografia. Sua abordagem única e experiências temáticas atraíram milhões de novos espectadores, tornando-se um sucesso global com bilhões de
Combinando artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas para criar
teatro e dramas de dança com músicas multiculturais, uma pequena trupe de artistas liderada pelo músico Guy Laliberté fundou em 1984, numa cidadezinha perto de Quebec no Canadá, o Cirque Du Soleil. Era uma época em que o negócio “circo” encontrava-se em declínio, ameaçado pela competição das diversões eletrônicas e pelos elevados custos de logística. Logo, aquele circo exótico, criativo e inovador iria explodir como uma nova forma de entretenimento e ocuparia as casas de espetáculo do Canadá, dos Estados Unidos e do mundo todo. Com mais de 5.000 funcionários, sendo 1.300 artistas, com produções itinerantes em todo o mundo e um público superior a 50 milhões de pessoas, o Cirque Du Soleil em seus 30 anos de existência foi visto por mais de 100 milhões de expectadores em cerca de 300 cidades no mundo e ultrapassa o faturamento de US$400 milhões em 2013. Segundo a teoria de Chan Kim e Renée Maubogne, professores da escola de Administração francesa INSEAD e autores do livro “A Estratégia do Oceano Azul”, através de uma estratégia inovadora, distantes das convencionais praticadas no seu setor, o Cirque Du Soleil se destacou da concorrência e achou o seu Oceano Azul, espaço reservado às empresas que através da diferenciação e movimentos estratégicos denominados Inovação de Valor, acham um mercado (Oceano) inexplorado e escapam do Oceano vermelho - mercado onde as estratégias convencionais prevalecem e as empresas concorrentes se aglomeram atacando ferozmente umas às outras. A receita mágica do sucesso começou a dar certo quando seus fundadores reconheceram que criar um espetáculo era tão importante quanto gerar recursos para produzir outros e promovê-los. A empresa, ao contrário das demais companhias artísticas, propôs-se desde o início a ter uma empresa na qual a arte pudesse conviver com os negócios. O fundamental é não perder o equilíbrio entre o comercial e o artístico: “Se os aspectos comerciais ganhassem muita importância, perderíamos a nossa essência; se o artístico crescesse além do comercial, perderíamos dinheiro. Definitivamente, trata-se de preservar o equilíbrio”, explica Guy Liberte, que também é titular do departamento de criação. Ainda que os espetáculos conservem alguns elementos típicos (tenda, palhaços e os acrobatas), ele deixara de lado outros (notadamente números com animais e a presença de astros circenses), dando ênfase à música, ao figurino e à cenografia. O fato de não trabalhar com animais lhe permitiu reduzir os elevados custos com cuidados, escapar das críticas dos defensores de seus direitos e destinar os recursos que sobram para valorização do produto perante os clientes. A companhia eliminou atributos que antes eram considerados indispensáveis em apresentações circenses e que não agregavam o valor esperado, como o homem que ficava domando o leão dentro de uma jaula ou os elefantes que entravam e saiam do palco em apenas duas pernas. Também dispensou os famosos astros circenses, celebridades dos circos que faziam aparições pequenas e que custavam uma fortuna em termo de cachê. Por outro lado, ampliaram outros elementos como a vibração e o perigo dos trapezistas, a diversão e o humor. E criaram novos elementos como ambiente refinado com efeitos pirotécnicos e visuais de alta qualidade, músicas e danças artísticas sofisticadas. O modelo de negócios do Cirque Du Soleil é único e singular, bem diferente do circo tradicional. O preço de entrada não é barato, o espetáculo não é um conjunto de pequenos esquetes e vários picadeiros, mas uma história com início, meio e fim e um picadeiro único. O público são os adultos e não mais as crianças. E o espetáculo é uma mistura de musical, show, teatro, enfim, algo difícil de enquadrar em uma única categoria convencional. A empresa tem várias produções que circulam simultaneamente em países diferentes, com equipes diferentes, mas mantendo o mesmo padrão de qualidade e a mesma experiência diferenciada. Com o resultado, a empresa vem atraindo milhões de pessoas de um público que antes não era usualmente espectador de circo. Os espetáculos são temáticos, cada um organizado em torno de uma narrativa em cada turnê. E é difícil para a plateia definir a sua experiência no show: as pessoas não sabem classificar o que assistiram – se foi uma ópera, um balé, uma peça teatral ou um musical da Broadway. Mas ao final, todos concordam em uma coisa: o espetáculo é uma experiência inesquecível.
Fonte: Case Cirque Du Solei, HBR 2002, 2011; Case Cirque Du Soleil: an innovative culture of entertainment, Ghazzawi, Issam A. et al, University of La Verne, 2014