Estrutura Fundiária

60

53.6

50

43.8

40
36.2

31.6
30

20 18.2

13.2

10

1.8
% de Nº Estabelecimentos Rurais 1.6
0 % Área Ocupada
0 - 10ha 10 - 100ha 100 - 1000ha +1000ha
Pequenos produtores produzem 70%
dos alimentos na mesa dos brasileiros
Agronegócios
exportam a
maior parte
da produção.
 Estrutura Fundiária
100
94.5

90 87.32

80

70

60

50

40

30

20

12.68
10
5.5
% de Nº Estabelecimentos Rurais
0% Área Ocupada
Homens Mulheres
175 Milhões
de hectares
de terras
improdutivas
4,8 Milhões d
sem terras
 Análise dos impactos regionais
da reforma agrária no Brasil

Beatriz Heredia
Leonilde Medeiros
Moacir Palmeira
Rosângela Cintrão e
Sérgio Pereira Leite
O que são as manchas?
 6 manchas
1-Sul da Bahia (Região Cacaueira) – BA;
●

2-Sertão do Ceará (Canindé) – CE;

3-Entorno do Distrito Federal – GO e MG;

4-Sudeste do Pará (Conceição Araguaia) – PA;

5-Oeste de Santa Catarina – SC;

6-Zona Canavieira Nordestina –AL, PB e PE

 96

Ocupação Conflituosa
Ocupação Pacífica

4
Nível de escolaridade

59.16

Nunca Frequentou
Até 4º série
Até 8º série
Além 8º série

27.87

10.97

2
 Educação

Em 86% dos projetos existem escolas e 84% foram instalados após os

●

assentamentos

73% deles oferecem somente até a 4ªsérie

Somente 19% oferecem só até a quarta série

Em 45% dos projetos as crianças chegam até a 4ª série

e 28% até a 8ª série
Infraestrutura
 ALGUMAS DEFINIÇÕES E CONCEITOS DOS
DEBATES ACERCA DA REFORMA AGRÁRIA

Concentração Fundiária: é a política agrícola que beneficia os latifundiários

aumentando ainda mais a concentração de terras, pois os pequenos
proprietários (minifúndios) acabam vendendo suas propriedades por causa das
dificuldades financeiras que encontram para produzir e sobreviver.

Reforma Agrária: deve ser um processo de redistribuição dos direitos de

propriedade e da posse da terra do país a fim de assegurar aos que nela
trabalham, emprego estável, moradia e renda compatível com a sua condição
de cidadãos brasileiros.
Arrendatário: é aquele que paga um aluguel ao proprietário pelo uso da
terra.
Posseiro: é aquele que ocupa e usa terras que não são suas. Utiliza terras
vazias.
Grileiro: é aquele que falsifica documentos para vender terras que não são
suas.
Parceria: é aquele que usa a terra do proprietário e divide com ele a
produção.
Ocupação: refere-se às ocupações massivas e públicas de terras, que
se tornaram frequentes e consolidaram a partir do estímulo do MST –
mas que no entanto se ampliaram para outros movimentos de luta pela terra
e para movimentos sindicais.

Resistência na terra: inclui todos os casos de luta de trabalhadores rurais

(moradores, parceiros, arrendatários, posseiros) por permanecer na terra onde
trabalhavam e/ou moravam. Inclui também os casos de “ocupações paulatinas”
(quatro no Sul da Bahia e nove no Sudeste do Pará), que são silenciosas e só
há resistência quando descobertas.

Outras formas de Luta: abarca tanto os casos em que a iniciativa não

pertenceu aos trabalhadores e seus movimentos, como ações de trabalhadores
e movimentos não enquadráveis nas categorias anteriores
Acampamento: acampamento é quando um grupo de pessoas sem terra se reúne
para exigir seus direitos. A forma que o Movimento encontrou para ganhar
visibilidade do poder público e da sociedade foi através das ocupações de terras ou
de prédios públicos. Nesse momento, as famílias armam barracos de lona preta e
resistem, se não forem retirados por mandados de reintegração de posse, por dias
ou até meses sem pouca ou quase nenhuma condição básica, como água e energia.
Assentamento: Quando conseguem se estabelecer e começar as negociações com
o governo para fazer daquela área um local destinado à reforma agrária, o
acampamento se torna um pré-assentamento, entretanto, os barracos de lona
permanecem até que se faça um cálculo da área e a divisão dos lotes entre as
famílias. Feita a divisão, essas áreas se tornam um assentamento, onde as famílias
conseguem o direito de uso e fruto da terra e créditos do governo para começar a
construção de casas de alvenaria e a produção agrícola. Nesse caso, a terra é
legalizada e em momento algumas essas pessoas serão retiradas, desde que não
parem a produção.
Estatuto da Terra: foi a primeira legislação a estabelecer uma sistemática de
intervenção e de desapropriação e a prever a indicação de “áreas prioritárias de
reforma agrária”, mas elas não se tornaram realidade durante o período militar.
Uma perspectiva de alteração desse quadro surgiu com a redemocratização, em
1985. A proposta de PNRA, pautada pelo Estatuto da Terra, visava o
estabelecimento de zonas prioritárias de reforma agrária. No entanto, a reação
das forças anti-reformistas levou ao abandono dessa ideia.
Desapropriação: é o procedimento pelo qual o Poder Público, retira de seu dono
a propriedade de certo bem móvel ou imóvel, fundado na necessidade pública,
utilidade pública ou interesse social, compulsoriamente, adquirindo-o para si em
caráter originário, mediante justa e prévia indenização.