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Prof.

Deiglys Borges Monteiro Ciência dos Materiais

Aula 5
• Objetivo:

– Apresentar os defeitos da estrutura dos sólidos


cristalinos:
• Superficiais ou Planares (Contornos de grão, contorno
de macla, superfície do material);
• Volumétricos (Poros).
– Comentar a influência destes defeitos nas
propriedades e comportamento mecânico dos
materiais.

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• Defeitos Superficiais/Planares:
– Contorno de grão:
• Interface que separa duas regiões (dois cristais);
• Cristais distintos, com mesma fase e orientação
cristalográfica distinta;
• Baixo ângulo;
• Alto ângulo (gerais e especiais e macla);
– Interfaces:
• Entre fases sólidas;
• Superfície do material (interface entre meios).

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• Defeitos Superficiais/Planares:
– Contorno de grão:
• Interface que separa duas regiões (dois cristais);
• Cristais distintos, com mesma fase e orientação
cristalográfica distinta;

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• Dimensões comparadas:

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• Contornos de grão:

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• Contornos de grão: Grão após trabalho mecânico

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• Contornos de grão: Crescimento anormal de grão:
alumina dopada com MgO

Crescimento normal de grão

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• Superfície preparada:

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• Tipo de microscópio adequados:

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• Defeitos Superficiais/Planares:
– Contorno de baixo ângulo (sub-contorno):
• Orientação cristalográfica entre grãos difere até 15°
• Podem ser descritos como arranjo periódico de
discordâncias;
• Quanto maior a desorientação, maior a energia e o
número de discordâncias.
– Tipos: simétrico, assimétrico, torcidos.

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• Contornos de grão baixo ângulo:
Simétrico Não-Simétrico Arranjo de discordâncias em
cunha

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• Contornos de grão baixo ângulo:
Torcidos Arranjo de discordâncias em hélice

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• Contornos de grão baixo ângulo:
Em espinélio

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• Defeitos Superficiais/Planares:
– Contorno de alto ângulo gerais:
• Interface que separa duas regiões (dois cristais);
• Cristais distintos, com mesma fase e orientação
cristalográfica distinta e maior que 15°;
• Espaço entre grãos maior permite acomodar impurezas
com mais facilidade;
• Segregação de impurezas depende da energia livre.

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• Contornos de grão alto ângulo gerais:

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• Defeitos Superficiais/Planares:
– Contorno de grão de alto ângulo especial:
• Apresentam baixa energia;
• Alta densidade de sítios coincidentes;
• Exemplo: macla

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• Contornos de grão alto ângulo especiais:

Sítios coincidentes

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• Contornos de grão alto ângulo especiais:
Contornos simétricos

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• Contornos de grão alto ângulo especiais:

Para respeitar cargas


(cerâmicas iônicas), somente
primeira possibilidade existe

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• Defeitos Superficiais/Planares:
– Contorno de grão de alto ângulo especial: Macla
• Desalinhamento de planos atômicos em um mesmo grão ou
cristal;
• Orientação dos planos em torno da macla é simétrica;
• Podem ter como origem: esforços externos (cisalhamento da
rede), tratamentos térmicos;
• Reação do material às tensões induzidas por tratamentos
térmicos e mudanças de fase. Ex: zircônia (tenacificação da
alumina)
• Ocorrem em metais, cerâmicas;
• Representam um agente que dificulta a movimentação de
discordâncias.

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• Defeitos Superficiais/Planares: Macla

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• Defeitos Superficiais/Planares: Macla

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• Defeitos Superficiais/Planares: Macla

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• Defeitos Superficiais/Planares: Macla

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• Comparativo contorno de grão e macla

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• Comparativo contorno de grão e macla

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• Defeitos Superficiais/Planares: Interfaces
– Separação de fases distintas:
• Tipo particular de contorno de grão;
• Internamente ao material ou sua superfície!
• Menor energia de ligação entre os grãos (qdo de
mesma fase, a energia é maior);
• Facilita ainda mais processos de corrosão (em
comparação aos outros contornos ou defeitos);
• Separação pode ocorrer por fases amorfas.

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• Contornos interfaciais:

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• Contornos interfaciais:

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• Contornos interfaciais:

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• Contornos interfaciais:

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• Defeitos Superficiais/Planares: Interfaces
– Separação por fases amorfas:
• Afeta propriedades mecânicas, elétricas, ópticas;
• Processamento (cerâmicas) influi nesta ocorrência e na
espessura da fase amorfas intergranular;
• Fase amorfa possui composição distinta.

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• Contornos interfaciais:
Fase amorfa entre grãos
de rutanato de chumbo

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• Contornos interfaciais:
Fase amorfa entre grãos
de nitreto de silício

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• Contornos interfaciais:
Fases em matriz vítrea

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• Contornos interfaciais:
Fases amorfa entre grãos
do β nitreto de silício

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• Contornos interfaciais:
Fases em matriz cerâmica

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• Contornos interfaciais:
Fases em matriz cerâmica: zirconia com 6,1% Pu e 10,3% Pu

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• Contornos interfaciais:
Grãos crescimento
anormal em matriz
cerâmica (alumina)
dopada com MgO

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• Defeitos Volumétricos:
– Poros, vazios, bolhas, trincas;
– Decorrentes principalmente do processamento do
material:
• Fundição;
• Conformação;
– Caso cerâmicas: defeitos grandes não são
eliminados na sinterização.

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• Defeitos volumétricos:

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• Defeitos volumétricos: peças sinterizadas e
fundidas

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• Defeitos volumétricos: peças sinterizadas e
fundidas

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• Defeitos volumétricos: trincas internas e
externas devido ao processamento

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• Referências:
[1] CALLISTER Jr., W. Ciência e engenharia de materiais: uma
introdução. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
[2] CALLISTER Jr., W. Fundamentos da ciência e engenharia de
materiais: uma abordagem integrada. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC,
2006.
[3] SHACKELFORD, J.F.; Ciência dos Materiais. 6 ed. São Paulo.
Pearson. 2008.
[4] CARTER, C. Barry; NORTON, M. Grant; Ceramic Materials, Science
and Engineering; Springer Science+Business Media, LLC, New York,
2007.
[5] RICHERSON, David W.; The Magic of Ceramics; The American
Ceramic Society, Westerville, OH, 2000.
[6] BARSOUM, M. W.; Fundamentals of Ceramics; Institute of Physics
Publishing, IoP, Bristol and Philadelphia, 2003.

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