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AGUIAR, Roberto-Justiça Uma Abordagem Dialética PDF
AGUIAR, Roberto-Justiça Uma Abordagem Dialética PDF
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prttlll\•t . . ttr11l1st.. do
'·
justiça
( uma a bordagem
d ialé lic" )
O tClllA C O PROlltMA 6
A JllSll ÇA [ ll'QUAJlllO OROfM 11
a Jl1\l l (A OOS fl"CCUOt ES Jt
• <IUSTl'A [ llQvAITO l(Côlll flA(lO 14
(1'1.l(tJA\OC MAIS AS
COJ JIJDl(OtS IJtiJl( .as -'USll~~s .,
JIJSTl(A CO NS(lfADOIA (
JUSTl(A 1aA.ll SfORMA DORA 11
1 <.,OMES. ll~rhl r,11.r11 rJ.., '4':.il) ,,.p;,,,,q,.rm '" C'd. Sjo P.1ulo,
e ..11.:-1 1 d~• on., 1950.
6
aJavanc1 a mais na sist.cm11iz.açio das p1á1jcas cm drrc~o l.I~
cornada do poder pelas maiorias oprimid.J.s e rcprimid;b.
1'1os só há jusl•Ç1 compt1.>mc11dJ
que paire acima dos conf '.d . d manulcnçSo ov nu KnliJo Altm dcssC<S problemas delineados, estamos «no~ de que
cona os conflil.O'S. ou no senu o e
cricoiura.rcmos oposição quanto à escolh:a do próprio tcm;:a ckscc
de transíormaçâo. l , que$• pequeno trabaJbo. ~1uitos torttrão o nui1,. julgando que ira-
.
Cabe ainda 1razcr à c'iscussão ~utro prob cma ~~ªtom a
uem se JUlp comprome
'ª' da qucs.1ão da justiça e llabaJhar com J ideologia, sendo. fMJf
tão impõe: mu1u1s1 v~s·;: alda sua visio de justiça em pr~· isso mesmo, um tema sem importãnciu paB a 1cliclão. OulH'~.
luta pela 1ransro~aç.it.. r P exemplo, que a soc-1c· plantados numa visSo clhsM:a, verão neste trab3lho um:i l~n
supos1os dos dominadc.rcs, crc~d~, ~n.ctituindo-v :i inju~tic:a tlti\13 de csu.1dar o que já foi Cl'IU$1jvarne1nc cs1ud:iüo. Kit})
d111U..;. é por Jun nt1turezo. harm n.1ca, de 1int11. co1Tcnm sotlrc o lema., dltio eles.. Dai, por quA: tnr·
cm qu~bra cxccpcional dessa ordem. • . W·SC d:t. qucs\ào da jus.\\.ça. quando -c.m priftcipio.. ludu jâ
. . , {alat·se cm rninulençao e está rtsol\tido? Ainda alguns outros dirão que tttudur a qu.:sràn
A$sim. f:ilar·sc cm 1u:;;~:1i1:ida e 30 mesmo u::npo. em
fortalecimento da o rdem. • . . i' er:ir com esse tun· d.a justiça não 1em valor, ji que essa idéia é urna ran1asi::i. poi"
dcstruir":'io d:ii ordem cons11tu1da. S1gnif ca 0.PI com afirmaçtks o que dc ...c s.cr objeto da rcncxio é o ditcilo posto. Outros nào
..- • • t formais çu marca· o
cci10 por \'JIS mcram.. n e ara uma ação que con1cs1c poderão \er tl.tt livro por alo terem h.~trumcnta) p.an. l~·lo,
aiatcriais que se tornem o norte p pot alo lerem tido a opoMunidadt pm o a:prc.ndil..16du 4.kS\e
esse fund:.mcnio meu.mente fo rmal. • conhccimen10 que se expressa por mcM> de livros e. u que t:
ioblcmas que vem s.cndo mais grave, pelo falo de 0$ livros não expressarem o $abcr d:..
Como se não bastassem esses P. faio de as conccpçõcs queles que nio sabem Jcr. Com isso, um qu.c qucir<1mt1s.. já
tratados. outro ~inda emerge. q~ª \ ~~~sºà retórica. pois~ rõem
1
de justiça estarem profundament g dobrar até mtsmo pela
c.stam~ 1rataodo da quesrão da justiça,
Mesmo oonsider•ndo que as. idé.its de justiça ('Sião cm
como di~urSO$ p~ra convc-n ~~;ti~:~rio. M~s. como J~scvrw conOito, ap11cccndo na história com sif1!jfiaçócs Ope>\t:u, não
emoção, o cn1cnd1mmto óo "ri d de s:ignificaÇÕ(s, deu.ando se pode negar 5ua importância como bu.drira ou par3 :s ma·
retórico, $C :abrem para m1 . a csm ualqucr ordem ~ocial que nutcnçio de um dado poder, de uma dada (orma de produtir
aberto o c:impo para seu cnca1xe c q 1 m Jos :i1ribu1os
rmos por exemp o, u e rclacionar-st, alêm de ser também, por oposição, um:i b3n·
se cstabcleç:1. Se ioma • . _ tribuer~ veremos que esta. deira para os que são oprimi-dos, par3 Oj que ~11io for.i d('I
:C
roman~ da justiça., suum1::;;u:.,tendimc~to, pois o "se~ de
poder, P3f2 os que úo explorados.• em suas lur:n concr<"ra,. p.ar:i
cxprr-ssao pode recc. r ~ua ndendo do 1cmpo, tui;ir, rostt3o a 1nmsform.ação $Oc:iaJ e pela 1oma.:b. do poder.
cada um" pode v11nar, epc • - modo de produç-;io.
do emitente na cicntiCicaçio social e i . Há também outro aspccto da Qô!C:Ulo que: não deve ser
• . mo racionaliz;a;çõc:s das pr b· dcscur:tdo, pois a id~ia de justiça crisu..liza os oosrumn do~
As conccpç~ de 1us11ça,I ~ também cstlo cm oposição. grupos: soda.is que estão dominando o 1 do domioados. Ade--·
cas sociais.. t.:unbém c~u~ e:,,:~ classes soei.ais. Cumpre " ma.il, a idéia de justjça dos dominante ; 1c:m a caraetcdsck~ de
como cm lut.a e opos.içao, uns caminhos de ambos os se tomar uadJÇio, 01 medida cm ou; se c:ris1aliu no duci10
nós neste trabalbo, palmilhar a1g ma visão de justiça que oficial vigente nu sociedades repressoras e opressoras.
lad~ e indicar alternativas p:iir~ ~e taJ m.aneira ª'"""· qvc De WJ1 modo ou ou1ro, t prrtiw rcuaJu.r que, radonali·
não $C'.'ja a <los oprc:)wrcs. nem soe,lª a dom.i.D•"~O. Este traba-
io d: se escamo ear .... d • ,.~do o intcrcss.t quC' for, " i<;f;b d.t jusli\J sempre ~ põ.t como
possa ser um me • uma id,ia de justjça que seja dos o~1· um projeto de um mundo mdhor. como um dever;cr das COD•
lho parte ~ ~sca d~ um in.sll'UmcnlO para aqueles que tst:to dut:as, da produçio.e do relacionamento humano. Por isso, a
nados, que S.CJª mla.istransformaçio social: em suma: uma ~· ídéia de justiça t um valor e, mais ajndi, é ideológica, na me·
imersos na _lut~ pc: ª batcn•e ue emerge d11 práticas SOC1a1s dida cm qut u.scotlda sobre urna cooccpç.lo de mundo quC'
cepçio ~e.JustiçaU c~mcon«pç~ de justiça dessa naturn.:l nio emerge das relações concretas e contradilôrias do social.
podeopnoi1d~1•
dos cmr dç.,I&!,dma de 1tma ~lo • fundamental: ela é um:a
RdG<çando ainda .,.. qualidide ldeolósi<a da ldlia «
J"SllÇa cstlo mu pmcosclcs à c«núdade • pcrcaidadc. A
.......b daa id&s de justiça. - .,.,...... mais adl>n1e, ia>- Asilm. como as d.m.ti C$lio cm tu.ta. u ML.·1..aJ de JUMiça.. Põt"
.,......... ""' NDdameulO - • puúr do qual s.lo de· ti."OnscqUc!nda. ta.mbcm est.io.
dozidos prinópios e - pana o •sir b•IDlllO. A .....,. d::s ~12S tSSI IUl1. que é d.an pa~ qucm rcncic um pouco
1d6u de jmúça dcsso iatuma é a de se ~Jurem tn0Sltmpor21S ma tt.. ~ esarnolc3da ptlos oprcssotC1 co-m mu111 1o.'Omf)C:1Cncii..
e U"l.Ds.~16iica.s. j6 qu.c seu íundamtt1to se põe numa ordc:_m na me\J1d:a ttn que con~g\lcm. ~pcRt das J l.'"4.t...n(:as. elaborar
também tr1osum1n:L Com tssq, du se caractcriz1m como cns- e: impor 1d(i11 de jusoi;:a que se p&m comti ntuua.~. rqilidis1:i.n·
11Jiz:iiçõe1. pan.lisações no tempo, inversócs do rcul, julg~mcato tcs.. h:i.rmónitas e equjJibradas.
da htscória com cricêrio$ a-hjslóri-cos. A coascqü~ncia di.uo se A ncu1tali<lacle é :i1ribu10 má.limo .a 1u,11c;a. 12 3quch1
u11.du1 pelo fato de elas serem concepçôc:J de funi~ conscN:l· jus~it:t cetl que nõo vê q uem es.t6 scnt o 1uli:.JJo, 4ucm csiâ
dor.is. insi1tu(d11.s pan. a 01:unitmçio da ordem, pan a promo- pedindo SUi manifestaç5(). 2 uma jus'tÇJ qut: \Cndc 3 im~gcm
~4o da se1ur1.t1ça, pois sio i<Utu que podem vestir de retórica de cl1s1:lnci4 e de nJ0<0mpromtcimen10. F''" "qu1t11, 1l nc.t:1 3
os 3 tOS concre tos de domimçio. col«:a num nível tama da.s c:itcvnninc1.t' h1,1.:10C.lS. o qac
Nos tempos de b>je os opci.aüdos começua 11 dc:scocfur ~nscp s.u:a 1Hpc11abtlid:lde. Já que :a Kii~:a dê '"''"'" I.' 1lc todo
dcsl> ju><iça. Ocsconíwn, •• c:ooctttude, aolrcndo o peso das mundo < de llÍOJlllnl, rau!W>do º"""' conttpç..o 1"""'11 d<s-
k1'. observando ., deài<lcs judicíau, padecendo n., aiios <la ''Ompmmc:1.td:a ('Om is CO«US do muodo, "'l"" \11h1~1.i f'JT~ ;1
puhda, S<ndo cxpulJos du ~ 'l"C pouucm, _ . - - ~U· ~do•p.
ncn 1nsufJCWDtd. ou. simpk:smtatc, oJo tcodo d1rcno a u.lirios. Atrc:sça ..SiC a isso que u idiias dom1N.ntc' Je uçi'(":a têm
Ali mc1mo o wltitt cotlar m.an. tio vol11do para um ptnsameoto tm ~u corpo a marca da visão de um mundo c~uihhrido .,..
conservador, p1ss1 u1.mbêm a ter o mesmo scn111ncnto, na me· har:m6nico. De um mundo pronto onde a rc:sr:a é :J l1:um9pi11 t
dida de 1u• p.rolctin!iÇiõ. o conni10, a t'CCet;5o. A idéia de justiç-1. ncs\C ~n111lo, seria n
O qu~ tcria gerado cw dcKOnf~ança? O p~i'?~iro poato norte JNU3 nao deixar o muodo cair cm dcscquilihrin. p.lra o
lJUC podemos pcrtibcr é que u coos1dcraçõcs ohcaa1s $Obre a homem nlo se quebrar cm dcsarmoni:i.s. pois o cnnllifo e 1
ju11tça aptrtcir.m para. os oprimidos como um enaodo. como con rrodiçJo s5o desvios: e divcrsêncfas desse fc11C1 rn·~1:ibc:lc·
1.1.m~ manobra para e.oca.e.ar. pois o que é dito nada tem • ver c:1do d~s harmonias prcau.s.
com o Q\IC é conatUmcn1c •1vido. Assim. a justi~ passa. a Mat. '"m das a.ractetúticu ati aqui l'l"lt1'Ct0n1J>JJ. a jus-
~r :a JUSllÇa ..ddcs... oio a ' "bOUI" jus.tiçL lia abarn vf,rm lmbi.1os de inodiocia. Ela rode ;1s~umtr Utn2
con('l(ac-5.n monl pcuoal. q~ndo ehar.aamos de p 1n um ci-
Do lado 09rcssor as coesas t:i.mbém cstjo andando cb dad.io. El.a pode apnscnur wu dimau.lo inoral. .ocbl ou
mama forma. poit os C'QS.n.m)U__dos oprimidos, frutos de. seu ética quando aranmmos que os baoqueiros tfm um;, ;3\itudc
\1vcr soca:! e econ6auco, cc~ certas tdiias de JUSUÇI que Justa para com KUS mprtpdol, ou tem ama dimms..io jgridia
~ profu.nda.mc.ate pttifosa.s pan a sobrev1vtnd1 dos intcresscs quando. por cxcmpJo. c!iscutimos sobre a juJt~ ou injus1iç2 de
Jom1n1n1c1. S6 plta cxcmplifiQt: no momento cm que O' . uma doida lei vicc-nte. Assim. cssa idl:11 de 1us1ica invade O'i
opnmidos pusare.."D a dar mais vaJor à posse do que à propricda· vastas r:ampus do rcl.:idonamen10 hutn.ano, mas nlo se c:-squcce
de, correr··Sc~.6 arande risco de uma c.onvulslo s()("iul que pode.ria Jo' rcqucnos c:in10i onde 1 vida humana so aucnra. A relaç!o
estremecer os fundamentos reais de dada o rganlzaçlo M>CLal. ~a j us1lt;1 com o direho é coMiderida 1So imponan1c que os
O Brasil f amostra disso. Ora. a partir da.I. para 01 do01io111t.t:5. orc•os que 1pllc1m as norma1 lr-1•is sSo ch1mados de Jatt:liÇ2..
, conccpçáo de justiç~ dos oprimidos cambtm é a ju11iç1 "deles" De qualquer modo, 3 idéia de justiça sempre rst& marcada
e nlo a ••noua••. Aate o expostO.. podc:mos perceber que a PDf uma direç:io no ~olido do mtlhor, para o melhor bum.ano,
lDJUSli(ã do dominado i a ju.stiça do domio.ador e vioe-•;cru... r;.t~ o mtlhor socbl. pan: o mctbor poticko. pera o mclhot
«006mico. Mo. do dcwmos nqucccr q" o mdbot depende
de urm tSt:aJa de: ~ei mori.tacb tobct" cun corpo de aplic>
ordc:111 unpla.tttada den ser a eipnssio de uma harmona natvnl
ç6c> .. ju>u11<1uns idcol6siai. "'º
t. o mdhor oú awado que ........ do ter das cDÕSU.
pela vúk de homem. de mundo e da bUlbru que é~ Dtm fonna., a justi(1 se hipostuia, 1randormando-1e cm
pelos intc.rQK) cmc:rgc:otct das práticas coocrctu dos crupos coisa, em órilo burocri1i<o. A jusliça se toma poder, Jc
5ocfais. Logo, se a justiça é a busca de um melhor ético, moral lraniUb$Lancia tm Estado jul1ador. cm cnlicbdc polftlca que
e juridico, 1am~m é verdade que a jlUliça csú planwla "°' dc.1bn o paptl de demiarp> cntrt os c:onOuos iAdavkkl.IK e
10l<r<WC$ e M sobr<vivéocia dos J"lpClS que anlQl!am IS 'ÓS6<S 1«iais e a 0tdcoo jmu que pain. seja caquanto p n -.
de a1undo que mpkbm as dtvcnu cooapç6cs sob« o pr<>- u,a cwtun10 normn. potra além da história. das luta.J de clus.r
blcm.a. e dos conflitos sociais.
O que ncw ~cvll a rcDctir M>brc a quCiCIO da juniça ~ o tato Por se.r idcol6gk-... a ldtia de jusüç-.i traduz. os in1crcncs
de que cl:a ~ ltl'l1prc posla como uma vinudc que esti 1rim1. dos grupos cktcruorcs do podc:r e é ntiljucb par1 a m1.1>utcnçSo
disu.nte e cqUidisuntc cW questões, pocltndo, por isso. ser cri· dcua ...1aç1o de podtr. E a ju5'iça doo 'i<ncedom que. ck
S(flO ~ rcwluçio dos cooOitos. A justiça. a M tcmu: a velha uma dimcnslo Wposbmcntt abstrata e tqUidillantc, 1tpan as
dcfiniç:So rum1n1 da triade processual. é a ptne dcsialcrcuacb condutas boas daJ condutai mis, &1 sociedades boas du t«it·
que compõe e ruotvc as ques1ões 1 ela dadas. dades mis, ot homens boni. dos homen ~ mau,.
Todo cdirítio da ius1iç-a está construido sobre os alkcrcc>
d.i h:irmoniti. d11 cstabihdadc, do dcscompromino n«essirio A E claro que todu as outras oonc:t-pções de justiça que csit·
cqüidis1A.nd.a Ou.cm tom.a como pttSSuposto o re.:al toq11an1.0 jam cm conth10 com a idé&a dominanlt vSo tu um nbot 4k
con.Oitivo. cnqu~to contradi16no. pollriiado e dmãmico. oadt <OO!r:<aç... - dim<ftlio de svbvcnlo, poi< cru ><rio '
CK Ahos e as s.inttSCS" dio no cmb:itc:, a D.ivtl do SIXW~ c:oLrc mnuordan. 1 uputDÇa e a bandeira daqudn pupot. que toram
nprC"ssorcs e opnlTridoi, e quem aG"Cita como pressuposto que o vencidos e nm1g1do$ pelos dclcntorcs ôc uma dominaçio. um•
conhci.:imtn10 l ideológico fica a pergun11r se: seria pouJvel vez que. pata haver poder, ~ nrcessârio que e.listam os obcd1en·
dC"·n·d~r uni.1. 1d ~i:i de juitiça que te desvtstiue de sua neutnli· its. seja pela amvicçào, uja pcb força. scj.t pela alienaçlo. wj-a
d;uJc, que: d.:1•:.ue de lado esse compromisso cona a manutcnçlo pelo~.
e v: ('OQll11UlUC em cvâde:nte UHUUmcnto ~de K't.kni• AUim. a JQStiça dos d<tmtorcs do poder oprwor nada
""'' JaJ luU.J dos oprimidos.. du maionu. Esu. seri1 u1n1 iui· mais t que a CX]lfmio idcol6gica de um peosamco10 C011SU·
11{.1. do dc~uíUbrio. uma juniça da luta e do comba.1c1 abula vador, cotcodido wmo pcaaamcaio que ptttcadc a conservação
e e\·idcn1cm\'n1e compromcdda com o pólo dominado dai rtlaçlQ d(l stauuqMt1 pelo pcriodo ma.i~ amplo possível. uma vcl que
Jl.l.l~tic~ social cm ordem ímpia.atada Kt'YC a um conju.oto ôt io.tctUK:S qut
Scr-i sobre cuc:s problemas que wuarcmos n:fklir, l pro- !lo upruslo ck um .m:r e prMxzir coac:rc1°'.
cur.1 ck Wll amínho para a qvailo. Colocadas essas premims podcrun.tl puw a aoalhar "'
form.a mais detida os dJ\'"10J upectOI que pumeãam tssas
ronsidcraç&t..
Dc1se modo. :1 idéia de jU$tiça, enquanto exprt"$sâo dos un~.a fr.Hflt.'C:P'fau que n5o mais emerge de um conhecimento cris:
tipressor~ nado mai.s faz senso ocultar as reais con1radic;õe1 t.1lv.11l11 e ;icc:uo pelos poderosos., mas de um trabiilh d
'-lha. . o, e um
que cuão na sociedade, a1C porque, 1ind1 seguindo Chaui, essJ
1déi:i tem como (unç.:io o .. ;ip3g:imcnto das dirCrenç:is e contra· l'~1:iui :a)}.1~ ~rala o problema. do saber, em opos~ào 110
dic;õ:s"1t. \:llnhcc1mcnto ohclal: "O saber é o rr.ibalbo para elevar à di~
0
A idtia conser.·::.dora ou man1cnedora de justiç3 tem como mcn~~u• .do (;.onccil~ uma sil~aoçâo de mio-s::iber, i.s10 é, 3 ex.pe·
runc;5o n~o somente Hustific:ir a oprcu5o m~s seg_ur;ir as tn.n\· n~·n.~'1:i 1m"•1.h t11;a 1:u1:a obsco.nd1de ~de o cnbalho de cl:lnfka-
formações sociais. p:arolisor a históri:t. pois scr6 essa pretcns!lt\ .;:m 'u. Con1inuando a reílexão, 3di1:1.: "Só h' saber quando
à pcrenid:.de quc vai fortalecer um ceno tipo cJe oprcsslo, excr·
11 IJcm. ibidem, p. t.
e.ida por meio de grandes, e pequenos podef'd.
18
11. CHAUJ. M11.rilcri=.i. Cwf11""' t Jtfff(ICtvrl11, Sio V:ndo, EJ.ltor.i
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a rcllc.xlo acclla o nsco da andttertninaç-lo ~u~ a fa1 n.•M:cr. sort5. m1i in,,1rumcn10 e b~nddra cb cxpcrii'ncM e d:. csrcr~n('.:t
quando a reOcxlo acc1b o r~ de nio cnnt.u com ~a11n1~, dos oprimjdoJ
prbias e u1criorc1 à própria exptritocil e :i Pl'ltvi,, rdlt•lk• Eu.a • ~ta df jus1iça rta.nsfornadora que h.i dt k.r m:.iJ
que a traba.lba..u . um vdailo de anúl,pm du maiorias 1iknciW., da est1110U·
A idáa de jlrn..ça tr&Mfarmadon s..> p>(kr.a 'C'f lruh• Jc ~ de princlpios qw ~ de .., alanocas de u.ns1~
\lm Dbet c:rilJC'O, dt um gbet qut St opõ.:- • • 'unhecnut.-ht $0Ciltt._ ~ t pobticu no sentido do c:aaunb:ar hw6rtco
ÍASIJtuido. de um wbct histótic:D qut Upttl)( a~ ,._.s~..U..._
que é precâno e prova1Óft0 pais. lrulO da rcJlcüu "'tbfc a r •rr·
ntnaa obscura v:ivida, que se toma o alvo tk um l'hlll."tW.• ~
ddvclaracnto t datifaçâo.
Ess41 visio 1r.a.nsformadora cio cstf ma" l"r'f1..1IJ.,J.;1 cn1
uma b1crarqut.t, cm uma organiuçio disslmul..dtua d;u t:k1m1· A JUSTIÇA FORMAL E NÃO-FORMAL
na\-llH, mJS 1e.m como fulcro a tspcnnç:a lk t:L1rih..-JÇ.M,, \fUt.
u s11ber Pfõporciona, enquinto ilumin.ado.r d:l <,.rcucn~1' tu,.
1oniMmcn1e 111uada.
Dei.se modo, a conccpçio de jus1\ça que i:rt1(l l/.C n.:.o ~· r ·• A vis5o formal d:i justiça esconde uma cegueira: nlo 1c
m;us horm6nlca, pois imersa nn conttadi~ 11.11• 1-.:f.i 111..11• cnicrgit 11 evidente: domina~o. a eruci:aJ oprelSâo que u iofo-
cqU1d1s11n1c porque compromt'lida. não scni °'ª'' t~,:111 m;nlur.i Hturam a panir da ptófria produção e distribuição de riquct1s.
Em nnme da 1u1clo de um.i liberdade dos poderosos. de uma
Uc uma ordem. mat con1cstador1. Em sum:i, ~ Iº'''"''ª i:1ncr
gcnt~ de uma rcOellio M>bre o d(5tquilibrto. iobrt• a ~1unun:u;:"1 hvre c:onconéncul monopolis1a, de um bc-111 comum de panJcUID:·
fb, CKunde-~ a arandt dominaçào que m.arg.inaUza u maiOtll
Em ttl'n\O! rruus coocrc.t05. o que sig.nifk·~u 1.;1 um;, t'~1u
4.-Cp(io de ft.i.W.iç.. qtJe: w cnc:111mlttha.ria neuc ..cmW.. l~w u1,1· ''l.m;aio.Jon. dos homens. Em nome dessa liberdade 1ndividu2I
l;tbnr;m.se armas dulruidoras que poderio aniquilar a bwna·
ctpçlo devt.na ts.tar untrsa no inuodo. Nio m.t.1'1. uni mui~
d;i ordem e cb b11r.rarquia. mas um mundo onde :. Uoa'Un>('441
e: as cootred~ c:stlo prntatt:s: como marcas n.iJau. >-..-1
R.-.~.,. j• deu O<dtm pua a la~ de bombu do
• JW-.ra bombo qu< lllduz, cm SUi euénáa, 01 \'IJorn cio
...,lt..,.,
niJ*. A softWcaçlo aulita.r é 1io grande qoc o prts.den1r
-as.
pria n.al'urcza c.b ordem posta. Palll uns a justiça é conigir,
para outros~ implanw. No !ando, pcrccMIDOS que o coollito politíco, a nlvcl de mobilização. Nlio devemos contondir os
b6síco está <tlll< uma justiça dita ctana mas q~ rcspolda as dnamos retóricos que podem aistir na 11111 pol&ic:a com m
modiljcaçõa; lúsl6ricas por causa dessa própria CW'Dídadc que
priodpios reais que cstJo subjacentes às aç6cs
En<aracdo-sc • jwtiça deste modo, olio podemos puúr
!lida oa tlldo qu<r dizu, e "'""' jmtiça que se cté <o;cadada daqlnlo que a doutriu clúsica cbama de justiça comutativa,
pelo camiDhar da WDpo<alldade, pela contnodiçlo que ~ o pano chegarmos 1 uma justiça cenl ou social. Temos de estar
caminhar da história. Loso, nio existe, para tal e:nlcodimento, atentos para a obscrvaclo das estruturas sociais em sua gJoba·
um princípio fixo e. c1cmo, mas existe a opç.Ao ~dca segundo liAt1'1l'I '"'"•u•-.
l'lt'll\f,.,.,.lr,iw... • .... "''"" ..t•••-:,..,.,.A_ t-'-~
l1111>0rtan1e é uuer l lu: u idãu dt juttiça que 1< vto
perfazendo no d=ncr da binóda por meio da eompançlo de
virias estruturas sociais, polí19c1s e eeon6micas, sob divcnos sidir c:ss:i rclaçllo. Será um 1crceiro, :1rau10 ou rcprcsen1an1e
i ngulos, nlo csquttcndo que existe um• opçlo ~lia fundante d:i ju.s1iça, que vai, analisando a relação. cs1abele~er o critério
dessa obscn-1çlo: o ~mpromiuo com os oprimidos. com os de igualdade que a prcsjdiria. Eua visão ~ bem típica do'i
pobres, eom 1 antítese do processo dialttlco, boje traduzida rom:u105. ma.reada por uma conolaçlo juridica de entendimento
pela du.. social denominldl prolewúdo. do mundo. Efetivamente. a •justiça.. coquanco entendida
• urpnWç5o judicial de dado Eslado l que dari a cada m
COE
Auim. o jus10 é o melhor pari os bp«imidoo. é a proan
de condi('6fs que dclcrmincm o avançoÍda luta pela conquista o que é seu. Ade.mais.. mesmo que auim nio seja cotcndi ,
do poder pelo proletariado, constituindo-se tlm~m oo mtlhC'lr scrd:. ordem cósmica, Deus ou:. razão que vai lndiar o aitirio
para a manutr:nçio do poder pelos trabalhadores, quando eles o de: it:u:ildadc a kr seguido. As partes têm de obedecer esses
conquistarem. • imrc: r~1 ivos de justjça. se quiserem s.cr justas. Vt·se que o con··
A justtça dos oprrnom opera ~ concei1os qoe. em rti10 dt i~u1Jdade, pela an,Usc (cita., é tripol:u, apresenta ttb
última 1-41.... nl<h siinifam ou tudo poderio lipifK21. Po- p h tw.-m disun1os. doi.s que p.an~m dt cbda relação e om
demos mesmo d tur que a sobrcvivênd• de an·os conai101, qu<. dei• nAo partióp•ndo, impck critérios pani J<U dcslind<
anti~ de ju~ct(-a der1tro das les;islaçõcs c.ontcmporl ne.,s se deve 1u~10. IMn f3z lembr;ir a velha dcfiniç5o de rcla~o prOCC$S\laJ
a ts$a ct1r1c1crrs1ica. Assim, o conceilo de justiça procura d11r dn'\ romanot, que a enc:iravam como acwm trium perlónorum,
c-m:lihilid~dc a cena ordem social, procura Jec:ltimar 1.lgum lipo um alu Jc 1rê1 pessoas, onde duas eram intereMadas e uma
de (10dn formal oo real. pois as expressões pelas quai. essa l'C.4Uitli~an 1 e : credor. devedor e juli.
justi(01 apatttt. têm uma Mbttu intrínseca. 1hn uma aatorida· J·-IC'a 1ambém claro pan nós que. por dttrú dessa concct.
de. 1r.1dutem uma possí~I dipidadt. Como falar mal da IU:l\":'tn. C"<tá um e;n1endimtnl0 do mundo COfnO' uma ordem
i~aJdJde? Como alacar ••o seu de cada um"'? Como indispor· prct"$1:ahclttrda. tmrmônka e in1rin.secamcnte ju:sta que pode ser
$C con1ra 1 "arte do bemº? Como rctruear contra a afirmacio 1urb:1tla f'C!ll lnjus1iç•1 que t conduta desordeira. Esse pcn$1·
de que OS p1C10S de\jem ser respeitados? sêria loucun um poder mcnto ê de GJ'llnde imponância atual já que 1 burguesia, mercê
qu.itlqucr arinnv que rejeita essas afirmaçõts. Mas. por OUlrO de su:a busca de scgunnça, um de seus valores basilares, f:lt
l•do. é prtti.o que esse poder redefina. de •eordo com seus ~ ~J:Ur1n(1; sinónimo de ordem. isto é. tudo que garanta
iruermes. qual é "o seu dt cada wn", q""I é o ideal de bem a .<quranço da buriuesá é ordeiro, t justo, <nquan10 qoc: 1udo
dC$Cjado e quais as normas m&iorcs que devem atar por dttrjs 11quiki que rira a segurança burcutsa é injusto ou, como ainda
dos pae1os para que ele$ sc;am respeitados. ('tá n:i moda. subversivo. Assim. justiça se 1oma sinónimo de
O concei10 de igualdade implicado com a idéia de justiça. 1trdc:m e, o que é m;ais ·gruve, de scguranç:a no.c:ional, entendida
t abstt'"1LO e quantitativo, i' que poderíamos diz.cr que iguald1dt 1111 (Aprt'!..do como um conjunto de medidas colclivas para asse·
é tqíiivalfocü de quantidades. &se conoei•o api<SSO. por JUr.ir • CC>n1inuidade de um poder burguês, a est1bilidadt das
uemplo, na definição dt S.nlo Tomh de Aquino: "Dar a cada ln~i1uiçt'\c$ burpaas e todls as mcdkia.s pua manter .a reno
um o que f KU... "'JUndo um1 ipald.ade".. aW:m de se dcsdohra: • • f"I!" «s1 "harmonia" ..sào-ccoo6mica..
cm duas c-.a1cgori.as, a dc i~uald.adc absoluta e a de igualdade rc· Se harm6nko é o Uniwno, harmõnia:s tambim as rei•·
l:itiv.a, arat uma questão aind1 mais sé-ria para renetirmos: sua çt'~ entre 01 homens. As dcsarmoolas s!o quebr.11 de um
1ripolaridadc. O que significa i1so1 Se tomarmos a deCioiçlo Univc:rw já pronto. Mas a obsc.rvação do social romece· nos
anterior, o'bscn•arcmos que a oraçlo é abena com "dar a cada ronclusfK'S diferc.ntes. A sociedade não 6 harmónica. Em run·
um. - ..., o que quer diur o squi1111e: eristem pelo menos du.u ç5n da aec:euidade dt sobrmvfnci1 e da divido do 1nbalho.
pessoas oo panes, numa rtlaçjo tal qu• uma ddas deft alao n. grupos foram se engendrando de forma tal ~ uns começa·
à outra, suscitando net1a o direito de exigir a prtttaçio. Mas. ram a q uliliz.ar de ouuos, ~findo um.a rc:l1ç:lo, seja de supe..
eomo esd. daro, não foi nem a pane dcvcdora nem a parte rioridadc ou inferioridade hierirquial~ seja de C.lploraçâo sob
25 eredoni qu<m estabele«u o critério de igualdadt que deve pre- o pon10 de vista cconõmico. A11im, na medida em que as
eia ou. por via d: conG1to, se Instauram tta certos EstadOS.
socitd:t<Sc:s se comple11ficam, malor ~ a opOSJç!o entre cues Esses pri::cfpios oAo cué.o painodo acim3 da sociedade, cltt
pupos. qu., ji a ctno momen10 da hiSl6ria, se 1omam dwcs se c.Aprcuam ria rdt(lo contndhória õe WD e.ruço social com
somis., V1ftndo, a superior h CUSIU, e por ..... da inlenot. C<Jtro. Alllm, pana se •=leod<r ~>liça, oJo pod<mos DOS prcn·
Logo, pc.ttb..Se que 0$ ÍDltl<S$d dessas classa ÂO COOflll .... dc:r a u.ma ~ia tripolar de r,u1ld1de,. mas 1 wna c:oo«pdo
te" como ~nRitantc ~ 1 explonlçto de uma pela outn. Não bipolar do rtconhcci.mc.oto.
c.xJsce ho.nJ.tvOia, m11, a cada passo. ~ m1nlrcs1ação df: Jutas Dizemos que cm ídéia de jusdça é bípolor porque a <ris·
e coo1radições que se coostitucm no p<óprio -or da história. 1afüaçio dos in1ereHt1 e dos ldc>ls de melhor dos grupos saem
Assim, a ••sra i a dcsannonia. o coam10.. a luta. a ~ t!< é~les intfmos cm seu COCISl>Dle -oito, por via du lwu dos
inrcrcucs. E. mais, os opressores vivem dCH oprimidos e estC'\ oprimld<Js que vio aeooleccndo •• bisl6ria. AJslm. ccmo< uma
só 1crão uu lug1r aa hiSlóri.a quando derrubarem os opressores. ju.süç:1 d.) opressor e outra do oprimido.
Oianre do uposio, n5o h' que se falar c:m iaualdade :i.bsu111. Ec:e conflito oriundo d:t. dominação do um:i ch1.sse pd:i
•m ttlaçto presidida por uma lwinonia ptUXJ1WllC ou por um · O'.rua pode ser vi5lO sob uma Gp1jca do domiAador vu do do--
tcrairo dcsuue:msado, pois n:So exWtm dainttttnados onle Clinad~. Aqui, como <Ri cbro, p:ocnnmos ali;uma sist<ma-
mundo. Todos, por pencncen:m a dete:rminadas classes sociais, ti:aç!o sol> o in111lo do tlomlnat!:>, o que silaifia buxu us
defendem s.c:us interesses de dtsse, por meio de suas pt:iuas e c:nlfclínhot da história a dircç!o que os çrincfpios do proleL>·
por via de seu coo.t.ecimenlo. Alsim, essa dimensio 1ripolar ri3:do vlo tomando, ou scj3, o r.i:lbor para 1.1 rcJ:.ções econ~
do ígu>ld>de e d> juStlç.. coi por cerra. ji que do os JNP"' au.cas, poUticas e sociais sob o 1n,u1o dos dorii.o!.l». e quais
r-m conn110 que: v1o op:Tlr com 't'l.k>ta deitjávds., com a\lt.ndf.. as C'Oft'apondâicias dctsc cnteudlmnito. a OÍ\'t:I iadividu1l
mcn1os do que s.cja. o melhor~"' a sociedade e para cada um . Esse melhor pode ser Ulldt•,ído pela pal~vni rca:nh<dmcn-
Jos p~ninafares., normalizando 10.m~m os modos ju11os e ln· to. Pt'C>C\lra.•se a possibilid;ide <!e os homens nlo mJ.i:s se e.i·pro..
jusros de se atinafr o que é dcscj,vcl Não existe ccrcâro wcm e poderem, se reconbc«r cm suas apecidadcs e ncccui·
ºª""'· só e•iste """' id& de jwúça qu< se ..i ICCfuneaWldo cbdcs. luo nio sJ1nilica. eqo.ivalbcia qua11tita1iv~. ola si1ui·
n> hiMória e qu< csci a IOJ\'Í9> de um.a d>da O<d<m po<U. e l1ca lJlllltlade abstnu, mas o rtCODb<àme,;10 da divmidack
ou1r> í~í• de jtwíça que está a ,.mço da conteStaçto., da "'"exploração. e
me o fio cood•tor q•• DO<t<Í• .. lut>S tios
mutfan(:a. Mais sjmplcsmcnte, existe uma jusdç:a do oprHSOr oyrimldos. Por ouuo Jado, ase rc:coabecimen10 nlo est' aqut,
e ou1ra do oprim.ido. O problc-m1 de eqü.ivatlncia de qu.anti· de l pouco pr11it•do uo •MI es1Agio da bist6ria. Ele 0114 se
dada deve 1« ckútado pana a matemilica. que olo é cXncla, implanr&ndo por meio das lutas t dos coonilOS entre doarintnlH
por n;lo ler objeto, mas é línpq.,,, uionwizadcn de l1ldo e doaunados. A coouadiçio e a sopcraçlo da contndlçio
e de: nacb. laztm a blst6ria cammhat pata o lt<Otlh<eimento., pana • •llW>·
!':Ira se 1er uma ldéía realista daquilo que ehamtroos J11s- t..'ia da domioaçio. E a o6s cabe a pesada opçlo de escolhermos
IÍ\'2. é preebo, como loi dilo, panlr do pressupogo 1<g11odo o nosso lado, pois um cntcndi:a.tc.a10 como este alo admite ncu-
~ual :u <lflln cscão cm conRito, ji que ttividídu cm opr<SJO<a
tnlldade, porque tsU l uma opçlo pelo opreso«, wim como
e orrlmid.a, cm dominancc e. dominada.. Tambim devemos lodo ttntritr& l de dltdta.
considerar que a hisiória caminha por via do adm:unenco e
dtslínde desses conllí1os. Além dluo, não podemos csqu<CCr
1.ambêm ql;ic: os opressora sio u minorias. enq1.1111to os opri·
rnido$: '-"Omlinaem a maioria.
Vis:ro 1.uo, podemos propor um pon10 para nos.sa refltxlo:
a ;ustic;2 dos oprimidos ~ obsc:rvada no decorrer da história pela
v<rilioç~o de suas p"llcat, pelo resul12do do suas luiu que
se rio, • cada passo, autaliaodo como princlpios de cooYMn·
28
27
O presente luto f8i extraído
do lima
O QUE E
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1'
JUSTIÇA
ll
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OQUl•: I·:
JUSl'IV\
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