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MATERIAIS POLIMÉRICOS
Ilhéus - BA
Novembro – 2007
PROGRAMA DE AULA
1. Histórico
2. Átomos Constituintes
3. Molécula Polimérica
4. Morfologia dos Polímeros
5. Estruturas Poliméricas
6. Copolímeros
7. Cristalinidade de Polímeros
8. Reações de Polimerização
9. Comportamento Mecânico e Termomecânico
9.1 Tensão x deformação
9.2 Temperatura na Tensão x Deformação
9.3 Cristalinidade na Tensão x Deformação
10. Temperatura de Transição Vítrea e Temperatura de Fusão
11. Fadiga
12. Classificação dos Polímeros
12.1 Termoplásticos
12.2 Termorrígidos
12.3 Elastômeros
12.4 Fibras
13. Aplicação de Polímeros
13.1 Filmes
13.2 Espumas
13.3 Adesivos
14. Processamento
1. HISTÓRICO
POLÍMEROS SINTÉTICOS
1839 Polimerização do estireno ~[CH2-CH2-(C6H5)]~
1860 Preparação do poli(etileno glicol) ~[CH(OH)-CH(OH)]~
1879 Polimerização do isopreno ~[CH2-(CH3)=CHCH2]~
1880 Polimerização do ácido ~[CH2-CMeCOO]~
metacrílico
CIÊNCIA DE POLÍMEROS
1832 Polímeros compostos de PM múltiplos em Berzelieus
contraposição a isômero
1920 Aceitação da existência de macromoléculas Staudinger
2. ÁTOMOS CONSTITUINTES
3. MOLÉCULAS POLIMÉRICAS
características morfológicas:
amorfo:
* total falta de ordem das moléculas do polímero
* característicos de todos os polímeros acima de sua temperatura de fusão
cristalino:
* ordenamento e alinhamento da estrutura cristalina
* regularidade estrutural, com ou sem ramificação;
* grupos polares com fortes interações dipolo-dipolo
1. Lineares:
* meros ligados do início até o final da cadeia de forma linear
* cadeias muito flexíveis
* entre as cadeias lineares prevalecem forças do tipo van der Waals
2. Ramificados:
* presença de ramificações ligadas à cadeia principal
* as ramificações resultam de reações paralelas que ocorrem durante a síntese do
polímero
* resultam em polímeros de baixa densidade
3. Ligações cruzadas:
* cadeias adjacentes ligadas uma a outra por ligações covalentes
* deve-se a reações que ocorrem durante a síntese polimérica ou a reações irreversíveis,
sob altas temperaturas, após a polimerização (ex.: vulcanização)
4. Reticulados:
* obtida a partir de monômeros trifuncionais
* forma uma rede tridimensional
* propriedades mecânicas e térmicas distintas
6. COPOLÍMEROS
Tipos de copolímeros:
* Alternado: as unidades monoméricas encontram-se regularmente alternadas ao longo
da cadeia polimérica;
* Aleatório: as unidades monoméricas estão dispersas de forma aleatória ao longo na
cadeia;
* Em bloco: meros idênticos estão ligados formando blocos que por sua estão ligados a
outro bloco constituído de outros meros idênticos entre si;
* Graftizado / Enxertado: meros idênticos estão ligados entre si formando uma cadeia
principal tal como no caso de homopolímeros; entretanto a esta cadeia encontram-se
ligadas outras cadeias, como se fossem ramificações, construídas de outros meros
idênticos entre si, mas diferentes daqueles que deram origem à cadeia principal.
7. CRISTALINIDADE DE POLÍMEROS
8. REAÇÕES DE POLIMERIZAÇÃO
ADIÇÃO:
consiste em um processo no qual unidades monoméricas bifuncionais são
atacadas e reagem de modo a formar uma macromolécula linear;
a composição do produto restante é um múltiplo exato da unidade
monomérica original;
Consistem nas etapas ( exemplo para o caso do PE):
ou
uma das informações mais importantes fornecida por este tipo de ensaio é o
limite do material em termos de resistência mecânica, limite este que nem
sempre será a tensão de ruptura;
Conforme verificado na figura abaixo, há basicamente três tipos de curvas
para polímeros no ensaio tensão x deformação:
Uma idéia errada, porém muito difundida, é que os polímeros são materiais que
possuem baixa resistência mecânica. Levando-se em consideração seu peso específico,
os polímeros são materiais que possuem boa resistência à tensão, conforme ode ser visto
na tabela a seguir:
processo que ocorre com polímeros que rompem sob condição de carga cíclica;
ocorre com níveis de tensão abaixo da tensão aplicada;
alguns polímeros apresentam fadiga limite que independe do número de ciclos
aplicados;
comportamento apresentado é dos mais variados para diferentes polímeros.
12.1 TERMOPLÁSTICOS:
grau moderado a alto de cristalinidade
ampla faixa de Tm e Tg
moderado a alto módulo
resistência e elongação
baixas densidades
grande escala de produção
facilidade de processamento
baixas temperaturas de processamento
boa fluência do material fundido
grande variedade de polímeros e de propriedades
permite o uso de cargas e reforços
baixos custos
Exemplos de polímeros termoplásticos:
12.2 TERMORRÍGIDOS
alta resistência à deformação
alto módulo e baixa elongação
amorfos com cadeias muito rígidas
extensivo número de ligações cruzadas
permite o uso de cargas e reforços
permite a fabricação de peças de grande porte
necessita de cura
Epoxis
Poliésteres Poliésters insaturados
Acrílicos
Poliuretanos
Resinas Formaldeídicas Resina fenol-formaldeído
Resina uréia-formaldeído
Resina melamina-formaldeído
Termofixos de alta performance Politriazinas
Bismaleimidas (BMI)
Poli (p-xileno)
12.3 ELASTÔMEROS
- polímeros amorfos com baixos valores de Tg: forças secundárias fracas e alta
mobilidade
utilizados em T>Tg
- deslizamentos de segmentos de moléculas e não umas sobre as outras
- deformação reversível de 500 a 1000% com baixo grau de reticulação
- deformação plástica utilizada através da vulcanização
- matéria-prima: látex
- elongação muito grande e reversível a baixas tensões (baixo módulo)
- alta mobilidade das cadeias: amorfo com Tg baixa = forças secundárias relativamente
fracas
- a altas elongações pode cristalizar
- Tm das regiões cristalinas deve ser inferior a T de uso
- mistura dos aditivos
- determinação do tempo de cura
- conformação
- cura
- permite o uso de cargas e reforços
12.4. FIBRAS
alta resistência a deformação
alto módulo e resistência
altamente cristalino
cadeias polares com forças secundárias fortes
estiramento mecânico utilizado para aumentar a cristalinidade da fibra
resistência à abrasão e a ruptura
presença de módulo inicial ( resistência ao estiramento)
tenacidade (tração: 1 a 10 denier = m/9000m)
extensibilidade de 2 a 50% ( 20 a 200 denier)
PM relativamente alto
Cadeia simétrica com presença de emaranhamentos
Tg e Tm adequados
exemplos: fibras Kevlar, de carbono, têxteis (poliéster, nylon)
aplicação: indústria têxtil
No gráfico acima observa-se a variação do % de elongação com a tensão
aplicada sobre a fibra Kevlar em função de sua preparação.
13.1 FILMES
pequena espessura (0,025 e 0,125 nm)
baixa densidade
alta flexibilidade
resistência ao rasgo
resistência a umidade e ao ataque químicos
baixa permeabilidade a gases (especialmente vapor d’água
exemplos: PE, PP, celofane, acetato de celulose...
aplicação: embalagens de alimentos, produtos têxteis...
13.2. ESPUMAS
13.3. ADESIVOS
14. PROCESSAMENTO
TERMOPLÁSTICOS
extrusão
injeção
prensagem
calandragem
soldagem / colagem
usinagem
TERMORRÍGIDOS
hard layup
filament winding
prensagem
pultrusão
colagem
usinagem
ELASTÔMEROS
prensagem
extrusão
injeção
calandragem
colagem
ELASTÔMEROS:
* mistura de aditivos, cargas e reforços
* processamento difícil
* cura com calor
EXTRUSÃO: processo no qual um material é fundido, homogeneizado, forçado a escoar
de modo contínuo através de uma fenda restrita que molda o material para produzir
determinado perfil desejado
A extrusão permite o processamento de polímeros puros ou com aditivos do tipo
termoplástico, termoestável ou elastômero.
O equipamento utilizado é uma extrusora que pode ser dividida em três partes:
1. Acionamento: motor + redutor
2. Plastificação: aquecimento e refrigeração + parafuso de plastificação + cilindro
de plastificação.
3. Conformação: é a matriz onde o polímero recebe a forma que se deseja.
Os produtos que podem ser obtidos são: mangueiras, tubos, chapas, calhas, perfis,
filmes, garrafas, monofilamentos, fibras, isolamento de cabos elétricos, plastificação de
tecidos .
CONFORMAÇÃO:
4. Usinagem: é feita com torno e deve ser realizada usando ferramentas especiais, com
ângulo de corte apropriado e velocidades tabeladas.