CURSO DE PSICOLOGIA Rua Rio de Contas, 58, Quadra 17, Lote 58, Candeias
Projeto Integrado de Trabalho – PIT VI
Docente: Paulo Coelho Castelo Branco Discente: Thainá Sousa Campos
A atual conjuntura sociopolítica e econômica do país reflete instantaneamente no campo
de formação profissional dentro e fora do âmbito acadêmico. As características da população a quem eram voltados os tratamentos e acompanhamentos psicológicos antigamente (perfil elitista) se dissolveram e culminaram em um perfil com cada vez mais diferenças, tanto econômica quanto social. Esse acesso aos serviços do psicólogo ou estudante de psicologia se facilitou a partir das exigências do mercado de trabalho e do consequente direcionamento e necessidade de especialização e profissionalização através da prática dentro do ambiente universitário, resultando nos atendimentos à população em serviços de psicologia, inserção em equipes de PSF (Postos de Saúde da Família) e NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Família). O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais especialização de quem tenta se inserir nele. Em Vitória da Conquista não é diferente, porém, em minha opinião, não oferece mercado de trabalho e especialização para quem quer atuar com Neuropsicologia como é o meu caso. Surge então, a necessidade de sair daqui para procurar especialização e inserção no mercado em outros lugares. Talvez se conseguir particularizar minha formação, haja a possibilidade de voltar a morar aqui e inserir um novo campo de trabalho, já que a área de Neuropsicologia ainda é bastante inacessível na região. Discutindo no contexto geral, o aluno de psicologia tem uma demanda extrema em conhecimento prático, além do teórico – tão enfatizado e cobrado dentro da universidade. O contato com a prática faz com que o estudante se adapte ao modelo de atendimento que lhe for mais satisfatório como profissional, embora a universidade, querendo ou não, crie e direcione um perfil de atendimento (enfoque clínico) onde o mesmo “tem que está inserido”, enquanto existem estudantes que não se identificam nem com a área clínica, nem com a área organizacional e quando há o momento de escolher entre qual área estagiar (lá pelo sétimo, oitavo semestre do curso), acabam por escolher talvez a área que mais tenha a ver com o que queira, quando há a oferta de estágio em pelo menos duas áreas. Forma-se então, profissionais que tenham um pouco de especialização em uma área em que não se identificam, dentro de um mercado de trabalho onde a oferta de trabalho é inversamente proporcional ao número de profissionais querendo ingressar, e onde há cada vez mais a necessidade de especialização e dedicação.