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As dificuldades e problemática dos contratos internacionais e o

enquadramento normativo:
Quando falamos de CI normalmente estamos a falar de contratos de comércio,
mas não necessariamente, podemos tratar de um CI civil, que nem as partes e
nem o objeto sejam comerciantes, ou atos de comércio.
A característica essencial elementar e que sem ela não aplicamos esta figura, é
o facto de os contratos serem de alguma maneira pontos de ligação com
ordens jurídicas distintas.
Art. 14º e seguintes - normas de conflitos de lei, destinam-se a regular as
questões civis aplicáveis a estrangeiros, a pessoas que não tem identidade ou
residência nacional, que se designam por conflitos de normas.
Por exemplo, se A está casado com B, espanhol, reside em França, trabalha
na Bélgica e morre na Suíça, este facto tem diversas conexões com vários
ordenamentos jurídicos, e é para isso que serve o DIP, e pode acontecer que
essas ordens jurídicas queiram se aplicar a este facto ou pode acontecer que
em virtude dessa regras todas nenhuma se queiram aplicar ao facto, e estamos
perante conflito negativo.
O problema no DIP é aplicação das leis no espaço. Já nos CI comerciais no
âmbito do comércio, o DIP dá soluções perigosas, dá soluções desadequadas,
ou seja, os CI no comercio internacional, tem uma característica que tem de ser
algo que funciona muito rapidamente, o interesse do comercio determina que
tudo se passa muito depressa, e tem de haver previsibilidade, segurança e
certeza. E a segurança e certeza não é o verdadeiro aparas-mo, em situações
de relações miricas civis, sucessórias, reais, etc, não tem boa aplicação nos CI
porque gera incertezas e os comercias não tem vontade de aplicar e discutir,
se é esse contrato que se aplica ou o outro.
No Comercio internacional se houver um litígio ou uma questão, a resposta
está ali, e é comum a ambas as partes, a ambas sabem que é aquela resposta,
e nenhuma das partes vai andar a discutir. Desde há muito tempo que os
comerciantes ou mercadores criaram regras que se aplicam às suas relações,
que são especificamente e caratizadamente aplicáveis à sua relação dos
contratos de comercio, que se chama lex mercatória, é uma espécie de ordem
jurídica que tem uma base no costume e é distinta desagrada dos sistemas
jurídicos nacionais, e é adequada á resolução dos conflitos do âmbito do
comercio internacional, é um autorregulação dos agentes do comercio
internacional, é uma regulamentação criada pelos próprios agentes, tendo por
base regras de costume, práticas contratuais recorrentes, modelos de
clausulas, e certas regras que são criadas por instituições dedicadas a este
tema. É uma lei que não tem uma imanência, uma raiz estadual, é uma lei dos
mercadores, dos comerciantes, não é uma lei do estado aplicável aos
comerciantes.
Dificilmente a regulação dos CI tem uma fonte, origem estadual; normalmente
os Ci tem uma finte lex mercatória, significa que, os instrumentos jurídicos que
decorrem da lex mercatória não são instrumentos jurídicos consagrados por
ordens jurídicas nacionais, são aquilo a que se chama soft law, lei suave, por
oposição a hard law, a lei estadual, a que estamos habituados a lidar, como o
cc, o Código comercial, etc. Soft law, não são aprovados na assembleia da
república, são criadas pelos próprios comerciantes, é uma lei que em certa
medida pode ser colocada e causa.
Então porque é que os Estados não se juntam e não fazem uma lex mercatori,
e que seja comum a todo o comércio internacional, e que depois os Estados
adaptaram? Os estados não fazem porque não é fácil. Mas há tentativas.
Instrumentos:
(sacar convenção) Convenção das nações unidas sobre os contratos de
compra e venda internacional de mercadorias - www. Onecitral.org – foi
aprovada em abril de 1980 num órgão diplomático das nações unidas, que se
chama comissão das nações unidas para o direito do comercio internacional
CNUDCI ou , entrou em vigor a 1 de janeiro de 1980, a convenção é hard law,
porque os estados, os subscritores da convenção e ratifiquem passam a ser
direito interno, como é o cc, o código comercial, o CSC.
Com esta convenção visa o regime jurídico unificado e atual destinado a
regular o contrato de c-v de mercadorias. Portanto o que se pretende é ter o tal
regime uniformizado, aplicado a todos, de forma a aumentar a certeza das
partes nas tricas e, portanto, suprimir incertezas jurídicas relativamente a esses
contratos. Notem que a convenção de Viena, é hard law, mas no seu art. 6º diz
que as partes podem convencionar a exclusão ou os artigos tais e tai não se
aplicam e aplicam-se sim outras regras. Na verdade, é a primeira vez onde os
estados conseguem passar um documento uniformizadora de contratos
internacionais.
Convenção de Viena aplica-se a muitos Estados, onde Portugal está inserido,
mas ainda não ratificou a convenção.
Há outras figuras mais soft law:
- Figura dos princípios unidruit, são um conjunto de princípios que foram
elaborados por um instituto internacional, é autónoma ainda que nela
participem diversos países, sediada em Roma onde possui muitos documentos,
procura estudar as necessidades emitidos para harmonização do direito
privado dos diversos Estados, e com base nisto em 1984 lança a primeira
versão, e depois tem vindo a atualizar estes princípios, e hoje é a versão de
2016. O instituto UNIDRUIT procura regular contratos de comércio
internacional e quando as partes o decidem fazê-lo, mediante a sua vontade
expressa ou tácita. Os princípios UNIDRUIT tem uma finalidade, pretende-se
inspirar os legisladores locais nas diversas soluções de direito, sendo sempre
de aplicação voluntária. O legislador procura nas soluções que apresenta
passar por cima das soluções dos diversos Estados, soluções que não
signifiquem a adoção de um ordenamento jurídico em detrimento do outro,
como no Direito Alemão a aquisição faz-se pelo modulo, no Direito português é
pelo titulo, estas divergências com este instituto tenta passar por cima disto e
encontrar soluções, e fazer partes entre as várias ordens jurídicas.
Os princípios aplicam-se aos CI e tem uma natureza universal.
- Projeto do código Europeu dos contratos (PEDEC) – elaborado no âmbito
da União Europeia, são para os países da EU, e tem um longo trabalho
acumulado, saiu em 1982, em 1990 são revistos, assim como em 2003. São
uma tentativa de fazer um código europeu dos contratos que, substitui-se as
leis locais, de forma a criar nos agentes do Comércio Internacional uma
segurança uniformidade, que estivessem tranquilos que vou aplicar as regras
deste código e sei que também o são em outras ordens, mas é um projeto que
nunca passou para regulamento ou diretiva, é mais um conjunto de normas que
as partes podem chamar a aplicar-se se assim quiserem e remeter
expressamente ou tacitamente.
Estas figuras são lex mercatori e soft law.
Para além disso, há outras fontes de soft law:
(sacar) Regras estabelecidas pela camara do comércio internacional (CCI),
é uma organização de empresários, que começou no seculo passado, por
haver uma necessidade de as partes organizarem e remedirem os seus
conflitos, não havia grande vontade em sujeitar os seus conflitos à arbitragem,
aos tribunais comuns, houve desde cedo vontade de encontrar soluções
rápidas e eficiente para os problemas.
Começando a criar um conjunto de regras de arbitragem criando um tribunal
arbitral, mas discutir as partes os seus diferendos, depois criaram regras
uniformizadoras dos créditos documentados, criando os INCOTERMS, que são
terminologia uniformizada composta por 3 letras, que regula ou que traduz os
aspetos essenciais de uma transação internacional, quanto à entrega, quanto
ao risco, pagamento, transporte.
Uma organização verdadeiramente particular, hoje em dia está em todo o
mundo, e é o líder de mercado, em termos de arbitragens.
Outra, é mais especializada, que se chama FIDIC - contratos dos consultores e
engenheiros, essencialmente focada na engenharia, arquitetura, e construção,
nos trabalhos, nos contratos, que englobam. Onde tem os contratos de
standard de construção, de desenho. Apresenta uma estrutura contratual
igualizada.
Hoje em dia na construção internacional a FIDIC é fonte de contrato
internacional.
Clausula de força maior

Tem reflexo no nosso direito. Art.º 790.º CCiv quando há uma situação de
impossibilidade objetiva o devedor fica exonerado do cumprimento das
obrigações. Tem por objetivo situações de impossibilidade de cumprimento e
diz respeito a casos de força maior (factos que estão para la da capacidade do
devedor cumprir e são inevitáveis) ou casos furtuitos (facto seria evitável se
fosse previsto). 792.º e 793.º estão ligados à impossibilidade objetiva.

No cumprimento da obrigação a dificuldade acrescida não é uma


impossibilidade, quando para o devedor a execução da prestação se torna
mais difícil ou porque tem de correr uma distância maior ou porque fica mais
caro, dificultas prestandi não é relevante para a nossa ordem jurídica pois faz
parte do risco do devedor.

Na clausula de força maior o cumprimento da prestação torna-se mesmo


impossível ou de forma definitiva e aqui exonera definitivamente o devedor ou
temporária que exonera temporariamente o devedor.

A figura da força maior origina no direito francês no código napoleónico onde o


devedor só se exonera da obrigação se provar que tem um motivo de força
maior. Também existe no direito anglo-saxónico onde os motivos de força
maior são os atos praticados por deus e que ultrapassam a capacidade
humana de os evitar.

Nos dias em que estamos a viver estamos perante um motivo de força maior
que é esta epidemia que tem bloqueado a economia e tem provocado que os
países emitam ordens de confinamento, estado de emergência, bloqueios de
aeroportos e com isto é impossível que o devedor cumpra as suas obrigações.
Os juristas procuram encontrar na força maior algo que permita aos seus
clientes uma situação de suspensão de cumprimento dos seus clientes. Esta
epidemia provoca uma impossibilidade temporária e as pessoas têm invocado
a suspensão das suas obrigações. Os empreiteiros em princípio não podem
invocar a força maior porque no diploma do estado de emergência esta
atividade não esta abrangida pela proibição do estado de emergência. Também
não é possível invocar a clausula de força maior no cumprimento de um
contrato de promessa porque os notários por exemplo continuam a funcionar.
Já na parte dos centros comerciais o encerramento dessas atividades faz com
que estes não estejam sujeitos a nenhuma consequência pelo cumprimento da
obrigação de estar aberta, já a obrigação de pagar a renda ainda não esta
suspensa pois ainda não esta previsto no diploma do estado de emergência.
Esta obrigação mantém-se. Há aqui uma situação desequilibrada pois esses
lojistas não podem desenvolver a sua atividade, mas têm de pagar na mesma a
renda. Os lojistas não podem invocar a força maior para não pagar a renda
pois não esta previsto no estado de emergência.

Esta clausula é comum e habitual nos contratos internacionais.

Ver “modelo de cláusula de força maior”.


Clausula de hard ship

Clausula de endurecimento das prestações.

Aqui o cumprimento é possível mas está afetado por uma situação que o torna
altamente gravoso para a parte que tem que cumprir. Continua a ser possível o
desenvolvimento da atividade, mas há dadas circunstancias que tornam o
cumprimento mais difícil, por exemplo vai ter que se importar não da china mas
de outro pais que tem uma politica alfandegaria apertada.

Todos os países têm a situação de hard ship, mas tratada de forma muito
distinta. Na coman law esta situação chama-se material adverse change, o
direito anglo-saxonico não prevê isto, quem vai ficar agravado vai ter de
cumprir na mesma. No direito francês se houver uma alteração das
circunstâncias que provoca um agravamento das condições de cumprimento só
tem relevância se isso gerar uma impossibilidade. No direito italiano, que nos
seguimos, tem uma regra que consagra a figura da onerosidade excessiva, em
que é possível alterar as condições do contrato.

No sistema português art.º 437.º CCiv no caso de haver uma alteração anormal
e superveniente das circunstancias, a parte lesada pode pedir a resolução do
contrato ou a sua alteração se em resultado dessa alteração das circunstância
fica numa situação em que a sua prestação fique desequilibrada em termos
que atentem contra o principio da boa fé e isso não esteja coberto pelos riscos
do contrato. Em obrigações demos que as situações de dificuldade agravada
de cumprimento, maior onerosidade não tem relevância. Ex.: tenho de ir fazer
uma obra no porto mas a autoestrada está em obras e tenho de ir por outra
estrada que me vai ficar mais caro, mas eu devedor não posso invocar este
facto perante o credor. Mas no art.º 437 CCiv não estamos a falar de dificultas
prestandi, estamos a falar de algo mais grave. Não é possível invocar a
alteração de circunstancias quando se está em mora no contrato art.º 438.º
CCiv.

Esta não é uma clausula natural, é uma clausula que as partes inserem.

Diferença entre Clausula de força maior e Hard Ship:


1. Na clausula de hard ship há possibilidade de cumprir mas há uma
situação de agravamento no cumprimento da prestação, já na clausula
de força maior há uma impossibilidade de cumprimento.
2. A clausula de força maior estabelece um direito de suspender o
cumprimento do contrato ou ate de o resolver, já a clausula de hard ship
gera uma nova obrigação de renegociar o contrato.

Ver documento que diz “clausula de hard ship”

CCI

1. A mera dificultas prestandi não exonera o devedor do cumprimento, vai


ter de cumprir na mesma.
2. Quando uma parte no contrato provar que :
a. A continuação da execução dos seus deveres se tornou
excessivamente oneroso devido a um evento que esteja para la
do seu controlo razoável ou não poderia ser razoavelmente
expectável no momento da conclusão do contrato e não poderia
ser ultrapassado – as partes estão obrigadas dentro do razoável
tempo apos invocar esta clausula de negociar alternativas que
permitam ultrapassar as consequências desse evento. Dever de
discutir, renegociar o contrato.
3. Pode ter direito de resolver.

UNIDROIT

6. A maior onerosidade é irrelevante, continua a ter de cumprir o contrato, salvo


as clausulas de hard ship - existe isso quando a ocorrência de eventos altera o
equilíbrio do contrato pois o valor que uma parte vai receber diminuiu. Não
posso suspender o contrato, há uma obrigação de renegociar se não se
chegara a cordo vai para tribunal que vai decidir. O nº 3 e 4 é parecido com o
nosso sistema.
Hard ship pressupõe excetiva onerosidade, não é dificultas prestandi, hard ship
é um desequilíbrio muito grande. A consequência das clausulas de hard ship é
o dever de renegociar.
Cláusula de exclusão/limitação de responsabilidade civil
A liberdade contratual permite que as partes possam regular os termos e
condições em que uma delas ou ambas seja responsável perante a outra
perante o incumprimento do contrato, permite que as partes possam recorrer e
clausular no contrato diferentes condições em que haverá essa indeminização
seja e situações de mora ou incumprimento.

Finalidade: se eu tenho estipulado no contrato que em caso de dano recebo x,


não vai ter de provar que teve danos emergentes ou lucros cessantes, só vai
ter de provar que houve incumprimento. Dispensa prova, demonstração de
dano.

Há também clausulas penais para situações de mora/atraso.

Cláusula de exclusão da responsabilidade civil – Deu origem a grande


discussão na nossa doutrina, art.º 809.º CCiv são nulas as clausulas mediante
as quais o credor renuncia ao direito que lhe são consagrados. Prof pinto
monteiro diz que a interpretação deste artigo deve ser restritiva, deve-se
permitir que clausulas de exclusão de responsabilidade devido a culpa leve do
devedor são admissíveis, o que não são admissíveis são clausulas de exclusão
de responsabilidade por dolo. Há certos casos que nem em situação de culpa
leve é possível excluir a responsabilidade, ex.: médicos quando vão operar.

Cláusula de limitação de responsabilidade/do montante da indeminização -


Estabelece o limite da indeminização em caso de incumprimento, são muito
comuns nos contratos de empreitada e contratos de prestação de serviço. É
muito comum nos contratos internacionais. Cabe ao devedor provar os danos,
todos os pressupostos da responsabilidade civil são tratado como no regime
geral mas chega à indeminização e se o lesado tiver direito a 15 000€ de
indeminização mas se a clausula limitava nos 10 000€, o lesado só vai receber
os 10 000€. O lesado vai fazer a prova dos danos, e se o valor dos danos for
alem do valor da clausula só vai receber ate ao valor da clausula.

Cláusula de dano excedente – vou ter o dano excedente mas vou ter o ónus da
prova de provar esse dano. Permite que quando tem um dano extra se possa
pedir o valor que está na cláusula penal bem como o dano excedente mas o
credor tem de o provar.
Cláusula penal – art.º 810.º e ss CCiv.

Tem 3 funções:

1. Cláusula penal com uma função compensatória ou


indemnizatória - fica determinado “a for fé”, a parte do lesado
não tem de fazer prova de danos, o lesante se os danos forem
para alem da clausula penal o dano só pode ser indemnizado
ate ao valor da clausula penal. É uma pré-fixação da
indeminização.
2. Cláusula penal compulsória - são estabelecidas para a situação
de forçar o devedor a cumprir em caso de incumprimento,
acontece muito em contratos de empreitada. Se o devedor não
cumprir vai pagar x por cada dia de incumprimento para o
pressionar a cumprir. Quando falamos de multas estamos a
falar de clausulas compulsórias.
3. Cláusulas penais no sentido estrito - é estabelecida uma pena,
cumprimento de uma penalização para o devedor, que se o
devedor cumprir vai substituir a obrigação principal, ex.: tenho
de fazer uma determinada coisa ate um certo prazo, mas se
não o fizer estou obrigada a uma prestação penalizadora que
vai substituir a obrigação principal que eu tinha. Se o credor
exigir essa clausula penal o devedor fica exonerado da
obrigação principal.

As clausulas penais permitem abusos de estar a fixar clausulas exageradas


com valores exageradas face a dimensão dos danos então o legislador permite
uma válvula de escape, art.º 812.º CCiv, permite a redução equitativa da
clausula penal quando ela for exagerada.

Como é que isto é tratado nos contratos internacionais?

Os direitos nacionais tratam a clausula penal de forma muto diversa. Enquanto


no direito europeu continental é admitida a estipulação de cláusulas penais
compulsórias, no direito anglo-saxónico existe distinção muito clara entre as
cláusulas penais indemnizatórias e compulsórias sendo estas últimas proibidas.

É recomendável que num contrato as partes convencionem um regime de


cláusula penal para não ficarem sujeitos à sorte que o regime jurídico
estabelece nesta matéria.

Ver textos das clausulas penais


Processo de mediação

O mediador ao contrário do juiz, não tem o poder de imposição. Não impor


nenhuma sentença. A construção da decisão cabe às partes envolvidas, o
mediador apenas facilita apenas a comunicação entre as partes, tentando
sugerir caminhos e alternativas, o mediador tenta apenas orientar e facilitar a
comunicação das partes.

O mediador procura reunir as peças das partes, as suas posições, e perante


essas posições tenta dar um parecer imparcial/independente.

Se as partes não se entendem, o que têm de fazer é ir para tribunal.

A mediação quando corre bem é ótimo, porque traz uma grande contenção de
tempo e de custos.

Lei 29/2013 de 29 de abril – princípios aplicáveis à mediação em Portugal. (é


uma lei fácil de se ler, tem várias secções, o mais interessante são os arts. 3-º
ao 9.º, que são os princípios que regem a mediação.) Um acordo obtido por
mediação é exequível (art.º 9.º), da mesma maneira que é exequível um
contrato.

Há um conjunto de entidades que estão autorizadas a desenvolver a atividade


de mediação.

Há certas situações em que a mediação podem funcionar. Por exemplo,


quando estamos em situações de empreitada, contratos com objetivo e objeto
muito estático.
Arbitragem

Forma de resolução de conflitos, que não é construída pelas partes, mas sim
pelos tribunais.

A arbitragem é uma solução alternativa face aos tribunais estaduais, tendo em


conta determinadas circunstâncias.

Se estivermos perante um contrato internacional, em que os pontos de


conexão desses contratos são bastantes sensíveis,

A arbitragem é um bom caminho, evitando questões de competência e


desconfiança.

Vantagens imbatíveis, que os tribunais judiciais não se comparam:

 É um processo rápida e um processo eficiente: não se deixa prender


com expedientes dilatórios, que os tribunais judiciais deixam
 O tribunal arbitral é confidencial, ou seja, um litígio em que se estejam a
discutir questões comerciais, financeiras, de reputação de empresas,
pode ser importante esta confidencial. Na arbitragem, situações
altamente complicadas de litígios, são reguladas e tratas de forma
confidencial.
 Os tribunais arbitrais são tecnicamente muito mais capazes que os
tribunais judiciais. Isto porque, os tribunais arbitrais têm listas de árbitros
especializados em determinadas áreas.

Desvantagens:

 Custo: comparados com os tribunais judiciais, a justiça arbitral é


caríssima.

Arbitragem podem dividir-se em várias classificações:

 Institucional vs ad hoc

A institucional, é aquela que é feita por instituições que estão creditadas na


prestação desses serviços. Esta funciona bem e é recomendada. Tem listas de
árbitros, tem logística, tem regras, regulamentos e funciona bem e rápido. São
entidades especializadas e prestam o serviço.

Ad hoc é quela que é endereçada a quem não presta serviços de arbitragem. A


arbitragem implica que haja funcionários que processam peças, que tratem de
notificações, nesta arbitragem o que acontece é que era demasiado demorada.
O resultado não é grande coisa.

 Voluntaria vs necessária

Existe arbitragem imperativa/necessária, no sentido em que a solução tem que


ser obtida por este meio.

A arbitragem voluntaria está regulada na Lei 63/2011 de 14 de dezembro. É


uma lei para arbitragem doméstica.

Convenção da arbitragem: para a arbitragem ser voluntaria é necessário que


haja acordo das partes, que haja convenção – art.º 1 n.º 1. Mesmo que se trate
de matéria de que as partes não podem dispor, mesmo essa matéria que não
seja de natureza patrimonial podem ser objeto de arbitragem – art.º 1.º n.º 2

Compromissos arbitrais: é justamente um compromisso que as partes


assumem na pendencia de um litígio em parar e remeter para arbitragem – 1.º
n.º 3

Clausulas compromissórias: inserem.se normalmente nos contratos, e que diz


“se no futuro tivermos litígio, isto será tratado por arbitragem” – 1.º n.º 3

A arbitragem destina-se a reequilibrar contratos designadamente em resultado


de clausulas de hardship – art.º 1 n.º 4. Nas clausulas de hardship nasce a
necessidade de reajustar o contrato, e esse reajustamento pode ser realizado
através de arbitragem.

Requisitos da convenção de arbitragem – 2.º:


O princípio é que o compromisso arbitral tem de obedecer à forma escrita. Não
tem de ser absolutamente formal basta que resulte de suporte físico ou
magnético

Requisito essencial – n.º 6: é preciso dizer que as partes acordam submeter à


arbitragem o lítio às questões X. Na clausula compromissória deve dizer-se
qual a relação jurídica de que pode emergir o litígio. Enquanto que o
compromisso arbitral identifica aquele litígio, a clausula compromissória diz o
tradicional, ou seja, para um determinado contrato as partes acordam que para
resolução, interpretação de qualquer litigio decorrente deste contrato, dos
direitos e obrigações decorrentes deste contrato, será regulado por arbitragem.
Tem que haver uma identificação precisa no compromisso arbitral da relação
jurídica que serve de base aos potenciais e eventuais litígios que são objeto da
relação jurídica.

A violação do art.º 1 e 2 leva à nulidade da convenção – 3.º

Modificação da convenção - 4.º.

Art.º 5.º - já conhecemos na perspetiva do CPC. Quando há convenção de


arbitragem, isso determina uma incompetência do tribunal em razão da
matéria, determinando uma absolvição da instância por incompetência do
tribunal judicial.

Sentença arbitral: art.º 46.º

Arbitragem internacional – 49.º:

Existe direito internacional publico que regula esta matéria, a questão de saber
se os diferentes estados devem ou não reconhecer decisões arbitrais.
A convenção de Nova York – diz aos estados que os mesmos deverão
reconhecer convenções de arbitragem e deverão reconhecer e executar e
permitir a execuções das sentenças arbitrais estrangeiras.

Art.º 55.º LAV

Cláusulas de arbitragem
Lei Uncitral é a lei modelo da arbitragem, modelo de lei aprovado pela
UNCITRAL, atualizada em 2006.
A pág. 29 do ficheiro explica porque existe. Este é a verdadeira soft law, é o
modelo que a uncitral adotou e recomenda aos países que incorporem as
regras e princípios que estão aqui. A nossa LAV na parte da arbitragem
internacional segue os princípios desta lei modelo.
Clausulas compromissórias – ao contrario do compromissos arbitrais ( é o
acordo entre as partes na pendencia de um litigio, onde estas decidem recorrer
à arbitragem) são clausulas inseridas em contratos em que as partes acórdão
no caso de um futuro litigio esse será submetido a arbitragem. A clausula
compromissória que está inserida num contrato está sujeita a um principio, art.º
16.º da lei modelo uma clausula.
A lei modelo vem consagrar a autonomia da cláusula, o contrato pode estar
todo mal, violador de regras mas o facto de o contrato ser nulo ou invalido não
arrasta na invalidade a clausula compromissória é ela que dá sustentação a
permitir que o tribunal se pronuncie sobre o tema.
Art.º 18.º LAV o tribunal arbitral define a sua própria competência. Principio de
competência para avaliar a sua competência.
Art.º 18.º n.º2 independência da cláusula. O contrato e a clausula funcionam de
forma autónoma e não se contaminam. Autonomia do contrato face à clausula
e da cláusula face ao contrato.
Direito aplicável na clausula compromissória – art.º 52.º n.º1 LAV as partes
na clausula podem acordar que os árbitros decidem segundo a equidade. Se
numa clausula se disser que a lei aplicável é a lei portuguesa o que se está a
querer dizer que se aplica a lei material da lei portuguesa e não as suas
normas de conflitos de leis.
Art.º 28.º da lei modelo encontra-se os princípios.
Art.º 53.º LAV irrecorribilidade da sentença a não ser que a parte vencida
considere que na decisão arbitral os árbitros violaram os princípios do art.º 46.º.
mas as partes podem convencionar na clausula compromissória a sua
recorribilidade mas normalmente as partes convencionam a não recorribilidade.
Art.º 54.º LAV. Mesmo que não haja recurso é sempre impugnável pelo art.º
46.º
Modelo de cláusula
A CCI tem proposta de modelo de clausula
Art.º 29.º e 30.º.
INCOTERMS
É a camara de comercio internacional que desenvolve esta ferramenta,
atualmente composto por 11 incoterms. Verdadeiramente soft law, o estado
não tem absolutamente nada a ver com os incoterms. É uma entidade
absolutamente particular, que atualmente atravessa todo o comercio
internacional.
Desde 1812 existia uma expressão, no âmbito do comercio internacional
conhecida como FOD – FREE ON BOARD. O FOD já era referido nos tribunais
no início do sec 29, e já se falava num determinado conjunto de condições, em
que uma expedição de mercadorias. FOD significa livre a bordo, o que significa
que um vendedor entregava as mercadorias no barco indicado pelo comprador,
e nesse momento o risco de perda e deterioração das mercadorias passava
para o comprador. Ainda no sec19, mais tarde, aparece outra sigla – CF –
COST NA FRETE -custo e frete – significava que o vendedor entregava as
mercadorias a bordo do navio, no entanto, esse frete, transporte tinha que ser
organizado pelo vendedor. O vendedor tinha que contratar o transporte, e
colocar as mercadorias dentro do transporte por si contratado e aí exonerava-
se.
Ainda hoje estes são INCOTERMS válidos.
No sec20, quando a ICC aparece. A ICC tentava identificar os principais termos
comerciais.
Em 1936, aprece a primeira versão dos INCOTERMS. Era um conjunto de
expressões que tem um significado comum, que significa exatamente o mesmo
para todos. Esta versão apenas incluía 6 INCOTERMS.
(resto da história não apanhei – ver esquema da evolução no ICC)

A que esteve mais recentemente em vigor foi a versão de 2010, mas como se
trata de lex mercatoria, soft law, quando sai uma lei de uma determinada
matéria essa lei revoga a lei anterior deixando de se aplicar, passando apenas
a aplicar-se aos casos passados, não tendo aplicação para o futuro, já nos
INCOTERMS não acontece isto. O facto de ter a versão de INCTERMS de
2010, não impede que recorra a INCOTERMS de versões anteriores.
Em 2020, os INCOTERMS, o DAT (a entrega é colocada à disposição do
comprador num terminal do local de destino, e o vendedor assume todos os
riscos em carregar e colocar no terminal) deixou de haver e passou a haver o
DPU (deliverd at place unloaded) – a transferência do risco do vendedor para o
comprador ocorre no local de descarga no local de destino, passando o risco
para o comprador. Em 2020 há uma alteração de clarificação em que se trocou
uma sigla. O facto de 2020 tiverem suprimido este INCOTERM, não significa
que as parte não possam utilizar a expressão de 2010. As partes são livre de
manter e utilizar os INCOTERMS anteriores, tendo apenas de fazer referência
a isso.
Os INCOTERMS atualmente são 11.
Encontra-se no site ICC, mas também as empresas que fazem transportes,
também têm sempre uma secção dedicada aos INCOTERMS.

INCOTERMS

EXW (Ex Works) – Na Fábrica


EX WORKS (EXW) significa que o vendedor entrega as mercadorias ao
comprador quando as coloca à disposição do comprador num local nomeado
(como uma fábrica ou armazém), e esse local nomeado pode ser ou não as
instalações do vendedor. Para a entrega ocorrer, o vendedor não necessita de
carregar as mercadorias em nenhum veículo de recolha, nem necessita de
desalfandegar as mercadorias à exportação, quando o desalfandegamento for
aplicável.

FCA (Free Carrier)


O vendedor entrega as mercadorias ao transportador, ou a outra pessoa
indicada pelo comprador:
- Nas instalações do vendedor. Neste caso no meio de transporte
organizado pelo comprador)
Ou
- noutro local nomeado. Neste caso as mercadorias são carregadas num
transporte organizado pelo vendedor e chegam a esse local convencionado e
descarregadas e postas à disposição do comprador.
O risco é transferido pra o comprador num desses momentos.

CPT (Carrier Pait To) – porte pago até…


O vendedor entrega as mercadorias ao transportado ou a outra pessoa
nomeada pelo vendedor num lugar e que o vendedor deve contratar e pagar
os custos de transporte necessários para trazer as mercadorias para o local
de destino acordado.
O vendedor entrega as mercadorias – e transfere o risco – ao comprador,
entregando-as ao transportador contratado pelo vendedor ou providenciando
as mercadorias assim entregues. O vendedor pode fazê-lo dando a posse
física das mercadorias ao transportador, da forma e no local adequado ao meio
de transporte utilizado. Depois das mercadorias terem sido entregues ao
comprador desta forma, o vendedor não garante que as mesmas irão chegar
ao local de destino em boas condições ou na quantidade declarada. Isto
acontece porque os riscos são transferidos do vendedor para o comprador
quando as mercadorias são entregues ao comprador, através da sua entrega
ao transportador; no entanto, o vendedor deve contratar o transporte das
mercadorias desde a entrega atá ao destino acordado.

CIP (Carriage And Insurance Paid To) – porte e Seguro pago até …
O vendedor entrega as mercadorias ao transportador ou a outra pessoa
nomeada pelo vendedor num lugar acordado e o vendedor deve contratar e
pagar os custos de transporte necessários para trazer as mercadorias para
o local de destino nomeado.
O vendedor também contrata uma cobertura de segura contra o risco do
comprador de perda ou dano às mercadorias durante o transporte. O vendedor
é obrigado a obter segura apenas com cobertura mínima. Caso o comprador
deseje ter mais proteção de seguro, precisará concordar tanto expressamente
com o vendedor ou fazer seu próprio contrato de seguro extra.

DAT (Delicered At Terminal)


Na versão de 2020 desapareceu e passou a denominar-se:
DPU (Delivered Ay Place Unloaded) – entregue no local descarregado
A transferencia do risco e a entrega pelo vendedor para o comprador ocorre
apos descarga da mercadoria do meio de transporte no local de destino. O
vendedor suporta os riscos decorrentes de levar bens até ao destino. Este
INCOTERM – DPU – é o único que exige que o vendedor “descarregue” os
bens no destino, devendo por isso organizar essa descarga.
Se as partes não querem que o Vendedor suporte esse risco deverão adotar a
DAP.
DAP (Delivered At Place) – entregue no local
O vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas à disposição
do comprador no meio de transporte que chega pronto para descarregar no
local de destino nomeado. O vendedor assume todos os riscos envolvidos
em trazer as mercadorias até o local indicado.
DDP (Delivered Duty Paid) – entregue com direitos pagos
O vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas à disposição
do comprador, “desembaraçadas” para importação no meio de transporte
que as descarrega no local de destino nomeado. O vendedor suporta os
custos e riscos envolvidos em trazer as mercadorias até ao local de
destino, assumindo a obrigação de desembaraçar as mercadorias (não
apenas para exportação, mas também para importação), pagando e levando a
cabo todas as formalidades alfandegárias.

RULES FOR SEA AND INLAND WATERWAY TRANSPORT


Regras para o Transporte Marítimo e por Vias Navegáveis Interiores

FAS (Free Alonside Ship) – franco ao lado do navio


“Livre a bordo” significa que o vendeor entrega as mercadorias a bordo do
navio indicado pelo comprador no porto de embarque acordado. O risco
de perda ou dano das mercadorias passa para o comprador quando aquelas
estão a bordo do navio e o comprador arca com todos os custos a partir desse
momento.

FOB (Free On Board) – Franco a Bordo

FREE ON BOARD (FOB) significa que o vendedor entrega as mercadorias ao


comprador a bordo do navio nomeado pelo comprador, no porto designado ou
providencia as mercadorias assim já entregues. O risco de perda ou danos nas
mercadorias é transferido quando as mercadorias estão a bordo do navio e o
comprador suporta todos os custos a partir desse momento.

CFR (Cost and Freight) – custo e frete


“custo e frete” significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do
navio. O risco de perda ou dano às mercadorias passa quando as mercadorias
estao a bordo do navio. O vendedor deve contratar e pagar os custos e
frete necessários para levar as mercadorias ao porto de destino
designado.
Note-se que no CFR, o vendedor não tem obrigação de adquirir cobertura de
seguro: seria, portanto, aconselhável o comprador adquirir alguma cobertura
por sua conta.

CIF (Cost, Insurance and Freight) – custo, Seguro e frete


“Custo, Seguro e frete” significa que o vendedor entrega as mercadorias a
bordo do navio. O risco de perda ou dano às mercadorias passa quando as
mercadorias estão a bordo do navio. O vendedor deve contratar e pagar os
custos e o frete necessários para levar as mercadorias ao porto de destino
designado. O vendedor também contrata uma cobertura de seguro contra o
risco do comprador de perda ou dano às mercadorias durante o
transporte. O vendedor é obrigado a obter seguro apenas com uma cobertura
mínima. Caso o comprador deseje ter mais proteção de seguro, precisará
concordar tanto expressamente com o vendedor ou fazer seu próprio contrato
de seguro extra.

https://www.dhl.com/pt-pt/home/as-nossas-divisoes/frete/servico-ao-
cliente/incoterms-2020.html

Incoterms

O que são as regras do Incoterms® ?

As regras do Incoterms® são os termos de troca essenciais do mundo para a


venda de mercadorias. Esteja você registando um pedido de compra,
empacotando e rotulando uma remessa para transporte de carga ou
preparando um certificado de origem em um porto, as regras do
Incoterms ® estão lá para orientá-lo. As regras do Incoterms ® fornecem
orientações específicas para indivíduos que participam da importação e
exportação do comércio global diariamente.

Quem publica as regras do Incoterms ® ?

Desde a sua fundação em 1919, a ICC está comprometida com a facilitação do


comércio internacional.

Diferentes práticas e interpretações legais entre os comerciantes de todo o


mundo exigiram um conjunto comum de regras e diretrizes. Como resposta, a
ICC publicou as primeiras regras do Incoterms® em 1936. Desde então, as
mantemos e desenvolvemos.

À medida que a ICC comemora seu centenário em 2019 , a organização


mundial de negócios tem o prazer de anunciar a publicação do Incoterms®
2020 . A mais nova edição das regras Incoterms ® ajudará a preparar negócios
para o próximo século do comércio global.

Onde posso comprar o Incoterms  ® 2020 e produtos relacionados?

O Incoterms® 2020 está disponível na nova plataforma de comércio eletrônico


da ICC , ICC Knowledge 2 Go,  nos formatos impresso e digital.

A edição 2020 está disponível em nada menos que 29 idiomas - do estoniano e


alemão ao pashto e espanhol. Consulte o representante local da ICC em seu
país para obter mais informações.
Mais de 250 eventos de lançamento e seminários de treinamento também
estão sendo organizados em todo o mundo pelos comitês nacionais da
ICC. Além disso, existe até um curso on - line e um programa de
certificação disponível em nosso setor educacional, a Academia ICC.

Por que usar as regras Incoterms ® no comércio internacional?

Embora existam outras cláusulas para o comércio global em todo o mundo,


como o Plano Tarifário Harmonizado dos Estados Unidos, as regras
do Incoterms ® são globais em seu alcance. Da mesma forma, as regras
do Incoterms ® não incluem termos comerciais codificados para fins nacionais,
como a regra "menos do que transporte por caminhão" (LTL) dos Estados
Unidos. Diferentemente das políticas comerciais nacionais, as regras
do Incoterms ® são universais, proporcionando clareza e previsibilidade aos
negócios.

O que significa  " Incoterms ® "?

"Incoterms ® " é uma sigla para termos comerciais internacionais. “Incoterms®”


é uma marca comercial da International Chamber of Commerce, registrada em
vários países.

As regras do Incoterms ® apresentam abreviações para termos como FOB


(“Gratuito a bordo”), DAP (“Entregue no Local”) EXW (“Ex Works”), CIP
(“Transporte e Seguro Pago”), todos com muito significados precisos para a
venda de mercadorias em todo o mundo.

Esses termos têm significado universal para compradores e vendedores em


todo o mundo. Se você é analista financeiro na cidade de Londres, pode
associar o acrônimo “FCA” à Autoridade de Conduta Financeira do Reino
Unido. No entanto, para importadores e exportadores de todo o mundo, as FCA
são as iniciais usadas para “Transportadora Livre” ou a obrigação do vendedor
de entregar as mercadorias à transportadora indicada pelo transportador
indicado pelo comprador nas instalações do vendedor ou em outro local
nomeado.

Quando as regras do Incoterms ® da ICC foram atualizadas pela última


vez?

A ICC atualizou as regras do Incoterms ® pela última vez em 2019. Embora


o Incoterms® 2020 seja a versão mais atual dos termos comerciais,
o Incoterms® 2010 ainda está em vigor hoje e pode ser acessado em
nossos  recursos para negócios .

O que aconteceu com os Incoterms 2015, Incoterms 2016, Incoterms 2017,


Incoterms 2018 e Incoterms 2019 ...?
Não se preocupe, você não sentiu falta deles. Eles não existem! A última
edição das regras do Incoterms ® é o Incoterms® 2020.   No entanto,
o Incoterms® 2010 permanece em vigor para quem as utiliza.

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