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REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

E AS NOVAS EXIGÊNCIAS AOS


TRABALHADORES

Isabela Fioravante
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PERÍODOS RELAÇÕES DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL
TRABALHO
SÉC. V –XV
 Grandes Invasões e queda do Império  Relações de trabalho  Fragmentação das grandes civilizações
Romano. pautadas nas necessidades em células, devido as invasões bárbaras.
 Feudalismo, crescimento do poder da da célula, feudo, e na  Rigidez social. Sociedade estamental.
igreja e diminuição do poder real. Fuga apropriação da terra.  Movimento de expansão da
para o campo, constituição de feudos. consciência, procura de explicação da
 Cruzadas. existência de DEUS. Perda do caráter
 Fim da Idade Média (florescimento do divino do rei.
comércio e da cultura, êxodo rural,

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surgimento de uma nova classe social -
burguesia).

1453-1789
 Formação do Mundo Moderno (queda  Relações de trabalho  Ceticismo científico.
do feudalismo, formação dos Estados pautadas no capital, na  Sociedade dividida em classes, de
Modernos, grandes descobertas propriedade privada dos acordo com a relações de propriedade
geográficas). meios de produção. que os indivíduos mantém com a
 Reforma e Contra Reforma religiosa  Predominância do Estado, produção.
 Colonização dos continentes africano, de regimes totalitários.  Dois tipos fundamentais de relações
americano e asiático. sociais, advindas da produção: os
 Revoluções (Francesa e Independência explorados e os exploradores.
dos E.U.A).  Emprego como base de elevação social.

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PERÍODOS RELAÇÕES DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL
TRABALHO
1900 - ........
 Primeira Grande Guerra (1914-1919).
 Revolução Russa.  Semelhante ao período  Emprego é substituído por contratos de
 Segunda Grande Guerra (1939-1945). anterior, os que detém o trabalho mais flexíveis.
 Descolonização africana e asiática. capital são os indivíduos  As classes sociais se tornam cada vez
 Guerra Fria. civis, proprietários dos mais próximas do antigo modelo
 Queda do Muro de Berlim. meios de produção, os estamental, ninguém sobe, ninguém
 Conflitos generalizados: questão da demais vendem sua força desce. Tendência ao desaparecimento
Palestina, desmembramento URSS, de trabalho para poder da classe média e a uma hierarquização

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Guerra do Golfo (EUA ´ Iraque), viver. social, verticalizada, cada vez mais
Movimento de Libertação da Irlanda  Existência na primeira rígida.
(protestantes ´ cristãos), etc..). metade do século de outra  Desmantelamento educacional,
 Globalização dos meios de relação econômica, principalmente nos continentes
comunicação e informação. socialismo, em que, quem africanos e sul-americanos.
 Queda das economias asiáticas e sul- detém os meios de  Aumento generalizado de doenças
americanas. produção é o Estado. Com incapacitantes, de fundo psicofísico:
 Intervenção armada da OTAN na a globalização e a câncer, depressão, pânico, etc...
Ioguslávia. propagação muito rápido da
informação este sistema aos
poucos foi perdendo sua
força. Hoje, mesmo países
como URSS e China se
abriram para o capitalismo.
 O Estado vê seu poder
diluído, mesmo as
fronteiras entre países
perdem a sua força, devido
a globalização.
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Reestruturação produtiva a partir de 1960

 Década de 60:
 Até década de 60 ,o modelo taylor-fordista era
prevalente, divisão do trabalho e ultra
especialização dos trabalhadores

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Reestruturação produtiva a partir de 1960

 A partir de 1970 :
 inovações tecnológicas (microeletrônica,
microbiologia e das energias nuclear e ecológica);
 redução do ciclo de vida das mercadorias;

 mundialização da produção, da distribuição e do


consumo;
 redes globais de comunicação e informação;

 crescente conhecimento científico e tecnológico


agregados à produção;

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Reestruturação produtiva a partir de 1960

 2007 e 2010 : crise econômica mundial - redução


funcionários;
 crescente terceirização de serviços e do trabalho
autônomo.
 FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO

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TENDÊNCIAS DO MUNDO DO
TRABALHO – PERFIL DOS
TRABALHADORES
•COM O FIM DO BINÔMIO TAYLORISMO/FORDISMO,
OCORRE UMA REDUÇÃO DO PROLETARIADO
INDUSTRIAL, FABRIL, TRADICIONAL, MANUAL,
ESTÁVEL E ESPECIALIZADO, DANDO LUGAR A FORMAS
MAIS DESREGULAMENTADAS
DE TRABALHO, REDUZINDO FORTEMENTE O CONJUNTO
DE TRABALHADORES ESTÁVEIS
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QUE SE ESTRUTURAVAM POR MEIO DE EMPREGOS
FORMAIS.
AUMENTO DO NOVO
PROLETARIADO FABRIL E DE
SERVIÇOS, EM ESCALA MUNDIAL,
NA FORMA DO TRABALHO
PRECARIZADO. SÃO OS
TERCEIRIZADOS,
SUBCONTRATADOS, PART-TIME...
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• AUMENTO SIGNIFICATIVO DO TRABALHO
FEMININO, QUE ATINGE MAIS DE 40% DA FORÇA
DE TRABALHO EM DIVERSOS PAÍSES
AVANÇADOS, E QUE TEM SIDO ABSORVIDO PELO
CAPITAL, PREFERENCIALMENTE NO UNIVERSO DO
TRABALHO PART-TIME, PRECARIZADO E
DESREGULAMENTADO.

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AUMENTO DO NÚMERO
DE ASSALARIADOS
MÉDIOS NO
“SETOR DE SERVIÇOS”,
QUE INCORPOROU
PARCELAS
SIGNIFICATIVAS
DE TRABALHADORES
EXPULSOS DO MUNDO
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PRODUTIVO
INDUSTRIAL.
•EXCLUSÃO DOS JOVENS, QUE
ATINGIRAM A IDADE DE INGRESSO
NO MERCADO
DE TRABALHO E QUE, SEM
PERSPECTIVA DE EMPREGO,
ENGROSSAM AS FILEIRAS DOS
TRABALHOS PRECÁRIOS.
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•EXCLUSÃO DOS TRABALHADORES
CONSIDERADOS “IDOSOS” PELO
CAPITAL, COM IDADE PRÓXIMA DE 40
ANOS E QUE, UMA VEZ EXCLUÍDOS
DO TRABALHO, DIFICILMENTE
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CONSEGUEM REINGRESSAR.
• EXPANSÃO DO TRABALHO NO CHAMADO
“TERCEIRO SETOR”, POR INTERMÉDIO DE
EMPRESAS DE PERFIL MAIS
COMUNITÁRIO VOLUNTÁRIO,

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TENDÊNCIA À REDUÇÃO DA OFERTA DE
EMPREGO NOS SETORES PRIMÁRIO E
SECUNDÁRIO DA PRODUÇÃO. O SETOR
TERCIÁRIO, MAIS ESPECIFICAMENTE O SETOR
DE SERVIÇOS, ANALISADO SEPARADAMENTE
DO COMÉRCIO, TEM SIDO O RESPONSÁVEL
PELA ABSORÇÃO DE MÃO-DE-OBRA –
CONCENTRADA NOS SEGMENTOS DE
LIMPEZA, HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO.
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AS NOVAS COMPETÊNCIAS
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ESPÍRITO DE EQUIPE – “A NECESSIDADE DO
TRABALHO EM EQUIPE E A IDENTIFICAÇÃO
COM OS OBJETIVOS DA EMPRESA”;
RESPONSABILIDADE – “ESFORÇO DE FAZER
CUMPRIR O COMPROMISSO ASSUMIDO COM A
EMPRESA”;
AUTONOMIA – “CAPACIDADE DO
TRABALHADOR DE SE ANTECIPAR AOS
COMANDOS DAS CHEFIAS E AGREGAR
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VOLUNTARIAMENTE VÁRIAS TAREFAS E
INTENSIFICAR SEU PRÓPRIO RITMO DE
TRABALHO”;
INICIATIVA – DISPOSIÇÃO PARA ASSUMIR
E DESENVOLVER O TRABALHO DE FORMA
ESPONTÂNEA E RÁPIDA;
CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO –
“REQUERIDA POR EXIGÊNCIA DA
RESPONSABILIZAÇÃO GRUPAL PELA
PRODUÇÃO, DE MANEIRA A FACILITAR A
TROCA DE IDEIAS E OPINIÕES SOBRE UM
ASSUNTO EM BUSCA DO CONSENSO”;
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FLEXIBILIDADE – “CONSTITUI-SE EM UMA
REATUALIZAÇÃO DE VALORES, SOB A
ÓTICA EMPRESARIAL;
 A flexibilização é, de fato, uma diretriz de gestão
de processos produtivos que visa forjar
organizações e trabalhadores resilientes às

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exigências, cada vez mais complexas (ex.
instabilidade, imprevisibilidade), presentes no
mundo do trabalho.

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