Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FINANCEIRO E ECONOMIA
SUMÁRIO
NOÇÕES DE
MERCADO FINANCEIRO
E ECONOMIA
INTRODUÇÃO DO CURSO
Economia e finanças são áreas intimamente relacionadas. Enquanto a primeira trata do es-
tudo da conciliação entre necessidades ilimitadas e recursos escassos, a segunda é sobre
basicamente o valor do dinheiro no tempo. Da relação entre essas duas áreas, surgem diver-
sos conceitos utilizados na análise de operações financeiras.
A política monetária, uma das disciplinas de estudo da economia, exerce impactos diretos
na atuação dos participantes de mercados, tais como empresas, investidores e bancos. Pa-
ralelamente, da relação entre dinheiro e tempo, surgem reflexões que auxiliam nos proces-
sos de tomada de decisão e alocação de recursos.
Dessa forma, a compreensão de operações financeiras se torna tarefa mais simples após o
entendimento de alguns conceitos associados a finanças e a economia. Este curso, portanto,
apresenta as fundações dessas duas áreas de conhecimento.
OBJETIVOS
Ao completar este curso de estudo, você estará apto a:
ESTRUTURA DO CURSO
Para melhor compreensão das temáticas propostas, este curso está dividido em:
UNIDADE 1
PRINCÍPIOS DO MERCADO FINANCEIRO E DA ECONOMIA
Nesta unidade, você irá observar que o mercado financeiro pode ser segmentado para fins
conceituais em quatro segmentos: mercado monetário, mercado de crédito, mercado de
capitais e mercado cambial.
O desdobramento desta unidade é permitir que você tenha uma visão ampla e moderna a
respeito do mercado financeiro. É sabido que esse mercado tem como premissa o foco no
desenvolvimento econômico com participação do setor privado. Na sequência, pode-se ob-
servar na figura a atuação e a maturidade de cada um dos segmentos.
Seguindo essa forma de estruturar o pensamento, a economia pode ser dividida em duas
grandes subdivisões: microeconomia e macroeconomia. Enquanto a primeira estuda os as-
pectos mais individuais das relações econômicas, a segunda busca compreender a agrega-
ção desses comportamentos. A seguir, serão apresentados os principais indicadores econô-
micos amplamente utilizados no estudo da macroeconomia.
8 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Indicadores econômicos
■■ nível de atividade;
■■ preços;
■■ agregados monetários;
■■ setor público;
■■ setor externo.
O produto interno bruto (PIB) pode ser definido como a soma de todas as riquezas (bens e
serviços) produzidas em um país durante certo período de tempo (anual, normalmente). No
Brasil, as estatísticas de volume (a preços de mercado) e variação são divulgadas pelo Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o cálculo do PIB são coletadas informações dos setores de agropecuária, indústria e
serviços. A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, segundo o IBGE. Em valores corren-
tes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões e
o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229,00.
Para evitar uma dupla contagem, uma vez que bens e serviços podem ser comprados e ven-
didos como insumos entre setores, deve-se utilizar o conceito de valor agregado por setor,
ou seja, o quanto de valor realmente aquele setor agregou ao bem ou ao serviço.
(+) Impostos
(-) Subsídios
(-) Depreciação
Inflação
Inflação, de forma geral, representa o aumento nos preços da economia. Seu impacto cos-
tuma ser negativo, pois reduz o poder aquisitivo dos agentes.
O regime de metas de inflação adotado no Brasil é tido como uma forma bem-sucedida para
administração da política monetária. Por meio de relatórios de avaliação e simulações, o
Banco Central se utiliza de instrumentos, em especial a taxa de juros, buscando direcionar a
inflação para os níveis determinados no regime de metas.
IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é uma medida de inflação calcu-
lada pelo IBGE. Possui periodicidade mensal e tem como público-alvo as famílias com renda
mensal entre 1 e 40 salários mínimos das regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Distrito Fede-
ral e Goiânia.
IGP-M
O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) é calculado pela FGV, com periodicidade entre
o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência. É composto de outros três índices
da FGV: o Índice de Preços ao Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Ín-
dice Nacional de Custo da Construção (INCC). A composição dos três é dada por: 60% IPA,
30% IPC e 10% INCC.
Câmbio
PTAX – a taxa de câmbio é dada pela relação de valor entre a moeda interna e a moeda
externa, ou seja, uma taxa de R$ 2,00 para US$ 1,00 (ou, simplesmente, taxa de 2 R$/US$).
Significa que são necessários dois reais para a compra de um dólar americano.
A taxa PTAX é a cotação oficial das moedas estrangeiras no Brasil, sendo definida como a
taxa média ponderada praticada no mercado de câmbio interbancário ao longo do dia. É
divulgada pelo Banco Central, pelo Sisbacen, com intervalos de meia hora.
Taxas
Uma taxa de juros representa, de forma geral, a remuneração do dinheiro no tempo. Ela
deve refletir alguns aspectos, como o risco associado ao fluxo ou às incertezas envolvidas na
liquidação do ativo. Outro ponto importante ao se “deslocar” dinheiro no tempo é a inflação:
deve-se levar em conta a potencial desvalorização por causa de altas nos preços.
Taxa Selic: a emissão de títulos públicos é feita pelos governos para financiar suas dívidas.
Esses títulos são negociados em mercado e todas as operações são controladas pelo Siste-
ma Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Segundo a definição do Banco Central (Bacen),
a taxa Selic é:
[...] obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das ope-
rações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais
e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação
de ativos, na forma de operações compromissadas. (BACEN, 2016).
11 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Taxa CDI – grande parte das operações financeiras não envolve o governo e os bancos
como agentes e/ou intermediários. Dessa forma, embora a taxa Selic seja considerada a
taxa básica da economia, é importante observar uma taxa que reflita a operação de recur-
sos entre bancos (interbancário). Essas transações de recursos entre bancos se baseiam em
certificados de depósitos interfinanceiros (CDI), instrumentos emitidos por uma instituição
financeira em favor de outra.
Taxa referencial (TR) – a taxa referencial (TR) tem sua base de cálculo na taxa básica finan-
ceira (TBF), resultante da média diária das taxas de juros praticadas nas operações de certi-
ficados de depósitos bancários (CDB) e recibos de depósito bancário (RDB) das 30 maiores
instituições financeiras.
Sobre essa média, é aplicado um redutor e chega-se ao valor da TR. A taxa referencial é
usada para cálculo dos rendimentos da poupança e a correção de empréstimos do Sistema
Financeiro da Habitação (SFH).
Na prática, apesar de muitas pessoas a utilizarem como indexadora de contratos, esta não
pode ser confundida com uma medida de inflação. Essa é uma confusão bastante comum
no mercado financeiro.
TOME NOTA
Não se esqueça dos principais indicadores estudados nesta unidade: atividade econô-
mica (PIB), inflação (IPCA, IGP-M) e financeiros (Selic, CDI, TR). Eles são fundamentais na
leitura da conjuntura econômica. Os sites do Bacen e do Ipea podem ser ótimas fontes
de informação. No site do Ipea, por exemplo, é interessante ver a evolução desses
indicadores e analisar sua relação com os ciclos vividos nos últimos 20 anos no Brasil.
12 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
UNIDADE 2
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA E SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
Quanto menor a comunidade em que se está inserido, mais simples é o processo do “en-
contro” entre os que ofertam e os demandantes de recursos. Em uma sociedade de 200
milhões de habitantes como o Brasil, a distância entre esses agentes (poupadores e toma-
dores) pode tornar o encontro entre as partes difícil e caro.
Transformação de liquidez – o capital investido por uma empresa em seus imóveis pode
ser transformado em ativos líquidos por meio da intermediação financeira. Com base no
seu patrimônio (imóveis), o empresário pode emitir debêntures, que são títulos de renda
fixa, buscando recursos para ampliar sua fábrica. As debêntures, então, podem ser negocia-
das em mercado, transformando-se em ativos líquidos.
TOME NOTA
De maneira resumida, o SFN pode ser apresentado de acordo com a estrutura a seguir:
14 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
I. Órgãos de regulação
b. Banco Central
Órgãos reguladores
O CMN é o órgão responsável por formular as políticas de moeda e crédito, buscando o de-
senvolvimento econômico do país. O CMN é exclusivamente normativo, sem nenhum papel
executivo no SFN. Suas principais atribuições são:
O Banco Central é o “braço” executivo e fiscalizador das políticas e normas do CMN. Também
é conhecido como “banco dos bancos”, visto que serve para financiar instituições financeiras
por meio de operações de redesconto. Suas principais atribuições são:
A CVM é um órgão normativo e fiscalizador do SFN que atua no mercado de títulos de renda
variável (ações e títulos mobiliários). Seu objetivo principal é zelar pela lisura e transparência
das operações feitas com títulos e valores mobiliários. São atribuições da CVM:
■■ swaps;
■■ debêntures;
■■ Letras Hipotecárias.
17 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) foi criada como resposta às ne-
cessidades do mercado brasileiro de estabelecer estruturas mais modernas de custódia e
liquidação. A CBLC trata da gestão de sistemas, garantias para a liquidação e custódia de
operações realizadas na BM&FBovespa.
TOME NOTA
Lembre-se de que os participantes do SFN podem ser reguladores (CMN, Bacen, CVM)
ou operadores (bancos, corretoras, câmaras de liquidação).
18 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
UNIDADE 3
POLÍTICAS ECONÔMICAS
O Produto Interno Bruto (PIB) representa o somatório de todas as riquezas produzidas pelo
país e pode ser medido pela renda gerada pelos diversos setores da economia.
(1)
Em que:
G = gastos do governo
[X-M(x)] = saldo entre exportações (X) e importações (M), que é função do câmbio
A equação (1) mostra como algumas variáveis impactam o PIB. Ela evidencia que, se o gover-
no quiser alterar o ponto de equilíbrio da economia, basta atuar nessas variáveis. Por essa
razão, a política monetária define o nível de investimento a partir da taxa de juros, a política
fiscal atua nos gastos do governo e a política cambial controla a taxa de câmbio. É impor-
tante salientar que cada uma dessas políticas tem sua própria dinâmica e ferramentas para
garantir que os objetivos da política econômica sejam atingidos.
Uma questão central no estudo da macroeconomia é o motivo pelo qual a produção e a ren-
da flutuam. Existem alguns modelos de crescimento que explicam o aumento do produto
de um país, mas não deixam claro quais ferramentas um governo possui para manipular e
direcionar os movimentos de flutuação na renda.
19 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
A lei de Say afirmava que toda oferta encontrava sua própria demanda e o equilíbrio se
encontrava no mercado de fatores. Em curto prazo, com o fator capital rígido, os salários,
perfeitamente flexíveis, variavam até atingir o equilíbrio.
Com a crise de 1929, uma pergunta não pode ser respondida pelo modelo clássico: como
era possível que, apesar da redução drástica de salários, o desemprego continuasse aumen-
tando? Por mais que trabalhadores se sujeitassem a menores remunerações, ainda assim
era difícil encontrar emprego.
O modelo IS-LM, extensão do modelo keynesiano simples, formulado por J.M. Keynes, é uma
importante área da macroeconomia, principalmente no sentido de estudar as variações da
renda de um país.
O modelo é formado basicamente por duas óticas: o chamado lado real, que gera a “curva
IS” e que representa o mercado de bens e serviços, e o lado monetário, que gera a “curva
LM” e que representa a oferta e a demanda por moeda.
E como estas duas óticas podem ser relacionadas? A resposta é a taxa de juros. Tanto in-
vestimento quanto demanda por moeda são impactados pela variação da taxa de juros. Em
outras palavras, esse modelo mostra a capacidade do governo de, em curto prazo, alterar o
produto de equilíbrio da economia a partir do controle da taxa de juros.
Vale ressaltar que o modelo citado anteriormente ainda não está completo. Toda a análise
feita até então retrata um mercado sem transações com o setor externo. Porém, seu peso
em uma economia torna importante sua extensão.
Como passo natural, a curva BP foi introduzida na análise e passamos a ter o modelo IS-L-
M-BP. A curva BP indica todas as combinações de taxa de juros e produto capazes de zerar
o saldo em transações correntes do balanço de pagamentos. A curva BP pode ter diversas
formas, o que irá depender do grau de mobilidade de capitais da economia em questão.
20 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Uma vez fixados os conceitos do modelo de determinação da renda e taxa de juros de curto
prazo, o próximo passo é estudar quais variáveis exógenas ao modelo (ou seja, determina-
das fora do modelo) podem ser manipuladas pelo governo de modo a alterar esse equilíbrio.
Posto isso, fica a pergunta: como o governo pode atuar na economia e interferir no equi-
líbrio inicial? A resposta é: por meio de políticas econômicas, identificadas por monetária,
fiscal e cambial. Siga em frente e conheça mais sobre cada uma delas.
Política monetária
Do lado da demanda por moeda, pode estar associada às seguintes funções da moeda:
■■ Meio de troca – uma das funções elementares da moeda é ser instrumento na troca
indireta de bens ou serviços – em vez da troca direta, ou escambo, as partes se utilizam
de um meio de troca reconhecido por ambas.
■■ Reserva de valor – a moeda pode ser utilizada, ainda, como forma de acumulação de
riqueza para uso no futuro. Outros ativos, além da moeda, podem realizar essa função,
como: ouro, ações, obras de arte e imóveis. A diferença entre os instrumentos listados
e a moeda se dá em termos de liquidez (imediata, no caso da moeda).
No Brasil, o executor dessa política é o Banco Central, que tem à disposição alguns instru-
mentos para garantir sucesso na execução. São eles:
21 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Desde 1999, a principal diretriz de nossa política monetária tem sido o conceito de meta de
inflação (inflationtargeting). Essa estratégia visa à estabilidade de preços de forma a assegu-
rar um crescimento econômico sustentado.
O sistema de metas é caracterizado pela existência de uma banda para flutuação da taxa de
inflação e pelo reconhecimento explícito de que o principal objetivo da política monetária
deve ser a manutenção de uma taxa de inflação estável.
Política fiscal
A realidade da economia é que as variáveis exógenas sob o controle do governo são basica-
mente os seus gastos e os impostos arrecadados, ou seja, é a política referente às receitas
e às despesas do governo.
A política fiscal está altamente relacionada com a política monetária, uma vez que alte-
rações na política de cobrança de impostos proporcionam modificações na demanda da
economia para consumo e investimento e, consequentemente, na situação de equilíbrio
da renda nacional.
Um cenário fiscal deficitário representa um problema para a política monetária, uma vez
que a redução da taxa de juros está diretamente atrelada ao equacionamento do déficit
público. Caso o governo gaste mais do que arrecada, será obrigado a recorrer ao endivida-
mento. A solução mais simples, mas que não é a ideal, é a emissão de títulos.
Posto isso, é fato que equacionar o déficit público se tornou o grande desafio do governo.
Para aumentar a receita, é fundamental fazer uma reforma tributária que melhore a capa-
cidade arrecadadora.
Política cambial
Assim como nas outras políticas econômicas, deve ser administrada, evitando-se conflitos
com outros agregados macroeconômicos. Em outras palavras, um desempenho forte das
exportações pode provocar uma expansão da base monetária e, consequentemente, gerar
o aumento da pressão inflacionária, o que prejudicaria o controle da taxa de juros.
De uma forma geral, uma política cambial bem executada permite um elevado volume de
fluxo de moeda com o exterior (exportações e importações) e garante que qualquer déficit
em transações correntes seja assegurado por meio de financiamento externo.
No que diz respeito ao equilíbrio da taxa de câmbio, ele ocorre por meio da lei de oferta
e demanda por moeda. Se, por exemplo, a quantidade de divisas oferecida for acima da
23 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
demanda, ocorrerá uma desvalorização da taxa de câmbio. Ou seja, sempre que o câmbio
estiver fora do seu equilíbrio, as forças de mercado e o governo atuarão de modo a restabe-
lecer a paridade da moeda.
UNIDADE 4
ESTRUTURA DA TAXA DE JUROS
Taxas de juros podem ser brevemente resumidas como o valor do dinheiro no tempo, a
remuneração paga pelo fator capital. Pode-se pensar nelas como um meio de equilibrar o
sistema financeiro de determinada economia.
Com um sistema financeiro estabelecido, esse encontro entre oferta e demanda de capital
se torna mais ágil e prático. Os bancos têm como sua atividade básica a realização de custó-
dia de capital ocioso e seu posterior empréstimo a determinada taxa.
A pergunta que fica é: como são formadas as taxas de juros? Como as taxas de juros podem
variar no tempo? Quais fatores são preponderantes nessa formação? Quais teorias são im-
portantes nesse sentido?
Nesta unidade, você vai estudar os princípios básicos e os conceitos de taxas de juros, bem
como sua importância no funcionamento do mercado financeiro.
Taxa de juros
A taxa de juros é um dos fatores econômicos mais acompanhados pelos agentes. Isso por-
que seu comportamento tem forte impacto em diversas variáveis-chave, como consumo,
investimento e fluxo de recursos externos.
Por essa razão, é possível verificar, em alguns modelos macroeconômicos com economia
aberta, como o equilíbrio do mercado depende do nível de taxa de juros em diferentes es-
truturas de mobilidade de capital.
Existem algumas definições para a taxa de juros. Uma delas, por exemplo, considera que o
juro é um prêmio pago pela postergação de consumo, ou seja, uma recompensa por esco-
24 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
lher adiar seu gasto. Em outras palavras, em troca de uma utilidade menor hoje por uma
maior no futuro, o indivíduo deverá ser premiado. Outra forma de encarar juros seria pen-
sar como um prêmio pela renúncia à liquidez.
Outro ponto que merece destaque acerca da taxa de juros é a sua relevância dentro da polí-
tica monetária. Conforme mencionado anteriormente, a política monetária atua diretamente
no controle da quantidade de moeda em circulação e na oferta de crédito, impactando na
liquidez global da economia. Tal controle é executado via ajuste da taxa básica de juros (Selic).
Até o momento, vimos a taxa de juros como uma variável que não se modifica no tempo. Ao
vermos nos meios de comunicação o valor das taxas Selic e CDI, falamos de uma taxa anua-
lizada para um dia. Fica a seguinte pergunta: qual a taxa de juros para uma operação de 30
dias? E para 360 dias? Como o mercado estima essas taxas?
A resposta está na estrutura a termo de juros, que nada mais é do que uma curva que mos-
tra o comportamento da taxa de juros para o futuro. Essa curva representa a relação, em
determinado instante, entre prazo para vencimento e taxa de retorno de títulos de renda
fixa, permitindo que os observadores mensurem com facilidade as taxas a termo. Ou seja,
ela será obtida a partir dos títulos negociados no mercado.
Além disso, vale ressaltar que é com base nela que bancos, empresas e investidores tomam
suas decisões no ato de realizar quaisquer operações financeiras que envolvam juros, seja
no curto, médio ou longo prazo.
A estrutura a termo de juros é obtida a partir das taxas implícitas na negociação de alguns tí-
tulos. Por essa razão, antes de se pensar em construir uma curva de juros (estrutura tempo-
ral), é necessário que alguns conceitos acerca da negociação de títulos sejam introduzidos.
Considere que título é um instrumento financeiro cujo emissor recebe determinado valor
no início da operação, em troca da promessa de pagamentos futuros predefinidos ao de-
tentor, até uma data t de término do contrato. Esse vencimento é denominado maturidade
do título.
Valor de face
Também conhecido como valor principal, é o montante a ser pago pelo detentor do título na
maturidade do contrato. Quando o valor da transação é superior ao valor de face, dizemos
25 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
que a transação está a prêmio. Quando é inferior, dizemos que está a desconto e, final-
mente, dizemos que está ao par quando o valor da transação coincidir com o valor de face.
Taxa de cupom
Em que:
C = valor do cupom
α = taxa de cupom
F = valor de face
A essa taxa de desconto apropriada se dá o nome de Yield to Maturity ou taxa interna de re-
torno. A YtM reflete o rendimento efetivo dos títulos de renda fixa até seu vencimento sob a
hipótese de que todos os cupons recebidos são reinvestidos à própria YtM.
Do ponto de vista prático, no que tange à análise de títulos de renda fixa, podemos conside-
rar que, se a YtM for maior que a taxa de rendimento desejada pelo investidor, o investimen-
to será considerado atraente. Caso a YtM seja menor do que a taxa de retorno requerida, a
operação não é aconselhável.
26 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
O preço de mercado de um papel nada mais é do que o valor que o mercado atribui àquele
papel ou àquela operação. Esse valor é obtido a partir da equação 1, em que r representa a
taxa requerida pelo mercado (investidor).
Em que:
r = taxa de desconto
A resposta para isso pode ser encontrada no conceito que abordaremos a seguir, o de estru-
tura a termo da taxa de juros.
Antes de abordarmos o assunto, é importante perceber que, para o segundo investidor, en-
quanto o retorno do investimento após um ano já é conhecido, equivalente ao valor de face,
para o primeiro, o retorno é desconhecido e, após um ano, poderá ter sido superior, igual
ou inferior ao valor de face.
O que existe em mãos é apenas o valor esperado para daqui a um ano do título com matu-
ridade de dois anos. Esse valor esperado pode ser afetado por diversos fatores, tais como
política monetária, inflação, liquidez, risco político etc. Esse mix de incertezas, somado à va-
riável tempo, é capturado e representado na curva de juros, ou estrutura a termo.
■■ Taxa de juros à vista – é a taxa de um investimento com início hoje e prazo de n anos.
O valor do principal e juros são pagos ao final do período n.
■■ Taxa de juros a termo (forward) – é a taxa implícita entre duas datas futuras (por
exemplo: a taxa esperada entre os anos um e dois).
1 8%
2 10%
3 11%
4 11%
5 11%
Um título que paga R$ 1.000 em um ano é vendido hoje por 1.000 / 1,08 = 925,93. No caso
de uma maturidade igual a dois anos, o valor seria 1.000 / (1,08 x 1,10) = R$ 841,75. Generi-
camente, o valor presente de um título com valor de face M e maturidade n pode ser repre-
sentado da seguinte forma:
Em que r é a taxa de juros para cada período (lembre: estamos em um mundo sem incerte-
za, onde a taxa de juros é conhecida).
28 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Continuando esta sequência, podemos plotar um gráfico de YtM como função da maturida-
de dos títulos. A esse gráfico damos o nome de curva de juros.
Rentabilidade
Maturidade Taxa de juros Preço
(YtM)
1 8% 925,93 8,000%
Em um mundo sem incerteza, caso o investidor opte por fazer o mesmo investimento citado
anteriormente (prazo de três anos), a diferença será que, em vez de aplicar em um título
com vencimento em três anos, ele aplicará em um de dois anos, seguido de um reinvesti-
mento do montante resultante por mais um ano, conforme ilustrado na equação a seguir.
O valor confere com a tabela 1. Reforçando, esse resultado é explicado pelo simples fato de
que, em um contexto sem incerteza, a rentabilidade será a mesma ou, do contrário, existi-
riam oportunidades de arbitragem, o que não condiz com a premissa adotada.
Genericamente:
Sob incerteza, não há como prever com exatidão a taxa futura. Tomando como base a ta-
bela 1 exposta anteriormente, o que se tem em mãos agora é apenas o valor esperado da
taxa futura de dois anos, digamos: E(r2) = 10%. Baseado no preço esperado, o valor presente
do título será calculado da mesma forma, mas o valor não é certo. O cálculo é, na verdade,
função de uma expectativa de taxa de juros, que pode variar positiva ou negativamente.
Com isso, é introduzido o conceito de prêmio de risco, em que o investidor, geralmente mais
conservador, é recompensado por adquirir um título que seja mais arriscado. Um exemplo
numérico ilustrará melhor o problema.
Exemplo 1
1 8% 925,93 1.000
2 10% 841,75
3 11% 758,33
4 11% 683,18
30 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Ao escolher entre formas de investimento, suponha que o investidor opte pelo título de um
ano, com a taxa de juros de 8% certa e conhecida. O valor presente é de R$ 925,23. Se a taxa
do período seguinte (10%) fosse certa, o valor presente de um papel com vencimento para
dois anos seria R$ 841,75 [1 000 / (1,08x1,10)] em t0 e R$ 909,09 em t1 (1.000 / 1,10).
Entretanto, o comportamento da taxa de juros é incerto e, por conseguinte, caso a taxa real
venha a ser superior à esperada, o valor em t1 será inferior a R$ 909,09 e superior na hipó-
tese de a taxa vir a ser menor do que 10% (r2).
Claramente, o investidor racional só comprará esse título com vencimento para dois anos
se, e somente se, a taxa esperada exceder a taxa livre de risco (lembre-se: o valor de R$
841,75 foi obtido a partir da premissa de que as taxas eram conhecidas, ou seja, sem risco).
Resumindo, o investidor optará pelo título de dois anos caso seu preço seja inferior a R$
841,75.
A título de ilustração, suponha que o valor atual do papel com vencimento para dois anos
seja de R$ 819,00 em vez dos R$ 841,75. Isso indica que a taxa praticada no mercado é su-
perior à taxa de 8% indicada na tabela 1. A taxa correta é 11% (909,09 / 819 = 1,11), reflexo
de um prêmio de risco igual a 3%. Calculando a YtM do título, tomando como base o valor
presente de R$ 819,00, chegaremos a 10,5%. Com esses elementos, é possível obter a taxa
futura que iguala o valor esperado E(r2).
Essa taxa futura representa a taxa necessária no segundo ano do título para tornar ambos os
investimentos (o de um ano, sem risco, e o de dois anos, com risco) igualmente atrativos. Em
outras palavras, a taxa futura contempla o prêmio de risco exigido pelo investidor pelo fato
deste não ter certeza sobre qual será o valor de venda do título no final do primeiro período.
Com a estabilidade econômica obtida a partir do Plano Real, o mercado brasileiro se desen-
volveu, propiciando o surgimento de novos instrumentos e, por conseguinte, o aumento de
liquidez, condição essencial no processo de construção de uma curva de juros.
instrumento mais negociado (maior volume e liquidez) é justamente um contrato que tem
como ativo objeto a taxa de juros: contrato futuro de taxa média de depósitos interfinancei-
ros de um dia (DI Futuro).
Contrato DI Futuro
■■ o contrato futuro de DI se baseia nas taxas médias calculadas pela Cetip, que espe-
lham o custo médio praticado nas operações de troca de disponibilidade de recursos
entre instituições financeiras para curtíssimo prazo;
■■ a ideia é que o custo do dinheiro pode ser visto da mesma forma que outra commodity
qualquer;
■■ cotação;
taxa de juro efetiva anual base 252 dias úteis;
■■ data de vencimento;
primeiro dia útil do mês de vencimento, sendo que os meses autorizados para a
negociação são: os quatro primeiros subsequentes ao mês em que a operação é
realizada e, a partir daí, os meses que se caracterizarem como de início de trimestre;
■■ para contratos abertos por mais de um dia, o PU (preço unitário) passa a ser o ajuste
corrigido por um dia de CDI.
Em que:
PU = preço unitário
n = data de vencimento do
contrato
A partir da fórmula para cálculo de PU, pode-se obter a taxa implícita em cada um dos
contratos e associá-la ao vencimento destes. Esses contratos são negociados diariamente e
possuem boa liquidez.
Além das características do contrato futuro de taxa de juros, faz-se presente a definição de
alguns termos utilizados no âmbito do mercado futuro. São eles:
■■ Ajustes diários – manutenção, a cada dia, dos valores das posições compradas e ven-
didas de qualquer contrato, nos níveis de mercado.
■■ Margem inicial – garantir o pagamento, se for o caso, de pelo menos alguns “ajustes
diários” negativos. É calculada sempre em virtude das características do contrato e da
posição.
Exemplo 1
Considere que o contrato de juros futuro com vencimento em junho possui um PU ajustado
de 99.430,77 e vencerá em oito dias úteis. Calcule a taxa de juros implícita no contrato.
Solução: basta isolar i na fórmula do cálculo do PU. (Lembre: utilizar base 252.)
34 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Entendido como extrair a taxa implícita no contrato futuro de juros, o próximo passo será,
naturalmente, construir a curva. Em vez de fazermos o cálculo para apenas um contrato,
faremos para vários vencimentos disponibilizados pela Bolsa.
Exemplo 2
1 10,16%
8 10,11%
40 9,81%
71 9,66%
102 9,26%
132 9,22%
223 9,28%
Os termos da curva acima podem ser representados também em dias úteis, mas a taxa de-
verá estar obrigatoriamente na base dias úteis/252. Para o primeiro vértice, usamos o valor
da taxa CDI. Essa curva aponta uma tendência para o comportamento da taxa de juros, ou
seja, um fluxo com vencimento para daqui a 223 dias corridos (156 dias úteis) deve ser des-
contado por uma taxa de 9,28% a.a.
Interpolação
Com os vértices da estrutura a termo definidos, fica a seguinte pergunta: qual é a taxa entre
dois vértices? A solução para esse problema vem por meio de modelos de interpolação. A
seguir, apresentaremos as técnicas de interpolação mais adotadas pelo mercado.
Interpolação linear
Técnica que pressupõe linearidade da curva de juros (válida para intervalos curtos). Baseia-
-se na determinação da reta que une os dois vértices dados para determinar a taxa para o
terceiro vértice. Sua fórmula é dada por:
36 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Em que:
Interpolação log-linear
A interpolação log-linear é amplamente utilizada pela sua capacidade em capturar, com boa
precisão e muita simplicidade, o comportamento clássico de uma curva de juros. Sua fór-
mula é dada por:
Em que:
É o método de interpolação mais utilizado no mercado, uma vez que proporciona transição
suave entre os pontos, mesmo quando a curva de juros apresenta formatos incomuns.
Baseia-se em polinômios de terceiro grau (daí o nome).
37 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
INFORMAÇÃO EXTRA
Do ponto de vista prático, marcar a mercado significa encontrar o valor presente do papel.
Se pensarmos de uma forma mais conceitual, a marcação a mercado (MaM) é o processo de
registro de todos os ativos de uma carteira ou fundo por:
O princípio básico por trás da MaM é que os ativos devem ser constantemente reconheci-
dos e avaliados pelo valor que o mercado estaria disposto a pagar por eles, caso fossem
negociados.
A MaM evita que o ativo seja avaliado pelo seu preço de aquisição ou, pior ainda, pelo preço
que o vendedor gostaria de receber pelo mesmo. Tudo isso é substituído pelo registro do
ativo pelo seu preço justo, ou seja, o que o mercado está disposto a negociar pelo ativo.
Objetivos da MaM
■■ aumento da transparência quanto aos riscos das posições, dado que, com a MaM, as
cotas refletem as oscilações dos preços;
■■ possibilidade de que as variações nos preços de ativos sejam reconhecidas sem a ne-
cessidade de negociação dos mesmos;
■■ garantia de que os resultados registrados em fundos reflitam o preço efetivo dos ati-
vos e o real valor do patrimônio do fundo;
Exemplo 1
Considere um título que irá vencer dentro de seis meses (126 dias úteis) e que seu valor de
face é R$ 1.000,00. A curva de juros de hoje projeta uma taxa de 11% a.a para vencimentos
daqui a seis meses. Qual é o valor de mercado desse papel (MaM)?
Solução:
Na prática, alguns problemas podem ocorrer em virtude de premissas que não reflitam o
valor real do ativo marcado a mercado. Isso pode ocorrer quando, por exemplo, se é forçado
a calcular o valor de venda de um ativo em momentos desfavoráveis (voláteis).
Se a liquidez é baixa, o preço de venda calculado pode estar abaixo do preço real em mercado.
Desse modo, o resultado é um desencontro entre a expectativa dos acionistas e o realizado.
39 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
TOME NOTA
Análise de sensibilidade é uma técnica extremamente útil que tem por finalidade determi-
nar o impacto de certas variáveis sob certas condições de mercado. Essa análise e, conse-
quentemente, a sua conclusão, são, muitas vezes, fundamentais para a tomada de decisão.
Veja a seguir as principais medidas de sensibilidade e de risco.
Duration
Essa dupla interpretação costuma causar confusões quanto ao uso adequado de cada uma.
A primeira interpretação, de medida de sensibilidade, é conhecida como duration modifi-
cada. Já a segunda interpretação, da média ponderada dos fluxos, é chamada duration de
Macaulay. Caso seja utilizada capitalização contínua, os dois valores se igualam, mas, nos
demais casos, podem resultar em valores distintos.
Caso o mesmo título possuísse pagamentos mensais de cupom, o duration seria igual a 10,8
meses (maior volume no resgate do principal “puxa” a duration mais para seu prazo).
Em que “r” é a taxa de juros do mercado e “Mac. duration” é a duration de Macaulay. A fórmu-
la para o cálculo da duration de Macaulay é:
Em que “VPi” é o valor presente de cada um dos fluxos, “ti” é o tempo até a ocorrência de
cada um dos fluxos e “VP” é o valor presente de todos os fluxos somados. Enfim, trata-se
da soma ponderada de cada fluxo, com o respectivo tempo de ocorrência, sobre o total de
fluxos do título, tudo a valor presente.
Exemplo 1
Calcule o valor de um título com três anos de maturidade, cupons anuais de 7% e valor de
face de R 1.000,00 Para facilitar o cálculo, assuma que o mercado está trabalhando com uma
taxa de desconto de 5% a.a. Calcule a duration desse título.
Resolução:
41 NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO E ECONOMIA
Propriedades da duration
A duration mensura bem as variações de preço para oscilações na taxa de juros de até um
basis point (0,01%). Para grandes aumentos da taxa de juros, o modelo de duration superes-
tima a queda de preço, enquanto que, para grandes quedas da taxa, o modelo subestima o
aumento de preço. Convexidade é a propriedade que captura essas distorções do modelo
de duration e mensura a sua taxa de mudança em relação às mudanças de Yield.
Mostra a variação no valor de mercado do ativo (MaM), caso as taxas de juros subam um
basis point (0,01%).
Em que:
Então, caso tenhamos um ativo com VaR diário de R$ 1 milhão a 95% de confiança, estamos
dizendo que há apenas 5% de chance desse ativo sofrer perdas maiores que R$ 1 milhão em
um dia normal de operação.
A grande vantagem do VaR é seu poder de síntese: com poucos números, é possível deter-
minar o risco de perda de uma carteira, por mais complexa que possa ser sua composição.
TOME NOTA
RESUMO
Neste curso, você viu os princípios gerais de economia e mercados financeiros. A conjuntu-
ra econômica, representação do estado da economia em determinado instante, é uma das
principais forças capazes de influenciar mercados.
Os intermediadores financeiros, por sua vez, fazem parte de um sistema maior – o Sistema
Financeiro Nacional (SFN) – que engloba não apenas entidades de intermediação, mas os
órgãos de normatização e fiscalização dessas atividades.
Essa complexa rede de instituições existe com o propósito de “acelerar” a economia, fazendo
com que recursos encontrem destino mais rapidamente e com menos riscos. As inúmeras
relações que formam essa rede acabam indicando a saúde econômica de um país – eviden-
ciando a relação entre economia e finanças.
Por fim, você viu um dos principais fatores que afetam a nossa economia: a taxa de juros,
que faz parte do nosso dia a dia, seja na compra de um veículo novo ou calculando o custo
de utilizar limites de cheque especial.
Neste curso, também foram apresentadas as principais definições para juros e o conceito
de estrutura a termo, que nada mais é do que uma curva que mostra o comportamento da
taxa de juros para o futuro. Essa curva representa a relação, em determinado instante, entre
prazo para vencimento e taxa de retorno de títulos de renda fixa.