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A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta
gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Norma culta:
A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da
língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista
político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.
Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica.
Temos, assim, à guisa de exemplificação:
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular,
captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge
conhecer a língua culta para conviver.
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente
se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do
discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente erro; na verdade,
transgride a norma culta.
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo
que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de
fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene.
O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos,
parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do
tipo:
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os
interlocutores.
Eu não a vi hoje.
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou
chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete,
passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado
pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical.
Exemplos:
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.)
Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não
poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje,
porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do
operário da indústria de fibra têxtil.
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e correto,
quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" é uma expressão que deve dar lugar a
esta, por exemplo: "Converta estas frases da língua popular para a língua culta".
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na verdade, uma
frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta.
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos
próprios da língua falada.
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos
significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc.,
fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural,
estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções.
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a
multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, conseqüência
natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a
modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o
pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida
será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam
lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade
falada.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve
variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.
A gíria:
Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um
dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?
O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação,
desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário
oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota
expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem,
ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão.
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a
tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção
de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares,
namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.
FENOMENOS SE MANTICOS
Por esta razão, é importante conhecer fatos lingüísticos como: sinônimos, antônimos,
homônimos, parônimos, polissemia, denotação, conotação, figuras e vícios de
linguagem.
- HOMÔNIMAS PERFEITAS
São palavras que possuem a mesma pronúncia, a mesma grafia, porém as classes
gramaticais são diferentes. Exemplos:
- HOMÔNIMAS HOMÓGRAFAS
São palavras que possuem a mesma grafia, porém a pronúncia é diferente.
HOMÔNIMAS HOMÓFONAS
São palavras que possuem a mesma pronúncia , porém a grafia e o sentido são
diferentes.
Serrar – Cerrar
serrar: cortar
cerrar: fechar
Cassar – Caçar
cassar: anular
caçar: procurar (alimento);
Coser: costurar
Cozer: cozinhar
PALAVRAS PARÔNIMAS
São palavras parecidas na pronúncia e na grafia, mas com significados diferentes.
Discriminar – Descriminar
Discriminar: separar, listar
Descriminar: inocentar
Desapercebido – Despercebido
Desapercebido: desprovido, quem não está ciente, quem não tomou consciência (é
derivado do verbo aperceber-se, que significa tomar ciência).
Absolver: perdoar
Absorver: sorver
Incidente: episódio
Acidente: desastre
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
POLISSEMIA
A mesma palavra apresenta significados diferentes que se explicam dentro de um
contexto.
Polissemia: é resultante dos diferentes significados que uma palavra foi adquirindo
através dos tempos.
Homônimos perfeitos: grafia e som iguais, porém as classes gramaticais são diferentes.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
As palavras podem ser usadas com o seu significado original, real (denotação) ou com
um significado novo, diferente do original (conotação).
Quando usamos a linguagem em seu sentido figurado, estamos fazendo uso das diversas
figuras de linguagem que existem (metáfora, metonímia, prosopopéia, hipérbole, etc).
Certas vezes, o falante desconhece algumas normas gramaticais e comete alguns erros,
em outras ocasiões, ele simplesmente é descuidado e acaba (ao falar ou escrever) unindo
sílabas que formam um som desagradável ou obsceno.
- O cachorro do seu irmão avançou na minha amiga. (cachorro pode ser o animal (cão),
ou uma qualidade (vagabundo, assanhado) para irmão
Uma pessoa pode intrometer-se no início, meio ou fim de uma conversa, assim como
alguém pode voltar-se para o lado.
Coerência Textual
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Em uma redação, para que a coerência ocorra, as idéias devem se completar. Uma deve
ser a continuação da outra. Caso não ocorra uma concatenação de idéias entre as frases,
elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio. Quando
isso acontece, dizemos que houve um quebra de coerência textual.
A incoerência de um texto pode ser observada por um falante da língua, mas não é tão
fácil identificá-la quando estamos escrevendo.
COESÃO E COERENCIA
Uma das propriedades que distingue um texto de um amontoado de palavras ou frases é o
relacionamento existente entre si. De que trata, então, a coesão textual? Da ligação, da
relação, da conexão entre as palavras de um texto, através de elementos formais, que
assinalam o vínculo entre os seus componentes.
A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa
(retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos.
Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são
diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz.
Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara
de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que
sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de ombros contraídos.
De que trata a coerência textual ? Da relação que se estabelece entre as diversas partes
do texto, criando uma unidade de sentido. Está, portanto, ligada ao entendimento, à
possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê.
Este ponto de vista referencial determina a dimensão do problema dos direitos humanos
na América Latina.
Neste contexto, a fiel abordagem acerca das condições presentes e dos caminhos futuros
dos direitos humanos passa, necessariamente, pela reflexão em torno das relações
econômicas internacionais entre países periféricos e países centrais.
As desarticulações que desta situação resultam não chegam a modificar a base estrutural
destas relações: a extrema dependência a que estão submetidos os países periféricos,
tanto no que concerne ao agravamento das condições de trabalho e de vida (degradação
dos salários e dos benefícios sociais), quanto na dependência tecnológica, cultural e
ideológica.
(Núcleo de estudos para a Paz e Direitos Humanos, UnB in: Introdução Crítica ao
Direito, com adaptações)
b) Por conseguinte, a questão dos Direitos tem significado político, enquanto realização
histórica de uma sociedade de plena superação das desigualdades, como organização
social da liberdade.
d) Na América Latina, por isso, a luta pelos direitos humanos engloba e unifica em um
mesmo momento histórico, atual, a reivindicação dos direitos pessoais.
DICAS: esse tipode questão exige a capacidade de seleção das informações básicas do
texto e de percepção dos elementos de coesão constitutivos do último período e sua
interligação com o parágrafo subseqüente; nesse caso, a opção que será marcada.
O texto trata dos direitos humanos – a realidade no contexto sócio- político e histórico
estrutural – processo de criação das sociedades; “as relações econômicas
internacionais entre países periféricos( a sua dependência) e países centrais”.
*na altern. d) “Na América Latina, por isso, a luta pelos direitos humano...”
02. Assinale a opção em que, no texto, a expressão que antecede a barra não
retoma a idéia da segunda expressão que sucede a barra.
a) "realidade" (l.2) / " contexto sócio-político e histórico-estrutural do processo" (l.2 e 3)
b) "deste processo" (l.6) / " Processo contraditório de criação das sociedades" (l.3 e 4)
GABARITO:A
DICAS: essa questão é típica de coesão textual que trata dos elementos anafóricos-
aqueles que retomam um elemento referencial(anterior). O objetivo do comando é “a
expressão que antecede a barra não retoma a idéia da segunda expressão. Se se observar
com atenção, a palavra “realidade” da altern. a) vem citada antes, no texto, que a
expressão "contexto sócio-político e histórico-estrutural do processo", portanto
corresponde ao que se pede. Daí, o gabarito apontar a altern a) como a indicada.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de som
Figuras de construção
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se
subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha
verde e mole que se derrete na boca.”
Figuras de pensamento
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese,
procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
Figuras de palavras
Vícios de linguagem