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CURSO DE MAÇONARIA – GRAU DOIS DE ACADÊMICO COMPANHEIRO
Sumário Geral
Introdução
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QUARTA APOSTILA
1ª AULA
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2ª AULA
Página 19
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3ª AULA
Página 32
4ª AULA
Página 44
5ª AULA
Página 53
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6ª AULA
Página 61
7ª AULA
Página 91
8ª AULA
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9ª AULA
Página 111
Folhas da Prova
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Para se ter uma melhor ideia do que será abordado nesses estudos, o
Segundo Grau Acadêmico, como já dissemos, dividido em nove etapas, trata na
primeira aula da Origem do Grau de Companheiro bem como explica o termo
“companheiro”; adentra a cerimônia de elevação e a necessária abertura e
transformação da Loja de Aprendiz em Loja de Companheiro devido a Cerimônia
Magna.
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essa aula e abrem a mente do estudante para um universo maravilhoso e até então
desconhecido.
A aula número sete nos dará uma boa e elucidadora lição sobre a filosofia
de Sócrates com mais detalhes do que nos trouxe o estudo anterior. Sua vida e seus
pensamentos sobre a moral, religião, conceitos sobre Deus, tudo isso faz parte
desta lição.
Pitágoras encerra este estudo para o Grau Dois, sobre os filósofos. Pitágoras tem
conceitos que interessam especialmente aos maçons, uma vez que a sua ligação
com os números norteiam desde as medidas da Loja até mesmo o avental que
utilizamos. A filosofia, a vida e as obras deste grande homem podem ser estudados
na aula de número nove,
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Preste atenção durante a leitura do texto pois as frases que foram utilizadas
para formar o questionário estão todas no texto. Você pode responder as questões
logo após a lição, pois isso facilitará o preenchimento da “folha de prova” no final da
terceira apostila. Ao terminar o Grau Três de Acadêmico Maçom, o aluno que
obter nota mínima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com média final 5,0 (cinco)
será indicado, caso seja de sua vontade, para uma das Lojas Maçônicas filiadas ao
Ibemac e poderá tornar-se um Aprendiz Maçom, caso preencha os requisitos
básicos para ingresso na Maçonaria.
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dos estudos. Ele também será o seu padrinho para um futuro ingresso na
Maçonaria.
Esses, aos quais nos referimos, são os vitoriosos desta primeira etapa.
Infelizmente, notamos que muitos dos nossos irmãos contentam-se, apenas, em
conhecer o Primeiro Grau, como se fosse encontrar em um únicol grau todos os
mistérios velados por centenas ou milhares de anos pela Maçonaria.
Ledo engano. A Maçonaria não seria o que é até os dias de hoje, caso
entregasse seus segredos no grau em que recebe os profanos. Seria tamanha
temeridade que colocaria em risco toda a estrutura filosófica e esotérica da Ordem.
É, justamente, no Primeiro Grau em que encontramos, ainda, os maiores curiosos, a
sombra da metamorfose (meio maçom e meio profano), os desinteressados pelos
estudos mais profundos, os indolentes, os aproveitadores, enfim, muitas daquelas
características que marcam os profanos ainda estão presentes (mas não poderia)
em alguns dos nossos irmãos no Primeiro Grau.
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Para todo aquele que venceu a primeira etapa na vida de iniciado, eis aqui, o
Manual do Grau de Companheiro Maçom, ou as Instruções do Grau Dois.
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INSTRUÇÕES PRELIMINARES
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a-dia e nas sessões da Loja, que o Companheiro demonstra que realmente mereceu
o seu “aumento de salário”, através das suas atitudes do cotidiano que visam a
melhora da sociedade como um todo, da comunidade em que vive e dos indivíduos
que a compõem, realçando a imagem positiva que os profanos projetam sobre a
maçonaria. Em resumo, neste grau, o Maçom irá preocupar-se em dar atenção aos
seus semelhantes e a si mesmo; observar sempre que seus semelhantes são seres
humanos e merecem atenção e fraternidade e, por último, aceitar e compreender os
avanços da tecnologia, se possível dominar uma parte desta tecnologia e utilizá-la
para o progresso da humanidade. Não pode esquecer nunca, que apesar do seu
progresso, a base do edifício da Maçonaria continua sendo – e sempre será – o
Grau Um do Aprendiz Maçom.
2. DECORAÇÃO DO TEMPLO
O Templo é decorado em vermelho e tem cinco luzes que estarão acessas
antes do início da sessão, dispostas em número de três no A.’. do V.’. M.’. em um
candelabro específico, e uma em cada A.’. dos VV.’.
O L.’.S.’. ou a Const.’. da L.’. estarão dispostos no A.’. dos JJur.’. juntamente
com o Esq.’. e o Comp.’. e no Oc.’. (ao centro) o P.’. da L.’. tudo de modo visível
para quem adentra ao Templo.
As CCol.’. J.’. e B.’. caso estejam dentro do Templo, seguirão a ordem de
iluminação, mantendo-se a B.’. apagada e a J.’. acesa. Essa iluminação é
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obrigatória, mas pode ser feita de forma indireta através de luzes auxiliares focadas
na respectiva direção.
O Alt.’. das FFer.’. será forrado por uma toalha Pr.’. e Br.’. (em partes iguais) e
terá sobre si os instrumentos necessários para à elevação: O Maç.’. , o Cinz.’. , o
Esq.’. , a Alav.’. , a Reg.’. , a Esp.’. e o Comp.’. .
A Estr.’. Flam.’. deverá ser acessa somente no momento exigido pelo Ritual.
Em cada uma das estações do Templo (Oriente, Ocidente, Setentrião e
Meridiano) serão fixadas tabuletas com as inscrições: Cinco Sentidos (Oriente),
Filósofos (Ocidente), Arquitetura (Meridiano) e Ciências Liberais (Setentrião).
3. VESTES
A indumentária das Luzes e dos Obreiros é a mesma do Grau Um. Os
membros que serão elevados estarão trajados com balandrau e avental (que é a
insígnia do Comp.’.) porem com a abeta abaixada. Observação importante deve ser
feita quanto ao traje antes e depois da elevação, pois ao adentrar ao Templo, o
candidato o faz na condição de Aprendiz e deverá vestir-se com o avental “abeta
levantada” e calçar as luvas brancas; a abeta do avental será baixada e as luvas
descalçadas somente após o término do ritual de passagem.
4. TÍTULOS
Os títulos (pronomes de tratamento) tanto para as Luzes quanto para os
obreiros são os mesmos do Grau Um.
5. ABERTURA OU TRANSFORMAÇÃO
A Loj.’. do Comp.’. Maçom pode ser aberta diretamente no Gr.’. de Comp.’.
ou passar pela transformação do Grau de Aprendiz em Companheiro Maçom. No
segundo caso, a Loja de Aprendiz será fechada, os AApr.’. serão chamados para
Cobr.’. o Templo. Ao final do Ritual de Elevação, a Loja de Companheiro será
fechada e reaberta a de Aprendiz.
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6. FECHAMENTO E TRANSFORMAÇÃO
Tanto a abertura dos trabalhos bem como fechamento e a transformação
seguem um método específico, descrito no ritual e no Regulamento da Ritualística,
que são documentos de circulação e conhecimento restritos, não publicados para
conhecimento geral.
7. INGRESSO NO TEMPLO
O ingresso no Templo é realizado em procissão ou cortejo, organizado pelo
M.’. de Cer.’. ainda na Sal.’. dos PP.’. PP.’. e permitindo a entrada dos membros em
conformidade ao grau em que será aberto o trabalho. Segundo a vontade do V.’.M.’.
e em conformidade com o Regulamento Geral da Obediência, poderá ser feita “em
família” inclusive com a entrada dos visitantes ao lado dos membros da Loja, sem
distinção e sem telhamento.
8. ORDEM DO DIA
A Ordem do Dia, é um documento distinto dos demais da Loja, onde se
encontra a pauta dos acontecimentos daquele dia de trabalho. Costumeiramente
segue um critério de assuntos e destina-se: a) Iniciações; b) Assuntos em Pauta e
Editais; c) Petições e; d) Instruções; e) Apresentação de Propostas de Elevações; f)
Apresentação e Apreciação dos Trabalhos; g) Aprovação de Elevações; Este
exemplo de Ordem do Dia, diz respeito à Loja de Companheiro e será alterado
quando da Loja de Aprendiz. Durante a leitura da Ordem do Dia, será permitido o
uso da palavra nas CCol.’. porem o V.’.M.’. deverá evitar excessos, proibir debates e
deixar claro que não é necessário manifestação de apoio aos assuntos já expostos.
Os assuntos mais complexos poderão, a critério do V.’.M.’. permanecer “sob
malhete” pelo tempo permitido de forma regimental.
9. ELEVAÇÃO
Denomina-se “elevação” o ato que concede o “aumento de salário” para o
iniciado que vai de Aprendiz para Companheiro. Portanto, eleva-se um Aprendiz que
está no Grau Um para o Grau Dois que é de Companheiro Maçom. A utilização do
termo “iniciação no Grau de Companheiro” também está correta. A Elevação exige a
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execução correta do Ritual para que a cerimônia seja considerada Jus.’. e Per.’.
evitando-se inovações desnecessárias, tanto diminuindo como acrescentando textos
ou símbolos. Recomenda-se que os membros que serão elevados, ainda que
permaneçam juntos na Sala das Reflexões devem ser isolados para o ingresso no
Templo e, após as provas, isolados novamente até a conclusão do grau. Esse
isolamento visa possibilitar o desenvolvimento das provas do grau sem que um
candidato ouça ou presencie as provas que o outro está sendo submetido.
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não é de força física mas sim de vontade e disciplina para alcançar o objetivo do
Grau Um, que é o trabalho moral, para o qual os utensílios são simbólicos e a
aplicação principal se faz, inicialmente, em nós mesmos. Com a iniciação e o
trabalho, levantou-se uma pequena ponta do “Véu de Isis” e os pequenos mistérios
começaram se descortinar perante o neófito. Agora, digno deste “aumento de
salário” irá conhecer novos símbolos, cada vez mais elevados, ligados á Maçonaria
Universal desde os primórdios da sua construção. Ao ser recebido maçom, o
iniciante foi submetido à provas físicas e psicológicas, que tinham por finalidade
testar a sua coragem e seu caráter, verificar a sua firmeza de propósitos através das
questões sobre os quatro elementos. Ainda que se fizeram tais questionamentos em
forma de testes, exigindo-se do candidato provas de uma devoção que os profanos
não estão acostumados a dar, pouco se aprofundou no âmago do candidato, uma
vez que a consciência sempre esteve representada por uma voz e mão amiga que o
guiava pelo caminho desconhecido, íngreme, com perturbações e quase todo ele
feito às escuras. Agora, no momento da passagem de um grau para o outro, o
candidato não passará mais por tais provas, mas será testado na sua verdadeira
condição de “companheiro”, onde deverá escolher de forma correta dentro das
possibilidades que lhe serão apresentadas e, dessas escolhas dependerá a sua
aprovação ou reprovação para obtenção do Grau. Será testado quanto a sua
lealdade e companheirismo para com seus pares e semelhantes, deverá demonstrar
que é capaz de abdicar dos seus desejos mais ardentes e ceder seu lugar para
outro irmão sem que isso o deixe magoado ou ferido. O conhecimento do grau
anterior também será testado através de questões relativas às instruções do Grau
Um, que deverão ser respondidas corretamente. Todo o trabalho de questionamento
será feito pelo Venerável Mestre e observado pela maior dignidade maçônica
presente bem como por um corpo de MM.’.MM.’. escolhidos para essa finalidade os
quais, por sua vez, não poderão interferir nem à favor e nem contrário ao candidato,
porem serão testemunhas presenciais dos acertos e erros nas respostas e na
conduta daquele e, ao final de uma etapa de provas serão chamados para votar pela
aprovação ou reprovação de cada candidato. É importante chamar a atenção para
esse tipo de prova, da elevação ao Grau Dois, Companheiro Maçom, que foi retirada
dos costumes das atuais Lojas, mas que era praticado pela Maçonaria Universal,
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ainda na Idade Média (sec. XV), quando não estava organizada da forma que a
vemos nos dias de hoje.
É sempre bom ressaltar que o Grau de Companheiro Maçom foi um dos mais
desejados dentro das “guildas” de construtores ou operários, uma vez que era o
grau máximo que poderia ser alcançado dentro da hierarquia, pois o Título de
Mestre Maçom não era utilizado como grau mas sim como uma forma de
homenagem ao companheiro com mais experiência, o qual poderia conduzir os
demais. Através da documentação da Maçonaria Universal, temos que até 1357,
somente existia o Grau de Aprendiz e que Companheiro era um título de tratamento
entre os membros de uma associação de construtores. O Grau de Companheiro, por
sua vez era dividido entre “novatos” e “seniores” (experientes), os quais passaram –
apenas à partir de 1670 – a criar toques, sinais e palavras para distingui-los dos
mais novos. A tradição nos mostra, que nas tavernas da França e Inglaterra, onde
se traçavam e riscavam as Lojas daquela época, o Painel de Loja era traçado
apenas no Grau de Companheiro para ambos os graus. O Ritual de Companheiro
somente foi definido de forma litúrgica após o ano de 1717 com a fundação da
Primeira Grande Loja de Londres.
No Grau de Companheiro o iniciado é chamado a penetrar mais
profundamente o espírito da Maçonaria, para tanto é necessário deixar o trabalho e
o estudo sobre a matéria (P.’.B.’.) e iniciar-se no estudo da parte espiritual do ser
humano. Esse é o motivo pelo qual a Loja passa a dar ao Companheiro a instrução
específica sobre as Ciência Liberais e a Filosofia, de modo a que venha refletir sobre
a criação, o Criador e a criatura, partindo daquilo que existe e que pode ser visto e
medido para aquilo que, existindo, não pode ser mensurado. As faculdades de
pensar e de agir corretamente e de compreender, nascem da vida e da inteligência.
Vida é o fenômeno de resistência á morte; Inteligência é a função ativa da alma,
também conhecida pelos antigos como “intelecto”; portanto, o intelecto é atributo do
Ser. Dessa dupla função que o homem possui, orgânico-espiritual, nascem o
raciocínio, as idéias, a memória e o sentimento. São essas faculdade que fazem do
homem um ser superior aos animais.
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INSTRUÇÕES PRIVATIVAS
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que os egípcios preferiam, além desse estilo, outros dois: papiriforme (formato de
papiro, que pode ser fechado ou aberto) e palmiforme (formato de palmeira)”.
Encontramos, portanto, em um Templo Maçônico, marcas da cultura egípcia
mesclada com as culturas crego-romanas.
Esta Lenda refere-se ao episódio bíblico em que, logo após ganhar uma
batalha, conforme narra “Juízes 12 (1-7)” com um exercito formado pela junção de
várias tribos, menos a dos efraimita que se revoltaram pelo fato de não terem sido
convidados pois a vitória trouxe direito sobre os despojos do inimigo vencido,
resolveram entrar em batalha contra os geleaditas, pois culparam o seu General
Jetfé pela ofensa; após a batalha entre essas duas tribos, os gileaditas saíram
vencedores e o General Jatfé proibiu que os efraimitas permanecessem naquela
aldeia, porem como todos eram muito parecidos, havia uma dificuldade aparente
para distingui-los, então Jetfé iluminado pelo Senhor, criou uma senha através de
uma palavra de passe, a qual possuía uma letra de difícil pronuncia pelos efraimitas,
assim, quando eram questionados (Deixai-me passar, perguntavam a ele: és tu
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efraimita? Respondendo não, então lhe perguntavam: dizeis pois...) sobre a senha a
proferiam de forma incorreta e eram imediatamente eliminados. Narra-se que foram
mais de dois mil os que morreram dessa forma, tamanha era a perfeição da palavra
de passe. A pronuncia diferenciava o “S” do “CH”.
A lenda deste grau, na verdade, era composta pela “Lenda de Orfeu” e foi
substituída pela que está acima, por influência judaico-cristã na Maçonaria. Esta
apostila tem um capítulo dedicado a explicação sobre a “Lenda de Orfeu”.
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Flamígera”. Não se deve confundi-la com o “Delta Luminoso” que é tema das
próximas instruções.
Painel Simbólico: Este painel é muito parecido com o do grau de Aprendiz Maçom.
Vamos nos fixar, inicialmente, nas semelhanças. As Colunas, em número de duas,
uma ao lado direito e outra ao lado esquerdo, mantendo as mesmas letras iniciais “J”
e “B” ambas com os mesmos significados. As três janelas pelas quais incide a luz do
Sol, nos períodos distintos, nascer do Sol, Meridiano e Ocaso ou aurora, meio-dia e
crepúsculo. Pedra Bruta para o trabalho do Aprendiz, a Pedra Cúbica da qual se
serve o Companheiro, a prancheta para o Mestre. O Malho e o Cinzel, para que o
Aprendiz desbaste a Pedra Bruta. O Esquadro e o Compasso, ambos entrelaçados,
símbolo do Companheiro e que representa, no painel, o Venerável Mestre da Loja. O
Nível simbolizando o Primeiro Vigilante e o Esquadro ou Perpendicular para o
Segundo Vigilante. O Sol e a Lua, que além de simbolizar os luminares do dia e da
noite, simbolizam o masculino e feminino, pertencendo o Sol ao Orador e a Lua ao
Secretário. Na Maçonaria Egípcia simbolizam, ainda, o Sol para o Venerável Mestre
ou o Grão-Mestre e a Lua para a Sacerdotisa da Loja ou o Grão-Mestre Adjunto e
ainda o Mestre-Adjunto. A corda de 81 nós, que no painel aparece com 7 nós,
simbolizando a união indissolúvel entre os maçons. A Orla Dentada, simbolizando a
atração entre os maçons e a justaposição que cada um ocupa na Grande Obra,
simboliza também os opostos que se unem para dar forma aquilo que tem é visível
neste mundo. As Estrelas ou Constelações que simbolizam o caráter universal da
Maçonaria. As diferenças básicas entre um painel (Aprendiz) e o outro
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(Companheiro) estão na escada, que ao invés de ter três degraus agora tem cinco
(em referência ao número d grau); o Esquadro e o Compasso estão na posição de
Companheiro; Surge a Estrela Flamejante com a letra “G” no centro; a Alavanca e a
régua que não apareciam no painel do Aprendiz agora constam deste, como
ferramentas do Companheiro; Aparecem o Pavimento Mosaico e a Orla Dentada, as
quais juntam-se a Estrela Flamejante para formar os ornamentos da Loja de
Companheiro. A Espada e a Colher de Pedreiro, também estão neste painel, em
recordação a reconstrução do segundo Templo de Salomão, por Zorobabel,
conforme consta nas Escrituras Sagradas. É importante destacar que nem sempre
encontraremos o Painel Simbólico com esses detalhes, pois os painéis foram sendo
alterados com o passar do tempo e conforme a inspiração do copista que os alterava
conforme sua concepção da simbologia. Este painel também varia conforme o rito
adotado.
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Como foi dito em instrução anterior, a Letra “G” (Gê) foi introduzida no centro
do Delta Luminoso nas Lojas Maçônicas através de um processo denominado por
Albert G. Makey de “anglicismo” (incorporação da língua inglesa em outras línguas).
Essa substituição gerou vários estudos, muitos dos quais, até a presente
data, sem conclusão definida, ficando apenas na categoria da especulação.
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Outros significados para a letra G são encontrados nos diversos rituais impressos no
Brasil, são eles: gravitação, geração, gnose, gênio e geometria.
Antes de iniciarmos os estudos dos números deste grau, convém lembrar que
a Maçonaria na antiguidade estudava a fundo a ciência dos números, dando a ela o
nome de Gematria que por sua vez foi uma palavra retirada de Geometria e por sua
vez dizia respeito a “Geometria Sagrada”. Os Maçons se dedicavam a este estudo
por um período mínimo de cinco anos. Nesse tipo de ciência, aprende-se a reduzir
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(figura: Pentalfa)
Número Sete: O Livro Sagrado tem uma incrível repetição deste número que
chamou a atenção de vários estudiosos por esse motivo. No sétimo dia Deus
descansou, antes viu que tudo o que tinha feito era bom, abençoou e santificou o
sétimo dia. É um número inteiramente religioso, representa o triunfo do espírito
sobre a matéria. O sétimo caminho o Sepher Yetizirah (Cabala Judaica) é o da
inteligência oculta e representa a combinação entre a fé e o intelecto. Sete são os
orifícios na cabeça do homem. O equivalente hebreu para o número sete é Zain. É
também o número da realeza, do triunfo e da fama. É o número do Mestre.
Número Oito: Os antigos gregos diziam que “todas as coisas são oito”. A
circuncisão, conforme a lei judaica, acontece no oitavo dia depois do nascimento.
Para Pitágoras era o número da justiça e plenitude. Também é conhecido como o
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Este capítulo apenas dá uma singela noção sobre os cinco sentidos e conclui
com a necessidade do Companheiro Maçom partir em busca do “sexto-sentido”.
Hoje em dia, face a facilidade de pesquisas e consultas através da internet torna-se
muito prático um estudo dessas faculdades físicas do ser humano, recomendamos,
pois, que o Companheiro procure essas fontes de consulta e se aprofunde neste
tema.
CINCO SENTIDOS
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tarefa. Quando um órgão perde a sua perfeição geralmente é substituído por outro
que se desenvolve mais do que o normal em outras pessoas com todas as funções
perfeitas. Exemplo disso, é a capacidade de tato e olfato adquirida pelo homem que
perde a visão. Esses cinco sentidos estão ligados as sensações externas do corpo.
Sensações internas são aquelas que nos dizem que estamos com sono, fome, dor,
cansaço etc. O cérebro mantém na memória todas as sensações captadas através
destes sentidos.
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O OLFATO: É o sentido responsável pela captação dos odores que nos cercam, seu
órgão receptor é o nariz. Este sentido, ao contrário da visão, não descansa nunca,
está ativo durante todos os instantes da nossa vida. É um dos sentidos mais
elementares e, ao contrário dos demais, liga-se diretamente ao córtex cerebral sem
passar pelo hipocampo. Também é responsável por ativar lembranças na memória.
A respiração, que é responsável pela vida, também o utilizada como condutora dos
odores que chegam até o cérebro e causam sentimentos de aproximação (aroma
agradável) ou de repulsão (odor desagradável) movimentando o ser humano ao
encontro daquele odor, ou em outros casos, conduzindo-o em sentido contrário. Os
místicos, dentre eles os Maçons, utilizam perfumes e incensos para ativar o sentido
esotérico do olfato.
O PALADAR: Seu órgão é composto pela língua, lábios, partes internas da boca e
papilas gustativas. Responsável pela capacidade que temos em distinguir os vários
sabores dos corpos que nos cercam. Na Maçonaria o paladar é utilizado,
principalmente, na prova da “Taça Doce-Acre”, que é servida ao Candido em um
determinado grau para testar as suas intenções e se tem maldade em seu coração.
O TATO: Este sentido é captado em toda a extensão do corpo humano tendo como
agente de percepção a pele, que por sua vez é considerado o maior órgão do corpo
humano. Através do tato sentimos a consistência dos objetos, suas dimensões,
aspereza, forma, dimensões, temperatura etc. O tato está intimamente ligado a
libido, portanto é responsável pelo desejo sexual, sendo que os demais sentidos,
cada um em proporção maior ou menor, porem sempre inferior ao tato, também
estão ligados ao sexo, nesta ordem (após o tato): visão, olfato, paladar e por último
a audição. Por isso, os místicos são inclinados a superar os sentidos físicos,
evitando as ilusões que eles proporcionam, principalmente, reeducando-se em
respeito ao sexo e tudo que dele advém.
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Origem
A Ordem Jônica surgiu a leste da Grécia oriental e seria, por volta de 450
a.C., adotada também por Atenas. Desenvolvendo-se paralelamente ao estilo Dórico
apresenta, no entanto, formas mais fluidas e uma leveza geral, sendo mais utilizado
em templos dedicados a divindades femininas. A coluna possui uma base larga, tem
geralmente nove módulos de altura, o fuste é mais elegante e apresenta vinte e
quatro caneluras. O capitel acentua a analogia vegetal da coluna pela criação de um
elemento novo entre o coxim e o ábaco de caráter fitomórfico. Este elemento dispõe
de dois “rolos” consideravelmente projetados para os lados, as volutas. O friso passa
a ter elemento único decorado em continuidade. O Erecteion de Atenas, talvez o
mais belo dos templos jônicos, levantando em honra de um lendário herói ateniense
chamado Erecteu, terminou sua construção em 406 a.C., estando localizado sobre a
Acrópole da cidade. A forma de se identificar este tipo de arquitetura é observar no
alto da coluna a presença de dois rolos um em cada lado. Uma curiosidade que
envolve os estilos Jônico e Dórico é que ambos os povos eram inimigos e vivam em
batalhas constantes um expulsando o outro do seu território. A justaposição dessas
colunas, de arquiteturas tão diferentes, vindas de povos que se odiavam, pode
significar a pacifica convivência dentro do Templo Maçom que abriga todas as
culturas sem distinção alguma.
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Por ser considerada uma junção das duas outras ordens arquitetônicas,
poder-se-ia supor acertadamente que ela representa a união do masculino e do
feminino que deve preponderar em toda Loja Maçônica, formando o equilíbrio dos
opostos.
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COMPÓSITA TOSCANA
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Questões:
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conhecimento, não o de conhecer todos os filósofos pelo nome e pelas obras, mas
sim “adquirir a forma de pensamento filosófico”. Para auxiliar nos estudos,
fornecemos uma relação contendo alguns filósofos de grande importância para que
sirvam de exemplo ao estudante, são eles: Tales de Mileto, Anaximenes,
Anaximandro, Parmênides, Heráclito, Demócrito, Sócrates,Platão, Aristóteles,
Pitágoras, Descartes, Spinoza, Locke, Hume, Berkeley, Kant, Hegel, Kierkegaard,
Marx Darwim. Os Filósofos brasileiros devem ser estudados neste grau, segue uma
relação deles que não contem todos os nomes de destaque, apenas como
referência, são eles: Claudio Ulpiano, Tomás Adalberto da Silva Fontes, Tobias
Barreto de Menezes, Tarcio Meirelles Padilha, Silvio Tibiriça de Almeida, Silvio
Donizetti de Oliveira Gallo, Sérgio Paulo Rouanet, Renato Janine Ribeiro, Raimundo
Teixeira Mendes, Plinio Salgado, Olgária Chain Feres Matos, Olavo Luiz Pimentel de
Carvalho, Newton Carneiro Affonso da Costa, Mário Ferreira dos Santos, Marilena
de Sousa Chaui, José Guilherme Merquior, Huberto Rohden, José Herculano Pires,
Celso Charuri, Caio da Silva Prado Júnior, Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior,
Apolinário José Gomes Porto-Alegre, Arsênio Palácio. Recomenda-se que o
Companheiro Maçom trace um plano de estudos sobre os filósofos acima
relacionados e, mais do que a biografia de cada um, procure entender o espírito e a
mente desses homens e mulheres que com suas idéias contribuíram e continuam
contribuindo para o progresso da humanidade.
Foi o fundador da Escola Pitagórica, que reunia todas as artes como matérias
obrigatórias para a educação do ser humano. A sua intenção era apresentar todas
as instruções para que o aluno, conhecendo-as, pudesse optar por qual área do
conhecimento humano tinha maior dom ou inclinação. Pitágoras costumava observar
seus alunos a ponto de definir se eram inspirados (já nasciam com a tendência para
certas artes) ou se eram capacitados (aqueles que tinham disciplina para aprender o
que o dom natural não lhes dera desde o nascimento). Dessa forma, instituiu um
ensino livre, que possibilitava ao aluno tornar-se um adulto realizado com sua
ocupação. Seus discípulos, após vencerem as primeiras etapas da escola, eram
classificados em iniciados e os públicos. Públicos eram os alunos da escola normal.
Iniciados eram aqueles chamados para a Escola de Mistério, fechada para a
INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO MAÇÔNICO - IBEMAC
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maioria. A veneração dos alunos iniciados pelo Mestre era tanta que costumavam
dizer: “assim o Mestre disse” e com essa frase encerravam qualquer possibilidade
de discussão sobre o assunto. Pitágoras admitia a existência de um único Poder
Criador, mas não emprestava nenhum nome ou título para a divindade, com isso
pretendia não criar rótulos humanos para algo que estava muito acima da
capacidade de entendimento do homem. Era um grande estudioso dos números, e
reduzia tudo a eles: letras, palavras, fatos e locais. A própria alma era um número.
Explicava a criação do universo através da seguinte fórmula: “ a grande mônada o
número um, tinha produzido o binário ou número dois, depois criou o ternário ou
número três e assim por diante até a formação de todos os números que compõem
o universo. Reconhecia na alma duas partes distintas: a razão e a paixão. Ensinava
aos seus adeptos que deveriam conhecer ambas as partes e evitar que a “fera da
paixão” os dominasse. Seus iniciados estudavam e acreditavam na “metempsicose”
como a transmigração da alma para outro corpo de forma consciente, bem como
entendiam ser possível a “reencarnação consciente” onde o indivíduo deixava este
mundo levando consigo a consciência do que estava acontecendo, guardando todos
os seus conhecimentos, conservando-os no momento de voltar a vida. Os iniciados
estudavam todas as ciências, principalmente os mistérios, que eram considerados
uma ciência à parte, ensinada de forma velada para evitar perseguições por parte da
população que acredita em outras doutrinas. Mantendo sigilo sobre a sua “Escola de
Mistérios”, Pitágoras criou, segundo os observadores profanos “uma ceita religiosa”
que era mais fácil de aceitar do que uma “escola secreta”. Através dos estudos e da
observação da astronomia, Pitágoras descobriu o duplo movimento de rotação da
Terra. Foi ele quem criou o vocábulo “filosofia” para definir o que entendemos hoje
em dia como sendo “os amantes da sabedoria”. Toda a base da Maçonaria,
principalmente do Rito Escocês Antigo e Aceito está calcada sobre os ensinamentos
de Pitágoras, nas medidas, nos números, na geometria, enfim, todas as dimensões
do Templo são pitagóricas, sendo Pitágoras Grão-Mestre Maçom por excelência.
Destaca-se, ainda nos seus ensinamentos, a forma como via e conduzia sua escola,
tanto a pública quanto a velada, para que todos os alunos vivessem em
comunidade, praticassem a meditação e o jejum, tivessem liberdade de expressão.
A prática da contemplação, que depois foi distorcida e se tornou sinônimo de
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INTRODUÇÃO
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atualidade, nesse Grau, o Rito escocês não a utiliza, encontramo-las apenas no Rito
York. Por que? Uma questão que ficará em aberto, pois necessita de uma pesquisa
mais profunda e inclusive, nos originais desses Ritos e que no momento não temos
as informações necessárias. Mas, essa abordagem necessita ser feita e
urgentemente.
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Por fim, a MÚSICA. Qual a sua utilidade na Maçonaria? Cremos aqui, que
tanto a GEOMETRIA quanto a MÚSICA, são as disciplinas do QUADRIVIUM que
mais têm utilidade na Ordem. A primeira, vinculada aos aspectos rituais e litúrgicos
que já em pleno século XII se constituía na disciplina principal daquele período.
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Geometria Plana
Estereometria
Ciência do Movimento
Astronomia
Música
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1. O século XIII marca uma ruptura com a ordem tradicional das SETE
ARTES LIBERAIS, que aos poucos vão sendo substituídos pela enciclopédia
aristotélica.
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que, cremos, dirime qualquer dúvida a respeito do que seja Arte no contexto
medieval das Artes Liberais.
O TRIVIUM E O QUADRIVIUM
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CONCLUSÕES
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Esperamos que tenhamos pelo menos iniciado levantar o véu sobre este
problema, para que possamos aprofundá-lo como merece.
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Antes dos sofistas, não se fala de gramática, de retórica ou de Dialética JAEGER 359
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Pelo menos até o fim do século XII, a base de todo o ensino foi a Gramática.
Por ela se chegava a todas as outras ciências. LE GOFF 94
A ciência “...se chega por meio das Artes Liberais”. SAINT VICTOR 61
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Música BRÉHIER 17
PETERSON 81
Astronomia BRÉHIER 17
PETERSON 81
FIGURAS
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Euclides
Donato
Quintiliano
FIGURAS
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A LÓGICA
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A dialética como lógica do provável foi inventada por Aristóteles. ABBAGNANO 253
A dialética como lógica do provável foi formulado por Aristóteles. ABBAGNANO 253
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Las Siete Artes Liberales formam parte de lãs alegorias Del grado de
compañero, o sea Del simbolismo. SANTOS 104
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O QUADRIVIUM
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SANTOS 13
FIGUEIREDO 55
MARQUES 103
MANUSCRITO
DE HARLEY 114
O TRIVIUM
Lógica FIGUEIREDO 55
MANUSCRITO
DE HARLEY 114
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LÓGICA
RETÓRICA
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GRAMÁTICA
Uma das matérias (a primeira) que na Idade Média constituía o Trivio. SANTOS 72
Era, na antiguidade, uma das Sete Ciências ou Artes Liberais. ASLAN 454
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MÚSICA
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ARITMÉTICA
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BIBLIOGRAFIA
A – ÁREA PROFANA
ABBAGNANO, Nicola. HISTÓRIA DA FILOSOFIA, vol. I e II. Ed. Presença Lisboa, 3ª ed., 1984.
BOEHNER, Philotleus e GILSON, Etiene. HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTÃ. Ed. Vozes, 3ª ed.,
1985.
BRÉHIER, Émile. HISTÓRIA DA FILOSOFIA, tomo I, vol. II., Ed. Mestre Jou SP, 1987.
LE GOFF, Jacques. OS INTELECTUAIS NA IDADE MÉDIA. Ed. Gradiva, Lisboa, 2ª ed., 1984.
B – ÁREA MAÇÔNICA
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CHARLIER, René Joseph. PEQUENO ENSAIO DE SIMBÓLICA MAÇÔNICA. Ed. EDO, 2ª ed.,
1964.
RITUAL. GUIA DOS MAÇONS ESCOCESES OU REGULADORES DOS TRÊS GRAUS SIMBÓLICOS
DO RITO ANTIGO E ACEITO. Ed. Typographia, Rio, 1987.
SANTOS, Sebastião Dodel dos. DICIONÁRIO ILUSTRADO DE MAÇONARIA. Ed; Essinger. Rio.
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SÓCRATES
A Vida
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Quanto à política, foi ele valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral,
conservou-se afastado da vida pública e da política contemporânea, que
contrastavam com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo. Julgava que
devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo justamente e formando
cidadãos sábios, honestos, temperados - diversamente dos sofistas, que agiam para
o próprio proveito e formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se
acometerem uns contra os outros e escravizar o próximo.
Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere - pois uma lei vedava
as execuções capitais durante a viagem votiva de um navio a Delos - o discípulo
Criton preparou e propôs a fuga ao Mestre. Sócrates, porém, recusou, declarando
não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo
preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos.
Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma - que se teria
realizado pouco antes da morte e foi descrito por Platão no Fédon com arte
incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos discípulos, depois de ter sorvido
tranqüilamente a cicuta, foram: "Devemos um galo a Esculápio". É que o deus da
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medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte. Morreu Sócrates em
399 a.C. com 71 anos de idade.
Método de Sócrates
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perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos casos particulares e
concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. A este processo
pedagógico, em memória da profissão materna, denominava ele maiêutica ou
engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parturição das idéias.
Doutrinas Filosóficas
Como é sabido, Sócrates não deixou nada escrito. As notícias que temos de
sua vida e de seu pensamento, devemo-las especialmente aos seus dois discípulos
Xenofonte e Platão, de feição intelectual muito diferente. Xenofonte, autor de
Anábase, em seus Ditos Memoráveis, legou-nos de preferência o aspecto prático e
moral da doutrina do mestre. Xenofonte, de estilo simples e harmonioso, mas sem
profundidade, não obstante a sua devoção para com o mestre e a exatidão das
notícias, não entendeu o pensamento filosófico de Sócrates, sendo mais um homem
de ação do que um pensador. Platão, pelo contrário, foi filósofo grande demais para
nos dar o preciso retrato histórico de Sócrates; nem sempre é fácil discernir o fundo
socrático das especulações acrescentadas por ele. Seja como for, cabe-lhe a glória
e o privilégio de ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates, bem como
o seu biógrafo genial. Com efeito, pode-se dizer que Sócrates é o protagonista de
todas as obras platônicas embora Platão conhecesse Sócrates já com mais de
sessenta anos de idade.
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"Conhece-te a ti mesmo" - o lema em que Sócrates cifra toda a sua vida de sábio.
O perfeito conhecimento do homem é o objetivo de todas as suas especulações e a
moral, o centro para o qual convergem todas as partes da filosofia. A psicologia
serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia de estímulo à virtude e de natural complemento
da ética.
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Gnosiologia
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A Moral
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além dos vulgarizadores da sua moral (socratici viri), como Xenofonte, havia
verdadeiros filósofos que se formaram com os seus ensinamentos. Dentre estes,
alguns, saídos das escolas anteriores não lograram assimilar toda a doutrina do
mestre; desenvolveram exageradamente algumas de suas partes com detrimento do
conjunto.
1. A escola de Megara, fundada por Euclides (449-369), que tentou uma conciliação
da nova ética com a metafísica dos eleatas e abusou dos processos dialéticos de
Zenão.
2. A escola cínica, fundada por Antístenes (n. c. 445), que, exagerando a doutrina
socrática do desapego das coisas exteriores, degenerou, por último, em verdadeiro
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3. A escola cirenaica ou hedonista, fundada por Aristipo, (n. c. 425) que desenvolveu
o utilitarismo do mestre em hedonismo ou moral do prazer. Estas escolas, que,
durante o segundo período, dominado pelas altas especulações de Platão e
Aristóteles , verdadeiros continuadores da tradição socrática, vegetaram na
penumbra, mais tarde recresceram transformadas ou degeneradas em outras seitas
filosóficas. Dentre os herdeiros de Sócrates, porém, o herdeiro genuíno de suas
idéias, o seu mais ilustre continuador foi o sublime Platão.
Bibliografia
OBRAS UTILIZADAS
DURANT, Will, História da Filosofia - A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos, São
Paulo, Editora Nacional, 1.ª edição, 1926.
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Platão
A Vida e as Obras
Aos vinte anos, Platão travou relação com Sócrates - mais velho do que ele
quarenta anos - e gozou por oito anos do ensinamento e da amizade do mestre.
Quando discípulo de Sócrates e ainda depois, Platão estudou também os maiores
pré-socráticos. Depois da morte do mestre, Platão retirou-se com outros socráticos
para junto de Euclides, em Mégara.
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Daí deu início a suas viagens, e fez um vasto giro pelo mundo para se instruir
(390-388). Visitou o Egito, de que admirou a veneranda antigüidade e estabilidade
política; a Itália meridional, onde teve ocasião de travar relações com os pitagóricos
(tal contato será fecundo para o desenvolvimento do seu pensamento); a Sicília,
onde conheceu Dionísio o Antigo, tirano de Siracusa e travou amizade profunda com
Dion, cunhado daquele. Caído, porém, na desgraça do tirano pela sua fraqueza, foi
vendido como escravo. Libertado graças a um amigo, voltou a Atenas.
Em Atenas, pelo ano de 387, Platão fundava a sua célebre escola, que, dos
jardins de Academo, onde surgiu, tomou o nome famoso de Academia. Adquiriu,
perto de Colona, povoado da Ática, uma herdade, onde levantou um templo às
Musas, que se tornou propriedade coletiva da escola e foi por ela conservada
durante quase um milênio, até o tempo do imperador Justiniano (529 d.C.).
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O Pensamento: A Gnosiologia
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A Metafísica
As Idéias
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As Almas
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O Mundo
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BIBLIOGRAFIA
OBRAS UTILIZADAS
DURANT, Will, História da Filosofia - A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos, São
Paulo, Editora Nacional, 1.ª edição, 1926.
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ARISTÓTELES
A Vida e as Obras
Em 343 foi convidado pelo Rei Filipe para a corte de Macedônia, como
preceptor do Príncipe Alexandre, então jovem de treze anos. Aí ficou três anos, até à
famosa expedição asiática, conseguindo um êxito na sua missão educativo-política,
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que Platão não conseguiu, por certo, em Siracusa. De volta a Atenas, em 335, treze
anos depois da morte de Platão, Aristóteles fundava, perto do templo de Apolo Lício,
a sua escola. Daí o nome de Liceu dado à sua escola, também chamada
peripatética devido ao costume de dar lições, em amena palestra, passeando nos
umbrosos caminhos do ginásio de Apolo. Esta escola seria a grande rival e a
verdadeira herdeira da velha e gloriosa academia platônica. Morto Alexandre em
323, desfez-se politicamente o seu grande império e despertaram-se em Atenas os
desejos de independência, estourando uma reação nacional, chefiada por
Demóstenes. Aristóteles, malvisto pelos atenienses, foi acusado de ateísmo.
Preveniu ele a condenação, retirando-se voluntariamente para Eubéia, Aristóteles
faleceu, após enfermidade, no ano seguinte, no verão de 322. Tinha pouco mais de
60 anos de idade. A respeito do caráter de Aristóteles, inteiramente recolhido na
elaboração crítica do seu sistema filosófico, sem se deixar distrair por motivos
práticos ou sentimentais, temos naturalmente muito menos a revelar do que em
torno do caráter de Platão, em que, ao contrário, os motivos políticos, éticos,
estéticos e místicos tiveram grande influência. Do diferente caráter dos dois
filósofos, dependem também as vicissitudes exteriores das duas vidas, mais
uniforme e linear a de Aristóteles, variada e romanesca a de Platão. Aristóteles foi
essencialmente um homem de cultura, de estudo, de pesquisas, de pensamento,
que se foi isolando da vida prática, social e política, para se dedicar à investigação
científica. A atividade literária de Aristóteles foi vasta e intensa, como a sua cultura e
seu gênio universal. "Assimilou Aristóteles escreve magistralmente Leonel Franca
todos os conhecimentos anteriores e acrescentou-lhes o trabalho próprio, fruto de
muita observação e de profundas meditações. Escreveu sobre todas as ciências,
constituindo algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo
coerente de doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável
inteligência. Não lhe faltou nenhum dos dotes e requisitos que constituem o
verdadeiro filósofo: profundidade e firmeza de inteligência, agudeza de penetração,
vigor de raciocínio, poder admirável de síntese, faculdade de criação e invenção
aliados a uma vasta erudição histórica e universalidade de conhecimentos
científicos. O grande estagirita explorou o mundo do pensamento em todas as suas
direções. Pelo elenco dos principais escritos que dele ainda nos restam, poder-se-á
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avaliar a sua prodigiosa atividade literária". A primeira edição completa das obras de
Aristóteles é a de Andronico de Rodes pela metade do último século a.C.
substancialmente autêntica, salvo uns apócrifos e umas interpolações. Aqui
classificamos as obras doutrinais de Aristóteles do modo seguinte, tendo presente a
edição de Andronico de Rodes.
I. Escritos lógicos: cujo conjunto foi denominado Órganon mais tarde, não por
Aristóteles. O nome, entretanto, corresponde muito bem à intenção do autor, que
considerava a lógica instrumento da ciência.
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O Pensamento: A Gnosiologia
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Filosofia de Aristóteles
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A Teologia
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A Moral
Aristóteles trata da moral em três Éticas, de que se falou quando das obras
dele. Consoante sua doutrina metafísica fundamental, todo ser tende
necessariamente à realização da sua natureza, à atualização plena da sua forma: e
nisto está o seu fim, o seu bem, a sua felicidade, e, por conseqüência, a sua lei.
Visto ser a razão a essência característica do homem, realiza ele a sua natureza
vivendo racionalmente e senso disto consciente. E assim consegue ele a felicidade e
a virtude, isto é, consegue a felicidade mediante a virtude, que é precisamente uma
atividade conforme à razão, isto é, uma atividade que pressupõe o conhecimento
racional. Logo, o fim do homem é a felicidade, a que é necessária à virtude, e a esta
é necessária a razão. A característica fundamental da moral aristotélica é, portanto,
o racionalismo, visto ser a virtude ação consciente segundo a razão, que exige o
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As virtudes éticas, morais, não são mera atividade racional, como as virtudes
intelectuais, teoréticas; mas implicam, por natureza, um elemento sentimental,
afetivo, passional, que deve ser governado pela razão, e não pode, todavia, ser
completamente resolvido na razão. A razão aristotélica governa, domina as paixões,
não as aniquila e destrói, como queria o ascetismo platônico. A virtude ética não é,
pois, razão pura, mas uma aplicação da razão; não é unicamente ciência, mas uma
ação com ciência.
Pelo que diz respeito à virtude, tem, ao contrário, certamente, maior valor uma
outra doutrina aristotélica: precisamente a da virtude concebida como hábito
racional. Se a virtude é, fundamentalmente, uma atividade segundo a razão, mais
precisamente é ela um hábito segundo a razão, um costume moral, uma disposição
constante, reta, da vontade, isto é, a virtude não é inata, como não é inata a ciência;
mas adquiri-se mediante a ação, a prática, o exercício e, uma vez adquirida,
estabiliza-se, mecaniza-se; torna-se quase uma segunda natureza e, logo, torna-se
de fácil execução - como o vício.
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A Política
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A Religião
Com Aristóteles afirma-se o teísmo do ato puro. No entanto, este Deus, pelo
seu efetivo isolamento do mundo, que ele não conhece, não cria, não governa, não
está em condições de se tornar objeto de religião, mais do que as transcendentes
idéias platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso. Também Aristóteles,
como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo, não exclui uma espécie
de politeísmo, e admite, ao lado do Ato Puro e a ele subordinado, os deuses astrais,
isto é, admite que os corpos celestes são animados por espíritos racionais.
Entretanto, esses seres divinos não parecem e não podem ter função religiosa e
sem física.
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A Metafísica
A metafísica aristotélica é "a ciência do ser como ser, ou dos princípios e das
causas do ser e de seus atributos essenciais". Ela abrange ainda o ser imóvel e
incorpóreo, princípio dos movimentos e das formas do mundo, bem como o mundo
mutável e material, mas em seus aspectos universais e necessários. Exporemos
portanto, antes de tudo, as questões gerais da metafísica, para depois chegarmos
àquela que foi chamada, mais tarde, metafísica especial; tem esta como objeto o
mundo que vem-a-ser - natureza e homem - e culmina no que não pode vir-a-ser,
isto é, Deus. Podem-se reduzir fundamentalmente a quatro as questões gerais da
metafísica aristotélica: potência e ato, matéria e forma, particular e universal, movido
e motor. A primeira e a última abraçam todo o ser, a segunda e a terceira todo o ser
em que está presente a matéria.
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II. Aristóteles não nega o vir-a-ser de Heráclito, nem o ser de Parmênides, mas une-
os em uma síntese conclusiva, já iniciada pelos últimos pré-socráticos e
grandemente aperfeiçoada por Demócrito e Platão. Segundo Aristóteles, a mudança,
que é intuitiva, pressupõe uma realidade imutável, que é de duas espécies. Um
substrato comum, elemento imutável da mudança, em que a mudança se realiza; e
as determinações que se realizam neste substrato, a essência, a natureza que ele
assume. O primeiro elemento é chamado matéria (prima), o segundo forma
(substancial). O primeiro é potência, possibilidade de assumir várias formas,
imperfeição; o segundo é atualidade - realizadora, especificadora da matéria - ,
perfeição. A síntese - o sinolo - da matéria e da forma constitui a substância, e esta,
por sua vez, é o substrato imutável, em que se sucedem os acidentes, as qualidades
acidentais. A mudança, portanto, consiste ou na sucessão de várias formas na
mesma essência, forma concretizada da matéria, que constitui precisamente a
substância.
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Então não existe, propriamente, a forma sem a matéria, ainda que a forma
seja princípio de atuação e determinação da própria matéria. Com respeito à
matéria, a forma é, portanto, princípio de ordem e finalidade, racional, inteligível.
Diversamente da idéia platônica, a forma aristotélica não é separada da matéria, e
sim imanente e operante nela. Ao contrário, as formas aristotélicas são universais,
imutáveis, eternas, como as idéias platônicas.
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A Psicologia
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racional, que tem por objeto específico o homem, visto que a alma racional cumpre
no homem também as funções da vida sensitiva e vegetativa; e, em geral, o
princípio superior cumpre as funções do princípio inferior. De sorte que, segundo
Aristóteles diversamente de Platão todo ser vivo tem uma só alma, ainda que haja
nele funções diversas faculdades diversas porquanto se dão atos diversos. E assim,
conforme Aristóteles, diversamente de Platão, o corpo humano não é obstáculo, mas
instrumento da alma racional, que é a forma do corpo.
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coisas tamanho, figura, repouso, movimento, etc. são percebidas por mais sentidos.
O senso comum é uma faculdade interna, tendo a função de coordenar, unificar as
várias sensações isoladas, que a ele confluem, e se tornam, por isso,
representações, percepções.
A Cosmologia
Uma questão geral da física aristotélica, como filosofia da natureza, é a análise dos
vários tipos de movimento, mudança, que já sabemos ser passagem da potência ao
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Nem por isso podemos deixar de apontar as lacunas do seu sistema. Sua
moral, sem obrigação nem sanção, é defeituosa e mais gravemente defeituosa ainda
que a teodicéia, sobretudo na parte que trata das relações de Deus com o mundo. O
dualismo primitivo e irredutível entre Deus, ato puro, e a matéria, princípio potencial,
é, na própria teoria aristotélica, uma verdadeira contradição e deixa subsistir, como
enigma insolúvel e inexplicável, a existência dos seres fora de Deus.
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Vista Retrospectiva
BIBLIOGRAFIA
OBRAS UTILIZADAS
DURANT, Will, História da Filosofia - A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos, São
Paulo, Editora Nacional, 1.ª edição, 1926.
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Instruções finais
No final desta apostila existe uma “folha de prova” que contém as mesmas
questões que estão nas lições. O aluno deverá responder todas as perguntas e
enviar a folha para ser corrigida pelo IBEMAC, o endereço para envio é IBEMAC –
Caixa Postal nº 51 – Monte Aprazível/SP Cep 15150-970.
Você receberá, através dos correios, a prova corrigida e – se atingir média 5,0
(cinco) – receberá o Certificado de Aprovação. Caso não atinja a média mínima
necessária terá uma segunda chance para refazer a prova.
Uma vez aprovado terá o direito a se inscrever para o Grau Três, para isso
inscreva-se através do contato@ibemac.com.br .
Continue seus estudos, persista sempre, tenha disciplina e saiba que o maior
e melhor investimento que você pode fazer é em você mesmo.
Diretoria do IBEMAC
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Nome do Aluno:
Endereço:
E-mail:
Média Final:
4. Esta Lenda refere-se ao episódio bíblico em que, logo após ganhar uma
batalha, conforme narra “Juízes 12 (1-7)” com um exercito formado pela
junção de várias tribos, menos a dos efraimita que se revoltaram pelo fato de
não terem sido convidados pois a vitória trouxe direito sobre os despojos do
inimigo vencido, resolveram entrar em batalha contra os geleaditas, pois
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culparam o seu General Jetfé pela ofensa; após a batalha entre essas duas
tribos, os gileaditas saíram vencedores e o General Jatfé proibiu que os
efraimitas permanecessem naquela aldeia, porem como todos eram muito
parecidos, havia uma dificuldade aparente para distingui-los, então Jetfé
iluminado pelo Senhor, criou uma senha através de uma palavra de passe, a
qual possuía uma letra de difícil pronuncia pelos efraimitas,
Este texto esta ( ) certo ou ( ) errado
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Recomendação: Para enviar a sua folha de prova para o IBEMAC faça uma
cópia desta (Xerox), assim você não terá que destaca-la da apostila.
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