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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Feminicidio
Na concepção de AUAD (2003) homens e mulheres são diferentes, mas não deve
haver desigualdade de direitos entre eles, desta forma podemos perceber que as
diferenças devem ater-se somente ao campo físico, sentimental, mas jamais deveria
haver diferença de direitos, homens e mulheres deveriam ter direitos e deveres iguais,
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De acordo com o índice a renda média anual das mulheres no Brasil e bem menor
que a dos homens. Para as mulheres é estimada R$ 44,9 mil por ano em média,
enquanto que para os homens e de R$ 76,3 mil anuais. Os homens também tem maior
participação no mercado de trabalho, com 85% deles empregados ou procurando
emprego, entre as mulheres esse número cai para 65%.
Além disso, os homens representam 63% dos funcionários públicos de alto escalão
diretores e legisladores, contra 37% de participação das mulheres.
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Regina Lins (2011) cita que existe uma organização social com base no poder do
pai, em que os descendentes seguem a linha do masculino, na qual as mulheres são
consideradas inferiores e como consequência subordinada a sua dominação, a essa
organização deu o nome de patriarcado.
Uma forma de se perceber que o patriarcado passa por vezes despercebidos esta
no fato de a mulher receber o sobrenome do marido ao se casar, ou seja, esse domínio já
se tornou natural.
Existe ainda a divisão segundo o sexo dos papeis que cada um deve desempenhar
dentro da sociedade que vem acompanhado da ideologia da construção da hierarquia dos
sexos, no qual o masculino sempre é superior ao feminino, o que legitima a diferenciação
dos sexos, são os valores associados a divisão sexual nas esferas pública e privada (Dias
2015).
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em seu art. 7º versa sobre os diversos tipos de violência doméstica e familiar contra a
mulher, entre outras:
A violência física acontece quando para agredir usa-se a força física ou de arma
que provoque lesões como socos, bofetadas, empurrões, mordidas, tapas, chutes, cortes,
queimaduras, fraturas, estrangulamento ou lesões por armas ou objetos, entre outros.
A violência contra a mulher muitas das vezes não se inicia fisicamente, geralmente
o início se da por meio de violência moral e psicológica, evoluindo para agressão física,
uma vez que a mulher já encontra-se fragilizada e não consegue reagir.
A violência física esta prevista nos artigos 121 §2º VI e 129 do Código Penal
Brasileiro como lesão corporal e feminicidio, na Lei de Contravenções Penais art. 21,
destaca que
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O praticante desse tipo de agressão sente prazer em ver a vítima com medo,
diminuída, segundo Dias, 2015, esse tipo de violência é denominada Vis Compulsiva.
Esse tipo de violência é previsto no art. 147 do Código Penal, como crime de
ameaça. Segundo Jones Figueiredo Alves (2014),
A violência psicológica não causa dores físicas, mas sim deixa marcas na
alma, fazendo que suas consequências sejam mais graves, pois muitos usam de palavras
fortes para demonstrar a sua companheira o quanto ele a considera inferior, tentando
demonstrar de todas as formas a sua suposta superioridade, causando desta forma
marcas que as mulheres jamais esqueceram.