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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

MARIANA CASSIMIRO DE LIMA - RM – 21835224074

MATURAÇÃO DO CEREBRO E AS COGNIÇÕES

SÃO PAULO

2018
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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

MARIANA CASSIMIRO DE LIMA - RM - 21835224074

MATURAÇÃO DO CEREBRO E AS COGNIÇÕES

Trabalho mensal da disciplina Stress e Saúde


Mental no Contemporâneo. Desenvolvimento
Humano e a Psicologia, prof. Ezio Alves da Silva
Junior, como exigência para o curso de Saúde
Mental e Psiquiatria pela Faculdade Paulista de
São Caetano do Sul.

SÃO PAULO

2018
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2. A MATURAÇÃO DO CÉREBRO...............................................................................4

3. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES.........................................................................6

4. EQUIPES INTERDICIPLINARES E A CONCLUSÃO...............................................6

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................7
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1. INTRODUÇÃO
Desde o nascimento a relação do bebe com o ambiente que o cerca se torna
cada vez mais importante diante do que se pensa para o desenvolvimento humano.
Com as estruturas neurológicas bem formadas, principalmente o cérebro e as
funções sensoriais visão, tato, audição, olfato e paladar) o bebê tem como estímulo
um vasto repertorio funcional para interação com o ambiente.
As relações afetivas e sociais, principalmente com os pais, devem ser
fortemente estabelecidas nessa época da vida, pois são elas que vão formar as
competências e desenvolver habilidades. Assim, fica claro que, desde o nascimento,
o bebê já é capaz de sentir e começar a formar as primeiras impressões perceptuais
e afetivas com o ambiente que o cerca, que serão fundamentais para seu futuro
desenvolvimento.
A atividade motora do recém-nascido é bem ativa, mas desordenada e sem
finalidade objetiva, movimentando de modo assimétrico tanto os membros
superiores como os inferiores. Alguns reflexos são próprios desta idade e ocorrem
em praticamente todos os bebês, sendo inibidos nos meses subsequentes devido
principalmente ao amadurecimento do cerebelo e do córtex frontal, iniciando-se
assim o surgimento de movimentos voluntários e mais bem organizados como a
locomoção, manipulação de objetos e controle postural. (PAPALIA & OLDS, 2000)
Exatamente por isso que é necessário que o bebê seja exposto aos estímulos
adequados para a sua faixa etária e para garantir o seu desenvolvimento. Esse
conjunto de relações com o mundo deixa clara a interferência que o ambiente exerce
no desenvolvimento humano, sendo fundamental para a estruturação e a
organização do sistema nervoso no que se refere aos aspectos emocionais,
cognitivos e motores. Assim, o potencial de futuras aquisições começa a ser
estruturado desde o nascimento, e muito do que vai ocorrer no futuro está
diretamente ligado a essas interações iniciais entre o ambiente e o desenvolvimento
biológico.
É assim que conseguimos perceber a maturidade do cérebro e como as
competências são desenvolvidas. Nessa produção vamos abarcar a maturação do
cérebro humano, a importância de competências cognitivas e emocionais e. por fim,
pontuar qual a importância da equipe interdisciplinar para a manutenção, tanto da
maturação cerebral quanto das habilidades que compõe as competências.
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2. A MATURAÇÃO DO CÉREBRO
Desenvolvimento cerebral é a forma lúdica de se referir ao processo de
desenvolvimento e amadurecimento do sistema nervoso. Além da importância vital
que ele tem para o nosso corpo, o cérebro necessita de muita energia para se
manter funcionalmente operante, e apesar de possuir somente 2% de todo o peso
corporal, consome cerca de 20% do oxigênio e, portanto, 20% das calorias
fornecidas ao corpo. alta demanda de energia faz com que haja constante
necessidade de fornecimento energético para o cérebro. (PAPALIA & OLDS, 2000)

Os primeiros 1000 dias de vida, que vão da fase neonatal até a primeira
infância, é um período de grande remodelamento cerebral. Até os 3 anos de idade, o
infante já desenvolveu cerca de 90% do cérebro que terá quando adulto e o
pequeno ser humano, ao nascer, possui pouca aptidão para se virar sozinho, como
fazem outros mamíferos, e se é criando hipóteses de que este nascimento
prematuro, por assim dizer, foi a maneira evolutiva encontrada para possibilitar o
investimento no crescimento cerebral. (CUSICK; GEORGIEFF, 2016)

O desenvolvimento cerebral perpassa inúmeros pontos críticos, e a completa


maturação do cérebro, principalmente do córtex pré-frontal, é estipulada de ocorrer
por volta dos 20 anos de vida. Portanto, há um grande período onde este
desenvolvimento pode ser alterado. O fato das negligências de origem econômico-
sociais serem recorrentes durante a formação do indivíduo devem ser, portanto,
enfatizadas, para a devida compreensão da magnitude de uma negligência sobre o
desenvolvimento cerebral de uma pessoa. (MADRAS; KUHAR, 2014)

Existem muitas formas de negligência com a criança e o adolescente que


podem afetar diretamente o desenvolvimento e a maturação cerebral. Segundo a Lei
de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei 8069/90), uma criança é
considerada em situação de negligência quando: está abandonada ou vive entregue
a si própria; sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; é
obrigada a exercer atividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade,
dignidade e situação pessoal ou prejudicial à sua formação ou desenvolvimento;
está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente
a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional; assume comportamentos ou se
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entrega a atividades ou consumos que afetem gravemente a sua saúde, segurança,


formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou
quem tenha a guarda de fato tente reverter essa situação. (BRASIL, 1990)

3. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Segundo o dicionário Michaelis (2019) a palavra competência tem como
definição:

“1. Aptidão que um indivíduo tem de opinar sobre um assunto e


sobre o qual é versado.
4. Conjunto de conhecimentos.
5. Individuo com profundo conhecimento de determinado
assunto”

De maneira geral essa definição não está ruim, pelo contrário, é de forma ativa
a mesma que grandes estudiosos têm como definição.
Competência, segundo a perspectiva de Fleury e Fleury (2001), é pensado
como conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (isto é, conjunto de
capacidades humanas) que justificam um alto desempenho, acreditando-se que os
melhores desempenhos estão fundamentados na inteligência e personalidade das
pessoas. Em outras palavras, as competências são como um estoque de recursos
que o indivíduo tem para resolver problemas.
Temos algumas competências para serem desenvolvidas, estas dependem das
habilidades que as compõe, adotaremos aqui para exemplificar as competências
cognitivas e as competências emocionais.
Competências cognitivas são aquelas que nos permitem formar conhecimento
para a capacitação e o cumprimento de uma tarefa. Toda competência requer uma
habilidade para que seja desenvolvida, logo em no processo de desenvolvimento da
competência cognitiva as habilidades de compreender fenômenos; relacionar
informações; analisar situações-problema; sintetizar; avaliar; argumentar e criar.
(FLEURY e FLEURY, 2001)
As competências emocionais são aquelas que fazem os sujeitos pensarem em
suas emoções e como ele pode usar suas habilidades emocionais para interagir no
mundo e consigo mesmo, por exemplo a habilidade de partilhar (habilidade
cognitiva), ajuda a desenvolver a habilidade empática de uma criança (habilidade
emocional). Dentro da competência emocional temos as habilidades de empatia;
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compaixão; ganhar ou perder; aprender com os erros; autoconfiança, entre outras


(FLEURY e FLEURY, 2001),

4. EQUIPES INTERDICIPLINARES E A CONCLUSÃO


A interdisciplinaridade ganha relevância no mundo ocidental a partir da
década de 1960. Fazenda (2001), ao historicizar a evolução do conceito, demarca
três passagens: na década de 1970, buscava-se uma definição de
interdisciplinaridade; na década de 1980, tentava-se construir um método para a
interdisciplinaridade e a partir da década de 1990, tenta-se a construção de uma
teoria da interdisciplinaridade. O conceito de interdisciplinaridade se relaciona com
outros termos, tais como: disciplinaridade, multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade
e transdisciplinaridade.
Um dos fatores importantes para Nunes (1195) apontar as questões de
interdisciplinaridade é a articulação entre o conhecimento do fato humano e a
prática. Para ele, não existe desejo puro de saber, um saber descontextualizado. É
necessário um projeto no qual os profissionais invistam seus esforços para a
transformação de suas práticas cotidianas e a construção de novas formas de saber.
Por isso acreditamos que as práticas interdisciplinares são tão importantes para a
conscientização da população sobre a temática do desenvolvimento cerebral, das
competências e habilidades e, acima de tudo, da saúde mental.
Os centros de saúde, sejam públicos ou privados, deveriam se constituir em
campos férteis para a disseminação da maior arma contra o preconceito com a
saúde da mente, o conhecimento. É por meio dele que nó poderemos ensinar as
pessoas da importância de olhar para o seu interior psicológico e ter como base o
seu próprio universo individual.
Concluímos, então, que não basta saber o que é cognição, ou como o
cérebro de um bebê amadurece por meio dos estímulos, mas devemos passar esse
conhecimento para a população que não o possui para que essa possa aprender a
se cuidar e cuidar dos indefessos que citamos aqui.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Estatuto da criança e do adolescente (ECA). 1990.

COGNIÇÃO. In: Dicionário Micaelis. Disponível em: <<https://dicionariomicaelis.com>>.


Acesso em: 22 jun. 2019

CUSICK, S. E.; GEORGIEFF, M. K. The role of nutrition in brain development: the


golden opportunity of the “First 1000 Days”. J. Pediatr., v. 175, p. 16-21, 2016.

FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4. ed. Campinas:


Papirus, 1998.

FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso. Construindo o conceito de


competência. Rev. adm. contemp., Curitiba , v. 5, n. spe, p. 183-196, 2001 .
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
65552001000500010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 jun. 2019.

NUNES, E. D. A questão da interdisciplinaridade no estudo da saúde coletiva e o


papel das ciências sociais. In: CANESQUI, A. M. Dilemas e desafios das ciências
sociais na saúde coletiva. São Paulo: Hucitec, 1995.

PAPALIA, D. E., OLDS, S. W., & FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 8. ed.


Porto Alegre: Artmed, 2000.

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