1 – Os institutos em questão, apesar de certa similaridade, se demonstram diferentes
em sua essência bem como em sua aplicabilidade. Muito embora parte da doutrina defenda que o parcelamento é de alguma forma moratório, apoiando-se no §2 do art. 155-A do CTN, não podemos deixar de perceber as diferenças que distanciam tais institutos. A moratória, que pode ser concedida em forma de parcelamento ou em dilação de prazo, ocorre antes do vencimento do tributo, enquanto o parcelamento é concedido uma vez que houve o descumprimento da obrigação tributária, ou seja, quando não há recolhimento do tributo na data correta, ficando em mora o pagador. O parcelamento é, então, o pagamento parcelado de dívidas tributárias que se encontram em mora, já a moratória é a dilação do prazo de pagamento ou o parcelamento do débito tributário antes que constitua-se a mora. É importante salientar que para que seja concedida a Moratória é necessário lei concessiva (ART. 152, II e parágrafo único do CTN) e somente pode ser concedida pelas pessoas e entes previstos no art. 152, I, a e b do CTN. Enquanto o parcelamento somente será concedido na forma e condições de lei específica e, via de regra, não excluirá a incidência de juros e multas (ar. 155-A do CTN) diferente da moratória que não incide em juros e multa, se pagos conforme acordado.
2 – O gerente administrativo será responsabilizado pessoalmente pelo crédito
correspondente à obrigação tributária resultante da infração à lei praticada de forma dolosa uma vez que responde pessoalmente pelas ações realizadas no cargo que executa, e como agiu dolosamente responderá. (art. 137, I e II) do CTN O STJ na Súmula 430 define que “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.” Por isso sua ação dolosa é que atrai tal responsabilidade.
3 – Sim, sendo o banco responsável pela retenção e recolhimento do tributo e não
cumprindo tal responsabilidade, pode ser responsabilizado pelo devido pagamento, pois tora-se sujeito passivo indireto, que apesar de não estar diretamente ligado ao fato gerador assume a responsabilidade. (Art. 128, CTN .) 4 – Haus Casita será responsabilizada pelo pagamento do respectivo crédito tributário, pois, ao incorporar a Casa Móveis ela se torna o sujeito passivo indireto da obrigação tributária. Indireto porque não tem vinculo direto com o fato gerador, mas por imposição legal, responde por tal crédito, Art. 128, CTN . Em uma situação de incorporação a incorporadora sucede a empresa absorvida em todos os seus direitos e obrigações, conforme disposto na Lei 6404/76 no art. 227 Caput, entendimento esse reforçado através da Súmula 554 do STJ, a qual esclarece que além dos tributos devidos, a sucessora se responsabilizará “também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão”. Por fim, o próprio Código Tributário Nacional prevê tal entendimento no Art. 132 Caput. Logo, se responsabilizará pela obrigação e principal, mas não pela penalidade aplicada.
5) Perde-se o direito de ação para a cobrança do crédito tributário em 5 (cinco) anos,
contados da data da sua constituição definitiva (prescrição). A qual pode ser interrompido pelos motivos previstos no parágrafo único do art. 174 do CTN. Por isso no caso apresentado a Fazenda Nacional não pode exigir o pagamento.