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que fica muito difícil precisar e separar as duas fontes em todas as situações. Como a Fonte Eloísta ficou subordinada a
Javista, o que resta da narrativa Eloísta muitas vezes está incompleto. Estas duas tradições se fundiram em Jerusalém
pelos anos 700 a.C. Esta fusão, chamada Jeovista (JE), não é simples adição; ela foi a ocasião para se completarem e se
desenvolverem algumas tradições, como a tradição Deuteronômica e a tradição Sacerdotal.
FONTE DEUTERONÔMISTA: Escrita entre cerca de (722, 622 e 600 a.C. em Jerusalém, durante o período de refor-
ma religiosa.
A Fonte Deuteronômista, designada pela letra D está contida principalmente no Deuteronômio, mas influenciou outros
livros. Começada no reino do Norte, foi terminada no de Jerusalém.
Características: É uma fonte refinada, mais critica. Nessa fonte é forte a releitura da história do norte a luz da aliança e
o momento em que o sul esta passando, de modo que poderá ter (e teve) o mesmo fim: a destruição e exílio. Em sua re-
leitura da história a ênfase é muito grande na pré-história israelita desde Moises até o inicio do reinado, dando valor à-
quilo que constitui o povo e a terra como dom/herança sagrada de Deus.
FONTE SACERDOTAL: Escrita entre cerca de (587, 550, 530, 450 a.C). pelos sacerdotes judeus no exílio babilônico.
A Fonte Sacerdotal, designada pela letra P do vocábulo alemão Priesterkodex, que quer dizer “código sacerdotal”. No
exílio, os sacerdotes reliam as suas tradições para manterem a fé e a esperança do povo.
Características: A figura fundamental não será então mais o rei, nem o profeta, mas o sacerdote e o fundamento não se-
rão mais a benção nem o temor de Deus, mas a fé e uma esperança de um tempo melhor. De Gênesis, Êxodo, passando
pelo Levítico e Números, os textos dessa fonte é fortemente constituído de genealogias, observância do sábado, leis reli-
giosas, circuncisão, tratamento das enfermidades, o convívio social, o jeito de cultuar a divindade, a casta sacerdotal,
símbolos religiosos e interpretação da história a partir da mediação sacerdotal. Sua influencia é muito forte na restaura-
ção (nos tempos de Esdras, Neemias…) e na conservação dos costumes morais, religiosos.
Das quatro quero destacar a Fonte Eloísta e Sacerdotal, pois elas em alguns pontos são muito semelhantes ao Livro dos
Jubileus; e provavelmente essas fontes foram usadas para esse livro, que serviu como base para ter uma melhor redação
do Pentateuco, e também preencheu algumas lacunas faltantes e outras mal compreendidas, que causam interpretações
problemáticas.
A seguir temos alguns pontos das lacunas faltantes e das mal compreendidas.
Lacunas Faltantes:
“E o anjo da presença, em conformidade com a ordem do Senhor, disse a Moisés: Escreve todas as coisas da criação, de
que modo o Senhor DEUS realizou, em seis dias, toda a Sua criação e no sétimo dia repousou, e o santificou por todos
os séculos, e o pôs como sinal de toda a sua obra.”
(JUBILEUS 2:1, Nova Tradução J.Franclim Pacheco Revisada e Corrigida)
Neste verso vemos uma narrativa adicional em paralelo com o livro do Êxodo, capítulo 24 verso 12, onde Moisés, além
de receber as sagradas tábuas da lei, no monte Sinai, também recebeu a revelação divina da criação, que é um fato muito
importante, e serve como base para confirmar que Moisés em seu tempo de vida, tinha um material original do relato de
toda a criação.
“Escreve, que no primeiro dia criou os céus que estão no alto, a terra, as águas, e todo o espírito que estaria na sua pre-
sença, os anjos da presença, os anjos da santidade, os anjos do espírito do fogo e os anjos do espírito dos ventos, os an-
jos do espírito das nuvens e das trevas, do granizo, da neve e da geada; os anjos dos abismos, os anjos das vozes, dos
trovões e dos raios; os anjos do espírito do gelo, do frio e do forte calor, da estação das chuvas, do inverno, da primavera,
do verão e do outono, e os anjos de todos os espíritos reunidos que estão no céu, na terra e em todas as profundezas dos
abismos, em trevas, na luz, na alva da manhã, no dia e na noite, os quais Ele preparou com a sabedoria do Seu coração.
E então, quando vimos a Sua obra, bendissemo-Lo e O magnificamos na Sua presença, por toda a Sua obra, pois no pri-
meiro dia, tinha feito sete grandes obras.”
(JUBILEUS 2:2, Nova Tradução J.Franclim Pacheco Revisada e Corrigida)
O Conhecimento que Liberta - Estudos Bíblicos O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO: O Surgimento de Todas as Coisas
Neste outro verso vemos também outra narrativa adicional, que é refente ao livro de Gênesis, capítulo 1, do verso 1 ao
5, onde temos ela numa forma totalmente resumida, que provalmente o autor a redigiu assim, para se a ter somente aos
detalhes principais, ou também, pode haver tido outro tipo de visão do autor, sobre a criação em sua época, já que temos
em Gênesis 1:1, uma visão Eloísta.