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Nome: Ayuba Issufo

Tema: Classes Nominais

1. Introdução

Morfologia do nome, nome é definido como uma palavra variável que se usa para designar seres,
coisas, eventos estados, pessoas. Nas línguas bantu o que é característico e chama atenção é a
forma sistemática como os nomes se organizam de acordo com os seus prefixos que indicam
tanto o número como o género (numa perspectiva) totalmente diferente da oposição feminino vs
masculino vs neutro.

2. Objectivos específicos
 Distinguir classes nominais;
 Enquadrar prefixos de palavras nas respectivas classes nominais.
3. Classes nominais

Relativamente à estrutura do nome, interessa realçar que nas línguas Bantu ele (nome) é
constituído por duas partes fundamentais, nomeadamente:

 Um prefixo (nominal), geralmente variável em função da classe;


 Um tema nominal que constitui a parte irredutível do nome. Este é invariável senão em
alguns casos em que a natureza do segmento do prefixo ocasiona alterações morfo-
fonémicas na consoante inicial deste.

Ex:

 Nyungue

Mu-ti (classe 3) “ árvore”

Miti (classe 4) “árvores”

 Changana

Bixopo (classe 1) “ bispo”

Va-bixopo (classe 2) “bispos”

Chama-se classe nominal ao conjunto de nomes com o mesmo prefixo e/ou mesmo padrão de
concordância.

Foi Bleek (1862, 1869) quem notou pela primeira vez que os nomes das línguas Bantu se
organizam de forma sistemática em grupos de acordo com os seus prefixos ou com o tipo de
padrão de concordância.

Mais tarde Meinhof, Werner e Guthrie deram continuidade aos estudos sobre esta matéria.

Os reflexos dos prefixos apresentados tanto nas listas de Bleek Meinhof, Werner e Guthrie
variam de língua para língua de acordo com a evolução fonética dos idiomas particulares.
4. Semântica das classes nominais

A tentativa de se estabelecer uma relação entre a forma fonética dos prefixos e o significado dos
nomes de que os prefixos fazem parte é ainda um assunto bastante discutido. Uma das saídas
mais aceitáveis é de que a organização dos nomes em classes, em Bantu tem, historicamente,
uma base semântica, o que se explica pelo facto de:

1. Em muitos casos ainda persistir a ocorrência de nomes semanticamente pertencentes ao


mesmo grupo;
2. A existência de outras classes onde há predominância de nomes que facilmente se podem
agrupar em conjuntos mais gerais como: plantas (classes 3 e 4) e animais e frutas (classes
5 e 6).

Apesar disso, são praticamente inexistentes as classes em que se encontram nomes que são
exclusivamente da mesma categoria semântica.

Nota-se que em muitos casos, as mudanças semânticas acompanhadas de substituição dos seus
prefixos “originais” resultaram na “drenagem” de muitos nomes de uma classe para outras, como
parece ter acontecido em Makhuwa.

Ex:

 Kharamu (classe 1) “leão” Akharamu (classe 2) “leões”


 Mwalapwa (classe 1) “cão” Alapwa (classe 2) “ cães”
 Ehopa (classe 7) “peixe” Ihopa (classe 8)

Os exemplos de Makhuwa reportam nomes das classes 1 / 2 e 7 / 8, que indicam que estes
sempre se agrupam aos pares, em oposição singular/plural.
5. Conclusão

Os nomes se organizam de acordo com os seus prefixos que indicam tanto o número como o
género. Estes nomes se encontram agrupados em classes.

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