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- Anais -

São Luís, Ma - 2016


Seminário de internacionalização: os desafios da mobilidade no IFMA:
estratégias, resultados e perspectivas (2.: 2016: São Luís, MA)

Anais do II Seminário de internacionalização: os desafios da mobilidade no


IFMA: estratégias, resultados e perspectivas, São Luís: 01 e 02 de setembro
de 2016. – São Luís: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, 2016.

Eixos temáticos: 1. Experiências internacionais. 2. pesquisas, ensino e


aprendizagem desenvolvidos no Brasil e no exterior. 3.línguas, culturas e
internacionalização (teorias e práticas).

Coordenação de Virginia Freire.

ISBN 978856974516-7
I. Seminário de internacionalização (2.: 2016: São Luís, MA). II. Título.
CDU 37.091.32
Sumário

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 05

OBJETIVO................................................................................................................................. 05

PROGRAMAÇÃO..................................................................................................................... 05

COMISSÃO ORGANIZADORA............................................................................................... 06

Eixo temático 1: Experiências Internacionais

A MOBILIDADE NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA SUSTENTADA A PARTIR

DE UMA EXPERIÊNCIA DO PDPI NOS EUA............................................................................ 08

A VIDA ESTUDANTIL E CULTURAL NA FRANÇA: Uma experiência Rémoise .................... 09

ABORDAGEM QUALITATIVA E ANÁLISE ESTRATÉGICA DO PROCESSO DE

PLANEJAMENTO E EFETIVA VIVÊNCIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL NO EXTERIOR ..... 10

Título: COMUNICAÇÕES INTERCULTURAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM TERRAS


TEXANAS.................................................................................................................................... 11

INTERCÂMBIO DEPOIS DOS 30 ANOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................... 12

RELATO DE EXPERIÊNCIA NOS ESTADOS UNIDOS............................................................... 13

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE APRIMORAMENTO CULTURAL E PROFISSIONAL DE

UM PROFESSOR DE INGLÊS NA UNIVERSIDADE DA FLÓRIDA ........................................... 14

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE INTERCÂMBIO DE UM ESTUDANTE DE

ENGENHARIA CIVIL DO IFMA NO CANADÁ ......................................................................... 15

TEACHING PRACTICES IN LONDON....................................................................................... 16

LA PRATICA DI CONOSCENZE CHIMICHE E CULTURALE IN ITALIA................................... 17

VIDA NA COREIA DO SUL: EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADOS............................................. 18

Eixo temático 2: Pesquisas, ensino e aprendizagem desenvolvidos no Brasil ou no exterior

A IMPORTÂNCIA DO PIBID NO DESENVOLVIMENTO DOS PROFESSORES DO

BRASIL...................................................................................................................................... 20

EXPERIÊNCIA DE MOBILIDADE ACADÊMICA INTERNACIONAL DE

GRADUAÇÃO-SANDUÍCHE .................................................................................................... 21

HEALTHCATION: UM MODELO DE GAMIFICAÇÃO BASEADO NO COTIDIANO DE

IDOSOS PARA USO EM APLICATIVOS DE MONITORAMENTO DA SAÚDE ........................ 22

HEALTHCATION: PROPOSTA DE UMA APP MOBILE PARA O COMPANHAMENTO

FAMILIAR DA ALIMENTAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM

IDOSOS.................................................................................................................................... 23

O USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS NAS PRÁTICAS INTERCULTURAIS

DAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA.................................................................................... 24


ONDE FICA A AMERICA LATINA E A ÁFRICA NO MAPA DO PROGRAMA

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS? .................................................................................................. 25

PEREGRINATIO ACADEMICA: A ORIGEM DA INTERNACIONALIZAÇÃO

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ..................................................................................................... 26

Eixo Temático 3: Línguas, culturas e internacionalização (teorias e práticas)

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DA ARTE CAPOEIRA ... 28

EXPLORANDO PRÁTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO IFMA À LUZ

DO MODELO DE RUDZKI (1998) ........................................................................................... 29

LITERATURA HISPANO-AMERICANA NA FORMAÇÃO CIDADÃ .......................................... 30

O INGLÊS BÁSICO COMUNICATIVO: UM INSTRUMENTO DE AÇÃO

NA COMUNIDADE ESCOLAR IFMA – CAMPUS BARRA DO CORDA ................................... 31

USO DO ESPAÇO URBANO PÚBLICO EM SÃO LUÍS............................................................ 32


Apresentação
Nos últimos anos, as estratégias para internacionalizar as Instituições de Ensino
brasileiras ganharam incrementos bastante significativos, por meio de programas
de fortalecimento da mobilidade acadêmica e do ensino de línguas. Trata-se de
um fenômeno com características complexas que se desenvolve pari passu com a
história da própria educação no Brasil.
Do ponto de vista acadêmico e de gestão, as discussões sobre esse tema
necessitam compreender mais profundamente as etapas e os meios em que o
processo de internacionalização acontece, bem como as reverberações para melhor
qualidade das instituições de ensino.
Assim, o Instituto Federal do Maranhão (IFMA) promove o II Seminário de
Internacionalização, voltado para estudantes e professores e gestores de todas
as instituições de ensino interessadas nessa temática. A programação é composta
por palestras, mesas redondas e exposição de painéis que tratam de mobilidade,
convênios, parcerias e relatam experiências que trazem novas perspectivas para a
formação docente e discente e a pesquisa cientifica.

Objetivo

• Debater sobre o processo de internacionalização das Instituições de Ensino;


• Divulgar experiências internacionais de docentes e discentes relacionadas a
ensino, pesquisa e extensão;
• Discutir políticas e ações voltadas para valorização, ensino e aprendizagem de
idiomas e culturas;
• Socializar boas práticas de internacionalização da Rede de Educação Profissional
e Tecnológica e demais instituições de ensino;
• Refletir sobre políticas nacionais e locais para internacionalização da educação.

Programação
DIA 01/09/16 - MANHÃ
9h – Abertura
9h30 - 10h30 – A internacionalização da Rede de Educação Profissional e Tecnológica
Palestrante: Marjorie Cerejo (CONIF)
10h30-11h – Apresentação Cultural - DEYLA RABELO E PAULO VICTOR OLIVEIRA
11h-12h – Boas práticas nos Institutos Federais
Palestrante: Prof. Francisco Gutenberg Albuquerque Filho (IFCE - FORINTER)

TARDE
14h -15h - Mesa redonda 1: Experiências docentes do IFMA.
Palestrantes: Prof. Dr. André Luís dos Santos e Prof. Dr. Rubens Soeiro Gonçalves (IFMA/
Monte Castelo)
Mediador: Prof. Gerardo da Silva Jr. (IFMA/Coelho Neto)
15h-16h - Mesa redonda 2: Experiências docentes do IFMA
Palestrantes: Prof. Ms. Juliana Castelo Branco (IFMA/Timon), Prof. Ms.Leydnayre Kirschner
e Prof. Elizabeth Correa da Silva (IFMA/Centro Histórico)
Mediador: Prof. Tiago Macedo (IFMA/S.R. Mangabeiras)
16h-17h - Mesa redonda 3: Experiências discentes do IFMA
Palestrantes: Paulo Victor de Oliveira (IFMA/Centro Histórico), Maria Rita Jansen Neta
(IFMA/Santa Inês); Adriana Coimbra Rolim (IFMA/ Maracanã) e Carlos Eduardo Everton
(IFMA/Monte Castelo)
Mediador: Prof. Isabela Cristina Silva (IFMA/Grajaú)

DIA 02/09/16 - MANHÃ


9h – 10h - Internacionalização do IFMA: conquistas e desafios
Palestrantes: Prof. Virgínia Freire, Prof. Maria Helena Sales (IFMA/ARINT) e Prof. Dra.
Natilene Brito (IFMA/PRPGI)
Mediador: Prof. Ms. Joniery Rubim (IFMA/Caxias)
10h-11h – Programas oficiais de intercâmbio acadêmico de graduação e pós-graduação
na Alemanha, cursos de alemão, testes e certificados.
Palestrante: Christoph Ostendorf (CCBA)
Local: Área de Vivência
11h -12h - Exposição de Painéis

TARDE
14h -15h – Apoio à internacionalização das Instituições de Ensino maranhenses
Palestrantes: Prof. Dr. Alex Oliveira (FAPEMA)
Mediador: Prof. Ms. Ana Paula Capellani (IFMA/ Centro Histórico)
15h – 16h – English as a Medium of Instruction
Palestrante: Prof. Ms. Lavaughn John (Conselho Britânico)
16h-16h45 – O Programa Ciência sem Fronteiras: desafios e contribuições para o processo
de internacionalização do IFMA
Palestrante: Prof. Ms. Simone Costa Almeida (IFMA/ARINT)
16h45-17h30 – Proficiências em Língua Inglesa: TOEFL ITP e TOEIC BRIDGE
Palestrante: Helison Lima (Mastertest)
17h30 – Encerramento
Comissão Organizadora
Cooordenação: Virgínia Freire
Tradução: Maria Helena Sales
Revisão: Carla Marina Dias
Colaboradores: Giordana Sperandio, Maria Helena Sales e Ana Paula Capellani
e membros do Comitê de RI
Organizadores: Helen Karine Pereira, Tatiana Abreu e Simone Maranhão
Comitê Científico: Virginia Freire, Simone Maranhão e Ana Paula Capellani
Coordenação dos Painéis: Clécia Lima e José de Ribamar Carvalho Junior
Coordenação dos Monitores: Carla Marina Dias
Editores: Mariela Carvalho, Marcos André Soares
e Maycon Rangel Ferreira
Roteiro: Karoline Oliveira
Designer gráfico: Luciana Saso
Eixo Temático 1: Experiências Internacionais
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A MOBILIDADE NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA SUSTENTADA A


PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA DO PDPI NOS EUA
Themistocles Vieira1; Joniery Rubim de Souza2

Desde 2010 acontece o Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua


Inglesa nos Estados Unidos (PDPI), em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos e a Comis-
são Fulbright. O Programa oferece curso intensivo em universidades americanas para professores
de língua inglesa da educação básica da rede pública de ensino através de atividades culturais
e acadêmicas, com os seguintes objetivos: 1 - fortalecer a fluência oral e escrita em inglês; 2 -
compartilhar metodologias de ensino e avaliação que estimulem a participação do aluno em sala
de aula; 3 – estimular o uso de recursos online e outras ferramentas na formação continuada de
professores e na preparação de planos de aula. Este trabalho é um relato de uma experiência na
Universidade Central da Flórida -Orlando-Flórida e na Universidade do Texas – Austin, em 2013,
onde foram abordados a história e cultura norte-americana, o aprimoramento das habilidades lin-
guísticas de compreensão e produção oral e escrita, bem como práticas e métodos em ensino de
língua inglesa para falantes de outras línguas. A partir dessa vivência foi possível a elaboração de
ações no ensino-aprendizagem tendo o Inglês como língua-alvo, tais como: 1 – o projeto musical
“The Voice IFMA”, aprimorado a partir de do programa “Ídolos”, na versão americana; 2 – “A 1ª
Mostra de Vídeos em Língua Inglesa”, sustentada pela observação dos “sets” dos filmes assistidos
no Universal Studio, The Island of Adventure e Disney World; 3 – “A Mostra dos ataques terroris-
tas às Torres Gêmeas” (World Trade Center), motivado pela visita desse Memorial em Nova Ior-
que; 4 – a implantação do Projeto de Extensão do Curso de Inglês Básico no Campus São José de
Ribamar em parceria com o referido município; 5 – a expansão do “Sing-along Project” para toda
a comunidade estudantil do Campus Barreirinhas; 6 – a socialização de novas técnicas, a partir
do “I Seminário de Leitura de Textos Técnico-Científicos em Língua Inglesa”; e 7 – a utilização
de tecnologias, por meio do Projeto “Movie Script”. Conclui-se, desse modo, que a mobilidade
acadêmica de docentes da Língua Inglesa tem, em muito, corroborado para o fortalecimento do
ensino da língua-alvo, através da aplicação prática e socialização das metodologias aprendidas no
programa.

Palavras-chave: Capacitação. Língua Inglesa. Ensino. Mobilidade.

1 IFMA Campus São José de Ribamar, Brasil. E-mail: themistocles@ifma.edu.br;


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2 IFMA Campus Caxias, Brasil. E-mail: joniery@ifma.edu.br
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A VIDA ESTUDANTIL E CULTURAL NA FRANÇA: Uma experiência Ré-


moise
Clissianne da Silva Araujo1

O estudo de um idioma proporciona o contato com os costumes, educação, artes e literatura de um


povo. Estudar a língua francesa não foge desse padrão. O intercâmbio foi realizado no período de
setembro de 2013 a junho de 2014, viabilizado pelo Programa Ciências sem Fronteiras. A univer-
sidade alocada pelo Campus France, foi a Universidade de Reims Champagne-Ardenne (URCA),
localizada na cidade de Reims, conhecida como a Cidade dos Reis, na região da Champanha-Ar-
denas, nordeste da França. O curso de engenharia civil (Sciences pour l’Ingénieur parcours Génie
Civil) pertence à Unidade de Formação e Pesquisa Ciências Exatas e Naturais - Campus Moulin
de la Housse. O período cursado é denominado de L3, e corresponde a dois semestres, é o ter-
ceiro ano do curso de engenharia civil. O acolhimento do estudante estrangeiro na URCA é feito
durante a primeira semana do período letivo, onde o estudante é apresentado o funcionamento da
universidade e todos os serviços disponíveis para o aluno aproveitar sua estadia no campus. Esta
semana é realizada pelo Serviço de Relações Internacionais sendo ofertados: curso de francês,
visita aos dois campi e passeios na cidade, além da recepção com representantes da universidade.
Durante a vivência acadêmica o aluno é obrigado a fazer todas as disciplinas do período em ques-
tão e é tratado como um estudante francês, com direitos e obrigações. Algumas disciplinas são
ministradas por dois ou mais professores, elas são divididas em aulas teóricas, aulas de resolução
de exercícios e aulas práticas no laboratório. Ao final do L3 (Licence SPI 3ème année) o aluno
faz um estágio em uma empresa ou em um laboratório de pesquisa da própria universidade e em
seguida apresenta o relatório para uma banca de professores que o avaliará. A universidade oferece
alguns programas culturais como o Cultures em Fête (amostra cultural: comidas, música, danças
de vários países), Internactional Speed Meeting (encontro com vários estudantes internacionais),
Atelier Oenologique e Jeu Slow Food Passport. O Buddy Programm é incentivado ao estudante
estrangeiro (apadrinhamento no campus universitário). Associação de estudantes estrangeiros ofe-
rece um roteiro de eventos semestres que onde é possível conhecer gratuitamente pontos turísticos
da Champanha-Ardenas. O intercambio foi imprescindível no aprimoramento da minha formação
acadêmica, e da língua francês, além do modo de pensar. Tive contato com estudantes franceses e
de outras nacionalidades: argelinos, congoleses, colombianos e outros.

Palavras-chave: Estudante Estrangeiro. Acolhimento. Cultura.

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ABORDAGEM QUALITATIVA E ANÁLISE ESTRATÉGICA DO


PROCESSO DE PLANEJAMENTO E EFETIVA VIVÊNCIA ACADÊMICA
E PROFISSIONAL NO EXTERIOR
Rômulo Diêgo Marinho Siqueira 1

Em todo processo de mudança há sempre a necessidade de reestruturações independente do âm-


bito em questão, uma vez que o período de transição entre o familiar e o desconhecido é repleto
de conhecimentos, oportunidades, experiências e incertezas. Visando o menor impacto negativo
possível, um planejamento prévio é essencial, apesar de que jamais todas as variáveis serão con-
templadas e surpresas serão uma realidade. Para que haja a verdadeira mudança, é preciso que o
processo aconteça de dentro para fora, ou seja, se faz necessário conhecer realmente a verdadeira
necessidade de mudar. Objetivos e metas, tanto profissionais quanto pessoais, devem ser traçadas e
o foco na visão de futuro precisa estar estabelecido. Inevitavelmente alguns hábitos, atitudes e con-
ceitos precisam ser abandonados, pois ao se fazer as mesmas coisas, há de se esperar os mesmos
resultados. É nesse contexto que o presente artigo se fundamenta, objetivando-se em contribuir
para a compreensão do processo de mudança enfrentado por muitos estudantes e profissionais, a
partir da percepção de um acadêmico de Engenharia Mecânica, que no auge de sua inquietação
intelectual, percebe que para alcançar seus objetivos pessoais e profissionais, precisaria abrir mão
de sua acomodação cotidiana, traçar planos, metais e lançar-se ao exterior em busca de melho-
res qualificações, conhecimentos e oportunidades, em prol de um futuro promissor e realização
pessoal. Através do programa Ciência sem Fronteiras, foi possível dar início à nova investida e a
tão esperada oportunidade da graduação nos Estados Unidos foi concedida. Na Lawrence Tech-
nological University, foi possível a aquisição de conhecimentos, habilidades, hábitos e atitudes
até então desconhecidos e de suma importância para desempenhar as competências acadêmicas e
profissionais, à nível de primeiro mundo, com excelência. O notório engajamento com a institui-
ção e o comprometimento com o desenvolvimento científico, proporcionaram notáveis parcerias
e projetos, inclusive junto à órgão federal norte-americano. Ainda houve a grande oportunidade
de trabalhar na Ecomotors Internacional, renomada empresa do setor automobilístico, referência
em tecnologia e eficiência, encerrando assim a primeira etapa da jornada de forma fenomenal e
abrindo as portas para as seguintes.

Palavras-Chave: Planejamento. Oportunidade. Engenharia. Internacional.

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COMUNICAÇÕES INTERCULTURAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA


EM TERRAS TEXANAS
Cláudia Cristina Cólins Pereira; Joniery Rubim de Souza1.

A língua é um código desenvolvido dentro do processo de comunicação para que o homem transmita
pensamentos, ideias e interaja entre si. Sendo assim, em 2012, houve um programa de mobilidade
internacional para professores de escolas públicas pela CAPES, Embaixada dos Estados Unidos e
Comissão Fulbright para Aperfeiçoamento para Professores de Língua Inglesa nos EUA, e fomos
localizados na Universidade do Texas em Austin. Como um relato de experiência, iremos expor um
recorte do que se aprendeu, apreendeu e se pôde aplicar à nossa realidade enquanto professores,
considerando os programas culturais ofertados, como: visita ao Bob Bullock Texas State History
Museum, NASA Excursion, Blanton Art Museum, entre outros, além da interação com outros es-
tudantes dessa universidade e com professores convidados para ministrar palestras nas disciplinas
Cultura Americana, Special Topics/Application Courses e Gramática-Métodos, da permanência
por um final de semana em uma família americana e visita a uma escola pública. Essa diversidade
de experiências nos propiciou vivenciar mais proximamente a cultura americana, para assim corre-
lacioná-la e diferenciá-la da brasileira e utilizar esses conhecimentos pelas técnicas apresentada e
praticadas nas disciplinas estudadas. Em uma das simulações de práticas correlacionadas ao perfil
do estudante brasileiro, selecionamos a da disciplina American Culture & Intercultural Commu-
nications, na qual apresentamos uma aula sobre a unidade que tratava sobre família americana,
mas antes tivemos que aplicar entrevistas com membros de famílias e correlacionar a unidade com
a experiência da ida à família americana. Na simulação, apresentamos o texto do livro utilizado
para que os alunos discutissem sobre o tema, comparassem as similaridades e diferenças entre
as famílias americanas e brasileiras, registrando por escrito suas impressões, a partir de tópicos
apresentados na pesquisa de Daniel Yasnkelovich, que constava do texto. Ao final, propusemos
que os alunos comparassem o que produziram e escrevessem uma breve redação sobre o assunto.
Assim, os conteúdos estudados nas disciplinas e correlacionados ao que vivemos nos programas
culturais pelas práticas que simulamos diversas vezes, fez-nos confirmar a importância que tem o
acesso a uma nova cultura para fins de conhecê-la, respeitá-la, compará-la e aproveitá-la para as
nossas vivências seja enquanto cidadãos, seja enquanto profissionais.

Palavras-chave: Mobilidade internacional. Comunicações interculturais. Programas culturais.

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INTERCÂMBIO DEPOIS DOS 30 ANOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA


Odaléia Alves da Costa1

Sempre tive o desejo de fazer um intercâmbio, viajar pros Estados Unidos, conhecer a Disney,
sonho da maioria dos adolescentes. No meu caso, esse sonho passava apenas pela cabeça, pois o
bolso dos meus pais não tinha dinheiro para essas fantasias. O parco dinheiro que meus pais tinham
era suficiente apenas para comprar nossos livros e cadernos que nos mantinham na escola pública.
O objetivo deste relato é mostrar que um intercâmbio é possível sim, quando você é adolescente,
mas também é possível quando você é adulto e tem 30, 40, 50, 60 anos ou mais. Nunca é tarde
para aprender. Depois de 5 anos de trabalho no Instituto Federal do Maranhão, como professora
de Educação, após a conclusão de uma graduação, um mestrado e um doutorado, pude economizar
dinheiro, tirar uma licença capacitação de 90 dias e finalmente, realizar o meu sonho de fazer um
intercâmbio para adultos em inglês, não nas terras do Tio Sam, mas nas terras do Maple Syrup.
Cheguei em Vancouver no Canadá com 33 anos, e voltei pra Timon no Maranhão com 34 anos,
voltei renovada da experiência mais intensa da minha vida, conheci pessoas de diversos lugares do
mundo, literalmente dos 5 continentes (América, Europa, África, Ásia e Oceania), fiz amizades,
conheci muitas pessoas, pratiquei inglês com nativos e não nativos, conheci um pouco da cultura de
outros países, experimentei da comida de diferentes lugares e até vesti um kimono, num festival de
cultura japonesa que participei em Vancouver no Canadá. Encontrei pessoas fazendo intercâmbio
para adultos, pessoas estas que tinham idades entre 17 e 60 anos, e concluí que cada um faz aquilo
que pode, no período em que lhe é mais favorável. Vivi intensamente meus 90 dias de licença
capacitação, estudei inglês, observei os métodos dos meus professores e hoje me sinto uma cidadã
do mundo, pois como domino o inglês eu posso dominar o mundo.
Palavras-chave: Intercâmbio. Inglês. Intercâmbio para adultos.

1 Professora da Área de Educação do IFMA Campus Timon. Departamento de Ensino Superior e Tecnologia.
Coordenadora dos grupos de pesquisa: História e Memória das Instituições Escolares e Educação e Família:
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dispositivos de formação. E-mail: odaleia@ifma.edu.br
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RELATO DE EXPERIÊNCIA NOS ESTADOS UNIDOS


Juliana Sales Viegas Castelo Branco1

Em conjunto, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), a Coordenação de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Northern Virginia Community Colle-
ge (NOVA) promoveram um curso de capacitação para professores de inglês da rede federal de
ensino, realizado nos Estados Unidos da América entre janeiro e março de 2016 e para o qual fui
selecionada. Este trabalho pretende relatar minha experiência em território norte-americano, en-
globando a teoria trabalhada em sala de aula, com ênfase na metodologia Tasked-Based Language
Teaching (TBLT); a imersão cultural, que potencializa o aprendizado/aperfeiçoamento do estudan-
te de uma língua estrangeira e a formação de uma rede de contatos com professores de outros Ins-
titutos Federais brasileiros, que muito contribui para o enriquecimento de nossa prática docente.

Palavras-chave: SETEC/CAPES NOVA. Capacitação. Língua Inglesa. Experiências.

1 Instituto Federal do Maranhão, Professora de Língua Inglesa, Campus Timon, Departamento de Ensino
13
Profissional. E-mail: juliana.viegas@ifma.edu.br.
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE APRIMORAMENTO CULTURAL E


PROFISSIONAL DE UM PROFESSOR DE INGLÊS NA UNIVERSIDADE
DA FLÓRIDA
Tiago da Costa Barros Macedo1

O programa de mobilidade internacional PDPI (Programa de Aperfeiçoamento de Professores de


Língua Inglesa), patrocinado pela Comissão Fulbright, CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior) e a Embaixada dos Estados Unidos, tem contribuído grandemente
para o aprimoramento das habilidades comunicativas e culturais dos docentes de língua inglesa
espalhados pelo Brasil. Este relato tem como objetivo apresentar a experiência de um docente de
língua inglesa que foi contemplado por este programa no período de junho a agosto de 2013, e
selecionado para estudar na Universidade da Flórida, localizada na cidade de Gainesville, com
todas as despesas pagas. Nesta instituição ele estudou a Língua Inglesa dentro da abordagem ESL
(English as a Second Language), isto é, o inglês como segunda língua, tendo aulas de leitura e
produção textual, gramática, fala e escuta e técnicas de ensino. Vale destacar que o docente reali-
zou dois testes de proficiências ao longo deste programa: o TOEFL ITP, fundamental para que o
candidato fosse selecionado para participar do PDPI e outro promovido pela própria Universidade
da Flórida, para fins de nivelamento. Além das experiências vivenciadas em sala de aula, o que
inclui a interação com pessoas de diferentes países em língua inglesa, o docente também viven-
ciou diversas experiências por meio de passeios realizados dentro do estado da Flórida, como a
visita a um aquário e uma praia na cidade de Clearwater e na região Nordeste dos Estados Unidos,
como a ida ao Lincoln Memorial, o Capitólio em Washington D.C e o teatro cristão Sight and
Sound, na Pensilvânia, o que contribuiu bastante para o seu aprimoramento cultural, comunicativo
e profissional. Por fim, ao retornar ao Brasil, como contrapartida pelo investimento do programa,
desenvolveu um projeto de apresentações artísticas na escola onde atuava e então o enviou para
CAPES, o que certamente pode ter contribuído para a sua indicação como colaborador do jornal
virtual do Portal do Professor na edição de fevereiro de 2014, cujo tema era “Aulas no Exterior”.
Esta experiência reforça a ideia de que programas de internacionalização dos estudos precisam ser
mantidos e consolidados.

Palavras-chave: PDPI. Mobilidade Internacional. Aprimoramento Profissional e Cultural.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE INTERCÂMBIO DE UM ESTUDANTE


DE ENGENHARIA CIVIL DO IFMA NO CANADÁ
Lucas de Brito Nascimento1; May Guimarães Ferreira2
Os engenheiros civis desempenham um papel crucial no desenvolvimento tecnológico e
econômico de um país. Esses profissionais são responsáveis, por exemplo, pelo planejamento
e gerenciamento dos grandes centros urbanos, atuando em diversos setores, desde à construção
civil propriamente dita até atividades de inovação e pesquisa, influenciando diretamente na
melhoria da qualidade de vida da população. Com base nesses aspectos, este artigo busca relatar
um trabalho desenvolvido durante meu intercâmbio acadêmico no Canadá, através do programa
Ciência sem Fronteiras. Eu apresentei esse trabalho oralmente, em sala de aula, na disciplina
de Inglês para Propósitos Acadêmicos, na forma de banner, aos alunos do programa de Língua
Inglesa do Camosun College, instituição canadense de ensino superior. O objetivo principal
dessa proposta era de comparar a engenharia civil brasileira em relação à canadense, assim como
esclarecer alguns aspectos referentes à profissão de Engenheiro Civil no Canadá. Inicialmente, a
pesquisa apresentou a Engenharia Civil como uma carreira profissional no Canadá, demonstrando
os requisitos educacionais e informações de trabalho para esta posição. Em seguida, analisou-se
algumas vantagens e desvantagens desta carreira, assim como oportunidades atuais e futuras no
país. Finalmente, esse estudo comparou a Engenharia Civil brasileira e canadense, levando em
consideração alguns aspectos relevantes, tais como: educação, salário, etc. Entre os resultados
alcançados, observou-se que o Brasil possui cerca de 201.290 mil engenheiros civis registrados,
o que corresponde a 20,06% (CONFEA) enquanto o Canadá possui cerca de 50 mil profissionais
de engenharia civil. Apesar da escassez desses profissionais em ambos os países, no Brasil, o
problema está relacionado a falta de engenheiros qualificados, uma vez que, para o presidente do
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), Jobson
de Andrade, “não faltam engenheiros no mercado de trabalho e sim engenheiros atuantes”. Outro
aspecto relevante que merece destaque é a questão salarial nos dois países. Enquanto no Brasil
o piso salarial de um engenheiro civil é de R$ 4.728,00 para uma jornada diária de 6 horas, no
Canadá, o salário estimado é de R$ 12.000,00 reais. Por fim, levando-se em consideração a questão
educacional, o Brasil está na frente: o curso de Engenharia Civil, o qual possui cerca de cinco
anos de duração, é ofertado gratuitamente nas universidades públicas. No Canadá, por outro lado,
um curso de Engenharia Civil, que possui cerca de quatro anos de duração, pode custar cerca de
R$ 400.000,00 reais. Dessa forma, levando-se em consideração as informações coletadas através
desse estudo, constatou-se que ambos os países possuem pontos positivos e negativos quanto às
questões ligadas a Engenharia Civil. Enquanto o Brasil enfrenta problemas quanto a qualificação
e atuação dos graduados em Engenharia, o Canadá enfrenta a barreira econômica imposta pelas
universidades, as quais são privadas e, portanto, cobram altas taxas para a admissão dos alunos nos
programas de Engenharia. Por fim, alunos de outras nacionalidades criaram um debate em torno
da apresentação, mencionando as dificuldades enfrentadas nos seus países (China, Japão, Arábia
Saudita, etc.) quanto à participação das mulheres nessa área: fator de extrema importância cujo
cenário vem sendo transformado no Brasil.

Palavras-chave: Intercâmbio. Engenharia Civil. Canadá.

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Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

TEACHING PRACTICES IN LONDON


Cláudia Maria Paixão Mattos; Simone Maranhão Costa Almeida1

Relato de experiência da participação no Programa Ensino de Inglês como Língua Estrangei-


ra, através do convênio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior
(CAPES) com o Institute of Education (IOE) / University of London. O curso foi realizado entre
fevereiro e março de 2014, com a participação de 22 professores de diversos estados do Brasil.
Dentre as disciplinas oferecidas destacaram-se: Cinema and Language Teaching, Sociolinguistics,
Reading Circles, Literature and Language Teaching, Phonology, Language and Power. Este traba-
lho visa relatar duas das atividades de campo desenvolvidas durante as aulas de Práticas de Ensino
(Teaching Practices) – o projeto The British Museum e as visitas técnicas às escolas britânicas de
ensino fundamental. 1) O Projeto teve como finalidade a prática da língua no contexto cultural do
Museu Britânico, em Londres. A metodologia usada englobou uma pesquisa online, em que cada
um escolheu peças de seu interesse no site do museu, buscando conhecer suas origens e significa-
dos. Realizou-se a visita ao museu fazendo-se o registro fotográfico in loco das peças escolhidas
online. O objetivo da atividade era vincular as peças escolhidas à apresentação de uma aula. 2)
As visitas às escolas de ensino fundamental objetivaram vivenciar o sistema de ensino britânico e
traçar comparativos com o cenário brasileiro. Teve-se a oportunidade de conversar com diretores
e professores e assistir aulas juntamente com os alunos. Percebeu-se a predominância de escolas
de garotas, de garotos e as mistas, com condução disciplinar de acordo com o gênero. Não há di-
ferenças curriculares significativas entre elas, pois os aspectos acadêmicos são estabelecidos por
conselhos educacionais regionais para toda a rede. Nesse caso, prevalece o perfil econômico da
comunidade. Na Archbishop Tenison School, inserida na periferia da cidade, com alunos negros
ou estrangeiros, o ensino profissionalizante foi apontado como caminho ‘natural’. A seleção desses
alunos, por mérito, já direciona quem receberá preparação para o mercado de trabalho ou para a
universidade. Fazer parte deste Programa trouxe inúmeros benefícios a nossa formação linguística,
cultural e, principalmente, a nossa prática de ensino, tornando-se, assim, a realização de um grande
projeto profissional.

Palavras-chave: Relato de experiência. IOE - University of London. Teaching Practices. Ativi-


dades de Campo.

1 Professoras de Língua Inglesa do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) do Campus Monte Castelo (claudia@
16
ifma.edu.br) e da Assessoria de Relações Internacionais/Reitoria (simonemaranhao@ifma.edu.br).
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

LA PRATICA DI CONOSCENZE CHIMICHE E CULTURALE IN ITALIA.


Patricia Nogueira Moraes1

Narração de experiências acadêmicas, pessoais e superação de intercambio na Itália com bolsas


do Programa Ciência sem Fronteiras (CSF) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamen-
to de Pessoal da Educação Superior (CAPES), com a finalidade de ampliar o conhecimento
inovador e pessoal sobre a química na Università Degli Studi di Padova, no ano de 2013/2014.
Grande experiência e choque de cultura, mais tudo que aconteceu foi de grande importância
para meu crescimento intelectual. A metodologia de educação utilizada era de forma impactan-
te. Uma das dificuldades encontradas foi a língua, as aulas todas ministradas em italiano, os pri-
meiros 15 dias foram muito difíceis, a culinária bem diferenciada - adaptações não muito fáceis,
mas que foram superados a cada dia. Essa história não é uma narrativa só de sucesso, mas de
conflitos conscientes e inconscientes em um mundo cada vez mais complexo e imprevisível su-
jeito a decisões emergenciais ao acaso e o inesperado. Foi realizado um curso para uma melhor
compreensão da língua. As aulas ajudaram muito, principalmente a gramática. O vocabulário
melhorou com a conversação com os colegas e companheira de quarto que era uma mulçumana
que morava no Egito na cidade de Alexandria que também participava de um programa de in-
tercâmbio de seu país. O contato com estudantes de outros estados do Brasil, também colaborou
para melhor desenvolvimento e reflexão no que poderia acontecer, onde poderemos chegar e
como a realidade poderá ser transformada encontrando um caminho de ressignificação como
pessoa e formação profissional, por ter compreendido melhor o meu processo formativo hu-
mano e de vida, com experiências adquiridas no decorrer de minha formação acadêmica. Não
restam dúvidas de que esta oportunidade de realizar um intercâmbio de estudos fora do país é
de extrema importância para nós alunos e o Programa CSF possibilitou muitas oportunidades
nestes sentido. A experiência permitiu-me obter uma formação mais plena e uma consistência na
graduação e, assim, aumentar maiores oportunidade de um melhor futuro profissional.

Palavras-chave: Narrativa de experiência acadêmicas e pessoais. Università Degli Studi di Pado-


va – Itália.

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1 Estudante do curso de Licenciatura em Química do campus Monte Castelo/IFMA.
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

VIDA NA COREIA DO SUL: EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADOS


Renata Jaqueline Gonçalves e Sousa¹

Viver em um país estrangeiro é uma experiência única, pois é possível observar de perto a cultura
de um povo, suas peculiaridades, entender seus costumes e estilo de vida. Mas essa experiência
pode ser desafiadora quando não se fala o idioma local, sobretudo em um país asiático. A Coreia do
Sul é um país que viveu um rápido crescimento a partir da década de 1960 e investiu em tecnologia
a ponto de ser reconhecida internacionalmente por seus produtos e serviços. Essa internacionali-
zação é notável no uso do idioma inglês em universidades, empresas e até no comércio. É comum
perceber palavras inglesas, ou mesmo frases inteiras, em trechos de músicas, anúncios, cardápios
em restaurantes, no metrô e até em diálogos cotidianos. No entanto, ainda que a Coreia tenha “se
aberto” para o ocidente há pouco tempo, muitos valores tradicionais ainda são encontrados em sua
sociedade. Um aspecto observável em diferentes esferas da vida dos coreanos é o respeito aos mais
velhos e a manutenção da hierarquia. Esses aspectos culturais estão expressos no idioma coreano,
cujo discurso se adequa à pessoa com quem se fala de acordo com a idade dessa pessoa ou sua
posição social. Desse modo, é bastante comum que coreanos iniciem uma conversa com alguém
perguntando sua idade. Quando se trata do idioma, embora seja possível viver na Coreia do Sul
falando apenas inglês, saber ao menos ler o alfabeto coreano faz grande diferença no dia a dia. O
Hangul é o alfabeto coreano, introduzido em 1446 no reinado do rei Sejong e utilizado até hoje,
com pouquíssimas modificações. Os símbolos do Hangul representam sons de vogais e consoantes
e juntos formam sílabas que compõe palavras e é um alfabeto de fácil aprendizado e significado
profundo, que carrega grande valor cultural para o povo coreano. Além do alfabeto, saber algu-
mas expressões em coreano pode ser de grande ajuda em situações cotidianas como por exemplo,
“olá”, “obrigado”, “me desculpe”, “até logo” e etc. pois, além de mostrar educação também ajuda
na integração em um país estrangeiro. Desse modo, é sempre recomendável reunir conhecimento
acerca do povo, da cultura e da língua daquele país e ter uma visão respeitosa e despida de quais-
quer preconceitos para que toda a experiência de morar fora seja mais rica e significativa.

Palavras-chave: Internacionalização. Idiomas. Coreia do Sul.

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Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

- Eixo Temático 2: Pesquisas, ensino e aprendizagem


desenvolvidos no Brasil ou no exterior
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

A IMPORTÂNCIA DO PIBID NO DESENVOLVIMENTO DOS


PROFESSORES DO BRASIL
Ozely Ferreira dos Santos1; Dalilla Carvalho Silva Lima2.

O professor é o principal responsável na formação de cidadãos. Deste modo, a formação dos mes-
mos é ponto de constante discussão no âmbito nacional quanto internacional, para melhor traçar
estratégias para o desenvolvimento dele, que acarretará no correto desenvolvimento da sociedade.
Assim sendo, O Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem sido uma estratégia do
governo federal em busca de originar transformação da cultura de formação dos professores do
Brasil, para assim propagar o incentivo ao magistério, e em consequência professores amantes
de sua profissão e mais capacitados para pleno exercício desta. Neste contexto, este trabalho tem
como objetivo mostrar a importância do PIBID no desenvolvimento dos professores do Brasil.
Constituindo-se de uma revisão bibliográfica, realizada em julho de 2016. Realizando pesquisas
nas bases de dados do Google, em busca das principais informações que nos revele o objetivo
traçado. Sendo encontrados aproximadamente 44.700 resultados em comum ao título em estudo,
que nos evidencia a importância do mesmo, muito exposto em pesquisas, que tem em comum
expor que o PIBID é um meio excelente para ajudar o professor a está preparado para o cotidiano
escolar. Mostrando-nos assim, como o PIBID é importante, pois o ajudará no cotidiano escolar e
tendo assim professores mais capacitados para a sua função em sociedade. E assim se apresentará
em vários arquivos esta confirmação. Ficando perceptível nas pesquisas que o PIBID é importante
no desenvolvimento do professor.

Palavras-chave: Desenvolvimento. PIBID. Professor.

1 Estudante do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Agrárias do Instituto Federal de Educação, Ciências e
Tecnologia do Maranhão – IFMA Campus Codó; E-mail: ozely_santos@hotmail.com.
2 Estudante do Curso de Licenciatura Plena em Química do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do
20
Maranhão – IFMA Campus Codó; E-mail: dalilla.ifma@gmail.com.
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

EXPERIÊNCIA DE MOBILIDADE ACADÊMICA INTERNACIONAL DE


GRADUAÇÃO-SANDUÍCHE
Maria Cecília de Freitas Borges1; Cecília Maria Cardoso Freitas Borges2

Este é um relato de experiência proveniente do estudo em graduação-sanduíche no exterior


através do “Programa Ciências sem Fronteiras”, instituído pelo Decreto nº 7642/11. Trata-se
de um ensaio para incentivar experiências de estudos científico-tecnológicos, que são importantes
instrumentos e mecanismos para a promoção da globalização científica, do conhecimento e da
mobilidade internacional de estudantes de graduação do Brasil. Consideráveis avanços foram
obtidos através da aprendizagem e uso de softwares no ramo do ”design gráfico”, além de
pesquisas aliadas à prática, registrando-se os avanços que foram atingidos pela graduanda em
Design. A experiência foi escrita após a observação crítica e analítica pelo período de 01(um) ano
de residência na “Universidade de Chester, localizada em Chester, Inglaterra”. Os objetivos deste
trabalho consistem no esclarecimento das etapas que compõem o processo de obtenção de bolsa
no exterior pelo aludido programa governamental, bem como na demonstração dos resultados
e objetivos alcançados, após observação criteriosa, buscando, inclusive, empreender relatos das
dificuldades encontradas para que os objetivos de estudo fossem atingidos. As conclusões desse
relato foram obtidas em face do progresso alcançado na área do Design gráfico pela graduanda
com realização de diversos exercícios de ordem prática, utilização de tecnologias como impressão
3D, serigrafia e fotografia. Importante registrar que a experiência vivenciada possibilitou obtenção
de fluência no idioma inglês e de experiência profissional com um grupo de teatro local, resultando
na realização de montagens de panfletos e revistas de divulgação do evento da companhia de teatro
“Chester Performs” sendo que o tema gráfico desenvolvido também foi utilizado para a criação
de um website.

Palavras-chave: Experiência, Internacionalização, graduação-sanduíche, Inglaterra, Projeto


Ciências sem Fronteiras.

1 Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Campus São Luís, graduanda, Campus Bacanga, Curso de Design,
núcleo de desenho e tecnologia, e-mail: borges.mcfb@hotmail.com
2 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, Professora de Direito Ambiental,
21
Campus Maracanã, e-mail: Cecilia@ifma.edu.br
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

HEALTHCATION: UM MODELO DE GAMIFICAÇÃO BASEADO


NO COTIDIANO DE IDOSOS PARA USO EM APLICATIVOS DE
MONITORAMENTO DA SAÚDE
Taynara Garces de Lima1; Crysthian Fhylipe Ribeiro Marinho2; Jeane Silva Ferreira3,
Eveline de Jesus Viana Sá

A possibilidade de intervenções na melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio de tecno-
logias móveis faz parte de uma área conhecida como m-Health. O m-Health, dentre outras coisas,
visa causar transformações nos desafios gerados no desenvolvimento de cuidados para saúde. Este
desempenha um papel inovador à medida que torna os serviços mais acessíveis e economicamente
viáveis através de dispositivos móveis. Em tal cenário, a presente pesquisa visa compreender dife-
rentes realidades envolvidas em atividades cotidianas de pessoas idosas, contribuindo para o agru-
pamento de informações pertinentes para aplicações em modelos de gamificação. Nesse contexto,
gamificação consiste na utilização de elementos de jogos em situações diárias dos idosos. Assim,
propõe-se seu uso a fim de motivar o uso de aplicativos m-Health pelo idoso, familiares, médicos,
cuidadores etc., favorecendo o processo de busca por autonomia, motivação e integração do pú-
blico idoso. A investigação de modelos de gamificação terá como base cenários que permitam o
monitoramento das atividades diárias do idoso, a serem associadas a bonificações que despertem
ainda mais o interesse do referido público. A pesquisa integra um escopo maior, sendo desenvolvi-
da pelo Departamento Acadêmico de Informática - DAI (IFMA, Monte Castelo), em parceria com
a École d’Ingénieur Généraliste en Informatique et Technologies du Numérique - EFREI (Fran-
ça). A parceria com a EFREI foi iniciada através de Edital de internacionalização, com projeto
submetido pela equipe CAJES – grupo de pesquisa em Computação Aplicada a Jogos, Educação
e Saúde, com o tema “Healthcation: uso de tecnologias m-Health para monitoramento de saúde
dos idosos através de gamificação”. O desenvolvimento de um protótipo para testes encontra-se
em andamento, vinculando as várias pesquisas complementares envolvidas. Aplicar modelos de
gamificação constitui uma das etapas previstas após testes do protótipo.

Palavras-chave: m-Health, gamificação, idosos, saúde.

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Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

HEALTHCATION: PROPOSTA DE UMA APP MOBILE PARA


O ACOMPANHAMENTO FAMILIAR DA ALIMENTAÇÃO E
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS
Francinette Dias Borges1; Jamilton Soares Cantanhede2; Pedro Victor de Sousa Dantas3;
Evaldinolia Gilbertoni Moreira4; Jeane Silva Ferreira5

Dado o crescente número de idosos em todo o mundo, tornou-se uma necessidade a busca por
soluções e opções de acompanhamento que lhes gerassem ao mesmo tempo, satisfação e qualida-
de de vida em meio as evoluções tecnológicas e sociais atuais. Assim, visando também auxiliar e
complementar o cuidado de familiares quanto aos seus idosos, o presente projeto objetiva, através
do uso de comunicações móveis e redes emergentes (m-Health), proporcionar o monitoramento da
saúde de idosos, através da criação de uma app mobile associada à modelos de gamificação. Esta
proposta integra o projeto HealthCation: Uso de Tecnologias m-Health para Monitoramento de
Saúde dos Idosos através da Gamificação, que tem como parceiros o DAI – IFMA, EFREI – Fran-
ça e a PUC Minas. O projeto tem como público-alvo inicial idosos ativos independentes ou par-
cialmente independentes. Todavia, planeja-se o desenvolvimento de duas interfaces conectadas:
uma para o idoso-usuário e outra para os cuidadores diretos, assegurando o monitoramento das
ações diárias do idoso. Além disso, pretende-se estipular algumas metas e recompensas de âmbito
do cotidiano do idoso, para incentivar a utilização da app. Para tanto, busca-se fortalecer a base de
estruturação do projeto através do levantamento das demandas dos idosos e seus familiares, definir
a forma de compartilhamento de informações e socialização entre os usuários da app, para enfim
definir a ferramenta para desenvolvimento da aplicação. Assim, para uma melhor visualização das
funcionalidades propostas, está em desenvolvimento um protótipo junto as outras pesquisas que
compõem o HealthCation. Tal protótipo enquadra não só o monitoramento da alimentação e dos
medicamentos dos idosos, mas também, as atividades como exercícios físicos e tarefas rotineiras,
proporcionando assim uma visão geral do cenário cotidiano do idoso-usuário e uma análise inicial
sobre a viabilidade da aplicação, de forma que o objetivo principal do projeto, aprovado no Edital
PRPGI Nº 03 PIBIC 2016/2017, inicialmente relatado, seja satisfatoriamente alcançado.

Palavras-chave: Idosos. Gamificação. m-Health. App mobile.

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O USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS NAS PRÁTICAS


INTERCULTURAIS DAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA
SILVA, Elizabeth Corrêa da1; LIMA, Henry Wilkler Dos Anjos2

As mudanças socioculturais vivenciadas nas últimas décadas que marcaram o surgimento das
tecnologias digitais e a delineação de um novo espaço de interação, informação e conhecimento,
proporcionaram a redefinição das relações com o saber e o aprendizado. Nesse sentido, os usos da
linguagem também assumiram mudanças que possibilitaram diferentes maneiras de ler, produzir
e promover a circulação de textos em gêneros, suportes, mídias e contextos diversos, exigindo a
formação de um cidadão que estivesse apto ao trânsito nas sociedades complexas contemporâneas
e preparado para o enfrentamento com a diversidade e o trânsito intercultural. Nessa perspectiva,
no que diz respeito ao espanhol, sabe-se que não é possível dissociar a cultura de um povo do
ensino-aprendizagem de sua língua. Assim, a língua espanhola apresenta uma grande diversidade
de países, povos e culturas que devem ser reconhecidos e, sobretudo, respeitados. Desse modo,
considerando o aprendizado de línguas adicionais no contexto das tecnologias da informação e
comunicação, a pesquisa, em andamento, busca investigar o uso de ferramentas digitais atrelado às
práticas interculturais no processo ensino-aprendizagem de Espanhol como Língua Estrangeira, no
Campus São Luís - Centro Histórico, realizando a produção do Podcast “Español um viaje Sono-
ro” e objetivando o reconhecimento do componente cultural e a prática da habilidade de recepção
oral e escrita por meio da audição dos episódios que tratam dos aspectos mais representativos da
cultura de países hispanófonos. Juntamente com o Podcast, optou-se por avaliar a compreensão
auditiva e leitora dos alunos participantes com o uso da ferramenta Kahoot, um sistema de res-
postas de escolhas múltiplas que, na modalidade Quiz, tem possibilitado experiências interessan-
tes e motivadoras também no contexto do ensino de línguas. Para tanto, adotou-se a abordagem
qualitativa de análise e o Estudo de Caso como modalidade de pesquisa. Por meio dos resultados
obtidos, espera-se contribuir com possíveis aplicações práticas que permitam aos professores de
língua espanhola explorar espaços que não se restrinjam somente à mera recepção, mas que pos-
sam expandir-se à participação, investigação e criação colaborativa, ampliando as condições de
circulação social dos alunos.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem de espanhol/ele. Ferramentas Digitais. Práticas Intercul-
turais.

1 Professora de Língua Espanhola do Instituto Federal do Maranhão - Campus São Luís- Centro Histórico.
Coordenadora do Curso de Espanhol do e-Tec Idiomas sem Fronteiras do Instituto Federal do Maranhão. Membro
do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Tecnologias Digitais na Educação, da Universidade Federal do Maranhão.
2 Aluno do Curso de Artes Visuais do Instituto Federal do Maranhão - Campus São Luís- Centro Histórico.
24
Orientando do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC Jr. IFMA 2015/2016.
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

ONDE FICA A AMERICA LATINA E A ÁFRICA NO MAPA DO


PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS?
Alberico F. do Nascimento; Deanne Cristhiny G. Maranhão; Paula Cristina Costa Castro1.

O foco desta pesquisa incide na análise do Programa “Ciência sem Fronteiras - CsF”, no que diz
respeito aos continentes e aos países que são os destinos da mobilidade internacional dos estudantes
e pesquisadores brasileiros. O pressuposto de investigação é que as parcerias que o Programa CsF
estabeleceu ao redor do mundo não inclui nenhum país da América Latina e da África. Tomou-se
como referência a relação dos “Países e Parceiros” que consta no Portal do Programa CsF. Esta in-
vestigação foi desenvolvida no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Trabalho, História e Educação
– NETHE a partir de pesquisa bibliográfica e de consultas na página eletrônica do CsF e trata-se de
uma investigação pautada numa abordagem quantitativa e qualitativa de pesquisa. Os resultados
obtidos apontam os seguintes países como destino do CsF: Alemanha, Bélgica, Canadá, Coreia do
Sul, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido, Austrália,
Hungria, Coreia, Irlanda, Noruega, Índia e Finlândia. Estes países estão localizados nos seguintes
continentes: América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. Constatou-se ainda que não há dúvidas de
que os referidos países constituem os centros mundiais de produção cientifica, entretanto, fora do
eixo central do mundo globalizado também se produz ciência em alto nível e existem instituições
de pesquisas renomadas (Instituto Tecnológico de Estudos Superiores de Monterrey México, Uni-
versidade de Buenos Aires, Universidade de Santiago do Chile, Universidade Nacional da Costa
Rica, Universidade de Stellenbosh e a Universidade de Pretoria na África do Sul, etc.) que podem
agregar novos saberes científicos e culturais aos estudantes e pesquisadores contemplados no CsF.
Deixar a América Latina e a África fora do mapa do Programa CsF é um indicativo da condição de
dependência do Brasil, na medida em que seus gestores não conseguem pensar o desenvolvimento
econômico, social e cultural fora da rota dos países que representam o centro econômico mundial,
ou seja, ainda prevalece a matriz dos dominadores. Os dados analisados mostram que o CsF tem
priorizado as experiências científicas e culturais eurocêntricas e anglo saxões em detrimento das
experiências latinas e africanas. Nesse sentido, o CsF ainda tem pelo menos uma fronteira a supe-
rar – a geopolítica.

Palavras-chave: Mobilização. América Latina. África.

1 IFMA, Campus São Luís Monte Castelo, Departamento de Humanas e Sociais – DHS, alberico@ifma.edu.br;
25
deannecris@yahoo.com.br; paula.krys27@gmail.com.
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

PEREGRINATIO ACADEMICA: A ORIGEM DA


INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Alberico F. do Nascimento; Martinho dos Santos Buas Araújo; Maynara Teixeira Silva1.

O objeto de estudo desta pesquisa são os deslocamentos chamados na literatura de Peregrinatio


Academica, iniciados na Europa no século XIII e realizados por estudantes universitários a fim
de estudar com renomadas autoridades acadêmicas. O pressuposto de investigação é que o Pe-
regrinatio Academica representa o marco inicial da internacionalização da educação superior na
Idade Média. Esta investigação foi desenvolvida no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Trabalho,
História e Educação – NETHE a partir de pesquisa bibliográfica e trata-se de uma investigação
pautada numa abordagem quantitativa e qualitativa de pesquisa. Os resultados obtidos indicam que
a universidade é internacional desde a sua origem. No século XII e XIII foram criadas as Universi-
dades de Bolonha, Paris, Oxford e Salamanca que são as mais importantes encontradas na Europa.
Essas instituições universitárias estavam quase sempre vinculadas à Igreja Católica e aos reinados,
garantindo assim a forte influência cristã, ou seja, a prática da cristandade que abria espaço para
receber alunos de todas as partes da Europa Ocidental. Para defender seus interesses e manterem-
se unidos os estudantes das diferentes regiões da Europa criaram no interior das universidades,
organizações chamadas de “nações” e assim promoviam a cooperação solidária entre mestres e
estudantes da mesma região. Na universidade de Bolonha, apontada pela historiografia como a pri-
meira universidade da Europa, os estudantes se dividiam em duas nações, os ultramontanos, estu-
dantes estrangeiros de diversas regiões, como da França, Espanha, Alemanha, Proença, Inglaterra,
formando um total de dezoito nações e os citramontanos, estudantes de diferentes regiões da Itália
que totalizavam dezesseis nações. Os resultados dessa investigação corroboram o entendimento de
que essa mobilização geográfica, aqui identificada como Peregrinatio Academica, corresponde a
partir de novas bases a internacionalização da educação superior. Entretanto, no século XXI, para
além da mobilidade acadêmica de estudantes, a internacionalização da educação superior ampliou
sua abrangência e tornou-se um instrumento de política externa, de estratégia geopolítica dos Es-
tados nacionais e um novo nicho de mercado no processo de transnacionalização e financeirização
do ramo de serviços educacionais.
Palavras-chave: Peregrinatio Academica. Internacionalização da Educação Superior. Europa.

1 IFMA, Campus São Luís Monte Castelo, Departamento de Humanas e Sociais – DHS, alberico@ifma.edu.br;
26
vivedodelogica2015@hotmail.com; mayanara13.ynyang@gmail.com;
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

Eixo Temático 3: Línguas, culturas e


internacionalização (teorias e práticas)
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DA


ARTE CAPOEIRA
Prof.º Msc. Francílio Benício Santos de Moraes Trindade; Izaquiel Lima dos Santos;
Jéssica Pereira da Silva

A Capoeira está hoje nos cinco continentes. Aproximadamente 160 países já praticam a nossa arte
afro-brasileira e cerca de 5 milhões só no Brasil. Essa expansão já se encontra em vários países
europeus, no Oriente Médio, na Ásia, na África, nas américas e Oceania, constatada em livros, pe-
riódicos, documentários e mídias. Essa arte já é patrimônio da humanidade e patrimônio imaterial
do Brasil. Suas aulas são ministradas em Língua Portuguesa e seus praticantes estrangeiros apren-
dem a nossa língua vernácula, para que possa entender os nomes dos golpes e dos instrumentos
musicais, as músicas, as letras poéticas e a nossa própria cultura brasileira. Pretende-se investigar a
internacionalização da língua portuguesa através da arte Capoeira; analisar o processo de expansão
da nossa língua; e compreender a Capoeira como uma arte que engloba várias artes. Essa pesquisa
foi elaborada através de documentários, jornais especializados da maior escola de Capoeira do
mundo, ABADÁ-CAPOEIRA, além de pesquisas já realizadas e constatadas por antropólogos,
historiadores, literatos e os próprios Mestres de Capoeira que são atores protagonistas dessa divul-
gação da Língua Portuguesa no mundo. Para isso, é necessário também a contribuição de autores
especializados como Ulisses Gomes da Silva, Carlos Eugênio Líbano Soares, Frede Abreu, Mestre
Camisa, Sebastião Pelegrini Mattos, Eduardo D’Amorim, Rodrigo Mouraes, Édouard Glissant,
Stuart Hall, Paul Gilroy entre outros autores. Portanto, a Capoeira está ainda em processo de ex-
pansão, já que os professores e Mestres dessa arte estão conquistando mais espaços nesses países
que já praticam e outros que buscam o conhecimento da nossa arte afro-brasileira. Além disso, há
um mercado de trabalho de exportação da Capoeira, devido à profissionalização do capoeirista,
que já possuem informação e formação de diversas áreas, e a organização da escola informal de
Capoeira como a Associação Brasileira de Desenvolvimento e Apoio da Arte Capoeira – ABADÁ-
CAPOEIRA.

Palavras-chave: Língua Portuguesa. Capoeira. Identidade e Memória.

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EXPLORANDO PRÁTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO IFMA À


LUZ DO MODELO DE RUDZKI (1998)
Valério Carvalho Filho¹, Carlos Eduardo Penha², Mayana Diniz da Silva³

A internacionalização de instituições de ensino brasileiras tem sido objeto de debate na academia.


Neste trabalho, são discutidos diferentes forças que agem sobre a internacionalização do IFMA, à
luz do modelo proposto por Rudzki (1998), que classifica esse processo “dentro de um continuum,
que varia entre a internacionalização proativa, a reativa, a “oculta” e a ausência deliberada de
internacionalização”.O caminho percorrido para a realização dessa pesquisa foi a busca de dados
secundários, em especial publicações do portal do IFMA através da palavra-chave internaciona-
lização. Essa busca possibilitou a exploração de algumas práticas adotadas pelo IFMA no âmbito
da internacionalização: Comitê se reúne para tratar de questões internacionais do IFMA; IFMA
vai participar da Rede de Assessorias Internacionais criada pelo governo; Mestrado em Quími-
ca: professores trocam experiências com pesquisador europeu. Para Rudzki (1998), a abordagem
proativa refere-se à existência de uma política ou estratégia explícita. A reativa, ou passiva, consti-
tui uma resposta a fatores externos, como disponibilidade de recursos ou necessidade de aumento
da renda, ou, então, como resposta à falta de investimento governamental. Na abordagem oculta,
as atividades são realizadas por indivíduos sem apoio oficial ou institucional. As notícias/publi-
cações aqui analisadas foram tomadas como uma narrativa totalizante e possibilitaram concluir
que o IFMA é perpassado por fatores ambientais tanto externos como internos em seu processo
de internacionalização e que, portanto, deve ser sugerido que as ações que concernem esse tema
devem analisar ambos fatores, de forma a garantir a sobrevivência e sustentabilidade do processo
de internacionalização.

Palavras-chave: Internacionalização. Educação internacional. Práticas de internacionalização.

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Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

LITERATURA HISPANO-AMERICANA NA FORMAÇÃO CIDADÃ


Larissa Bianca Anchieta1; Milena Coelho Lima2

Este projeto de iniciação científica visa promover um diálogo entre obras da Literatura Hispa-
no-americana e conceitos de ética e cidadania. Desta forma, com base nessas obras, fez-se uma
investigação acerca do papel da cultura, na qual está intrínseca a identidade de um povo, sendo,
pois, indispensável entendê-la para um maior conhecimento de suas percepções, modo de vida e
comportamento. As culturas são formadas de múltiplas influências, a língua por sua vez, está na
essência de cada cultura e a literatura, constitui-se uma forma de representá-la, mostrando aspec-
tos ideológicos e de pensamento, que por vez, vão retratar a forma com que cada sociedade aceita
determinados conceitos, entre eles, ética e cidadania. Desta forma, com enfoque especial, dado ao
autor colombiano Gabriel García Márquez, analisou-se sua Magnum opus, o romance Cien Años
de Soledad. A forma como a cultura hispano-americana se apresenta na obra, através do filtro de
nossas percepções, foi interpretada sob nuances de valores, de moral e de condutas, tanto em seus
aspectos individuais quanto coletivos. Nesse romance, realidade e magia se relacionam, através
da saga da família ‘Buendía’ e da fictícia cidade ‘Macondo’, para dar vida à história própria da
América Latina, reconstruída pela estética do realismo-maravilhoso. Compreender e analisar os
conceitos de cidadania e ética e fazê-los dialogar com a literatura hispano-americana, através de
aplicação dos referidos conceitos foi o intuito deste projeto que procedeu à uma análise crítico-
-reflexiva das personagens e do contexto ficcional, buscando os pontos em que estes refletissem a
real sociedade latino-americana, visto que conceitos de cidadania e a ética, em que pese momen-
tos históricos e povos distintos, estão presente, em quase todas as sociedades do mundo. Assim,
chegou-se à conclusão que os valores humanos, sejam eles, individual ou social são formados por
vertentes culturais, históricas e geográficas, e também que a literatura se constitui, por vez, em um
veículo de representação, crítica e discussão desses valores.

Palavras-chave: Literatura Hispano-americana. Cidadania. Ética. Sociedade. Cultura.

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IFMA-Campus São Luís Centro Histórico.
Aluna do Curso: Artes Visuais. E-mail: larissa.anchieta@acad.ifma.edu.br
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão- IFMA-Campus São Luís Centro Histórico.
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Professora orientadora. E-mail: milena_lima@ifma.edu.br
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

O INGLÊS BÁSICO COMUNICATIVO: UM INSTRUMENTO DE AÇÃO


NA COMUNIDADE ESCOLAR IFMA – CAMPUS BARRA DO CORDA
Gerardo Soares da Silva Junior 1

O município de Barra do Corda - MA, despertou interesse para o desenvolvimento de suas


potencialidades turísticas, acadêmicas e profissionais. A necessidade de estudar uma língua
estrangeira se fortalecia na comunidade escolar Campus IFMA Barra do Corda, pois aprender uma
língua adicional era um instrumento de acesso a informações, as outras culturas e grupos sociais.
O projeto apontava para a valorização da formação humana através da educação para a autonomia
e para a mobilidade. MARQUES (2011) declarou que a língua inglesa é utilizada amplamente para
a divulgação científica e a comunicação internacional, seja em contatos pessoais ou mediados pela
internet. Observando a realidade do Campus e da cidade, que competia como destino acadêmico,
profissional, turístico, de lazer local, regional e nacional, verificou-se uma deficiência quanto ao
uso real da língua inglesa. O objetivo geral dos módulos I e II foi proporcionar aos servidores,
discentes e profissionais do apoio, o acesso ao curso por meio de edital interno e sorteio de 20
vagas. A proposta era ensinar uma língua que os capacitasse para a prática das quatro habilidades
linguísticas básicas, envolvendo-os em práticas sociais de linguagem. A abordagem comunicativa
no curso centralizava o ensino da língua na comunicação, ou seja, ensinar o aluno a se comunicar
em outra língua para adquirir um bom desempenho de comunicação. HOLDEN (2001) defendia
que as atividades em grupos ou em pares oferecem a oportunidade para os alunos ensinarem uns
aos outros (aprendizado cooperativo). A metodologia do curso centrava-se na comunicação com
ênfase no ato de falar e no ato de ouvir. As aulas práticas eram feitas com simulações de situações
cotidianas, onde os alunos recebiam dinheiro fictício de acordo com o desempenho realizado para
a culminância do projeto: o Dollar IFMA, uma atmosfera didática criada para os alunos fazerem
compras reais usando o idioma em uma prática social de comunicação. Diversos elementos se
conjugaram a fim de dar conta da aprendizagem de uma língua estrangeira, mas considerava-se
que o “estar motivado para aprender”, constitua a melhor forma de aprendizado. Para manter a
motivação pela língua inglesa, o aluno precisava se engajar no processo, e ser capaz de assumir
parte da responsabilidade por sua aprendizagem, ou seja, esse foi um dos fatores, que levou 40%
dos alunos do módulo I a desistirem do curso e apenas 20% dos alunos iniciantes concluíram os
módulos I e II com carga horária de 50h cada.
Palavras-chave: Comunidade escolar. Curso Língua Inglesa. Abordagem Comunicativa.

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1 IFMA; Professor EBTT de LI; Campus Coelho Neto; Curso de Língua Inglesa Básico; gerardo.silva@ifma.edu.br
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

USO DO ESPAÇO URBANO PÚBLICO EM SÃO LUÍS


André Rodrigues de Freitas1

A cidade de São Luís, Capital do Estado do Maranhão, permeia uma rica história de cultural e acer-
vo arquitetônico, conhecida e difundida mundo a fora – Patrimônio Cultural da Humanidade, Or-
ganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO 1997 -, o presente
trabalho, trata do contexto da paisagem urbana e dos espaços de uso público para a cultura, prática
desportiva, e convivência familiar na atual formação da sociedade contemporânea na zona urbana
de São Luís. O fluxo migratório resultante da interação entre bairros próximos, e os instrumentos
públicos que vinculam o espaço à sua prática usual. Tal análise parte do olhar técnico/acadêmico
do profissional de arquitetura e urbanismo, bem como, do estudante de engenharia civil, tendo em
vista o conceito de espaço, adotado por arquitetos urbanistas, e sua utilidade, quanto à adminis-
tração pública e o tratamento dos conflitos quanto aos problemas causados ao patrimônio devido
à prática indevida do bem público nessas áreas. A metodologia usada parte da relação entre o his-
tórico do espaço urbano (origem, uso, legalidade, etc.) em teoria e sua real relevância na prática
de uso pelo cidadão utilitário ou não dessas áreas verdes. O trabalho tem como objetivo orientar a
relação ideológica do espaço público - em sua ideologia, formação e atendimento às necessidades
urbana da população -, e seu uso/desuso ou sua forma regular/irregular, com a proposição de aná-
lise e acervo fotográfico e histórico na Cidade de São Luís, refletindo o paradoxo popular dessas
áreas destinadas ao lazer, chamadas de áreas verdes, na esfera municipal, com provável orientação
nacional e internacionalização para a legalidade do uso desse espaço do meio urbano.

Palavras–chave: São Luís. Paisagem. Cidades. Espaço. Urbanismo.

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1Arquiteto urbanista. IFMA, Graduando Engenharia Civil. andrerodrigues_freitas@hotmail.com
Anais 2016 (São Luís, MA) - ISBN 978856974516-7

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