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A decisão foi tomada pelo Vaticano em 1865. Agora, ela permitiu a um grupo de
cientistas descobrir que a saúde dos oceanos piorou no último século.
Por constituírem a base que sustenta toda a cadeia alimentar dos oceanos, a quantidade
de fitoplâncton é considerada um dos melhores indicadores da saúde dos mares.
Nos últimos anos, os ecologistas têm tentado descobrir o que ocorreu com a quantidade
de fitoplâncton desde que o homem aumentou a injeção de grandes quantidades de CO2
na atmosfera, causando o aquecimento global. A análise de dados coletados por satélites
permite estimar de maneira indireta a quantidade de fitoplâncton existente nos oceanos.
O problema é que esses dados só começaram a ser coletados em 1979.
O instrumento é tão simples que, desde 1870, um grande número de navios costuma
coletar dados de turbidez ao longo de suas rotas, todos os meses, todos os anos, em
todos os oceanos. Anos mais tarde, foi demonstrado que a turbidez, quando medida
longe da foz de rios, da costa e em águas profundas, é na realidade uma medida da
quantidade de fitoplâncton existente no oceano, pois esses seres vivos só existem
próximos da superfície, onde há luz necessária para fazerem a fotossíntese. Em grande
numero, eles bloqueiam a penetração da luz, tornando o mar turvo.
Análise histórica. Agora, um grupo de cientistas analisou todos os dados coletados com
o disco de Secchi nos últimos 100 anos. Essas medidas só foram interrompidas durante
a 1.ª Guerra. Um total de 445 mil medidas coletadas entre 1900 e 2008 foi analisado
cuidadosamente, correlacionado com as medidas de satélite obtidas nos últimos 30 anos
e com as medidas diretas da clorofila presente nas amostras (coletadas desde 1950).