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Introdução

No ensaio precedente
- As burguesias das **metrópoles imperialistas, e **principalmente as burguesias europeias, só
podem ser analisadas no contexto da **internacionalização das relações capitalistas no **decorrer
da fase atual do imperialismo

- Esse contexto de internacionalização das relações capitalistas no decorrer da fase atual do


imperialismo não impede que **as burguesias internas dessas metrópoles, mesmo sendo
extrapoladas em relação ao capital americano, apresentem, em **suas relações com o Estado, um
campo próprio** de contradições internas

- O que será tratado neste capítulo é essas contradições internas da burguesia interna **dessas
metrópoles com o Estado

- E isso permitirá esclarecer e aprofundar uma série de questões colocadas no capítulo anterior

- Essas questões serão analisadas sob o aspecto da **fase atual do imperialismo no próprio serio de
**cada formação social e de seu campo de contradições específicas

Dois aspectos da questão


(1) As relações das burguesias internas e do capital americano
(2) As contradições próprias às burguesias internas
- Levam em conta somente a realidade de **uma formação social em sua conjugação e articulação
concreta

Exposição relativamente distinta desses dois aspectos: as características fundamentais da **fase


atual do imperialismo não são
(1) a simples transposição, no **plano internacional das relações capitalistas, das
**características próprias da fase atual do capitalismo monopolista em cada metrópole
***imperialista
(2) nem a simples tradução dessa internacionalização
Parte 1 –

No âmbito do “capitalismo competitivo”


- O ciclo de reprodução ampliada do **capital social compreendia a diferenciação**** entre
**frações distintas do capital, dando lugar a ** “momentos” diferenciados de reprodução
(importante): (1) O capital produtivo ou industrial no sentido estrito; (2) o capital bancário; (3) e o
capital comercial*** (importante)
- Isso tinha como efeito o fracionamento da **classe capitalista em ***burguesia industrial,
burguesia bancária e burguesia comercial
- Essa situação correspondia as formas determinadas das relações de produção capitalista neste
estágio***

Questões importantes
- No momento, assinala-se as contradições e as **lutas entre essas **diversas frações da burguesia
nas formações capitalistas marcadas pelo domínio do estágio **competitivo
- Mesmo que se encontre também os grandes proprietários detentores da renda da terra*, também
frequentes no terreno da dominação política, esse estágio é o do estabelecimento 1 do domínio do
modo de produção capitalista sobre os outros modos e formas de produção nas formações sociais
capitalistas
- Esses grandes proprietários de terra podem ser classificados em (1) classe distinta da burguesia
(dependendo do modo de produção feudal coexistente nessas formações – Prussia oriental e Italia
meridional) ou (2) como fração distinta da burguesia (quando os efeitos de dissolução estão, pelo
processo de introdução do capitalismo na agricultura, bastante avançados – Caso inglês)

Primeiro, isso tem consequências no plano da ***dominação econômica** de classe


- A partir do domínio do modo de produção capitalista sobre os outros modos e formas de produção
em uma formação capitalista
- É o **ciclo do capital produtivo-industrial, **aquele que produz a mais-valia e em cujo seio se se
estabelecem as relações de produção, **que determina o traçado do conjunto da reprodução do
capital nessa formação (o próprio sentido dos esquemas de reprodução de Marx em O Capital)
- A questão é que **isso não impede que o lugar preponderante na dominação econômica possa
ser, segundo as etapas, ocupado, e frequentemente de maneira alternante, por **uma ou outra das
frações da burguesia (a própria burguesia industrial, comercial, ou bancária)
- É dessa dominação, econômica, que dependerão o caminho concreto, a marcha e o ritmo que
seguirá o desenvolvimento capitalista nessa formação*** (importante)

Segundo, quanto ao terreno da dominação política


- Encontra-se ocupado não por uma só classe ou fração de classe
- É ocupado por várias classes e frações dominantes**
- Essas classes e frações que ocupam o terreno da dominação política, constituem uma aliança
específica, **o bloco no poder,
- Essa aliança, o bloco no poder, funciona em regra geral sob a direção** de uma das classes ou
frações dominantes, a classe ou fração hegemônica**
- Essa classe ou fração hegemônica pode não se identificar com aquela que detém a preponderância
na **dominação econômica, e é variável segundo as etapas (pode ser a burguesia industrial,
comercial ou a bancária)
- Isso depende das **voltas e das etapas concretas da **luta de classe

1
Que se manifesta pelo fato de que os efeitos de conservação ainda predominam sobre os efeitos de dissolução que
o MPC impõe a esses modos e formas.
Uma primeira observação referente a certas interpretações da periodização do modo de produção
capitalista em sua reprodução ampliada
(1) periodização que se baseia no papel determinante no ciclo de reprodução do capital social
por parte do capital comercial, primeiramente, sendo seguido pelo capital industrial e o
capital bancário financeiro
- Concepção de fases marcadas pela dominação e hegemonia necessárias e sucessivas das frações
- E dessa forma identificando, equivocadamente, o capitalismo monopolista de um lado e a
dominação e a hegemonia dos “bancos” do outro
- Essa interpretação oculta o imperialismo como estágio específico do capitalismo e leva a admitir a
possibilidade de uma determinação do ciclo total de reprodução ampliada do capital social pela
**circulação do capital mercadoria, durante um certo período da reprodução ampliada, pelo ciclo do
capital comercial
- Isso significa recolocar em pauta as análises de Marx sobre o papel determinante da produção
- E, com efeito, essa interpretação se prende a uma característica mais geral dessas concepções, no
papel privilegiado/principal que, ao contrário de Marx, atribuem à circulação
- É isso que as conduz, no capitalismo monopolista, a privilegiar o ciclo do capital-dinheiro

É um problema importante que cabe se ater


- É verdade que o processo de valorização do capital** não pode ser apreendido, conforme
demonstrado no livro II de O Capital, no processo de “produção imediato”
- Isso daria lugar ao “produtivismo” o qual Marx critica especialmente nas suas observações
referentes aos fisiocratas
- Esse processo só pode ser apreendido na ***reprodução do conjunto do capital social, que faz
aparecer, mediado pelo mercado, nas diversas frações do capital como “momentos” desse processo
de reprodução*
- O capital como relação social** não pode ser apreendido em um **processo de produção
**considerado de maneira isolada do **processo de circulação (importante) (conversão do capital
produtivo em capital-dinheiro e conversão do capital-dinheiro em capital produtivo pela mediação
do capital-mercadorias)

Ainda sobre o problema


- A questão é que não é menos verdade que o conjunto da reprodução social seja baseado em Marx
no papel determinante da “produção”
- Essa “produção” deve ser entendida como a articulação das relações de produção sobre o processo
de trabalho, em que designa o lugar das classes sociais e da luta de classes***
- As classes sociais**, tais como aparecem, à primeira vista, na circulação e na realização 2 estão
baseadas, em sua determinação estrutural, nas relações de produção
- A exploração capitalista pela ***produção da mais-valia, que passa através da via indireta da
mercadoria e da constituição da própria força-trabalho em mercadoria, está fundamentada nas
**relações de produção específicas do capitalismo
- É aí que o lugar dessas *classes, sua reprodução e a luta de classes** são legíveis e decifráveis

O papel determinante do capital produtivo*** no processo de reprodução do conjunto do capital


social
2
Classes colocadas por Marx em O Capital a partir de sua relação com a renda, lucro, salário.
- Tem incidências **decisivas na **determinação das classes
- É na interpretação desse papel que se pode compreender as analises de Marx sobre a **classe
operária (não circunscrita pelo assalariado – compra e venda da força-trabalho, classe assalariada –
mas pelo **trabalho produtivo – aquele que, sob o capitalismo, produz** diretamente a mais-valia)
- É assim que só fazem parte da classe operária os assalariados que dependem do capital produtivo,
***pois é o único que produz a mais-valia
- Os assalariados que dependem3 da **esfera da circulação e da **realização da mais-valia, isto é,
do capital comercial e do capital bancário, não**** fazem parte da classe operária, pois seus
capitais e o trabalho de que dependem não produzem a mais-valia***4

As interpretações que sustentam o papel principal da circulação na reprodução do capital social são
forçosamente levados à conclusão de que as relações de classe só surgem finalmente, como tais, na
circulação do capital, nas relações do mercado (compra e venda de força-trabalho)
- A conclusão conduz a concepção da “classe salarial”, isto é, a incluir na classe operária o conjunto
dos assalariados não-produtivos**5

Retomando ao problema
- O papel determinante do **capital produtivo6, prende-se, em Marx, ao fato de ser o **único que
produz a mais-valia
- Sabe-se que aí está o resultado de um procedimento muito complexo em Marx, pelo qual ele se
separa da esfera “superficial” das relações comerciais e de toda a economia política pré-marxista
baseada no “espaço da circulação”*

Em O Capital
“A primeira concepção teórica do modo de produção moderno – o mercantilismo – parte
necessariamente dos fenômenos superficiais do processo de circulação, tais como se

3
Dependem, ou fazem? É importante que não existe mais-valia produzida...mais-valia não realizada é mais-valia in
potentia, ou seja, não entra no computo da reprodução social*.
4
Ideia restrita de classe operária. Equivoco de interpretação por parte do Poulantzas.
5
Equivoco de Poulantzas. Não se trata de classe operaria entre classe do setor produtivo e classe do setor comercial.
Não basta a mais-valia ser produzida, até porque a mais-valia não é algo material, passível de ser apropriado por este
ou aquele capitalista. A mais-valia é o substrato social da exploração do trabalho. Portanto, antagonizar entre uma
concepção que diz que só o trabalho do setor produtivo é trabalhador, e que o do setor comercial/bancário não é, é
um equivoco de interpretação da própria mais-valia.
6
Na verdade o capital produtivo é o conjunto dos capitais que são inseridos no processo de reprodução do capital, e
não desse ou daquele capital (comercial, industrial, bancário).
manifestam de forma autônoma no movimento do capital comercial, não levando então em
conta esses fenômenos. Em parte, porque o capital comercial é em geral a primeira
manifestação autônomo do capital. Em parte por causa da influência preponderante que
esses capital exerce no primeiro período de transformação da produção feudal, no período
de formação da produção moderna. Mas a verdadeira ciência da economia moderna só
começa no momento em que o tratamento teórico passa do processo de circulação ao
processo de produção”

E
“O capital industrial é o único modo de existência do capital onde sua função não consiste
**somente em apropriação, mas igualmente em criação 7 de mais-valia, em outras palavras,
de subproduto. Eis por que ele condiciona o caráter capitalista da produção; sua forma de
existência inclui aquela da oposição de classe dos capitalistas e dos trabalhadores
assalariados [...] Quanto ao capital-dinheiro e ao capital-mercadoria, quanto mais aparecem
com suas funções ao lado do capital industrial como suportes de ramos de negócios
especiais, só representam modos de existência de diferentes formas funcionais que o capital
industrial toma e rejeita alternativamente na esfera da circulação, modos de existência
promovidos à independência e desenvolvidos à parte, em razão da divisão social do
trabalho”

Nota-se o papel particular que Marx atribui ao ciclo do capital comercial (capital-mercadorias) na
fase de transição do feudalismo ao capitalismo (periodo da manufatura)
- Durante essa fase não há reprodução ampliada do capital
- A reprodução ampliada do capital só intervem nos dias seguintes da transição, sendo
contemporânea e co-substancial ao estabelecimento do domínio do modo de produção capitalista
sobre os outros modos e formas de produção
- à passagem da subsunção (submissão) formal à subsunção (submissão) real das forças e meios de
trabalho ao capital, e ao domínio pelo capital das condições ***politicas e ideológicas de sua
reprodução
- Essa reprodução ampliada, que inaugura o primeiro estádio do capitalismo, o capitalismo
competitivo distinto da fase transitória manufatureira, conota a determinação do **ciclo total do
capital por aquele capital produtivo

A questão é que o papel determinante do capital produtivo na reprodução ampliada do capital e na


valorização do conjunto do capital social
- Não impede que, no estagio competitivo de formações sociais onde o modo de produção
capitalista estabeleceu seu domínio, a **preponderância na dominação **econômica e a
**hegemonia politica possam ser detidas pela **burguesia comercial
- Durante este mesmo estágio, esse papel pode igualmente voltar ao capital industrial no sentido
estrito, ou ao capital bancário**
Marx o demonstrou em suas obras políticas e principalmente nas referentes a frança (Luta de
classes na frança, O 18 de Brumário, e guerra civil na frança)

Distância das análises de Marx das atuais (da circulação)

7
Criação e não produção!!!
- Recolocação radical do leninismo, expressa por uma recolocação da concepção leninista de
imperialista e do capital monopolista, sob uma forma de reconciliação entre Lenin e Rosa
Luxemburgo, e encobrindo uma pretensa “volta” a Marx
- Ciencia do autor de simplificar problemas de grande complexidade dada pelas relações ambíguas
de Lenin com Hilferding, suas relações com as analises de Rosa Luxemburgo, e também os
problemas do próprio Marx
- Precauções essenciais: as análises de Lenin, ao contrario das de Rosa Luxemburgo (que enfatizam
a circulação e o capital-mercadorias), ao contrario das de Hilferding (que enfatizam o capital
bancário, identificando-o ao capital financeiro), são fundamentadas no papel determinante do
capital produtivo
- Lenin fez progredir a teoria marxista, e mesmo não apenas a teoria do imperialismo, mas a teoria
marxista, pura e simples, separando-a completamente de certa concepção do “mercado” e das
“relações comerciais”, que ainda permanece**** por vezes ambígua em Marx***

Mas ainda há mais


- É conferindo essa importância decisiva às (1) relações de produção e (2) à divisão social do
trabalho que elas implicam que se pode colocar o problema fundamental
- Isto é, a **reprodução do capital não é simplesmente o ciclo do capital social (o famoso “espaço
econômico”****)
- A reprodução do capital é igualmente a reprodução das ***condições políticas e ideológicas sob
as quais essa **produção tem lugar
- Fazer a critica de uma concepção tecnicista das forças produtivas não quereria dizer restaurar um
primado qualquer da circulação e recair nas concepções pré-marxistas
- Isso quer dizer restaurar o primado das relações de produção que remontam diretamente ás
**condições politicas e ideológicas de sua reprodução
- A reprodução do capital como relação social não está simplesmente situada nos ** “momentos”
do ciclo capital produtivo – capital mercadoria, capital dinheiro – mas na ***reprodução das classes
sociais e da luta das classes, em toda a complexidade de sua determinação** (OK importante)

Parte 2 –
A primeira questão importante concernente ao estágio capitalista, já no estágio capitalista
competitivo, e sob sua forma mais simples

O Estado capitalista
- Em face de um terreno de dominação política ocupado por **diversas classes e frações de classe, e
atravessado por contradições interna
- Embora representando de forma predominante os interessa da classe ou fração hegemônica** - ela
própria variável
- Assume uma ****autonomia relativa com respeito a essa classe e fração e com respeito às outras
classes e frações do bloco no poder8

Essa autonomia relativa é


- De um lado, porque ele assegura o interesse politico geral do conjunto do bloco no poder**
“organizando o equilíbrio instável de compromisso” (Gramsci) entre seus componentes sob a
**direção da classe ou fração hegemônica
- De outro lado, porque ele organiza** essa hegemonia com respeito ao **conjunto da formação
social, e então igualmente com respeito às classes dominadas**, segundo as formas específicas que
suas lutas** assumem sob o capitalismo

Essa autonomia relativa*


- Está inscrita na própria estrutura do Estado capitalista pela ** “separação” relativa do *político e
do *econômico próprio ao capitalista
- Não se prende de forma alguma à natureza intrínseca “da instancia estatal ou politica”*
- É relacionada com a *separação e a *despossessão dos produtores diretos de seus meios de
produção que especificam o capitalismo
- É somente neste aspecto, a condição necessária ao papel do Estado capitalista na representação de
classe** e na **organização politica da hegemonia

Correspondencia entre Estado e interesses de classe ou fração hegemônica


- Estado: (1) assegura a coesão da formação social; (2.1) e isso ao **manter as lutas que aí se
desenvolvem nos limites do modo de produção; (2.2) e isso ao **reproduzir suas relações sociais
- Essa correspondência não se estabelece em termos simples de (1) identificação ou (2) redução do
Estado à essa fração** (Ok)
- Ou seja, O Estado não é uma ***entidade instrumental intrínseca***, não é uma coisa, mas
***uma relação de forças (importante!)

Essa correspondencia
- Estabelece em termos de organização e de representação*
- a classe ou fração hegemônica, além de seus interesses econômicos imediatos*, de momento e a
curto prazo
- Deve assumir o interesse político** do **conjunto das classes e frações que compõem o bloco
no poder, e portanto, seu próprio interesse político a longo prazo
- Ela deve (a classe/fração) hegemonica se **unificar e **unificar o bloco no poder sob sua
direção**

Em Gramsci
8
É essa autonomia relativa que Poulantzas muda em “O Estado, o poder, e o socialismo”
- O Estado capitalista, no conjunto de seus aparelhos (e não somente os partidos políticos
burgueses)
- Assumem (o conjunto de aparelhos do Estado) um papel de *** “partido”, em relação ao bloco no
poder (importante)
- E esse papel de partido é análogo àquele do partido da classe operária com relação à aliança
popular, ao “povo”**

As relações de poder no seio do bloco no poder se cristalizam assim


- Pela articulação concreta dos ramos do (1) aparelho repressivo de Estado e dos (2) aparelhos
ideológicos de Estado
- E essa articulação nas relações particulares que entretêm com as diversas classes e frações
dominantes*
- Dessa articulação dependem as (1) formas que se reveste o Estado capitalista, e essas formas
dependem das (2) relações precisas no seio das classes e frações dominantes
- Essas formas também são efeitos da contradição principal** - burguesia e classe operária

Dessa forma, a questão principal já está colocada, ou seja


“tem essas características do bloco no poder e do Estado capitalista, e as analises dos clássicos do
marxismo a esse respeito, como único campo de validade o capitalismo competitivo???**”
- Portanto, se bem que modificações consideráveis intervenham no estágio capitalista monopolista,
na fase atual, tal não é o caso! (não tem validade apenas no capitalismo competitivo as
características do bloco no poder e do Estado capitalista)
- É isso que será tentado demonstrar

Inicialmente, quanto ao papel geral do Estado


- Modificações importantes** tem lugar no capitalismo monopolista, aquele do imperialismo, que
tratam daquilo que se designa como ** “funções econômicas” do Estado**
- Ou seja, seu papel na reprodução das próprias relações de produção
Dessa forma, para um exame mais acurado dessas transformações, é necessário duas questões
prévias
1) Ao contrário de uma concepção simplista do papel do Estado, que baseia a distinção entre
(1) aparelho repressivo de Estado e (2) aparelhos ideológicos de Estado
- Distinção que se baseia no fato de que o Estado só teria “papel” repressivo – exercício da
violência polititca – ou papel ideológico – inculcação da ideologia dominante (exercidos esses
papeis pelos aparelhos repressivos e ideológicos)
- Ao contrário dessa concepção que se baseia nessa distinção, é necessário observar que o Estado
sempre detem *****um papel econômico direto na reprodução das relações de produção
- Papel econômico direto já que não se limita**, neste caso, às (1) simples incidências da repressão
e da (2) inculcação ideológica sobre o econômico
- Esse papel econômico não é uma função **técnica ou neutra do Estado
- Esse papel é ***comandado pela dominação política de classe (importante)
- E é nesse sentido (comandado pela dominação politica de classe) que esse papel econômico se
exerce sempre sob o aspecto principal da **repressão politica ou da inculcação ideológica
(pelo desvio do aparelho repressivo ou dos aparelhos ideológicos)
- É nesse sentido que se pode manter a distinção entre os dois aparelhos (repressivo e ideológico)

Em síntese, falar de aparelho repressivo e de aparelhos ideológicos de Estado


- Não quer dizer** que o Estado tem somente** papel repressivo ou ideológico
- É nesse sentido que se pode juntar a esses aparelhos um “aparelho econômico”*** de Estado
distinto dos outros
- Ou seja, O Plano – o que deveria ser o caso, a fim de se colocar em alguma parte as funções
econômicas do Estado quando se considera que o aparelho repressivo não tem **senão um papel
repressivo, e os aparelhos ideológicos um papel de inculcação ideológica
- Isso conduziria a crença de que há de um lado (1) funções politicas repressivo-ideológicas do
Estado, e de outro, (2) funções econômicas técnicas e neutras do Estado
- Mas isso é uma concepção falsa, da mesma maneira que aquela que considera que o Estado só
possui o papel repressivo ou ideológico

2) O Estado capitalista correspondente ao estágio do capitalismo competitivo (o Estado liberal)


deteve sempre um papel econômico
- Ou seja, a imagem de um Estado liberal, simples **Estado guarda ou vigilante de um
capitalismo onde a economia “anda completamente só”
- E isso sempre foi um mito
- Tal mito participa do erro, dando lugar a uma **leitura economista dos textos de Marx sobre a
reprodução no segundo livro de O Capital*******,
- E essa leitura, segundo a qual a reprodução do capitalismo se limitaria ao espaço econômico
- Esse espaço econômico que funciona de algum modo “sozinho”*, pela simples auto-
regulação**
- Da fiscalidade à legislação das fábricas, da proteção alfandegária à construção da infra-estrutura
econômica – estradas de ferro etc., o Estado liberal sempre deteve funções econômicas
importantes (em graus desiguais segundo as diversas formações sociais capitalistas**)

Dessa maneira
- Se é possível falar, a propósito desse Estado, de uma não intervenção específica no econômico**
- Isso é para marcar a distância com o papel do Estado no estágio do capitalismo monopolista, isto
é, o Estado intervencionista*** que Lenin já tinha em vista em suas análises sobre o imperialismo
- A diferença com o Estado do capitalismo competitivo não é uma simples diferença quantitativa
- O Estado no capitalismo monopolista, intervém de forma decisiva na economia**, já que seu
papel **não se limita essencialmente à reprodução do que Engels designa como “condições
gerais” da produção da mais-valia, mas se estende ao próprio ciclo de reprodução ampliada
do capital como ***relação social (importante)
Mas ainda há mais
- A partir do momento em que se admite que a **a reprodução das relações capitalistas não se
limita ao espaço economico
- É a própria noção de “condições” da produção que deve ser colocada em questão**
- Essa noção, de condições da produção, corre o risco de se deixar supor sob o capitalismo uma
**estagnação e exterioridade entre as relações politico-ideológicas (as condições: o Estado) e o
espaço econômico (as relações de produção)*** (importante)
- Em Engels, o termo empregado é “condições gerais exteriores” da produção**
- De fato essa noção deve estar situada no contexto das análises de Marx que colocam, como
especificidade do modo de produção capitalista em relação aos modos pré-capitalistas (feudal
especialmente), a separação característica do **politico e do econômico (em contraposição a
estreita ligação nos modos pré-capitalistas)*
- Mas essa separação não designa uma **exterioridade de constituição do politico e da ideologia
(condições) ao econômico (relações de produção) sob o capitalismo, inclusive no seu estágio
competitivo
- Essa separação é apenas a forma necessária e específica, na reprodução do capitalismo, sob
todos os seus estágios, ****da presença do político e da ideologia nas relações de produção

No Estágio monopolista
- Essa relação de “separação” é modificada mas não abolida
- Esse estágio implica um deslocamento dos limites entre o politico e a ideologia, de um lado, e o
espaço econômico, do outro
- A reprodução ampliada do capitalismo transforma os próprios locais de seu processo
- Essas modificações afetam a configuração e a constituição próprias dos campos em questão, a
saber aqueles do espaço econômico e suas conexões
- Uma série de domínios e de funções que, no estagio competitivo, dependiam das condições da
produção (sem que isso fosse exterior), dependem diretamente da **valorização do capital e de sua
reprodução ampliada

Dessa forma
- As intervenções atuais do Estado com respeito ás diversas “condições de vida”** fora do trabalho,
constituem outras tantas intervenções econômicas diretas do Estado na reprodução das relações de
produção
- Se há uma extensão característica dos domínios do político e das intervenções do Estado, é na
medida em que recobrem a **extensão do espaço de valorização do capital

E isso
- Tem como efeito a **modificação do papel do Estado
- Essa modificação marca, do ponto de vista da estrutura do modo de produção capitalista, sua
periodização em estágios**, e o corte entre **o capitalismo competitivo e o monopolista
- Ou seja, sendo o capitalismo monopolista marcado pelo **deslocamento do domínio, no seio do
modo de produção capitalista, do próprio **econômico ao politico, ao Estado
- Enquanto o capitalismo competitivo é marcado pelo fato que o **econômico, além, do papel
determinante detem o papel dominante
A questão é que esse deslocamento do domínio
- Deve ser apreendido em relação à própria estrutura do modo de produção capitalista
- É na própria reprodução do modo de produção capitalista que ele surge marcando sua distinção em
estágios
- Esse deslocamento do domínio não pode ser situado da mesma forma analógica que a
diferenciação entre (1) determinação e (2) domínio em outros modos de produção
- E isso por exemplo no caso do feudalismo, onde o econômico é determinante, ao tempo em que
domina a região religiosa da ideologia
- Esse deslocamento não elimina principalmente a separação, que é uma característica do
capitalismo, entre o ***politico e o econômico
- E isso ao contrário de certas análises dos defensores do capitalismo monopolista do Estado em que
o “Estado atual faz parte da base”

Levando-se em conta a estrutura específica do modo de produção capitalista e as relações de


**produção que a caracterizam
- O papel dominante** é assinalado em função da reprodução ampliada do capital social e de sua
valorização
- É a intervenção** decisiva do Estado nesse ciclo que lhe confere o **papel dominante
- É o próprio funcionamento das relações econômicas** do modo de produção capitalista –
reprodução ampliada do capital – e de suas contradições próprias que determina, no capitalismo
monopolista, o ***deslocamento do domínio para o Estado**

Esse deslocamento (do domínio)** e o “papel econômico”** do Estado no capitalismo monopolista


estão em relação
- Com as modificações das relações de produção capitalista que marcam o capitalismo
monopolista e suas fases
- Com o tipo e as formas de dominação intensiva que o modo de produção capitalista, no estágio
do capitalismo monopolista e segundo suas fases, deve exercer sobre os outros modos e formas
de produção – inclusive aquele do capitalismo competitivo -, ao mesmo tempo em cada
formação social e em escala internacional, a fim de ultrapassar suas contradições e de assegurar
sua reprodução

É estudando essas coordenadas que o **papel dominante do Estado no sentido do capitalismo


monopolista pode ser fundamentado e elucidado
Parte 3 –

****Transformações no papel do Estado são articuladas às modificações que sobrevêm, no estágio


do capitalismo monopolista, no ***seio da burguesia (importante)
- Essas transformações devem ser estudadas não através de uma relacionamento “direto” do Estado
com o “sistema econômico”, mas somente mediante a elucidação das ***modificações nas
***relações de classe (importante)

Questões que se podem propor a partir disso


- Quais são as novas formas de contradições e de fracionamento*** que surgem no seio dessas
burguesias, e em que medida elas colocam em causa as frações da burguesia no estágio do
capitalismo competitivo***?
- Pode-se falar sempre, no estágio monopolista, mais particularmente em sua fase atual, de um
bloco no poder composto de diversas frações burgueses, ocupando o terreno da dominação
política??
- Pode-se, em consequência, falar sempre de uma ***autonomia relativa do Estado atual em face de
uma fração hegemônica, Estado que assegura, sob formas novas, o interesse político geral
dessa aliança no poder?

O **Interesse político dessas questões é fundamental


- Revisar questões referentes aos PC Ocidentais, como foco no PCF
- Teses que esses PC’s tem sobre o capitalismo monopolista de Estado e que servem de base à
estratégia atual da “aliança antimonopolista” e da “democracia avançada”
- São análises que consideradas sob o ponto de vista da **burguesia interna e sua relação com o
Estado, possuem os mesmos erros em relação à internacionalização das relações capitalistas
- 3 bases principais desses erros
1) As transformações atuais, e mesmo a “fusão” do capital e a dominação maciça do grande
capital monopolista, fariam com que **não se falasse mais atualmente de um bloco no
poder
- Dessa forma, o terreno da **dominação política só seria ocupado pela **única fração do grande
capital monopolista
- Assim seria excluído o restante da burguesia que seria colocada ao lado das classes dominadas**
(importante)
- São análises que quase só falam da **fração hegemônica, o grande capital monopolista,
praticamente ocultando as outras frações burguesas dominantes
- Não se distingue a fração hegemônica*** das frações dominantes**, o que faz com que o lugar de
dominação politica seja ocupado unicamente pelo grande capital
- E dessa forma, as outras frações burguesas, especialmente o **capital não monopolista são
excluídas
- Embora apresentado não de forma tão brusca, são questões nítidas nas análises, e que nas vezes
que surgem a questão da **dominação política, mencionam-se somente os grandes monopólios
- Em contraposição, sempre que surge a questão de um **outro capital que não o “grande capital”, a
questão refere-se apenas e sobretudo ao *** “pequeno capital” cuja aliança se procura (importante)

Dessa forma, é preciso entender os termos


- Entendendo-se por ** “pequeno capital” a ***pequena burguesia (artesanal, manufatureira, e
comercial) a busca por essa aliança é justa
- É justa pois essa pequena burguesia não pertence ao “capital”, ás frações da burguesia****
- E nesse sentido o termo “pequeno capital” é inteiramente falso enquanto se referir a ela
- Entretanto o termo “pequeno capital” assume outra função
- Ao se falar apenas de “grandes monopólios” e de “pequeno capital”, escamoteando o capital não
monopolista e o capital médio, mostra-se que tudo que não pertence aos grandes monopólios, única
fração dominante, faria automaticamente parte do pequeno capital
- E fazendo parte do pequeno capital, está suscetível à aliança*** com a classe operária, da mesma
maneira que o médio capital seria assimilado a pequena burguesia
- Ou seja, situa o médio capital ao lado do pequeno tendo em vista a sua contradição, comum, ao
grande capital

A questão são as implicações dessas análises quanto à estratégia da “aliança antimonopolista”


- Esta aliança se estende a todas as frações da burguesia, salvo aquela dos “grandes monopólios” –
que se supõe ocupar sozinha o terreno da dominação politica
- Dessa forma também se opera a concepção do PCF entre essas análises e aquelas que concernem à
“burguesia nacional – capital não monopolista”*
2) Essas análises se conjugam com aquelas que se referem ao Estado** do capitalismo
monopolista de Estado
- Dá-se ênfase (o que é certo) ao papel decisivo de que se reveste no momento o Estado**
- O que está em causa é a própria concepção do ** “processo de produção” no seio do qual o Estado
intervém**
- Supõe-se que o processo de produção seja composto por duas instancias separadas (as forças
produtivas e as relações de produção) e baseado no primado das forças produtivas 9, de maneira que
“na ação reciproca entre forças produtivas e relações de produção as forças produtivas
desempenham no final um papel determinante”
- O que tem como consequência a concepção de um “nível” de desenvolvimento das forças
produtivas neutra e autônoma***
- A intervenção do Estado é amplamente apreendida como uma função técnica e neutra**,
indispensável como tal ao “desenvolvimento das forças produtivas”

O Estado é assim concebido nessa perspectiva


- Como fazendo parte da base** e como **fator orgânica do processo de produção social
- Sempre é questão da relação do **Estado e dos interesses dos **“grandes monopólios”
- Mas tal relação é simplesmente apreendida como uma **distorção de funções econômicas, em si
neutras, do Estado para proveito dos grandes monopólios**

Dessa forma, as intervenções do Estado** apresentariam de algum modo, dois lados


- O lado bom, que corresponde à “**socialização das forças produtivas – toda socialização – qual?
– só podendo ser, como tal, boa
- O lado mau, que corresponde à apropriação privada dos meios de produção
Os dois lados são dissociáveis, correspondendo a dois níveis considerados como distintos10

Há consequências politicas graves dessa posição, ligada à concepção “economista-tecnicista” do


processo de produção** e das “forças produtivas”
- Ela implica que a passagem par ao socialismo exigiria a **conservação do Estado atual no seu
lado bom** e suas **intervenções econômicas neutras no “desenvolvimento do processo de
produção social”
- Dessa forma, depura simplesmente o lado mau da intervenção do Estado, excluindo a **distorção
dessas intervenções em proveito dos monopólios mediante uma **simples mudança do **poder do
Estado (importante)

9
Nota 13 sobre o tratado do capitalismo de Estado do PCF: de maneira que “na ação reciproca entre forças produtivas e
relações de produção as forças produtivas desempenham no final um papel determinante”. As análises desse tratado
falam certamente de uma unidade das relações de produção e das forças produtivas. Mas só se trataria aí de uma simples
fórmula verbal: com efeito, essa unidade só pode ser baseada no processo de produção, processo que é precisamente
a figura da dominação das relações de produção sobre as forças produtivas. Em outras palavras, atribuindo o
primado às forças produtivas é, ao mesmo tempo, e necessariamente, a própria unidade das relações de
produção e das forças produtivas que desaparece.
10
Nota 14.
3) O Estado é concebido como uma **simples ferramenta ou instrumento manipulável à
vontade pela **única fração dos grandes monopólios (fração considerada como “integrada”
e à qual se imputa uma “unidade de vontade”
- Fusão do Estado e dos monopólios em um mecanismo único
- Na medida em que não se pode falar de um bloco no poder, mas de uma única fração dominante,
os grandes monopólios (entidade metafísica e abstratamente unificada pela “fusão” das frações do
capital), nenhuma autonomia relativa é reconhecida ao aparelho de Estado como **unificador
político, da fração monopolista e do conjunto do bloco no poder** (importante!)
- Duplo aspecto das incidências políticas da concepção instrumentalista do Estado ligada a uma
concepção idealista/economista
- (1) Uma ferramenta ou instrumento possui ao mesmo tempo uma utilidade técnica e neutra; (2) e
como tal pode ser manipulado à vontade por seu detentor**
- Essa tese conduz a análises contestáveis sobre o aparelho de Estado e implica que, uma vez
expulso do poder o punhado de ** “usurpadores” que são os grandes monopólios, esse Estado
poderia, quando utilizado de outro modo, ******servir da mesma forma aos interesses do
socialismo (importante)
Parte 4 –
Em face dessas interpretações
- Percebe-se que a questão decisiva concerte à análise das relações de classe*** no seio das
burguesias no estágio do capitalismo monopolista, na sua fase atual

Dessa forma, quais são as formas atuais*** das contradições** e dos **fracionamentos no seio
dessas burguesias? (importante)***
- É dessa questão que depende diretamente a análise da autonomia relativa*** atual dos Estados
capitalistas
- Essa questão remonta ao problema da constituição, no estágio do capitalismo monopolista, do
****CAPITAL FINACNEIRO**, no processo de “fusão” entre ***CAPITAL INDUSTRIAL E
CAPITAL BANCÁRIO principalmente
- Essa fusão a que se subordina o capital comercial e faz nascer os monopólios

Dessa forma, essa questão apresenta alguns aspectos


1) Esta “fusão” do **capital industrial e do capital bancário constitui uma unificação
efetiva*** dessas frações, ou reproduz, sob outra forma suas contradições****, fazendo-as
parecer novas?*** (importante!)
E assim, qual é o estatuto exato do conceito de ***capital financeiro e de capital
monopolista?
2) Qual é o estatuto e a dimensão da diferenciação entre o capital monopolista e o não
monopolista, que são designados, de modo descritivo, como grande capital, de um lado, e
médio e pequeno capital, do outro? Quais as relações desses capitais entre si?

Uma observação prévia


- As formas de contradições no seio das classes e frações dominantes dependem, de fato, sempre
das ***formas da contradição principal, a saber, aquela que separa a burguesia, no seu conjunto, da
classe operária*** (importante – OK!)

Isso se refere
- Primeiramente às próprias formas constitutivas do processo de concentração e de centralização do
capital
- Os traços essenciais desse processo, e suas causas eficientes (baixa tendencial da taxa de lucro) só
são a epxressão direta da luta da classe operária e das massas populares (da luta de classes)
- A baixa tendência da taxa de lucro é a figura da resistência (da luta) da classe operária contra a
exploração
- Do ponto de vista histórico, o processo de concentração, respost aa essa baixa, é provocado e
precipitado pelas lutas populares, sobre o plano nacional e mundial
- O conjunto das transformações das burguesias**, das relações de produção e exploração do
trabalho, são resposta da burguesia à luta da classe operária e das massas populares
- A reprodução ampliada do capital não é outra coisa senão a luta de classes, com as contradições
no seio das classes e frações dominantes sendo ***somente os efeitos, no campo do bloco no
poder, da contradição principal (importante)

- Em segundo, às formas precisas do **processo histórico no seio de cada formação social


conreta
- A marcha e o ritmo desse processo, as formas precisas dessas contradições secundárias, a
**configuração concreta do bloco no poder e a hegemonia desta ou daquela fração sobre as outras,
dependem, em definitivo, das formas da contradição principal nessas formações**
(importante)

Na Nota (16):
“Trata-se sempre aqui de um processo dialético. Estes fracionamentos no seio da burguesia, efeitos da contradição
principal, podem ter por sua vez efeitos de *fracionamento no seio da classe operária***: ver, por exemplo, as
diferenciações importantes principalmente na França, na classe operária, comforme ela depende do capital monopolista
(concentrado) ou do capital não monopolista** (importante)

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