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Mmat-5-Ligas Fe-C PDF
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INTRODUÇÃO
Aços são definidos como ligas de ferro e carbono, contendo até 2,0% deste
elemento.
Existem diferentes tipos de aços que podem ser classificados de acordo com a
sua composição química, microestrutura, propriedades mecânicas ou
características de fabricação.
Classificação com base em sua composição química:
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
2 - Aço carbono-manganês:
O teor máximo deste elemento é cerca de 1,6%, pois, com maiores teores, ilhas
de martensita podem ser formadas após a laminação a quente.
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INTRODUÇÃO
3 - Aços microligados:
Estes aços, também conhecidos como aços de alta resistência e baixa liga (ARBL
ou, do inglês,HSLA), apresentam maior resistência mecânica, aliada com uma
elevada tenacidade, quando comparados com os aços anteriores de composição
similar.
INTRODUÇÃO
4 - Aços liga:
5 - Ferros fundidos:
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Diagrama de equilíbrio Fe-C
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Formas Cristalinas do Ferro
Ferro: elemento alotrópico existe em diferentes formas cristalinas
Ferro alfa (α, ferrita cúbica de corpo centrado – CCC): existe da temperatura
ambiente até 912ºC
Ferro gama (γ, austenita cúbica de face centrada – CFC): existe entre 912ºC e
1394ºC
Ferro delta (δ, ferrita cúbica de corpo centrado – CCC): existe entre 1394ºC até a
temperatura de fusão
Cementita: Fe3C
Composiç
Composição quí
química: 6,67%C
Estrutura cristalina: ortorrômbica
De acordo com o seu teor de carbono, os aços podem ser divididos em três grupos:
1 - aços hipoeutetóides, com teor de carbono inferior a 0,77%;
2 - aços eutetóides, com teor de carbono em torno de 0,77% ;
3 - aços hipereutetóides, com teor de carbono superior a 0,77%.
Um aço com 0,45%C, aquecido a 900ºC, apresenta uma estrutura austenítica, que é a fase
estável a esta temperatura, segundo o diagrama Fe-Fe3C Se este aço for resfriado
lentamente a partir desta temperatura, ao alcançar a linha GS (775ºC), os primeiros
cristais da fase α começarão a ser formados.
A medida que o aço se resfria, mais ferrita se forma e a quantidade de austenita diminui.
Quando a temperatura de 727ºC é alcançada, a austenita remanescente se transforma em
ferrita e cementita, de acordo com a reação eutetóide, dando origem à perlita.
Após esta reação, o material não sofre mais nenhuma alteração significativa em seu
resfriamento até a temperatura ambiente. Assim, a sua microestrutura final será
constituída de ferrita pró-eutetóide (formada antes da reação eutetóide) e perlita.
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Diagrama de equilíbrio Fe-C
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Diagrama de equilíbrio Fe-C
Um aço com 0,95%C, resfriado
lentamente a partir da região
austenítica, terá a cementita como
constituinte pró-eutetóide.
Na seqüência do resfriamento,
mais cementita se forma enquanto
a quantidade de austenita diminui.
Na temperatura de 727ºC, a
austenita se transforma em perlita.
Perlita.
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Perlita:
A perlita não é uma fase, e sim uma mistura de
duas fases, ferrita e cementita (Fe3C), que
ocorrem sob a forma de lamelas paralelas.
A ferrita tem estrutura CCC – tem menor
capacidade de dissolver o carbono. O carbono,
rejeitado pela ferrita, dá origem a cementita.
Isto ocorre principalmente em aços eutetóide
(Fe-0,77C) em resfriamento lento.
Mehl (1941) propôs um mecanismo para
explicar o crescimento da perlita, baseado na
nucleação de cementita a partir do contorno de
grão austenítico. À medida que essa partícula
de cementita crescesse, ela diminuiria o teor
de carbono das regiões vizinhas até ocorrer a
formação de ferrita. Com o crescimento da
ferrita haveria segregação de carbono para a
austenita, até ser atingido o nível de carbono
na cementita, quando esta então nuclearia.
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ASPECTO CINÉTICO
Aço resfriado lentamente - ferrita, perlita e cementita. Estes constituintes torna o
aço macio e pouco resistente.
Aço resfriado rapidamente - aparecerão outros constituinte metaestáveis, como a
bainita e martensita, que não são previstos no diagrama de fase ferro-cementita. A
microestrutura torna-se mais fina, aumentando o limite de escoamento do aço.
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ASPECTO CINÉTICO
Decomposição da austenita
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ASPECTO CINÉTICO
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ASPECTO CINÉTICO
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ASPECTO CINÉTICO
BAINITA
Quando um aço carbono é resfriado rapidamente,
ocorre a formação de uma estrutura denominada
bainita (superior e inferior). É um processo misto
que envolve difusão e forças de cisalhamento.
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ASPECTO CINÉTICO
A ferrita acicular e a bainita apresentam essencialmente os mesmos
mecanismos de formação. A diferença é que a bainita nucleia no contorno de
grão austenítico e cresce de forma de um feixe de agulhas paralelas e a ferrita
acicular nucleia em inclusões não metálicas e cresce radialmente em forma de
agulhas.
A analogia entre a bainita e a ferrita acicular é acentuada: a remoção de
inclusões por refusão a vácuo de um aço com ferrita acicular causa a mudança
de estrutura para a bainita. O fenômeno oposto também ocorre.
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ASPECTO CINÉTICO
A martensita é uma fase metaestável, não prevista pelo diagrama de equilíbrio Fe-C e se
forma por um curto movimento simultâneo de grupos de átomos (isto é, por deformação
localizada), devido a enorme instabilidade da austenita. Esta fase tem uma estrutura
cristalina Tetragonal de Corpo Centrado (semelhante à estrutura CCC, mas com uma de
suas arestas maior que as outras duas), uma morfologia de lâminas ou agulhas, quando
observada ao microscópio. É um constituinte de maior dureza dos aços comuns.
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ASPECTO CINÉTICO
A quantidade de martensita formada a uma dada temperatura é fixa para um dado
aço e, quanto mais baixa, maior é a quantidade de martensita formada. Pode-se
definir assim, para um aço de uma certa composição, uma temperatura em que a
estrutura, após um resfriamento suficientemente rápido, é completamente
martensítica (temperatura Mf). Esta temperatura também pode ser estimada por
fórmulas empíricas, por exemplo:
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ASPECTO CINÉTICO
Com o aumento do teor de carbono, diminuem as temperaturas de início (Mi) e fim
(Mf) de formação. Assim, um aço com 0,8%C resfriado bruscamente até a
temperatura ambiente apresentará aproximadamente 80% de martensita e 20% de
austenita não transformada (austenita retida). Para que essa austenita se transforme
em martensita é necessário abaixar a temperatura da amostra, muitas vezes para
temperatura abaixo de 0ºC.
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Diagramas TTT
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Diagrama ITT
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Diagrama ITT
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Diagrama ITT
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Diagrama ITT
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Diagramas TRC
As transformações dos aços nos processos industriais ocorrem majoritariamente por resfriamento
contínuo e não isotermicamente. Em vista disso, foram desenvolvidas as curvas CCT (Continuous
Cooling Transformation) ou TRC (Transformação por Resfriamento Contínuo).
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Diagramas TRC
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Diagramas TRC
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Diagramas TRC
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Fatores que influenciam as curva TTT
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Curvas TTT em Soldagem
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Outros diagramas relacionado a ZAC
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ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
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ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
Os átomos de C, N, O,
H e B possuem raios
atômicos pequenos em
relação ao ferro e
formam com estas
soluções do tipo
intersticial.
A solubilidade destes
elementos é limitada
pela grande distorção
que eles provocam na
rede cristalina e, em
alguns casos, pela sua
afinidade química com
o ferro ou outro
elemento de liga
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Níquel, silício e alumínio têm menor afinidade pelo carbono que o ferro. Por outro
lado manganês, cromo, molibdênio, tungstênio, tântalo, vanádio, titânio e nióbio
possuem maior afinidade, aumentando do manganês para o nióbio. Com exceção do
manganês, que é capaz de se combinar na cementita, os demais elementos
formadores de carboneto se dissolvem somente em pequena quantidade nesta e
tendem a formar outros tipos de carbonetos.
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ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
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INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGAM SOBRE
OS CAMPOS α E γ DO DIAGRAMA Fe-C.
De acordo com a figura abaixo, 1%Ti é suficiente para eliminar o campo autenítico,
enquanto o teor necessário de Cr é de 20%.
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Temperabilidade nos aços
Temperabilidade – é associado à capacidade de endurecimento do aço durante o
resfriamento rápido (têmpera), ou seja, sua capacidade de formar martensita a uma
determinada profundidade em uma peça.
Métodos utilizados para avaliar a temperabilidade dos Ensaios: Taxa de resfriamento
crítico, Grossmann e o Jominy .
Taxa de Resfriamento
Crítico: Utiliza a curva
TRC
Diagrama de
resfriamento contínuo do
aço 1045. A taxa de
resfriamento crítico para
esse aço seria de
7000oC/s.
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Temperabilidade nos aços
Ensaio Jominy: A barra é austenitizada e, em seguida, resfriada com um jato de
água em condições padronizadas.
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O conhecimento da profundidade
de endurecimento nos aços,
sobretudo naqueles que
apresentam elementos de liga, é de
importância fundamental para a sua
aplicação – Faixa de
temperabilidade (faixa de dureza) –
Dispersão dos resultados.
Por exemplo, um aço 1040 poderá
ter, por norma, seu teor de carbono
variando de 0,37 a 0,44%, assim
como apresentar variações nos
outros elementos de liga (Mn, Si,
etc.)
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Temperabilidade nos aços
Fatores que afetam a temperabilidade:
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Crescimento de grãos austeníticos
Efeito do C na temperabilidade de um
Efeito do boro sobre a temperabilidade de
aço 0,5Cr – 0,5Ni – 0,25Mo
um aço 0,63%C
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Referências
Costa e Silva, Andre Luiz & Mei, Paulo Roberto, Aços e ligas
especiais, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2006.
Linert, George E., Welding Metallurgy - American Welding
Society - vol 1/2.
Chiaverini, Vicente, Aços e Ferros Fundidos - ABM, 1982.
Van Vlack, Lawrence H., Princípio da Ciência dos Materiais -
Editora Edgard Blucher.
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