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Introduçãoà Química

s diÍerentcsramos do conhecimentolìümaìnose rtilizam de i


sìmboÌogiasprópdasparâ faciÌitara comuììicaçãoentieospÌo-
fissionais da áreâ. Na Química Orgânica não ó diÍereÌìte.
Dominar .Ìiferentcs(-prcsentaça)es empregadaspâÌa os compostosorgâni
cosé essencitìÌao entcrÌdimento de tuLÌo que seLi Yisto tìo lorìgo destc Ìivro.

',: Brevehistórìcoda QuímicaOrgânica


:, Benzenoe suarepresentação
' Fórmulaestrutural
de compostos
organrcoS
.,' Conceitode cadeiacarbônìca
r' Conceitodê heteroátomo
/ Classificação
de umâ cadeiacarbônica
r " ExeÍìplosde modelosmoleculâres
tipo "esferae vareta"de alguns
compostosorgânìcos
t1ârlr ft,
,.1):li-t.tlirì;;
J l

doscompostos
de carbono
È

lú1.ì\ rsnÍrn.! (lc \ .!n ìcúlas. ccr! n.ìr iréoüoììenr! rênÌ


rm(r1Lar.m úì {l!tcnnr ados.ompotros
..rt(Í1,, (fnnino,ìos (lnris.itomosd.ss.. rììe.fo \€ !ì€rì €!ì
slìqil{:n.iiqq!..s.n ìtistaq.l..ÒÌÌnìarì.drfidr. rnrnn!

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Compostos
orgânicos

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:, O çrh-o é Lm nôs DU lo. e\enìp oç de .omFstos


Õrg;ìnj.ôspr.s.n.s.nr n.sa ! di n áÌi.l

I O que é QuímicaOrgânica?
Há maìs de 20{)anos,sürgiü â expressâocompostosoÌgânicos,para desitnaÌ as sübstân-
ciâs produzidas por ortarìismos\-i1'os,ânÌmâisou lcgetais. Por ÌazõesÌìistórìcas(que \.ere-
mos no ÈnaÌ destecâpítuÌo)reÌacionâdâscom o própÌio desenvoÌvimentoda Química como
Ciênciâ,os qüínicos não utiÌìzâm lnâis tâÌ expressãoconÌ essesignificado.
AtuâÌmente,são châmadosde compostosorgânjcosos compost.rsque contêm caÌbono,
sejamou não pmdüzidos por organismosïiïos.

ii:] Quínica Orgânicaé o râmo da Químicaque estudaos compostosque contêm


|ji c"bono,hrm.'oô.oe(omporLo.oÌsáni(o\.

A Quínìicã OÌgânica possui um papcl nnpoÌtantissimona comprecnsãodos processos


qüc ocoÌÌeÌì nos seresvivos. Mâs essãnão ó à suà única ìmportância.PÌásticos,detergentese
Ìntitos dos medicamentossãoexenÌP1os dc sübstânciasorgâ1ìicasrâo encontrâdâsem nenÌìum
seÌ \'ivo; âo contráÌio,sãofâbricãciâscm indústriâs.
Poltânto,nào sc dcilc confundirpcla pâÌâvrao/&iric". Qüímica OÍgânicaé â química dos
compostosdê caÍbono.Nestecapítulo,iniciàmoso estudodesserâmo da Químicâ,um assluìio
jntcrcssantc,modeÌno,em contí1uodcsenlolvimentoe muito pÌ€senteem nossocotidÌâno,

16
PARÌEA

Existem âÌgumâs sübstânciasque, embora contenham câÌbono, não sãoconsìdeÌadâs subs


tânciasorgânicas.AsmâisímportantessãoagÌafite(Cris",,odiamant€(Ctd,,.t,omonóxidode
carbono (CO), o dióxido de cârbono (CO:), o ácido cârbônico (HCO3), o ácìdo cianídÌico (HCN)
e os carboÌìatose cíân€tos(sâìsdedvâdosdo ácido cârbônicoedo ácidociânídrico),como,por
exempto,NãrCOl CaCO3e NaCN. Boa parte dessassubstânciasjá era conhecidae estudâda
ântes mesmo qlre surgisse a Química Orgânica. Suaspropriedades se assemelhammuito màis
às das substânciâs inorgânicas (aqueÌas que não contêm caÌbono) do que às das orgânicas e,
âssim,os quimicosas consideÌamcomo sendoinorgânicas.Contudo, váÌias delasapar€cerào
nestelivro, pois tambémsãode impoÌtânciâno estudoda QuímicâOrgânica.

. ágú4 H,O
. ácido cloídÌico, HCl
. á.ido bÌomídÌico, HBÌ
. á.ido nítrico, HNOI
. ácido sulfúri.o, H:SOa
. meranol CH3OH . ácido foÊfóÍico,H3PO,
. eranol, CH3CHIOH . hiahórddo de sódio, NaoH
. ácido acéli(o,CqCOOH . hidlóxido de potássio,KoH
ã . aceton4 C4COCH3 . hidÌóxido de magnésio,MC(oH)1
. érer conum, CH:CH:OCH.CH: . hidÌóxido de .ál.iq câ(OH):
. cloÍometano, CHrCÌ . hidróxido de aìumínio, AI(OH)3
. diclorometano,CHrClr . cloleto dê 6ódio, NaCl
E . .loÍoÍórmio, cHcl. . nihâto de potássio,KNOj
. tetÍacloretode.arbonq CCÌ, . sutfato de báÍio, BaSO!
. metilâminâ, CHrNH: . toslato de.ál.iq Câi(POr):
. ácialobenzói.o, C6HTCOOH

I
. dióxido d€ câÌbono,CO:
. monóxido de (arbono/ Co
. ácido carbônico,H1co3
. .âÌbonato de sódio, Nâ1CO.
. câÌbonatode.áÌ.io, CâCO.
. ácido .iâníd1ico,HCN
. cimêto d€ sódio, NâCN
. .ianeto de potássio,KCN
t. gÍafite, C (graÍ.)
r.di amantè,C (di am.)

: Não contêmcaÌbono

17
P A RÌE A i j,ìfi1 j! , r : , , ,i it ! i' n, ( : ì lr : : , / : . iir r r,;r;s rall,.!:.

! necoraando:a ligaçãocovalente
A ligaçàocovâìcnteó típicâ dâs substânciâsquc contêm em sua composiçãoeÌementos
nâoìÌetálìcose/ou scrìimetálicos. O númerode ligaçõesco\.aÌentes dependeda posLçro
do eÌemerìtona tnbeìaperiódicâ, pois cstá relâciofado âo núnero de eÌétronsnâ câmada
de valência. A tabela 1 ilustra crcmplos de sübstâÌìciâsnàs cluaisos átomos se unem por
lìliação(õcs)co! alcntc(s).

TABETA
1 Ex€mplosde subsiânciaseú quê há ìigago do tipo covalênte
\
L l e me ntoGìpre,enteC ) l órúúl à de l ew i . Ídmul à e.r,ururàl
P ere eb a,con su tan di à pos j. t ào dos
el€mentosh drôBéno, .irbono, nitrogêrio,
ox gêrio, i úor ni iaheLnperiódi.i, qre:
0-t{
18upDllapÌ . s c nli
. hi.ío Ëôn io
ll, Oxigêniôe hidrogên]o

. ..idrono €ru|ro 141aüeçeÍa


tC t .lralrô ilóL foN n. ì . aì a. lr . le
elò nciâj HNH
NitÍogénnre hìdrôgênio
. . h lfogôìió 19ru!o I5r ipr€senta tì
:\. . fco elólrofs ftr .ihada de
' v:ê n!Èl H

.ò. o, ig r.iú Sru s lar ì PÍ . - n r d r ' CJ Í b n" c h i d , o g é n i , ,

.. o ílilor18Íúpoi7ì aprescntas.t. cl
: F. '
.tÍ!n , n d Lã ,f 1ddi1 \ . 1i, L -:
" l, o c] ccl
"ru 'oro . ", lot n
c

Qua.do ãiomos seunem por ligaçõcscovâÌentcs,formam molécülâs.

Chàmâmosde substânciâsmoleculares aqueÌasforrnadaspor moÌécuÌas.


AÌguÌnâs sübstânciâs moÌecüÌâres são gasosâsnas condições ambieÌÌtes. Ouiras são
líquidâs c or.ltrâs,sóÌidas.

As molóculassãotÌi.limensionâis,e â cìisposiçào
de seusritomosno espâçoédenomìnada
geotnetriiüloleculü(mãtériàestücÌadano capítr o 9). Para os químìcos,é convenientefazer
represcntaçôcs cspaciàjsdâs molócuÌâs,na tentativa de nìostÌaÌ a geometriâmoÌecuÌar.Tais
representações sãodenonìirìadasmodelos molecÌ âÌes.

€l. . . .
1.rè os ibL.c! d.s patrìa águàoi,O)

\,lldeLos mo e.u ãres pafn o gils.âdrôn.o (CO")

\,1odcos ÌÌo.cu ôrcsparao

18
VOLUME3 | caoítúío1

mâis fáceisde escÌeveÌe 1er,os quimi-


Pam poupar tempo e tomar asfórmúas estrLrtürâìs
cosbuscammuma Ìepresentâção estrutLtnilsimpLiÍicadl.
mais sensataiafórì11u!!t
Modelo molecülar FóÍmu1âestrutural Fórmula estrütural simplif icada

HH

H C
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C-FÌ
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9 i#*ï#'*$+ CH2: CH2

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PARTEA i htroduçeô i Qr'Fiía d;s .ônìp6t!ôs de cèrboci

ELEMENTOSCOMUNS EM COMPOSTOSORGANICOS

1 '14 15 17
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Aìgunseremplos:
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H. C C -C H H ,C OH H,C C
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H' \H Fr (F l B" H( ír ((ìH

cHr

20
voLUME3 i ,:,L,,,,,,ì

MODELOS MOLECULARES"ESFERAE VARETA"


As jnÌagensmosiradasnestae nas du.s páginasa seSrÌirsão de modelos
moÌecr âles do tìpo "esferae \,areta",umâ dâs mancìrâsüsâdâspeÌosquí
micos parâ ÌepresentaÌtridimensionalmenteâs moÌécutas.Junto de cada
inìãgcrì, âpâÌecemo nomc c â fóÌmuÌà estÌuturâÌdâ substância.
Noie, por rÌeio dos erempbs aqui âpÌeseÌ1iâdos,que a ÍóÌmula esirutural
$Ì almeÌìtenão permiteÌepÌesentârde modo adequadoa $ometria de rìma
moÌécüÌâorgânicâ,pois a fórmula estruturâÌé escritaem ünì pÌâno (papeÌ,
busa etc.)e ÂsmoÌécuÌas/enr g€raÌ/Ì1àopossuenìestruiuÌaplaÌÌaÌ:,mas sim

lt c ll
IÌustrÂçõesde Ìnodeìosmoìecularesâparecerãoem \'áÌias partes desteli-
H vro, â fim de âjudá Ìo a a.ìquiriruma nocãoda estritura espaciàldâsmoÌé

Nos nodeÌos desta página e das duâs seguintes,os átomos estãoÌepre-


sentadospoÍ esfeÍasem coÍes Íantasiosase as varetasindicam tigâções

H3C CH: HrC CH: CH3 HrC CH, CH, CHr

' H.C CH.


ï"' f.
HrC CH CHr HzC CHz
HjC CHI

11/

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PARÌEA i, nnoo* r" " o * ru ru o s { o rp a s t.r.j " (r,bo.o

H'C:Cl-l CH. Í.í3c oH

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HlC-CH2-OH I

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H-C H3C- C.\
H

H1C C
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H
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c] ccl
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22
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VoLUtúE3 i caprr"i..

@* H3C C\
o clÌ, cHl f

q n c-fr HrC- N CH3


l
CH:
cHr

o
H3 C* C
t*t,
c
NH:

r. QúÈl eÌa o signifìcâdod.r teÌmo co,r/ostooEiír.o nâ 5. RcpÌesèntea fóÌmuÌa estÌuiúraÌ dos seg!i.tes com
épocaem que foi proposto?
2. Qúâl o signjficadoatuaìdo ieÌmo rorilostoorg,?rico? a) CrFlr d) cH,o
b) c,n, €) HCN
3. Qualé oâtualobjeto de estrdo da Quimica Olgânica?
.) CH1O f) COCÌ:

6. Dé a fórmu1ã ÊleÌÍôni.à (oú Íómúlâ de Leills)


se8! jnies compostos orgâni.os:
4. Repíesente a fóÌìnuÌa estruluraÌ do eiãno, C2H,.
HH
.t ,y
a)H-. c d)H_c,
Cô n u . d,L 'u, ' ú d/ q. Ì iBd.u- . " J hr d, uB . ú
'rru
apenas úma, con lúimos qúe âmbos os càrbonos de
\. n í1, Lg c nr e . i n. "i n oì r . . ì A. ' i n
' dJ . e)H c N u

HH

23
PARTEA I Int.odução
à auímicadoscomposÌôs
de ca'bono

7. Represente novâmente as seguintes esbrtúíâs, com- A. Ëtanol (áÌcooÌ comm), ácido acético e beMeno são
p ì et ddo. om n n ü n e Ìo d d e q u d d o
d e h j d rc Be n i o ). substáncias muÌto importantes pâÌa ÌaboÌatóÌios e in-
a)c c c e) o tc c-N dú\hid-.5ua. Íomujdç ecb-ütuÉ,.apâJerm d segLir
Obsene-âs e Ìespondâ: Em quais deias todos os áto
c c-c-o c mos obed{em à regrâ do octeto?
co
HH
b ) c c- c f) c-c N i) H
'l c-c--cI H C-C O-H t
c H C C ',
to-n
cc l,! L
H.-aá-.a- H
H
rianol
c) C-C-CCg)COC
I
c
t
o H-z_\ -,'\H

d ) c- c- c h)c c-o I
H
Bêudo

9. (uNI BH MG) São compostos orgánicor excetol r 3, (JVA-CE)Na estrurüÌa


á) C:risOH e
.ì CO: e) HCo
H é
b) cfirs d) CH3NH1 g
Hzc I c*c & cH:
t o. (UCDBMS) Múitâs plántas conÉm substânciasoÌgâni- I
as slmple6,como pü qmplo hidioca$onetos, respon- Mz
sáveis peÌo odor e sabor. O Íì+erpineno, cuja cadeiâ
' drbóa;càé mo<tÌddcdbalo, e un dé)>ub.hincidsrc* asÌigaçõesrepÌ€sentadaspelos âlgarismos são,Ìêspê.-
ponúveis pelo odor do limão:
â) simpÌes, dupÌa, simptes
zc-c\ ,/c b) dupÌa, simpÌes, dupÌa õ
' tc_c// .c d simpÌes, tdpÌâ, dupÌa
d) dupÌa, tripla, simpÌes
O númeÍo totaÌ de átomosde hidÍogênio prêsentes E
nessaoubstânciaé: I 4. GIFRJ) Os elemenios qúmicos que apÌeseniam a ìí- g
a) 20 .) 10 e) 14 tima camãdaeÌetrônicaincoÍnpÌetapodem aÌcmçar
b) 16 d) 22 üma esttutuÌa mais estável únindo-se um aos outrcs.

Il (PUC-RS)A fóÌmúla molecuÌâI de um hidÌocdboneto d De que foma se podm li8d dois átomos que pre-
com cadeiâ carbônica cisem gânhar eÌétrons?
b) Dois elementos situam-se úm no següdo peúodo
e subgrúpo ,14, e outro, no terceiro peÌíodo e
I subgrupo 7A da tabela peÌiódica. QuaÌ seÌá a fóÌ-
d C,H, c) C,Hú e) C,HÍ mula pÌovável do composto poÌ eÌes foÌmado?
b) C,H? d) C,H1' 15. , L ni .d np \f A upi d ,cH a\.O) e oprcdul o mdr-m -
'
1 2. (UCDB-MS) Os númeÍrs de átomos de hidÌogênio das Portânle de excÌeção do nitrcBénio pelo organismo
seguintes substâncias oÍgânicâs humano. Na moÌécuÌâ da uréiã, ÍoÌrÌÌâda poÌ oito áto-
c mos, o cârbono apÌesentâ duas ÌigaçõessimpÌs e ]]m
dupÌa, o oxigênio uma 1igâçãodupÌa, cada áromo de
I nitrogénio iÌês LigaçõessimpÌes e cada álomo de hi-
-\./- c dro8eni om" l ' gJ.ào.rrp A tomo. i 8udi . ndose
"s
c tigdÌ enLÌÊ.i. Bd.eándo c. ne,d- inJorna\òA.
sãorespeciivmente: "-
cÌeva a fórmulâ eshútúràÌ d a uÌéia, representmdo li
d 9 e13 c ):Ì4 e 1 2 e) 13e10 8ações simples poi úh tíaço ( ) e Ììgações duplas
b ) 7e 10 d )8 e 1 2 poÌ dois traços(:).

24
Brevehistóricoda QuímicaOrgânica
Os pÌimórdios dâ Química Orgânica
A, propnedJde5 Jê dìF n', on n.-lÕ- .rgànicu..rô,onheLiLlr-dH.
d. dìre- de (n-l o f o. ì-o d., '"bâ., d' , i vJ, ,l. dl.^, 1.,bfJo p,,r re.
mentaçãoe de alguns corantesextraídosda nâturezâ.
No enianto, procedimentos semeÌhantesaosdâ Químicâ OÌgânicâ âtuâl
comcçaÌama ser executadosapenasem fins do séculoXVIII e início do
sóculo XIX.Nessaépocâconheciâmsepoucoscompostosorgânicosem esta-
do puro. Em1780,o suecoTorbemBeÌgmânfaziapelapÌimeiravez distìn
çãoenire compostosinoÍgânìcose oÍgânicos-PoÌ€m,costumasecÌcditar a
outro químico sueco,JônsJâcobBcrzcÌius,o méÌito de cÌì.r â expÌessào
Química Orgânica num Ìivro datàdode Ìllil7.
Nessaépoca,po ucosesabiâsobreosátomos.A primcifa cscaÌâdc mâs-
sâsâtômicashaviasido pubÌicâdadois ânosântespeÌo in8ÌôsJohnDâlton,
sendoainda bastanteprimiti\'â e cheiâdc nnpcrfciçòcs.Fâltâvaquàscum : Berzelirs t/9 I3lA ó.ons d.rado.
sécuÌopârâ a descobertâdo elótÌon c do próbn. ú idorna.ttrcsão Químicao€ânica

A TeoÌia da Força Vital


As prìmeirâspreocupâçõcsdâ Química OÌgánica nascenteerâm os
materiaisde origem ânimâÌ e !egetal, tâjs conìo uÌinâ, sângue,€ïoÌduÌas,
cabeto,açúcâres,resinâs,cerâsctc.A âpaÌentecomplexidadedessesrnaie
riaÌs Ìevoü químicoscomo Berzeliusa acreditarque os organismosvir-os
ernÌncâpâzesdc sinietizáìos devido a uma foÌça mÌsteriosanelcsexisten
te. Era â chamâdaTeoÌja da ForçaVitât.
Em 1828,essateoÌia foi vioÌentâmentc âbalâdâ +Ìândo o quimìco alc-
maol-r'iedri.\ \Acl'lc'.aq, (. ,du(idndlode âmónio,tror o. ou un" re.rrao
"
químicâ,nâ quâÌessecompostoinor€ïà1ico sc h ânsformoucÌn u réia.A uÌéia
(sübstânciapÌesenie na ì.Ìrinâdos mamíeros), segundo âs idélas da épocâ,só
.Fridpn,LlJ,iJâ(tìor8. pú.-.üJo?-dfor..r'r.l. ' F r e d . Ì Wò h l e r l 1 3 0 0l 8 8 l l d j u d o u
r dcrubdÍ a Ìeo. à dr ForçàVital
o
NHlcNo 4' ct
H .N t rrt,

Nos ânosque sesegüirârìÌ,com o cles!'nvolvimcÌ1to.1oconceitodâ conser-


\'âção da eneÌgi4 pareciaÌÌao hâ\€r Ìììais Ìug.ìÍ p; ra a "forçâ \,ital". Em 11.160,
o
fraìcês lricÌÌe Eügà1eMarcelin Bethelot plÌbÌicou um Livlo, no quâ] mostÌou
que, a pârtiÌ dos eÌementoscâÌbono, hidrogòìio, oxigênb e njn-ogâ1io,bdas
asclâsscsde compostosoÌgânicoscorüecidos na épocapoderiâm ser sjntetizâ-
das.Assìm,a Teoriadâ FoÍça\4tal foi completamenteesquecida.

As bases da Química OÌgâniaa


Nessâmesmâépocà,Joseph-Louis Cav-Lussac, AndÌé Du
lean-BaptÈte
ÌÌas e Louis Iâcques Ìïénârd, nâ Fl.ìr1çâ,BeÌzeiius,na Suécìa,e o bâÌão
JustusvonLiebig,na AlemâÌüa, pÌeocupavamseem desenvoÌ\,eÌméiodos
pÌecisospam ânâlisârüm composto oÌgânico e deteÌminar quâis os ele-
mentosncle pÌesentese suâsproporções.
Essesexpefimentos pcrmitiÌam peÌcebef que exìsiiam compostos
conr propriedades diferentes,formâdos peÌos mesmos eÌementose r1âs
mesmâspÌopoÌções. Era o câso do áÌcooÌ etíÌÌco (CH.CH2OH) e do éter
dimetíÌico (CH3OCH'. Compostosnessasituaçãoforam chamadospor
Ê Ber/eliu-.em 1830. de isômeros.
Com base no conhecimentoque se acumulava,o alemão FÌiedÌich
Aügust KekuÌé e o escocêsAÌchibaÌd Scott Coüper propuseràm (1857)que
o carbono faz quairo ligações e pode ünír-se com outros cârbonos, forman-
do cadeias(1858).
Kekülé foi tâmbém o primeiro a sugerir a esirutura acejta atüaÌ-
mentepara obenzeno,a de umamoÌécüÌâ cícÌica.SegündoeÌe,essaidéia
r.eioem um sonllo:
Vireininha udeira paraa lareirae mchilei.Mdisuns ,ez osáto-
masàãnçaumemÍrenle a mhrL[...l cadeios long,]s, umdsìnaispúri t
A Ffiedr.h Áu8usÌKekLléi182918961 masqueoulras,ladas seí)irandoe retarcendoco a seÍossem mbms.De
e ucidou a estÌúluÌado henzeno,jmpots
tanrGsma sLbstância química. fepente,noteiqueuüa dascotuasÌnïia nordìdoa própríacaudat...1.
E11tão
leúãntÌidprcssadantenÍe e plsseia rcstnfituda fioifebabnlhtiltdo
nasco seqüênciastÌissa.
Os tÌabaÌhos do francês Louis Pasteur sobre a atividâde óptica da mjs-
tura dos ácidos (+)-târtárico e ( )-tartáúcopresentesna uva levârâm o
hoÌandêsJacobusHe icus van't Hofi e o francêsloseph-AchiÌÌeLe BeÌ a
E tentaÌ expÌic a assimetÌja moÌecuÌar, propondo a geometriâ tetmédrica
E Para o c;Lrbono,em 1874.
E âssimestavâconstÌuídoo aÌiceÌcesobÌeo qüal tocìaa QuímicâOrgâ a
J nica pôde desenvolver-se e, nasprimeiÌas décâdasdo sécüÌoXX, com umâ
melhor compreensão dos átomos e das ligações químicas, impulsìon se
no sentidode descobertas notá\'eisao longo dâqüeÌeséculo.Um conhecido
Á \'!alson,ì esqueÍda,è cf.k ào lado
exemploé o da eÌücidâçãodaestruturado DNA, realizadapelogeneticista I
de um modeo da moiéculàdeDNÂ.ulâ americanoJâmesWâtsone peÌo físicoinglêslrancis CÌicç em 1953,desco
bertâ que Ìhes vaÌeuo Prêmjo NobeÌ em 1962.

ffi
16. (AcâfeSC)Nà rcâção d pÌovo! a possÌbiÌidadê dê se sintetizaÌEm compos
NH2 tos oÍgânÌcos a partiÌ dc inoÌgânicos.
' /
NH'CNO !:^ O:C b) foi à pÌimeiÌa sínteseÌeaÌÌzada em ÌaboÌatono.
.) demonstrouque os composlosiônicosgeÌaÌÌ súbs
tâncjâsnoÌecularcsquandoaquecidos.
o produto foi pÌtpaíado en1ìaboÍâtóÍio, peÌa primeiÌa
d) seiÌâtà do priìneìÍo câsode equiìibÍio qdmico ho-
mogênèo descoberto.
e) pÌovoú qúe o saì de amônìo possui estrutara inteÌ-

c) Le BeÌ e van'tHoÍÍ.
ra. (IC V < -) A . -ub.r" n.rJ- uri d.' dbon. rú de,mô' ,n.
glcose/ácidonííico e ácidoâcéticotêú em comrm os

17. TFRCIì-RS)A sÍnteseda uóÌa a pdtìÌ de cianêtode d) H . O.


b)C eN .
\H | \O -:r!: r rr :- I íì\\Ï , .) N eO.
desenvoÌvìdapor WòhÌeÌ,em 1828,fol úm mârco na d)C eO.
hìstóÌia da QuíDica poÌquel e) H eC .
Comopensamoscientistas
EM CIENCIA, A CRIATIVIDADE E A AIìIE DE Longe .le ser um casoisoÌado,o sonho de Kekr é é
SOMAR dois mais dois e obtercinco.Ainstigante de- câracteÌísticode um tipo de processopsíqüico extÌ€mâ-
finição pertenceâo escr.itorhrintaro Artür KoestleÌ me'ntelrcqiiente na história da Ciênciâ.Prccedidâde Ìon-
(1905-1983), que investiSoucom rara suiiÌezâo pÌo- to e habaÌhosopc'ïíodo de ÌeÍÌexão,pontuado por ten
cessoda criaçãocientífica."Esseaparentepassede tahvase erros, â soÌuçãodo pÌobÌemamuitas vezes
máFcâ deriva do fato de que o todonão é memmente surge ao cientistânão como argumentaçãoracìonaÌ
â somadas paftes,mas uma expressãoda reÌâçàoen- extensa,mâs dc forma compacta,semeÌhantea um r
tre elas",explicouKoestÌer,plocurândo jüstificâÌ sua ràio,idôd,.pu.r,/u| | ..e5 \ i.lJrìbre- oc^Ír Fì e Ì
pÌol ocadorâar.itmética. AÌém dapodelosaferÌamen- geral nos contextosmâis inespeÍâdos.Todosconhe-
ta coÌÌsiitlúdapeÌo râciocínio,outrâ função psíquicâ ccm os exemplos do eurecàde Arquimedes ori dâ
Ío ,e.r.ìo-.ierli.ldcd \ l-.\ ê qr ê pêr,.1ilc
dlr ir r p, r-
r. pàrr .s.e ".rìSonJi- ReÍerimoiìo- , i ìfL \d^. O fÍsicoâlcmãoHermann von HeÌÌÌüoÌtz (1821
ExempÌo emblemático .ìo uso da intüição foi a 189.1)discorreu explicitãmentesobreo papeÌda jntui
cólebÌedescobertada esiruturamoÌecüÌardo benzeno ção em suâ própïia âtjvidade cieÌìtífica.Consagrado
peÌo químico âÌemãoFriedrichAugust Kekuló (1829- como um dos maiorescientistâs.ìetodos os tempos,
1896).Pâi fun.ìador da Quínica O€ânicâ, Kcküló sâ- grâçasà enunciaçãodo pÌìncípio.ìâ conservação.ìâ
b,.,qJe. noìF.ulr Jobcì7cno.,i í^ m,ìdàp,, ,e. e1(rqrd.Hclmhult, reconlê.eLqLê.u,J. prir. f.'r.
; átomos de carbono e seísátomos d€ hidrcgênio (CórL). realizâçõesnasceramde "ldéiâs felizes" qüe Ìhe sur
\,Íd-. oì..dr-oor e".e. (o nfoìpntp- e n r n .ìr .ìn o girãn sem eÌe mesÌno saberde onde. "Antes", aÍir
está\,el?EÌe mesmohavia descobertoque o átomo de mou, " erasempreplecisoque til esseestudadoexaus-
caÌbonoé capazde esiabeÌecer ÌigaçõessimpÌescom ti\.ânente o probìema,até o ponio de poder ituardar
j quatroáiomosquâisquer(tehavaÌência). Ao passoqüe namemórìâ todos os seus aspectos,iornândo mecâ
o hidrogênio estâbeÌec€ümâ única ligâçào simples paz d e examnráìos facilmeìt€,sem,rìotações".Quân
(monovaÌência). Fâzendoâscontâs,conchíÌa que,cnl .lo cle serccupeÌaYado cansaçocâusâdopetoesfo4o
todos os hidrocarbolletos(sübstânciãsfoÌmadas ex- intelectuâÌ,â solução afloravarepentìnamenteem sua
cìusivamentepor cârbonoe hidrogênio),o númerode conscìência.[... ]
è átomosde hidrogêniodeviâexcedero númcfo dc áto- Não exìstcmreceitasparâ a criati\.idade.Mas o
rÌ os de cârbono em duas vezes mâis dois - ulnâ regrâ que pârecedistingujÌ os indivíduos r€aÌmentecÌiati
o eÌementardesafiadapeÌo bênzeno.O quínico clcdi- vos ó suacapacidadede alternarcomgrand€nexibÌÌi
cou Ìongâsrefiexõesà ânálisedo problcÌìâ. ScÌì su- dãde os dois estados psíquicos mencionados por
cessoãpârente.Até qüe, em um sonho ocorrido no HelmÌìoÌtz:. aiençãoÍocâlìzâda,carâcterísticâ da ati-
êÌÌode 1865,viu uÌìâ cobraengohrdoopÌópriorabo. vidaderãcional,€ a aberturââo inüsitâdo,quc os toÌ-
Ao acordàr,tinhâ consigoa Ìespostãpôrã a pcÌgunta nâ Ìccepti"os aosÌampejosdâ intuição.
c:lì.Ìe
há tânto tempo o desàfiâr,à:bàstâ!à fechârâ câ-
deia de carbonos,compondo umâ estrutürâ enl for- I T.Àì:n ter s.dtú. ,4,u i!Ì, Àr,sii, Ldição€sF€.hl Cdios .LnCiéncia
St phPr Hal (nr]j,s..ì.,p. 2627
ma de aneÌ.A figurâ dà seryentedeu-lheà chà\'cpàÌâ
a soÌuçãodo enigma.
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H-azc-a-ll

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O n',ìi- intere-5.ìntee q're e.!,ì nÌ,ìge'n. pre\ d


mer'ÌiedesconhecidapeÌo cientista, é üm símboÌo
ântiqúíssimo, o UÌoboros, encontrâdo em diversâs tla
diçõesespirituais,incÌLìsi\.ea aÌquimia.Representaa
ì.,1.1dàdc.quc e un\r e ludo enEob.r lôr r..o .l
cobrâ muitas vezesapareceacompaÌìhadadâ ins.ri LTROIIOR( )S O simb, nft (lüílsimo,iprrer e em !ár d!
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