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Í N D I C E

pág.

I - INTRODUÇÃO ..................................................... 3

II - ADOLESCENCIA - DEFINIÇÃO E CONTEXTUAÇÃO ........................ 4

III - ASPECTOS SOCIAIS NA ADOLESCENCIA ............................... 13

3.1. Quais desafios enfrentam os adolescentes


brasileiros? ...................................... 14

3.1.1. Educação........................................... 14
3.1.2. Trabalho .......................................... 17

3.1.3. Renda familiar..................................... 18


3.1.4. Abandono........................................... 19
3.1.5. Mortalidade........................................ 20

3.1.6. Morbidade.......................................... 22
3.1.7. Drogadicção........................................ 23
3.1.8. Atividade Sexual e Nupcialidade.................... 23

3.1.9. Gravidez na Adolescéncia........................... 25


3.1.10.Lazer e Cultura.................................... 27

IV - SISTEMA HIERARQUIZADO DE SAÚDE PARA ATENÇÃO AO ADOLESECENTE .........


36

V - CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ADOLESCENTE ............................


37

5.1. Conceituação......................................... 37
5.2. Parâmetros de Crescimento e Desenvolvimento.......... 37

5.3. Fases da Adolescência................................ 39


5.4. Imagem Corporal...................................... 40
5.5. Relações Familiares.................................. 41

VI 42
- VULNERABILIDADE DO ADOLESCENTE ......................................
Pág.

VII - CONSIDERAÇÕES SOBRE SEXUALIDADE DO ADOLESCENTE ................. 44

VIII - ÁREAS CRÍTICAS – JUSTIFICATIVAS ................................ 49


8.1. Adolescência Normal e Suas Variações ...................... 49
8.2. Nutrição do Adolescente .................................. 49
8.3. Sexualidade .............................................. 49
8.4. Saúde Reprodutiva e DST/AIDS ............................. 50
8.5. Saúde Mental ............................................. 50
8.6. Saúde Oral ............................................... 50
8.7. Adolescente, Família e Sociedade ......................... 51
8.8. Saúde Escolar ............................................ 51
8.9. Deficiente Físico, Mental e Sensorial .................... 52
8.10. Adolescente - Cultura, Esporte, Lazer e trabalho ......... 52

IX - OBJETIVOS GERAIS .............................................. 53

X - OBJETIVOS ESPECIFICOS - METAS/ATIVIDADES ...................... 54

XI - CRONOGRAMA .................................................... 88

XII - BIBLIOGRAFIA .................................................. 89


3.

I - INTRODUÇÃO

Em cumprimento à Constituição da República Fede rativa do


Brasil, outorgada em 05 de outubro de 1988, Titulo VIII Da Ordem Social,
Capitulo II da Seguridade Social, Seção II da Saúde e Capitulo VII da
Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso, o Ministerio da Saúde
elabora um projeto para Atendimento Integral à Saúde do Adolescente.

Art. 198 - As ações e serviços públicos de saúde integram


uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes direteizes:

I - descentralizar, com direção única em cada esfera de


governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades


preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Capitulo VII - Família, da Criança, do Adoles cente e do


Idoso.

Art. 226 - Ê dever da família, da sociedade e do Estado,


assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e ã convivência familiax e
comunitário, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, e opressão.
5.

to e atenção ao adolescente pode ajuda-lo a canalizar a sua


energia para atividades saudaveis e integradoras. Neste senti do
inserem-se projetos, programas e serviços como meios de com
cretitar o fato social de promover o sinergismo para o
aproveitamento da incomensurável energia latente na adolescência
e juventude em geral.
As repercussões que tem tido nos jovens o
acelerado ritmo do progresso científico e tecnológico tem um traço
comum que é a distância entre a maturidade intelectual e a
maturidade afetiva e social. Em termos gerais são bastante
conhecidas as correlações entre condições de saneamento básico,
nutrição, promoção e implementação de ações de saúde e melhoria de
condições de crescimento e desenvolvimento como por exemplo aumento
da estatura, peso e amadurecimento pubertário, a saúde é um
equilíbrio dinâmico. Assim, no plano educacional modificações de
conteúdo programático do currículo escolar, melhoria no conteúdo e
inovações nas mensagens nos meios de comunicação de massa levam a
condições mais favoráveis para o desenvolvimento afetivo-
intelectual e da personalidade como um todo. Ocorre, entretanto,
que a maturidade social, no quanto ela reflete o e no
desenvolvimento da personalidade tem permanecido praticamente
inalterada. Isto quando não se apresenta com características
paulatinamente mais regressivas e infantis, quanto a determinação
de objetivos, meios de conquista-los e busca anciosa de satisfação
imediata, incluindo a população de adultos jovens. Assim
paradoxalmente os grandes avanços científicos e técnicos que
aceleram o desenvolvimento humano, não tem contribuído para a
constituição e estruturação de valores com maior sentido
humanístico e influenciado na compreensão e juizo crí tico dos
jovens. Esse segundo processo, o de modificações emocionais, requer
mais tempo e uma sociedade que seja capaz de satisfazer as
necessidades fundamentais dos adolescentes aqui particularizados, o
que projetos como este significam e na medida em que se
concretizem e estabeleçam serviços para essa po-
6.

pulação. Contudo o que muitas vezes, e não raramente observa mos,


apesar da consciência e esforços da sociedade, é que a
inadaptação social é vista como regra por parte do adolescente, é
inerente ao seu "ser". Por exemplo, com fregüência os
comportamentos delingüênciais juvenis que representam também
defeitos de estruturação e funcionamento social são vistos
unicamente como patologia individual. O mesmo acontece de maneira
semelhante, embora em área de outra natureza com o comportamento
ligado ao despertar da sexualidade genital do adolescente, com o
inerente conflito entre prazer e Culpa. É provável que os
impulsos dessa ordem, sejam tomados por um lado como indesejáveis
e impuros e, portanto, não recomendáveis e por outro lado, em
outro extremo, maliciosa e maldosamente utilizados para a
exploração do erostismo, sobretudo comercial, através dos meios
de comunicação de massa. É necessário pensar como é vivência da
em que nível, e com que qualidade a sexualidade em nossa cultura.
Enfim, sem que se questione o significado de civilização e o
sentido de civilizado em profundidade.
É necessária urna reflexão profunda se a
distancia entre a maturidade física e intelectual por um lado e
maturidade afetiva e social de outro, é circunstancial,
temporária e passageira, ou uma característica do mundo
contemporâneo. Isto implica a atual e significativa preocupação
com a adolescência e justifica projetos de caráter multisetorial
e multidisciplinar como o presente fundamentado no conceito de
saúde da Organização Mundial da Saúde - (citar) "Não tenho
referência para citar", que extrapola meramente a saúde física e
mental, e faz ver necessária uma articulação mais ampla para que
se te nha uma política para adolescência e juventude brasileira.
É da natureza da adolescência que os adolescentes
reajam contra a ignorância e os conflitos dos adultos, e isso tem
crescido a cada geração como característica deste século no mundo
todo, incluindo o Brasil. A atmosfera de incerte
7.

za e angústia sócio-económica e moral em que vivem muitos adultos


são inevitavelmente percebidas pelos adolescentes. E quando neles
são projetadas estas ansiedades, tentam fugir e isolar-se nas
"culturas juvenis" o que como em qualquer outra fase do
desenvolvimento é desfavorãvel, no sentido de não integrador.

Ao contrário do que se poderia ter como idéia


geral, que o adolescente é desapegado a sua família, o que se
encontra em seus depoimentos é que a maioria tem uma genuína
admiração, estima e amizade por seus pais, considerando-os,
independentemente da situação concreta de muitas vezes já não es
tarem juntos, mas tendo-os como as pessoas mais próximas que
possuem. Mas a família contemporânea de nosso país, se por um
lado pode estar muitas vezes em condições de desfrutar de coisas
no sentido material, não estão mais feliz por isso. Também ela
sofre as agruras do antagonismo entre a industrialização,
urbanização e avanço tecnológico e os valores básicos que não
chegam a se estabelecer, tendo apenas como constante a fugacidade
destes. A tendência ao alheamento às funções de trabalho, culto
religioso, comemorações de datas significativas ao grupo, cuidado
com seus membros enfermos, educação e aumento de separação e
divórcio dos casais, assim como as mudanças na moral sexual, são
sinais significativos das modificações pelas quais passa a
família hoje. Assim como, por outro lado, o aumento da aceitação
e incorporação social de famílias constituí das não
exclusivamente nos moldes tradicionais da sociedade e hoje também
reconhecidas e protegidas legalmente, e a modificação na maneira
de tratar a questão da paternidade e maternidade representam
mudanças em um sentido mais humano em sua natureza e menos
teórico e filosófico. Porém, é interessante observar que o tema
"estar juntos em família", provoca sempre muita repercussão e
seja tão popular justamente porque não exista o suficiente.
8.

Na família de hoje as pessoas sentem-se inseguras


do que representa sua família, de seus propósitos, metas, normas
e valores. Os pais nem sempre percebem suas relações turbulentas,
entre eles e com o ambiente. Sentem-se ameaçados,confessos,
deprimidos, sós e irritados. Confusos em seus papéis, não
diferenciam mais claramente as características essenciais entre
homem e mulher, diferenças que deveriam levar naturalmen te a uma
verdadeira união e complemento de um no outro. A luta por uma
posição de supremacia onipotente leva a solidão como
manifestações de uma frágil identidade. E aí tem-se uma questão
crucial - como o adolescente pode desprender-se de pais, adultos,
cuja própria identidade é vaga, contraditória e fragmentada? (.1) E
ainda, como pode a família exerce assim suas funções básicas de
continente dos aspectos mais regressivos de seus membros, de
delimitar seus problemas e buscar uma solução viável para eles?
Como se viabilizam famílias e relações emocionais essenciais no
seu interior, naquelas que são penalizadas por situações
econômicas e sociais extremamente desfavoráveis e traumáticas?
Deste conjunto de fatores decorre que a família vive uma
permanente ambivalência com relação aos adolescentes. Qual
atitude quanto a restrições, limites e liberdade, são questões
que geralmente refletem o exposto anteriormente.

Com relação ao adolescente e a escola, cabe


ressaltar que os adolescentes cada vez aceitam menos as normas
exclusivamente acadêmicas onde prevaleçam os testes de memória ou
produtividade relacionada a limites de tempo. Sem dúvi da que
protestam sem saber o que propor em substituição, não podem ainda
dirigirem-se a si mesmos; mas reivindicam serem tratados como
responsáveis para que possam ser. A escola deve oferecer aos
alunos a experiência da disciplina, mas através da sensibilidade
e do afeto sobrepujando a mera intelectualização abstrata, a
supremacia do ser sobre o fazer simplesmente mecânico. E cabe,
outra vez, com relação aos educadores pergun-
9.

tar se os temos efetivamente preparados, e quanto, para lidar com os


ciúmes que gera a liberdade dos adolescentes, sua juventude e beleza
próprios? Que educação sexual ministrar considerando a vida sexual dos
adultos e conflitos nesta área. O que fazer com a angústia, inveja e
culpa das experimentações acescíveis só aos adolescentes? O que fazer
com os impulsos de dirigir e manipular aos demais, com a necessidade de
conseguir com que os jovens obedeçam aos adultos? O que fazer dos
impulsos que levam a crença irracional que o adulto é suficientemen te
dotado para dizer ao adolescente o que devem ou não fazer?
Ai, que projetos de ação integral a adolescência
incluam a assistência a família e se constituam também em fóruns de
reflexão e debate para que pais e educadores- possam pensar e cumprir
suas tarefas com eficácia e se possível sem culpa.
No tocante ao trabalho e adolescência é possível dizer
que o turbilhão de fatos confusionantes para o adolescente são os
mesmos que o fazem ir pouco a pouco reconhecen do-se. E o
reconhecimento o leva a poder escolher sua vocação, a realizar-se
consigo próprio e integrando-se socialmente pelo trabalho. Vendo sua
produção valorizada e podendo assim sentir-se como elemento
indispensável de engrandecimento de sua comunidade. Desta forma
consegue a dignidade necessária para seu desenvolvimento torna-se
criativo e participante para contribuir com sua parcela na
responsabilidade de resolver os problemas sociais, políticos e
econômicos da nação, sua nação. Desenvolver suas potencialidades
artísticas, ideológicas e religiosas. Desprender-se de sua
individualidade e entregar-se livre, à causa comum. Envelhecer e morrer
sem medo, seguro de pertencer a um todo que o envolve, que o sobrepuja
e que o faz transcender. Não desaparece, realiza-se, em sua plenitude.
Assim dito, estas postulações ideais e desejáveis aos jovens e ao ser
humano, podem e tem na maioria das vezes o cunho literá-
10.

rio. Em grande parte as ocorrências são distintas, nem sempre


favorecedoras para que se cumpram os desígnios mais elevados.

O jovem em seu caminho se defronta com fatos que


o fazem titubear, que massacram seu idealismo, que o tornam
amargo até o desistir de viver. Fica condicionado a
sobrevivência, a luta mesquinha e violenta de conseguir a comida
diária. A sua realização, restringe-se lamentavelmente à
alienação de manter-se em suas fantasias infantis, grandiosas,
onipotentes.

Permanece e involui, ignorante, ao encontrar uma


situação de fome, numa economia pedratória, onde o que interessa
é valorização, é muitas vezes o lucro infame, obtido através de
estruturas que manipulam e corrompem. Assim torna-se melancólico
o adolescente. Chega a revoltar-se inicialmente, para ir
paulatinamente cedendo às imposições e ir ele próprio vestindo a
máscara da morte que se lhe apresenta. Passa a achar que ser
explorado é o caminho, perde as diretrizes, desorganiza-se e
assume a máscara agora colorida que encobre o horror do geral,
foge - identifica-se com o explorador. Argumenta que fazer o que
quer é luxo, que trabalhar muito o impede de enriquecer, passa a
fantasiar o "negócio", "cargo", "função" que o ajeitará para o
resto da vida. Perde o sentido de construção, permanece e
progride em seu egoísmo infantil, sem condições de poder sequer
ter noção do social, de cidadão. É não raras vezes
impossibilitado de situar-se livre e positivamente no sistema
econômico, sem que tenha chance alguma de saber que salário é
recompensa social por definição do principio. Sem chegar a
compreender que uma sociedade possa através do trabalho e da
economia, organizar-se, desenvolver-se.

Atualmente nos centros industrializados a


diversificação de possibilidades para atividades especializadas é
tal que o jovem é obrigado a "escolher" uma carreira, ou "deci-
11.

dir-se" vocacionalmente quando nem ele sabe quem é. E quando


precariamente dirige-se para alguma alternativa, o mercado a
presenta uma mobilidade tal que lhe tira qualquer possibilidé de
de reconhecer o que ocorre com o sistema sócio-político-
econômico. Permanente só os antivalores, a exploração de sua
força, de condições primárias de trabalho e salários aviltantes.
Uma violência tamanha, que atingindo a família faz com que a
mesma se desestruture, e o jovem que se vê diante da premência de
entregar o seu salário miserável para o sustento de quem ama e vê
passando fome. Não raras vezes, com 12, 14 anos, é responsável
pela renda familiar total. Competem hoje, progressivamente, com
seus pais em busca de emprego, são adultizados dessa forma,
quando necessitam ainda de proteção, segurança e figusas
positivas com quem identificar-se.

No meio rural, essa descaracterização é grande,


diante da falta de perspectiva em seu ambiente de origem,
impedidos de ver e ter dignidade no campo, no trabalho com a
terra, com os animais e as plantas. Rompem-se os elos com a
natureza, e infantilmente sonham com a cidade grande, com a
"profissionalização" e a "especialização". Chegam a envergonhar-
se de sua origem, família, sobretudo os pais vistos como fracos e
sem fibra, porque os vêem trabalhar explorados em solo alheio.

As leis de proteção ao trabalho, em especial a do


menor, mesmo quando bem definidas e adequadas aos princípios de
desenvolvimento do jovem quanto a sua fisiologia, psicologia,
necessidade de segurança, salubridade, moralidade, de
senvolvimento intelectual e cultural, num movimento tautológico
que se impõe e não são praticadas. Isto é, os mesmos adultos que
as elaboram não a praticam por impossibilidade. Estão
enfraquecidos e impotentes por forças antagônicas do mesmo sistema
que lhes pertence. É quase uma falência que os desarticula. As
disposições legais na prática, transformam-se em metáforas
insolentes, pois o dinheiro, o tráfico de influência e o
12.

oportunismo ganham espaço progressivo. As jornadas de trabalho então não


são respeitadas. O econômico se impõe sobre o humano, havendo inclusive
possibilidades legais de não se compatibilizarem jornada de trabalho com
as educacionais, de se abrirem certas permissões para o exercício de
atividades proibidas a menores quando "seja necessária a sua
subsistência, de seus pais, avós ou irmãos (CLT, artigos 405 e 406).

E assim o jovem obrigado a perguntar-se - ter prazer no


trabalho como? Inscrir-se e valorizar-se no social, pelo trabalho como? Se
aquilo mesmo que produz é descaracterizado, quando não destruído? Sendo
assim que encontra trabalho, quando encontra.

/bs..
13.

III - ASPECTOS SOCIAIS NA ADOLESCENCIA

Albertina Duarte Takiuti


Maria do Carmo de Sant'Ana

Luis Vitório S. Consolino


Nilson Villas Bôas

As populações jovens de modo geral têm sido


impedidas de participar ativamente na construção da sociedade dos
seus sonhos, do mesmo modo essas mesmas populações jovens sempre
foram ameaçadas e prejudicadas, através dos tempos.

A história é plena de exemplos: a população


indígena, no século XVI, chegava a quase 5 milhões, hoje temos no
Brasil aproximadamente 220.000 índios; milhares e milhares de
crianças e jovens índios foram exterminados pelos colonizadores,
banseirantes e grandes proprietários. Quantos jovens africanos
teriam sido arrancados de seu Continente e de suas tribos onde eram
livres e iguais para se tornarem escravos em terras estranhas?
Quantos jovens imigrantes e migrantes teriam saído de sua terra
natal sonhando com uma nova vida e perderam a identidade e suas
raízes? Quantos jovens morreram ou perderam seus entes queridos nas
pelo menos 15.000 guerras e conflitos desde a Idade Antiga até a
nossa Idade Contemporânea sem saberem porque?

Cinco mil anos de história, cinco mil anos sem que


grande parte das populações jovens pudesse, com tranquilidade,
"fantasiar, correr, pular, cantar, viver", sem "transformar seus
sonhos em realidade". (Dalva, 17 anos, e Ana Lúcia, 15 anos).

A Organização das Nações Unidas - ONU - calculou


que, em 1980, havia no mundo 939 milhões de adolescentes
14.

(10 a 19 anos) e as estimativas para virada do século são de que a cifra


passará para 1.147 bilhão. Na América Latina, em 1960, e população total
de jovens (15 a 24 anos) era cerca de 39 milhões, 73 milhões, em 1980, e a
estimativa para o ano 2000 é de 107 milhões. No Brasil, em 1980,
aproximadamente 1/4 da população tinha de 10 a 19 anos de idade, ou seja,
26.827.325 adolescentes, 49,5% do sexo masculino e 50,5% do sexo feminino.

Em grande parte das sociedades os adolescentes


c o n s t i t u e m u m d o s g r u p o s mais sensíveis aos graves problemas do mundo
atual: fome, miséria, desnutrição, doenças, falta de moradia e de
saneamento, desemprego, baixos salários, analfabetismo, falta de escolas,
evasão escolar, violência, abandono, prostituição, tóxicos, desintegração
familiar, deterioração do meio ambiente, guerras, ameaça de uma catástrofe
nuclear. Tudo isso somado à falta da participação e à ausência de
atendimentos específicos a essa população ameaçam sua própria
sobrevivência, sua formação e sua perspectiva de futuro.

Hoje o número de adolescentes brasileiros é de


28.581.876, 23,4% da população total, (Anuário Estatístico do BR- 1986),
sendo eles em maior número na Região Sudeste....... (11.875.069),
Nordeste(9.261.467), Sul (4.383.593), C e n t r o- - Oeste (2.098.951) e Norte
(962.796).

3.1. Quais Desafios Enfrentam os Adolescentes Brasileiros?

3 . 1 . 1 . Educação

Nos grandes centros urbanos e no campo, nossos


adolescentes (e nossas crianças) nem sempre recebem orientação na família,
nem formação escolar o que os leva a serem pressionados entre 2 pólos
pouco condizentes á sua preparação para o
15.

futuro, ou seja, a necessidade de sobrevivência faz com que o adolescente se


transforme num trabalhador muitas vezes aos 10 anos, tendo que deixar a
escola, ou num menor infrator, ainda mais cedo.

Pela Legislação Escolar Brasileira em vigor, o ensino é


obrigatório nas 8 séries que compõem o 1º grau; pela Legislação Trabalhista
o trabalho é permitido aos maiores de 14 anos ou aos que possuem 12 anos
completos, mediante autorização judicial, em contradição com as convenções
da Organização Internacional do Trabalho, das quais o Brasil é signatário e
que recomendam a entrada do menor no mercado de trabalho pelo menos aos 15
anos. O que constatamos, no entanto, é uma realidade onde o Sistema Escolar
não está podendo competir com o dia-a-dia de sua pretensa clientela e com as
necessidades dos adolescentes que, em grande número, já não tem tempo e/ou
motivação para atividades escolares a partir dos 10 anos. Prova disso são as
metodologias de pesquisas domiciliares sobre mão-de-obra que, para apurarem
com precisão as condições do mercado de trabalho, tiveram de incluir na
população economicamente ativa menores a partir do limite de 10 anos.

Dados do Ministério da Educação indicam que há atualmente


no Brasil mais de 30 milhões de analfabetos (em 1980 mais de 5 milhões de
adolescentes), 8 milhões de crianças que nunca estiveram na escola ou dela
saíram sem concluir seus cursos e que 30 milhões de brasileiros não
compreendem o que lêem (inclusive escolares e ex-escolares).

BRASIL/1986

- 58,6% dos adolescentes de 10 a 17 anos estudam;


– 48,5% trabalham;
– 12,3% estudam e trabalham;
16.

– 8% se ocupam de atividades domésticas;


– 3% não realizam atividades.

De 1981 a 1986, a taxa de escolarização de 7 a 14 anos


cresceu. No entanto verifica-se que ainda existe uma forte diferenciação
entre os domicílios urbanos e rurais; a taxa de escolarização da população
rural é de 70%, enquanto da população urbana é de 88,1%. Observa-se que a
taxa de escolarização atinge seu valor máximo aos 10 anos, 88,9%; em
seguida começa a cair lentamente e se acentua a partir dos 14 anos.

Quando comparadas as taxas de analfabetismo do grupo de


7 a 14 anos, no período de 81-87, constata-se um aumento do percentual de
analfabetos: 33,8% em 1986 e 31,7% em 1981.

Na área rural a taxa de analfabetismo atinge 47,9%.

Em 1986, 4.000.000 de adolescentes não haviam


freqüentado a escola.

A idade e a série freqüentada mostram a queda de


adequação entre idade e série. Aos 14 anos, por exemplo, somente 9,6% estão
na série adequada.

Os pontos de estrangulamento são observados já no início


do processo de escolarização.

A distorção idade/série não é só uma conseqüência da


situação educacional brasileira, mas um reflexo das precárias condições
econômicas e sociais em que se encontra parte da população.

Tais condições repercutem na capacidade de apren-


17.

dizagem das crianças e adolescentes, pertencentes às classes menos


favorecidas, o que resulta em altas taxas de repetência e evasão.

3.1.2. Trabalho

Os adolescentes, cada vez mais, são obrigados a


abandonar sua formação educacional para ingressarem no mercado de trabalho
(10.829.901 adolescentes fazem parte da população economicamente ativa),
para auxiliarem a renda familiar, para se autosustentarem, para assumirem
chefias de família em caso de invalidez dos pais ou orfandade (320.000
adolescentes eram chefes de família, em 1985), ou por terem constituído
família muito cedo.

Em 1986 1/3 da população de 10 a 17 anos já trabalhava,


destes 42% trabalhavam na agricultura.

1986 10/14 anos 15/17 anos


54,2 - atividade agrícola 35,5 - atividade agrícola
20,5 - serviços 20,8 - serviços
10,5 - indústria 17,4 - indústria
6,4 - comércio 11,6 - comércio
1,9 - construção civil 5,3 - construção civil
10,5 - outros 9,5 - outros

Os adolescentes, no Brasil, ingressam no mercado de


trabalho enfrentando várias dificuldades como a falta de experiência
anterior, as jornadas tão extensas quanto as de um adulto, recebendo mais
baixa remuneração, as atividades impróprias à sua idade, sendo muitas vezes
vitimas de doenças do trabalho e/ou acidentes (a lei sobre Acidentes do
Trabalho não cita o menor); são comuns os casos de adolescentes que
trabalham sem nenhuma garantia da Legislação Trabalhista no mercado
informal. Esforços físicos em máquinas inadequadas à sua estrutu-
18.

ra física e as necessidades próprias dessa fase de desenvolvimento


demandam alimentação adequada que muitas vezes não podem ter.

É importante salientar que parte significativa de


adolescentes assume o papel de dona-de-casa, tendo de lavar, passar,
arrumar, cozinhar, tomar conta de irmãos menores, substituindo a mãe
que sai para trabalhar e contribuir para a melhoria da renda
familiar.

Em 1986, do total dos adolescentes de 10 a 17 anos,


8% se ocupavam de afazeres domésticos; sendo que para a faixa de 15 a
17 anos, este percentual aumenta para 11,2% e para a de 10 a 14
diminui para 6,2%.

3.1.3. Renda Familiar

Uma variável importante que se relaciona com a


situação do trabalho e freqüência escolar é indiscutivelmente a renda
familiar.

Em 1986, para as famílias cuja renda era menor que


1/4 do salário mínimo per capita, 52,9% estudavam.

Para famílias cuja renda era maior que 2 salários


mínimos per capita, a porcentagem de crianças e adolescentes que
estudam atinge a 78,5%.

A estratégia de sobrevivência relaciona-se com a


inserção no mercado de trabalho. Quem mais trabalha na família são os
chefes, os filhos com mais de 18 anos, 78,2%, depois os filhos de 15
a 17 anos, 51,8%, e os filhos de 10 a 14 anos, 18,4%.
19.

Distribuição de renda familiar per capita em 1980

Renda per capita familiar Nº de famílias em


com salário mínimo menor % de família milhões
que 1/4 17,7% 4.425
1/4 a 1/2 23,2% 5.801
1/2 a 1 25,5% 6.376
1 a 2 17,4% 4.350
maior que 2 16,2% 4.050
TOTAL 100,0% 25.005

Uma em cada cinco famílias brasileiras vivia, em 1980,


em estado de pobreza absoluta, tinha renda menor que 1/4 do salário mínimo.
Nas cidades 40% dessas famílias eram fortemente atingidas pelo desemprego e
milhares delas lançaram mão do trabalho das crianças, adolescentes e jovens
nas ruas para sobreviver.

Das 25 milhões de famílias existentes em 1980, 18%


viviam em estado de miserabilidade das quais 1,6 milhão residiam nas
cidades.

3.1.4. Abandono

Grande número de adolescentes sobrevive miseravelmente e


marginali-ados, excluídos das estatísticas de educação e do mercado de
trabalho, restando-lhes serem computados nas estatísticas de Segurança
Pública. Em 1985, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o menor revelou
a existência de 13.542.508 menores carentes no Brasil, número que se refere
a miséria extrema e ao abandono total. Os indicadores sócio-econômicos,
principalmente o que fixa em até 2 salários mínimos o rendimento mensal de
2/3 da população assalariada, autorizaram a mesma Comissão a estender aquele
número acerca de 25 milhões.

As estimaticas da FUNABEM revelam números preo-


20.

cupantes sobre a situação dos menores brasileiros, em 1985, apontando que


de cada 10 brasileiros, de 0 a 19 anos, 06 são carentes e 01 é abandonado.

Os dados abaixo exigem reflexão:

0-19 anos 63 milhões 47% da população


Menores carentes 36 milhões 57% dos menores
Menores abandonados 7 milhões 20% dos menores carentes
Menores internados na FUNABEM 427 mil 6% dos menores abandonados
Menores infratores sob a
guarda da FUNABEM 14 mil 3% dos atendidos pela FUNABEM

Para muitos estes números são alarmantes, não exatos,


mas para todos a situação dos menores é grave e se hoje não há números
exatos dos
"meninos e meninas de rua", descobrir porque ali estão é mais fácil.
Crianças e adolescentes que procuram as calçadas e as praças são hoje uma
imagem do nosso c e n á r i o nacional.
Dados de 1982, referentes à Justiça e Segurança, nos
mostram que, dentre os 36.166 presos condenados no Brasil, 13.045 deles
tinham entre 18 e 25 anos. Em 1985, verificamos 9.055 adolescentes
brasileiros menores de 18 anos conduzindo veículos envolvidos em
acidentes de trânsito com vítimas, 4.324 jovens entre 15 e 24 anos vítimas
fatais em acidentes de trânsito e 90.427 vítimas não fatais.

Em 1985, foram registrados 90 suicídios em adolescentes


menores de 15 anos e 1.061 entre jovens de 15 e 24 anos.

3.1.5. Mortalidade

A primeira causa de morte dos adolescentes, no


21.

Brasil, são as causas externas (39,7 por 100 mil habitantes), ou seja, aquelas
possíveis de serem evitadas, como acidentes de trânsito e de trabalho (74,7 por
100.000), atropelamentos, homicídios, suicídios e afogamentos (28,2 por
100.000); seguida pelas causas mal definidas (11,4), enfermidades do aparelho
circulatório (5,5), enfermidades infecciosas e parasitárias (5,1) e neoplasma
(4,8).

Mortalidade de adolescentes (10-19 anos) residentes em algumas Capitais de


Estados do Brasil, segundo causa (Capítulos da CID) e ano da ocorrência.
Coeficientes por 100.000 habitantes de 10-19 anos

C A U S A S
A
LOCAL DE D.INFEC. D.SIST. AFECÇÕES TODAS TODAS
N CAUSAS D. AP D. AP
RESID. NEOPLASMA PARASITA NERVOSO MAL AS AS
O EXT. CIRCULAT. RESPIRAT.
RIAS ORG.SENT. DEFINIDAS OUTRAS CAUSAS

GOIANIA 77 53.2 8.6 6.8 3.3 8.0 6.0 8.6 9.4 103.1
80 54.5 7.5 8.6 5.7 6.9 5.7 9.8 5.7 104.4
85 51.6 5.6 7.9 2.8 1.4 4.2 7.5 5.2 86.4
B. HORIZ. 77 72.4 11.6 9.5 6.6 12.2 6.6 8.3 15.2 142.8
80 61.0 11.1 10.4 6.3 6.6 5.7 10.4 16.8 126.3
85 49.2 8.2 8.8 9.7 3.2 5.9 6.2 10.6 101.0
VITÓRIA 77 - - - - - - - - -
80 66.3 - 8.0 - - 5.3 5.3 13.2 98.1
85 64.9 10.0 7.5 - 2.5 10.0 2.5 12.5 109.9
RJ(Capital) 77 56.6 7.4 6.9 6.5 4.6 5.7 7.0 10.5 105.2
80 66.9 7.0 7.7 5.2 3.4 5.8 6.5 8.5 110.9
85 72.3 6.5 5.2 6.2 1.9 3.6 7.1 6.7 109.5
SP(Capital) 77 52.1 8.1 8.5 7.6 4.7 4.3 1.9 9.8 97.0
80 72.1 7.2 8.8 8.8 4.1 4.5 2.3 9.6 117.4
85 109.5 4.8 7.0 6.4 2.6 5.2 1.4 7.1 144.0
CURITIBA 77 64.6 12.4 10.1 12.4 4.1 5.9 3.6 12.5 125.6
80 72.0 8.2 10.4 3.3 6.0 6.0 1.6 9.2 116.7
85 55.9 4.8 8.2 1.9 2.4 8.2 1.0 7.7 90.1
FLORIANOPOLIS 77 17.4 2.9 2.9 5.8 14.5 - 11.6 14.3 69.4
80 45.9 2.9 - 11.6 2.9 2.9 2.9 - 68.9
85 48.2 2.8 2.8 14.2 8.5 - - 2.9 79.4
PORTO ALEGRE 77 48.6 5.5 5.9 8.9 3.0 6.4 4.0 11.4 93.7
80 47.5 6.2 6.7 6.7 3.8 5.8 1.4 5.9 84.0
85 44.5 3.5 7.0 3.0 3.0 4.0 1.0 4.0 70.0
Para 1977 os dados se referem ao total de óbitos dos antigos Estados da Guanabara
(capital) e Rio de Janeiro (Interior)
22.

Sabe-se que, nas principais capitais, os índices de


violência têm crescido assustadoramente e que o homicídio lidera as
estatísticas. Nestas duas últimas décadas atingiu aumento de 1.000%
e é o adolescente do sexo masculino o mais acometido.

Trata-se de problema pouco estudado e as respostas


mais adequadas estão ainda por conhecer. Mas, se de fato quisermos
progredir na direção de diminuir as mortes por causas violentas, é
preciso no mínimo conhecer melhor as características da mortalidade
do jovem e começar a inquirir sobre: por que o adolescente é um ser
especialmente vulnerável à violência.

As enfermidades infecciosas e parasitárias, as


causas mal definidas e as complicações de gravidez, parto e
puerpério, que aparecem entre as 10 principais causas de
mortalidade, refletem as más condições de saúde em que os
adolescentes se encontram e a precária assistência médica que
recebem.

3.1.6. Morbidade

Os registros estatísticos sobre a morbidade de


adolescentes brasileiros não são precisos, no entanto a maioria dos
adolescentes buscam os serviços com queixas não definidas, muitas
das quais englobando uma problemática emocional.

Observamos problemas de crescimento e


desenvolvimento, anemias, doenças infecciosas e parasitárias,
problemas ginegológicos, gestação, problemas oftalmológicos,
ortopédicos (ver tabelas anexas).

Em relação a AIDS, verificamos até abril de 89, 47 casos


na faixa de 10 a 14 anos, sendo 42 do sexo masculino e 3 do sexo feminino e
168 casos na faixa de 15 a 19 anos, sen-
23.

do 142 casos do sexo masculino e 26 do sexo feminino. Não dispomos de


dados sobre as formas de transmissão.

As tabelas apresentadas nas páginas 27, 28, 29, 30 e


31, mostram quanto ainda é limitado o diagnóstico de morbidade no Brasil.

3.1.7. Drogadicção

No Brasil, existem pouquíssimos estudos sobre o uso de


drogas entre os adolescentes.

Um trabalho da Faculdade Paulista de Medicina sobre “o


consumo de solventes e outras drogas em crianças e adolescentes de baixa
renda” em 10 capitais demonstra que as três drogas mais usadas eram os
solventes (lança perfume, loló, esmalte), os ansiolíticos e as
anfetaminas, sugerindo uma homogeneidade na população estudantil. O início
do uso deu-se através dos solventes, entre os 10 e 12 anos.

O uso de drogas estava positivamente associado aos


estudantes que trabalhavam, que possuíam pais separados ou falecidos e se
encontravam defasados nos estudos três ou mais anos.

3.1.8. Atividade Sexual e Nupcialidade

Segundo a Pesquisa Nacional sobre Saúde Materno Infantil


e Planejamento Familiar, de 1986, 6% das adolescentes de 15 a 19 anos
declararam que já haviam tido relações sexuais, o que pode ser considerado
um percentual baixo. .No entanto, quando se investigaram mulheres de 20 a
24 anos sobre seu comportamento sexual na adolescência, verificou-se que
50% delas haviam tido relações sexuais antes dos 20 anos e 60% dessas
relações ocorreram antes do casamento.
24.

PORCENTAGEM DE MULHERES DE 20-24 ANOS DE IDADE QUE TINHAM TIDO


RELAÇÕES SEXUAIS ANTES DE COMPLETAR CADA ANO DE SUA ADOLESCÊNCIA,
POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO

Fonte: The Alan Guttmacher Institute. Adolescentes de Hoje, Pais de


Amanhã: Brasil, 1989.
De 1970 para 1980, houve um aumento no número de
casamentos ou união consensual entre as adolescentes, de 12,7% para
15%, entre as mulheres de 15 a 19 anos.

Em 1980, 9,4% dos adolescentes já eram casados.

Em 1985, dos 952.294 casamentos registrados, 36


homens tinham menos de 15 anos e 71.752 tinham de 15 a 19 anos de
idade; quanto às mulheres, 6.839 tinham menos de 15 anos e 314.611
de 15 a 19 anos de idade.

Em 1988, 23% das jovens de 15 a 17 anos com menos


de 4 anos de escolaridade se casaram, enquanto as que tiveram 7 anos
ou mais de estudos atingiram o percentual de 5%. En-
25.

tre adolescentes de 18 a 19 anos, 44% com menor escolaridade e


13% das com maior escolaridade se casaram.

3.1.9. Gravidez na Adolescência

Segundo a Organização Mundial de Saúde,


adolescentes de 15 a 19 anos tornam-se mães, anualmente, de 13
milhões de crianças. No Brasil, o nível de fecundidade de
mulheres jovens até 19 anos aumentou entre 1970 e 1980;
incremento notável nas adolescentes menores de 15 anos, embora
tenhamos conhecimento sobre a queda que a fecundidade vem
manifestando no total das mulheres.

Em 1970, 6,5% das adolescentes das áreas urbanas


e 10% das áreas rurais haviam dado à luz. Em 1986, essas
proporções haviam aumentado para 9,6% e 13%, respectivamente. Em
1976, 30% de todos os nascimentos de filhos de mães adolescentes
ocorreram entre os 17 e menos anos de idade, enquanto que, em
1984, essa faixa etária era responsável por 36%.

Em 1986, a taxa de fecundidade na adolescência


era de 81 por 1.000 mulheres de 15 a 19 anos, sendo de 74 por
1.000 nas áreas urbanas e 102 por 1.000 nas rurais.

Ressalte-se a relação nível de escolaridade e


taxa de fecundidade entre as adolescentes que possuíam três ou
quatro anos de escolaridade a taxa era 175 por 1.000, enquanto
entre as que possuíam o 1º grau completo era 49 por mil.

Em relação às adolescentes menores de 15 anos,


técnicas de mensuração indicam que, em 1970, a fecundidade já era
estatisticamente significativa aos 12 anos. Dados do Registro
Civil acusam uma freqüência anual de aproximadamente 5 mil
nascimentos vivos, filhos de mães menores de 15 anos, valendo
ressaltar que o Registro Civil tem uma omissão da ordem de 35%.
26.

Quanto à questão da mortalidade materna, as


estatísticas apontam um declínio no decorrer deste século, no
entanto, seus níveis ainda são considerados muito elevados nos
países do terceiro mundo, as taxas situam-se entre 100 e 300 óbitos
maternos por 100 mil nascidos vivos, enquanto nos países
desenvolvidos são da ordem de 7 a 15 óbitos por 100 mil nascidos
vivos.

No Brasil, em 1980, ocorreram 150 mortes maternas


por 100 mil, o que em números absolutos são 5.000 mulheres que
perdem a vida anualmente por complicações na gravidez, no parto e
puerpério.

Estas complicações estão entre as 10 principais


causas de óbito do adolescente brasileiro, sendo a 6ª causa nas
adolescentes, de 15 a 19 anos, ou seja, 4,2 óbitos por 100 mil
habitantes, juntamente com as doenças do aparelho respiratório.

Em 1986, a taxa total de mortalidade infantil, no


Brasil, era 86 mortes por 1.000 nascidos vivos e entre as mães
adolescentes era de 103 por 1.000, enquanto que na faixa de 20 a 24
anos, a taxa 77 por 1.000.

E m r e l a ç ã o à anticoncepção, pesquisas nos mostram


que 55% das adolescentes solteiras e sexualmente ativas, do Brasil,
nunca haviam usado nenhum método anticoncepcional; número que sobe
para 79% nas áreas rurais. Entre as casadas, 48% praticam
anticoncepção.

As adolescentes engravidam por falta de informações


e desconhecimento dos métodos anticoncepcionais. É preciso entender
que a adolescente não pode assumir sozinha o risco social de uma
gravidez não planejada.
27.

3.1.10. Lazer e Cultura

Infelizmente não pudemos encontrar dados sobre quantos


adolescentes freqüentam museus, bibliotecas, cinemas, teatros, centros
culturais e desportivos, nem quantos viajam de férias, vão a praias, fazer
turismo. Quantos têm privilégio?

SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE SUDS/SP – PROGRAMA DE


ATENDIMENTO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

10.971 ADOLESCENTES INSCRITOS – 1986 – 88


Diagnósticos Gerais

Problemas de crescimento/desenvolvimento ............................... 18.0

Problemas nutricionais ................................................. 12.0


Anemia ................................................................. 10.0
Verminose .............................................................. 23.0

Problemas oftalmológicos ............................................... 7.0


Problemas ortopédicos .................................................. 3.0
Problemas familiares ................................................... 35.0

Problemas psicológicos ................................................. 35.0


Problemas escolares .................................................... 30.0
Acidentes de trabalho .................................................. 5.0

Orientações vocacionais ................................................ 15.0


Drogadição ............................................................. 7.0
Problemas sociais ...................................................... 70.0

Falta de acesso a atividades esportivas, culturais e artísticas ........ 85.0


28.

SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE SUDS/SP – PROGRAMA DE


ATENDIMENTO INTEGRAL A SAÚDE DO ADOLESCENTE

10.971 ADOLESCENTES INSCRITOS – 1986 – 88


PRINCIPAIS QUEIXAS PSICOLÓGICAS

Motivo de consulta (feminino) Motivo de consulta


(masculino)
Gravidez ...............................
44.7 Dificuldades escolares ...........
40.0
Suspeita de gravidez ...................
20.3 Drogas ...........................
18.0
Consulta médica ........................
8.9 Agressividade ....................
14.0
Problemas familiares ...................
8.5 Distúrbios psiquiátricos .........
11.0
Depressão ..............................
3.6 Problemas familiares .............
7.0
Problemas psicossomáticos ..............
2.8 Consulta médica ..................
4.0
Doença mental ..........................
2.4 Problemas neurológicos ...........
3.0
Estupro ................................
2.4 Doença mental ....................
3.0
Nervosismo .............................
2.0
Curiosidade ............................
1.6
Dificuldades escolares .................
1.2
Tentativa de suicídio ..................
1.2
29.

INSTITUTO DA CRIANÇA – AMBULATÓRIO DE ADOLESCENTES


HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

TIPOS DE PROBLEMAS DE SAÚDE DIAGNOSTICADOS EM 112 PACIENTES


1974 – 76

Vacinação ..........................................................
80 80,8%
Menstruação ........................................................
24 66,7%
Psicossocial .......................................................
74 66,1%
Alimentação ........................................................
69 65,9%
Parasitose intestinal ..............................................
72 64,9%
Odontológico .......................................................
54 48,6%
Oftalmológico ......................................................
53 47,3%
Genital ............................................................
40 35,7%
Dermatológico ......................................................
38 33,9%
Crescimento estatural ..............................................
28 25,0%
Digestivo ..........................................................
28 25,0%
Nutricional ........................................................
23 20,5%
Vias aéreas superiores e médias ................................ 21 18,7%
Osteoasticulares – ortopédicos .....................................
21 18,7%
Vias aéreas inferiores .............................................
14 12,5%
Sistema nervoso ....................................................
14 12,5%
Cardiovasculares ...................................................
14 12,5%
Urinários ..........................................................
10 8,9%
Outros .............................................................
31 27,7%

Fonte: Colli, A e Colaboradores.


30.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ATENDIMENTO CLÍNICO AO ADOLESCENTE


FREQÜÊNCIA DE DIAGNÓSTICOS PRIMÁRIOS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
1976 – 78

DOENÇAS NÚMERO (%) % DO TOTAL


Trato Parasitoses 30 (34,5%)
gastrointestinal
Outras 50 (65,5%)
Total 87 19,1%
Doença Renal Glomerulonefrite
Aguda 26 (45,6%)
Outras 31 (54,3%)
Total 57 12,5%
Doença do colágeno Febre reumática 39 (75%)
Lupus eritematoso
Sistêmico 11 (21%)
Outras 2 ( 4%)
Total 52 11,4%

Obs.: A freqüência de doenças parasitárias do trato gastrointestinal


como diagnóstico secundário foi de 91,2%.

Fonte: Rusany, M.H.; Messias; J.A.S.; Eisenstein, E.; Succi, E.;


Landmann, J.
O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS(*) ENTRE ESTUDANTES DO 2º GRAU DA
REDE ESTADUAL – 1987

FONTE: Escola Paulista de Medicina


• À exceção de álcool e tabaco
31.
USO DE DROGAS, SEGUNDO O SEXO, EM ESTUDANTES SECUNDÁRIOS DA
REDE ESTADUAL — 1987

FONTE: Escola Paulista de Medicina


32.
VARIÁVEIS SOCIAIS E USO DE DROGAS EM ESTUDANTES SECUNDÁRIOS DA REDE ESTADUAL
— 1987 —

FONTE: Escola Paulista de Medicina


(a)P 0,05 pelo Teste do Qui-Quadrado
(b) Uso de qualquer psicotrópico pesquisado, pelo menos uma vez na vida, à excreção de álcool e tabaco.
(c) Nestes casos, detectou-se uma maior porcentagem de usuários, mas sem significância estatística.
33.
34.

QUEIXAS DE 273 ADOLESCENTES AGRUPADOS POR APARELHOS

NÚMERO DE QUEIXAS POR ADOLESCENTES


QUEIXAS DE 273 ADOLESCENTES OU DE SUAS MÃES NA PRIMEIRA CONSULTA
USO DE DROGAS, SEGUNDO O SEXO, EM ESTUDANTES SECUNDÁRIOS DA REDE ESTADUAL
- 1987 -

Fonte: Escola Paulista de Medicina


35.
36.

IV - SISTEMA HIERARQUIZADO DE SAÚDE PARA ATENÇÃO AO ADOLESCENTE

O projeto será executado dentro da orientação


política do Sistema Único de Saúde - SUS, através do sistema
hierarquizado e descentralizado e de seus níveis de atenção
primária, secundária e terciária e com a participação comunitária.

Respeitando a estrutura federativa da Nação a nível


federal, estadual e municipal, haverá ações de atenção integral à
adolescência, integrando-se Ministério, Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde com Ministérios, Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação, Trabalho, Cultura, Justiça, Promoção Social
e outras, objetivando o fim básico deste Programa: Atenção Integral
ao Adolescente.
37.

V – CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ADOLESCENTE

5.1. Conceituação.

Adolescência é o perÍodo da vida do indivíduo em que


ocorrem as modificações evolutivas físicas e emocionais na transição de
criança para adulto(l). O início da adolescência surge com as primeiras
reações emocionais às transformações corporais da Puberdade e finaliza
quando ocorre uma razoável consolidação da identidade sexual e individual.
Atribui-se também, a este término, uma definição da escolha profissional,
independência econômica em relação aos pais e estabelecimento de um papel
social.

Os primeiros fatos que indicam a próxima chegada da


Puberdade são decorrentes do desequilíbrio endócrino na criança com idades
ao redor de 8 a 9 anos, sendo esta fase denominada de Pré-Puberal ou de
Repleção(2).

A Puberdade, portanto, é um evento estritamente


biológico, caracterizado pelas mudanças morfológicas e fisiológicas, de base
neurohormonal. Nesta época ocorre a aceleração seguida de uma desaceleração
da velocidade de crescimento e a maturação progressiva dos órgãos sexuais,
resultando na ovulação e espermatogênese com a capacidade de reprodução e
perpetuação da espécie(3). Assim, a Puberdade, é uma parte da Adolescência,
mas não é sinônimo porque a Adolescência engloba todas as fases do
amadurecimento, não somente o biológico(4). Em média, a Puberdade dura
4(quatro) anos, cerca de 2(dois) anos preparando o corpo para reprodução e
cerca de 2(dois) anos completando o processo.

5.2. Parâmetros de Crescimento e Desenvolvimento

Com o objetivo de sistematizar as informações


38.

sobre as modificações puberais devem ser utilizados os estágios de


Tanner (s) que permitem uma linguagem internacional para a descrição
deste processo.

Os parâmetros são, para adolescentes do sexo


feminino, mamas e pelos pubianos e para sexo masculino pelos
pubianos e genitalia. A escala é de I a V para ambos os sexos, sendo
Tanner I para o estágio infantil e Tanner V para o adulto. A
menarca, isto é, primeira menstruação, e a semenarca, primeira
ejaculação ocorrem entre os estágios de Tanner III e IV (6s7) ,
entretanto a ovulação e a espermatogênese poderão vir a ocorrer,
somente em estágios mais avançados do desenvolvimento (8) .

É importante ressaltar que os eventos puberais são


regidos por uma série de fatores, como os genéticos, nutricionais,
ambientais e mesmo emocionais. Num mesmo momento, adolescentes de
mesma idade cronológica podem se apresentar em diferentes estágios
do desenvolvimento, não comprometendo, entretanto, seu resultado
final. Estas diferenças individuais podem levar a repercussões na
esfera emocional e do comportamento.

O acompanhamento do crescimento pondero-estatural


do adolescente, assim como o da criança, deve ser feito pelo
acompanhamento de tomadas periódicas de peso e altura registradas em
curvas de crescimento. No Brasil temos a curva de Marcondes, Yunes e
Cols., que foi organizada a partir de um es tudo com crianças e
adolescentes em Santo André-São Paulo (9) . Apontamos para a
importância de estudos ampliados a nível nacional estabelecendo-se a
média real do crescimento pondero-estatural no Brasil.

Possíveis alterações que ocorrem durante o


processo do desenvolvimento puberal, quer de ordem emocional,
física (doenças) ou nutricional poderá ocasionar um retardo na se-
39.

qüência de eventos puberais e no crescimento.

A massa celular do organismo é o determinante


primário de suas necessidades de energia; deve-se estabelecer,
portanto, a relação entre a composição do corpo e sua demanda
nutricional. Observamos que o aporte calórico nesta fase é
primordial para que o individuo atinja seu potencial máximo de
crescimento.

Assim, os fatores nutricionais são de fundamental


importância, necessitando uma compreensão específica, já que,
durante a adolescência, o crescimento linear chega a contribuir com
25% da estatura do adulto, e que a msssa corporal dos rapazes pode
aumentar até 50% e nas moças 25%, para atingir a forma adulta.

Em nosso meio é freqüente o problema de baixa


estatura e atraso puberal, porém necessitamos ainda de estudos
epidemiológicos mais abrangentes relacionando-os com a problemática
sócio-econômica e com os hábitos alimentares de nossa população.

5.3. Fases da Adolescência: Operíodo de vida compreendido pela


Adolescência não têm limites precisos (ll) .

A fase inicial caracteriza-se pelo período do


inicio das transformações puberais, ocorrendo em geral mais cedo
nas meninas do que nos meninos. Emocionalmente estes
adolescentes iniciam um longo período de dúvidas, introspecção e
pensamento abstrato. Os impulsos sexuais até então sentidos de
forma difusa passam a ser direcionados à área genital,
determinando sensações e desejos novos. Nesta fase, os grupos de
adolescentes são formados por parceiros e o mesmo sexo,
existindo uma procura por jogos e esportes em grupos, podendo
acontecer, nestes contatos, as primeiras experiências sexuais. As famílias,
40.

e mesmo os adolescentes ficam angustiados necessitando de


Informações tranquilizadoras quanto a normalidade destes fatos.
Na fase intermediária, as modificações puberais já
estão mais avançadas, ocorrendo nas meninas a menarca e nos meninos
a primeira ejaculação, portanto, a possibilidade de procriação.
Estes fatos biológicos associados a questões culturais e sociais
desencadeiam um processo de desajuste temporário com o
questionamento por parte dos jovens das regras sociais e da
a u t o r i d a d e d o s p a i s . É um período de muita dificuldade para pais,
filhos e sociedade, ocorrendo períodos de conturbação, com
manifestações de comportamentos reativos de rebeldia no meio da
família, escola e comunidades. Há então formação de grupos "turma",
agora heterossexuais. Poderá também haver o inicio dos
relacionamentos sexuais e experimentações de sensações novas como o
uso de álcool, fumo e drogas.

A fase tardia é marcada pela consolidação da


identidade individual, formação de valores, formação do par afetivo,
escolha profissional e independência financeira em relação aos pais.
É o momento do reajuste aos padrões sociais vigentes.

5.4. Imagem Corporal

Imagem corporal é o auto-retrato que o indivíduo


forma do seu próprio corpo, que se forma desde o nascimento e vai se
modificando durante a vida (12) . Durante a Adolescência, devido a
rapidez das transformações corporais, poderá haver um período de
dificuldade na aceitação e compreensão dos novos limites e
contornos.

Todos os adolescentes se preocupam com o próprio


crescimento e desenvolvimento, sendo que neste processo os
adolescentes se comparam entre si e no espelho, adquirindo uma
41.

noção da própria imagem que poderá ser positiva ou negativa.


Quando nesta época surgem problemas de saúde, principalmente em
áreas expostas (ex. acne, eczenas, etc.) ou rejeição por parte da
família ou da sociedade poderá ser desencadeado um processo de
desvalorização pessoal devido a baixa auto-estima, levando ao
retraimento ou timidez no desempenho social.

5.5. Relações Familiares

O processo de desenvolvimento que ocorre durante a


puberdade desencadeia uma crise de identidade no adolescente. Ele
se vê forçado a abandonar o corpo infantil e se adaptar a uma nova
imagem corporal. Estas mudanças físicas são acompanhadas de grande
ansiedade tanto pelo adolescente quanto pela família, que se
ressente pela perda de sua criança, mais fácil de ser direcionada
e que passa agora a ter idéias próprias (13) .

A família do adolescente desempenha um papel vital


na construção de sua personalidade, porque reflete a completa
interação entre o indivíduo e seu meio (14) . Quando a família tem
conflitos, estes ficam mais exacerbados durante a adolescência dos
filhos, levando a dificuldades no relacionamento de todos os seus
membros.

Observamos que a necessidade de sobrevivência


acaba por desviar a atenção das questões ligadas ao
relacionamento, prevalecendo os esforços na busca por recursos por
todos os seus membros, inclusive pelas crianças e adolescentes.
Assim, o apoio, cuidados pessoais e abrigo deixam de ser
privilégio de grande parte de nossa população adolescente, que
passa a ter sentimentos de abandono e rejeição familiar e social.
42.

VI – VULNERABILIDADE DO ADOLESCENTE

A passagem da infância para a fase adulta é sempre


difícil. Fatores biológicos, psicológicos e sociais se confundem em
um emaranhado de situações que deixam o adolescente em um impasse de
como prosseguir o seu processo vital.

Os fatores biológicos estão ligados as rápidas


modificações corporais que ocorrem durante os eventos puberais, até
a completa maturação dos órgãos sexuais e de reprodução. Neste
período, as questões emergem então ligadas a processo normal das
modificações biológicas do crescimento e desenvolvimento, aos
processos da sexualidade, com o inicio da atifidade sexual.
Eventualmente, este processo poderá ser interrompido com o
aparecimento de doenças. A observação e a prevenção das repercussões
destes agravos a saúde sobre o crescimento e desenvolvimento, poderá
evitar uma problemática complexa futura, de dependência social do
indivíduo, que poderá se sentir irremediavelmente fragilizado, para
enfrentar as competições normais da vida do adulto.

Os fatores psicológicos tem no adolescente uma


dinâmica complexa porque são decorrentes de questões intrínsecas na
própria aceitação e formação do indivíduo e as questões extrínsecas,
percebidas principalmente, na relação com a sociedade e separação
dos pais (15) . Todo este processo se acompanha de fases de angústia,
com transformações rápidas dos impulsos, sobretudo os sexuais, e da
maneira de lidar com eles. No plano consciente-intelectual do
pensamento, com a conseqüente reflexão sobre os valores, filosofia e
projetos de vida.

Como conseqüência ocorrem períodos de


questionamento com normal manifestação de impulsividade e rebeldia.

Em contrapartida a sociedade vive os reflexos da


fase da Adolescência com seus períodos de turbulência, quando os
jovens se unem para demonstrar a contrariedade pelas leis
estabelecidas pelos adultos. Para os jovens e natural a reação
43.

aos padrões vigentes, podendo neste processo surgir momentos de


confronto, com conseqüências as vezes irreversíveis, principalmente
quando chegam as esferas judiciais, por incompreensão ou
incompetência da sociedade para lidar com estes fenômenos.
Observando melhor o comportamento dos grupos de jovens podemos
verificar que os padrões se alternam, desde franca aceitação e
condescendência com os adultos até situações de franca oposição as
suas regras. São também comum os desajustes escolares e desafios as
autoridades constituídas até que se alcance um equilíbrio em
estágios mais tardios na Adolescência.
44.

VII - CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEXUALIDADE DO ADOLESCENTE

Existe na nossa sociedade, a tendência de


fragmentar o ser humano em parte sexuadas e assexuadas, muitas vezes
esquecendo que a sexualidade não é um conceito abstrato as socidado
a um compartimento escuro de complexa mente humana, nem que sua
expressão se limita ás manifestações biológicas ou ás atividades
chamadas de privadas. A sexualidade é uma manifestação individual e
social com uma base biológica e limitada pelos valores sociais. Ela
é uma parte significativa de personalidade e inerente na formação da
identidade do jovem.

A puberdade, que é marcada pelas dramáticas


mudanças corporais e psicológicas provocadas pela ativação dos
hormônios sexuais, traz consigo a consciência de impulsos até então
desconhecidos. Isto implica que o adolescente terá que forçosamente
incluir na sua luta pela formação de uma identidade própria e de
aquisição de autonomia, a responsabilidade de aprender a harmonizar
seu novo funcionamento a condutas socialmente aceitáveis.

O desconhecimento que a maioria dos adolescentes


tem a respeito das funções e variantes corporais (tamanho e forma
negativa, fazem com que o ajuste sexual se apresente acompanhado de
preocupações, ansiedades e/ou problemas. Os tabus existentes somados
ás normas sociais que não aceitam certas manifestações sexuais,
geram sentimentos de culpa e conflitos que podem eventualmente ter
repercussões sérias a nível pessoal ou nos relacionamentos.

A falta de conhecimento sobre sexo e/ou o


constrangimento provocado pelo tema, fazem com que os pais,
educadores sexuais por excelência, nem sempre assumem este papel.
Conseqüentemente, o adolescente passa a obter as respostas para
suas inquietudes através dos amigos que, por sua vez, detur-
45.

pam os fatos com muitos e crendices por eles adquiridas.


O desenvolvimento sexual do adolescente sofre as
influências dele próprio, da família, de sua subcultura e de seus
companheiros sendo que, a pressão do grupo, é talvez o fator mais
poderoso para estimular seu comportamento. Precisa-se de uma
estrutura pessoal muito forte e um sistema de reforço efetivo para
resistir a tal pressão. Freqüentemente vê-se o adolescente sendo
empurrado para uma atividade sexual para a qual não está preparado,
só porque a norma do grupo era essa.

Os impulsos eróticos aparecem antes da necessidade


e da procura dos relacionamentos afetivos. Se a este dado somamos o
fato de que as mudanças biológicas da puberdade favorecem a
excitação sexual mesmo em condições não sexuais, não é de se
estranhar que a maioria dos meninos, e muitas meninas tenham se
masturbado até o orgasmo antes do fim da adolescência. Embora os
profissionais da área da saúde mental considerem a masturbação como
normal na adolescência e, para alguns, até necessária para o
controle e integração das necessidades sexuais, é através dela que
muitos adolescentes são iniciados ao conflito com sua moral. A
seguir, outras condutas sexuais apresentarão dilemas desta natureza
já que a freqüência de um comportamento é independente a seu aspecto
moral.

Embora a nossa sociedade trate de retardar a


expressão sexual do adolescente, alguns pais e certamente os
meios de comunicação tendem a estimulá-la. Porém, antes de poder
compartir a sua genitalidade, o adolescente precisa de tempo e
oportunidade para estar junto com outros rapazes e moças e
simplesmente conversar. Só após de ter desenvolvido suas
habilidades nos relacionamentos interpessoais é que ele poderá
manifestar melhor seu comportamento sexual que, para ser
integrada deverá ser: voluntário, agradável para ambos parceiros,
ocorrer em um clima de afeto e compreensão, e ser livre de cul-
46.

pa e mal estar. E a aquisição desta intimidade não se processa de


maneira instantânea.
A dupla moral vigente em nossa sociedade fez com
que a atividade sexual tenha diferentes conotações para homens e
mulheres. A genitalidade masculina é estimulada ao ponto de que
poucos adultos se preocupam com os efeitos psicológicos negativos
que o coito possa trazer para um jovem rapaz. Embora a
genitalidade feminina seja resguardada, os poucos estudos feitos
no Brasil indicam que a idade média para o início das relações
sexuais é por volta dos dezesseis anos. Se é certo que quando ela
ocorre muito cedo geralmente é como resultado de problemas
familiares e/ou sociais, a conduta sexual que inclui o coito na
adolescência, pode ser adaptativa e não necessariamente patológica
ou patogênica. Tudo dependerá do jovem conhecer e aceitar sua
sexualidade e saber utilizá-la de maneira responsável.
Infelizmente, os papéis sexuais ainda vigentes estimulam ao homem
a se utilizar do amor para conseguir sexo, e à mulher se utilizar
do sexo para conseguir amor.

Como toda atividade genital, as experiências


homossexuais durante a adolescência são mais freqüentes nos
rapazes. Geralmente, elas são condutas desprovidas de qualquer
l i g a ç ã o e m o c i o n a l p r o f u n d a . Q u a n d o e s t a a p a r e c e , f r e q ü e n t e m ente
está associada a intensos sentimentos de amizade ou para
satisfazer necessidades de dependência. Embora a concretização
e percepção da homossexualidade se estabeleça entre os 15 e 25
anos, a maior parte destas experiências durante a adolescência
n ã o se r ã o p r e s s á g i o d e u m a o r i e n t a ç ã o h o m o s s e x u a l a d u l t a . O
chamado "pânico homossexual" que surge no fim da adolescência
é, na sua maior parte, gerado por intensos sentimentos de culpa
por ter identificado emoções ou condutas homoeróticas. Uma
intervenção adequada neste momento é essencial, seja para não
perpetuar o que muitas vezes é uma percepção incorreta, seja
para esclarecer e orientar aquele que descobre a sua orientação
47.

sexual.
Freqüentemente os profissionais se deparam com
adolescentes que apresentam problemas sexuais sérios. Vítimas de
violência sexual (estupro, incesto) precisam ser detectadas para
que haja uma intervenção adequada que impeça graves repercussões
futuras. O tema em si precisa ser abordado com os jovens para que
aprendam a reconhecer situações de risco e possam se defender.

Qualquer pessoa sexualmente ativa pode apresentar


toda uma série de disfunções sexuais. O adolescente não está
isento destas dificuldades. Rapazes queixam-se de problemas
ejaculatórios ou de impotência, muitas moças se semtem infelizes
por enfrentar problemas de vaginismo ou anorgasmia.

O adolescente portador de uma deficiência física


ou mental enfrenta problemas específicos na compreensão e
manifestação de sua sexualidade. A sociedade insiste em perpetuar
o mito de que estas pessoas são assexuadas ou perigosamente
hipersexuadas e, conseqüentemente, não recebem uma educação
sexual adequada, suficiente privacidade para explorar suas
necessidades sexuais ou o reconhecimento de que são seres humanos
sexuados. Como resultado da própria deficiência ou como
conseqüência da institucionalização, muitos destes jovens
apresentam dificuldades com o esquema corporal e na aquisição de
uma autoestima e socialização apropriadas. Como resultado disto,
surgem complicações adicionais.

A promiscuidade sexual, a prostituição masculina


e feminina, e o aparecimento de desvios sexuais (vogerismo,
pedofilia, transvestismo, exibicionismo) geralmente começam a se
manifestar na adolescência.

Apesar dos problemas sexuais serem comuns entre


48.

os jovens, a maioria dos profissionais tendem a ignorá-los.


Torna-se essencial num programa de adolescentes, o treinamento
dos profissionais para a educação e aconselhamento sexuais, além
da detecção, encaminhamento e/ou tratamento dos problemas
relacionados á sexualidade. A educação sexual formal transforma-
se numa contribuição positiva para o desenvolvimento integral do
adolescente.

Já que a sexualidade é uma constante na vida


dos seres humanos, a convivência entre eles implica num
processo contínuo de educação sexual. Faz parte da
responsabilidade dos profissionais das diferentes áreas,
assumirem este compromisso dentro de suas possibilidades. Isto
implica que, além de aprender o conteúdo específico e a
metodologia, eles deverão avaliar seus próprios valores para
evitar dar-lhes uma aura de pseudo-cientificidade que os
transformem em verdade absoluta. A função deste profissional
transcenderá o aspecto preventivo com o intuito de permitir
que o adolescente possa ampliar a compreensão dos diferentes
valores e opções que lhe são apresentadas numa sociedade
pluralista, e assim, ter acesso a uma convivência responsável e matura.
49.

VIII - ÁREAS CRÍTICAS - JUSTIFICATIVAS

Partindo do pressuposto que os eventos normais da


Adolescência, por si só, já ocasionam uma difícil tarefa de
recondução a um equilíbrio no desempenho posterior da vida adulta,
podemos inferir que nesta fase, muitas áreas críticas devem ter
enfoques especiais. Temos que enfatizar que a ordenação de aspectos
identificados como prioritários na atenção ao adolescente, não
significa a fragmentação de mesma e sim a sistematização de ações
para se alcançar os mesmos objetivos.

8.1. Adolescência normal e suas variações

As mudanças corporais rápidas que ocorrem nesta


fase da vida, necessitam melhor compreensão. A associação destes
fatos com os aspectos emocionais e suas variações, devem ser
divulgados a todos profissionais que estão envolvidos com o
adolescente, por identificação precoce de problemas ligados ao
crescimento e desenvolvimento e conseqüente atuação preventiva ou
curativa quando possível.

8.2. Nutrição do adolescente

As mudanças das necessidades nutritivas associadas


a uma atuação das questões emocionais do adolescente e das
dificuldades sociais e econômicas, tornam importante uma maior
abrangência na abordagem desta questão.

8.3. Sexualidade

A sexualidade é uma vivência de todas as fases


do desenvolvimento humano, entretanto, durante a adolescência
ela é muitas vezes problematizada, devido a dificuldade que a
sociedade em geral tem em sua abordagem. Há portanto, premên-
50.

cia em uma discussão ampla de todos os seus aspectos, para uma ajuda
efetiva aos jovens na sua prática.

8.4. Saúde reprodutiva e DST/AIDS

A discussão sobre atividade sexual na adolescência


deve necessariamente abranger suas principais situações
complicadoras que são: gravidez indesejada e as doenças sexualmente
transmissíveis. Estas questões são multifatoriais e têm como
conseqüência repercussões biológicas, psicológicas e principalmente
sociais (16) . Programas preventivos e de atenção á adolescente
gestante devem, portanto, ser implementados.

8.5. Saúde Mental

O desenvolvimento psicológico do adolescente e os


aspectos relativos à prevenção, detecção e tratamento das
psicopatologias devem ser conhecidas pelos profissionais que lidam
com esta população. Todavia, o que ainda ocorre é a tentativa do
resgate de situações já comprometidas e estruturadas, como nos casos
de adolescentes que utilizam drogas (lícitas e ilícitas) de forma
abusiva, ou que estão em risco iminente de vida nos casos de
depressão (tentativas de suicídio). O grande desconhecimento de como
lidar com os aspectos emocionais dos jovens levam a uma paralização
dos profissionais de saúde nos aspectos preventivos das situações
mencionadas, sendo portanto necessários programas de capacitação
para o melhor conhecimento destes conteúdos.

8.6. Saúde Oral

A atenção de saúde oral no Brasil é precária


para todas as faixas etárias, no entanto, durante a adolescência
o problema é maximizado, pois é a época de maior incidência de
cáries dentárias, com óbvia alteração estética e no processo
m a s t i g a t ó r i o (17). A s p e r i o d o n t o p a t i a s q u e t a m b é m s ã o f r e q ü e n -
51.

tes nos adolescentes, por outro lado, são facilmente prevenidas


dentro de programas de saúde oral. Sabendo-se que quanto mais jovem
maior possibilidade existe de assimilação de aprendizado em rotinas
de higiene oral, observa-se a necessidade de se incluir estes
assuntos nos programas de atenção integral ao adolescente.

8.7. Adolescente, família e sociedade

A família como célula social representa um papel


fundamental na construção da personalidade do adolescente (18) . Sua
e s t r u t u r a ç ã o , d i f i c u l d a d e s e crises são refletidas na formação do
jovem, assim como, a "crise" do adolescente tem na família o local
de troca e elaboração desta etapa de vida. A família brasileira vem
sofrendo o grande conflito de ter que dar conta da sobrevivência,
abrindo mão dos momentos de lazer e aprofundamento das relações de
seus membros. Como conseqüência, entre outros fatos, observa-se um
incremento de violência e perda da consciência dos limites dos
direitos e deveres sociais.

Percebe-se assim, a necessidade de uma


sistematização de ações voltadas para o adolescente e na família,
numa perspectiva preventiva ao agravamento dos desajustes familiares
e sociais.

8.8. Saúde escolar

A problemática da saúde escolar é abrangente,


p o i s e n g l o b a n ã o s o m e n t e a s q u e s t õ e s d e s a ú d e d o e s c o l ar, como
t a m b é m a s d i f i c u l d a d e s d e a p r e n d i z a d o e o p r o c e s s o e s c o l a r (19) .
Assim, quando o problema passa a ser de repetência
encontramos, em geral, o adolescente com uma de situações a
serem avaliadas, mas que, no entanto, o sistema de saúde e a
escola prefere lidar como sendo na esfera estrita de saúde ou de
52.

aprendizado didático.

Cabe ao Sistema Saúde/Escola, redimencionar estes


aspectos dentro de uma ótica mais lógica com um enfoque social e
emocional do escolar.

8.9. Deficiente físico, mental e sensorial

Uma grande parcela da população adolescente,


pertence a um grupo de indivíduos portadores de deficiências e em
sua quase totalidade não dispõe de ajuda nas instituições públicas.
Os problemas deste grupo transcendem a programas estritamente
assistenciais, pois envolve a família e a sociedade.

Os programas de atendimento a este reprimento


populacional, deveria tambem criar mecanismos de adaptação e
inserção social visando um melhor direcionamento de atitude ao
mesmo.

8.10. Adolescente e cultura, esporte, lazer e trabalho

Os programas voltados ao adolescente têm que


necessariamente de atuar nas áreas onde ele se encontra, de for ma
preventiva. Muitos adolescentes praticam esportes inadeguados, não
aproveitam o potencial criativo para o melhor desenvolvimento de
aptidões e muitas vezes trabalham em áreas inóspitas e sujeitas a
doenças ocupacionais invalidantes (20) .

Cabe a sociedade adulta zelar por estes jovens,


porque eles poderão modificar a atual situação. Assim, os programas
de saúde devem se articular com todos os demais programas onde os
jovens se encontram, objetivando sua atenção integral.
53.

IX - OBJETIVOS GERAIS

01. Favorecer o processo geral de desenvolvimento da adolescência,


permitindo melhores condições de vida, buscando reduzir os desajustes
sociais e a morbi-mortalidade.

02. Implantar o Programa de Atenção Integral à Saúde do Adolescente, a


nível nacional, e reforçar os Programas já em desenvolvimento, de
acordo com as políticas de atendimento e sua normatização.

03. Criar na esfera governamental ações que correlacionem e articulem


pontos comuns intra e inter-setorial na atenção ao adolescente,
visando a formulação de uma política para a juventude a nível
nacional, estadual e municipal.

04. Adequar o PAISA - Programa de Atenção Integral à Saúde do


Adolescente, ao Sistema Unificado de Saúde - SUS, garantindo a
hierarquização, regionalização e municipalização das ações a serem
desenvolvidas.
54.

X - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

01. Elaborar documentos - bases programáticas, manual de normas e


procedimentos - necessários á implantação do PAISA.

02. Promover a participação e ações educativas que permitam ao adolescente


reconhecer-se e ao seu contexto familiar, comunitário e cultural assim
como permitir aos pais, educadores e sociedade o conhecimento da
adolescência.

03. Promover ações visando tornar a rede de serviços apta ao atendimento


do adolescente, a constar:

a) garantir ao adolescente, atenção integral de saúde na rede básica


disponível;

b) fomentar a criação de centros de referência a nível secundário e


terciário viabilizando um sistema eficaz de referencia e contra-
referência.

04. Promover a formulação de um curriculum mínimo e material instrucional


visando a sensibilização, capacitação, treinamento e reciclagem de
recursos humanos ligados ao atendimento ao adolescente.

05. Criar e ampliar nas Universidades o ensino de conteúdos técnicos


ligados a essa clientela procurando formas de inclusão dos mesmos na
grade curricular.

06. Promover ações relativas ao acompanhamento sistemático do crescimento


e desenvolvimento, prevenção, detecção e trata mento das patologias
identificadas.

07. Promover ações relativas ao atendimento nutricional, através de


avaliação e orientação.

08. Abordar a sexualidade quanto a sua conceituação consideran-


55.

do suas características biológicas, psicológicas, expressividade e


manifestações.

09. Promover ações relativas á saúde reprodutiva, com vistas à concepção,


anticoncepção, prevenção das doenças sexualmente transmitidas/AIDS,
assegurando à adolescente gestante uma gravidez de baixo-risco do ponto
de vista físico, psicológico e social.

10. Abordar a saúde mental quanto as características da desenvolvimento


psicológico do adolescente e dos aspectos relativos à prevenção,
detecção e tratamento das psico-patologias.

11. Estruturar um sistema hierarquizado de saúde oral com vistas ao


acompanhamento de programas preventivos e de reabilitação.

12. Abordar de uma forma abrangente as questões relativas ao rendimento


escolar.

13. Promover ações que identifiquem comportamentos de risco físico,


psíquico e social.

14. Promover ações que visem o adolescente deficiente físico, mental e


sensorial.

15. Promover ações nas interfaces educação, cultua,esporte, lazer, bem


como no trabalho.

16. Fomentar o estudo e a pesquisa sobre adolescência nas diversas áreas.

17. Promover ações visando aperfeiçoar o sistema de informação em saúde,


tendo em vista um Centro Coletor e Distribuidor de dados em
Adolescência com objetivo de levantamento epidemiológico e o
acompanhamento do Programa.
56.

18. Criar um Centro de Documentação em Adolescência.


19. Contribuir para a formulação de uma política nacional para a
juventude.
20. Assegurar fóruns de debates sobre os direitos do adolescente,
propiciando a criação de canais de expressão dos jovens.
21. Promover atividades de supervisão do programa objetivando
homogeneizar e aprimorar o mesmo.
22. Avaliar sistematicamente através de indicadores institucionais,
da comunidade e dos adolescentes o PAISA.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo

Elaborar documentos – bases a) Bases programáticas elaborada, - Formação de uma Comissão Técnica - 5 técnicos
programáticos, manual de normas e impressa e divulgada no primeiro - Numero de reuniões para elaboração: 5.
procedimentos - necessários á semestre. - Tiragem: 20.000 exemplares.
implantação do PAISA. - Nº de páginas: 20 páginas.
- Divulgação.
- Formação de uma Comissão Técnica - 5 técnicos.
- Nº de reuniões para elaboração: 20.
b) Manual de normas e procedimentos - Tiragem_ 20.000 exemplares.
elaborado, impresso e divulgado no - Nº de paginas: 20 páginas.
segundo semestre. - Divulgação.
57.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
02. Promover a participação e ações Identificar lideranças juvenis da Curto prazo
educativas que permitam ao comunidade visando integração e - 50 adolescentes (1 por unidade implantada). Agentes
adolescente reconhecer-se e ao seu participação nas atividades. integradores serviço saúde/comunidade.
contexto familiar, comunitário e - Insumos para financiamento das atividades:
cultural assim como permitir aos US$ 50/mes/adolescente e/ou serviço.
pais, educadores e sociedade o Médio prazo Médio prazo
conhecimento da adolescência. - 600 (Idem)
Elaborar 3 livretos educativos para o
Longo prazo
adolescente e 3 livretos para os pais.
- 500 (idem)

- Contratação de serviços de terceiros


Álbum seriado
- 6 livretos, sendo cada unidade:
Elaboração de pranchas plastificadas. - Nº de páginas: 10.
- Tiragem: 1.000.000 exemplares.
- Divulgação.
Campanhas educativas (posters, filmetes
para TV, mensagens para radio). - Nº de pranchas: 50.
- Tiragem: 75.000 (1 conjunto por unidade com serviço
de adolescente implantado).
- Contratação de serviços de terceiros para
elaboração.
Curto prazo (10 ano)
- 1 Poster
- Tiragem: 5.000.
- Mensagem para rádio.
58.
OBJETIVO METAS ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo

02. (Cont.) (Cont.) (Cont.)


Médio prazo (20 e 30 anos)
- 2 Posters
- Tiragem: 5.000 x 2 = 10.000.
- Mensagem para rádio.
- 5 filmeste para TV, compondo uma seqüência.
Longo prazo
- 2 posters.
Elaboração de 10 vídeos educativos sobre - Tiragem: 5.000 x 2 = 10.000.
temas ligados a adolescência. - Mensagem para rádio.
- 5 filmetes para TV, compondo uma seqüência.
Curto prazo
- 5 vídeos.
- Cópias: 25 VHS.
Instalação de um painel gigante por Médio prazo
unidade implantada. - 5 vídeos.
- Cópias: 25 VHS.
Curto prazo: 50.
Médio prazo: 600.
Uma série de slides sobre temas Longo prazo: 500.
correlatos a adolescência. Contratação de serviços de terceiros.
59.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo

02. (Cont.) Buscando a integração adolescentes Médio prazo


/profissionais de saúde e abrir espaços
- pré-encontros nos Estados com profissionais de
para os adolescentes.
saúde que trabalham com jovens e os jovens.
- 28 encontros (1 por Estado)
- Ajuda de custo para financiamento aos Estados.

Longo prazo
- 1 Encontro Nacional de Adolescentes.
Local: Brasília.
Duração: 03 dias.
- Financiamento:
.50 passagens aéreas para local de origem/Brasília/
local de origem.
.Alojamento para 50 pessoas.
.Local da reunião.
.Formação de uma comissão mixta profissionais e
adolescentes para organização do encontro nacional.
60.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo

03. Promover ações visando tornar a rede a) Implantar ações básicas de atenção Curto prazo
de serviços apta ao atendimento do primária a nível de unidades
- Material permanente: 5.000 orquidômetros.
adolescente, a constar: municipais, estaduais, federais e
universitárias já existentes, de - Material de consumo: 10.000 tabelas de Tanner 1
a) garantir ao adolescente, atenção
acordo com o SUS. milhão de fichas padronizadas (1 por pontuario.
integral de saúde na rede básica
disponível; Curto prazo: (19 ano) - Acompanhamento do desenvolvimento do Programa a
nível local.
b) fomentar a criação de centros de - 50 unidades implantadas.
referência a nível secundário e - Avaliação e seguimento
Médio prazo: (29 e 34 anos)
terciário viabilizando um sistema
- Supervisão
eficaz de referência e contra- - 600 unidades implantadas
referencia.
Longo prazo: (40 ano)
- 500 unidades implantadas.
Curto prazo
- Total unidades: 1.150.
- Cartão do adolescente: 1.000.000.
b) Identificar, credenciar e integrar
centros de referencia a nível Curto/médio/longo prazo
secundário e terciário com o
- Capacitação, estágios, bolsas ao exterior.
objetivo de criar um sistema
hierarquizado de atenção. Ver objetivo especifico nº 4.
61.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
04. Promover a formulação de um curriculum Curto prazo (1º ano) Curto prazo (1º ano)
minimo e material instrucional visando Equipes coordenadoras: 3 reuniões de planejamento, avaliação, seguimento
a sensibilização, capacitação, - 3 equipes (20 pessoas) e supervisão.
treinamento e reciclagem de recursos - 25 pessoas/curso. - Reunião: 1 (inicio do processo)
humanos ligados ao atendimento - 14 cursos básicos - 40h 20 pessoas x passagens x diárias
aadolescente. - 14 seminários - 28h duração: 2 dias.
- 50 cursos práticos (Estágios) - 4 - Reunião 2 (6 meses do início)
semanas 20 pessoas x passagens x diárias
- Curso de especialização duração: 2 dias
- Reunião 3 (12 meses do início)
20 pessoas x passagens x diárias
duração: 2 dias

Cursos básicos (40 h) Equipe 1 - 5 cursos x 5 pessoas x ano x passagens x


Equipe 1 - 5 cursos diárias x pró-labore
" 2 - 5 cursos Equipe 2 - Idem
" 3 - 4 cursos Equipe 3 – Idem
Total 14 cursos (metade do País)
Equipe 1 - 5 seminãrios x 5 pessoas x ano x passagens
Seminários (28 h) x diárias x pró-labore
Equipe 1 - 5 seminários Equipe 2 - Idem
" 2 - 5 seminários Equipe 3 - Idem
" 3 - 4 seminários
Total 14 seminários

Cursos práticos (estágios)-(4 semanas) Instituição


Em unidades de treinamento - 50 Gastos com aluno (livros, papéis, etc.)
estágios. US$ 100 x 50 = 5.000

Aluno
Passagem + ajuda de custo (alojamento + alimentação)
Passagem + bolsa

10 bolsas para o exterior (6 meses)


62.
Fls. 2.

METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo

4. (Cont.) Cursos de especialização (40h) Professores treinadores


5 cursos de áreas diferentes . 2 x passagens x diírlas x pró-labore x 5 cursos
5 macro-regiões Alunos (100)
5 cursos x 5 macro-regiões x (4 x 5= 20) . 80 x passagens x diãrias.
pessoas x 5 = 100
1º ano - 100 pessoas treinadas. - Elaboração dos manuais: impressão dos manuais (do
aluno e do monitor)
Material instrucional para cursos – Tiragem: 10.000 (cobre d9 04 anos do projeto)
- 1 kit instrucional por aluno (manual x 2 = 20.000
do monitor, manual do aluno, mate ria) - Material audio-visual e educativo: elaboração de
audio-visual de apoio) slides e um vídeo.
- 14 cursos básicos x 25 alunos: - Tiragem: 10.000 (cobre os 4 anos do projeto).
. Total: 350 kits
Médio prazo (2º ano)
Médio prazo (2º ano) - 2 reuniões de avaliação, seguimento e supervisão -
- 3 equipes coordenadoras + 3 equipes 1 por semestre
= 6 equipes = 40 pessoas. . 3 equipes iniciais
. 20 pessoas x passagens x diárias.
Cursos básicos (40h) - (25 pessoas/curso)
- Equipe 1 - 5 cursos Equipe 1
" 2 - 5 . 5 cursos x 5 pessoas x ano x passagem x pró-labore
" 3 - 4 Equipe 2 - Idem
" 4 - 5 Equipe 3 - Idem
" 5 – 5 Equipe 4 - Idem
" 6 - 4 Equipe 5 - Idem
Total 28 cursos (todo o País) Equipe 6 - Idem.

" 6-4
63.
Fls. 3.

METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
04. (Cont.) Seminários (28h) Equipe 1 - 5 seminários x 5 pessoas x ano x passagens x
Equipe 1 - 5 seminários diárias x pró-labore.
" 2 - 5 "
" 3 – 4 " Equipe 2 - Idem
" 4 – 5 " Equipe 3 - Idem
" 5 - 5 "
" 6 - 4 " Equipe 4 - Idem
28 seminários
Equipe 5 - Idem
Cursos práticos (estágios) - 4 semanas Equipe 6 - Idem
Em unidades de treinamento: 100
estágios.
Instituição

Curso de especialização (40h) . Gastos com aluno (livros, papéis, etc.) US$ 100 x 100
- 5 cursos de áreas diferentes = US$ 10.000
- 5 cursos (1 por área) x 10 treinadores
. Aluno - passagem + ajuda de custo: (alojamento +
x 2 por ano x (30 pessoas/semestre =
alimentação)
60)
- 300 pessoas treinadas.

Bolsistas para o exterior: 6 meses.

Treinamento de professores e/ou


profissíonais da área de educação (4º
ano)
Passagem + bolsa.
- 500 (um para cada unidade com PAISA
implantado) - Treinadores (5) variando conforme necessidades do
- 25 treinandos em cada x 500 = 12.500 treinamento
- 05 treinadores.
- Passagem + diãrias + pró-labore
5 x 1.000 = 5.000
- Kit instrucional para os alunos: 12.500.
64.
Fls. 4.

OBJETIVO METAS ATIVIDADES


Curto/médio/longo prazo
4 (Cont.) Credenciamento de 5 Centros de
Treinamentos em atenção integral e
saúde reprodutiva.
10 Bolsas para o exterior (6 meses)
Cursos de especialização (40 h)
Passagem + bolsa.
- 5 cursos (1 por área) x 10 treinadores
x 2 por ano/ x (30 pessoas/semestre =
60)
300 pessoas treinadas.
Treinamento de professores e/ou
profissionais de área de educação (2º e
3º anos) - Treinadores (5) (variando conforme necessidades do
treinamento).
- 600 (um para cada unidade com PAISA
implantado) Passagem + diárias + pró-labore
- 25 treinandos em cada x 600 1.500 5 x 600 = 3.000
pessoas treinadas
- Kit instrucional para os alunos: 15.000.
- 5 treinadores
Médio prazo (3º ano)
Equipes coordenadoras (3)
Médio prazo (3º ano)
Cursos básicos (40 h)
- 2 reuniões de avaliação, seguimento e supervisão (1
- 140 cursos (os treinamentos serão por semestre)
dados pelas equipes dos Estados)
- 25 pessoas/curso x 140 = 3.500 pessoas
treinadas.
65.
Fls. 5.

METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
04. (Cont.) Seminários (28h)
- 140 seminários (os treinamentos serão
dados pelas equipes dos Estados)
- 25 pessoas/seminário x 140 = 3.500
pessoas treinadas.

Cursos práticos (estágios) - 4 semanas


- 150.

Cursos de especialização (40h) - Professores-treinadores (2)


- 5 áreas diferentes - 2 treinadores x 2 2 x passagens + diárias + pró-labore x 5 cursos
cursos/ano/especialização x .(30 - Alunos (300)
pessoas/semestre = 60) 240 x passagens + diárias.
300 pessoas treinadas.
Passagem + bolsa.
10 Bolsas para o exterior (6 meses)
Professores-treinadores (5)
Treinamento dos profissionais de saúde 2 x passagens + diárias + pró-labore.
dos centros especializados nas questões - Alunos
referentes ao fracasso escolar. 70 passagens + diárias
40 h
35 participantes x 2 cursos = 70
participantes.

Longo prazo (4º ano) Longo prazo (4º ano)


Equipes coordenadoras (3) - 2 reuniões de avaliação, seguimento e supervisão
(1 por semestre)
Cursos bãsicos (40 h)
- 140 cursos (os treinamentos serão dados
pelas equipes dos Estados.
- 25 pessoas/curso x 140 = 3.500 pessoas
treinadas.
66.
Fls. 6.

OBJETIVO METAS ATIVIDADES


Curto/médio/longo prazo
4. (Cont.) Seminários (28h)
- 140 seminãrios (os treinamentos serão
dados pelas equipes dos Estados)
- 25 pessoas/seminãrio x 140 = 3.500
pessoas treinadas.

Cursos práticos (estágios) - 4 semanas


- Instituição
- 150
. Gastos com aluno (licro, papéis, etc.
US$ 100 x 150 = US$ 15.000
. Aluno: passagem + ajuda de custo: (alojamento +
alimentação)
67.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
05. Criar e ampliar nas Universidades o Curto prazo Curto prazo
ensino de conteúdos técnicos ligados Apresentar proposta ao MEC, de incluir Duas reuniões com representantes dos Ministérios da
a essa clientela procurando formas de temas relativos á adolescência nas Saúde, Educação e das entidades profissionais (CFM,
inclusão dos mesmos na grade disciplinas das carreiras biomédicas. Conselho Nacional de Enfermagem, CFP, FEBRASCO,
curricular. ABP, Conselho Nacional de Nutrição e outras).
Médio prazo
Acompanhamento das discussões Médio prazo
pertinentes a essas mudanças Seminário MS/MEC com os reitores, decanos,
curriculares. diretores de núcleos da saúde das Universidades
públicas, assim como representantes das entidades
de classe.
- 50 passagens e diárias
- Duração: 02 dias
- Local: Brasília.

Longo prazo Longo prazo


Implantação das propostas. Portaria CIPLAN (MS, MEC, RIPAS, MTb), referente a
mudança curricular.
68.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
06. Promover ações relativas ao acompanhamento Elaborar, imprimir manual de normas e Elaboração:
sistemático do crescimento e procedimentos relativo a crescimento e
- Reuniões de técnicos especializados em crescimento
desenvolvimento, prevenção, detecção é desenvolvimento em 6 meses.
e desenvolvimento:
tratamento das patologias
identificadas. . nº de técnicos: 5.
. nº de reuniões: 4.
Impressão e publicação
- Tiragem: 20.000 exemplares
- Nº de páginas: 20 páginas
Divulgação
Impressão e plastificação de 8
pranchas parâmetros de C.D. - Tiragem: 160.000 pranchas (20.000 x 8).
69.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
7. Promover ações relatigvas ao atendimento Elaborar e imprimir manual de normas Elaboração:
nutricional, através de avaliação e e procedimentos relativo ao atendimento
- Reuniões de técnicos especializados em nutrição:
orientação. nutricional em 6 meses.
. nº de técnicos: 5.
. nº de reuniões: 4.
Impressão e publicação
- Tiragem: 20.000 exemplares
- nº de páginas. 20 páginas.
Divulgação
70.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
8. Abordar a sexualidade quanto a sua conceituação Elaborar e impirmir um manual de forma Elaboração
considerando suas caracte rísticas modular, de normas e procedimentos
Reuniões de técnicos especializados.
biológicas, psicológicas, ex pressividade relativos à sexualidade, em 6 meses.
e manifestações. . nº de técnicos: 5.
. nº de reuniões: 4.
Impressão e publicação
. Tiragem: 20.000 exemplares.
Módulo 1
. nº de paginas:
Conceito e abordagem da sexualidade e sua
relação com desenvolvimento (incluindo
identidade, papéis eorientação sexual).
. nº de técnicos: 5.
Módulo 2
. nº de reuniões: 8.
Maturação do aparelho reprodutor e
. nº de páginas: 10.
distúrbios (características biológicas é
psicológicas)
Módulo 3 . nº de técnicos: 5.
Distúrbios da sexualidade. . nº de reuniões: 2.
. nº de paginas: 10.

. nº de técnicos: 5.
. nº de reuniões: 4.
. nº de paginas: 10.
71.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
9. Promover ações relativas ã saúde Módulo 4
reprodutiva,com vistas ã concepção,
Concepção e anticoncepção. .nº de técnicos: 5.
anticoncepção, prevenção das
doenças sexualmente .nº de reuniões: 4.
transmitidas/AIDS,assegurando ã
.nº de páginas:30.
adolescente gestante uma gravidez
de baixo risco do ponto de vista Módulo 5
físico, psicológico e social.
Gravidez na adolescência. .nº de técnicos: 5.
.nº de reuniões: 4.
.nº de páginas: 20.
Módulo 6
Prevenção das DST/AIDS. .nº de técnicos: 5.
.nº de reuniões: 4.
.nº de páginas: 10.
72.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
10. Abordar a saúde mental quanto as Elaborar e imprimir um manual de normas .nº de técnicos: 5.
características do desenvolvimento e procedimentos relativo á saúde
psicológico do adolescente e dos mental, em 6 meses.
aspectos relativos ã
Módulo 1
prevenção,detecção e tratamento das
.nº de reuniões: 4.
psicopatologias. Desenvolvimento psicológico.
.nº de páginas: 10.

Módulo 2
.nº de reuniões: 4.
Psico-patologia.
.nº de páginas: 10.

Módulo 3
.nº de reuniões: 4.
Relação profissional/adolescente.
.nº de páginas: 10.
73.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/média/longo prazo
11. Estruturar um sistema hierarquizado Curto prazo Formação de uma comissão técnica:
de saúde oral, com vistas ao
Elaborar e imprimir um manual de normas .nº de técnicos: 5.
acompanhamento de programas
e procedimentos relativo á saúde oral,
preventivos é de reabilitação. .nº de reuniões: 4.
em 6 meses.
.nº de páginas: 10.
- Tiragem: 20.000 exemplares.
- Divulgação.
- Capacitação dos profissionais
odontológicos na área de adolescência - Distribuição.
(ver objetivo especifico nº 4).
- Identificação das unidades de
referência para encaminhamento.
74.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
12. Abordar de uma forma abrangente as Curto e médio prazo C u r t o prazo
questões relativas a o rendimento
. Articular junto as comissões Saúde- Reunião de análise da situação do adolescente
e s c o lar.
Educação, para a obtenção de dados escolar (profissionais de saúde e educação).
referentes ao desempenho escolar.
- 50 reuniões
Médio prazo
- 25 profissionais para cada reunião
. Treinamento de equipe de saúde dos
Centros Especializados nas questões - 40 horas de duração.
eferentes ao fracasso escolar
(Pediatria, Psicologia, Assist.Social,
Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Médio prazo
Oftalmologista, Neurologista). Treinamento de professores e outros profissionais da
- Cursos de treinamento: 2 área de educação para triagem de acuidade visual,
auditiva e no conhecimento de adolescentes normais e
- Nº de participantes: 25 suas necessidades.
- Tempo de duração: 40 horas. - 600 treinamentos
Longo prazo - 25 profissionais em cada reunião
- 40 horas de duração
. Treinamento (idem) - Material de consumo: tabelas por acuidade.
- Cursos de treinamento: 500
- Nº de participantes: 25
- Tempo de duração: 40 horas
. Identificar as causas do fracasso e
estabelecer um plano conjunto de
recuperação e referencia para os
Centros Especializados dos casos
selecionados.
. Capacitar professores no conhecimento
das características normais da
adolescência e suas necessidades.
. Treinar profissionais nas escolas pa ra
triagem de acuidade visual e auditiva.
75.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
(Cont.) Longo prato
Avaliação das ações promovidas na
prevenção e recuperação do fracasso
escol a r .
76.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Promover ações que identifiquem Curto prazo Curto prazo
comportamentos de risco físico,psíquico e
. Identificação dos fatores de Discussão sobre fatores de risco nas regiões.
social.
risco.físico, psíquico e social.
. Reuniões com especialistas: 8
. Divulgação do conhecimento das
. Nº de participantes: 8
características próprias da adolescência
normal e dos fatores de risco . Carga horãria: 4 horas.
físico,psíquico e social.

Médio/longo prazo
Médio/longo prazo
Treinamento de equipes multiprofissionais sobre
. Detecção precoce, diagnóstico oportuno e comportamentos de risco.
garantir referencia quando necessário
. Cursos de treinamento: 18
dos adolescentes com compor tamento de
risco. . Nº de participantes: 25

. Integração com Centros de Referência e . Carga horária: 40 horas


Contra-Referencia, para adolescentes de
risco.
Reunião com lideranças comunitárias para discussão de
comportamento de risco.
. Nº de reuniões: 1 mensal/unidade

. Carga horãria: 4 horas.


77.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Promover ações Sue visem o adolescente Curto/médio prazo Curto/médio prazo
deficiente físico, mental e sensorial.
. Divulgação da problemática do Vinhetas informativas sobre as características de
adolescente deficiente físico, mental e conduta próprias deste segmento populacional, para
sensorial, assim como, suas divulgação em intervalos de programas de rádio e TV.
necessidades.
. 2 vinhetas de TV
. Promover a detecção precoce diagnóstico . 10 vinhetas de rádio.
oportuno e encaminhamentos.
Boletins informativos sobre a problemática do
. Encaminhamento para os Centros de adolescente, com os endereços de referencia e contra-
Referencia e Contra-Referencia para o referência.
deficiente físico, mental e sensorial.
. Tiragem de boletins: 100.000
. Discussão com a comunidade sobre os
direitos do deficiente psico, mental e Reuniões comunidade (familiares), com os profissionais
sensorial. treinados pelo programa, visando este segmento
populacional.
Longo prazo
. 50 reuniões
. Avaliação participativa dos resultados
do Programa. . 40 participantes por reunião

. 04 horas de duração.
78.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Promover ações nas interfaces educação, Curto/médio/longo prazo Curto prazo
cultura, esporte, lazer, bem como no
. Integração das pessoas técnico/ Realizar encontros para disucsão com a finalidade de
trabalho.
administrativo das aréas correspondentes integrar os pontos comuns das atividades que já
referidas nos objetivos. estejam sendo desenvolvidas nas diferentes áreas.
. 20 pessoas

. 10 encontros.

Médio/longo prazo
Realização de encontros para discussão e planejamento de
programas e projetos a serem conjuntamente,das áreas
referidas nos objetivos.
. 20 pessoas

. 20 encontros.
79.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Fomentar o estudo e a pesquisa sobre Curto prazo Curto prazo
adolescência nas diversas áreas.
. Levantamentos epidemiológicos sobre Executar pesquisas para os levantamentos incluindo os
características normais e necessidades pais e suas expectativas, a nível regional, por
dos adolescentes assim como os grupos amostragem.
de risco e suas necessidades.
. Prestação de serviços por firma especializada:
Médio/longo prazo 600.000 dólares.
. Levantamentos epidemiológicos sobre Médio/longo prazo
morbidade e mortalidade.
Execução de pesquisa através de levantamento das
estatísticas dos serviços que prestem assistência aos
adolescentes.
. 60.000 dólares.
80.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
7. Promover ações visando aperfeiçoar o Curto/médio prazo Curto prazo
sistema de informação em saúde, tendo
. Desenvolvimento de programas “software” Reuniões de especialistas - técnicos em adolescência
em vista um Centro Coletor e
contendo todas as informações e informática.
Distribuidor de dados em Adolescência
pertinentes ã adolescência, incluindo:
com objetivo de levantamento . Reuniões: 4
epidemiológico e o acompanhamento do 1. dados epidemiológicos
. Número de participantes: 8
Programa.
2. características do adolescente
brasileiro
Médio prazo
3. unidades de atendimento existentes
. Reuniões: 4
4. profissionais capacitados para o
atendimento . Número de participantes: 8.

5. profiessionais envolvidos no Material permanente necessário: microcomputador


Programa com impressora: 1. (Ver objetivo nº 18 - Centro de
Documentação em Adolescência).
6. data de avaliação do Programa.
Longo prazo
Longo prazo
. Análise final dos dados obtidos durante
o desenvolvimento do Programa. Publicação de 1 livro para divulgação dos dados
obtidos pelo Programa.
Reunião dos técnicos (Adolescência,
Edpidemiologia) para elaboração do livro.
. 4 reuniões.

. 8 participantes.

Edição de tiragem de 30.000 exemplares.


81.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Criar um Centro de Documentação em Curto/médio/longo prazo Curto prazo
Adolescência.
Centralizar e agilizar difusão de Reunião de especialistas técnicos em adolescência e
informações sobre adolescência e informática.
atividades relacionadas com esta
. Encontros: 10
população.
. Nº de participantes: 8.
Tais como: bibliografia, pesquisas,
encontros, simpósios, congressos,
seminarios. Nível nacional e
Material permanente necessário:
internacional.
. Microcomputador com impressora: 1

. Mobiliário necessário para instalação do Centro.

Médio/longo prazo
Publicação de 1 boletim mensal para divulgação das
informações computadas.
82.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
9. Contribuir para a formulação de uma Curto prazo Curto prazo
política nacional para a juventude.
. Reconhecimento por parte da sociedade . Seminário: 1
em geral e das instituições
. Duração: 3 dias
governamentais da importância desta
população. . Local: Brasília

. Participantes: 50 (técnicos e políticos)

Médio prazo . Objetivo: identificação e reunião de todos os


documentos legais em relação a adolescência.
. Criação de um Conselho Nacional de
Juventude através de lei a ser
aprovada no Congresso Nacional.
. Seminário 11

. Duração: 5 dias

. Local: Brasília

. Participantes: 30 (técnicos, políticos e


adolescentes)
. Objetivo: discussão e elaboração de documento propondo
uma política nacional para o adolescente e juventude.
83.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Assegurar fóruns de debates sobre os - Envolvimento e participação dos - Planejamento para participação de grupos
direitos do adolescente, propiciando a adolescentes em todos os programas e representativos de adolescentes.
criação de canais de expressão dos projetos concernentes. - Divulgação de informações ã população adolescente
jovens. dos canais e agências que viabilizem o apoio.
- Apoio a atividades planejadas pelos
adolescentes.
84.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
Promover atividades de supervisão do - Garantir a coordenação e supervisão - Ver atividades no objetivo nº 4.
programa objetivando homogeneizar e geral dos treinamentos pelas 3 equipes
aprimorar o mesmo. iniciais (ver objetivo especifico nº
4).
- Avaliação, seguimento e supervisão dos
Estados e regiões pela equipe central
- Visitas aos Estados conforme necessidades (2
do Ministério da Saúde.
técnicos x 3 viagens/Estado x ano) = 100 viagens.
. Duração: 04 dias

. 2 técnicos x 100 = 200 passagens + diárias.

- Reuniões macrorregionais 1/macrorregião/ano = 5


Cada reunião = 30 passagens + diárias
30 x 5 = 150 passagens/ano + diárias
Duração: 03 dias.
- Reunião nacional com Coordenadores Estaduais dos
Programas de Adolescentes.
. Duração: 03 dias

. Local: Brasília

. 50 passagens + diárias.
85.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo p r a z o

Avaliar sistematicamente através de Curto prazo Curto prazo


indicadores institucionais, da comunidade Estabelecer instrumentos de avaliação do Reuniões para elaboração do documento de avaliação dos
e dos adolescentes o PAISA. processo de implantação e da cobertura do indicadores do Programa.
prograama. . Total: 4 reuniões com 10 especialistas (informática,
adolescência, epidemiologistas)
Médio prazo
Realizar avaliações anuais do processo de Médio prazo
implantaçao e da cobertura do programa. Realizar avaliações anuais de cobertura e processo de
implantação do programa.
Longo prazo . 4 reuniões com 10 pessoas (por ano)
Realizar avaliação final do programa.
Realizar avaliação de indicadores do Longo prazo
impacto incidência de gravidez. Realizar reuniões para determinar instrumentos de
. Peso do RN avaliação dos indicadores de impacto.
. Mortalidade perinatal Avaliação do programa.
. Mortalidade materna . 8 reuniões com 10 pessoas
. Tempo de aleitamento materno . Avaliação: 100.000 dólares.
. Reincidência da gestação
. Detecção de grupos de risco Curto/médio prazo
Vinhetas informativas sobre as características próprias
dos adolescentes para serem divulgadas em intervamos de
programas de rádio e TV.
. 5 vinhetas de TV
. 20 vinhetas de rádio.
Boletins informativos sobre a problemática do
adolescente com os endereços referência e contra-
referência.
86.
METAS
OBJETIVO ATIVIDADES
Curto/médio/longo prazo
(Cont.) "Disque Jovem" - Linha telefônica disponível para
contato de adolescentes com voluntários treinados
para prestar informações e dar encaminhamentos.
. PABX - 1 por unidade implantada
. Centro: 50 linhas
87.
88.

XI - CRONOGRAMA
89.

XII - BIBLIOGRAFIA

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